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O semanticismo prototípico da preposição 'de'

Blanco, Amanda Duarte January 2007 (has links)
A presente pesquisa objetivou analisar o semanticismo da preposição de, contribuindo para a sistematização e organização da informação etimológica em textos lexicográficos. Para tanto, primeiramente realizou-se um estudo de diferentes sincronias da preposição de por meio de consultas a verbetes dessa preposição em dicionários de latim, dicionários etimológicos e dicionários dos séculos XIX, XX e XXI. Tal estudo partiu da observação das acepções latinas de de que se mantiveram ou desapareceram no português através dessas sincronias, com o objetivo de se identificarem os traços semânticos etimológicos da preposição. A partir daí, passou-se à análise dos sentidos expressos pelas acepções sincrônicas do século XXI através da Teoria dos Protótipos de Kleiber, em sua versão Ampliada, contrastando-se as relações semânticas entre os sentidos atuais e aqueles que lhes deram origem. Com base nesses dados, apresentamos uma proposta de organização das informações etimológicas da preposição de para textos lexicográficos. / Esta investigación tuvo como objetivo analizar el semanticismo de la preposición de, contribuyendo a la sistematización y organización de la información etimológica en textos lexicográficos. Para eso, primeramente se realizó un estudio de distintas sincronías de la preposición de por medio de consultas a los verbetes de tal preposición en diccionarios de latín, diccionarios etimológicos y diccionarios de los siglos XIX, XX y XXI. Dicho estudio partió de las acepciones latinas de de que se mantuvieran y desparecieran en el portugués a través de esas sincronías, con la finalidad de se identificar los rasgos semánticos etimológicos de la preposición. Después, se pasó a la análize de los sentidos expresos por las acepciones sincrónicas del siglo XXI a partir de la Teoría de los Prototipos de Kleiber, versión Ampliada, enfatizando las relaciones semánticas entre los sentidos actuales y los sentidos que les originaran. Propusimos, por fin, una posible organización de las informaciones etimológicas de la preposición de para textos lexicográficos.
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A realização de atividades pedagógicas colaborativas em sala de aula de português como língua estrangeira

Bulla, Gabriela da Silva January 2007 (has links)
Esta pesquisa investiga como se dá interacionalmente a realização de atividades pedagógicas colaborativas em sala de aula de língua estrangeira, buscando compreender sua complexidade inerente e examinar empiricamente a atualização dos propósitos pedagógicos que se poderia apenas idealizar no planejamento desse tipo de atividade pedagógica. Partindo das perspectivas teórico-metodológicas da Sociolingüística Interacional e da Análise da Conversa Etnometodológica, enfoco as ações de pedir e oferecer ajuda (partindo da máxima vygotskyana de que se aprende com a “ajuda” do outro), e ações de resolução de problemas, como discordar e divergir (não comumente referidas em pesquisas socioculturais). Os dados consistem em cerca de sete horas de registros audiovisuais e textos digitais, gerados em uma turma de Português como Língua Estrangeira, durante a realização de um projeto educacional, que envolveu computadores com Internet. Esta pesquisa produz uma definição situada do que são atividades pedagógicas colaborativas e do que está envolvido na realização dessas. Aponta para a necessidade efetiva de co-construção de contextos colaborativos entre os participantes envolvidos, revelando relações entre (a) pedir e oferecer ajuda, (b) diferentes modos de resolução de problemas, e (c) a produção ou não desses contextos. A análise dos dados de interação social também revela a relação frágil entre a realização de escrita coletiva apoiada por computador e questões de autoria, mais especificamente envolvendo momentos em que os participantes apontam problemas na criação do outro. Apesar de não serem previsíveis ou passíveis de serem controladas pelo professor (o que pode assustar alguns professores), atividades pedagógicas colaborativas são empreendimentos pedagógicos que proporcionam oportunidades de construções conjuntas, por serem difíceis de serem realizadas e despenderem tempo, exigindo intenso trabalho interacional de coordenação de ações e adaptação mútua entre os participantes. / This research investigates how participants do collaborative pedagogical activities in a foreign language classroom, aiming at understanding the multifaceted aspects of these activities, and empirically examining idealized pedagogical objectives in action. Grounded on Interactional Sociolinguistics and Ethnometodological Conversation Analysis, the following actions were emphasized: asking for help and offering it (based on the Sociocultural maxim that learning takes place when people help each other), and solving problems, such as disagreeing (not usually mentioned in Sociocultural studies). The data consists of around about seven hours of video recorded interactions and digital texts, which were collected from a group involved in the development of a computer supported educational project in a Portuguese as a Foreign Language classroom. This research produces a situated definition of collaborative pedagogical activities, and what it is involved in this process. It also emphasizes the eminent necessity for the participants to co-construct collaborative contexts, revealing interrelations among (a) actions related to help (asking for help and offering it); (b) different ways of solving problems in the course of interaction; and (c) the production of such contexts or not. Data analyses also enlighten the fragile character of computed supported collaborative writing and issues of authorship, especially when participants orient themselves to pointing problems on each other’s writings. Despite being unpredictable and uncontrolled by the teacher (which may terrify some teachers), collaborative pedagogical activities are didactic procedures that offer participants opportunities of conjoined constructions, which are not easily achieved. Developing them successfully is time-consuming, and requires a lot of interactional work, as participants coordinate their actions and adapt themselves.
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Um estudo experimental do acento secundário no português brasileiro

