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Achados urodinâmicos em pacientes infectados pelo HTLV-I

Lima, Claudio Luiz Martins January 1997 (has links)
Os retrovírus são conhecidos desde 1911, mas somente em 1980 foram associados a doenças proliferativas. No caso do HTLV-I , várias doenças a ele estão relacionadas, entre elas a paraparesia tropical espástica também conhecida como mielopatia associada ao HTLV-I (ou TSP/HAM, segundo a Organização Mundial da Saúde) descrita em 1985. Sua principal área endêmica é o Japão. No Brasil, foram descritos os primeiros casos em 1989, e desde 1994 há obrigatoriedade de testagem para o HTLV-I em doadores de sangue. No Rio Grande do Sul, a prevalência é de 0,39% em doadores repetidamente reagentes e de 2,39% em descendentes de japoneses ali radicados. O quadro urológico e urodinâmico dos pacientes infectados raramente tem sido descrito na literatura médica. O objetivo deste trabalho foi avaliar urodinamicamente pacientes infectados pelo HTLV-I com e sem TSP/HAM. Quarenta e oito pacientes foram estudados prospectiva e consecutivamente, dos quais 26 tinham TSP/HAM e outros 22 não. Dos pacientes com mielopatia, 80,76% apresentavam bexiga hiper-reflexa e 34,61% tinham dissinergia detrussor-esfincteriana. Quanto à urofluxometria, os pacientes com TSP/HAM tiveram fluxo miccional anormal em 82,6% dos casos. Nos pacientes sem mielopatia, a bexiga mostrou-se hiper-reflexa em 22,72% dos casos, com nenhuma dissinergia registrada. O fluxo miccional foi normal em 70% dos casos Quatorze pacientes sem TSP/HAM e apenas um com TSP/HAM tiveram normais todos os parâmetros analisados o que representa 31,25% dos 48 pacientes infectados.As alterações urodinâmicas em pacientes com mielopatia foram significativamente maiores que aquelas encontradas em pacientes sem mielopatia. Concluiu-se que pacientes infectados pelo HTLV-I com ou sem mielopatia apresentam alterações miccionais importantes que recomendam sua avaliação urológica e urodinâmica. / The retroviruses, in spite of being well known since 1911, were associated to the proliferative diseases only 1980. In the case of HTLV-I, several diseases have been related to it, among them the tropical spastic paraparesia, also called HTLV-I associated myelopathy (or TSP/HAM: as it appears in the abbreviation designated by the World Health Organization) described in 1985.Its main endemic area is Japan. In Brazil, the first cases were described in 1989. In the state of Rio Grande do Sul, the prevalence is 0,39% in repeatedely reactive blood donnors and 2,39% in japoneses radicated there.Since 1994, testing for the HTLV-I in blood donnors has been made compulsory in Brazil. The urologic and urodynamic findings of the infected patients have scarcely been described by the medical literature. The purpose of this study was to evaluate urodynamically the patients infected by the HTLV-I, with and without TSP/HAM. Forty eight patients were studied prospectively and consecutively, out of which twenty six proved to have TSP/HAM and twenty two did not.80,76% of the TSP/HAM patients showed hyperreflexic bladders and 34,16% had detrusor-sphincter dyssinergia. Also 82,6% of these patients had abnormal urofluxometries. 22,72% of the patients without myelopathy had hyperreflexic bladders, with no detrusor-sphincter dyssinergia registered. The urofluxometry was normal in 70% of these cases. Fourteen patients without TSP/HAM and only one with myelopathy presented normality in all the parameters analysed, representing 31,25% of the infected patients. Urodynamic alterations in patients with myelopathy were significantly higher than the ones found in the patients without myelopathy. We concluded that the patients infected by the HTLV-I with or without myelopathy presented important micturition alterations, that indicate the need of the urologic and urodynamic evaluation.
