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Oferta de moeda endógena e taxa de juros exógena : as visões keynesiana e pós-keynesianas

Paim, Bruno January 2014 (has links)
Este trabalho pretende abordar a teoria monetária sob a ótica keynesiana. A partir da análise da obra de John Maynard Keynes, apresenta os principais pontos sobre os quais a teoria pós-keynesiana irá se embasar. Mostra como a endogeneidade da moeda se transforma em um ponto fundamental da teoria pós-keynesiana, após o trabalho seminal de Nicholas Kaldor. Seria responsabilidade de Basil Moore o aprofundamento dessas ideias, condensadas sob a forma da total endogeneidade da moeda e da exogeneidade da taxa de juros, que se torna o instrumento prevalecente de política monetária. Tal vertente ficou denominada como horizontalista. A partir da crítica a esse posicionamento, formou-se a abordagem estruturalista, aqui representada por Stephen Rousseas e fortemente influenciada por Hyman Minsky. O presente trabalho propõe que o desenvolvimento concomitante das duas vertentes tem aproximado os teóricos de cada abordagem. Nesse ínterim, com base nos trabalhos de Mark Setterfield e Giuseppe Fontana, apresenta uma proposta definitiva de conciliação entre o horizontalismo e o estruturalismo a partir da incorporação da dinâmica de formação da oferta de moeda. Com isso, permite a análise de casos especificamente localizados no tempo e no espaço, de forma que consegue incorporar os principais pontos elaborados anteriormente por Keynes. A fim de conciliar o desenvolvimento da teoria com a construção de políticas monetárias, procede com a aplicação no caso brasileiro pós-Plano Real. A análise permite mostrar a presença de características estruturalistas e horizontalistas, transparecendo o benefício que uma teoria que concilie as duas vertentes presta para a teoria econômica. Além disso, mostra como o Novo Consenso Monetário, aqui representado apenas pelo modelo de Metas de Inflação, aparenta incorporar a crítica pós-keynesiana, porém ainda se prende com afinco aos cânones que são justamente a base da crítica. Por fim, ressalta a importância de se perceber a definição exógena da taxa de juros como um elemento fundamental e inevitável da influência política nas decisões econômicas. / This study addresses the monetary theory in a Keynesian perspective. Starting from the John Maynard Keynes’ analysis, it presents the main issues upon which the post-Keynesian theory is based. It shows how the endogenous money supply becomes a key point of the post-Keynesian theory after the seminal work of Nicholas Kaldor. Basil Moore would be responsible to deepen these ideas, condensed in the form of the total endogenous money supply and interest rate exogeneity, which becomes the prevailing monetary policy instrument. This strand was referred to as horizontalist. Starting from the criticism of this posture, structuralist approach was formed, and is represented here by Stephen Rousseas, although strongly influenced by Hyman Minsky. The present work proposes that the concurrent development of the two approaches has gradually approximated both strands. Therefore, based on the work of Giuseppe Fontana and Mark Setterfield, it presents a definitive proposal for reconciling horizontalism and structuralism through the incorporation of the money supply dynamics. This allows analyses of specifically localized cases, so that it can incorporate the main points previously established by Keynes. In order to reconcile theoretical development with the construction of monetary policy, it proceeds with the application to the Brazilian case after the Plano Real. The analysis allows showing the presence of structuralist and horizontalist characteristics, demonstrating the benefit that a theory that reconciles both approaches provides for economic analysis. Furthermore, it shows how the New Monetary Consensus, represented here only by Inflation Targeting model, appears to incorporate post-Keynesian critique, but still holds tight to the canons which were precisely the basis of criticism. Finally, it emphasizes the importance of realizing the exogenous determination of interest rates as a fundamental and inevitable element of political influence on economic decisions.
