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A categoria vazia na posição de objeto em português

Guindaste, Reny Maria Gregolin, 1949- 31 May 2010 (has links)
Resumo: O objetivo desta dissertação é o estudo da categoria vazia na posição de objeto, no português do Brasil, tendo como quadro de referência a Teoria da Gramática Gerativa, proposta por CHOMSKY, nos anos 80. Este trabalho está dividido em quatro partes: No capitulo 1 fazemos considerações gerais sobre o modelo de gramática, sua organização e subteorias. No capítulo 2 apresentamos os critérios para identificação da categoria vazia e fazemos um breve histórico do assunto, da Teoria Padrão à Teoria da Regência e Vinculação. No capítulo 3 analisamos dados empíricos do português, nos quais o objeto direto não se realiza na forma fonética, mas está presente na estrutura sintática, à direita do verbo. Para verificar a natureza desta categoria vazia discutimos as propostas de BOUCHARD (1984), HUANG (1984), AOUN (1985), RIZZI (1986) e FARREL (1987). Apresentamos uma análise alternativa a favor da seguinte hipótese: a categoria vazia objeto, em português, tem natureza pronominal. Concluímos que é viável uma análise dos dados do português considerando apenas a estrutura de superfície, por um modelo representacional. No capítulo 4 fazemos algumas considerações gerais.
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A transferência do português na leitura das róticas em posição de ataque no inglês por estudantes brasileiros de inglês

Deus, Anderson Ferreira de 15 January 2010 (has links)
No description available.
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(Re)análise da referência de segunda pessoa na fala da Região Sul

Loregian-Penkal, Loremi 31 August 2012 (has links)
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo estudar o comportamento de duas regras variáveis: na primeira delas, analisamos de que forma se dá a alternância pronominal tu/você na fala de informantes do corpus VARSUL dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina e deste estado, analisamos também informantes da localidade do Ribeirão da Ilha (corpus BRESCANCINI). Levantamos esta variável com o intuito de verificar se o tu está sendo substituído pelo você no Sul do Brasil. A segunda regra variável, (re)análise de LOREGIAN (1996), diz respeito à concordância verbal com o pronome tu nas localidades de Florianópolis, Porto Alegre e Ribeirão da Ilha. às quais acrescentamos as três cidades do interior de Santa Catarina - Chapecó. Blumenau e Lages - e as três cidades do interior do Rio Grande do Sul - Flores da Cunha. Panambi e São Borja. Com esta segunda regra variável, objetivamos testar se a manutenção do tu é acompanhada ou não da marca verbal de segunda pessoa. Para o estudo dessas regras variáveis, foram analisadas 24 entrevistas de cada cidade de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul e 11 do Ribeirão da ilha, totalizando 203 informantes, distribuídos em duas faixas etárias (25 a 49 anos; mais de 50 anos), três níveis de escolaridade (primário; ginásio; colegial) e sexo (masculino; feminino). O trabalho teve como suporte a metodologia variacionista, utilizada para descrever a variação e a mudança lingüística, com a utilização do pacote VARBRUL. No decorrer da análise, foram descritos os contextos lingüísticos e sociais que condicionam, de forma integrada, o comportamento sincrônico dos falantes quanto aos fenômenos de alternância pronominal e de concordância verbal. Os resultados dão conta da variação tanto na comunidade como no indivíduo e apontam na direção de que está havendo, por um lado, a manutenção do pronome tu como marca de identidade e de valores regionais, mas com uma forma verbal não-marcada e um maior preenchimento do pronome sujeito nas quatro cidades do Rio Grande do Sul e em Chapecó, Santa Catarina. Já os resultados de Florianópolis e Ribeirão da Ilha apontam no sentido de que a marca de identidade do ilhéu seja a presença de flexão verbal canônica de segunda pessoa. Por outro lado, os informantes de Lages, na rota dos tropeiros, e em menor escala os de Blumenau são os que estão mais avançados em direção ao uso de só você.
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O uso de o(s) mesmo(s) como elemento anafórico numa modalidade escrita do portugues do Brasil

Moreira, Emilia Laudiceia 05 November 2009 (has links)
No description available.
