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Asilo de alienados de Teresina : história da assistência e da institucionalização dos loucos[as] no Piauí (18801 a 1920)SANTANA, Márcia Castelo Branco 27 June 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-06-27 / FAPEPI (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Piauí) / O Asilo de Alienados de Teresina, construído em 1907, constituiu a primeira instituição hospitalar voltada especificamente para o cuidado e tratamento dos ditos loucos no Piauí. Construído com recursos provenientes do governo e da arrecadação de um grupo de médicos atuantes em Teresina, o Asilo foi inaugurado com o objetivo de recolher e tratar os considerados loucos e loucas que se encontravam presos nas celas da Cadeia Pública, soltos nas ruas, quando não eram agressivos, e os que eram tratados em casa ou em alguns momentos nas enfermarias da Santa Casa. Com base nesse contexto, observou-se um apelo cada vez mais pertinente na luta pela construção do Asilo. Considerando o exposto, o presente trabalho tem como objetivo compreender como tais questões foram construídas em Teresina na segunda metade do século XIX, e possibilitaram a construção do Asilo de Alienados no limiar do século XX, quando a ideia de urbanização e higiene pública era cada vez mais forte. Nesta perspectiva, o trabalho traz uma discussão acerca da emergência da construção do Asilo de Alienados em Teresina a partir do processo de urbanização da cidade e de higienização dos espaços onde os ditos loucos viviam antes da fundação do nosocômio. Para tanto, foram realizadas leituras em estudos sobre a fundação de Asilos como espaços de tratamento da loucura, abordados em Wadi (2002), Oliveira (2011), Engel (2001), entre outros, bem como estudos relacionados à constituição do louco, enquanto doente, e da organização asilar para seu tratamento, discutidos por Foucault (1979) e Castel (1978). Foram utilizados como fonte de pesquisa relatórios, depoimentos, e mensagens dos presidentes da Província e dos governadores da Primeira República, diversos jornais de publicação e circulação em Teresina, biografias e autobiografias, teses médicas e um corpus documental de ofícios, relatórios e atas produzidos no interior da Santa Casa de Misericórdia de Teresina. A partir da análise dos dados, verificou-se que a luta pela construção do Asilo ocorreu inserida em um contexto histórico muito presente em várias cidades brasileira, não só no que se refere à reorganização do espaço, mas também à necessidade de se ter uma assistência aos ditos loucos da cidade que, até então, não contavam com esse cuidar de forma mais específica. / Teresina Mental Disorder House, built in 1907, was the first hospital institution specifically dedicated to care and treat people considered mentally disordered in Piauí. Constructed with governmental resources and the collection of a group of doctors who work in Teresina, the shelter was opened whit the purpose of collecting and treating the insane men and insane women who were imprisoned in the cells of the public jail, unimpeded in the streets, when they were not aggressive, and those who were treated at home or at sometimes in the Santa Casa nursery. From this context, there was an increasingly pertinent appeal for the struggle in the construction of the house. Considering what has been stated, the present work aims to understand how such questions were constructed in Teresina in the second half of the nineteenth century and made possible the construction of the Mental Disorder House on the threshold of the twentieth century, when the idea of urbanization and public hygiene was increasingly strong. In this perspective, the work brings a discussion about the emergence of the construction of the Mental Disorder House in Teresina from the process of urbanization of the city and hygienization of spaces where people considered mentally disordered lived before the foundation of the hospital. For this, readings were made based in studies about the foundation of shelters as spaces of treatment of madness, approached in Wadi (2002), Oliveira (2011), Engel (2001), among others, as well as studies related to the constitution of the insane, while diseased, as well as the shelter organization for its treatment, discussed by Foucault (1979) and Castel (1978). Reports, speeches and messages of the presidents of the province and of the governors of the First Republic were used, as well as several newspapers of publication and circulation in Teresina, biographies and autobiographies, medical theses and a documentary corpus of crafts, reports and minutes produced within Teresina Santa Casa de Misericórdia. From the analysis of the data, it was verified that the struggle for the construction of the shelter occurred inserted in a very present historical context in several Brazilian cities, not only with regard to the reorganization of the space, but also to the need to have assistance to people considered mentally disordered of the city who, until then, did not rely on this care in a more specific way.