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Economia keynesiana ou a economia de Keynes? Notas sobre a transmissão do ideário de Keynes no Brasil através do livro "Princípios de Economia Monetária" de Eugênio Gudin

Silva, Victor Nunes Leal Cruz e January 2016 (has links)
Orientador : Prof. Dr. Antonio ribas Cavalieri / Coorientador : Prof. Dr. Marcelo Luíz Curado / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciencias Sociais Aplicadas, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Ecônomico. Defesa :11/04/2016 / Inclui referências : f.71-79 / Resumo: Eugênio Gudin pode ser considerado o decano dos economistas brasileiros. Apesar de graduado em engenharia, a partir de meados da década de 1930, ele passou a estudar e dirigir os seus esforços para o estabelecimento da ciência econômica no Brasil. Um dos maiores resultados de seu esforço foi a publicação, em 1943, do primeiro livro-texto de economia escrito por um brasileiro, o Princípios de Economia Monetária. O livro e suas sucessivas edições revelam um esforço constante de atualização do economista autodidata brasileiro em vários temas, mas com especial atenção, é claro, em relação à macroeconomia e à economia monetária. Dentro disso, Keynes ganha especial destaque, principalmente porque Gudin está entre os primeiros brasileiros a transmitir e, ao mesmo tempo, fazer uma leitura mais meticulosa do importante autor britânico. Sendo assim, nosso intuito é analisar como se deu a transmissão das ideias de Keynes para o Brasil através da obra de Eugênio Gudin. Perguntamo-nos como Gudin foi se atualizando e compreendendo as teorias que emergiam durante a revolução keynesiana. Para tal, apoiamos nosso trabalho no modelo da teoria da informação voltado à transmissão do pensamento econômico, desenvolvido por Joseph Spengler e aprimorado por Uskali Mäki. Nosso estudo mostra que as disputas intelectuais desencadeadas pelo livro seminal de Keynes, A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, foram difundidas na academia brasileira somente através da terceira edição do livro de Gudin, publicada em 1952. Verifica-se também que a vertente keynesiana à qual Gudin subscreve na obra é a mesma que por tanto tempo dominou quase por completo a macroeconomia internacional, qual seja, o cânone IS-LM/Hicks-Hansen, pilar da economia keynesiana. / Abstract: Eugênio Gudin might be considered the dean of Brazilian economists. Despite the fact that he graduated in engineering, from the mid-1930s onwards, his efforts were directed towards the establishment of economics in the Brazilian academia. Among his many accomplishments there is the publication of the first economics textbook authored by a Brazilian in 1943. The book is called Principles of Monetary Economics. The successive editions of the book reveal a constant effort on the part of Gudin towards a gradual incorporation of the edge of economic knowledge in his work. Regarding that, his special concerns were macroeconomics and monetary economics. Within this effort, Gudin paid special attention to the unfolding of Keynes' economics, and he was the first Brazilian to transmit Keynes's and Keynesian ideas in Brazil. Given that, our goal is to analyse how the transmission of Keynes' ideas into Brazil was undertaken through the works of Eugênio Gudin. We ask ourselves how Gudin gradually updated himself and understood the theories arising from the Keynesian Revolution. For this purpose, we base our research on the information theory model developed by Joseph Spengler and improved by Uskali Mäki. Our study shows that the intellectual disputes triggered by Keynes' seminal book, The General Theory of Employment, Interest and Money, were diffused into the Brazilian academy only in the third edition of Gudin's book, published in 1952. The Keynesian approach to which Gudin subscribes in it is the same that vanquished international macroeconomics, i.e., the IS-LM/Hicks-Hansen canon, pillar of the Keynesian economics.