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Vozes infantis: a caracterização do contraste de vozeamento das consoantes plosivas no português brasileiro na fala de crianças de 3 a 12 anos

Bonatto, Maria Teresa Rosangela Lofredo 13 September 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T18:23:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Maria Teresa Rosangela Lofredo Bonatto.pdf: 2333969 bytes, checksum: 5ca789ba06460e596a8e60420ff59a97 (MD5) Previous issue date: 2007-09-13 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Plosive sounds are produced early in childhood, yet it is not uncommon cases in speech therapy clinics of children who have difficulty pronouncing them, particularly as regards the distinction between voiced and voiceless plosives. Existing literature in Phonetics states that the production of plosives involves the constriction of the vocal folds which can in turn increase the degree of supra-laryngeal obstruction in par with that of sublaryngeal obstruction and, as a result, make voicing difficult. In order to produce voiced obstruent sounds similarly to adults, the child has to learn to synchronize glottal and oral gestures. Procedures for the acoustic investigation of such plosives abound in the literature, among which we can mention Voice Onset Time (VOT), the total duration of the plosive segment and the duration of the vowel sound which either precedes or follows it. The aim of the present study is to characterize, by means of acoustic phonetics investigation, the production of plosive consonants in Brazilian Portuguese (BP), in the speech of three and twelve year-old children. In order to undertake such investigation, we used a corpus comprised of six plosives of BP, extracted from the production of two-syllable words inserted in carrier phrase. The children were selected after detailed analysis and the acoustic sign inspection was carried out in the sound wave shape using the broadband spectrogram. Extractions were made of VOT as well as of each of the vowel and consonant segments from the /a/ sound of diga , besides the key-words, of the word baixinho and the full sentence, starting from the first vowel (ex: D/i/g/a/p/a/p/a/baixinho ). The corpus composed of 3-year-old children was used in the perceptive study with the participation of 120 judges. The results showed that the judges identified the plosives /b/, /d/ e /g/ as voiced when accompanied by at least 53% of sound spectra. As regards /p/, /t/ e /k/, plosives, the appearance of breathy vowel caused these consonants to identified as voiced, while aspiration had no effect whatsoever in the perception of judges in the case of voiceless plosives. As to production results, variability in the mean scores and high standard deviation for voiceless, tonic and post-tonic plosives were observed by and large in all the age brackets. Overall, VOT proved to be a satisfactory parameter for voicing differentiation in infant talk, observed in the speech of children over 3 years of age. However, VOT measures were not consistent enough to differentiate plosives, bilabials and alveolar sounds. This study adopted theoretical notions as proposed by Source - Filter Theory (Fant, 1960), Articulatory Phonology (FAR - Browman and Goldstein, 1986; 1990. 1992) and Articulatory Acoustic (FAAR - Albano, 2001), Direct Realism Theory (Fowler, 1986), and the theory of the phonological system acquisition termed by Albano (1990) as O Toque de Ouvido . Based on this theoretical background, we can affirm that voicing contrast was present in the speech of all the children. We can also affirm that in the production of 3-year-olds there have been greater latency between the coordination of glottal and articulatory gestures, which was observed by the great availability in the productions in the measures of VOT. Velar sounds showed less variability. It was inferred , based on the analysis of spectrographic characteristics along with theoretical foundations of gestural phonology (FAR and FAAR), that small children have difficulty interrupting a gesture and starting another one, probably due to difficulties arisen from overlapping gestures , which are better articulated the older one gets / Os sons obstruintes plosivos são produzidos logo cedo pelas crianças, mas apesar disso é comum encontrarmos na clínica fonoaudiológica aquelas que apresentam dificuldades para pronunciá-los, principalmente em relação a estabelecer a distinção entre os vozeados e os não-vozeados. Para a produção dos sons vozeados a literatura fonética explica que o grau de constrição das pregas vocais pode aumentar o nível de obstrução supra-laríngea igualando-o ao da sub-larínge e como conseqüência dificultar o vozeamento. Para produzir os sons obstruintes vozeados semelhantes aos do adulto, a criança tem que aprender a sincronizar o gesto glotal e oral. Para a investigação acústica da produção dessas plosivas a literatura aponta várias medidas, dentre elas o Voice Onset Time (VOT), a duração total do segmento correspondente à plosiva e a duração da vogal que a precede ou a sucede. O objetivo do presente