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Biologia reprodutiva de cercosaura schreibersii (Wiegmann, 1834) (sauria: gymnophthalmidae) no sul do Brasil

Diehl, Luciana Schramm 30 March 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:09:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 392745.pdf: 1078134 bytes, checksum: 63f9e93c876928aeceb6fdaca8d989bb (MD5) Previous issue date: 2007-03-30 / No presente trabalho foi estudada a biologia reprodutiva de Cercosaura schreibersii, a partir de 80 exemplares provenientes do Centro de Pesquisas e Conserva??o da Natureza Pr?-Mata (29?28 S, 50?10 W), S?o Francisco de Paula, Rio Grande do Sul, Brasil. Os animais analisados encontram-se depositados no Museu de Ci?ncias e Tecnologia da PUCRS. Observou-se um car?ter claramente sazonal no ciclo reprodutivo das f?meas, estendendo-se de outubro a janeiro. Considerou-se como reprodutiva toda f?mea com ovos ou fol?culos vitelog?nicos de comprimento maior ou igual a 1,5 mm. A menor f?mea reprodutiva encontrada na amostra possu?a comprimento rostro-cloacal de 34,7 mm. A presen?a simult?nea de fol?culos vitelog?nicos e ovos na mesma f?mea sugeriu a exist?ncia de mais de uma desova por per?odo reprodutivo. Os machos n?o apresentaram qualquer padr?o sazonal de varia??o do comprimento testicular, sendo que todos os animais, ? exce??o de animais rec?m-eclodidos em cativeiro, apresentaram epid?dimo enovelado. O menor macho maduro possuiu 21 mm de CRC. Atrav?s da contagem de poros femorais foi identificada a exist?ncia de dimorfismo sexual, sendo que f?meas apresentaram um n?mero total de poros femorais entre dois e seis, enquanto em machos observou-se de seis a dez poros. Para a an?lise de dimorfismo sexual tamb?m foram ajustadas fun??es pot?ncia, relacionando diversas medidas morfom?tricas, identificando-se diferen?as significativas entre os sexos em dez dentre as 13 regress?es ajustadas. Como abordagem complementar para a diferencia??o sexual, ajustou-se um modelo de regress?o m?ltipla log?stica, o qual foi capaz de identificar o sexo dos exemplares com margem de acerto de 92% (34 dentre 37 animais) para f?meas e 88% para machos (38 dentre 43 animais).
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Lagartos e serpentes (Lepidosauria, Squamata) do mioceno médio-superior da Região Norte da América do Sul

Hsiou, Annie Schmaltz January 2010 (has links)
Lagartos e serpentes fósseis da América do Sul são registrados desde o Cretáceo inferior até o Pleistoceno superior-Holoceno para a Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru, Uruguai e Venezuela. Para o Cretáceo, os restos de lagartos e serpentes são principalmente do Brasil e da Argentina. Lagartos filogeneticamente relacionados com a ancestralidade dos Squamata ocorrem em sedimentos do Cretáceo inferior e superior das regiões nordeste e sudeste do Brasil. As serpentes estão representadas pelos Anilioidea para o sudeste do país, e pelos Madtsoiidae para o Cretáceo médio do Estado do Maranhão. Para a Argentina, um provável Iguanidae foi descrito, além de fósseis de lagartos ainda indeterminados. As serpentes estão representadas no Cretáceo superior da Argentina pelos Dinilysiidae, Madtsoiidae, Anilioidea, e uma das serpentes mais primitivas conhecidas Najash rionegrina e provavelmente Boidae. Além da Argentina e Brasil, os Madtsoiidae também foram referidos para o Cretáceo superior da Bolívia. Para o Paleógeno, os lagartos são representados pelos Iguanidae, Gekkonidae, Teiidae, ?Scincidade e Anguimorpha. As serpentes são conhecidas quase que exclusivamente por fragmentos de vértebras das famílias Madtsoiidae, Palaeopheidae, Aniliidae, Boidae e Tropidophiidae. Para o Neógeno o material é ainda mais numeroso, onde a grande maioria dos gêneros e espécies fósseis de lagartos e serpentes ainda ocorre na herpetofauna sul-americana. Embora tenha ocorrido notável incremento no conhecimento do registro fóssil de lagartos e serpentes na América do Sul, até agora alguns problemas ainda persistiam, como a ausência de informação destes grupos no início do Néogeno do Brasil, e a ausência de trabalhos de integração dos dados para o Cenozóico sul-americano, o que tem limitado as interpretações sobre a evolução dos escamados, principalmente para à região norte da América do Sul. Neste trabalho foram descritos fósseis atribuídos aos Teiidae (cf. Paradracaena sp), Boidae (Eunectes sp e cf. Eunectes) e aos Anilioidea (Colombophis portai e C. spinosus sp. nov.) para a Formação Solimões, Mioceno superior do sudoeste da Amazônia brasileira. A associação de lagartos e serpentes encontrada na Formação Solimões indica uma similaridade ecológica entre as faunas miocênicas do norte da América do Sul, tais como La Venta (Colômbia) e região de Urumaco (Venezuela). Esta fauna de escamados descrita neste trabalho representa o primeiro registro do grupo para o Neógeno do sudoeste da Amazônia brasileira, e talvez contribua para um melhor entendimento anatômico de certos grupos, bem como para a distribuição dos mesmos na região norte da América do Sul. / South American fossil lizards and snakes are known from Early Cretaceous to Late Pleistocene-Holocene of Argentina, Bolivia, Brazil, Colombia, Ecuador, Peru, Uruguay and Venezuela. For the Cretaceous, lizard and snake remains are mainly from Brazil and Argentina. The most ancient lizards (related to the ancestry of Squamata) are from the Early and Late Cretaceous sediments of the northeastern and southeastern regions of Brazil. Snakes are represented by Anilioidea in the southeastern region. In addition, Madtsoiidae were reported for the Middle Cretaceous of Maranhão State. For Argentina, an Iguanidae lizard was described, as well as additional undetermined remains of lizards. The snakes are represented in the Late Cretaceous of Argentina by Dinilysiidae, Madtsoiidae, Anilioidea, and one of the most primitive snake known, Najash rionegrina, and probably Boidae. Besides the records of Argentina and Brazil, Madtsoiidae were also referred to the Late Cretaceous of Bolivia. For the Paleogene, the lizards are represented by Iguanidae, Gekkonidae, Teiidae, ?Scincidade, and Anguimorpha. Snakes are almost known exclusively by fragments of vertebrae of the families Madtsoiidae, Palaeopheidae, Aniliidae, Boidae and Tropidophiidae. In the Neogene the material is even more numerous, the majority of fossil lizards and snakes (genera and species) are still living in South American herpetofauna. Although there was considerable increase in knowledge of the fossil record of lizards and snakes in South America, yet there were still some problems such as lack of information for these groups from the beginning of the Neogene of Brazil and the lack of works data integration for the South American Cenozoic, what has limited interpretations concerning the evolution of the squamates, mainly to northern South America. In this study were described fossils attributed to the Teiidae (cf. Paradracaena sp), Boidae (Eunectes sp. and cf. Eunectes sp.), and Anilioidea (Colombophis portai and C. spinosus sp. nov.) for the Solimões Formation, Late Miocene of the southwestern Brazilian Amazonia. The association of lizards and snakes found in the Solimões Formation indicates an ecological similarity between the faunas of the northern Miocene South America, such as La Venta (Colombia) and the region of Urumaco (Venezuela). The squamate fauna described here, represents the first record of the group for the Neogene of southwestern Brazilian Amazonia and perhaps a contribution for a better understanding of the anatomy of certain groups, as well as their distribution in the northern South America.
