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Ingestão alimentar e níveis séricos de ferro em crianças e adolescentes portadores do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade

Menegassi, Márcia January 2009 (has links)
Introdução: Diversas pesquisas sobre as causas e os tratamentos para o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) investigam possíveis deficiências de alguns nutrientes (p.ex., ferro, zinco, magnésio, ácidos graxos poliinsaturados), sensibilidade a certos alimentos e aditivos alimentares que possam estar envolvidos com os sintomas do transtorno. A homeostase do ferro no sistema nervoso central é necessária para o funcionamento normal do cérebro e a redução em sua concentração é acompanhada por alterações na condução das fibras corticais, mudanças nos sistemas dopaminérgicos e serotonérgicos, assim como na formação da mielina. Níveis significativamente baixos de ferritina têm sido observados em crianças com TDAH, correlacionado com a severidade dos sintomas do transtorno. Isto deve-se ao papel do ferro como cofactor da tirosina hidroxilase, enzima limitante envolvida na síntese da dopamina, onde sua deficiência pode alterar a densidade do receptor e da atividade da dopamina. Além disso, o benefício da suplementação de ferro na função atencional de crianças e na redução dos sintomas do TDAH tem sido sugerido por muitos autores. Em contrapartida, outros estudos não confirmam o papel da deficiência de ferro na fisiopatologia do transtorno, assim como não recomendam a suplementação de ferro. Objetivo: Investigar as variáveis hematológicas relacionadas à deficiência de ferro e à ingestão alimentar no TDAH. Método: 62 crianças e adolescentes (6-15 anos) foram divididos em três grupos: Grupo 1: 19 (30,6%) pacientes com TDAH em uso de Metilfenidato durante três meses; Grupo 2: 22 (35,5%) pacientes com TDAH sem uso de medicamento; e Grupo 3: 21 (33,9%) sujeitos no grupo controle. Ferro sérico, ferritina, transferrina, hemoglobina, volume corpuscular médio (VCM), amplitude de distribuição dos eritrócitos (RDW), concentração da hemoglobina corpuscular média (CHCM), parâmetros de diagnóstico nutricional - Coeficiente de Índice de Massa Corporal (IMC) e inquérito alimentar foram avaliados. Foram observados o tamanho do efeito e a correlação dos sintomas do transtorno e os níveis de ferro, medido pelos níveis de ferritina sérica. Resultados: Foi encontrada diferença significativa entre os grupos apenas para o RDW (p=0,03). Embora 59% dos pacientes com TDAH do grupo não medicado apresentassem RDW com valor anormal, não observou-se diferença significativa entre os grupos (p=0,13) e, ainda, apenas quatro dos pacientes apresentaram RDW >= 14,5% associado com outras variáveis hematológicas (VCM <= 77 fL e/ou ferritina<= 30 ng/mL), sugestivo com deficiência de ferro. Para todas as outras variáveis hematológicas e inquéritos alimentares não encontramos diferença significativa entre os grupos. Além disso, não observamos nos grupos correlação entre os sintomas do TDAH (medidos pelo SNAP) e níveis de ferritina. Mesmo com limitado tamanho amostral, a magnitude do efeito encontrado para a variável ferritina foi pequena. Conclusões: Marcadores periféricos do estado nutricional de ferro e a ingestão alimentar de ferro não parecem estar modificados em crianças com TDAH, mas mais estudos avaliando os níveis de ferro no cérebro são necessários para compreensão plena do papel do ferro na fisiopatologia do TDAH. / Introduction: Several research about reasons and treatments for Attention Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD) have been investigated possible deficiencies of nutrients (i.e. iron, zinc, magnesium, polyunsaturated fatty acids), sensibility for some foods and food additive which could be involved with the disorder mechanisms, as hyperactivity, concentration and attention. The brain iron homeostasis is required for its normal function, where a decrease in iron concentration is accompanied by changes in the conduct of cortical fibers, changes in serotonergic and dopaminergic systems, as well as the formation of myelin. Significant low levels of ferritin have been observed in children with ADHD, correlating with the severity of the symptoms. This is due the role of iron as a cofactor of tyrosine hydroxylase, limiting enzyme involved in the synthesis of dopamine, whose its deficiency may change the receptor density and the dopamine activity. Moreover, the benefits of iron supplementation on attention function in children and decrease ADHD symptoms have been suggested by many authors. In contrast, other studies do not confirm the role of iron deficiency in the pathophysiology of the disorder, and not recommend the supplementation of iron. Objectives: To investigate the hematologic variables related to iron deficiency and food intake in ADHD. Method: 62 children and adolescent (6-15 years old) were divided into three groups: Group 1: 19 (30.6%) patients with ADHD using methylphenidate for 3 months; Group 2: 22 (35.5%) patients with ADHD who were MPH naïve and Group 3: 21 (33. 9%) control group. Serum iron, ferritin, transferrin, hemoglobin, mean corpuscular volume (MCV), red cell distribution width (RDW), mean corpuscular hemoglobin concentration (MCHC), nutritional diagnostic parameters - Body Mass Index Coefficient (BMI) and food surveys were evaluated. The effect size and the correlation between the disorder symptoms and iron levels (measured by ferritin) were evaluated. Results: A significant difference (p=0.03) among groups was found only for RDW. Although 59% patients were from the ADHD group drug naïve for MPH, we did not found significant differences among groups (p=0.13), and only four patients had the RDW >= 14.5% associated to the other haematological alterations (MCV <= 77 fL and/or ferritin<= 30 ng/mL), suggestive with iron deficiency. For all other hematologic and food surveys variables no significant differences were found among groups. Furthermore, the correlation between the symptoms (measured by SNAP score) and ferritin levels in all groups was not observed. Even with a limited sample size, the magnitude of the effect found for the variable ferritin was small. Conclusions: Peripheral markers of iron status and food intake of iron do not seem to be modified in children with ADHD, but further studies assessing brain iron levels are needed to fully understand the role of iron in ADHD pathophysiology.