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Achados urodinâmicos em pacientes infectados pelo HTLV-I

Lima, Claudio Luiz Martins January 1997 (has links)
Os retrovírus são conhecidos desde 1911, mas somente em 1980 foram associados a doenças proliferativas. No caso do HTLV-I , várias doenças a ele estão relacionadas, entre elas a paraparesia tropical espástica também conhecida como mielopatia associada ao HTLV-I (ou TSP/HAM, segundo a Organização Mundial da Saúde) descrita em 1985. Sua principal área endêmica é o Japão. No Brasil, foram descritos os primeiros casos em 1989, e desde 1994 há obrigatoriedade de testagem para o HTLV-I em doadores de sangue. No Rio Grande do Sul, a prevalência é de 0,39% em doadores repetidamente reagentes e de 2,39% em descendentes de japoneses ali radicados. O quadro urológico e urodinâmico dos pacientes infectados raramente tem sido descrito na literatura médica. O objetivo deste trabalho foi avaliar urodinamicamente pacientes infectados pelo HTLV-I com e sem TSP/HAM. Quarenta e oito pacientes foram estudados prospectiva e consecutivamente, dos quais 26 tinham TSP/HAM e outros 22 não. Dos pacientes com mielopatia, 80,76% apresentavam bexiga hiper-reflexa e 34,61% tinham dissinergia detrussor-esfincteriana. Quanto à urofluxometria, os pacientes com TSP/HAM tiveram fluxo miccional anormal em 82,6% dos casos. Nos pacientes sem mielopatia, a bexiga mostrou-se hiper-reflexa em 22,72% dos casos, com nenhuma dissinergia registrada. O fluxo miccional foi normal em 70% dos casos Quatorze pacientes sem TSP/HAM e apenas um com TSP/HAM tiveram normais todos os parâmetros analisados o que representa 31,25% dos 48 pacientes infectados.As alterações urodinâmicas em pacientes com mielopatia foram significativamente maiores que aquelas encontradas em pacientes sem mielopatia. Concluiu-se que pacientes infectados pelo HTLV-I com ou sem mielopatia apresentam alterações miccionais importantes que recomendam sua avaliação urológica e urodinâmica. / The retroviruses, in spite of being well known since 1911, were associated to the proliferative diseases only 1980. In the case of HTLV-I, several diseases have been related to it, among them the tropical spastic paraparesia, also called HTLV-I associated myelopathy (or TSP/HAM: as it appears in the abbreviation designated by the World Health Organization) described in 1985.Its main endemic area is Japan. In Brazil, the first cases were described in 1989. In the state of Rio Grande do Sul, the prevalence is 0,39% in repeatedely reactive blood donnors and 2,39% in japoneses radicated there.Since 1994, testing for the HTLV-I in blood donnors has been made compulsory in Brazil. The urologic and urodynamic findings of the infected patients have scarcely been described by the medical literature. The purpose of this study was to evaluate urodynamically the patients infected by the HTLV-I, with and without TSP/HAM. Forty eight patients were studied prospectively and consecutively, out of which twenty six proved to have TSP/HAM and twenty two did not.80,76% of the TSP/HAM patients showed hyperreflexic bladders and 34,16% had detrusor-sphincter dyssinergia. Also 82,6% of these patients had abnormal urofluxometries. 22,72% of the patients without myelopathy had hyperreflexic bladders, with no detrusor-sphincter dyssinergia registered. The urofluxometry was normal in 70% of these cases. Fourteen patients without TSP/HAM and only one with myelopathy presented normality in all the parameters analysed, representing 31,25% of the infected patients. Urodynamic alterations in patients with myelopathy were significantly higher than the ones found in the patients without myelopathy. We concluded that the patients infected by the HTLV-I with or without myelopathy presented important micturition alterations, that indicate the need of the urologic and urodynamic evaluation.
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Validação de uma escala para mielopatia progressiva

Castilhos, Raphael Machado de January 2010 (has links)
As mielopatias progressivas podem ser secundárias a alguns erros inatos do metabolismo (EIM) como as Mucopolissacaridoses (MPS), as Mucolipidoses (ML) e a Adrenomieloneuropatia (AMN). A escala para medir a gravidade de uma mielopatia que tem sido utilizada em algumas dessas condições é o escore JOA (Japanese Orthopaedic Association), escala que foi construída e validada somente para doença vertebral degenerativa. Objetivos: propor uma nova escala desenhada para mielopatias progressivas e apresentar dados de validação da JOA nessas doenças. Métodos: Uma nova escala foi construída, chamada “Progressive Mielopathy Severity Score System” (PROMSS), os seus escores variando de 0 a 100, e cobrindo os seguintes domínios: incapacidade motora (50% da escala), disfunção esfincteriana (20%), espasticidade (10%) e perda de sensibilidade (20%). Confiabilidades inter e intraexaminador foram testadas. A validação externa foi realizada através da sua comparação com as escalas já estabelecidas JOA, EDSS (Expanded Disability Status Scale), Índice de Barthel e Osame Motor Disability Score (OMDS). Resultados: 38 pacientes – 17 AMN, 3 MPS I, 3 MPS IV, 2 MPS VI, 2 ML e 11 pacientes com infecção pelo HTLV-1 – entraram no estudo. A média (dp) da PROMSS e JOA foi de 74,6(11,4) e 12,4(2,3), respectivamente. Conseguiu-se demonstrar evidência em favor da validade de construto (Spearman´s rank test com: JOA: r = 0,84, p < 0,0001; EDSS: r = - 0,83, p < 0,0001; Índice de Barthel: r = 0,56, p < 0,002; OMDS: r = - 0,94, p < 0,0001) e da confiabilidade (intraexaminador: r = 0,83; p < 0,0001; interexaminador: r = 0,94, p < 0,0001) da escala PROMSS. As propriedades métricas da JOA, por sua vez, foram similares às encontradas na PROMSS. Discussão: Vários requisitos clinimétricos foram cumpridos por ambas escalas, PROMSS e JOA. A responsividade, entretanto, não foi testada, já que necessitaríamos de períodos maiores entre as avaliações para permitir alguma progressão dos quadros clínicos. Nós acreditamos que, por sua amplitude maior, a PROMSS poderá ser útil para estudos de seguimento em mielopatias por EIM.