Keller, Tatiana January 2004 (has links)
A presente pesquisa investiga o acento secundário (AS) no português brasileiro (PB), especialmente na variedade falada na cidade de Porto Alegre, com base na análise fonológica de Collischonn (1994) e na análise acústica/perceptual de Moraes (2003 a). Adotamos a metodologia de análise de Moraes (2003 a), que consiste na gravação de frases lidas por locutores e posterior audição por falantes do português. Tendo por base o julgamento destes falantes, procuramos determinar a localização do acento secundário e verificar se ele se manifesta mais de uma vez num mesmo vocábulo. Nossos resultados apontam que, em geral, um acento secundário é percebido de forma consistente na 1a sílaba pretônica e que há manifestação de um acento secundário na 2a sílaba pretônica apenas em um número muito reduzido de palavras. Percebemos também indicativos para a incidência de mais de uma proeminência secundária por vocábulo.
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Mitos e concepções lingüísticas do professor em contextos multilíngües

Hilgemann, Clarice Marlene January 2004 (has links)
Este estudo insere-se no âmbito da pesquisa sociolingüística. Seu objetivo principal é comparar a visão de língua de professores de escolas confrontadas com situações de multilingüismo e seu comportamento em relação à língua minoritária falada pelos alunos, bem como ao bilingüismo como conseqüência natural do contato lingüístico e ao próprio processo de aprendizagem da língua-padrão, o português. Partese do pressuposto básico de que comunidades plurilíngües, especialmente aquelas onde se falam variedades estigmatizadas, são marcadas por tensões e valorações sociais diversas. Subjaz à análise desse contexto a tese de que a compreensão das concepções lingüísticas do professor contribui para explicar a dinâmica de diversos mitos acerca da língua minoritária e do bilingüismo observável na comunidade. Dominado pela força desses mitos, o professor é impelido a atitudes distintas, que vão desde a valorização exacerbada até a estigmatização extrema de certas variedades, originando o preconceito lingüístico. Para o estudo desses aspectos, seguiu-se uma metodologia de análise qualitativa interpretativa dos dados. A coleta de dados envolveu observação de aulas, anotações em diário de campo, entrevistas gravadas com professores e alunos, além de filmagens de aulas. Foram sujeitos da pesquisa professores de duas escolas: escola A, localizada em Daltro Filho, e escola B, de Estrela. Os dois contextos distinguem-se pelo grau de bilingüismo - maior em Daltro Filho - e de urbanização - maior em Estrela. Enquanto na escola A os professores, todos bilíngües, estão em contato direto com a situação multilíngüe (alemão-italiano-português), na escola B os professores entram em contato com o bilingüismo (alemão-português) apenas através de alunos provenientes do meio rural. Os resultados mostram que, entre as concepções lingüísticas vigentes, destaca-se a concepção de que a língua se define por um conjunto de regras consubstanciadas nas gramáticas normativas, as quais prescrevem as normas do “falar e escrever corretamente”, sendo todas as formas desviantes desse padrão consideradas como "erro". O domínio dessa língua-padrão é almejado tanto por professores quanto por alunos e considerado um capital lingüístico imprescindível para a ascensão social e inserção no mercado de trabalho. Evidencia-se, ainda, nas realidades pesquisadas, a existência de diversos mitos, tanto ligados à língua portuguesa quanto à língua minoritária. Embora em muitos momentos os informantes considerem o bilingüismo como um capital lingüístico altamente desejável, em outros momentos o encaram como um obstáculo à aprendizagem do português. Além disso, percebe-se que a escola está impregnada pelas leis do mercado lingüístico, não atentando ao mercado de trabalho, ao optar pelo ensino do inglês como primeira opção de língua estrangeira a ser trabalhada na escola. Descrevendo como essa realidade de contato entre línguas minoritárias e o português é tratada em sala de aula, ou seja, como se configura atualmente essa realidade multilíngüe em nosso meio, este estudo pode servir para alertar não só professores da necessidade de redirecionar suas atitudes, valorizando tanto a língua minoritária de seus alunos quanto a variedade do português, como também as autoridades responsáveis pela Educação sobre a necessidade de instituir uma política lingüística que assegure a essas minorias bilíngües currículos, métodos, técnicas e um programa de educação bilíngüe adequado para atender às suas peculiaridades.
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A fricativa coronal /z/ em final de morfemas no PB : uma análise pela Teoria da Otimidade