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Keynes, keynesian economics and the political economy of power of the postwar world

Archela, Danielle Cristina Guizzo, 1989- January 2016 (has links)
Orientadores : Profª. Drª. Iara Vigo de Lima e Prof. Dr. Fabiano Abranches Silva Dalto / Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciencias Sociais Aplicadas, Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas. Defesa : 07/06/2016 / Inclui referências : f. 220-253 / Área de concentração: Estado, economia e políticas públicas / Resumo: As origens econômicas e os impactos sociopolíticos do que se tornou a "Economia Keynesiana" não têm recebido a devida atenção por parte de economistas, cientistas políticos e filósofos no que diz respeito ao seu modo de governança. Este trabalho explora o surgimento e a consolidação do Keynesianismo como o modo de governança responsável por criar formas coletivas de relações de poder no mundo do pós-guerra, investigando os possíveis efeitos das ideias econômicas no momento em que influenciaram a prática política. Especificamente, aplicamos uma estrutura analítica denominada "economia política do poder" (doravante "PEP") para compreender o surgimento da teoria econômica de Keynes e suas transformações em uma agenda política que teve consequências específicas em termos de poder, governança e regulação da economia e da população. Enquanto os capítulos 1 e 2 apresentam, respectivamente, uma releitura bibliográfica sobre a genealogia do poder de Michel Foucault (Parte I), e as bases econômicas, filosóficas e políticas de John Maynard Keynes (Parte II), prosseguimos com uma investigação histórica em fontes primárias e documentos oficiais sobre a aceitação e absorção da teoria Keynesiana na política econômica do Pós-Guerra, elaborada no capítulo 3 (Parte III). Nossa metodologia da Economia Política do Poder (PEP) desenvolvida ao longo do capítulo 4 (inserido na Parte III) implementa uma dupla abordagem histórica, combinando aspectos institucionais e genealógicos para analisar a transformação do Keynesianismo em uma agenda política entre o final dos anos 1930 até o início da década de 1970 na Europa ocidental e nos Estados Unidos. Nossas conclusões se apoiam nas mudanças epistemológica e política causada pelo Keynesianismo como paradigma político, ou ainda "governamentalidade". Afirmamos que o modo de governança Keynesiano foi bem-sucedido em trazer princípios economicistas e a técnica econômica para a administração da vida, afetando a maneira como as populações são governadas. Consequentemente, instrumentos técnico-econômicos e sistemas de bem-estar se tornaram uma forma técnico-científica de justificar a intervenção econômica via um discurso de poder que defendia estabilidade, crescimento econômico e bem-estar. Com a consolidação do Keynesianismo como modo de governança nota-se o surgimento de uma sociedade de segurança em que políticas de pleno emprego, administração de demanda, estabilidade econômica e segurança social apontam para novas formas de controle e regulação na forma de um pacto de segurança entre o Estado e a população. Paralelo a isso, convidamos o leitor para um retorno aos pensadores originais - Foucault e Keynes - para repensar o papel da atividade econômica enquanto fim teleológico da vida humana. Ao nos debruçarmos sobre os escritos éticos de ambos os autores, argumentamos que a economia pode ser revista e repensada como um meio para se atingir um fim ético: a boa vida. Tal trajetória, nas palavras de Foucault, se torna uma forma de governo de si em que o sujeito se transforma enquanto homem econômico e interpreta a economia como um meio de ação. Palavras-chave: Keynesianismo. John Maynard Keynes. Michel Foucault. Economia Política do Poder. Mundo Pós-Guerra. / Abstract: The economic origins and sociopolitical impacts of what became known as "Keynesian Economics" have not received substantial attention from economists, political scientists and philosophers about its mode of governance. This study explores the rise and consolidation of Keynesianism as a mode of governance responsible for creating collective forms of power relations in the postwar world, investigating the possible effects of economic ideas once they reach the political arena. Specifically, we apply a "political economy of power" (PEP) framework to understand the emergence of Keynes's economic theory and its transformation into a policy agenda that had specific consequences in terms of power, governance and regulation of the economy and the population. While Chapters 1 and 2 respectively promote a bibliographical reading of Michel Foucault's genealogy of power and John Maynard Keynes's economic, philosophical and political foundations, Chapter 3 introduces a historical investigation based on primary sources and official documents about the absorption and acceptance of the Keynesian economic theory in Postwar's economic policies. Our Political Economy of Power (PEP) framework developed throughout Chapter 4 deploys a dual-historical approach, combining institutional and genealogical aspects to analyze the transformation of Keynesianism into a policy agenda between the end of the 1930s and beginning of 1970s across Western Europe and the United States. Our conclusions are buttressed by the epistemological and political shift caused by Keynesianism as a political paradigm, or a "governmentality". The Keynesian mode of governance was successful in bringing economistic principles and economic technicality into life, thus affecting the ways populations are governed. Consequently, technical economic instruments and welfare systems were actually a technical-scientific justification of intervention via a discourse of power that defended stability, economic growth and welfare. Once Keynesianism established itself as a mode of governance we see the rise of a security society in which policies involving full employment, demand management, economic stability and social security point out towards new forms of control and regulation in the shape of a security pact between the state and the population. Parallel to that, we also invite the reader to return to our original intellectuals - Foucault and Keynes - to shed light on the issue of economic activity as a teleological end of human life. By exploring their ethical writings we stress how economics should be reviewed and reconsidered as a means to achieve an ethical end: the good life. Such trajectory, in Foucault's rationale, becomes a form of selfgovernment in which the individual transforms himself/herself within the economy and understands economic activity as a means of action - rather than an end. Key Words: Keynesianism. John Maynard Keynes. Michel Foucault. Political Economy of Power. Postwar World.
