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Sedação em colonoscopia: utilização do propofol em estudo comparativo entre três diferentes modos de administração / Sedation in colonoscopy: use of propofol in a comparative study of three different administration methods

Paulo Henrique Boaventura de Carvalho 24 September 2015 (has links)
O uso do propofol em sedação para colonoscopia e outros procedimentos endoscópicos é cada vez mais frequente, devido ao seu rápido início de efeito e curto período de recuperação, com poucos efeitos residuais, o que o torna um anestésico ideal para o uso em condutas médicas realizadas em regime ambulatorial. Seu perfil farmacológico o posiciona como um anestésico adequado a métodos de administração endovenosa contínuos ou titulados, possibilitando maior controle na sua concentração plasmática. Devido à sua alta lipossolubilidade, o propofol difunde-se rapidamente ao sistema nervoso e outros tecidos aonde exercerá seu efeito clínico, intimamente ligado à propofolemia, com diminuição da atividade do sistema nervoso central, que determinará tanto a sedação nos seus diversos níveis, quanto os indesejados efeitos depressores do sistema cardiovascular e respiratório, podendo levar a uma diminuição importante do débito cardíaco e pressão arterial e também a uma depressão central do sistema regulatório da respiração, que pode gerar apneia ou hipoventilação significativas. O presente estudo teve como objetivo avaliar clinicamente, e com dosagem sérica, o propofol em três esquemas diferentes de infusão endovenosa. Foram avaliados aleatoriamente 50 pacientes submetidos à colonoscopia nos Serviços de Endoscopia do Hospital Ana Costa (Santos - SP) e no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (São Paulo-SP). Os pacientes foram divididos em três grupos, conforme o esquema de sedação que foi utilizado. O Grupo 1 recebeu fentanil no início, uma dose inicial de propofol de um miligrama por quilo em um minuto na indução, posteriormente recebeu propofol em infusão intermitente de doses fracionadas de 30 mg (bolus) conforme necessidade clínica durante o exame. O Grupo 2 recebeu fentanil no início, uma dose inicial de propofol de 1 mg/kg em um minuto na indução, após essa, recebeu propofol contínuo em uma solução diluída a 0,2% em solução glicosada a 5%, em uma dose inicial de 1 gota/kg de peso do paciente, o que equivale a aproximadamente 100 ug/kg/min, controlada manualmente e alterada conforme a necessidade clínica do exame. O Grupo 3 recebeu fentanil no início do exame, e propofol com dose calculada e administrada por bomba eletrônica computadorizada (Diprifusor®) em esquema de infusão contínua alvo controlada, numa dose inicial de indução de 4 ug/mL administrada em um minuto, baixada a 2 ug/mL após a dose inicial completada, e alteradas para mais ou para menos conforme a necessidade clínica do exame. Os pacientes foram monitorizados com eletrocardiografia contínua, pressão arterial não invasiva medida de dois em dois minutos, oximetria de pulso, capnografia de aspiração lateral e índice bispectral (BIS). As dosagens séricas de propofol foram feitas em três amostras de sangue colhidas por paciente. A primeira amostra, cinco minutos após a indução, a segunda ao endoscopista alcançar o ceco durante o exame e a terceira a cinco minutos após a última dose de propofol administrada ou ao término da infusão contínua, no final do exame. Não houve diferença estatística significativa entre os Grupos em relação às características físicas pessoais dos pacientes como: sexo (p = 0,976), estado físico de acordo com a American Society of Anestesiology (ASA) (p = 0,945), idade (p = 0,896), peso (p = 0,340), altura (p = 0,947), índice de massa corpórea (IMC) (p = 0406), nos parâmetros clínicos observados como menor valor de índice BIS (p = 0,871) e o tempo para alcançá-lo (p = 0,052), tempo médio do exame (p = 0,123) e efeitos adversos observados como a queda da saturação de oxigênio abaixo de 90% (p = 0,054). Houve diferença estatisticamente significativa nas pressões arteriais iniciais dos Grupos 2 e 3, que foram ligeiramente elevadas em relação ao Grupo 1 a sistólica (p = 0,008), diastólica (p = 0,018) e média (p = 0,008), porém após a indução, a média das pressões arteriais sistólica (p = 0,440), diastólica (p = 0,960) e média (p = 0,815), e as menores pressões alcançadas não foram estatisticamente diferentes: sistólica (p = 0,656), diastólica (p = 0,783) e média (p = 0,993). Não houve diferença estatística em relação à frequência cardíaca