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Infância, corpo e educação na produção científica brasileira (1997-2003)Buss-Simão, Márcia January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação. / Made available in DSpace on 2012-10-23T07:30:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1
242566.pdf: 666405 bytes, checksum: 64679e32ec8857238869b620b682def2 (MD5) / A presente pesquisa de mestrado teve como objetivo investigar as produções científicas realizadas no âmbito dos estudos da infância, tendo em vista analisar as concepções de corpo, criança/infância e educação, presentes nas pesquisas (dissertações de mestrado) de diferentes áreas de conhecimento, cadastradas no Banco de Dados da CAPES, entre os anos 1997 - 2003, visando analisar suas indicações para uma Pedagogia da Infância. Para tal, utilizou-se como referencial teórico, estudos de orientação histórico-cultural nas contribuições da Sociologia da Infância, da Antropologia da Criança e demais áreas que estudam a infância, buscando um cruzamento multidisciplinar na abordagem desta relação corpo, infância e educação. Na pesquisa realizou-se um mapeamento das produções nacionais, já existentes no âmbito da infância sobre a temática do corpo, objetivando, de modo geral, identificar o quê os saberes científicos têm apontado sobre o corpo em diferentes áreas de conhecimento, referente à infância e, que acabam por orientar o âmbito da ação pedagógica com as crianças. Foram identificadas 29 dissertações, das quais 18 constituíram o corpus definitivo analisado, através do procedimento metodológico de Análise de Conteúdo, sendo definidas categorias gerais a priore e, categorias centrais e específicas a partir da análise dos textos. Como resultado pode-se destacar referente à categoria geral corpo, a predominância nos trabalhos analisados, da compreensão de corpo como construção social, cultural e histórica, bem como as críticas à instrumentalização desse corpo por parte das instituições educativas. Referente à indagação levantada em que se questionava se as bases teóricas das concepções de corpo, presentes nas produções científicas referentes à infância, manteriam a dicotomia mente/corpo, mesmo em períodos mais recentes, evidenciou-se que essa não foi a dicotomia central tratada nos trabalhos, sendo a dicotomia central presente, em parte dos trabalhos, a dicotomia natureza/cultura. Todavia, é necessário ressaltar, a evidência de incoerências epistemológicas em alguns trabalhos, havendo avanços em alguns aspectos, e incoerências em outros. Referente à categoria geral infância e criança, as dissertações definiram predominantemente criança como sujeito histórico social e como singular. Com relação à categoria geral educação nas dissertações, destacou-se a compreensão de uma visão de educação integral, salientando a não segmentação dos conhecimentos e a não dicotomização em áreas e disciplinas escolares. Defendendo como central, a necessidade da educação infantil ter definida uma intencionalidade pedagógica centrada nas brincadeiras, nas interações e nas inúmeras linguagens práticas, corporais, plásticas, verbais, dramáticas, musicais.
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Infância, criança, escola nas pesquisas educacionais sobre narração de históriasCosta, Caroline Machado 24 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) -Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-graduação em Educação, Florianópolis, 2009 / Made available in DSpace on 2012-10-24T15:18:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
276401.pdf: 1109509 bytes, checksum: 374b48eac368356542699bb29abc0d8f (MD5) / Buscou-se, neste estudo, caracterizado como uma "monografia de base", compreender como são abordadas as relações entre educação, criança, infância e narração de histórias na escola em dissertações de mestrado na área de Educação. Pela consulta ao Banco de Teses da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, foi possível encontrar um universo de 22 (vinte dois) resumos que apresentavam narração de histórias, infância e criança como palavras-chave das dissertações e teses produzidas no período entre 1987 e 2007. Diante deste levantamento percebeu-se que a primeira pesquisa relacionada à prática de narrar histórias foi concluída no ano de 1995 e somente em 2004 a produção acadêmica sobre essa temática começou a aumentar no campo educacional. Deste universo apenas 4 (quatro) eram as pesquisas em nível de mestrado que tratavam da narração de histórias na escola. Considerando o conteúdo de 3 (três) destas dissertações constatou-se que em todas as pesquisas a narração de histórias é apresentada como uma atividade artística, que deve estar presente no cotidiano escolar, pois auxilia o desenvolvimento da imaginação. Ainda que inicialmente não fosse o objetivo desta pesquisa, no decorrer do processo surgiu à necessidade de buscar referenciais teóricos para compreender as relações entre a atividade criadora, a imaginação e as dimensões estéticas da narração de histórias. Principalmente a partir das idéias apresentadas em algumas das obras de Adolfo Sánchez Vázquez e Lev S. Vigotski foi possível encontrar os elementos para esse estudo. A narração de histórias na escola é importante principalmente porque contribui para o desenvolvimento da atividade criadora. Sua presença no cotidiano escolar auxilia as crianças a desenvolverem a percepção estética, estimula o desenvolvimento da criatividade e da imaginação, de maneira a oferecer instrumentos que possibilitem a criação de condições para compreender e transformar a realidade.
