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A mimese da escrita intimista nas narrativas autodiegéticas de Eça de Queirós / Mimesis of intimate writing on autodiegetic narratives of Eca de QueirozSousa, Marcio Jean Fialho de 15 April 2016 (has links)
A proposta desta tese é apresentar uma análise das obras O Mandarim e A Relíquia, de Eça de Queirós, a partir da perspectiva da escrita intimista. Para essa leitura serão considerados os aspectos inerentes à escrita de si segundo Michel Foucault, descritas nos textos Lécriture de soi, publicado pela primeira vez no ano de 1983, e no Volume III da História da Sexualidade: O cuidado de si, publicado em 1985. A escolha desse aporte teórico se dá pela evidenciação dos traços desse tipo de escrita nessas duas narrativas de Eça de Queirós, ora classificadas como autodiegéticas. Pretende-se demonstrar que a mimese da escrita de si elaborada pelo escritor nessas duas obras está a serviço de uma forte crítica social, que visa a atingir a própria constituição do sujeito oitocentista. / The aim of this thesis is to present an analysis of the works The Mandarin and The Relic of Eca de Queiroz, from the intimate writing perspective. On this reading will be considered aspects of the writing the self, according to Michel Foucault, described in the texts L\'écriture de soi, first published in 1983, and in Volume III of the History of Sexuality: Self care, published in 1985. The choice of this theoretical contribution is given by the disclosure of the features of this kind of writing these two narratives of Eca de Queiroz, now classified as autodiegéticas. We intend to demonstrate that Eça de Queirozs writing of itself as mimesis in these two works is at the service of a strong social criticism, which aims to achieve the very constitution of the subject nineteenth century.
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A mimese da escrita intimista nas narrativas autodiegéticas de Eça de Queirós / Mimesis of intimate writing on autodiegetic narratives of Eca de QueirozMarcio Jean Fialho de Sousa 15 April 2016 (has links)
A proposta desta tese é apresentar uma análise das obras O Mandarim e A Relíquia, de Eça de Queirós, a partir da perspectiva da escrita intimista. Para essa leitura serão considerados os aspectos inerentes à escrita de si segundo Michel Foucault, descritas nos textos Lécriture de soi, publicado pela primeira vez no ano de 1983, e no Volume III da História da Sexualidade: O cuidado de si, publicado em 1985. A escolha desse aporte teórico se dá pela evidenciação dos traços desse tipo de escrita nessas duas narrativas de Eça de Queirós, ora classificadas como autodiegéticas. Pretende-se demonstrar que a mimese da escrita de si elaborada pelo escritor nessas duas obras está a serviço de uma forte crítica social, que visa a atingir a própria constituição do sujeito oitocentista. / The aim of this thesis is to present an analysis of the works The Mandarin and The Relic of Eca de Queiroz, from the intimate writing perspective. On this reading will be considered aspects of the writing the self, according to Michel Foucault, described in the texts L\'écriture de soi, first published in 1983, and in Volume III of the History of Sexuality: Self care, published in 1985. The choice of this theoretical contribution is given by the disclosure of the features of this kind of writing these two narratives of Eca de Queiroz, now classified as autodiegéticas. We intend to demonstrate that Eça de Queirozs writing of itself as mimesis in these two works is at the service of a strong social criticism, which aims to achieve the very constitution of the subject nineteenth century.
