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O papel da mãe na construção do fenômeno transacional na criança : primórdios da construção do sujeito

Aguiar, Marjorie Loh January 2003 (has links)
O presente estudo tem por objetivo investigar o papel da mãe na consttução dos fenômenos/espaço transicional. Estes fenômenos foram considerados, a partir da concepção de Winnicon (1971/1975), e o papel da mãe foi investigado a partir do conceito de mãe suficientemente boa de Winnicott e também através das teorizações de Dolto acerca das trocaS simbólicas que se estabelecem na relação entre mãe e bebê. Foi realizado um estudo de caso coletivo com cinco casais e seus respectivos bebês. Os casais residiam junto e as mães eram primíparas. Os participantes pertenciam a um projeto longitudinal maior (GIDEP, 1999). As mães foram entrevistadas nos seguintes períodos: terceiro mês, oitavo mês, décimo segundo mês e vigésimo quarto mês de vida do bebê. Os bebês/crianças foram filmados em laboratório nos períodos do décimo segundo mês e do vigésimo quarto mês. As entrevistas foram analisadas através da Analise de Conteúdo (Laville e Dione, 1999), com o objetivo de identificar os fenômenos e objetos transicionais aos quais os bebês/crianças recorriam e com o intuito de examinar as falas da mãe que faziam referência aos momentos de separação do filho, assim como de que modo elas estabeleciam as trocas simbólicas com ele. Em relação à análise das filmagens, foram selecionadas algumas cenas as quais foram consideradas significativas para exemplificar o uso de fenômeno transicional e a interação mãe e bebê. O brincar das crianças também foi investigado nas filmagens. Os resultados revelaram que todas as crianças utilizaram algum fenômeno ou objeto transicional em algum dos períodos mencionados. Elas recorriam a eles no momento de dormir ou quando se encontravam sós. Quanto ao papel da mãe, percebeu-se que os objetos aos quais os bebês desenvolviam alguma ligação foram oferecidos por ela. Ressalta-se as trocas simbólicas que a mãe estabelece com o bebê, percebendo que estas constituem material para o brincar que depois a criança apresenta nas filmagens. Observou-se, em torno de doze meses, o aparecimento do fort-da, bem como o iDÍcio da brincadeira de faz-de-conta. Wmnicott já apontava para a permanência desta área de transição, fundada pelos fenômenos e objetos transicionais, referindo que é preenchida pelo brincar e pela experiência cultural. / This study aims at investigating lhe role of the mother for the construction of transitional phenomena/space. These phenomena were analysed from Winnicott's viewpoint and the mother's role was investigated using Wmnicott's definition of good enOUgb mother and a1so using Oolto's theory of symbolic exchanges between mother and child. A collective case-study encompassing tive married couples and lheir babies was performed. These couples Iived together and the mothers had only one child. These participants belonged to a larger longitudinal project (GIDEP, 1999). The mothers were interviewed at the third, eigbth. twelfth and twenty-fourth months after their babies were bom. The children were filmed, in laboratory, during the twelfth and twenty-fourth months. Interviews were analysed using lhe Content Analysis (Laville & Dione, 1999) to identify phenomena and transitional objects pursued for the children and to examine.their mother's speech refening to moments of absence from their children, as well as the way they established symbolic exchanges with lheir children. Some scenes were selected from the video tapes being considered representative examples of the use of transitional phenomena in 'the mother-children interaction. The children activity while playing was also analysed from the films. The results revealed that ali children used some kind of transitional phenomenon or object during the investigated moments. Children sougbt them at the moment prior to sleeping. With respect to the role of their mothers, we established that ali these objects were given by them to their children. These results emphasise the symbolic exchanges between mother and child. Around twelve months the appearance of fort-da was observed, as well as the beginning of simbolic playing. The presence of this transition area has been already pointed out by Winnicott, as based on transitional phenomena and objects, who proposed that it is fulfilled by the children's playing and by cultural experiences.
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O papel da mãe na construção do fenômeno transacional na criança : primórdios da construção do sujeito