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Avaliação da relação de disfunção erétil com fatores de risco para arteriosclerose em indivíduos infectados pelo HTLV-1

Oliveira, Cassius José Vitor de January 2015 (has links)
Submitted by Hiolanda Rêgo (hiolandarego@gmail.com) on 2017-04-26T16:36:24Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_Med_ Cassius José Vitor de Oliveira.pdf: 1213322 bytes, checksum: fbb94008fb994f33621b7239dbd8e39e (MD5) / Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2017-07-06T13:18:52Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação_Med_ Cassius José Vitor de Oliveira.pdf: 1213322 bytes, checksum: fbb94008fb994f33621b7239dbd8e39e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-06T13:18:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação_Med_ Cassius José Vitor de Oliveira.pdf: 1213322 bytes, checksum: fbb94008fb994f33621b7239dbd8e39e (MD5) / FAPESB;Minestério da Educação;CAPES;INCT-DT / A disfunção erétil em indivíduos infectados pelo HTLV-1 tem forte associação com as disfunções neurológicas causadas por essa doença. Entretanto a principal causa de disfunção erétil na população geral é a arteriosclerose que leva a uma diminuição do fluxo sanguíneo no corpo cavernoso. O objetivo desse estudo foi avaliar se existe associação entre os fatores de risco para arteriosclerose com a disfunção erétil em indivíduos infectados pelo HTLV-1. Métodos: Estudo de corte transversal com indivíduos do sexo masculino infectados pelo HTLV-1 entre 18 e 70 anos sem história de câncer, sem uso de prótese peniana e sem déficit motor causado por outra patologia. Os indivíduos participantes do estudo foram classificados em dois grupos: um grupo com disfunção erétil e um grupo sem disfunção erétil. Esses grupos foram comparados e foi avaliada a relação entre obesidade, circunferência abdominal aumentada, dislipidemia, síndrome metabólica, diabetes mellitus e hipertensão arterial. Resultados: Dos 84 indivíduos selecionados 43 tinha disfunção erétil e 41 não. Houve relação da disfunção erétil com diabetes mellitus (P=0,03), idade acima de 60 anos (P=0,002) e o grau de disfunção neurológica (P<0,001). Dos fatores de risco para arteriosclerose avaliados em portadores de HTLV-1 houve relação da DE com a idade acima de 60 anos (P=0,024) com diabetes mellitus (P=0,01) e com a hipertensão arterial sistêmica (P=0,004). Odds ratio de 4,6 para idade acima de 60 anos, de 6,3 para hipertenção arterial sistêmica e de 22,1 para sintomático para HTLV-1. Conclusão: O comprometimento neurológico é a principal causa de disfunção erétil em indivíduos infectados pelo HTLV-1 e os fatores de risco para a arteriosclerose não tiveram forte relação com a disfunção erétil nesta população.
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Impacto da infecção pelo HTLV I na qualidade de vida e em parâmetros uroginecológicos em mulheres com incontinência urinaria / Impact of the HTLV I infection in the quality of life and urogynaecologist relationships woman urinary incontinence

Diniz, Monica Suzana Costa [UNIFESP] January 2008 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-12-06T23:48:03Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2008 / A infecção pelo vírus linfotrópico humano das células T do tipo 1 (HTLV-I) é considerada doença sistêmica e está associada a várias enfermidades. O quadro neurológico de paraparesia espástica tropical / mielopatia (PET/MAH) é a forma mais comum. Os distúrbios urinários estão, em geral, presentes de maneira importante e progressiva, de difícil controle e tratamento. A incontinência urinária é problema comum que pode afetar mulheres de todas as idades, com implicações sociais, desconforto, perda de autoconfiança e com impacto na qualidade de vida. Realizamos estudo transversal, tipo caso controle, com objetivo de compararmos a qualidade de vida de 50 mulheres incontinentes, divididas em dois grupos: 26 soropositivas e 24 soronegativas para o HTLV-I. Para tanto utilizamos questionário de qualidade de vida o “King’s Health Questionnaire” (KHQ). Em nossa casuística, a perda da qualidade de vida foi significativamente maior em mulheres incontinentes soropositivas, nos seguintes domínios: percepção geral da saúde (0,003); impacto da incontinência (0,0451); limitação das atividades de vida diária (0,0366); relações sociais (0,0000); sono e disposição (0,0017). Também foram significativos no grupo soropositivos os seguintes parâmetros: Dor ao enchimento vesical (0,0441), dispareunia (0,0441), dormência nos membros inferiores (0,0285), hipersensibilidade perineal (0,0044), dor à palpação vaginal (0,0066), hipertonia dos músculos do assoalho pélvico (0,0015), alterações da marcha (0,044), hiperreflexia patelar (0,0036), positividade do sinal de Babinski (0,0005), hipertonia de membros inferiores (0,0000) e infecções urinárias (0,0033). Na análise estatística foram aplicados o teste de Mann-Whitney e o teste do Qui-quadrado. / The infection for the human linfotrópico virus of cells T of type 1 (HTLV-I) is considered sistêmica illness and is associated some diseases. The neurological picture of tropical paraparesie espastic / Myelophaty (PET/MAH) is the form most common. The urinary riots are in general, gifts in important, gradual way, of difficult control and treatment. The urinary incontinence is a common problem that can affect women of all the ages, with social implications, discomfort and loss of security in itself exactly, and with impact in the quality of