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A arte da memória: uma análise da escrita íntima de Anaïs Nin.ANDRADE, Raquel Thomaz de. 08 November 2018 (has links)
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RAQUEL THOMAZ DE ANDRADE - DISSERTAÇÃO (PPGH) 2010.pdf: 795042 bytes, checksum: 1763aaf8b92066d77a25f6672c7d8faa (MD5) / Made available in DSpace on 2018-11-08T12:34:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2010-09-29 / No tocante à escrita íntima, Anaïs Nin emerge como uma das autoras com a obra mais vasta, tendo escrito – e posteriormente publicado – diários entre os anos de 1914 e 1974. Esse extenso relato confessional lhe deu certo destaque dentro do movimento feminista, ao mesmo tempo em que despertou críticas relacionadas ao seu narcisismo. Dessa forma, seu material íntimo surge como uma obra emblemática no que se refere às tensões do movimento de luta pelos direitos das mulheres. Pois, mesmo com sua postura narcisista e pretensamente passiva politicamente, as atitudes Nin iam de encontro aos valores de sua época. Esse fato remete a uma questão: até que ponto o comportamento da autora não pode ser considerado com uma atitude política, já que resistia a padrões de comportamento de sua época? Assim, esse trabalho tem como objetivo analisar a escrita íntima de Anais Nin, considerando as suas representações acerca do feminino, da vida pública, da política e da arte e a sua inserção num período de sua escrita; problematizando a relação entre os diários íntimos e as teorias acerca dos gêneros confessionais e discutindo a relação entre o ―ficcional‖ e o ―real‖ nas memórias da autora, bem como a utilização da vida privada de Nin para a construção de uma obra de arte e, conseqüentemente, da sua figura pública. As principais fontes da pesquisa foram os diários não expurgados, que tiveram uma publicação póstuma durante os anos de 1980 e 1990. A escolha não se deve somente por esses diários serem versões menos censuradas da escrita íntima da autora, como também por envolverem um período (1931 – 1939) em que Nin começa a demonstrar interesse na publicação da obra, bem como a tecer comentários mais aprofundados acerca de questões como arte e política. Dessa forma, o universo construído pela escrita íntima dessa escritora será analisado, levando em consideração o tempo histórico no qual ela estava inserida, com o intuito de observar as suas representações acerca da relação entre a mulher, os espaços público e privado, a arte e a política. / On regard of intimate works, Anaïs Nin emerges as one of the most prolific authors, having written – and later published – journals between the years of 1914 and 1974. This extensive fictional report gave her a certain highlight within the feminist movement, while awakened criticism towards her narcissism. Consequently, her intimate material comes as an emblematic work concerning the strains within the fight for the women‘s rights. Because, even with a narcissistic and a passive political posture, Nin‘s stances went against the period values. This fact lead us to a question: how far the writer‘s behavior is as a political attitude, since it resisted the contemporary behavior patterns? Thus, this work aspires to analyze Anaïs Nin intimate writings, considering her representations concerning the feminine, public life, politics and art and her insertion within the writing‘s time; questioning the relationship between the intimate journals and the theories on the confessional genres and discussing the relationship between ―fictional‖ and ―real‖ amidst the writers memoir, as well as the use of Nin‘s private life in the makeup of her composition and, consequently, of her public figure. The main research sources were the unexpurgated diaries, which had a post mortem publication during the years of 1980 and 1990. The choice was not made only after the fact that these diaries are less censured versions of the writer‘s intimate work, but also after their coverage a period of time (1931-1939) in which Nin starts to show interest in the work‘s publication, as well as commenting art and politics in a deeper way. Thus, the universe built by this writer‘s journals will be analyzed, taking her historical insertion, aiming her representations on the relationship between the woman, the public and private spaces, art and politics.
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O ESCRITOR À PAISANA: a voz literária na correspondência de Caio Fernando Abreu / The undercover writer: the literary voice in Caio Fernando Abreu's correspondanceAlselmi, André Luiz [UNESP] 11 May 2018 (has links)
Submitted by Andre Luiz Alselmi (andre_alselmi@yahoo.com.br) on 2018-06-13T21:39:00Z
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1) Refazer a numeração, ou seja, deverá aparecer somente a partir das "considerações iniciais", mas no canto superior direito e não no rodapé
Em caso de maiores dúvidas, entrar em contato com as bibliotecárias da Seção de Referência, Camila (camila_serrador@fclar.unesp.br) ou Elaine (elaine@fclar.unesp.br).