Barbosa, Patrícia Rodrigues January 2005 (has links)
Nosso trabalho discute a realização das fricativas /s/ e /z/ na borda direita de morfemas no português brasileiro, especialmente no dialeto gaúcho, à luz do modelo standard da Teoria da Otimidade. Os dados que consideramos referem-se principalmente a prefixos, no entanto, as afirmações feitas não se limitam apenas a essa fronteira morfológica, mas também às fronteiras de outros morfemas, inclusive a de palavras, estendendo-se a qualquer coda. Nossa proposta toma como base a hipótese de que a representação subjacente da fricativa é /z/. Dão conta da realização distinta dessa fricativa na superfície as restrições de marcação contextual *[s] [+cons + voz] e *voicedcoda e a restrição de fidelidade Ident-IO ranqueadas nessa ordem. A análise mostra que é possível observar esse aspecto da fonologia do PB pela Teoria da Otimidade standard.
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Compostos nominais em língua alemã em medicina em tradução para o português

Leipnitz, Luciane January 2005 (has links)
Este trabalho observa e descreve o processo de composição de termos em textos de Medicina em língua alemã e sua tradução para o português. Ao buscar o reconhecimento de padrões de construção da terminologia e da sua tradução, a pesquisa faz uma revisão da literatura que inclui o tratamento gramatical e lexicográfico dos compostos em alemão, de trabalhos que tratam da tradução de Komposita, além de revisar fundamentos teóricos de Terminologia e de Tradução e sua relação com a composição de termos. A perspectiva adotada pela pesquisa vincula Lingüística de Corpus e enfoques de perspectiva textual de Terminologia, além de relacionar padrões de tradução de compostos a uma maior ou menor inserção cultural do texto traduzido. O trabalho apresenta um levantamento quantitativo e qualitativo de ocorrências de compostos e de suas traduções em um corpus formado por textos didáticos de Medicina nas subáreas Fisiologia e Genética. O corpus alinhado alemão-português é composto por 99 parágrafos de texto. A diversidade de escolhas de tradução verificada e a concentração de escolhas no padrão substantivo+preposição+substantivo apontam uma baixa inserção cultural da tradução produzida para o português
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Palavras malsonantes em dicionários bilíngües escolares espanhol-português : uma proposta de marcação

Pacheco, Sabrina Araújo January 2005 (has links)
O objetivo deste trabalho foi investigar as palavras e expressões malsonantes em quatro dicionários bilíngües escolares, especificamente na macroestrutura espanhol-português, bem como apresentar uma proposta de marcação para indicar os contextos de uso dessas palavras e expressões na microestrutura de tais dicionários. Para tanto, analisamos os verbetes que recebem a marca “malsonante” no Diccionario Electrónico de la Lengua Española (2003) e, com base nessa análise, sugerimos uma forma de sistematização de algumas marcas estilísticas importantes para especificar o uso do léxico malsonante em obras bilíngües espanhol-português, utilizadas em contextos pedagógicos. Os resultados desta pesquisa apontam para a necessidade de se rever as informações sobre o uso da língua na microestrutura de obras lexicográficas, especialmente das obras bilíngües escolares, as quais contrastam duas línguas e apresentam, pois, usos distintos aos aprendizes de língua estrangeira.
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De inusitatis praepositionisbus : um estudo das preposições essenciais em textos lexicográficos