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Política fiscal e reestruturação da dívida pública no Brasil

Garcia, Renato Vaz [UNESP] 01 September 2008 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:24:16Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2008-09-01Bitstream added on 2014-06-13T19:51:44Z : No. of bitstreams: 1 garcia_rv_me_arafcl.pdf: 433755 bytes, checksum: eff59b798ba551c90df2958292775069 (MD5) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A política fiscal e o financiamento público no Brasil têm se mostrado fundamentais no cenário da política econômica. Após a estabilização com o Plano Real, a política de gastos públicos, assim como a política de endividamento público vêm sofrendo alterações. Entre 1994 e 1998, o governo impôs uma política de maior gasto que implicou uma deterioração das Necessidades de Financiamento do Setor Público (NFSP). Após 1999, entretanto, o setor público passa a aplicar maior disciplina e controle sobre o orçamento. Apesar dessa nova conduta, as despesas financeiras continuaram elevadas como resultado de uma estrutura de curto prazo da dívida pública. A maior parcela da dívida pública no Brasil se apresenta indexada à taxa básica de juros (LFT´s), o que contribui para a contínua deterioração das NFSP. Tal estrutura de endividamento no país é bastante particular, especialmente, quando comparada a outras economias em desenvolvimento as quais adotam regime de metas de inflação. Polônia, Hungria e México são nações que modificaram sua estrutura de endividamento ao longo dos últimos anos, de modo a minimizar a pressão sobre o resultado fiscal do setor público. Ademais, tais países desenvolveram um giro financeiro para seus títulos públicos. Comparado às experiências de Polônia, Hungria e México, é possível notar uma redução do grau de liberdade da política fiscal no Brasil. A disciplina fiscal tem sustentado elevados superávits primários, porém a estrutura de endividamento público não foi alterada. Tal política contraditória tem afetado, negativamente, a política econômica e a economia como um todo. / Fiscal policy and the public financing in Brazil have been crucial in the scenario of economic policy. After the economic stabilization, Real Plan, the policy of public expenditures, as well as the policy of public indebtedness have been changed. Between 1994 and 1998 the government imposed a policy of high spending which caused a deterioration of the Public Sector Borrowing Requirements (PSBR). After 1999, however, the public sector starts to apply a greater discipline and control of the budget. Despite this new direction financial expenses were kept high as a result of the short term condition of the public debt. Most part of public debt in Brazil is linked to floating interest rate (LFT’s) that contributes to the continuing deterioration of PSBR. Such debt structure in the country is very peculiar, in particular when compared to others developing economies that adopt inflation targeting regimes. Poland, Hungary and Mexico are countries which modified their public debt structures over the years and were able to minimize the pressure on fiscal balance of public sector. In addition, these countries developed a financial circuit to their public bonds. Compared to the Poland, Hungary and Mexico experiences is possible to observe a decreasing in the degree of freedom of fiscal policy in Brazil. The fiscal discipline has maintained the primary surplus high but the public debt structure has not been changed. This contradictory policy has affected negatively the economic policy and the economy as a whole.