Agradecemos a compreensão.
on 2018-06-14T13:42:17Z (GMT) / Submitted by Andre Luiz Alselmi (andre_alselmi@yahoo.com.br) on 2018-06-14T22:24:50Z
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Previous issue date: 2018-05-11 / Este trabalho apresenta uma análise da correspondência de Caio Fernando Abreu pelo viés literário, a partir de um conjunto de 77 missivas reunidas na coletânea Cartas, organizada por Italo Moriconi em 2002. A partir do ponto de vista de alguns teóricos do gênero epistolar, como Jelena Jovicic, Marie-Claire Grassi, Brigitte Diaz, Geneviève Haroche-Bouzinac e Vincent Kaufmann, analisa-se, em algumas cartas endereçadas a uma variedade de destinatários – como familiares e amigos, em sua maioria do universo literário – , de que maneira a experiência pessoal e a experiência literária, nas cartas do escritor gaúcho, realizam-se concomitantemente. A fim de se demonstrar de que forma a correspondência do autor constitui uma faceta de sua produção literária, investiga-se, primeiramente, a construção da identidade de escritor a partir do discurso epistolar, considerado não como locus da verdade, mas como um texto ficcional, no qual o epistológrafo lança mão de estratégias capazes de criar uma “verdade simulada”, conferindo maior verossimilhança a seu discurso. Na sequência, com o respaldo das teorias de Mikhail Bakhtin e José Luiz Fiorin, são analisadas as diferentes personae que o escritor constrói a partir das cartas – do filho, do amigo, do escritor, do amante – , determinadas sobretudo pelo destinatário, que faz com que o epistológrafo apresente variações temáticas e formais, assumindo, assim, diferentes máscaras sociais. Após a análise da constituição da identidade do escritor e de seus diferentes éthe discursivos, analisa-se, com base nas ideias de Vincent Kaufmann, de que maneira as correspondências situam-se num terreno fronteiriço, entre o homem e a obra, priorizando, em vez da comunicação, o afastamento, graças ao qual a obra pode acontecer. Empreende-se, na sequência, uma análise voltada para o conteúdo do discurso das cartas, com o objetivo de demonstrar como o texto epistolar possui grande valor na criação dos parâmetros de uma identidade artística, no acompanhamento de uma obra em suas várias etapas, da ideia à recepção pelo público, na constituição de uma rede epistolar que envolve diferentes figuras do universo literário, de escritores a editores, e no exercício de uma crítica literária, paralela à crítica institucionalizada, como ressalta T. S. Eliot em seus ensaios. Em seguida, tendo como ponto de partida a concepção formalista de literatura, com base sobretudo nas ideias de Roland Barthes e de Roman Jakobson, investiga-se, de um lado, de que forma, em suas cartas, o autor distancia-se do discurso corrente, por meio de operações linguísticas, sintáticas e estilísticas, e, de outro, de que maneira incorpora traços de outros gêneros, como a resenha crítica, a crônica e o monólogo. Por fim, demonstra-se como, articulando elementos aparentemente opostos – da conversação cotidiana e da linguagem literária – , o autor cria uma poética do prosaico epistolar. A partir desses aspectos, este trabalho distancia-se da abordagem desenvolvida com base nos textos epistolares do autor até o momento – centrada, sobretudo, em seu valor histórico, biográfico ou paratextual – e, tratando as cartas com autonomia, demonstra o valor literário, tanto em termos conteudísticos quanto formais, desses documentos tão heterogêneos. / This paper presents an analysis of Caio Fernando Abreu’s correspondence through the literary bias, based on a set of 77 missives gathered in the collection entitled Cartas (Letters), organized by Italo Moriconi in 2002. From the point of view of some theorists of the epistolary genre, such as Jelena Jovicic, Marie-Claire Grassi, Brigitte Diaz, Geneviève Haroche-Bouzinac and Vincent Kaufmann, one analyzes, in some letters addressed to a variety of recipients - such as family and friends, mostly from the literary universe – how both personal and literary experiences, in the letters of the Brazilian writer, take place concomitantly. In order to demonstrate how the correspondence of the author constitutes a facet of his literary production, one first investigates the construction of the writer’s identity from the epistolary discourse, considered not as locus of Truth, but as a fictional text, in which the epistolography writer uses strategies capable of creating a "simulated truth", providing a greater likelihood to his discourse. Next, with the support of the theories of Mikhail Bakhtin and José Luiz Fiorin, the different personae that the writer constructs from the letters are analyzed – the one of the son, the friend, the writer, the lover –, determined mainly by the recipient, who makes the epistolography writer present thematic and formal