estudo é caracterizar, por meio de uma investigação fonéticoacústica, a produção das consoantes plosivas no Português Brasileiro (PB), na fala de crianças de 3 a 12 anos. Para realizar tal investigação, utilizamos um corpus contendo as seis plosivas do PB, a partir da produção de palavras dissílabas, inseridas em frases-veículo. As crianças foram selecionadas após análise criteriosa e a inspeção do sinal acústico foi realizada na forma de onda e no espectrograma de banda larga. Foram realizadas a extração do VOT e de cada um dos segmentos vocálicos e consonantais a partir do /a/ de diga , além das palavras-chave, da palavra baixinho e da frase completa, começando com a primeira vogal (Ex: D/i/g/a/p/a/p/a/baixinho ). O corpus das crianças de 3 anos foi utilizado para a realização do estudo perceptivo com a participação 120 juizes. Quanto aos resultados obtidos, os juízes identificaram as plosivas /b/, /d/ e /g/ como vozeadas quando apresentavam, pelo menos, 53% de barra de sonoridade. No caso das plosivas /p/, /t/ e /k/, a presença da breathy vowel favoreceu a identificação dessas consoantes como vozeadas e a presença da aspiração não interferiu no julgamento dos juizes para as plosivas não-vozeadas. Quanto aos resultados da produção, pudemos observar para as plosivas não-vozeadas, tônicas e pós-tônicas, variabilidade nos valores das médias e desvios-padrão elevados para todas as faixas etárias. De forma geral, verificamos que o VOT foi um parâmetro satisfatório para a diferenciação do vozeamento na fala infantil, e esta foi encontrada a partir dos 3 anos. O VOT não foi específico para diferenciar entre o ponto articulatório das plosivas bilabiais e alveolares. Os pressupostos teóricos que adotamos, como a Teoria da Fonte e do Filtro (Fant, 1960), a Fonologia Articulatória (FAR - Browman e Goldstein, 1986; 1990; 1992) e a Acústica Articulatória (FAAR - Albano, 2001), a Teoria do Realismo Direto (Fowler, 1986) e a proposta de aquisição do sistema fonológico que Albano (1990) denominou O Toque de Ouvido , nos permitem afirmar que o contraste de vozeamento esteve presente na produção de fala de todas as crianças. Podemos afirmar, também, que principalmente na produção das crianças de 3 anos, ocorreu maior latência entre a coordenação dos gestos glotal e articulatório, que foi observada pela grande variabilidade em suas produções em termos de VOT, sendo que as velares revelaram menor variabilidade. Inferimos com base na análise das características espectrográficas e com apoio nos fundamentos teóricos da fonologia gestual (FAR e FAAR) que as crianças pequenas têm dificuldades em interromper um gesto e iniciar outro, provavelmente em função de dificuldades em relação à sobreposição de gestos e com o aumento da idade essa sobreposição passa a ser melhor realizada
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O português da escravidão :

Meleu, Suélen Martins January 2018 (has links)
L'histoire linguistique du Brésil s'est toujours caractérisée par les contacts et les mélanges linguistiques, par des situations de plurilinguisme et de répression des langues minoritaires. L'existence de ces situations se doit à la présence, sur un même territoire, d'individus d'origines différentes, locuteurs de langues différentes, qui ont composé la société brésilienne au cours de son histoire. Le principal objectif de ce travail est de montrer le caractère essentiel de l'esclavage colonial dans la formation sociale, idéologique et linguistique du Brésil. Partant de la conviction que l'organisation du travail dans la société et la lutte des classes sont déterminantes dans le développement du langage, et que le monde des idées est un reflet des relations sociales et de production, nous tentons de mettre en évidence la manière dont se produisaient les dynamiques linguistico-langagières des travailleurs asservis, afin de comprendre comment ces dynamiques ont contribué à l'histoire sociolinguistique du portugais brésilien. Les terribles conditions de vie que les travailleurs asservis ont connues au Brésil, l'impossibilité pour eux de former des familles stables, leur faible espérance de vie constituent, entre autres, des facteurs qui, selon nous, ont contribué à la non-existence de langues africaines au Brésil. Les sphères sociales et de travail dans lesquelles les captifs vivaient ont également déterminé leur communication verbale et, en fonction de l'espace social dans lequel ils étaient insérés, leur proximité de la langue portugaise pouvait être plus ou moins étroite, permettant que leurs parlers aux nuances africaines influencent la langue de leurs contremaîtres et maîtres, jusqu'à ce que se forme le portugais populaire tel qu'il est parlé aujourd'hui au Brésil. Bien qu'elles n'aient pas survécu, l'influence de ces langues africaines est toujours sentie dans le lexique, la morphosyntaxe et l'accent brésiliens. Cependant, malgré la contribution fondamentale des africains asservis et de leurs descendants à la construction de la nation brésilienne comme un tout, leur histoire continue d'être niée et la race noire d'être objet de discrimination. / A história