Borges, Carla Elsuffi January 2005 (has links)
Este estudo teve como objetivo investigar como são definidas as preposições essenciais em textos lexicográficos. Para tanto, com base na Teoria Semântica de Pottier (1968), verificou-se se há, no verbete de cada preposição essencial, a explícita informação de sua função relacional, de sua base representativa – com os respectivos desdobres na expressão de movimento e posição, aplicáveis aos campos espacial, temporal e nocional –; e de seus matizes significativos contextuais. O corpus foi composto por quatro dicionários gerais brasileiros – Novo Dicionário Aurélio – Século XXI (2000), Dicionário Houaiss da Língua Português (2001), Dicionário de Usos do Português do Brasil (2002) e Dicionário Michaelis do Português (2000) –, e, para a análise, foram examinadas quatro zonas definitórias para a descrição lexicográfica das preposições essenciais – (1) função relacional; (2) base representativa; (3) aplicação aos campos: espacial, temporal e nocional; e (4) multiplicidade de sentidos no discurso, seguindo os pressupostos de Pottier (1968). Os resultados mostram a falta de coerência e uniformidade nos procedimentos lexicográficos adotados para definir as preposições essenciais, apontando a necessidade de melhorias na organização da microestrutura dos verbetes destinados à definição de palavras gramaticais, como é o caso das preposições essenciais. / The present study’s objective was to investigate how the essential prepositions are defined in lexicographic literature. It did not have the intention of presenting a prepositional system view, with its structures and functions; this paper restricts itself to verify, based on Pottier (1968) Semantic Theory, if there is, in each essential preposition’s entry of a dictionary, the explicite information of its relational function, and of its informative base – with the respectives unrolls on moviment and position expression, applicable to spacial, temporal, and notional areas –; and about its nuances of meaningful contexts. In order to realize the corpus’ analysis composed by four of the most important Brasilian general dictionaries – Novo Dicionário Aurélio – XXI century (2000), Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2001), Diconário de Usos do Português do Brasil (2002) and Dicionário Michaelis do Português (2000) – following Pottier’s Theory principles (1968), four defined zones to the lexicographic description of essencial prepositions, were examined – (1) relational function; (2) representative base; (3) areas application: spacial, temporal and notional; and (4) speech meanings multiplicity. Results show lack of coherence and uniformity on the lexicographic procedures adopted in order to define essencial prepositions, pointing to the improvement necessity on dictionaries entries microstructure to define grammatical words, and it is the case of the essential prepositions.
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Sintaxe da enunciação : noção mediadora para reconhecimento de uma lingüística da enunciação

Lichtenberg, Sônia January 2006 (has links)
Dans ce travail, on étudie la syntaxe de l’énonciation, conçue comme activité des sujets avec et dans la langue, exigence de la promotion de sens, ayant pour but montrer que l’oeuvre de Benveniste, en ce qui concerne Problèmes de Linguistique Générale I et Problèmes de Linguistique Générale II, constitue une unité. En considérant l’ensemble de textes dans lesquels sont présentés des aspects théoriques ainsi que l’ensemble de textes qui traite de descriptions de faits de langue, on vérifie des rapports entre théorie et pratique que l’on résume en trois principes, à savoir: a) la langue est intersubjective; b) la langue a comme unité la phrase; c) la langue est un système de signes référentiels. À partir de la vérification de ces principes, on soutient que les études faites par Benveniste constituent une linguistique, la Linguistique de l’Énonciation. / Neste trabalho, estuda-se a sintaxe da enunciação, definida como atividade dos sujeitos com e na língua, exigência da promoção de sentido, com a finalidade de comprovar que a obra de Benveniste, constante em Problemas de Lingüística Geral I e em Problemas de Lingüística Geral II, constitui uma unidade. Considerando-se o conjunto de textos em que são apresentados aspectos teóricos e o conjunto de textos que trata de descrições de fatos de língua, verificam-se inter-relações entre teoria e prática, as quais se resumem em três princípios: a) língua é intersubjetiva; b) a língua tem como unidade a frase; c) a língua é um sistema de signos referenciais. A partir da verificação destes princípios, afirma-se que os estudos realizados por Benveniste constituem uma lingüística, a Lingüística da Enunciação.
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Orações introduzidas por quando/cuando : uma comparação entre o português e o espanhol