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Criança, infância e escolaBatista, Ezir Mafra January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação. / Made available in DSpace on 2012-10-22T22:55:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1
240109.pdf: 615629 bytes, checksum: 4975985e36d9af4699b366e30f808517 (MD5) / A atual investigação desenvolveu um estudo dos conceitos infância, criança e escola em um extrato de dissertações da área da educação (defendidas no período de 1987 a 2003) existentes no Banco de Teses da Coordenação de Aperfeiçoamento do Ensino Superior (CAPES). Observou-se por meio desta apreciação como a criança, aluno / aluna do ensino fundamental é focalizada no interior de tais dissertações.
Para tanto, adotou-se o procedimento de Análise de Conteúdo por permitir a caracterização dos textos em apreciação, a compreensão da centralidade de determinados temas, assim como das características designadas às categorias em destaque.
A exposição da atual pesquisa foi construída tendo como referência três demandas principais: a localização e compreensão de alguns marcos históricos da relação infância e escola, o caminho teórico-metodológico para a escolha das produções a serem analisadas e, finalmente, a apreciação dos materiais coligidos.
Das análises realizadas destaca-se a reflexão sobre o lugar da infância na escola contemporânea. Acredita-se que a infância habita e resiste em seus interstícios, mas não possui de fato um lugar. Nesta direção, levantou-se a seguinte questão: de que modo as autoras da amostra articulam as categorias infância e escola? A abordagem presente nas dissertações promove a escola como lugar da infância?
Dos aspectos evidenciados, percebe-se nos estudos mais recentes, a concentração na necessidade de mudança das concepções de infância e criança nas práticas pedagógicas, enxergando as crianças como sujeitos de hoje, capazes de representar o real e sobre ele atuar. Tendo em vista rever a escola, sua lógica e organização, para que ela se torne um lugar privilegiado da infância.
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As dimensões lúdicas da experiência de infânciaMedeiros, Francisco Emílio de January 2011 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-26T08:05:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1
298469.pdf: 4092215 bytes, checksum: bec93ef610844d3a01bbbae47a0779d9 (MD5) / A experiência como algo que permite aos indivíduos apropriarem-se de sua própria vida parece estar à margem ou em declínio na contemporaneidade. É nesse contexto maior que se situa a presente pesquisa e com a seguinte "pergunta de partida": que dimensões lúdicas da experiência de infância podem ser evocadas na memória de velhos moradores da Ilha de Santa Catarina e de Açores, tendo por referência os registros de brincadeiras e brinquedos contidos na obra de Franklin Cascaes (1908 - 1983)? Foram traçados os seguintes objetivos: caracterizar as dimensões lúdicas da experiência de infância escavadas na memória de velhos moradores da Ilha de Santa Catarina e dos Açores (PT), a partir dos registros de brinquedos e brincadeiras da obra de Franklin Cascaes; e perceber se os sujeitos investigados conheciam ou compartilhavam da cultura lúdica registrada por Franklin Cascaes, bem como conhecer ainda outros brinquedos e outras brincadeiras presentes na memória dos velhos entrevistados além daqueles assinalados por esse estudioso da cultura açoriana da Ilha de Santa Catarina. Metodologicamente, foi delimitado um campo empírico para a memória lúdica de infância de velhos moradores da Ilha, tendo na história oral o suporte para o registro dessa memória. Os doze distritos administrativos da Ilha constituíram o lócus da pesquisa, ou seja, o lugar onde os velhos ilhéus passaram suas infâncias, num tempo e espaço entre 1930 e 1950. O número de entrevistados compreendeu uma amostra de natureza qualitativa, limitada pela recorrência das informações obtidas nas dezenove entrevistas realizadas. A obra de Franklin Cascaes foi consultada para buscar documentos, imagens e objetos relativos à cultura lúdica daquele tempo histórico da Ilha. Um campo empírico complementar foi realizado com quatro entrevistas com velhos moradores dos Açores (PT). As dimensões lúdicas da experiência de infância, escavadas na memória dos velhos moradores da Ilha de Santa Catarina e de Açores, foram caracterizadas por brinquedos e brincadeiras que imitavam o mundo adulto, mas com espaço para a imaginação das crianças; por uma infância circunscrita ao modo de vida típico da Ilha, entre 1930 e 1950; por um tempo de brincar na rua, em grupo e com possibilidade de interação com a natureza; por um local de infância com uma imensidão de espaço para brincar a "rédeas soltas"; por amplo reconhecimento por parte dos entrevistados, dos registros de brinquedos e brincadeiras feitos pelo artista-folclorista que eternizou, para as gerações futuras, a cultura infantil das gerações passadas; pela experiência dos entrevistados como artífices de seus próprios brinquedos; e por uma crítica à política de cidade que fez Florianópolis trilhar os caminhos da modernização e urbanização sem salvaguardar espaços públicos, livres, extensos e abertos onde as futuras gerações de crianças possam brincar, transformando essas crianças em reféns de lugares fechados e mudando radicalmente a cultura da infância atual.