linguística do Brasil sempre foi marcada por contatos linguísticos, mesclas linguísticas, situações de plurilinguismo e repressão às línguas minoritárias. O que tornou essas situações possíveis foi a existência, em um mesmo espaço, de indivíduos de diferentes origens, falantes de diversas línguas, que compuseram a sociedade brasileira ao longo de toda a sua história. O principal objetivo deste trabalho é mostrar o caráter fundamental da escravidão para a formação social, ideológica e linguística do Brasil. Acreditando que a organização do trabalho na sociedade e a luta de classes são determinantes para o desenvolvimento da linguagem e que o mundo das ideias é reflexo das relações sociais e de produção, buscamos evidenciar de que maneira se davam as dinâmicas linguístico/linguageiras dos trabalhadores escravizados, demonstrando como essas dinâmicas contribuíram para história sociolinguística do português brasileiro. A dura vida que os escravizados no Brasil levavam, a impossibilidade de formarem famílias, sua baixa expectativa de vida, dentre outros fatores, certamente contribuíram para a não-existência de línguas africanas no Brasil. As esferas de trabalho e espaços sociais nos quais os cativos conviviam determinavam sua comunicação verbal, e dependendo do espaço social no qual se inseriam, sua proximidade com a língua portuguesa poderia ser mais ou menos estreita, permitindo que sua fala de nuances africanas influenciasse a línguagem dos senhores, até formar o português popular falado hoje no Brasil. Ainda que essas línguas africanas não tenham sobrevivido, suas contribuições podem ser sentidas no léxico, na morfossintaxe e na pronúncia do português brasileiro. Apesar de o africano escravizado no Brasil e seus descendentes terem contribuído para a construção do país como um todo, sua história ainda é negada e a raça negra discriminada.
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“O linguajar caótico”: a representação dominante das práticas linguageiras dos trabalhadores africanos escravizados

Barili, Camila January 2018 (has links)
O escravismo colonial brasileiro durou mais de três séculos e foi determinante não só por moldar a sociedade na época, como por causar um grande impacto sobre as línguas, sobretudo as faladas pelos trabalhadores africanos escravizados. Por esse e outros motivos, pode se dizer que praticamente não existem registros escritos sobre as línguas e práticas linguageiras dos cativos. Esta dissertação de mestrado, que tem como base teórica a Sociolinguística e a Sociolinguística Histórica, analisa como as classes dominantes perceberam e registraram as práticas linguageiras dos africanos escravizados e libertos em escritos produzidos entre o século XIX e meados do século XX. Para isso, busca-se compreender o processo histórico-social da escravidão de africanos no Brasil, que vai desde a chegada dos primeiros africanos até a Abolição, além da situação sociolinguística dos períodos colonial e imperial brasileiros. A partir das principais características das relações sociais escravistas e da realidade sociolinguística resultante do impacto do escravismo, elaboram-se considerações no que se refere às esferas sociais em que os trabalhadores escravizados circulavam, as suas reais possibilidades de comunicação, ao modo como geriam as situações que envolviam as línguas, às chances de praticar e transmitir suas línguas, etc Por fim, analisa-se a percepção das classes dominantes sobre as línguas africanas e os hábitos de linguagem dos africanos escravizados em escritos de intelectuais, como gramáticas, ensaios e dicionários. Podem-se destacar duas das conclusões. A primeira, é que a escravidão colonial brasileira e os escravizados, que sustentaram todas as atividades nos meios rural e urbano, foram e continuam a ser minimizados de diversas formas. A segunda, é que o princípio da pureza da língua foi criado e seguido pelas classes dominantes para fazer uma separação de classes através da língua, sem considerar que os escravizados tiveram um aprendizado difícil da língua portuguesa, o que resultou no português que se fala hoje no Brasil. / The Brazilian colonial slavery lasted more than three centuries and it determined the society of the time and caused a considerable impact on languages, especially on those spoken by the enslaved African workers. For this and other reasons, it is possible to say that there are not written records about the languages and the practice of languages of the captives. This Masters dissertation, which has Sociolinguistics and Historical Sociolinguistics as theoretical basis, analyses how the ruling classes perceived and recorded the practices of languages of the enslaved and freed African in written productions between the nineteenth and the mid twentieth centuries. To do so, it is essencial to understand the historical and social process of African slavery in Brazil, since the arrival of the first African until the Abolition, also the sociolinguistic situation of the colonial and imperial periods. Through the main characteristics of the slave social relations and the impact of slavery and its resulting