life. We carry through transversal study, type in case that it has controlled, with objective to compare the quality of life of 50 incontinences women, divided in two groups: 26 soropositives and 24 soronegatives for the HTLV-I. For in such a way we use a questionnaire of quality of life King' s Health Questionnaire (KHQ). In our casuistry, the loss of the quality of life was significantly bigger in soropositives incontinences women, in the following parameters: General perception of the health (0.003); Impact of the incontinence (0.0451); Limitation of the activities of daily life (0.0366); Social relations (0.0000); Sleep and disposal (0.0017). Also the following parameters had been significant in the group soropositives: Vesical pain to the wadding (0.0441); Dispareunia (0.0441), parestesis in the inferior’s members (0.0285); perineal high sensitivity (0.0044); Pain to the vaginal palpação (0,0066); Vaginal high tones (0.0015); Alterations of the march (0.044); Patelar high reflex (0.0036); Positividade of the Babinski (0.0005); Inferior members high tones (0.0000); Urinary infections (0.0033). In the analysis statistics they had been applied the test of Mann-Whitney (Bio Stat) and has tested q2. / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Estudo genotípico de isolados do HTLV-1 e caracterização do envelope viral, correlacionando com o desenvolvimento de protótipos vacinais

Miranda, Aline Cristina Andrade Mota January 2008 (has links)
Submitted by Ana Maria Fiscina Sampaio (fiscina@bahia.fiocruz.br) on 2012-06-01T19:12:10Z No. of bitstreams: 1 Aline Miranda. Estudo genotipico de novos isolados do HTLV1 e caracterizacao do envelope viral....pdf: 1383531 bytes, checksum: 512f94af438412f8fd0032deab12a173 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-06-01T19:12:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Aline Miranda. Estudo genotipico de novos isolados do HTLV1 e caracterizacao do envelope viral....pdf: 1383531 bytes, checksum: 512f94af438412f8fd0032deab12a173 (MD5) Previous issue date: 2008 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, Bahia, Brasil / Em 1980, a partir de um paciente com linfoma cutâneo de células T, foi isolado o vírus linfotrópico de células T humanas tipo 1, o HTLV-1, que é conhecido, principalmente, por ser o agente etiológico de uma síndrome neurológica denominada TSP/HAM. No Brasil, estima-se que 2,5 milhões de indivíduos estejam infectados pelo HTL V -1, sendo a maior prevalência encontrada na população geral na cidade de Salvador, Bahia. Este estudo foi dividido em duas etapas: a primeira etapa refere-se a um estudo de caracterização do envelope viral utilizando ferramentas de bioinformática; enquanto que a segunda etapa caracteriza-se por ser um estudo de soroprevalência e análise dos novos isolados virais. O estudo de caracterização do envelope viral foi realizado para todas as seqüências nucleotídicas do gene env (n=15), já publicadas no Banco Mundial de seqüências, dando suporte ao programa brasileiro de DST -AIDS. Este estudo de caracterização se baseou na identificação de possíveis epítopos lineares, na caracterização físico-química, na identificação de mutações selecionadas positivamente, e por fim na procura por assinaturas correspondentes às modificações pós-traducionais. Inicialmente, realizamos a triagem de peptídeos previamente identificados no envelope viral, e em seguida a predição de epítopos nestas seqüências peptídicas. Em 12 peptídeos previamente publicados, foram encontrados 12 possíveis epítopos, cuja variação total na composição de aminoácido foi de 9 por cento e 17 por cento para os alelos de HLA classes I e 11, respectivamente. Em 5 dos 12 epítopos a análise físico-química revelou que as mutações presentes foram capazes de aumentar o perfil de antigenicidade da região protéica que continha a mutação. A análise de domínios potenciais mostrou a perda de um sítio de fosforilação (PKC) no epítopo que contém a mutação D197N, e a perda de um sítio de N-glicosilação causada pelas mutações S246Y e V247I em outro epítopo. Além disso, a análise de pressão seletiva revelou 8 sítios selecionados positivamente (ώ = 9,59), usando modelos de máxima verossimilhança. Este estudo ressalta a importância do envelope viral para o sucesso da infecção e para o desenvolvimento de protótipos vacinais, principalmente, porque foi possível identificar sítios selecionados positivamente, e epítopos com características conservativas e potenciais ligantes para um grande número de alelos de HLA. A segunda etapa do trabalho consistiu na caracterização genotípica de novos isolados do HTLV-1 na cidade de Rio Branco-Acre. Para contribuir com dados de soroprevalência do HTL V-I no Brasil, e para discutir sobre a epidemiologia molecular do vírus, 219 doadores de sangue foram triados para a presença de anticorpos específicos contra o vírus. Um único caso de infecção (soroprevalência de 0,46 por cento) foi detectado entre os doadores de sangue atendidos, durante o mês de julho de 2004, na Fundação Hemocentro de Rio Branco-Acre. Seqüenciamos, então, a região L TR total referente a esse isolado viral (ACI81), e submetemos à subtipagem, juntamente com outras 4 seqüências L TR (AC042, AC174, AC069, AC129), também geradas neste trabalho, provenientes, entretanto, de casos de infecção identificados por um trabalho anterior de soroprevalência nesta mesma população. Para os fragmentos totais da região LTR (AC181 e AC042), análises filogenéticas foram realizadas utilizando o