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Saúde pública, psicanálise e infânciaMedrano, Carlos Alberto January 2003 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública / Made available in DSpace on 2012-10-20T11:14:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1
199953.pdf: 332111 bytes, checksum: dd5d2584745a6e7ea7eba195a8d87bce (MD5) / O objetivo deste trabalho é o de apresentar as determinações ideológicas - discursivas historicamente construídas em relação aos espaços para o brincar. Estes espaços aparecem em cena por volta da década de 1980. Muitos deles como um intento de desafiar às regras de jogo presentes na relação criança - adulto nos hospitais. Nos interessa particularmente a dimensão discursiva tecida a partir das práticas discursivas e não discursivas da Saúde Pública e da Psicanálise em relação à infância e ao brincar. Levando em conta que o sentimento da infância e o reconhecimento do brincar como inerente à condição de criança, são relativamente recentes, podemos afirmar que o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) institui um antes e um depois na condição jurídica dos menores no Brasil. A passagem de objeto ao de sujeito pleno de direito, significou que o brincar comece ser reconhecido como um direito a ser efetivamente garantido e defendido pela sociedade. O brincar é a fala da criança e, através do qual a criança vai construindo sua subjetividade; é através do brincar, se houver um adulto capaz de escutar, o meio com o qual a criança diz sobre seu sofrimento, suas esperanças. Práticas e discursos variados tentam disciplinar este brincar como forma de controle, numa tentativa de higienizar e disciplinarizar os corpos e as mentes das crianças. A falta de espaços para o brincar é uma forma de condenar às crianças ao silêncio, uma forma de tirar delas a possibilidade de recriar o mundo, de cercear a experiência de viver sua própria infância. Não se trata aqui simplesmente de espaços materiais, trata-se de abrir mão do poder hegemônico do adulto no intuito de desconstruir saberes, práticas e discursividades que possibilitem o surgimento de uma outra verdade e novas formas de subjetivação. Os discursos da Saúde Pública e da Psicanálise, junto às determinações históricas que lhes deram origem, encontram-se nestes particulares espaços. Mostramos como a psicanálise pode ser um auxilio para que às práticas da saúde pública possam repensar e retificar seus dispositivos disciplinares. Possibilita a produção de um espaço onde possam ser acolhidos os que demandam um refugio para resistir ser subjugado pela "ordem disciplinar". Concluímos que o brincar pode manter vivo o desafio que a psicanálise propôs: ser uma chance. A chance de restituir a palavra dos sem voz, pois, a condena ao silêncio não é privativa das crianças. Daí seu poder transformador de práticas e discursos ligados à saúde pública, à psicanálise e à infância.
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O lugar da infância na formação de professores das séries iniciais do ensino fundamentalThomassen, Nelzi Flor 20 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2003 / Made available in DSpace on 2012-10-20T13:13:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1
273970.pdf: 861477 bytes, checksum: 1b10a1743c074327f6dbd6f39f919e82 (MD5) / Esta pesquisa busca compreender o lugar da infância na formação de professores das séries iniciais do ensino fundamental, mais especificamente, no interior do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Santa Catarina, no período compreendido entre 1995 e 2002. Entendendo a infância como uma condição social da criança na sociedade e, a criança como um "ser humano de pouca idade", este estudo tem como objetivo central, localizar através da análise do Ementário, Programas e Planos de Ensino e entrevistas com professores do Curso de Pedagogia, as categorias infância e/ou criança. A partir disso e privilegiando a perspectiva das alunas da 6a fase deste curso, tenta-se compreender como a infância tem sido abordada na formação de professores das séries iniciais do ensino fundamental. Neste estudo foi possível perceber como a infância não se constitui em uma obviedade, nem tampouco numa ausência. A infância, no interior deste curso, parece se constituir mais nas frestas de flexibilidade que os professores têm ao elaborar os Planos de Ensino das disciplinas que lecionam, do que como conseqüência de uma finalidade formativa. Fica evidente também, que de uma abordagem psicológica e biológica até 1995, passa-se a uma abordagem mais social a partir deste período, verificada principalmente na bibliografia dos Planos de Ensino. Assim, a partir deste lugar onde tem se alojado, é possível concluir que a infância se constitui em um espectro que provoca ruídos, estando, no período investigado, distante de ser uma das centralidades desta formação. Este lugar da infância ao mesmo tempo latente e periférico na formação de professores das séries iniciais, aponta para interrogações acerca da finalidade formativa do Curso de Pedagogia da UFSC.