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Anemia ferropriva e suas influências nos níveis do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) em crianças de um município da região norte do Rio Grande do Sul

Azevedo, Milene Urrutia de January 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: A anemia carencial pode ser definida como um estado em que a concentração de hemoglobina no sangue está anormalmente baixa, possivelmente em consequência da carência de um ou mais nutrientes essenciais, sendo o ferro, dentre todos, a mais presente. A anemia precoce pode alterar a fisiologiado hipocampoem desenvolvimento,a região do cérebro responsável pelo aprendizado e memóriade reconhecimento e fatores de crescimento como o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF).O estudo objetivou identificar a prevalência de anemia ferropriva em crianças do município de Vicente Dutra-RS e investigar possíveis alterações nos níveis séricos do BDNF em crianças com ferropenia. METODOLOGIA: Desenvolveu-se um estudo transversal quali-quatitativo, com crianças de 6 a 76 meses de idade, sendo a seleção dos participantes por conveniência. O estudo consistiu na aplicação de um questionário estruturado, contendo informações socioeconômicas, gestacionais, história médica pregressa e atual e dados antropométricos seguido por coleta de sangue através de punção. Nas amostras de sangue, foram analisadas as variáveis hemograma completo (hemoglobina, hematócrito, volume corpuscular médio e red cell distribution width), ferro, ferritina, transferrina, capacidade ferropéxica, saturação da transferrina e dosagem de BDNF. RESULTADOS: O estudo desenvolveu-se no período de junho de 2014 a junho de 2015 com a participação de 255 crianças com idade entre 7 a 76 meses de ambos os sexos, sendo excluídas do estudo 11 crianças, totalizando 244 crianças com informações suficientes para a análise dos dados. Considerou-se 4 estágios de estoques de ferro no organismo sendo o primeiro considerado como normal apresentando 76,66 % (N=184), o segundo como depleção dos estoques sem a anemia estabelecida apresentando 7,91 % (N=19), considerados anêmicos 10 % (N=24) e anemia ferropriva 5,41% (N=13). A verificação dos dados do BDNF ocorreu com amostras de soro de 165 crianças consideradas válidas no estudo. Observou-se que nos 4 grupos não ocorreu diferenças significativas nas amostras, o que demonstra a não associação dos níveis de BDNF com os estágios de ferropenia no organismo. Também analisando a associação das variáveis hemoglobina, hematócrito, ferritina, transferrina e capacidade ferropéxica com o BDNF, não observou-se significância estatística, porém ferro (p=0,017), saturação da transferrina (p=0,048), VCM (p=0,014) e RDW (p=0,043) apresentaram-se significativas as associações. CONCLUSÃO: Esse estudo considerado pioneiro em humanos até o momento, detectou associações com parâmetros sanguíneos e BDNF. Os nossos resultados aqui apresentados refinam a nossa compreensão da função do ferro no desenvolvimento do cérebro. Sugere-se também que o estudo possa ser adaptado em futuras pesquisas para explorar os diferentes papéis do ferro no neurodesenvolvimento infantil. / INTRODUCTION: Anemia deficiency can be defined as a condition manifested by an abnormally low concentration of blood hemoglobin possibly that may be due to the lack of one or more essential nutrients, the most prevalent of which is iron. Early anemia can alter the developing hippocampal physiology, the brain region responsible for learning and recognition memory, and growth factors such as the brain-derived neurotrophic factor (BDNF). This study aimed to identify the prevalence of iron deficiency anemia in children from the municipality of Vicente Dutra-RS and to investigate possible changes in serum levels of BDNF in children with iron deficiency. METHODOLOGY: We conducted a cross-sectional qualitative and quantitative study with children between 6-76 months of age, in which participant selection was based on convenience. The study consisted on the administration of a structured questionnaire including socioeconomic and pregnancy information, medical history and current medical status, and anthropometric data followed by blood sample collection through puncture. The blood samples were analyzed for CBC (hemoglobin, hematocrit, mean corpuscular volume and red cell distribution width), iron, ferritin, transferrin, total iron-binding capacity, transferrin saturation and BDNF dosage. RESULTS: The study was conducted in the period from June 2014 to June 2015 with comprised 255 children aged 7-76 months of both sexes, 11 of which were excluded from the study, totaling 244 children with sufficient information for data analysis. We considered four stages of body iron storage: normal, present in 76,66% (N = 184), depleted stores without anemia, present in 7,91% (N = 19), anemic, present in 10% (N = 24) and iron deficiency anemia, present in 5,41% (N=13). The analysis of BDNF data was performed on serum samples from 165 children considered valid in the study. We observed that the 3 groups did not show significant differences in the samples, which demonstrates a lack of association between BDNF levels and the stage of body iron deficiency. In addition, the association between hemoglobin, hematocrit, ferritin, transferrin, and total iron-binding capacity and BDNF was not statistically significant, however, iron (p = 0.017), transferrin saturation (p = 0.048), MCV (p = 0.014) and RDW (p = 0.043) showed significant associations with BDNF. CONCLUSION: This study, currently regarded as a pioneer study in humans, has found weak associations between blood parameters and BDNF. The presented results refine our understanding of the role of iron in brain development. It also suggests that the study can be adapted to future research to explore the different roles of iron in children's neurodevelopment.