sociolinguistic reality, it is elaborated considerations about the social sphere in which the enslaved workers were, their real possibilities of communication, the way they managed the situations involving languages, the chances to practice and to transmit their languages, etc. Lastly, it is analysed the perception of the ruling classes about African languages and language habit in written records, as grammars, essays and dictionaries. It is possible to highlight two of the conclusions. First, the Brazilian colonial slavery and the enslaved, that sustained all the activities in rural and urban environment, were and continue to be minimized in various ways. Second, the principle of purity of the language was criated and followed by the ruling class to separate classes through language, without considering that the slaved had a tough learning of Portuguese language, fact that resulted in the Portuguese spoken nowadays in Brazil.
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O português da escravidão :

Meleu, Suélen Martins January 2018 (has links)
L'histoire linguistique du Brésil s'est toujours caractérisée par les contacts et les mélanges linguistiques, par des situations de plurilinguisme et de répression des langues minoritaires. L'existence de ces situations se doit à la présence, sur un même territoire, d'individus d'origines différentes, locuteurs de langues différentes, qui ont composé la société brésilienne au cours de son histoire. Le principal objectif de ce travail est de montrer le caractère essentiel de l'esclavage colonial dans la formation sociale, idéologique et linguistique du Brésil. Partant de la conviction que l'organisation du travail dans la société et la lutte des classes sont déterminantes dans le développement du langage, et que le monde des idées est un reflet des relations sociales et de production, nous tentons de mettre en évidence la manière dont se produisaient les dynamiques linguistico-langagières des travailleurs asservis, afin de comprendre comment ces dynamiques ont contribué à l'histoire sociolinguistique du portugais brésilien. Les terribles conditions de vie que les travailleurs asservis ont connues au Brésil, l'impossibilité pour eux de former des familles stables, leur faible espérance de vie constituent, entre autres, des facteurs qui, selon nous, ont contribué à la non-existence de langues africaines au Brésil. Les sphères sociales et de travail dans lesquelles les captifs vivaient ont également déterminé leur communication verbale et, en fonction de l'espace social dans lequel ils étaient insérés, leur proximité de la langue portugaise pouvait être plus ou moins étroite, permettant que leurs parlers aux nuances africaines influencent la langue de leurs contremaîtres et maîtres, jusqu'à ce que se forme le portugais populaire tel qu'il est parlé aujourd'hui au Brésil. Bien qu'elles n'aient pas survécu, l'influence de ces langues africaines est toujours sentie dans le lexique, la morphosyntaxe et l'accent brésiliens. Cependant, malgré la contribution fondamentale des africains asservis et de leurs descendants à la construction de la nation brésilienne comme un tout, leur histoire continue d'être niée et la race noire d'être objet de discrimination. / A história linguística do Brasil sempre foi marcada por contatos linguísticos, mesclas linguísticas, situações de plurilinguismo e repressão às línguas minoritárias. O que tornou essas situações possíveis foi a existência, em um mesmo espaço, de indivíduos de diferentes origens, falantes de diversas línguas, que compuseram a sociedade brasileira ao longo de toda a sua história. O principal objetivo deste trabalho é mostrar o caráter fundamental da escravidão para a formação social, ideológica e linguística do Brasil. Acreditando que a organização do trabalho na sociedade e a luta de classes são determinantes para o desenvolvimento da linguagem e que o mundo das ideias é reflexo das relações sociais e de produção, buscamos evidenciar de que maneira se davam as dinâmicas linguístico/linguageiras dos trabalhadores escravizados, demonstrando como essas dinâmicas contribuíram para história sociolinguística do português brasileiro. A dura vida que os escravizados no Brasil levavam, a impossibilidade de formarem famílias, sua baixa expectativa de vida, dentre outros fatores, certamente contribuíram para a não-existência de línguas africanas no Brasil. As esferas de trabalho e espaços sociais nos quais os cativos conviviam determinavam sua comunicação verbal, e dependendo do espaço social no qual se inseriam, sua proximidade com a língua portuguesa poderia ser mais ou menos estreita, permitindo que sua fala de nuances africanas influenciasse a línguagem dos senhores, até formar o português popular falado hoje no Brasil. Ainda que essas línguas africanas não tenham sobrevivido, suas contribuições podem ser sentidas no léxico, na morfossintaxe e na pronúncia do português brasileiro. Apesar de o africano escravizado no Brasil e seus descendentes terem contribuído para a construção do país como um todo, sua história ainda é negada e a raça negra discriminada.