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ECOLOGIA DE Tropidurus torquatus (SQUAMATA: TROPIDURIDAE) NO BIOMA PAMPA, EXTREMO SUL DO BRASIL / ECOLOGY OF Tropidurus torquatus (SQUAMATA: TROPIDURIDAE) IN THE PAMPA BIOME, SOUTHERN BRAZIL.

Arruda, Jeferson Luis Steindorff de 03 April 2009 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Lizards are considered model organism in ecology, allowing the understanding of patterns and relations between organisms and environment. Tropidurus torquatus is a species with a broad distribution, with populations in different habitats and under diverse environmental pressures. However, the knowledge of diverse aspects of this species are unknown, specially in the subtropical region of the continent. These characteristics make the species in this study excellent to understand questions about geographic variation and environmental variable relations. Our purpose with this study is try to solve some questions that comprehend reproduction and growth from individuals of this specie from two populations, in the Pampa biome, in the south of Brazil. To elucidate the reproductive ecology questions, we collected 315 animals from a population localized in Alegrete/RS, between September of 2007 and August of 2008. The collected animals were dissected and their gonads were analyzed in the laboratory. Growth data were obtained from a study between December 2006 and December 2008, in Santo Antão locality, Santa Maria, Rio Grande do Sul. Every month the individuals were captured, measured, and the difference between the captures were used to calculate the growth rate. The reproductive period was between September and January, with eggs produce from October to January. Males reach the sexual maturity earlier and with smaller size than females. Females produces in average 6,21 eggs per clutch and not produces multiple clutch in the same reproductive period. Temperature, photoperiod, insolation, precipitation and humidity do not affect the reproductive period, but can cause more effect in growth rate. Adult males grow up more than females in summer. Both males and females decrease growth rate when there are less photoperiod, insolation and temperature at the winter. The decrease in growth rate during the winter, has as main consequence there are less animals reproducing in the following season after their birth. The smaller growth rate, late maturation, small reproductive period and eggs incubation are the main characteristics that make the south population different from the others in the tropical climate. Others characteristics like clutch size and eggs size, time of reproduction and offspring size seem to have less variation between populations in this species, and even between species of the genera Tropidurus. The data this study suggest that historic factors and phenotypic plasticity, in response to environment variables, act in this population, in the south of Brazil. / Lagartos são considerados organismos modelos em ecologia, possibilitando o entendimento de padrões e relações entre organismos e ambiente. Tropidurus torquatus é uma espécie amplamente distribuída, com populações vivendo em diversos habitats e sob diferentes pressões ambientais. Apesar disso, diversos aspectos da ecologia da espécie são desconhecidos, principalmente na região subtropical do continente. Essas características tornam a população estudada excelente para o entendimento de questões ligadas a variação geográfica e a relação com as variáveis ambientais. Devido a isso, com esse estudo buscamos resolver algumas questões envolvendo a reprodução e o crescimento dos indivíduos de duas populações, localizadas no Pampa, no sul do Brasil. Para elucidar as questões referentes à ecologia reprodutiva, 315 animais foram coletados, de uma população em Alegrete/RS, mensalmente entre setembro de 2007 e agosto de 2008. Os animais coletados foram dissecados e tiveram suas gônadas analisadas. Dados referentes ao crescimento dos indivíduos foram obtidos de um estudo de captura-recaptura realizado de dezembro de 2006 a dezembro de 2008, na localidade de Santo Antão, Santa Maria, Rio Grande do Sul. Mensalmente, indivíduos eram capturados e a diferença entre sucessivas medidas do comprimento rostro-cloacal utilizadas para calcular a taxa de crescimento. O período reprodutivo estendeu-se de setembro a janeiro, com produção de ovos entre outubro e janeiro. Machos atingiram a maturidade mais precocemente e com menor tamanho em relação às fêmeas. Fêmeas depositaram 6,21 ovos, em média, por ninhada e não há evidencias de produção de ninhadas múltiplas. Temperatura, comprimento do dia, insolação, pluviosidade e umidade não estiveram relacionadas com o período reprodutivo, mas causam grande efeito sobre as taxas de crescimento. Machos adultos cresceram mais do que fêmeas somente no verão. Machos e fêmeas tem o crescimento fortemente restrito pela diminuição do fotoperíodo, insolação e temperatura no inverno. A redução no crescimento durante o inverno tem como principal conseqüência um menor número de animais reproduzindo na estação subseqüente ao seu nascimento. A menor taxa de crescimento, maturação tardia, menor período reprodutivo e de incubação dos ovos são as principais características que diferenciam a população do sul do Brasil de outras de clima tropical em relação aos parâmetros estudados. Outras características, como tamanho da ninhada e dos ovos, época que ocorre a reprodução e tamanho dos filhotes parecem ter menor variação entre populações da espécie e até entre espécies do gênero Tropidurus. Os dados apresentados sugerem a atuação de fatores históricos e da plasticidade fenotípica, frente às variáveis ambientais, nas populações de Tropidurus torquatus do sul do Brasil.