programa PAUP, enquanto que os fragmentos parciais (ACI74, AC069, AC129) foram genotipados através de uma ferramenta online de subtipagem. Três seqüências referentes ao gene env (ENV AC57, ENV AC69 e ENV AC204), também foram geradas, neste estudo, utilizando amostras HTLV-1 positivas provenientes de um estudo prévio de caracterização sorológica. Estas foram analisadas para a presença de modificações pós-traducionais. Análises filo genéticas demonstraram que tanto os isolados L TR total, como os parciais foram classificados como pertencentes ao subgrupo Transcontinental do subtipo Cosmopolita, dentro do grupo monofilético A da América Latina para os isolados AC181 e AC042. Comparando a diversidade genética das seqüências de HTLV-1, geradas neste trabalho, com outras seqüências virais em infecções em Salvador, Fortaleza e Peru, foi possível encontrar uma menor distância genética entre as cepas de Rio Branco, quando comparadas com as cepas de Fortaleza e do Peru, e uma maior distância genética, quando comparadas com cepas de Salvador. A análise de domínios potenciais mostrou a presença de sítios de fosforilação para PKC nas posições 31O-312aa e 342¬344aa; um sítio de fosforilação para CK2 na posição 194-197aa; sítios de N-glicosilação nas posições 222-225aa, 244-247aa e 272-275aa; e por fim, um sítio de miristilação na posição 327¬338aa. Os achados moleculares nos permitem sugerir uma possível origem Pré-Colombiana do vírus nesta população, sem, no entanto, descartar completamente a possibilidade de introdução Pós-Colombiana. / The Human T cell lymphotropic virus type 1, HTLV-1, was isolated, in 1980, from a pacient affected by a T cell cutaneous lymphoma, and it is mainly associated to the development of a neurological disorder called TSP/HAM. About 2.5 million of individuals are HTLV-1 infected, in Brazil, and the grater prevalence into general population is registered in Salvador city, Bahia state. This study was performed in two stages: the first one refers to an study of viral envelope caracterization, using bioinformatics tools; while the second one, is a seroprevalence investigation and viral isolates caracterization. The env gene characterization study was carried out to evaluate the molecular pattern of all available Brazilian human T-cell lymphotropic virus type 1 Env (n = 15) nucleotide sequences via epitope prediction, physico-chemical analysis, and protein potential sites identification, giving support to the Brazilian AIDS vaccine program. In 12 previously described peptides of the Env sequences, 12 possible epitopes were found. The total variation on the amino acid composition was 9% and 17% for human leukocyte antigen (HLA) class I and class II Env epitopes, respectively. In 5 of the 12 Env epitopes the physico-chemical analysis demonstrated that the mutations magnified the antigenicity profile into the mutation region. The potential protein domain analysis of Env sequences showed the loss of a CK-2 phosphorylation site caused by D197N mutation in one epitope, and the loss of a N-glycosylation site caused by S246Y and V247I mutations in another epitope. Besides, the analysis of selective pressure have found 8 positive selected sites ( = 9.59) using the codon-based substitution models and maximum-likelihood methods. These studies underscore the importance of this Env region for the virus fitness, for the host immune response and, therefore, for the development of vaccine candidates. To contribute further with the HTLV-1 seroprevalence in Brazil, and to discuss the virus molecular epidemiology in this Amazon population (Rio Branco-Acre), 219 blood donors were screened for HTLV-1- specific antibodies. It was only detected a single case of infection (0.46% seroprevalence) among blood donors, screened during July 2004, at FUNDACRE. We have submitted this unique HTLV-1 positive sample (AC181) and four others positive samples (AC042, AC174, AC069, AC129) originated in a previous serological study, in the same population, to the sequencing of the complete LTR region, and submitted to genotyping, To assess molecular epidemiology, Neighbor-joining and Maximum Likelihood phylogenetic analyses of complete LTR region sequences (AC181 and AC042) were performed with PAUP* software, while the partial LTR fragments (AC129, AC174 and AC069) were genotyped using the online subtyping tool. Three envelope sequences (ENV57, ENV69, ENV204) were also generated, in this study, from HTLV-1 positive samples from a previous serological study, and analyzed using the Prosite tool to determinate potential protein sites. Phylogenetic analysis demonstrated that the total and partial LTR strains belong to the Transcontinental subgroup of the Cosmopolitan subtype, inside the Latin American cluster A, for the isolates AC181 and AC042. Calculating the genetic diversity among the HTLV-1 sequences, generated in this report, and sequences described in infection cases in Salvador, Fortaleza e Peru, it was possible to find a close relationship between Rio Branco and Fortaleza or Peru sequences. The potential protein site analysis showed, that all env sequences encoded two PKC phosphorylation sites at amino acid (aa) positions 310-312 and 342-344, one CK2 phosphorylation site at 194-197aa, three N-glycosylation sites at 222-225aa, 244-247aa and 272-275aa, and a single N-myristylation site at 327-338aa.These findings allow to infer about a possible virus introduction in this population through a Pre-Columbian human migration, although we can not exclude a possible Post- Columbian introduction