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“O linguajar caótico”: a representação dominante das práticas linguageiras dos trabalhadores africanos escravizados

Barili, Camila January 2018 (has links)
O escravismo colonial brasileiro durou mais de três séculos e foi determinante não só por moldar a sociedade na época, como por causar um grande impacto sobre as línguas, sobretudo as faladas pelos trabalhadores africanos escravizados. Por esse e outros motivos, pode se dizer que praticamente não existem registros escritos sobre as línguas e práticas linguageiras dos cativos. Esta dissertação de mestrado, que tem como base teórica a Sociolinguística e a Sociolinguística Histórica, analisa como as classes dominantes perceberam e registraram as práticas linguageiras dos africanos escravizados e libertos em escritos produzidos entre o século XIX e meados do século XX. Para isso, busca-se compreender o processo histórico-social da escravidão de africanos no Brasil, que vai desde a chegada dos primeiros africanos até a Abolição, além da situação sociolinguística dos períodos colonial e imperial brasileiros. A partir das principais características das relações sociais escravistas e da realidade sociolinguística resultante do impacto do escravismo, elaboram-se considerações no que se refere às esferas sociais em que os trabalhadores escravizados circulavam, as suas reais possibilidades de comunicação, ao modo como geriam as situações que envolviam as línguas, às chances de praticar e transmitir suas línguas, etc Por fim, analisa-se a percepção das classes dominantes sobre as línguas africanas e os hábitos de linguagem dos africanos escravizados em escritos de intelectuais, como gramáticas, ensaios e dicionários. Podem-se destacar duas das conclusões. A primeira, é que a escravidão colonial brasileira e os escravizados, que sustentaram todas as atividades nos meios rural e urbano, foram e continuam a ser minimizados de diversas formas. A segunda, é que o princípio da pureza da língua foi criado e seguido pelas classes dominantes para fazer uma separação de classes através da língua, sem considerar que os escravizados tiveram um aprendizado difícil da língua portuguesa, o que resultou no português que se fala hoje no Brasil. / The Brazilian colonial slavery lasted more than three centuries and it determined the society of the time and caused a considerable impact on languages, especially on those spoken by the enslaved African workers. For this and other reasons, it is possible to say that there are not written records about the languages and the practice of languages of the captives. This Masters dissertation, which has Sociolinguistics and Historical Sociolinguistics as theoretical basis, analyses how the ruling classes perceived and recorded the practices of languages of the enslaved and freed African in written productions between the nineteenth and the mid twentieth centuries. To do so, it is essencial to understand the historical and social process of African slavery in Brazil, since the arrival of the first African until the Abolition, also the sociolinguistic situation of the colonial and imperial periods. Through the main characteristics of the slave social relations and the impact of slavery and its resulting sociolinguistic reality, it is elaborated considerations about the social sphere in which the enslaved workers were, their real possibilities of communication, the way they managed the situations involving languages, the chances to practice and to transmit their languages, etc. Lastly, it is analysed the perception of the ruling classes about African languages and language habit in written records, as grammars, essays and dictionaries. It is possible to highlight two of the conclusions. First, the Brazilian colonial slavery and the enslaved, that sustained all the activities in rural and urban environment, were and continue to be minimized in various ways. Second, the principle of purity of the language was criated and followed by the ruling class to separate classes through language, without considering that the slaved had a tough learning of Portuguese language, fact that resulted in the Portuguese spoken nowadays in Brazil.