inicial (p = 0,453), média após indução (p = 0,702), e menor frequência cardíaca alcançada (p = 0,788). Houve diferença entre o número de agitações médias entre os Grupos (p = 0,001), sendo maior no Grupo 1, porém este número foi relacionado ao esquema de administração do propofol no Grupo 1, que foi administrado após a indução quando o paciente apresentou algum grau de agitação que necessitou aprofundamento anestésico. Houve queda de saturação de oxigênio em seis pacientes (12%) da amostra avaliada, revertidas em tempo menor que cinco minutos com manobras de elevação da mandíbula do paciente ou utilização de cânula de Guedel para desobstrução das vias aéreas. Antes das quedas na saturação de oxigênio, foram percebidas alterações típicas de obstrução de vias aéreas, hipopneia ou apneia nas ondas de capnografia em 16 pacientes (32%), sendo que, em alguns pacientes por mais de uma vez, demonstrando esse ser um bom parâmetro de monitorização para prevenir hipóxia, não houve diferença entre os Grupos no parâmetro de obstrução de vias aéreas/apneia (p = 0,543). Em relação à propofolemia, o comportamento médio dos pacientes dos três Grupos foi estatisticamente igual ao longo dos momentos de avaliação (p = 0,830), não havendo diferença média estatisticamente significativa entre os Grupos (p = 0,964). Não houve diferença entre o consumo do propofol médio por minuto de exame (p = 0,748). Em relação à análise de custos com a administração do propofol, o Grupo 1 apresentou o menor valor médio para as colonoscopias avaliadas com gasto médio de R$ 7,00, o Grupo 2 gastou em média R$ 17,50 e o Grupo 3 gastou em média R$ 112,70 com diferença estatisticamente significativa entre eles (p < 0,001). A conclusão é que os esquemas de administração do propofol testados foram seguros, e houve semelhança entre os Grupos nos parâmetros avaliados incluindo a propofolemia, porém com custos diferenciados entre eles. Em relação ao Grupo 1, devido ao maior número de agitações por minuto este pode ser um bom método para procedimentos mais curtos, para procedimentos mais longos os Grupos 2 e 3 se mostraram mais confortáveis para o responsável pela sedação / The use of propofol sedation for colonoscopies and other endoscopic procedures is increasing due to the rapid onset of effect and short recovery time with few residual effects, which makes it an ideal anesthetic for usingin outpatient medical procedures. Its pharmacological profile places it as a suitable anesthetic to continuous or titred intravenous administration, providing increased control in its plasma levels. Due to its high liposolubility, propofol diffuses rapidly to the central nervous system and other tissues where it shall perform its clinical effects, closely related to plasma concentration, and providing sedation at different levels, as much as the unwanted depressant effects of the cardiovascular and respiratory system, it may lead to a significant reduction in cardiac output and blood pressure and also a central regulatory breathing system depression, that can result in significant apnea or hypoventilation. This study aimed to evaluate clinically and serum, propofol in three different regimens of intravenous infusion. 50 patients submitted to colonoscopy in the endoscopy centers at Hospital Ana Costa (Santos - SP), and Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (São Paulo-SP), have been randomly assessed. Such patients were divided into three groups, according to the sedation scheme that was used for them. Group 1 received fentanyl at first, then a one milligram per kilogram propofol dose, at induction, in a minute, later they received intermittent infusion of propofol in fractionated doses of 30 mg (Bolus) according to clinical needs during the test. Group 2 received fentanyl in the beginning, a starting dose of propofol 1 mg/kg at induction in one minute, after that received propofol in a 0.2% solution diluted in 5% glucose solution at an initial 1 drop/kg of patient weight dose, equivalent to about one 100 u100/min, manually controlled and changed according to clinical need of the examination. Group 3 received in the beginning of the examination fentanyl and propofol calculated by target controlled continuous infusion electronic device (Diprifusor®), an initial loading dose of 4 ug/mL was administered in one minute, reduced at 2 ug/mL after the initial dose, changed up or down according to clinical needs of examination. Patients were monitorized with continuous electrocardiography, non-invasive blood pressure measured