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Fatores associados com anemia ferropriva em crianças menores de 6 meses / Factors associated with anemia among infants under 6 months old

Nejar, Fabiola Figueiredo 30 August 2007 (has links)
Orientador: Ana Maria Segall Correa / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-10T13:52:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Nejar_FabiolaFigueiredo_D.pdf: 2860289 bytes, checksum: 520efe4425aa2a5d56c60de1053695d8 (MD5) Previous issue date: 2007 / Resumo: O presente estudo analisou os fatores associados à anemia infantil e materna, tempo de clampeamento do cordão umbilical e duração do aleitamento materno exclusivo. Utilizou-se uma coorte com 513 crianças, selecionadas no Hospital Estadual de Sumaré, avaliadas em dois momentos (parto/alta e seguimento aos 150 dias). Encontramos 16,9% das mulheres que apresentaram anemia durante a gestação, porém essa proporção é bem menor após 150 dias do parto (1,7%). Já a análise do sangue de cordão mostrou apenas 2,1% de exames com hemoglobina menor que 11g/dl e, aos 150 dias de vida da criança, encontramos 49% de anemia. Sobre o tempo de clampeamento do cordão encontramos um tempo médio de 18,5 segundos, sendo que apenas 3,7% dos clampeamentos aconteceram com mais de um minuto. Sobre o padrão de aleitamento materno os dados mostram que 72,9% mamavam no peito, porém de maneira exclusiva essa proporção é de 6,1%. A presença de leite materno de forma exclusiva teve ação protetora contra anemia ferropriva nas crianças estudadas. Consumir alimentos da família também comprometeu o nível de hemoglobina da criança. Observamos associação entre anemia nas crianças aos 150 dias de vida e prematuridade e/ou baixo peso ao nascer. Diversos estudos epidemiológicos demonstram a forte relação entre tempo de clampeamento do cordão umbilical e a concentração de hemoglobina, contudo neste estudo não encontramos esta associação provavelmente pelo pequeno número de casos de clampeamento com tempo adequado (maior ou igual a 1 minuto) / Abstract: The aim of this study was to analyze the associ ation of infant anemia and anemia of the mother, length of umbilical cord clamping and length of exclusive breastfeeding. A cohort of 513 infants pairs recruited in Sumare Hospital were followed-up to 6 months of age, with hematological evaluations at delivery and at age of 150 days after birth. Mother interviews were performance at the day before hospital discharge and at 150 days after delivery. At delivery there were 16.9% mothers with anem ia, decreasing 150 days later to 1.7%. Just 2.1% of umbilical cord blood analyses had hemoglobin lower than 11g/dl and at 150 days of life 49% of infants had anemia. The mean length of clamping was 18.5 seconds and in just 3.7% was over 1 minute. At the 150 day, there was 72.9% of breast feeding but just 6,1 was exclusive. Infant anemia at 150 days was associated to prematur ity and /or low weight at birth. Several epidemiological studies point out a strong association between length of clamping and the hemoglobin concentration, but this research failed to observe this association provably due to the small number of cases with sufficient length of clamping.The high prevalence of infant anemia demands that the clamping length must be equal or greater than 1 minute, and observed by all hospital in our region / Doutorado / Epidemiologia / Doutor em Saude Coletiva
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Anemia ferropriva na infância : prevalência e fatores associados na Amazônia ocidental brasileira / Iron deficiency anemia in childhood : prevalence and associated factors in Brazilian Amazonia

Castro, Teresa Gontijo de January 2007 (has links)
Objetivo: Descrever o estado nutricional de crianças menores de 5 anos residentes em 2 municípios da Amazônia Brasileira. Métodos: Inquérito transversal de base populacional em crianças residentes na área urbana de Assis Brasil (n = 200) e Acrelândia (n = 477), Estado do Acre, Brasil. Resultados: Os resultados foram apresentados na forma de 3 artigos: 1) Saúde e nutrição infantil na Amazônia Ocidental Brasileira: inquéritos de base populacional em dois municípios acreanos; 2) Prevalência e fatores associados ao risco para anemia ferropriva entre pré-escolares da Amazônia brasileira; 3) Dietary practices and nutritional status of 0-24-month-old children from Brazilian Amazonia. Conclusões principais: Diagnosticaram-se déficits nutricionais, segundo os índices P/E, P/I e E/I, em 3,7%, 8,7% e 7,5% das crianças examinadas, respectivamente. As prevalências gerais de anemia, deficiência de ferro e anemia ferropriva foram de 30,6%, 43,5% e 20,9%, respectivamente. Ser menor de 24 meses [Razão das Chances- (RC) = 13,72; Intervalo com 95% de confiança (IC95%) = 5,66-33,27] e história de episódio recente de diarréia (RC=1,57; IC95%=1,01-2,45) foram associados ao risco para anemia ferropriva; porém, pertencer ao maior tercil do índice de riqueza foi associado à proteção (RC= 0,48; IC95%=0,28-0,82). Entre as crianças menores de 2 anos, o aleitamento materno foi iniciado por 97,3% das mães. Foi observada precoce introdução de alimentos (prevalência de aleitamento materno exclusivo entre menores de 6 meses: 31,4%). O padrão alimentar da dieta de desmame foi caracterizado por alta ingestão de alimentos ricos em carboidratos e leite de vaca, com ingestão insuficiente de frutas, vegetais e carnes. Todas as crianças de 6-12 meses e 92,3% das crianças de 12 a 24 meses estavam em risco de consumo inadequado de ferro, sendo observado baixo consumo de ferro biodisponível (ferro proveniente de alimentos de origem animal contribuiu em média com 0,5% do total de ferro entre crianças de 6-12 meses e com 14,3% entre crianças de 12-24 meses). / Objective: To describe the nutritional status of preschool children living in Brazilian Amazonia. Methods: A population-based cross-sectional study was carried out in the urban area of the towns of Acrelândia (n=477) e Assis Brasil (n=200), Acre State. Results: The results are presented in 3 articles: 1) Child health and nutrition in Western Brazilian Amazon: population-based surveys in two towns in Acre State; 2) Prevalence and associated factors with iron deficiency anemia in preschool children in Brazilian Amazonia; 3) Dietary practices and nutritional status of 0-24-month-old children from Brazilian Amazonia. Conclusions: The overall prevalence rates of low weight-for-height, low weight-for-age and low height-for-age were respectively 3.7%, 8.7% and 7.5%, with similar figures in both towns. Anemia, iron deficiency, and iron deficiency anemia were diagnosed in 30.6%, 43.5%, and 20.9% of the children, respectively. Age under 24 months (Odds Ratio – OR = 13.7; 95% Confidence Interval – CI = 5.66-33.27) and history of a recent diarrhea episode (OR=1.57; 95% CI = 1.01- 2.45) were associated with a risk for iron deficiency anemia; however; the highest tertile of wealth index was a protector factor for iron deficiency anemia. Among under-twos, breastfeeding was initiated by 97.3% of mothers. Early feeding with complementary foods was observed (prevalence of exclusive breastfeeding in babies under 6 months: 31.4%). Dietary pattern reflected a high intake of carbohydrate-rich foods and cow’s milk, with irregular intakes of fruit, vegetables and meat. All infants and 92.3% of toddlers were at risk of inadequate iron intakes. Iron from animal foods contributed on average 0.5% and 14.3% of total dietary iron among infants and toddlers, respectively.