Silva, Cristiany Fernandes da 30 May 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-08-19T21:01:48Z No. of bitstreams: 1 2016_CristianyFernandesdaSilva.pdf: 2205727 bytes, checksum: 8024bc60d529284ce6d7793004e2eca7 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-09-06T19:33:31Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2016_CristianyFernandesdaSilva.pdf: 2205727 bytes, checksum: 8024bc60d529284ce6d7793004e2eca7 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-09-06T19:33:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016_CristianyFernandesdaSilva.pdf: 2205727 bytes, checksum: 8024bc60d529284ce6d7793004e2eca7 (MD5) / Este trabalho é um estudo do estatuto lexical de quando/cuando e das orações introduzidas pelo termo em dados do português e do espanhol. O objetivo é estabelecer uma tipologia das orações-quando/cuando. Partimos do estudo de Declerck (1997), que propôs uma tipologia para as when-clauses do inglês. O autor destacou os contextos sintático-semânticos em que when ocorre, como, por exemplo, sentenças temporais, interrogativas, narrativas, atemporais, relativas, entre outras. Para este estudo, consideraremos alguns fenômenos envolvendo as orações-quando/cuando. Dentro do quadro tipológico, discutimos, inicialmente, o caráter relativizador do termo. Ao compararmos português e espanhol, existe uma discussão na literatura sobre o estatuto relativizador de quando em português, mas não sobre cuando em espanhol, no que diz respeito à ocorrência do termo em estruturas relativas de núcleo nominal e relativas livres. Tratamos também de uma construção do espanhol em que cuando, ao ser seguido de sintagma nominal, seria uma categoria preposicional. Essa caracterização, por contraste, não existe em português. Em seguida, discutimos a questão da polissemia de quando/cuando. Além de exprimir canonicamente temporalidade, o termo pode denotar causa, concessão, condição, etc. Para este trabalho, atentamos para a formação das sentenças temporais-condicionais. A ideia é que a oração-quando/cuando é capaz de acumular mais de um significado, sendo o termo, nesse sentido, bifuncional. Igualmente exploramos as sentenças temporais em comparação com as sentenças narrativas de quando/cuando. Verificamos, ainda, que português e espanhol apresentam distinções modo temporais na construção de sentenças adverbiais temporais no contexto de futuro: enquanto o português emprega o futuro do subjuntivo na oração-quando, o espanhol usa o presente do subjuntivo. Tal contraste se estende ao francês e ao italiano, que utilizam o futuro do indicativo: Quando puder FUT. SUBJ., sairei/ Cuando pueda PRES. SUBJ., saldré/ Quand je pourrai FUT. IND., je sortirai/ Quando potrò FUT. IND., uscirò. Isso significa que entre as línguas românicas destacadas há três formas de expressão do tempo-modo na oração em que o termo temporal aparece. Adotamos como fundamentação teórica as bases da gramática gerativa. Seguiremos a hipótese de que esses contrastes podem ser analisados a partir dos traços [Mood] e [Tense]. Por fim, esta tese oferece um tratamento a fenônemos sintático-semânticos em torno do termo quando/cuando translinguisticamente, apontando diferenças e semelhanças das construções em duas línguas principalmente, o português e o espanhol. ________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This work is a study of the lexical status of when and of sentences introduced by this term in Portuguese and Spanish. We intend to establish a typology of when-clauses in these two languages. Our starting point is Declerck’s (1997) study, which proposed a typology of English when-clauses. This author highlighted the syntactico-semantic contexts in which when occurs: for example, temporal sentences, interrogative sentences, narrative sentences, atemporal sentences, relative sentences, among others. For this study, we will consider some phenomena involving when-clauses. We initially discuss the relativizing nature of when from a typological perspective. Comparing Portuguese and Spanish, there is a discussion in the literature on the relativizing status of when in Portuguese and its occurrence in free relative structures and nominal relative structures. There is not, however, a comparable discussion in the literature on Spanish when. We also discuss instances in which Spanish when is followed by a noun phrase. In these instances, the term has