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Territórios da loucuraMartins, Kamilla de Falco Batista 10 May 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-05-10 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Madness raises both fear and fascination, like a mirror inside out that reveals man in his most unusual form. This research has as its field of analysis, territories in which it is possible to meet and associate with madness and has as its purpose the analysis of changes occurred there, during the last years. It is divided into three parts which correspond to three territories: the street, the psychiatrist hospital and the psychosocial centre of attention, all situated in the city of Uberaba, in the interior of the state of Minas Gerais. Based on the social context, on literature and the institutional analysis, an experimental text or cartography was begun. The analysis had as their starting point the observations, dialogues, interviews and clinical experiences which offered a better understanding of the main transformations occurred in each territory; these changes go through various spheres, whether they be political, economic, cultural, social and ethic. Some of them generated barriers that interfere until today in the social representation, in the forms of treatment, in the functioning and organization of these territories, in the manners of living together and in the practices of those that decide to treat madness. The dissertation ends with and ethical query concerning the role of the professional that works today in mental health, revealing the permanent challenges in the construction of a territory and a clinical practice as horizontal as possible / A loucura desperta ao mesmo tempo medo e fascínio, um espelho pelo avesso que revela o homem na sua forma mais insólita. Esta pesquisa tem como campo de análise territórios onde se pode encontrar e conviver com a mesma, tendo como objetivo analisar as mudanças ali ocorridas durante os últimos anos. Está dividida em três partes que correspondem a três territórios: a rua, o hospital psiquiátrico e o centro de atenção psicossocial, todos situados na cidade de Uberaba, interior de Minas Gerais. Valendo-se do contexto histórico, da literatura e da análise institucional, tratou-se da construção de uma escrita experimental ou cartográfica. As análises partiram de observações, diálogos, entrevistas e experiências clínicas que favoreceram uma melhor compreensão das principais transformações ocorridas em cada território; essas mudanças atravessam diversas esferas, seja política, econômica, cultural, social e ética. Algumas geraram entraves que interferem até hoje diretamente na representação social, nas formas de tratamento, no funcionamento e organização desses territórios, nos modos de convivência e nas práticas daqueles que decidem tratar a loucura. A dissertação termina com um questionamento ético referente ao papel do profissional que atua hoje na saúde mental, revelando os desafios permanentes na construção de um território e uma prática clínica a mais horizontal possível.
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Escravos, selvagens e loucos: estudos sobre figuras da animalidade no pensamento de Nietzsche e FoucaultOLIVEIRA, Flavio Valentim de 27 February 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-02-27 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este estudo é uma contribuição para a linha de pesquisa em epistemologia, especialmente a episteme educacional que dialoga com as teorias filosóficas. Seu objetivo geral é compreender o problema da educação (enquanto projeto civilizatório) como busca constante de assepsia, transcendência, evolução e superação da animalidade nos indivíduos. Seu objetivo específico é investigar três figuras da animalidade nas filosofias de Nietzsche e Foucault, a saber: o escravo, o selvagem e o louco. Para este propósito seguimos o método histórico-filosófico que procura reconstituir as fontes de leituras de ambos os filósofos e suas ressonâncias no debate atual. Em primeiro lugar, interpretamos o texto póstumo do jovem Nietzsche intitulado O Estado grego e algumas passagens Do governo dos vivos e O saber de Édipo de Foucault para expor o problema de como a democracia liberal dissimulou a vida escrava e de como a aleturgia grega desemboca na memória de escravos: ritual de verdade que indica a violenta relação entre saber, poder e animalidade trágica. Em segundo lugar, analisamos a figura do selvagem através da aproximação de algumas passagens de Humano, Demasiado Humano I com algumas constatações etnológicas de John Lubbock em sua obra clássica Origens da Civilização e a condição primitiva do homem e, posteriormente, a figura do filósofo cínico como selvagem, exposto em A coragem da verdade para, respectivamente, abordar a moralização da alma selvagem pelo ascetismo moderno e a relação entre ascese cínica e animalidade. Ainda nesta segunda parte da pesquisa, analisamos o fenômeno do cornarismo e dos aphrodisia: categorias que são abordadas em Crepúsculo dos Ídolos e História da sexualidade II: o uso dos prazeres e que tratam da relação problemática entre apetite e prazer, entre vício e animalidade. Finalmente, a terceira parte analisa a figura do louco e seu estatuto da animalidade, ora como figura de domesticação política nos delírios coletivos, chamado por Nietzsche em Além do bem e do mal como animal de rebanho, ora como experimento da liberdade patologizada na imagem do animal dócil e produtivo exposto em História da loucura. Nas três etapas investigativas desse estudo chegamos ao núcleo fundamental da tese que é explicitar a categoria da animalidade como fenômeno intimamente vinculado aos problemas entre vida escrava e vida democrática, entre natureza moral e prazeres vergonhosos, entre delírios de poder e bestialização do louco, ora como animal desviante, ora como experimento de animalidade na biopolítica. / This study is a contribution to the line of research in epistemology, especially the educational episteme that dialogues with philosophical theories. Its general objective is to understand the problem of education (as a civilization project) Its specific purpose is to investigate three figures of animality in the philosophies of Nietzsche‟s and Foucault‟s, namely, the slave, the savage and the madman. For this purpose we follow the historical-philosophical method that seeks to reconstitute the sources For this purpose we follow the historical-philosophical method that seeks to reconstitute the sources of readings of both philosophers and their resonances in the current debate. In the first place, we interpret the posthumous text of the young Nietzsche titled The Greek State and some passages From the Government of the Living and The knowledge of Oedipus of of how liberal democracy concealed the slave life and how the of how the Greek aleturgie ends in the memory of slaves: ritual of truth which indicates the violent relationship between knowledge, power and tragic animality.Secondly, we analyze the figure of the savage by approaching some passages of Human, Too Human I with some ethnological findings of John Lubbock in his classic work Origins of the Civilization and the primitive condition of the man and later the figure of the cynical philosopher as savage, set forth in The Courage of Truth for, respectively, to approach the moralization of the wild soul by modern asceticism and the relation between cynical asceticism and animality. Still in this second part of the research, we analyze the phenomenon of cornarism and aphrodisia: categories that are covered in Twilight of the Idols and History of Sexuality II: the use of pleasures and that deal with the problematic relationship between appetite and pleasure, between vice and animality. Finally, the third part analyzes the figure of the madman and his status of animality, now as a figure of political domestication in collective deliriums, called by Nietzsche in addition to good and evil as a herd animal, now as an experiment of freedom pathologized in the image of the docile and productive animal exposed in History of madness. In the three investigative steps of this study we arrive at the fundamental nucleus of the thesis that is to make explicit the category of animality as a phenomenon closely linked to the problems between slave life and democratic life, between moral nature and shameful pleasures, between delusions of power and bestiality of the madman, sometimes as a deviant animal, sometimes as an experiment of animality in biopolitics.