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Ingestão alimentar e níveis séricos de ferro em crianças e adolescentes portadores do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade

Menegassi, Márcia January 2009 (has links)
Introdução: Diversas pesquisas sobre as causas e os tratamentos para o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) investigam possíveis deficiências de alguns nutrientes (p.ex., ferro, zinco, magnésio, ácidos graxos poliinsaturados), sensibilidade a certos alimentos e aditivos alimentares que possam estar envolvidos com os sintomas do transtorno. A homeostase do ferro no sistema nervoso central é necessária para o funcionamento normal do cérebro e a redução em sua concentração é acompanhada por alterações na condução das fibras corticais, mudanças nos sistemas dopaminérgicos e serotonérgicos, assim como na formação da mielina. Níveis significativamente baixos de ferritina têm sido observados em crianças com TDAH, correlacionado com a severidade dos sintomas do transtorno. Isto deve-se ao papel do ferro como cofactor da tirosina hidroxilase, enzima limitante envolvida na síntese da dopamina, onde sua deficiência pode alterar a densidade do receptor e da atividade da dopamina. Além disso, o benefício da suplementação de ferro na função atencional de crianças e na redução dos sintomas do TDAH tem sido sugerido por muitos autores. Em contrapartida, outros estudos não confirmam o papel da deficiência de ferro na fisiopatologia do transtorno, assim como não recomendam a suplementação de ferro. Objetivo: Investigar as variáveis hematológicas relacionadas à deficiência de ferro e à ingestão alimentar no TDAH. Método: 62 crianças e adolescentes (6-15 anos) foram divididos em três grupos: Grupo 1: 19 (30,6%) pacientes com TDAH em uso de Metilfenidato durante três meses; Grupo 2: 22 (35,5%) pacientes com TDAH sem uso de medicamento; e Grupo 3: 21 (33,9%) sujeitos no grupo controle. Ferro sérico, ferritina, transferrina, hemoglobina, volume corpuscular médio (VCM), amplitude de distribuição dos eritrócitos (RDW), concentração da hemoglobina corpuscular média (CHCM), parâmetros de diagnóstico nutricional - Coeficiente de Índice de Massa Corporal (IMC) e inquérito alimentar foram avaliados. Foram observados o tamanho do efeito e a correlação dos sintomas do transtorno e os níveis de ferro, medido pelos níveis de ferritina sérica. Resultados: Foi encontrada diferença significativa entre os grupos apenas para o RDW (p=0,03). Embora 59% dos pacientes com TDAH do grupo não medicado apresentassem RDW com valor anormal, não observou-se diferença significativa entre os grupos (p=0,13) e, ainda, apenas quatro dos pacientes apresentaram RDW >= 14,5% associado com outras variáveis hematológicas (VCM <= 77 fL e/ou ferritina<= 30 ng/mL), sugestivo com deficiência de ferro. Para todas as outras variáveis hematológicas e inquéritos alimentares não encontramos diferença significativa entre os grupos. Além disso, não observamos nos grupos correlação entre os sintomas do TDAH (medidos pelo SNAP) e níveis de ferritina. Mesmo com limitado tamanho amostral, a magnitude do efeito encontrado para a variável ferritina foi pequena. Conclusões: Marcadores periféricos do estado nutricional de ferro e a ingestão alimentar de ferro não parecem estar modificados em crianças com TDAH, mas mais estudos avaliando os níveis de ferro no cérebro são necessários para compreensão plena do papel do ferro na fisiopatologia do TDAH. / Introduction: Several research about reasons and treatments for Attention Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD) have been investigated possible deficiencies of nutrients (i.e. iron, zinc, magnesium, polyunsaturated fatty acids), sensibility for some foods and food additive which could be involved with the disorder mechanisms, as hyperactivity, concentration and attention. The brain iron homeostasis is required for its normal function, where a decrease in iron concentration is accompanied by changes in the conduct of cortical fibers, changes in serotonergic and dopaminergic systems, as well as the formation of myelin. Significant low levels of ferritin have been observed in children with ADHD, correlating with the severity of the symptoms. This is due the role of iron as a cofactor of tyrosine hydroxylase, limiting enzyme involved in the synthesis of dopamine, whose its deficiency may change the receptor density and the dopamine activity. Moreover, the benefits of iron supplementation on attention function in children and decrease ADHD symptoms have been suggested by many authors. In contrast, other studies do not confirm the role of iron deficiency in the pathophysiology of the disorder, and not recommend the supplementation of iron. Objectives: To investigate the hematologic variables related to iron deficiency and food intake in ADHD. Method: 62 children and adolescent (6-15 years old) were divided into three groups: Group 1: 19 (30.6%) patients with ADHD using methylphenidate for 3 months; Group 2: 22 (35.5%) patients with ADHD who were MPH naïve and Group 3: 21 (33. 9%) control group. Serum iron, ferritin, transferrin, hemoglobin, mean corpuscular volume (MCV), red cell distribution width (RDW), mean corpuscular hemoglobin concentration (MCHC), nutritional diagnostic parameters - Body Mass Index Coefficient (BMI) and food surveys were evaluated. The effect size and the correlation between the disorder symptoms and iron levels (measured by ferritin) were evaluated. Results: A significant difference (p=0.03) among groups was found only for RDW. Although 59% patients were from the ADHD group drug naïve for MPH, we did not found significant differences among groups (p=0.13), and only four patients had the RDW >= 14.5% associated to the other haematological alterations (MCV <= 77 fL and/or ferritin<= 30 ng/mL), suggestive with iron deficiency. For all other hematologic and food surveys variables no significant differences were found among groups. Furthermore, the correlation between the symptoms (measured by SNAP score) and ferritin levels in all groups was not observed. Even with a limited sample size, the magnitude of the effect found for the variable ferritin was small. Conclusions: Peripheral markers of iron status and food intake of iron do not seem to be modified in children with ADHD, but further studies assessing brain iron levels are needed to fully understand the role of iron in ADHD pathophysiology.
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Anemia ferropriva na infância: prevalência e fatores associados na Amazônia ocidental brasileira / Iron deficiency anemia in childhood: prevalence and associated factors in Brazilian Amazonia.