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Oferta de moeda endógena e taxa de juros exógena : as visões keynesiana e pós-keynesianas

Paim, Bruno January 2014 (has links)
Este trabalho pretende abordar a teoria monetária sob a ótica keynesiana. A partir da análise da obra de John Maynard Keynes, apresenta os principais pontos sobre os quais a teoria pós-keynesiana irá se embasar. Mostra como a endogeneidade da moeda se transforma em um ponto fundamental da teoria pós-keynesiana, após o trabalho seminal de Nicholas Kaldor. Seria responsabilidade de Basil Moore o aprofundamento dessas ideias, condensadas sob a forma da total endogeneidade da moeda e da exogeneidade da taxa de juros, que se torna o instrumento prevalecente de política monetária. Tal vertente ficou denominada como horizontalista. A partir da crítica a esse posicionamento, formou-se a abordagem estruturalista, aqui representada por Stephen Rousseas e fortemente influenciada por Hyman Minsky. O presente trabalho propõe que o desenvolvimento concomitante das duas vertentes tem aproximado os teóricos de cada abordagem. Nesse ínterim, com base nos trabalhos de Mark Setterfield e Giuseppe Fontana, apresenta uma proposta definitiva de conciliação entre o horizontalismo e o estruturalismo a partir da incorporação da dinâmica de formação da oferta de moeda. Com isso, permite a análise de casos especificamente localizados no tempo e no espaço, de forma que consegue incorporar os principais pontos elaborados anteriormente por Keynes. A fim de conciliar o desenvolvimento da teoria com a construção de políticas monetárias, procede com a aplicação no caso brasileiro pós-Plano Real. A análise permite mostrar a presença de características estruturalistas e horizontalistas, transparecendo o benefício que uma teoria que concilie as duas vertentes presta para a teoria econômica. Além disso, mostra como o Novo Consenso Monetário, aqui representado apenas pelo modelo de Metas de Inflação, aparenta incorporar a crítica pós-keynesiana, porém ainda se prende com afinco aos cânones que são justamente a base da crítica. Por fim, ressalta a importância de se perceber a definição exógena da taxa de juros como um elemento fundamental e inevitável da influência política nas decisões econômicas. / This study addresses the monetary theory in a Keynesian perspective. Starting from the John Maynard Keynes’ analysis, it presents the main issues upon which the post-Keynesian theory is based. It shows how the endogenous money supply becomes a key point of the post-Keynesian theory after the seminal work of Nicholas Kaldor. Basil Moore would be responsible to deepen these ideas, condensed in the form of the total endogenous money supply and interest rate exogeneity, which becomes the prevailing monetary policy instrument. This strand was referred to as horizontalist. Starting from the criticism of this posture, structuralist approach was formed, and is represented here by Stephen Rousseas, although strongly influenced by Hyman Minsky. The present work proposes that the concurrent development of the two approaches has gradually approximated both strands. Therefore, based on the work of Giuseppe Fontana and Mark Setterfield, it presents a definitive proposal for reconciling horizontalism and structuralism through the incorporation of the money supply dynamics. This allows analyses of specifically localized cases, so that it can incorporate the main points previously established by Keynes. In order to reconcile theoretical development with the construction of monetary policy, it proceeds with the application to the Brazilian case after the Plano Real. The analysis allows showing the presence of structuralist and horizontalist characteristics, demonstrating the benefit that a theory that reconciles both approaches provides for economic analysis. Furthermore, it shows how the New Monetary Consensus, represented here only by Inflation Targeting model, appears to incorporate post-Keynesian critique, but still holds tight to the canons which were precisely the basis of criticism. Finally, it emphasizes the importance of realizing the exogenous determination of interest rates as a fundamental and inevitable element of political influence on economic decisions.