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Riqueza e padrões de distribuição dos lagartos de domínio morfoclimático da caatinga

Delfim, Fagner Ribeiro 29 February 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-17T14:55:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 17145550 bytes, checksum: fe6228aedbf45243725495520991c9d7 (MD5) Previous issue date: 2012-02-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The Morphoclimayic Domain of Caatinga remained for years as one of the regions of lower scientific interest in Brazil. The idea that its fauna was poor of endemism and depleted contributed to this lack of interest until about the beginning of the 90 s. Currently, we know that the Caatinga has a relatively rich fauna and is composed of endemic elements. However, much of their territory, especially its core area, continues to show a poor sampling for herpetofauna. This study presents results on the composition and species richness of the lizards in the Caatinga, their distribution patterns and their relationship with the subdivisions of ecoregions domain. This is basically the first study with the lizard fauna treating the Caatinga as a domain morphoclimatic and incorporating data related to enclaves of other vegetation types inserted in its limits. We recorded 78 species of lizards distributed in 12 families (1 Iguanidae, 1 Hoplocercidae, 4 Polychrotidae, 4 Leiosauridae, 17 Tropiduridae, 4 Gekkonidae, 4 Phyllodactylidae, 1 Sphaerodactylidae, 2 Anguidae, 8 Teiidae, 25 Gymnophthalmidae and 7 Scincidae). Through analyzes with data of species distribution, we identified seven centers of endemism. The marginal areas of Caatinga proved richer than their nuclear area, probably due to the influence of neighboring domains. We propose priority areas for scientific research in general. However, further studies are needed to define them more specifically. / O Domínio Morfoclimático da Caatinga permaneceu durante anos sendo uma das regiões de menor interesse científico no Brasil. A idéia de que sua fauna era depauperada e pobre em endemismos contribuiu com essa falta de interesse até aproximadamente o início da década de 90. Atualmente, sabemos que a Caatinga possui uma fauna relativamente rica e composta por elementos endêmicos. No entanto, muito de seu território, principalmente sua área nuclear, continua apresentando uma amostragem pobre para a herpetofauna. O presente estudo apresenta resultados sobre a composição e a riqueza da fauna de lagartos da Caatinga, seus padrões de distribuição e suas relações com as subdivisões de ecorregiões do domínio. Este é, basicamente, o primeiro estudo com a fauna de lagartos tratando a Caatinga como um domínio morfoclimático e incorporando dados ligados aos enclaves de outros tipos de vegetação inseridos em seus limites. Foram registradas 78 espécies de lagartos distribuídas em 12 famílias (1 Iguanidae, 1 Hoplocercidae, 4 Polychrotidae, 4 Leiosauridae, 17 Tropiduridae, 4 Gekkonidae, 4 Phyllodactylidae, 1 Sphaerodactylidae, 2 Anguidae, 8 Teiidae, 25 Gymnophthalmidae e 7 Scincidae). Através de análises realizadas com os dados de distribuição das espécies, foram identificadas sete centros de endemismos. As áreas marginais da Caatinga se mostraram mais ricas do que sua área nuclear, provavelmente devido a influência dos domínios vizinhos. Propomos áreas de prioridade para investigações científicas de forma geral. Entretanto, são necessários estudos mais aprofundados para definí-los de forma mais específica.