Aguiar, Marjorie Loh January 2003 (has links)
O presente estudo tem por objetivo investigar o papel da mãe na consttução dos fenômenos/espaço transicional. Estes fenômenos foram considerados, a partir da concepção de Winnicon (1971/1975), e o papel da mãe foi investigado a partir do conceito de mãe suficientemente boa de Winnicott e também através das teorizações de Dolto acerca das trocaS simbólicas que se estabelecem na relação entre mãe e bebê. Foi realizado um estudo de caso coletivo com cinco casais e seus respectivos bebês. Os casais residiam junto e as mães eram primíparas. Os participantes pertenciam a um projeto longitudinal maior (GIDEP, 1999). As mães foram entrevistadas nos seguintes períodos: terceiro mês, oitavo mês, décimo segundo mês e vigésimo quarto mês de vida do bebê. Os bebês/crianças foram filmados em laboratório nos períodos do décimo segundo mês e do vigésimo quarto mês. As entrevistas foram analisadas através da Analise de Conteúdo (Laville e Dione, 1999), com o objetivo de identificar os fenômenos e objetos transicionais aos quais os bebês/crianças recorriam e com o intuito de examinar as falas da mãe que faziam referência aos momentos de separação do filho, assim como de que modo elas estabeleciam as trocas simbólicas com ele. Em relação à análise das filmagens, foram selecionadas algumas cenas as quais foram consideradas significativas para exemplificar o uso de fenômeno transicional e a interação mãe e bebê. O brincar das crianças também foi investigado nas filmagens. Os resultados revelaram que todas as crianças utilizaram algum fenômeno ou objeto transicional em algum dos períodos mencionados. Elas recorriam a eles no momento de dormir ou quando se encontravam sós. Quanto ao papel da mãe, percebeu-se que os objetos aos quais os bebês desenvolviam alguma ligação foram oferecidos por ela. Ressalta-se as trocas simbólicas que a mãe estabelece com o bebê, percebendo que estas constituem material para o brincar que depois a criança apresenta nas filmagens. Observou-se, em torno de doze meses, o aparecimento do fort-da, bem como o iDÍcio da brincadeira de faz-de-conta. Wmnicott já apontava para a permanência desta área de transição, fundada pelos fenômenos e objetos transicionais, referindo que é preenchida pelo brincar e pela experiência cultural. / This study aims at investigating lhe role of the mother for the construction of transitional phenomena/space. These phenomena were analysed from Winnicott's viewpoint and the mother's role was investigated using Wmnicott's definition of good enOUgb mother and a1so using Oolto's theory of symbolic exchanges between mother and child. A collective case-study encompassing tive married couples and lheir babies was performed. These couples Iived together and the mothers had only one child. These participants belonged to a larger longitudinal project (GIDEP, 1999). The mothers were interviewed at the third, eigbth. twelfth and twenty-fourth months after their babies were bom. The children were filmed, in laboratory, during the twelfth and twenty-fourth months. Interviews were analysed using lhe Content Analysis (Laville & Dione, 1999) to identify phenomena and transitional objects pursued for the children and to examine.their mother's speech refening to moments of absence from their children, as well as the way they established symbolic exchanges with lheir children. Some scenes were selected from the video tapes being considered representative examples of the use of transitional phenomena in 'the mother-children interaction. The children activity while playing was also analysed from the films. The results revealed that ali children used some kind of transitional phenomenon or object during the investigated moments. Children sougbt them at the moment prior to sleeping. With respect to the role of their mothers, we established that ali these objects were given by them to their children. These results emphasise the symbolic exchanges between mother and child. Around twelve months the appearance of fort-da was observed, as well as the beginning of simbolic playing. The presence of this transition area has been already pointed out by Winnicott, as based on transitional phenomena and objects, who proposed that it is fulfilled by the children's playing and by cultural experiences.
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Níveis de ansiedade de mães de crianças e adolescentes com constipação crônica funcional