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O português da escravidão :

Meleu, Suélen Martins January 2018 (has links)
L'histoire linguistique du Brésil s'est toujours caractérisée par les contacts et les mélanges linguistiques, par des situations de plurilinguisme et de répression des langues minoritaires. L'existence de ces situations se doit à la présence, sur un même territoire, d'individus d'origines différentes, locuteurs de langues différentes, qui ont composé la société brésilienne au cours de son histoire. Le principal objectif de ce travail est de montrer le caractère essentiel de l'esclavage colonial dans la formation sociale, idéologique et linguistique du Brésil. Partant de la conviction que l'organisation du travail dans la société et la lutte des classes sont déterminantes dans le développement du langage, et que le monde des idées est un reflet des relations sociales et de production, nous tentons de mettre en évidence la manière dont se produisaient les dynamiques linguistico-langagières des travailleurs asservis, afin de comprendre comment ces dynamiques ont contribué à l'histoire sociolinguistique du portugais brésilien. Les terribles conditions de vie que les travailleurs asservis ont connues au Brésil, l'impossibilité pour eux de former des familles stables, leur faible espérance de vie constituent, entre autres, des facteurs qui, selon nous, ont contribué à la non-existence de langues africaines au Brésil. Les sphères sociales et de travail dans lesquelles les captifs vivaient ont également déterminé leur communication verbale et, en fonction de l'espace social dans lequel ils étaient insérés, leur proximité de la langue portugaise pouvait être plus ou moins étroite, permettant que leurs parlers aux nuances africaines influencent la langue de leurs contremaîtres et maîtres, jusqu'à ce que se forme le portugais populaire tel qu'il est parlé aujourd'hui au Brésil. Bien qu'elles n'aient pas survécu, l'influence de ces langues africaines est toujours sentie dans le lexique, la morphosyntaxe et l'accent brésiliens. Cependant, malgré la contribution fondamentale des africains asservis et de leurs descendants à la construction de la nation brésilienne comme un tout, leur histoire continue d'être niée et la race noire d'être objet de discrimination. / A história linguística do Brasil sempre foi marcada por contatos linguísticos, mesclas linguísticas, situações de plurilinguismo e repressão às línguas minoritárias. O que tornou essas situações possíveis foi a existência, em um mesmo espaço, de indivíduos de diferentes origens, falantes de diversas línguas, que compuseram a sociedade brasileira ao longo de toda a sua história. O principal objetivo deste trabalho é mostrar o caráter fundamental da escravidão para a formação social, ideológica e linguística do Brasil. Acreditando que a organização do trabalho na sociedade e a luta de classes são determinantes para o desenvolvimento da linguagem e que o mundo das ideias é reflexo das relações sociais e de produção, buscamos evidenciar de que maneira se davam as dinâmicas linguístico/linguageiras dos trabalhadores escravizados, demonstrando como essas dinâmicas contribuíram para história sociolinguística do português brasileiro. A dura vida que os escravizados no Brasil levavam, a impossibilidade de formarem famílias, sua baixa expectativa de vida, dentre outros fatores, certamente contribuíram para a não-existência de línguas africanas no Brasil. As esferas de trabalho e espaços sociais nos quais os cativos conviviam determinavam sua comunicação verbal, e dependendo do espaço social no qual se inseriam, sua proximidade com a língua portuguesa poderia ser mais ou menos estreita, permitindo que sua fala de nuances africanas influenciasse a línguagem dos senhores, até formar o português popular falado hoje no Brasil. Ainda que essas línguas africanas não tenham sobrevivido, suas contribuições podem ser sentidas no léxico, na morfossintaxe e na pronúncia do português brasileiro. Apesar de o africano escravizado no Brasil e seus descendentes terem contribuído para a construção do país como um todo, sua história ainda é negada e a raça negra discriminada.

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