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Colora??o e sele??o sexual em Tropidurus hispidus

Maggi, Bruno de Souza 30 August 2017 (has links)
Submitted by Automa??o e Estat?stica (sst@bczm.ufrn.br) on 2017-11-22T21:32:18Z No. of bitstreams: 1 BrunoDeSouzaMaggi_TESE.pdf: 1944735 bytes, checksum: 3f8ff31d8a9b2321520912386e5a28f1 (MD5) / Approved for entry into archive by Arlan Eloi Leite Silva (eloihistoriador@yahoo.com.br) on 2017-11-24T22:46:45Z (GMT) No. of bitstreams: 1 BrunoDeSouzaMaggi_TESE.pdf: 1944735 bytes, checksum: 3f8ff31d8a9b2321520912386e5a28f1 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-11-24T22:46:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 BrunoDeSouzaMaggi_TESE.pdf: 1944735 bytes, checksum: 3f8ff31d8a9b2321520912386e5a28f1 (MD5) Previous issue date: 2017-08-30 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico (CNPq) / Nesta proposta esperamos resolver as seguintes quest?es: 1. existe diferen?as na colora??o entre machos e f?meas de Tropidurus hispidus? 2. as f?meas utilizam caracter?sticas da colora??o para escolher parceiros? 3. a colora??o dos machos prediz o resultado de disputas em contextos agon?sticos? Tropidurus hispidus Spix (1825) a maior esp?cie do grupo Torquatus. Os lagartos desse g?nero s?o diurnos, extremamente abundantes, heli?filos, forrageadores senta-e-espera, territoriais, ocorrendo predominantemente em forma??es abertas. Utilizamos um espectrofot?metro para mensurar as vari?veis de cor e uma modelagem visual, utilizando os dados de sensibilidade visual do lagarto Podarcis mularis. Estes dados foram usados para responder a primeira quest?o. Para responder as quest?es 2 e 3 realizamos dois experimentos controlados, no qual pareamos os machos pelo tamanho. No primeiro, de escolha dos machos pelas f?meas, dois machos foram colocados em um terr?rio dividido em tr?s partes, cada macho ficava em um compartimento e n?o tinham contato visual entre eles e a f?meas no outro compartimento com total acesso visual aos dois machos. Para o segundo, de intera??es agon?sticas entre machos, os animais foram colocados em um terr?rio durante 30 min e neste per?odo foram registrado todos os comportamento para determinar os vencedores em cada rodada. Primeiramente, as vari?veis de cor foram usadas para diferenciar machos de f?meas. Nossos primeiros resultados mostraram claramente que T. hispidus exibe dicromatismo sexual e que este ? percebido por conspec?fico. Das onze ?reas do corpo usadas para comparar machos e f?meas, nove mostraram diferen?as significativas. Para a regi?o dorsal e cabe?a, o croma vermelho ? a vari?vel que mais discrimina machos de f?meas. J? para a regi?o ventral da coxa, cloaca, flanco, barriga e garganta o brilho ? a que melhor distingue machos de f?meas. Para a base da cauda a matiz ? o que melhor discrimina os sexos?. Ainda, o croma UV na regi?o ventral da base da cauda, tamb?m distingue os sexos. A modelagem visual mostrou que essas diferen?as s?o percebidas por outro lagarto, confirmando os dados de espectrofotometria. No experimento de escolha pelas f?meas a regi?o e a vari?vel que melhor discriminaram escolhidos e n?o escolhidos, foram, respectivamente ventral da coxa e croma 8. Para o experimento de competi??o entre os machos as regi?es barriga e colar, bem como as vari?veis croma azul, 3 e 8, melhor discriminaram vencedores e perdedores. Isso nos mostra que a diferen?a entre machos e f?meas v?o al?m das descritas na literaturas e que a colora??o tem um papel importante na competi??o inter e intrasexual. Com isso esperamos ter contribu?do para uma melhor compreens?o da evolu??o do design do sinal e como agem a sele??o intra- e intersexual neste processo. / In this study our goals were to address the following issues: Are there differences in coloration between males and females of Tropidurus hispidus? Do females use color traits to choose between mates? Does male coloration predict the outcome of agonistic encounters? Tropidurus hispidus Spix (1825), the larger species of the Torquatus group. Tropidurus are diurnal, extremely abundant, heliophiles, sit-and-wait foragers, and territorial lizards occurring predominantly in open areas. We used a spectrophotometer to measure color variables and visual modeling using visual sensitivity data for Podarcis mularis. This data was used to answer the first question. To answer questions 2 and 3 we performed two controlled experiments with size-paired males. First, we conducted a female mate-choice experiment where males were placed in a terraria enclosure with three separated parts. We assigned each male to a compartment in which they did not have mutual visual contact. Next, we assigned females to the third compartment that enabled visual contact to both the males. The second experiment consisted of an agonistic interaction set up where we placed a pair of males in a single terraria enclosure for 30 min. During the experiment period we recorded behavioral displays in order to determine winners of each trial. Separately, we used color variables to differentiate males from females. Our first results clearly showed that T. hispidus exhibits sexual dichromatism and that it is perceived as conspecific. Of the eleven areas of the body used to compare males and females, nine showed significant differences. For the dorsal region and head, the red chroma is the variable that most discriminates males from females. While for the ventral region of the thigh, cloaca, flank, belly and throat the glow is the one that best distinguishes males from females. For the base of the tail the tint better discriminates. The UV chroma in the ventral region of the tail base also distinguishes the sexes. The visual modeling showed that these differences are likely perceived by other lizards, confirming spectrophotometry data. In the experiment of choice by the females the region and the variable that discriminated best chosen and not chosen were respectively thigh ventral and chroma 8. For the competition experiment between the males the belly and collar regions, as well as the blue, 3 And 8 chroma variables, better discriminated winners and losers. This shows us that the difference between males and females goes beyond those described in literatures and that coloring plays an important role in inter and intra-sexual competition. With this we hope to have contributed to a better understanding of the evolution of the signal design and how the intra- and intersexual selection act in this process in T. hispidus.