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Células epiteliais do timo são possível reservatório viral e transmitem o HTLV-1 para linfócitos T CD4

Barros, Luciana Rodrigues Carvalho January 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-03-04T13:59:26Z (GMT). No. of bitstreams: 2 luciana_barros_ioc_dout_2014.pdf: 3326577 bytes, checksum: 370ee3d6142f8100a7adc37a80899e9a (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2016-01-13 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / O timo é um órgão linfoide primário, sítio do desenvolvimento de células T, provendo fatores críticos e coordenados que induzem e suportam o comprometimento de linhagem, diferenciação e sobrevivência dessas células. A presença das células não-linfóides, principalmente as células epiteliais do timo (TEC) no parênquima tímico promove a migração e diferenciação coordenada dos linfócitos T. Os linfócitos T são o principal alvo do Virus linfotrópico T humano (HTLV-1), agente etiológico da leucemia/linfoma associado ao HTLV-1 (ATL) e de doença que compromete o sistema nervoso/muscular (HAM/TSP). É desconhecida a causa que leva a uma ou outra doença. A resposta imune antiviral mediada por células T é ineficiente nessas patologias. Mesmo que o vírus tenha tropismo pelos linfócitos T, ele é capaz de infectar outros tipos celulares por contato direto entre células ou por partículas virais livres. Linfócitos ativados recirculam pelos órgãos linfoides, incluindo o timo, onde as células epiteliais tímicas (TEC) interagem intimamente com as células recirculantes, promovendo uma possível via de transmição do HTLV-1. No nosso trabalho, observamos que as TECs possuem os receptores para a entrada do vírus (GLUT-1 e Neuropilina-1). Experimentos in vitro mostraram que as TECs podem ser infectadas pelo HTLV-1 por linhagens de linfócitos derivados de pacientes portadores de ATL e de HAM/TSP Essas infecções ocorreram tanto por contato direto entre as células, quanto por sobrenadante contendo partículas virais livres derivadas do sobrenadante dos linfócitos. O vírus pode ser observado após 24 horas e 10 dias de cultivo, quando a maioria das células estava infectada. Através de microscopia eletrônica de transmissão, foram observadas partículas virais brotando de estruturas semelhantes a corpos multivesculares nas TECs. A expressão gênica de citocinas e quimiocinas foram encontradas aumentadas nas TECs logo após contato com o sobrenadante contendo HTLV-1 derivado dos linfócitos. Somado a isso, a expressão gênica de inteferon tipo 1 e genes induzidos por interferon estavam diminuídos. A resposta migratória de linfócitos T CD4+ induzida por TEC HTLV-1+ estava aumentada em relação as TEC não-infectadas. As TEC infectadas são capazes de transmitir a infecção para linfócitos T por contato, alterando a expressão de receptores de quimiocinas e de adesão nos linfócitos T CD4+. Juntos, esses resultados sugerem que as TEC HTLV-1+ infectadas por linfócitos infectados ou por vírus livres, transmitem a infecção para outras TECs e para linfócitos T CD4+, disseminando a infecção / The thymus is a primary lymphoid organ, site of developing T cells, providing a coordinated set of critical factors to induce and support lineage commitment, di fferentiation and survival of these cells. The presence of non - lymphoid cells through the thymic parenchyma serves to provide coordinated migration and differentiation of T lymphocytes. T lymphocytes are the main target of Human T Lymphotropic Virus type 1 (HTLV - 1). This virus is the etiologic agent of HTLV - 1 associated lymphoma and leukemia (ATL) or a disease of muscular/nervous systems (HAM/TSP), but it is unknown what triggers to one or other disease. T - cell mediated immune response against viral protein s is not effective in both diseases. Although the virus has T lymphocyte tropism, it can infect other cells by cell contact and cell - free virus. Activated T lymphocytes circulates around lymphoid organs, including the thymus, where the thymic epithelial ce lls (TEC) strongly interact with recirculating cells, so infected lymphocytes could transmit the virus to TEC. Interestingly, in our work we observed that TEC expresses molecules related to the HTLV - 1 transmission (GLUT - 1, Neuropilin 1). In vitro experimen ts showed that TEC could be infected by cell lineages derived from ATL and HAM/TSP patients. These infections happened from cell contact and by cell - free virus derived from cell supernatants. The virus can be seen after 24h and after 10 days, when most cel ls in the culture were infected. By transmission electron microscopy, virus particles were observed budding from multivesicular bodies like structures in TEC. Cytokines and chemokines were incr eased at mRNA level soon after contact with HTLV - 1 containing supernatant derived from lymphocytes. In addition, type 1 interferon and interferon stimulated genes were decreased in HTLV - 1 infected TEC. Migration response from T CD4 + lymphocytes driven by H TLV - 1 + TEC were increased in relation to non - infected TEC. HTLV - 1 + TEC could transmit the infection to T CD4 + lymphocytes by cell contact, altering some chemokines and adhesion receptors in T CD4 + cells. Altogether, these results suggest that after TEC inf ection by HTLV - 1 via infected lymphocytes and cell - free virus, it is able to contaminate another TEC and transmit the virus to non - infected T lymphocytes, disseminating the infection.