Teresa Gontijo de Castro 08 February 2007 (has links)
Objetivo: Descrever o estado nutricional de crianças menores de 5 anos residentes em 2 municípios da Amazônia Brasileira. Métodos: Inquérito transversal de base populacional em crianças residentes na área urbana de Assis Brasil (n = 200) e Acrelândia (n = 477), Estado do Acre, Brasil. Resultados: Os resultados foram apresentados na forma de 3 artigos: 1) Saúde e nutrição infantil na Amazônia Ocidental Brasileira: inquéritos de base populacional em dois municípios acreanos; 2) Prevalência e fatores associados ao risco para anemia ferropriva entre pré-escolares da Amazônia brasileira; 3) Dietary practices and nutritional status of 0-24-month-old children from Brazilian Amazonia. Conclusões principais: Diagnosticaram-se déficits nutricionais, segundo os índices P/E, P/I e E/I, em 3,7%, 8,7% e 7,5% das crianças examinadas, respectivamente. As prevalências gerais de anemia, deficiência de ferro e anemia ferropriva foram de 30,6%, 43,5% e 20,9%, respectivamente. Ser menor de 24 meses [Razão das Chances-(RC) = 13,72; Intervalo com 95% de confiança (IC95%) = 5,66-33,27] e história de episódio recente de diarréia (RC=1,57; IC95%=1,01-2,45) foram associados ao risco para anemia ferropriva; porém, pertencer ao maior tercil do índice de riqueza foi associado à proteção (RC= 0,48; IC95%=0,28-0,82). Entre as crianças menores de 2 anos, o aleitamento materno foi iniciado por 97,3% das mães. Foi observada precoce introdução de alimentos (prevalência de aleitamento materno exclusivo entre menores de 6 meses: 31,4%). O padrão alimentar da dieta de desmame foi caracterizado por alta ingestão de alimentos ricos em carboidratos e leite de vaca, com ingestão insuficiente de frutas, vegetais e carnes. Todas as crianças de 6-12 meses e 92,3% das crianças de 12 a 24 meses estavam em risco de consumo inadequado de ferro, sendo observado baixo consumo de ferro biodisponível (ferro proveniente de alimentos de origem animal contribuiu em média com 0,5% do total de ferro entre crianças de 6-12 meses e com 14,3% entre crianças de 12-24 meses). / Objective: To describe the nutritional status of preschool children living in Brazilian Amazonia. Methods: A population-based cross-sectional study was carried out in the urban area of the towns of Acrelândia (n=477) e Assis Brasil (n=200), Acre State. Results: The results are presented in 3 articles: 1) Child health and nutrition in Western Brazilian Amazon: population-based surveys in two towns in Acre State; 2) Prevalence and associated factors with iron deficiency anemia in preschool children in Brazilian Amazonia; 3) Dietary practices and nutritional status of 0-24-month-old children from Brazilian Amazonia. Conclusions: The overall prevalence rates of low weight-for-height, low weight-for-age and low height-for-age were respectively 3.7%, 8.7% and 7.5%, with similar figures in both towns. Anemia, iron deficiency, and iron deficiency anemia were diagnosed in 30.6%, 43.5%, and 20.9% of the children, respectively. Age under 24 months (Odds Ratio – OR = 13.7; 95% Confidence Interval – CI = 5.66-33.27) and history of a recent diarrhea episode (OR=1.57; 95% CI = 1.01-2.45) were associated with a risk for iron deficiency anemia; however; the highest tertile of wealth index was a protector factor for iron deficiency anemia. Among under-twos, breastfeeding was initiated by 97.3% of mothers. Early feeding with complementary foods was observed (prevalence of exclusive breastfeeding in babies under 6 months: 31.4%). Dietary pattern reflected a high intake of carbohydrate-rich foods and cow’s milk, with irregular intakes of fruit, vegetables and meat. All infants and 92.3% of toddlers were at risk of inadequate iron intakes. Iron from animal foods contributed on average 0.5% and 14.3% of total dietary iron among infants and toddlers, respectively.
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Anemia e alimentação em crianças atendidas pela Estratégia de Saúde da Família no Maranhão / Anemia and feeding in children attended by Family Health Strategy in Maranhão

Luciana Galve Alleo 07 February 2018 (has links)
Introdução - A anemia é um problema de saúde pública dos mais relevantes pela elevada frequência com que ocorre e pelas consequências deletérias decorrentes. A alimentação insuficiente e/ou inadequada em ferro é seu principal determinante. Objetivos - Avaliar a prevalência de anemia e seus determinantes entre crianças de 2 a 5 anos de idade, atendidas pelo programa Estratégia Saúde da Família (ESF); analisar a prática alimentar maranhense por meio de marcadores de alimentação saudável e não saudável; avaliar a sensibilidade e a especificidade de fatores alimentícios associados à deficiência de ferro (carnes, feijão, alimentos fortificados com ferro) bem como fatores sociais que interferem no consumo alimentar (inserção no programa Bolsa Família, insegurança alimentar e número de filhos menores do que 5 anos) para identificar a anemia diagnosticada pela concentração da hemoglobina. Método - Estudo transversal, de base populacional, com amostra representativa de famílias com filhos com idades entre 2 e 5 anos, atendadas pela ESF no Estado do Maranhão. A amostra foi composta por 568 crianças cujo consumo alimentar foi obtido de inquéritos alimentares de frequência alimentar e recordatório de 24 horas. Foram calculadas médias e desvios padrão de variáveis que caracterizam a criança, sociodemográficas e de consumo. Realizaram-se regressão de Poisson e testes de sensibilidade e especificidade entre variáveis que interferiram na absorção de ferro em relação à anemia. Resultados - Observou-se que 42 por cento das crianças estudadas eram anêmicas. Pela razão de prevalência, verificou-se associação da anemia com escolaridade materna, mais de uma crianças menor de 5 anos na residência, inserção no Bolsa Família e índice antropométrico peso para a idade (p>0,05). A dieta das crianças apresentou frequência insignificante de verduras e hortaliças, frutas sem presença rotineira e o feijão como único marcador de alimentação saudável frequente (77 por cento dos questionários). Alimentos não saudáveis tiveram aumento nas referências conforme a idade, mostrando a influência da transição celular já na infância. Os valores de sensibilidade e especificidade encontrados