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Ecologia e hist?ria natural de lagartos Gymnophthalmidae em ?rea serrana do semi?rido brasileiro

Ribeiro, Matheus Meira 26 June 2015 (has links)
Submitted by Automa??o e Estat?stica (sst@bczm.ufrn.br) on 2017-12-04T21:10:05Z No. of bitstreams: 1 MatheusMeiraRibeiro_DISSERT.pdf: 2262615 bytes, checksum: 5662dbed314c2e188fa6793a4b519635 (MD5) / Approved for entry into archive by Arlan Eloi Leite Silva (eloihistoriador@yahoo.com.br) on 2017-12-08T19:26:39Z (GMT) No. of bitstreams: 1 MatheusMeiraRibeiro_DISSERT.pdf: 2262615 bytes, checksum: 5662dbed314c2e188fa6793a4b519635 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-12-08T19:26:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 MatheusMeiraRibeiro_DISSERT.pdf: 2262615 bytes, checksum: 5662dbed314c2e188fa6793a4b519635 (MD5) Previous issue date: 2015-06-26 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior (CAPES) / A fam?lia Gymnophthalmidae est? distribu?da desde o sul do M?xico ao norte da Argentina, ocorrendo tamb?m em regi?es do Caribe e algumas ilhas continentais da Am?rica Central e do Sul; atualmente, 87 esp?cies desta fam?lia ocorrem no Brasil e 15 destas com distribui??o conhecida para a Caatinga. Dentre as esp?cies da Caatinga, algumas t?m ampla distribui??o nas diferentes fitofisionomias, especialmente em ambientes mais r?sticos, a exemplo de Vanzosaura multiscutata, enquanto outras s?o reconhecidas como tendo distribui??o relictual em ?reas de clima mais ameno, geralmente em ambientes serranos com predomin?ncia de vegeta??o arb?rea, como ? o caso de Anotosaura vanzolinia. Considerando que, durante onze anos de estudos sobre a herpetofauna de ?rea de Caatinga stricto sensu da Depress?o Sertaneja setentrional no Rio Grande do Norte, foi registrada apenas V. multiscutata, e que, com amplia??o desses trabalhos para ?reas Serranas e/ou com vegeta??o arb?rea e clima mais ameno (?reas de exce??o ou Caatinga lato sensu) da Para?ba e Rio Grande do Norte, registraram-se tamb?m A. vanzolinia, este trabalho buscou ampliar e aprofundar o conhecimento sobre a ecologia e hist?ria natural destas esp?cies para identificar poss?veis fatores que justifiquem suas distribui??es. Foram realizadas duas expedi??es, com dura??o de vinte dias cada, ? ?rea Serrana de Caatinga no Rio Grande do Norte, nos meses de mar?o e setembro de 2014. Utilizando busca ativa e armadilhas de intercepta??o e queda, foram coletados 38 esp?cimes de V. multiscutata e 18 de Anotosaura vanzolinia. Devido ? diferen?a nas amostras, foram analisados o uso do espa?o (habitat e microh?bitats), ecologia t?rmica e dieta para cada esp?cie. A utiliza??o do habitat foi similar, mas V. multiscutata foi encontrada em ambientes com solo exposto. Para ambas as esp?cies constataram-se correla??es positivas entre as temperaturas corporais e as do substrato e do ar, enquanto correla??es negativas entre as temperaturas corporais e as porcentagens de umidade relativa. Vanzosaura multiscutata e A. vanzolinia demonstraram similaridade quanto ? dieta, com ambas se alimentando predominantemente de insetos, com maiores ?ndices de import?ncia para Hymenoptera/Formicidae (Ix= 29,6 e Ix= 40,1; respectivamente). Os maiores volumes das presas consumidas por V. multiscutata foi Blattaria (36,8%) e por A. vanzolinia foi Hymenoptera/Formicidae (22,8%). Os resultados deste trabalho justificam parcialmente os padr?es de distribui??o conhecidos para estas esp?cies, al?m de ampliar e aprofundar o conhecimento sobre v?rios aspectos da ecologia e hist?ria natural de lagartos gimnoftalm?deos no semi?rido brasileiro. / The Gymnophtalmidae family is distributed from South Mexico to North Argentina, also occurring in the Caribbean region and in some continental islands of Central and South Americas; currently, 87 species from this family occur in Brazil, 15 of which have a known distribution along the Caatinga. Among the Caatinga species, some have a wide distribution in the different phytophysiognomies, particularly in more rustic environments, Vanzosaura multiscutata for example, while others are known for having a relictual distribution in areas with milder climate, generally in mountain environments where arboreal vegetation is predominant, as is the case for Anotosaura vanzolinia. Considering that during eleven years of studies on the Caatinga herpetofauna stricto sensu on the Northern Hinterland Depression in Rio Grande do Norte, only V. multiscutata was recorded and with the expansion of these works to Mountain areas and/or with arboreal vegetation and milder climate (exception areas or Caatinga lato sensu) in Para?ba and Rio Grande do Norte, A. vanzolinia was recorded, this work aimed to expand and deepen knowledge on the ecology and natural history of these species in order to identify possible factors that may justify their distribution. Two 20 days expeditions were conducted to each Mountain Caatinga area in Rio Grande do Norte, during the months of March and September 2014. Using active search and pitfall traps, 38 specimens of V. multiscutata and 18 of Anotosaura vanzolinia were collected. Considering the difference in samples, space use (habitat and microhabitats), thermal ecology and diet were analyzed for each species. Habitat use was similar, but V. multiscutata was found in environments with exposed grounds. For both species, positive correlations were found between body temperature and substrate and air temperatures, while negative correlations were found between body temperature and relative humidity percentages. Vanzosaura multiscutata and A. vanzolinia showed similarities regarding diet, with both feeding predominantly of insects, with greater importance rates for Hymenoptera/Formicidae (Ix= 29.6 e Ix= 40.1; respectively). Highest prey consumption volumes by V. multiscutata was Blattaria (36.8%) and by A. vanzolinia was Hymenoptera/Formicidae (22.8%). This works results partially confirmed the distribution patterns known for both species, aside from expanding and deepening knowledge on various aspects regarding ecology and natural history of gymnophthalmids lizards in the Brazilian semiarid region.