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Achados urodinâmicos em pacientes infectados pelo HTLV-I

Lima, Claudio Luiz Martins January 1997 (has links)
Os retrovírus são conhecidos desde 1911, mas somente em 1980 foram associados a doenças proliferativas. No caso do HTLV-I , várias doenças a ele estão relacionadas, entre elas a paraparesia tropical espástica também conhecida como mielopatia associada ao HTLV-I (ou TSP/HAM, segundo a Organização Mundial da Saúde) descrita em 1985. Sua principal área endêmica é o Japão. No Brasil, foram descritos os primeiros casos em 1989, e desde 1994 há obrigatoriedade de testagem para o HTLV-I em doadores de sangue. No Rio Grande do Sul, a prevalência é de 0,39% em doadores repetidamente reagentes e de 2,39% em descendentes de japoneses ali radicados. O quadro urológico e urodinâmico dos pacientes infectados raramente tem sido descrito na literatura médica. O objetivo deste trabalho foi avaliar urodinamicamente pacientes infectados pelo HTLV-I com e sem TSP/HAM. Quarenta e oito pacientes foram estudados prospectiva e consecutivamente, dos quais 26 tinham TSP/HAM e outros 22 não. Dos pacientes com mielopatia, 80,76% apresentavam bexiga hiper-reflexa e 34,61% tinham dissinergia detrussor-esfincteriana. Quanto à urofluxometria, os pacientes com TSP/HAM tiveram fluxo miccional anormal em 82,6% dos casos. Nos pacientes sem mielopatia, a bexiga mostrou-se hiper-reflexa em 22,72% dos casos, com nenhuma dissinergia registrada. O fluxo miccional foi normal em 70% dos casos Quatorze pacientes sem TSP/HAM e apenas um com TSP/HAM tiveram normais todos os parâmetros analisados o que representa 31,25% dos 48 pacientes infectados.As alterações urodinâmicas em pacientes com mielopatia foram significativamente maiores que aquelas encontradas em pacientes sem mielopatia. Concluiu-se que pacientes infectados pelo HTLV-I com ou sem mielopatia apresentam alterações miccionais importantes que recomendam sua avaliação urológica e urodinâmica. / The retroviruses, in spite of being well known since 1911, were associated to the proliferative diseases only 1980. In the case of HTLV-I, several diseases have been related to it, among them the tropical spastic paraparesia, also called HTLV-I associated myelopathy (or TSP/HAM: as it appears in the abbreviation designated by the World Health Organization) described in 1985.Its main endemic area is Japan. In Brazil, the first cases were described in 1989. In the state of Rio Grande do Sul, the prevalence is 0,39% in repeatedely reactive blood donnors and 2,39% in japoneses radicated there.Since 1994, testing for the HTLV-I in blood donnors has been made compulsory in Brazil. The urologic and urodynamic findings of the infected patients have scarcely been described by the medical literature. The purpose of this study was to evaluate urodynamically the patients infected by the HTLV-I, with and without TSP/HAM. Forty eight patients were studied prospectively and consecutively, out of which twenty six proved to have TSP/HAM and twenty two did not.80,76% of the TSP/HAM patients showed hyperreflexic bladders and 34,16% had detrusor-sphincter dyssinergia. Also 82,6% of these patients had abnormal urofluxometries. 22,72% of the patients without myelopathy had hyperreflexic bladders, with no detrusor-sphincter dyssinergia registered. The urofluxometry was normal in 70% of these cases. Fourteen patients without TSP/HAM and only one with myelopathy presented normality in all the parameters analysed, representing 31,25% of the infected patients. Urodynamic alterations in patients with myelopathy were significantly higher than the ones found in the patients without myelopathy. We concluded that the patients infected by the HTLV-I with or without myelopathy presented important micturition alterations, that indicate the need of the urologic and urodynamic evaluation.