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Os derivativos e a crise do subprime : o capitalismo em sua "quarta dimensão" / Derivatives and the subprime crisis : capitalism in its "fourth dimension"

Mello, Guilherme Santos, 1983- 22 August 2018 (has links)
Orientador: Ricardo de Medeiros Carneiro / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Economia / Made available in DSpace on 2018-08-22T12:53:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Mello_GuilhermeSantos_D.pdf: 1949349 bytes, checksum: 4a0843142fcf9b77114faf3a800192e4 (MD5) Previous issue date: 2013 / Resumo: Esta Tese tem por objetivo estudar a importância central assumida pelo mercado de derivativos na dinâmica do capitalismo contemporâneo, debruçando-se particularmente sobre o mercado de derivativos de crédito e sua contribuição para a formação e eclosão da crise financeira que abalou os EUA e o mundo em 2007/2008. Três aspectos fundamentais são analisados para elaborar uma explicação acerca da crise em questão: primeiramente, elencam-se os elementos sistêmicos que serviram como pano de fundo para a crise, argumentando-se que o capitalismo adentrou uma nova "dimensão" ao longo dos anos 1990 e 2000. Esta dimensão esta marcada pela forma derivativa, que altera as relações de propriedade, introduz novos agentes e motivações, aumenta a integração financeira entre os agentes e transforma a lógica de precificação dos principais mercados financeiros. Em segundo lugar, argumenta-se contrariamente à abordagem da "macroeconomia tradicional" acerca das raízes da crise e dos desequilíbrios globais, pleiteando se uma explicação "monetária" para tais fenômenos, introduzindo como ponto de importância central o papel dos mercados de derivativos na determinação dos principais preços macroeconômicos. Por fim, descreve-se a transformação pela qual passou o mercado de crédito imobiliário norte-americano, argumentando-se que tais mudanças ganharam vigor renovada e apenas se completaram com a ascensão e crescimento dos derivativos de crédito (CDS) e dos CDOs sintéticos, que foram fundamentais para a manutenção das taxas baixas de juros sobre as hipotecas, contribuindo assim diretamente para a bolha no mercado imobiliário que culminou na crise econômica / Abstract: This thesis aims to study the central importance assumed by the derivatives market in the dynamics of contemporary capitalism, focusing in particular on the credit derivatives market and its contribution to the formation and the outbreak of the financial crisis that has shaken the U.S. and the world economy in 2007/2008. Three fundamental aspects are analyzed to elaborate an explanation about the crisis in question: first, enrolls systemic elements that served as backdrop to the crisis, arguing that capitalism entered a new "dimension" over the years 1990 and 2000. This dimension is marked by derivative form that changes the property relations, introduces new agents and motivations, increase financial integration between the agents and transforms the pricing logic of the major financial markets. Secondly, it is argued, contrary to the approach of "traditional macroeconomics" about the roots of the crisis and global imbalances, pleading a "monetary" explanation for such phenomena, introducing as central point of importance the role of derivatives markets in the determination of the key macroeconomic prices. Finally, we describe the transformation through which passed the American mortgage market, arguing that such changes will gain renewed vigor and are only completed with the rise and growth of credit derivatives (CDS) and synthetic CDOs, that were fundamental to the maintenance of low interest rates on mortgages, thus contributing directly to the bubble in the property market that resulted in economic crisis / Doutorado / Politica Economica / Doutor em Ciências Econômicas
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A Critique of John Maynard Keynes' Concept of the Propensity to Consume

Ashby, James B. 08 1900 (has links)
It will be a part of the purpose of this paper to show that Keynesian economics treats a closed economy in a static condition while American and British society in actuality exist in open economies in a dynamic condition. In scope this paper is limited to an appraisal of the first of the main concepts of John Maynard Keynes' General Theory. That is, this paper will be concerned only with the "Theory of the Propensity to Consume" and its ramifications.
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État, économie et population : de Malthus à Keynes et Myrdal

Brodeur, Abel 07 1900 (has links) (PDF)
L'accroissement de plus en plus rapide de la population mondiale pousse un grand nombre de chercheurs à s'interroger sur les limites de la croissance. Dans le même ordre d'idée, cette recherche vise à comprendre la dynamique entourant l'économie et la démographie. Une analyse exhaustive des différents écrits d'économistes permet d'approfondir la connaissance sur ce sujet précis de même qu'à répondre à une question en particulier: Quelles politiques doivent être mises en place pour améliorer le sort des affamés? Thomas Robert Malthus est l'un des premiers à avoir remis en question l'efficacité d'un accroissement de la population. Sa critique de certains des thèmes clés du courant mercantilisme marque ainsi le commencement d'une analyse privilégiant le bonheur individuel sur celui de la nation. Après s'être penché sur les différentes propositions développées par Malthus dans ses Essais sur le principe de population, il s'avère