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Estudo taxonômico dos "lagartos" fósseis (Lepidosauria : Squamata) da Bacia de São José de Itaboraí (Paleoceno), estado do Rio de Janeiro

Carvalho, Alberto Barbosa de 12 1900 (has links)
Submitted by Alberto Vieira (martins_vieira@ibest.com.br) on 2018-01-12T20:12:08Z No. of bitstreams: 1 570367.pdf: 16367156 bytes, checksum: 1f1b07c1e070439f024c11241f735e7d (MD5) / Made available in DSpace on 2018-01-12T20:12:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 570367.pdf: 16367156 bytes, checksum: 1f1b07c1e070439f024c11241f735e7d (MD5) Previous issue date: 2001-12 / CAPES / São estudados 84 exemplares de "lagartos" do Paleoceno de São José de ltaboraí. O material consiste em fragmentos isolados, imcompletos, de premaxila, maxilas e dentários. Sete táxons foram reconhecidos: Iguania incertae sedis (gên. e esp. nov.), Gekkonidae (gên. e esp. nov.), Scincomorpha incertae sedis (dois táxons – gêneros e espécies novas.), Teiidae (gên. e esp. nov.), e Anguimorpha incertae sedis (dois táxons – gêneros e espécies novas). A presença destes táxons no Paleoceno de ltaboraí, apresentam implicações paleobiogeográficas importantes. Dentre estes, os lguania, presentes já no Cretáceo da América do Sul, corroboram a hipótese de que este clado teve sua dispersão no Novo Mundo a partir do continente sul-americano. A ocorrência de Gekkonidae extende o registro fóssil deste grupo no Novo Mundo ao Paleoceno, reforçando a ideia de que membros deste clado tenham entrado neste continente via rafting vindos da África, durante o Cretaceo Superior (como fizeram alguns grupos de vertebardos), quando um oceano já estava presente entre os dois continentes, e mais trade se dispersaram para o norte. A presença de representantes próximos aos xantusídeos no Paleoceno de São José " de ltaboraí, representa provavelmente um grupo irmão de Xantusiidae, sugerindo q este grupo tenha se originado na América do Sul e dispersado para a América Centra e América do Norte durante o Cenozóico. A diversidade de "lagartos" do Paleoceno de ltaboraí é complementada pela presença de dois novos táxons do clado Anguimorpha, sendo o primeiro registro deste grupo da Bacia de ltaboraí representam o primeiro registro fóssil deste grupo na América do Sul. Estes provavelmente representem uma nova família relacionada aos Anguioidea ou Platynota. / ln this dissertation 84 selected "lizard" specimens of the Paleocene deposits from the São José de Itaboraí Basin were studied. The material consists of isolated, sometimes incomplete, premaxillae, maxillae and dentaries. Seven taxa were recognized as follows: Iguania incertae sedis (new gen. and esp.), Gekkonidae (new gen. and esp.), Scincomorpha incertae sedis (two taxa – new genus and species), Teiidae (new gen. and esp.), and Anguimorpha incertae sedis (two taxa – new genus and species). The presence of these taxa shows important paleobiogeographic implications. Among those is the occurrence of a member of Iguania, that were previously reported in the Cretaceous of South America, corroborating with the hypothesis that this clade was diversified in the New World from the south. The occurrence of Gekkonidae extends the fossil record of this clade in the New World to the Paleocene, reinforcing the idea that early members of this clade might have arrived to this continent from Africa by rafting sometime during the Late Cretaceous (as some other group of vertebrates hypothetically did), when a large seaway was already placed between those continents, and in latter times dispersed to the North. The presence of a xantusiid-like in the Paleocene deposits of the São José de Itaboraí < Basin, that possibly represents the sister group to the Xantusiidae, suggests that this clade might have originated in South America and than dispersed to Central and North America during the Cenozoic Era. The fossil "lizard" diversity of the Paleocene deposits of the São José de Itaboraí Basin, in complemented by the presence of two new taxa referable to the Anguimorpha, which is the first occurrence of this group in South America. They might represent new anguimorphan taxa that are closely related either to Anguiodea or Platynota.