variations, thus assuming different social masks. After analyzing the constitution of the writer's identity and his different discoursive éthe, one analyzes, based on Vincent Kaufmann's ideas, how the correspondences are located on a frontier ground between the man and the work, prioritizing, instead of communication, distance, thanks to which the work can happen. An analysis of the content in the discourse of the letters is then carried out, with the purpose of demonstrating how the epistolary text has great value in the creation of the parameters of an artistic identity, in the following of a work in its various stages, from the idea to the reception by the public, in the constitution of an epistolary network that involves different figures from the literary universe, from writers to editors, and in the exercise of a literary criticism, parallel to institutionalized criticism, as T.S. Eliot emphasizes in his essays. Then, starting with the formalist conception of literature, based mainly on the ideas of Roland Barthes and Roman Jakobson, one investigates, on the one hand, how, in his letters, the author distances himself from the current discourse, through linguistic, syntactic and stylistic operations, and, on the other hand, how he incorporates traits of other genres, such as critical reviews, chronicles and monologues. Finally, it is shown how, by articulating apparently opposing elements – of everyday conversation and literary language – the author creates a poetics of the epistolary prosaicness. Based on these aspects, this work distances itself from the approach developed from the author’s epistolary texts up to the present – which focuses, above all, on its historical, biographical or paratextual value –, and by treating the letters with autonomy, demonstrates the literary value, both in terms of content and form, of such heterogeneous documents.
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L’éthos maternel dans Lettres à sa fille (1916-1953) de ColetteCourville, Vanessa 05 1900 (has links)
Depuis les Lettres de Madame de Sévigné à sa fille, la pratique épistolaire permet à la mère et à la fille d’entretenir un lien à distance. Outre la valeur communicative à l’origine de ce lien, l’espace de la lettre fait intervenir le moi de l’épistolière dans le mouvement de l’écriture. Cette particularité est propice à l’élaboration d’une image propre aux buts recherchés de la correspondance en adoptant une rhétorique qui crée un effet sur la destinataire incitée à répondre, à prendre position, à construire une image de soi par le biais de l’échange épistolaire. Une forme de littérarité se manifeste dans ce genre de lettres comme nous le démontrons à propos des Lettres à sa fille (1916-1953) de Colette.
L’étape de la maternité constitue une fatalité redoutée ou refusée pour certaines femmes qui connaissent un amour tardivement, voire jamais. Colette s’inscrit dans cette lignée de mères atypiques en refusant le rôle maternel pour consacrer sa vie à sa carrière d’écrivaine. Elle entretient néanmoins pendant trente-sept ans une correspondance avec sa fille, Colette de Jouvenel, afin de satisfaire à la représentation sociale voulant que la mère soit religieusement dévouée à son enfant. Mère physiquement absente la plupart du temps, Colette construit un éthos épistolaire qui oscille entre garder sa fille près d’elle grâce aux mots tout en maintenant la distance physique et sentimentale avec celle qui doit trouver sa place dans la correspondance. Colette se défile, mais s’impose aussi par son omniprésence dans l’univers de son enfant en témoignant d’une sévérité propre à sa posture d’auteure. Le déploiement de cette facette de l’écrivaine dans l’échange épistolaire à priori privé est rendu possible en raison du statut générique de la lettre : de fait, l’écriture épistolaire favorise, non seulement un rapport de soi à l’autre, mais également de soi à soi à travers divers effets spéculaires. L’étude de l’éthos maternel nous amène à nous interroger finalement sur l’éthos de la jeune fille contrainte de se construire dans une relation de dépendance avec l’image de la sur-mère. / Since the Letters of Madame de Sévigné to her daughter, the epistolary practice allows the mother and the daughter to maintain a bond from a distance. In addition to the communicative value at the origin of this bond, the space of the letter involves the self of the writer in the writing’s movement. This particularity is conducive to the development of an image which adapts itself to the goals of the correspondence, adopting a rhetoric that creates an effect on the recipient encouraged to respond, to take position, to build a self-image through the epistolary exchange. Literariness is manifested in this kind of letters, as we demonstrate in our study of Lettres à sa fille (1916-1953) from Colette.