a prepositional status. Portuguese when, by contrast, never has prepositional status. Then, we discuss the polysemy of when. Canonically, the term expresses temporality, but it may also imply causality, concession, condition, etc. In this work, we look into the formation of temporal-conditional sentences. The proposal is that when-clauses are able to accumulate more than one meaning – when, being a bifunctional term. We also compare temporal when-sentences with narrative when-sentences. Finally, we observe that Portuguese and Spanish show tense-mood distinctions in the construction of temporal adverbial sentences in the future context: thus, while Portuguese uses the future subjunctive in when-clauses, Spanish uses the present subjunctive. French and Italian also exhibit tense-mood distinction in that they make use of the future indicative: Quando puder FUT. SUBJ., sairei/ Cuando pueda PRES. SUBJ., saldré/ Quand je pourrai FUT. IND., je sortirai/ Quando potro FUT. IND., uscirò 'When I am able to, I will leave'. This means that among the Romance languages discussed, there are three forms used to express the tense-mood in when-clauses. As a theoretical basis, we adopt the foundations of Generative Grammar and put forward the hypothesis that these distinctions can be analyzed by means of [Mood] and [Tense] features. All in all, this thesis offers a cross-linguistic, syntactico-semantic treatment of the term when, pointing out similarities and differences of sentences introduced by this term in Portuguese and Spanish. ________________________________________________________________________________________________ RESUMEN / Este trabajo es un estudio del estatuto léxico de cuando y de las oraciones que el término introduce en los datos del portugués y del español. El objetivo es establecer una tipología de las oraciones cuando. Partimos del estudio de Declerck (1997), que propone una tipología para las oraciones-cuando del inglés. El autor pone de relieve los contextos sintáctico-semánticos en los que cuando ocurre, por ejemplo, en las oraciones temporales, oraciones interrogativas, oraciones narrativas, oraciones atemporales, oraciones relativas, entre otras. Para este trabajo, consideraremos fenómenos que implican las oraciones-cuando. En el marco tipológico hemos discutido inicialmente la naturaleza de la relativización del término. Comparando el portugués y el español, hay un debate en la literatura sobre el estatuto de la relativización de cuando en portugués – más no en español – y su ocurrencia en las estructuras relativas de núcleo nominal y de relativas libres. También discutimos las estructuras en las que cuando, en español, es seguido de sintagma nominal y tendría carácter preposicional. Esta caracterización de cuando, por el contrario, no existe en portugués. A continuación se discute la cuestión de cuando polisémico. Además de expresar canónicamente la temporalidad, el término cuando puede implicar causalidad, concesión, condición, etc. Para este trabajo, buscamos entender la formación de las frases condicionales-temporales. La idea es que cuando la oración-cuando es capaz de acumular más de un significado, la palabra tiene sentido bifuncional. Además, vamos a explorar las oraciones temporales en comparación con las oraciones narrativas de cuando. Por último, hemos observado que el portugués y el español tienen diferencias temporales en la manera de expresar frases adverbiales temporales en el contexto futuro: mientras que el portugués usa el futuro de subjuntivo en la oración-cuando, el español utiliza el presente de subjuntivo. Este contraste se extiende al francés y al italiano, que usan el tiempo futuro: Quando puder FUT. SUBJ. sairei/ Cuando pueda PRES. SUBJ., saldré/ Quand je pourrai FUT. IND., je sortirai/ Quando potrò FUT. IND., uscirò. Esto significa que entre las lenguas romances se destacan tres formas de expresión del tiempo en la oración-cuando. Hemos adoptado como base teórica los fundamentos de la gramática generativa. Seguimos la hipótesis de que estos contrastes pueden ser analizados desde los rasgos de [Modo] y [Tiempo]. Finalmente, esta tesis ofrece un tratamiento para fenónemos sintáctico-semánticos en torno al término cuando translinguisticamente, señalando diferencias y similitudes de las estructuras en dos idiomas, el portugués y el español.

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