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A ocorrência de lagartos marinhos (Mosasauridade : Lepidosauria) e sua associação faunística no cretáceo da bacia Pernambuco - Paraíba, Nordeste do Brasil

Carvalho , Luciana Barbosa de 12 1900 (has links)
Submitted by Alberto Vieira (martins_vieira@ibest.com.br) on 2018-06-15T17:52:30Z No. of bitstreams: 1 273543.pdf: 22296067 bytes, checksum: d287d1254e37ec0bb144c83a15432235 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-06-15T17:52:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 273543.pdf: 22296067 bytes, checksum: d287d1254e37ec0bb144c83a15432235 (MD5) Previous issue date: 1996-12 / CAPES / Na presente dissertação, é efetuado o levantamento da ocorrência de lagartos marinhos mosassauros na Bacia Sedimentar Pernambuco-Paraíba, nordeste do Brasil. Para tal, são utilizados materiais depositados em coleções paleontológicas de instituições de ensino e pesquisa, enriquecidos pela realização de atividades de coleta na bacia em questão. O material obtido é morfologicamente descrito e, através de estudos comparativos, uma proposta taxonômica é apresentada. A partir da realização de dois trabalhos de campo à região de estudo, foi possível confirmar, atualizar e rever o posicionamento estratigráfico/geocronológico da ocorrência de mosassauros na Bacia Pernambuco-Paraíba e levantar com maior exatidão sua associação paleofaunística. Assim resgata-se e amplia-se consideravelmente o conhecimento sobre estes répteis brasileiros, complementando as poucas referências na bibliografia. Os estratos sedimentares que contêm a paleofauna em análise são geologicamente caracterizados, apresentando-se uma resenha dos conhecimentos constantes da literatura científica, acrescida pelos dados coletados... / This dissertation carries out a survey of the occurrences of the mosasaurid marine lizard fauna from the Pernambuco-Paraíba basin of the Northeastern Brazil. Specimens housed in paleontological collections from several institutions have been examined and new material from the mentioned basin has been collected. The specimens are described and compared and a new taxonomic proposal is presented. Based on two field trips to the mentioned area, the stratigraphic and geochronologic occurrences of mosasaurs in the Pernambuco-Paraíba basin could be confirmed, updated, and revised. Furthermore, a better understanding of the paleofaunistic association of those creatures was obtained. This study recovers, expands, and complements the limited information so far available in the literature about the Brazilian mosasaurid taxóns. The sedimentary strata containing the studied fauna are characterized and a summary of the information available in the scientific literature...
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Lagartos e serpentes (Lepidosauria, Squamata) do mioceno médio-superior da Região Norte da América do Sul

Hsiou, Annie Schmaltz January 2010 (has links)
Lagartos e serpentes fósseis da América do Sul são registrados desde o Cretáceo inferior até o Pleistoceno superior-Holoceno para a Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru, Uruguai e Venezuela. Para o Cretáceo, os restos de lagartos e serpentes são principalmente do Brasil e da Argentina. Lagartos filogeneticamente relacionados com a ancestralidade dos Squamata ocorrem em sedimentos do Cretáceo inferior e superior das regiões nordeste e sudeste do Brasil. As serpentes estão representadas pelos Anilioidea para o sudeste do país, e pelos Madtsoiidae para o Cretáceo médio do Estado do Maranhão. Para a Argentina, um provável Iguanidae foi descrito, além de fósseis de lagartos ainda indeterminados. As serpentes estão representadas no Cretáceo superior da Argentina pelos Dinilysiidae, Madtsoiidae, Anilioidea, e uma das serpentes mais primitivas conhecidas Najash rionegrina e provavelmente Boidae. Além da Argentina e Brasil, os Madtsoiidae também foram referidos para o Cretáceo superior da Bolívia. Para o Paleógeno, os lagartos são representados pelos Iguanidae, Gekkonidae, Teiidae, ?Scincidade e Anguimorpha. As serpentes são conhecidas quase que exclusivamente por fragmentos de vértebras das famílias Madtsoiidae, Palaeopheidae, Aniliidae, Boidae e Tropidophiidae. Para o Neógeno o material é ainda mais numeroso, onde a grande maioria dos gêneros e espécies fósseis de lagartos e serpentes ainda ocorre na herpetofauna sul-americana. Embora tenha ocorrido notável incremento no conhecimento do registro fóssil de lagartos e serpentes na América do Sul, até agora alguns problemas ainda persistiam, como a ausência de informação destes grupos no início do Néogeno do Brasil, e a ausência de trabalhos de integração dos dados para o Cenozóico sul-americano, o que tem limitado as interpretações sobre a evolução dos escamados, principalmente para à região norte da América do Sul. Neste trabalho foram descritos fósseis atribuídos aos Teiidae (cf. Paradracaena sp), Boidae (Eunectes sp e cf. Eunectes) e aos Anilioidea (Colombophis portai e C. spinosus sp. nov.) para a Formação Solimões, Mioceno superior do sudoeste da Amazônia brasileira. A associação de lagartos e serpentes encontrada na Formação Solimões indica uma similaridade ecológica entre as faunas miocênicas do norte da América do Sul, tais como La Venta (Colômbia) e região de Urumaco (Venezuela). Esta fauna de escamados descrita neste trabalho representa o primeiro registro do grupo para o Neógeno do sudoeste da Amazônia brasileira, e talvez contribua para um melhor entendimento anatômico de certos grupos, bem como para a distribuição dos mesmos na região norte da América do Sul. / South American fossil lizards and snakes are known from Early Cretaceous to Late Pleistocene-Holocene of Argentina, Bolivia, Brazil, Colombia, Ecuador, Peru, Uruguay and Venezuela. For the Cretaceous, lizard and snake remains are mainly from Brazil and Argentina. The most ancient lizards (related to the ancestry of Squamata) are from the Early and Late Cretaceous sediments of the northeastern and southeastern regions of Brazil. Snakes are represented by Anilioidea in the southeastern region. In addition, Madtsoiidae were reported for the Middle Cretaceous of Maranhão State. For Argentina, an Iguanidae lizard was described, as well as additional undetermined remains of lizards. The snakes are represented in the Late Cretaceous of Argentina by Dinilysiidae, Madtsoiidae, Anilioidea, and one of the most primitive snake known, Najash rionegrina, and probably Boidae. Besides the records of Argentina and Brazil, Madtsoiidae were also referred to the Late Cretaceous of Bolivia. For the Paleogene, the lizards are represented by Iguanidae, Gekkonidae, Teiidae, ?Scincidade, and Anguimorpha. Snakes are almost known exclusively by fragments of vertebrae of the families Madtsoiidae, Palaeopheidae, Aniliidae, Boidae and Tropidophiidae. In the Neogene the material is even more numerous, the majority of fossil lizards and snakes (genera and species) are still living in South American herpetofauna. Although there was considerable increase in knowledge of the fossil record of lizards and snakes in South America, yet there were still some problems such as lack of information for these groups from the beginning of the Neogene of Brazil and the lack of works data integration for the South American Cenozoic, what has limited interpretations concerning the evolution of the squamates, mainly to northern South America. In this study were described fossils attributed to the Teiidae (cf. Paradracaena sp), Boidae (Eunectes sp. and cf. Eunectes sp.), and Anilioidea (Colombophis portai and C. spinosus sp. nov.) for the Solimões Formation, Late Miocene of the southwestern Brazilian Amazonia. The association of lizards and snakes found in the Solimões Formation indicates an ecological similarity between the faunas of the northern Miocene South America, such as La Venta (Colombia) and the region of Urumaco (Venezuela). The squamate fauna described here, represents the first record of the group for the Neogene of southwestern Brazilian Amazonia and perhaps a contribution for a better understanding of the anatomy of certain groups, as well as their distribution in the northern South America.