para diferentes fatores dietéticos e sociodemográficos não permitiram utilizá-los como indicadores precoces da anemia. Conclusão - Fatores sociodemográficos são indicadores importantes na determinação da ocorrência da anemia. Escolaridade da mãe, receber Bolsa Família e ausência de anemia na mãe foram fatores de proteção contra a anemia. Morar na capital e ter mais de um filho aumentaram o risco da desnutrição. A qualidade alimentar avaliada por marcadores de dieta saudável e não saudável mostra que a transição alimentar esteve presente mesmo entre a população infantil: baixo consumo de frutas, verduras e hortaliças e consumo cada vez mais frequente de alimentos processados, ricos em sal, gorduras e açúcar. A educação alimentar é destacada como indispensável, juntamente da suplementação de ferro para lactentes na expectativa de intervenções mais efetivas para o controle da anemia. Consumo de alimentos fontes de ferro, Bolsa Família, número de filhos e insegurança alimentar não foram indicadores da anemia, possivelmente porque a deficiência marcial é um fenômeno multifatorial, que envolve situações fisiológicas, socioeconômicas, bioquímicas que interagem num mesmo tempo. / Introduction - Anemia is a relevant public health problem because of its high frequency and due to its deleterious consequences. An inadequate and/or inadequate diet in iron is its main determinant. Objectives - To evaluate the prevalence of anemia and its determinants among children 2 to 5 years of age, assisted by the Family Health Strategy (FHS) program; analyze the food practice in the State of Maranhão through healthy and unhealthy food markers; to evaluate sensitivity and specificity of food factors associated with iron deficiency (meat, beans, and fortified foods with iron) as well as social factors that interfere with food consumption (inclusion in the Bolsa Família program, food insecurity and number of children under 5 years at home) to identify anemia diagnosed by hemoglobin concentration. Method - A cross-sectional, population-based study with a representative sample of families with children between the ages of 2 and 5, attended by the FHS in the state of Maranhão. The sample consisted of 568 children whose food intake was obtained through food surveys of food frequency and 24-hour recall. Means and standard deviations of variables that characterized the child, sociodemographic variables and consumption variables were calculated. Poisson regression, and sensitivity and specificity tests were performed between variables that interfered with iron absorption in relation to anemia. Results - We observed that 42 per cent of the children studied were anemic. For the prevalence ratio, there was an association of anemia with: maternal schooling, more than one child under 5 years of age at residence, insertion into the Bolsa Família Program and weight-for-age anthropometric index (p>0.05). The children\'s diet presented insignificant frequency of vegetables; fruits without a routine presence; and beans as the only marker of frequent healthy eating (77 per cent of the questionnaires). Unhealthy foods had an increase in the references according to age, showing the influence of cellular transition already in childhood. The sensitivity and specificity values found for different dietary and sociodemographic factors did not allow them to be used as early indicators of anemia. Conclusion - Socio-demographic factors are important indicators in determining the occurrence of anemia. Schooling of the mother, receiving Bolsa Família Program and absence of anemia in the mother were protective factors against anemia. Living in the capital and having more than one child increased the risk of malnutrition. Food quality evaluated by healthy and unhealthy diet markers shows that the food transition was present even among children: low consumption of fruits, vegetables and increasingly frequent use of processed foods rich in salt, fats and sugar. Food education is highlighted as indispensable, as well as iron supplementation for infants in the expectation of more effective interventions to control anemia. Food consumption of iron sources, Bolsa Família Program, number of children and food insecurity were not indicators of anemia, possibly because martial deficiency is a multifactorial phenomenon, involving physiological, socioeconomic, biochemical situations that interact at the same time.
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The Effect of Iron Status during Pregnancy on Hearing Functions in the Newborn.

Doorsian, Mona January 2017 (has links)
Background: Iron deficiency, anemia, and iron excess have been associated with altered hearing functions in children and adults. Animal studies suggest that iron deficiency during pregnancy negatively affect fetal auditory development. The relationship between maternal iron status and auditory functions in healthy term newborns has not been clearly elucidated among humans. The goal of this pilot study was to determine the relationship between markers of iron status during pregnancy and brainstem auditory function in healthy neonates. Methods: Pregnant women who gave birth at the Montfort Hospital were recruited to take part in this study (n=6). Within two weeks after birth, their newborn’s hearing function was assessed by wave amplitude, latency and inter-latency from the Auditory Brainstem Response (ABR) test. Markers of iron status, namely hemoglobin (Hb) and mean corpuscular volume (MCV), were collected retrospectively for the first and second trimester from the women’s medical chart. Results: Overall, no significant relationship was observed between maternal Hb and MCV concentrations and newborns auditory function. Although two significant Spearman correlations were observed (MCV and inter-latency I-V; r=0.87; p=0.005 and Hb and amplitude V; r=0.89; p=0.04), these findings may be due to chance because of multiple testing and the small sample size. Conclusion: Although iron is a key nutrient involved in the brain and auditory system development, we were not able to demonstrate a relationship between iron status during pregnancy and newborn hearing function. Prospective or intervention studies with a larger sample size and with more specific iron markers (ex. ferritin) are required to confirm these findings.