every two minutes, pulse oximetry, side suction capnography and bispectral index (BIS). Serum levels of propofol were performed on three samples of blood taken by each patient. The first sample, five minutes after the induction, the second when the endoscopist reached the cecum during the examination and the third sample five minutes after the last administered dose or the end of continuous infusion of propofol, at the end of the test. No statistically significant difference between groups with respect to personal physical characteristics of patients as: sex (p = 0.976), physical state according to the American Society of Anesthesiology (ASA) (p = 0.945), age (p = 0.896), weight (p = 0.340), height (p = 0.947), body mass index body (BMI) (p = 0.406) in clinical parameters observed as a minor reached bispectral index value (BIS) (p = 0.871) and time to reach it (p = 0.052), mean procedure time (p = 0.123) and adverse effects observed as a drop in oxygen saturation below 90% (p = 0.054). There was a difference between the number of averages agitations between groups (p = 0.001), being higher in Group 1, but that number was related to propofol administration scheme in Group 1, as this was administered after induction when the patient had some agitation that required deeper anesthesia. There was a statistically significant difference in initial blood pressures of groups 2 and 3, which were slightly higher compared to Group 1: systolic (p = 0.008), diastolic (p = 0.018) and mean (p=0.008), but after induction, the average systolic (p = 0.440), diastolic (p = 0.960) and average (p = 0.815), and lower pressures achieved: systolic (p = 0.656) and diastolic (p = 0.783) and average (p = 0.993), were not statistically different. There was no statistical difference from the initial heart rate (p = 0.453), average heart rate after induction (p=0.702), and lower heart rate achieved (p = 0.788). There was oxygen dessaturation below 90% in six patients (12%) of the study sample, reversed in less than five minutes with patient jaw thrust maneuver or use of Guedel cannula, for airway clearance. Before the declines in oxygen saturation, typical tract obstruction, hypopnea or apnea wave changes were noted in capnography in sixteen patients (32%), and in some patients for more than once, showing this to be a good monitoring parameter to prevent hypoxia in patients, there was no difference between Groups in the airway obstruction/apnea parameter (p = 0.543). Regarding serum propofol, the average behavior of patients in the three Groups were statistically similar over the time (p = 0.830), with no statistically significant mean difference between groups (p = 0.964). There was no difference between the average propofol consumption per minute examination (p = 0.748). Regarding cost analysis with the administration of propofol, Group 1 had the lowest average value for colonoscopies evaluated with an average expense of R$ 7.00, Group 2 spent on average R$ 17.50 and the Group spent 3 on average R$ 112.70 with a statistically significant difference (p < 0.001). The conclusion is that propofol administration schemes tested were safe and there was similarity between the Groups in the evaluated parameters including propofolemia, but with different costs among them. With respect to Group 1 due to the larger number of agitations per minute, this is a good method for shorter procedures, for longer procedures groups 2 and 3 were more comfortable for the person responsible for sedation
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Dexmedetomidina diminui a resposta inflamatória após cirurgia miocárdica sob mini-circulação extracorpórea / Dexmedetomidine decrease the inflammatory response to myocardial surgery under mini cardiopulmonary bypass

Bulow, Neusa Maria Heinzmann 09 March 2013 (has links)
Despite great technological advances in coronary artery bypass grafting (CABG) surgery, there is a high incidence of cardiac dysfunction and neurocognitive deficits in the postoperative period. Preventive measures are essential to reducing these adverse situations that are responsible for significant morbidity and impairment on life quality of these patients. Surgery and cardiopulmonary bypass (CPB) produces important changes in the immune system, directly involved in the incidence of these complications and is credible that anesthesia choice can it modified. We hypothezised that dexmedetomidine, an (α)-2-agonist, could the inflammatory response to CABG and CPB modified. In a prospective and randomized