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Os sentidos (paradoxais) da infância nas ciências sociaisMarchi, Rita de Cassia January 2007 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política. / Made available in DSpace on 2012-10-23T07:16:57Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / Este estudo tem dois objetivos centrais: contribuir para a reflexão teórica das Ciências Sociais (CS) sobre a infância pobre no Brasil (especificamente sobre as chamadas crianças "de rua") e para a discussão contemporânea sobre a denominada "crise social" da infância. A literatura das CS sobre as "crianças de rua", a "história social da infância e/ou das crianças" no Brasil e as relações entre estas e a Sociologia da Infância (SI), assim como suas relações com a teoria social clássica e contemporânea, são a arena privilegiada deste empreendimento. O processo moderno de construção da infância e o processo de sua desconstrução/reconstrução contemporânea no quadro da SI são o pano de fundo contra o qual se constrói a hipótese central: não somente a "infância", mas também o conceito de "criança" em sua forma moderna não está disponível a todas as crianças no Brasil. A "não criança" é aquela que não tem socialmente reconhecida sua condição infantil e, portanto, não tem reconhecidos no plano empírico (embora os tenha no plano jurídico) as prerrogativas e direitos contemporâneos amplamente associados à infância. Aqui se propõe o reconhecimento da produção da "não-criança" como conseqüência da produção/reprodução, na sociedade brasileira, da norma moderna da infância no quadro amplo de seu processo de hegemonização ocidental. Trata-se de revelar o desentranhamento de determinados indivíduos do domínio de uma representação genérica - "infância" - à qual atrelam-se expectativas de um certo comportamento e pertencimento social e institucional (a família, a escola). Busca-se problematizar determinadas categorias que se entrelaçam no debate e que têm sido pouco questionadas nos estudos: as idéias de "infância", "criança" e a de "rua". Dentre as principais proposições, destaca-se ainda, a radicalização da infância contemporânea pela radicalização do princípio de individualização das crianças no atual contexto das profundas transformações que atingem as instituições sociais no seu âmago.
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O fogo da modernizaçãoSantos, Rita Brancato January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política / Made available in DSpace on 2012-10-22T11:13:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1
243273.pdf: 461954 bytes, checksum: 98d996ec310650da8d2f61751f49f7fb (MD5) / Esta pesquisa pretende ilustrar as atividades que a Ordem marista e o Serviço Social desenvolveram no então "Abrigo de Menores" posteriormente nomeado "Educandário XXV de Novembro" (1940 a 1980), em Florianópolis - Santa Catarina, com o objetivo principal de identificar os fatores que determinaram as mudanças da política de atendimento à infância carente ocorridas na instituição. Para tanto, foi preciso primeiro sintetizar a trajetória do conceito de infância e dos Códigos de Menores no Brasil para contextualizar a instituição, bem como mostrar o crescimento urbano da capital que em quatro décadas transformou-se sensivelmente. Sucessivamente, foram realizadas seis entrevistas escolhendo três representantes de cada vertente, tendo em vista a análise da instituição dentro do processo de modernização brasileira e a substituição da tradição da Pedagogia Marista com o tecnicismo do Serviço Social. Partindo das principais características relativas à modernização segundo a definição de Boudon e Bourricaud, isto é, mobilização, laicização e diferenciação, relevamos que as transformações ocorridas no "Abrigo de Menores" espelharam o panorama político brasileiro e mais especificamente as rivalidades entre os partidos PSD e UDN no Estado. Outros determinantes fatores foram a incompatibilidade entre as concepções do assistencialismo religioso e o tecnicismo do Serviço Social que veio a fortalecer-se após o Golpe Militar de 64, com a instituição da "Fundação Nacional de Bem Estar do Menor" (FUNABEM) portadora da concepção de que principal objetivo do Serviço Social era a reinserção familiar do "menor" e não mais manter o sistema de internato. Assim, o próprio Governo deixou aos poucos de financiar a instituição que viu sua extinção definitiva após um incêndio no dia 30/03/1980. Tais novas concepções resultaram na atual doutrina da "proteção integral" inserida no "Estatuto da Criança e do Adolescente" (ECA) de 1990, que reconhece principalmente as crianças como portadoras de direitos.