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Os loucos de rua e as redes de saúde mental: os desafios do cuidado no território e a armadilha da institucionalização / The mental health network for homeless people with mental health problemLisboa, Milena Silva 02 August 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-08-02 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This research proposes the investigation of the relationships between homeless (in particular, when they experience mental distress) and health services, focus on the ways they establish support networks, including social, family and institutional resources. The central question of this research addresses how health care networks are setup (especially mental health netwoks), triggered by homeless cared by a team from the Family Health Program for Homeless (PSF-SD), and what are the effects of this care (support the suffering in the territory and production of mental health or institutionalization and social cleaning). During one year, we conducted an ethnography to understand the care relationships established between a team of PSF-SD and homeless, especially following ten cases of psychosocial suffering considered as mental illness. We reflect on the power of the device's PSF-SD, which relies primarily on the ties generated between staff and patients and the care performed in the daily life at the city streets, but that, by themselves, do not account for the needs regarding the mental health of homeless. Our findings revealed the disconnection of the mental health network and the fragile sustenance of the mental suffering in the territory, which keeps the homeless with severe mental distress as depository of the ancient treatment of madness based on social exclusion and disciplining. Their virtual dangerousness and their abnormality performed in the public domain constitute the basis for the lack of assistance of substitute services, which end up creating a circuit of chronicity, produced by constant denials of care network. This circuit works as a vector, centripetal, pointing to the segregation of this institutional residue (the dangerous and abnormal mad homeless ) in a psychiatric hospital. We conclude that the PSF-SD is a device that could break the trap of institutionalization of homeless with severe mental distress, in that, acting as extitution, could articulate the network and sustain mental health care relationships and accountability within and in the interstitial space established "between" institutions / Essa pesquisa tem como proposta a investigação dos relacionamentos entre pessoas em situação de rua (e em especial, quando experimentam sofrimento mental) e os serviços de saúde, atentando para os modos como são estabelecidas redes de sustentação, incluindo recursos sociais, familiares e institucionais. A pergunta central da investigação se dirige à como se configuram as redes de cuidado (especialmente em saúde mental) acionadas por pessoas em situação de rua acompanhadas por uma equipe do Programa de Saúde da Família Sem Domicílio e quais são os efeitos deste cuidado (sustentação do sofrimento no território, produção de saúde mental ou institucionalização e higienização social). Foi realizada uma etnografia durante um ano das relações de cuidado estabelecidas entre uma equipe do PSF-SD e pessoas em situação de rua, especialmente acompanhando dez casos de sofrimento psicossocial considerado como doença mental. Refletimos sobre a potência do dispositivo do PSF-SD, que se sustenta fundamentalmente nos vínculos produzidos entre a equipe e seus pacientes, no acolhimento e no cuidado exercido no cotidiano das ruas da cidade, mas que, por si mesmos, não dão conta das necessidades referentes à saúde mental das pessoas em situação de rua. Apontamos, então, a desarticulação da rede de assistência em geral, e em especial, da saúde mental e a pouca sustentação do sofrimento psíquico intenso no território, o que mantém o louco de rua como depositário do antigo tratamento social fundamentado na exclusão e disciplinamento da loucura. Sua virtual periculosidade e sua anormalidade encenada em domínio público constituem a base para a desassistência dos serviços substitutivos, que acabam criando um circuito de cronificação, produzido pelas constantes recusas de atendimento da rede. Este circuito funciona como vetor, centrípeto, que aponta para a segregação deste resíduo institucional (o louco de rua, perigoso e anormal) em hospital psiquiátrico. Concluímos que o PSF-SD é um dispositivo que poderia romper com a armadilha de institucionalização do louco de rua, na medida em que, atuando como extituição, poderia articular a rede em saúde mental e sustentar relações de cuidado e responsabilização no território e no espaço intersticial que se estabelece entre instituições
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