possible d'examiner l'influence qu'il a eue sur deux autres économistes, soit John Maynard Keynes et Karl Gunnar Myrdal. La présente étude analyse ainsi les idées de Keynes et de Myrdal quant à la relation économie-démographie. Bien que Keynes et Myrdal aient modifié au fil du temps leur vision quant à un accroissement démographique, il n'en demeure pas moins qu'ils conservèrent un argumentaire basé sur les théories malthusiennes. Après avoir examiné les différentes politiques démographiques proposées par ces économistes, une dernière section permet de prendre conscience des développements récents dans l'économie de la population. De plus, les politiques proposées par Malthus, Myrdal et Keynes sont analysées dans une perspective contemporaine où l'Inde et la Chine occupent une place prépondérante. ______________________________________________________________________________ MOTS-CLÉS DE L’AUTEUR : John Maynard Keynes, Thomas Robert Malthus, néo-malthusianisme, Karl Gunnar Myrdal, population, redistribution des revenus
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The "classical" monetary theories of Marshall, Wicksell, and Keynes and the General theory's critique : equilibrium, price trends, and cycles

Gaynor, William Beryl January 1990 (has links)
We first demonstrate the importance of the doctrines of the quantity theory and the long-period stationary state in the formulation of Marshall's, Wicksell's, and Keynes' pre-General Theory monetary theories. We analyze the anomalous events characterized by these writers as short-period phenomena. From the perspective built up around the quantity equation and its long-period context, business cycles represent economic convolutions in which the behavioral mechanisms of the long-period break down. We demonstrate the theoretical breakdown; importantly, it is not reflected in the work of these writers that they understood that their explanations of short-period events undermined the long-period theorizing they carefully built. Second, it is argued that Keynes saw the General Theory as a theory of the short-period in contrast to the long-period monetary frameworks. We use the General Theory's criticisms of classical monetary theory to establish this point.
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Perspectivas heterodoxas para o desenvolvimento produtivo no Brasil contemporâneo

Lima, Pedro Garrido da Costa 12 August 2015 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciências da Informação e Documentação, Departamento de Economia, Programa de Pós-Graduação em Economia, 2015. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2015-11-26T14:42:43Z No. of bitstreams: 1 2015_PedroGarridoCostaLima.pdf: 2106360 bytes, checksum: f8b25da44741fe5c67af7e0975172fc1 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2015-12-03T14:46:13Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2015_PedroGarridoCostaLima.pdf: 2106360 bytes, checksum: f8b25da44741fe5c67af7e0975172fc1 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-12-03T14:46:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015_PedroGarridoCostaLima.pdf: 2106360 bytes, checksum: f8b25da44741fe5c67af7e0975172fc1 (MD5) / Na presente Tese, são apresentados ensaios com discussões sobre perspectivas heterodoxas para o desenvolvimento produtivo no Brasil contemporâneo. São estudados fundamentos macroeconômicos nas perspectivas de Marx e Keynes que fornecem contribuições para a heterodoxia, principalmente quanto à atuação estatal no contexto macroeconômico. A pesquisa sobre elementos da firma, do investimento e da indústria inspirados em Marx e Keynes suscita compreensão de aspectos fundamentais do comportamento das firmas na economia capitalista. Diferentes perspectivas sobre políticas de desenvolvimento produtivo, principalmente heterodoxas, podem somar-se ao debate brasileiro recente e contribuir com a discussão sobre desenvolvimentismo e formas de intervenção na economia. A avaliação de dimensões importantes da inserção internacional e da estrutura interna da economia brasileira enseja o exame de políticas de desenvolvimento produtivo no período recente. Comentários finais sobre os temas abordados são empreendidos na articulação de elementos importantes para a discussão e a formulação de políticas de desenvolvimento produtivo no Brasil contemporâneo. ___________________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This Thesis presents essays with discussions about heterodox perspectives on contemporary productive development in Brazil. Macroeconomic foundations are studied from the perspectives of Marx and Keynes and bring about contributions to heterodoxy, principally regarding the State intervention in the macroeconomic context. The research about elements of the firm, investment and industry inspired by Marx and Keynes elicits understanding about fundamental aspects of firm behaviour in the capitalist economy. Different perspectives on productive development policies, especially heterodox, can be added to the recent Brazilian debate and contribute to the discussion on developmentalism and forms of intervention in the economy. The evaluation of important dimensions of international insertion and the internal structure of the Brazilian economy entails the examination of productive development policies in recent years. Final comments on the subjects covered are undertaken in articulating important elements to the discussion and formulation of productive development policies in contemporary Brazil.

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