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Estudo dos principais fatores que contribuem para o desenvolvimento das anemias hipocrômicas microcíticas em crianças na fase escolar / Study about the main factors contributing to the development of hypochromic microcytic anemia in school children

Cristiane Fernandes de Freitas Tavares 03 October 2011 (has links)
Varios fatores contribuem para o desenvolvimento da anemia, que constitui um dos mais graves problemas de saude publica. A anemia hipocromica microcitica e a forma mais comum em criancas e adolescentes. Dentre as causas desta anemia estao: a) deficiencia de ferro, que resulta de um longo periodo do balanco negativo do micronutriente e causa retardo no crescimento e comprometimento do desempenho cognitivo de criancas; b) contaminacao por chumbo (plumbismo) que tambem afeta o desenvolvimento das criancas, podendo ser agravada nos portadores de polimorfismo da enzima ALAD; c) hemoglobinopatias (hemoglobinas variantes e talassemias), anemias herdadas que afetam 7% da populacao mundial. Devido a alta prevalencia destas patologias, o presente trabalho teve como objetivo estudar um grupo de criancas de escolas publicas, identificando os fatores que contribuem para o desenvolvimento de anemias hipocromicas microciticas e estabelecer relacoes entre as caracteristicas laboratoriais das doencas. Participaram do estudo 427 criancas, com idade entre 6 a 9 anos, sendo 235 do sexo feminino e 192 do sexo masculino, alunos de Escolas Municipais e Estaduais, da zona norte da cidade de Ribeirao Preto-SP. Foram analisados: a) numero global de eritrocitos e leucocitos, concentracao de hemoglobina, hematocrito, indices hematimetricos e distribuicao da amplitude das celulas vermelhas (contador automatico Micros 45 . Horiba ABXR) e calculo do indice matematico RDWI; b) niveis plasmaticos de chumbo (espectrometro de massa com plasma indutivamente acoplado VG Plasmaquad PQIIR) e estudo das delecoes dos polimorfismos da enzima ALAD, por PCR; c) status ferrico pelos niveis de ferritina serica (imunoquimioluminescencia utilizando kit Ferritin Immulite . DPCR e equipamento Immulite 1 - DPCR), receptor de transferrina soluvel (ensaio imunoenzimatico, utilizando o kit Quantikine soluble transferrin receptor da R&D SystemsR e o leitor de microplacas de ELISA READER 210, modelo Microwell System Organon TeknikaR) e calculo do indice sTfR/log ferritina; d) analise das hemoglobinas por eletroforese em acetato de celulose, pH alcalino, por HPLC (sistema automatizado Variant II Bio-RadR e kit gÀ-talassemia Short Program) e PCR para a principal delecao de ¿- talassemias. Com base no criterio recomendado pela OMS para definir anemia (Hb menor que 11,5 g/dL), verificou-se que 75 (17,6%) criancas eram anemicas, sendo 33 (44%) portadoras de algum tipo de hemoglobinopatia, 29 (38,6%) com anemias de causa desconhecida e 13 (17,4%) com anemia por deficiencia de ferro. Das anemias, apenas 14 eram anemias hipocromicas microciticas, sendo que 10 (71,4%) eram algum tipo de hemoglobinopatia, 2 (14,2%) ADF e 2 (14,2%) de causa desconhecida. Na populacao estudada, a prevalencia de hemoglobinopatias foi de 16,6% , a saber: 11,6% com ¿-talassemia; 4% com aumento de Hb F; 3,5% com Hb AS; 2,8% com À-talassemia; 0,96% com ¿/À-talassemia e 0,24% com Hb AC. Os niveis de chumbo plasmatico, em todos os participantes do estudo, estavam dentro do recomendado pelo Center for Disease Control and Prevention (< 10 Êg/dL), nao havendo interferencia do metal na patogenese das anemias. Nao houve associacao entre os polimorfismos da ALAD-1 (ALAD1-1 e ALAD1-2) e os niveis de chumbo plasmatico. Anemia por deficiencia de ferro foi diagnosticada em 3% das criancas e DF em 6,1%, utilizando um cut off de 30 ng/mL para ferritina serica. Houve concordancia na identificacao de hemoglobinopatias utilizando as metodologias eletroforese de hemoglobina em acetato de celulose e HPLC, sendo que estas metodologias nao sao uteis para diagnosticar ¿-talassemia. Para identificar os portadores da delecao de ¿-talassemia (.¿3,7) e necessaria a utilizacao da análise molecular (PCR). A suspeita de Hb S/-talassemia identificada por HPLC deve ser confirmada por análise dos pais e/ou irmãos. A ferritina foi um bom parâmetro para identificar DF precocemente e útil para diferenciar os portadores de hemoglobinopatias dos portadores de DF e ADF. O índice sTfR/log da ferritina foi mais sensível do que o sTfR, na diferenciação de DF e talassemia. No diagnóstico das anemias hipocrômicas microcíticas é necessário analisar um conjunto de determinações, incluindo exame hematológico, status férrico, perfil eletroforético, em alguns casos incluindo avaliação dos familiares, e análise molecular das hemoglobinopatias. / Several factors contribute to the development of anemia, which constitutes one of the most serious problems in public health. The hypochromic microcytic anemia is the most common type in children and adolescents. Among the causes for this type of anemia are: a) iron deficiency, which results from a long period of negative balance of the micronutrient, causing delay in growth and compromising the cognitive performance of the children; b) contamination by lead (lead poisoning), which also affects the development of children, and may be aggravated in carriers of polymorphism of the enzyme ALAD; c) hemoglobinopathies (variants hemoglobin and thalassemia), inherited anemia that affects 7% of the world population. Due to the high prevalence of these pathologies, the present study aimed at studying a group of children from public schools, identifying the factors that contribute to the development of hypochromic microcytic anemia and establishing relations between the laboratorial characteristics of the diseases. The study had the participation of 427 children, aged between 6 and 9 years old, being 235 female and 192 male students from Municipal and State Schools in the north area of Ribeirao Preto-SP. It analyzed: a) number of erythrocytes and leucocytes, hemoglobin concentration, hematocrit, red cell indices and red cell distribution width (automatic counter Micros 45 . Horiba ABXR) and calculation of the mathematical index RDWI; b) plasma lead levels (inductively coupled plasma mass spectrometer VG PlasmaQuad PQIIR) and study of the deletions of the polymorphisms of the enzyme ALAD, by PCR; c) iron status by serum ferritin levels (immunochemiluminescence using the kit Ferritin Immulite . DPCR and the equipment Immulite 1 - DPCR), soluble transferrin receptor (enzyme immune assay, using the kit Quantikine soluble transferrin receptor of R&D SystemsR and the microplate reader ELISA READER 210, model Microwell System Organon TeknikaR) and calculation of the sTfR/log ferritin index; d) hemoglobin analysis by electrophoresis on cellulose acetate at alkaline pH, HPLC (automated system Variant II Bio-RadR and the kit gÀ-thalassemia Short Program) and PCR for the main deletion of ¿-thalassemias. Based on the WHO criteria by to define anemia (Hb under 11.5 g/dL), it was verified that 75 (17.6%) children were anemic, being 33 (44%) with hemoglobinopathy, 29 (38.6%) with anemia of unknown causes and 13 (17.4%) with iron deficiency anemia. Among the anemias, only 14 were hypochromic microcytic, 10 (71.4%) being some sort of hemoglobinopathy, 2 (14.2%) due to iron deficiency and 2 (14.2%) due to unknown causes. In the studied population, the prevalence of hemoglobinopathies was 16.6%, namely: 11.6% with ¿-thalassemia; 4% with Hb F elevated; 3.5% with Hb AS; 2.8% with À- thalassemia; 0.96% with ¿/À-thalassemia and 0.24% with Hb AC. The plasma lead levels, in all participants of the study, were within the levels recommended by the Center for Disease Control and Prevention (< 10 Êg/dL), without the interference of the metal in the pathogenesis of the anemias. There was no significant association between the polymorphisms of the ALAD-1 (ALAD1-1 and ALAD1-2) and the plasma lead levels. Iron deficiency anemia was diagnosed in 3% of the children and ID in 6.1%, using a cutoff of 30 ng/mL for serum ferritin. There was agreement in the identification of hemoglobinopathies using the methodologies electrophoresis of hemoglobin in cellulose acetate and the HPLC, as these methodologies are not useful to diagnose ¿-thalassemia. In order to identify the carriers of ¿-thalassemia gene deletion (.¿3,7) it is necessary to use the molecular analysis (PCR). The suspicion of Hb S/À-thalassemia identified by HPLC must be confirmed through the analysis iv of the parents and/or siblings. The ferritin was a good parameter to identify ID early and useful to differ the carriers of hemoglobinopathies of the carriers of ID and IDA. The sTfR/log ferritin level was more sensitive than the sTfR, in the differentiation of ID and thalassemia. In the diagnosis of the hypochromic microcytic anemias, it is necessary to analyze a set of determinations, including hematological exam, iron status, electrophoretic profile, in some cases including relatives, and molecular analysis of the hemoglobinopathies.