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Distribuição, nicho potencial e ecologia morfológica do gênero Enyalius (Squamata, Leiosauridae) : testes de hipotéses para lagartos de florestas continentais brasileiras

Barreto-Lima, André Felipe January 2012 (has links)
No capítulo 1 os principais fatores envolvidos com a distribuição geográfica do gênero Enyalius foram a temperatura média anual, a latitude e a amplitude média da temperatura diurna, indicando uma possível adaptação termal do gênero. A distribuição potencial do grupo refletiu na variação geográfica na morfologia, como demonstrado pelas diferenças no tamanho do corpo e estruturas morfológicas, que foram explicadas por variáveis climáticas, espaciais e estruturais do ambiente. A regra de Allen corroborou com os padrões da variação na morfologia de Enyalius, que foram correlacionados com as condições térmicas e geográficas. Os padrões de variação morfológica também foram associados com cobertura vegetal (e talvez a disponibilidade de água nas diferentes regiões), que pode exercer influência sobre a adaptação morfológica de Enyalius e explicar parte do crescimento diferencial alométrico sobre a vasta área geográfica. A hipótese de adaptação térmica deve ser a base para explicar a distribuição de Enyalius em ambientes de florestas do Brasil. No capítulo 2 estudamos as áreas de distribruição potencial de cada espécie do grupo e encontramos para a maioria delas características ambientais gerais que foram importantes para a ocorrência do gênero nos seus ambientes. A latitude e a amplitude média da temperatura diurna, que se sobreporam na maioria dos modelos de nicho potencial, ao longo da costa brasileira, deve caracterizar a distribuição principal das espécies de Enyalius no Domínio Florestal Atlântico. Isso nos indicou um “padrão geral” de fatores básicos importantes para a ocorrência do grupo neste bioma e que, provavelmente, parte dos nichos ecológicos similares entre algumas espécies, em geral, ocorreram por influência ambiental de ampla magnitude em associação à plasticidade fenotípica das espécies como resposta ecológica adaptativa. No capítulo 3, nós encontramos algumas respostas para as espécies de Enyalius, havendo padrões morfológicos e ambientais específicos associados independentemente da relação filogenética ou da proximidade geográfica em que estas se encontram. Acreditamos que as características ambientais e o uso destas, como recursos, devem influenciar mais sobre a ocorrência das espécies em seus hábitats (pressão de seleção natural) do que por uma questão de inércia filogenética herdada ao grupo. Este estudo também indicou que determinadas mudanças evolutivas nas proporções e no tamanho do corpo das espécies de Enyalius devem estar associadas à divergência de hábitats e suas características e/ou ao uso diferente de substratos entre as espécies de lagartos, e que, consequentemente, necessitam de maiores investigações para o conhecimento das causas das relações ecológicas reveladas aqui. Por fim, os padrões observados sobre a variação morfológica nas espécies de Enyalius devem ser uma conseqüência direta de respostas adaptativas a ação das condições ambientais locais (e.g. seleção natural), o que por sua vez nos revelou grande plasticidade adaptativa das espécies através de suas ecologias em ambientes de continente. / In the first chapter, we saw that the main factors affecting the Enyalius’ geographical distribution were the annual mean temperature, latitude, and the mean diurnal temperature, which indicates a possible thermal adaptation as a base to explain the group distribution. Enyalius distribution was reflected in the morphological geographical variation, as demonstrated by the differences in the body size and morphological structures, which were explained by climatic, spatial and structural variables. The Allen rule was corroborated, as patterns in the morphological variation in Enyalius were correlated with thermal and geographical conditions. The thermal adaptation hypothesis may be the basis to explain Enyalius distribution in different Brazilian forests. In the second chapter we studied the potential distribution areas for each species in the group, and we identified the general environmental characteristics affecting the species occurrence in their habitats, for most species. We suggest that variables such as latitude and mean amplitude of daily temperature along the Brazilian coast overlapped in most of our models, characterizing the main distribution of the species belonging to the genus Enyalius in the Atlantic Forest. In the third chapter, we found that there are morphological and environmental patterns associated with the species, independent of their phylogenetic or geographical relationship. We observed that environmental features seem to be more critical to determine the species occurrence than their evolutionary heritage (e.g. philogenetic inertia). Finally, this study indicated that some evolutionary changes in body size and proportions might be associated to the divergence in habitat requirements and/or the differences in substrate use, which need further investigation. We conclude that the observed morphological variation in Enyalius can be a direct consequence of adaptative responses to local environmental conditions, which demonstrated the high phenotipic plasticity, based on their ecology in environments from mainland.

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