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Validação de uma escala para mielopatia progressiva

Castilhos, Raphael Machado de January 2010 (has links)
As mielopatias progressivas podem ser secundárias a alguns erros inatos do metabolismo (EIM) como as Mucopolissacaridoses (MPS), as Mucolipidoses (ML) e a Adrenomieloneuropatia (AMN). A escala para medir a gravidade de uma mielopatia que tem sido utilizada em algumas dessas condições é o escore JOA (Japanese Orthopaedic Association), escala que foi construída e validada somente para doença vertebral degenerativa. Objetivos: propor uma nova escala desenhada para mielopatias progressivas e apresentar dados de validação da JOA nessas doenças. Métodos: Uma nova escala foi construída, chamada “Progressive Mielopathy Severity Score System” (PROMSS), os seus escores variando de 0 a 100, e cobrindo os seguintes domínios: incapacidade motora (50% da escala), disfunção esfincteriana (20%), espasticidade (10%) e perda de sensibilidade (20%). Confiabilidades inter e intraexaminador foram testadas. A validação externa foi realizada através da sua comparação com as escalas já estabelecidas JOA, EDSS (Expanded Disability Status Scale), Índice de Barthel e Osame Motor Disability Score (OMDS). Resultados: 38 pacientes – 17 AMN, 3 MPS I, 3 MPS IV, 2 MPS VI, 2 ML e 11 pacientes com infecção pelo HTLV-1 – entraram no estudo. A média (dp) da PROMSS e JOA foi de 74,6(11,4) e 12,4(2,3), respectivamente. Conseguiu-se demonstrar evidência em favor da validade de construto (Spearman´s rank test com: JOA: r = 0,84, p < 0,0001; EDSS: r = - 0,83, p < 0,0001; Índice de Barthel: r = 0,56, p < 0,002; OMDS: r = - 0,94, p < 0,0001) e da confiabilidade (intraexaminador: r = 0,83; p < 0,0001; interexaminador: r = 0,94, p < 0,0001) da escala PROMSS. As propriedades métricas da JOA, por sua vez, foram similares às encontradas na PROMSS. Discussão: Vários requisitos clinimétricos foram cumpridos por ambas escalas, PROMSS e JOA. A responsividade, entretanto, não foi testada, já que necessitaríamos de períodos maiores entre as avaliações para permitir alguma progressão dos quadros clínicos. Nós acreditamos que, por sua amplitude maior, a PROMSS poderá ser útil para estudos de seguimento em mielopatias por EIM.
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Validação de uma escala para mielopatia progressiva

Castilhos, Raphael Machado de January 2010 (has links)
As mielopatias progressivas podem ser secundárias a alguns erros inatos do metabolismo (EIM) como as Mucopolissacaridoses (MPS), as Mucolipidoses (ML) e a Adrenomieloneuropatia (AMN). A escala para medir a gravidade de uma mielopatia que tem sido utilizada em algumas dessas condições é o escore JOA (Japanese Orthopaedic Association), escala que foi construída e validada somente para doença vertebral degenerativa. Objetivos: propor uma nova escala desenhada para mielopatias progressivas e apresentar dados de validação da JOA nessas doenças. Métodos: Uma nova escala foi construída, chamada “Progressive Mielopathy Severity Score System” (PROMSS), os seus escores variando de 0 a 100, e cobrindo os seguintes domínios: incapacidade motora (50% da escala), disfunção esfincteriana (20%), espasticidade (10%) e perda de sensibilidade (20%). Confiabilidades inter e intraexaminador foram testadas. A validação externa foi realizada através da sua comparação com as escalas já estabelecidas JOA, EDSS (Expanded Disability Status Scale), Índice de Barthel e Osame Motor Disability Score (OMDS). Resultados: 38 pacientes – 17 AMN, 3 MPS I, 3 MPS IV, 2 MPS VI, 2 ML e 11 pacientes com infecção pelo HTLV-1 – entraram no estudo. A média (dp) da PROMSS e JOA foi de 74,6(11,4) e 12,4(2,3), respectivamente. Conseguiu-se demonstrar evidência em favor da validade de construto (Spearman´s rank test com: JOA: r = 0,84, p < 0,0001; EDSS: r = - 0,83, p < 0,0001; Índice de Barthel: r = 0,56, p < 0,002; OMDS: r = - 0,94, p < 0,0001) e da confiabilidade (intraexaminador: r = 0,83; p < 0,0001; interexaminador: r = 0,94, p < 0,0001) da escala PROMSS. As propriedades métricas da JOA, por sua vez, foram similares às encontradas na PROMSS. Discussão: Vários requisitos clinimétricos foram cumpridos por ambas escalas, PROMSS e JOA. A responsividade, entretanto, não foi testada, já que necessitaríamos de períodos maiores entre as avaliações para permitir alguma progressão dos quadros clínicos. Nós acreditamos que, por sua amplitude maior, a PROMSS poderá ser útil para estudos de seguimento em mielopatias por EIM.

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