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Disponibilidade de ferro na presença do B-Caroteno e o efeito dos interferentes em combinações de alimentos. / Iron availability in the presence of b-carotene and the effect of interferents in food mixtures.

Romilda Maria de Arruda Germano 07 May 2002 (has links)
No mundo as deficiências de ferro e de vitamina A atingem números alarmantes, afetando tanto a população com nível sócio-econômico mais baixo quanto aqueles mais favorecidos. O presente trabalho teve por objetivos avaliar a disponibilidade de ferro na presença do b-caroteno em combinações de alimentos fontes de ferro (espinafre, feijão e ovo) e de b-caroteno (cenoura, abóbora e couve), de custo relativamente baixo, as quais originaram nove misturas, assim denominadas: M1= ovo e abóbora; M2= espinafre e abóbora; M3= espinafre e couve; M4= ovo e couve; M5= espinafre e cenoura; M6= ovo e cenoura; M7= feijão e cenoura; M8= feijão e abóbora e M9= feijão e couve. As misturas, após cocção foram analisadas quanto à composição centesimal, teor de ácido oxálico, ácido fítico, taninos, minerais, diálise de ferro “in vitro” e determinação do teor de b-caroteno. Os dados foram analisados estatisticamente (Tukey 5%), pelo programa SAS. As misturas M1, M4 e M6 apresentaram o menor teor de fibra, com 1,32, 1,35 e 1,54 g/100g e os maiores resultados para proteína, 6,80, 7,13 e 6,59 g/100g respectivamente, como também para extrato etéreo 4,77, 4,79 e 5,73 g/100g. O teor de ácido oxálico variou de 0,14 a 0,27%, sendo que as misturas com espinafre apresentaram os maiores resultados; o teor de ácido fítico variou de 0,00 a 1,03 mg/g, sendo que as maiores concentrações predominaram nas amostras com feijão; o teor de taninos variou de 0,01 a 0,14 apresentando maiores teores, nas misturas com espinafre.O b-caroteno apresentou teores variando de 4,62 a 26,10 mg/100g. Quanto aos minerais observou-se variações de 0,19 a 1,00 g/Kg para fósforo; 0,82 a 1,37 g/Kg para potássio; 0,17 a 0,92 g/Kg para cálcio; 0,03 a 0,18 g/Kg para magnésio; 0,19 a 0,93g/Kg para enxofre; 0,00 a 0,65 mg/Kg para o cobre; 6,87 a 14,99 mg/Kg para o ferro; 0,00 a 13,08 mg/Kg para manganês e 2,88 a 7,16 mg/Kg para o zinco. A diálise de ferro apresentou variações de 3,39 a 31,11% , sendo que o melhor resultado apresentou-se na M6. Pode-se concluir que a fibra atuou como fator limitante na absorção do ferro. E, misturas com ovo, principalmente a M6, aumentaram a disponibilidade do ferro, sendo que, a proteína e o extrato etéreo atuaram de forma mais significativa no aumento da absorção, quando comparados ao b-caroteno. / In the world, iron deficiency and vitamin A deficiency reach alarming numbers, affecting population with level economic-social lower as well as people in better positions. This research aims to estimate the iron availability in the presence of b-carotene in food mixtures iron’s sources (spinach, bean and egg) and b-carotene’s sources (carrot, pumpkin and cabbage), with low prices, that have resulted nine mixtures, denominated: M1= egg and pumpkin; M2= spinach and pumpkin; M3= spinach and cabbage; M4= egg and cabbage; M5= spinach and carrot; M6= egg and carrot; M7= bean and carrot; M8= bean and pumpkin and M9= bean and cabbage. In this food mixtures, after cooking, were studied proximate composition, levels of oxalic acid, phytic acid, tannin, minerals, in vitro dialyzability of iron and levels of b-carotene. The statistical analysis was determinate (Tukey 5%) by SAS System. The food mixtures M1, M4, M6 showed low levels of dietetic fiber, 1,32, 1,35, 1,54 g/100g and the bigger results to protein 6,80, 7,13, 6,59 g/100g and to crude fat 4,77, 4,79, 5,73 g/100g, respectively. The oxalic acid ranges to 0,14 from 0,27%, with bigger results in food mixtures with spinach; phytic acid ranges to 0,00 from 1,03 mg/g, with high levels in bean’s samples; the tannin ranges to 0,01 from 0,14 with high levels in spinach’s samples. b-carotene showed levels ranges to 4,62 from 26,10 mg/100g. With regard to minerals, it’s ranges to 0,19 from 1,00 g/Kg in phosphorus; to 0,82 from 1,37 g/Kg in potassium; to 0,17 from 0,92 g/Kg in calcium; to 0,03 from 0,18 g/Kg in magnesium; to 0,19 from 0,93g/Kg in sulfur; to 0,00 from 0,65 mg/Kg in cupper; to 6,87 from 14,99 mg/Kg in iron; 0,00 a 13,08 mg/Kg in manganese and to 2,88 from 7,16 mg/Kg in zinc. In vitro dialyzability of iron ranges to 3,39 from 31,11%, and the best result was M6. It’s concluded that dietetic fiber was an inhibitor in the iron’s absorption. And, food mixtures with egg, mainly M6 (egg and carrot), increased iron availability and that crude protein and crude fat were more significant in absorption’s increase than b-carotene.

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