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Crianças encarceradas - a proteção integral da criança na execução penal feminina da pena privativa de liberdadeVieira, Cláudia Maria Carvalho do Amaral January 2013 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Jurídicas, Programa de Pós-Graduação em Direito, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2014-08-06T17:27:57Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2013Bitstream added on 2015-03-18T20:56:11Z : No. of bitstreams: 1
323442.pdf: 8233755 bytes, checksum: e7bb549d1f91d1ac481c44fdcc42eb1e (MD5) / O objetivo geral da pesquisa foi analisar a Doutrina da Proteção Integral, como paradigma de proteção normativa da criança e do adolescente, na perspectiva da realidade da criança que está nos cárceres brasileiros, em virtude do aprisionamento da mãe. Dentro dos objetivos específicos, o universo prisional feminino é apresentado em suas dimensões histórica e das especificidades contidas na Lei de Execução Penal, nas Resoluções do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) e nas informações dos relatórios de visitação produzidos pelos Conselheiros do CNPCP, com especial ênfase às questões relativas àgravidez, parto, amamentação, registro civil e espaços de vivência carcerária para mães e crianças. Os dados fornecidos pelo InfoPen do Departamento Penitenciário (DEPEN) do Ministério da Justiça compõem o quadro do encarceramento feminino sob uma perspectiva quantitativa (número de mulheres presas total e por região) e qualitativa (faixa etária, cor de pele e tipo de delito cometido). Outro objetivo específico foi acolher a Doutrina da Proteção Integral como parâmetro norteador da análise da proteção dos direitos da criança na realidade carcerária. A Proteção Integral, o princípio do interesse superior da criança, a prioridade absoluta, o Sistema de Garantia de Direitos e as redes de Proteção Integral são apontados como as garantias necessárias para se "proteger integralmente" uma criança no Brasil. O caráter interdisciplinar da Proteção Integral é pontuado como a dimensão acadêmica do paradigma. Na moldura protetiva da criança estão inseridos o poder familiar e o direito de guarda da mãe, mantidos, apesar do encarceramento. A gravidez, o nascimento, o aleitamento materno, o desenvolvimento físico, o neurodesenvolvimento, a vacinação, o acompanhamento pediátrico, a saúde mental e emocional da criança, a permanência, a saída e a volta da criança ao estabelecimento penal são analisados sob uma perspectiva interdisciplinar, compondo o quadro de especificidades da vivência de uma infância. Esse constituiu mais um objetivo específico da pesquisa ao qual se inseriu uma perspectiva concreta da infância desprotegida nos cárceres brasileiros, o que se efetivou a partir da visita ao Centro de Progressão Penitenciário do Butantan, em São Paulo. Cuidou-se de verificar, como último objetivo específico, a formulação e a operação de soluções para os enfrentamentos necessários à Proteção Integral da "infância confinada", a partir do sistema de Justiça Criminal, dos órgãos ligados à execução penal feminina da pena privativa de liberdade, do Sistema de Justiça da Infância e da Juventude e de políticas públicas em favor da criança.Concluiu-se pela necessidade de se utilizar os mecanismos legais existentes para que a pena privativa de liberdade seja, sempre que possível, substituída por outras formas de unição, que a lógica da Proteção Integral passe a nortear a proteção dos direitos da "infância confinada" e que, ante os limites da execução penal feminina da pena privativa de liberdade, insistir-se na Proteção Integral da "criança encarcerada" dentro da lógica do encarceramento feminino, marcada pela valorização da segurança e da disciplina, marcada pela violência, fará com que permaneça o estado de violação dos direitos da criança que está no estabelecimento penal.<br>
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As concepções de criança e infância na formação dos professores catarinenses nos anos de 1930 e 1940Silva, Ana Claudia da January 2003 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação. / Made available in DSpace on 2012-10-21T08:09:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1
198905.pdf: 937572 bytes, checksum: 98dacbcc6595bffb3a5b613ecd66f1db (MD5) / A presente pesquisa analisou as concepções de criança e infância presentes na formação dos professores catarinenses nas décadas de 1930 e 1940 e o papel atribuído às disciplinas de Pedagogia e Psicologia na constituição dos olhares sobre a infância. Para tanto, busca-se compreender como a criança historicamente tornou-se objeto de
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