study, we intend to demonstrate the influence of dexmedetomidine (TIVA-DEX group), as a component of a conventional total intravenous anesthesia (TIVA-propofol+sufentanil) in patients undergoing CABG, with mini-CPB, on the behavior of this inflammatory response. The TIVA-DEX group received a continuous infusion of dexmedetomidine associated to a conventional venous anesthesia (continuous infusion of propofol+sufentanil). Intraoperative dosage of cytokines, such as interleukin-1 (IL-1), interleukin-6 (IL-6), interleukin-10 (IL-10), gamma interferon (INF-γ) and tumor necrosis factor (TNF-α) were performed, and also C-reactive protein (CRP), creatine phosphokinase (CPK), creatine phosphokinase-MB (CPK-MB), I troponin (cTnI), cortisol and glucose. The occurrence of lipid peroxidation, by the study of thiobarbituric acid reactive substances (TBARS) and the activity of delta-aminolevulinate dehydratase (δ-ALA-D) to oxidative stress verify were also avaliated. Dexmedetomidine induce a significative reduction of IL-1, IL-6, TNF-α and INF-γ, as compared to group that not receive dexmedetomidine. The levels of IL-10 were decreased in both groups along the time, at a similar pattern. Differences between groups on δ-ALA-D activity do not occur and TBARS was higher in TIVA-DEX group. We concluded that dexmedetomidine associated to TIVA was able to reduce plasma levels of proinflammatory cytokines IL-1, IL-6, TNF-α and INF-γ in patients submitted to CABG surgery under mini-CPB, as compared to a conventional TIVA. These results reinforce literature data about dexmedetomidine potentiality as an anti inflammatory agent. / Apesar dos grandes avanços tecnológicos nas cirurgias de revascularização miocárdica (CRM), ocorre uma grande incidência de disfunção cardíaca e déficit neurocognitivo no período pós-operatório. As medidas preventivas são essenciais para a redução destas situações adversas, responsáveis pelo comprometimento da qualidade de vida dos pacientes. A cirurgia e a circulação extra-corpórea (CEC) produzem alterações importantes no sistema imunológico, diretamente envolvidas na incidência das complicações e acredita-se que a escolha anestésica possa modificá-las. Em estudo prospectivo e randomizado, pretendemos demonstrar a influência da dexmedetomidina (grupo AIVT-DEX), um anestésico (α)-2-agonista, associado à anestesia intravenosa total (AIVT) no comportamento da resposta inflamatória em pacientes submetidos à CRM, sob mini-circulação extracorpórea (mini-CEC). O grupo AIVT-DEX recebeu infusão contínua de dexmedetomidina associado à técnica de AIVT convencional e o outro grupo foi submetido à AIVT convencional (infusão contínua de propofol e sufentanil). Os grupos foram comparados pela dosagem plasmática trans-operatória de citocinas, como a interleucina-1(IL-1), a interleucina-6 (IL-6), a interleucina-10 (IL-10), o interferon gama (INF-γ) e o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), bem como a proteína C reativa (PCR), creatinofosfoquinase (CPK), creatinofosfoquinase miocárdio específica (CPK-MB), troponina I (cTnI), cortisol e glicose. A peroxidação lipídica foi avaliada pelo estudo das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e a presença de estresse oxidativo pela atividade da enzima delta-aminolevulinato desidratase (δ-ALA-D). O uso da dexmedetomidina induziu redução significativa de IL-1, IL-6, TNF-α e INF-γ se comparado ao grupo sem dexmedetomidina. Houve redução progressiva dos níveis de IL-10 ao longo do tempo, de forma semelhante entre os grupos. Não houve diferença entre os grupos para a atividade da enzima δ-ALA-D e os níveis de TBARS foram maiores no grupo AIVT-DEX. Concluímos que a dexmedetomidina associada à AIVT convencional foi capaz de reduzir os níveis plasmáticos das citocinas pró-inflamatórias IL-1, IL-6, TNF-α e INF-γ em pacientes submetidos à CRM sob mini-CEC, se comparados aos pacientes que receberam apenas a AIVT convencional. Estes resultados reforçam os dados da literatura quanto à potencialidade da dexmedetomidina como agente modulador da resposta inflamatória no período trans- operatório.
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Mikrobielle Kontamination intravenöser Anästhetika im Kreislaufmodell unter Verwendung der Göttinger Konfiguration eines TIVA-Sets / Microbial contamination of intravenous anesthetics in a model of a contaminated patient using a special configuration of a i.v.-tubing-Set for TIVA

Werth, Katrin 04 January 2012 (has links)
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