Motherhood step constitutes a fatality for some women who develop love tardily, if ever. Colette belongs to this line of atypical mothers refusing the maternal role in order to dedicate her life to her career as writer. Nevertheless, she maintains a thirty-seven years correspondence with her daughter, Colette de Jouvenel, to answer this social representation that requires the mother to be religiously devoted to her child. A physically absent mother most of the time, Colette builds an epistolary ethos that oscillates between keeping her daughter beside her through words, while maintaining a physical and a sentimental distance with the one who has to find her place in the correspondence. She slips away, but also imposes herself with her omnipresence in her child's world, demonstrating a severity that derives from her authorial posture. The deployment of this facet of the writer in the epistolary exchange, at first private, is possible because of the letter’s generic status: in fact, epistolary writing promotes a relationship from oneself to the other, but also to oneself through various specular effects. The study of the maternal ethos finally leads us to interrogating the ethos of the young girl forced to build herself in a relationship of dependency with the mother’s image.
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De lettre intime à lettre ouverte dans Lettres à l’Indigène de Joël Des RosiersJoseph-Blais, Véronique 12 1900 (has links)
Dans la première décennie du XXIe siècle, à l’ère des nouvelles technologies de communication électroniques, le courriel est devenu le moyen par excellence pour envoyer et recevoir du contenu privé, remplaçant dès lors l’envoi de lettres papier. Dans ce contexte, pour quelles raisons un individu souhaiterait-il partager ce contenu privé en le publiant ouvertement, publiquement, de plus, dans un format papier, le rendant désormais disponible à l’ensemble des lecteurs désirant en consulter le contenu? Pourtant, telle est la genèse du recueil Lettres à l’Indigène de Joël Des Rosiers dans lequel l’auteur fait don de lettres d’amour qui « deviennent alors des objets communs que partagent la destinataire et l’homme qui lui écrit, le livre et le lecteur » (LALI, p. 7).
Ainsi, c’est par la réappropriation d’une pratique épistolaire ancienne que cet ouvrage rend compte d’une écriture intimiste dans laquelle lettres intimes et lettres ouvertes se côtoient. Les lettres intimes comportent plusieurs ressemblances avec les lettres conventionnelles, mais s’en distinguent sur certains points. Les lettres ouvertes, quant à elles, s’apparentent davantage aux publications libres que l’on retrouve dans les divers périodiques papier ou Web, ainsi que dans les divers blogues.
Dans les deux types de lettres, nous voyons quelle est la place du destinateur et celle de l’Autre, nous présentons les différentes constructions de l’espace liées à chacune des formes de lettre et nous dévoilons les diverses stratégies formelles qui laissent voir un jeu entre les sphères publique et privée. Nous démontrons ainsi de quelles manières ce recueil questionne l’intimisme du XXIe siècle, ainsi que la pratique d’une écriture intimiste dans le cadre actuel. / In the first decade of the twenty-first century, the era of new technologies and electronic communication, email has become the preferred way to send and receive private messages, replacing therefore paper letters. Knowing this, why would an individual want to share his private content by publishing it openly, publicly, furthermore in a paper format, making it available to all readers wishing to view the content? Nevertheless, such is the genesis of the collection of letters, Lettres à l’Indigène of Joël Des Rosiers in which the author donated love letters that became " common objects that share the recipient and the man who wrote, the book and the readers "(LALI, p. 7).
Thus, it is through the recovery of an old epistolary practice that this book reflects an intimate writing in which private letters and open letters meet. The intimate letters contain several resemblances with the conventional letters, but distinguish themselves from it on certain points. Open letters, as for them, are more similar to the free publications which we find in the diverse paper or Web periodicals, as well as in the various blogs.
In both type of letters, we are able to see the place of the addresser and that of the Other, we present the various constructions of the space related with each of the forms of letter and we reveal the diverse formal strategies which allow to see a play between public and private spheres. Thus, we demonstrate different ways in which this book questions the intimacy of the 21st century, as well as the practice of intimate writing in the current era.
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