Santana, Bruno dos Santos 28 June 2013 (has links)
Submitted by Leonardo Freitas (leonardo.hfreitas@ufpe.br) on 2015-04-17T13:14:25Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) DISSERTAÇÃO BRUNO SANTANA.pdf: 1523291 bytes, checksum: e6c70f08d456b97c1eb710d52ba70954 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-04-17T13:14:25Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) DISSERTAÇÃO BRUNO SANTANA.pdf: 1523291 bytes, checksum: e6c70f08d456b97c1eb710d52ba70954 (MD5) Previous issue date: 2013-06-28 / A constipação crônica funcional é uma condição bastante prevalente na infância. As alterações gastrintestinais funcionais podem se associar com transtornos ansiosos e, considerando-se que as crianças têm uma relação muito próxima a suas mães, procurou-se verificar se mães de crianças com constipação crônica funcional apresentavam maiores níveis de ansiedade do que as mães de crianças sem essa condição. Os participantes foram recrutados entre os pacientes dos ambulatórios de Gastroenterologia Pediátrica e Puericultura do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Foram considerados casos crianças de 8 a 12 anos de idade que preenchessem os critérios de Roma III para constipação crônica funcional. O grupo comparativo tinha a mesma faixa etária, mas não cumpria este requisito. Foram excluídos portadores de doenças crônicas ou de outros distúrbios gastrointestinais. Às mães, aplicou-se o formulário Roma III de relato dos pais de sintomas gastrintestinais, o módulo de constipação do formulário Roma III para adultos e o Inventário de Ansiedade de Beck. Com as crianças, foi utilizado o Screen for Child Anxiety Related Emotional Disorders para identificar ansiedade. O grupo caso foi formado por 57 pacientes e o comparativo por 82, com suas respectivas mães. Observou-se maior percentual de transtorno de ansiedade de separação (p=0,006) e tendência para fobia escolar (p= 0,06) entre pacientes com em relação àqueles sem constipação. Pacientes com constipação crônica funcional apresentaram maior percentual de mães com constipação do que aqueles sem constipação (p=0,04). Mães portadoras constipação apresentaram maiores níveis de ansiedade (p=0,013). Houve tendência a pacientes com transtorno de ansiedade de separação apresentarem mães mais ansiosas (p=0,08). Conclui-se que crianças e adolescentes com constipação crônica funcional têm mais transtorno de ansiedade de separação e mães com constipação e ansiosas
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Família para quem precisa... : Estado, instituições, políticas públicas e classes populares na construção de uma moral familiar

José Rodrigues Junior de Andrade, Gilson 31 January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T15:07:24Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo758_1.pdf: 11490415 bytes, checksum: 6c31a1ff5a99f4bffd28fd31347f44f2 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2010 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este trabalho, a partir de um estudo sobre crianças e adolescentes numa instituição de abrigo, realiza uma análise relacional sobre os diferentes discursos acerca da família na cidade de Penedo-AL, observando a relação entre os discursos institucional e das famílias de classes populares. Estas últimas são alvos de diversos discursos estigmatizantes, apontadas como não se encaixando em determinado padrão de comportamento moral adequado ao bom desenvolvimento das crianças e adolescentes serão As mulheres aparecem discursivamente reduzidas à figura materna, apontadas como principais responsáveis pelo equilíbrio do lar e cuidado com os filhos. Observando o cotidiano e a conversa dessas mulheres, constata-se que constroem com a apresentação positiva de determinadas características pessoais e familiares uma moral familiar na busca de contrariar os estigmas infligidos. Elas realçam características pessoais e familiares que julgam ser positivas. Este cenário revela uma confusão de línguas (FONSECA, 2000), na qual a normatização moral imposta pelo Estado e suas políticas públicas, em nome da justiça social, reforçam determinadas estratégias de deslegitimação moral, sem levar em conta as especificidades socioeconômicas e culturais em que se constroem a moral dos pobres. Dessa forma, o discurso institucional centra a responsabilidade por determinados problemas sociais nestas pessoas e em suas famílias, desviando o olhar das críticas ao Estado
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Separações mãe-bebê: diversos sentidos na construção de uma relação.

Marisa Vasconcelos Ferreira 08 December 2000 (has links)
Os estudos sobre as separações mãe-bebê são fortemente influenciados pela Teoria do Apego de John Bowlby e Mary Ainsworth, que considera as separações entre figura de apego e bebê como fatores de risco para o desenvolvimento e enfatiza que, por natureza, o cuidado do bebê deve ser realizado por uma só pessoa, preferencialmente a mãe. Dessa teoria decorrem críticas aos cuidados de bebês e crianças pequenas em creche, que influenciam o imaginário social sobre as possíveis desvantagens do cuidado coletivo de bebês. Contrapõe-se à Teoria do Apego, uma perspectiva sócio-histórica de desenvolvimento que concebe a pessoa constituindo-se em relações sociais mais amplas, inseridas em contextos sócio-culturais, onde diversos parceiros significativos são possíveis ao bebê. Nessa perspectiva, a separação entre o bebê e seus parceiros significativos não constitui necessariamente fator de risco para o seu desenvolvimento. O objetivo deste trabalho é identificar, a partir de elementos do discurso de uma mãe, possíveis sentidos relacionados a eventos de separação, que permeiam sua relação com o bebê. Busca-se compreender como estes vão constituindo o papel dessa mãe que, contrariamente à visão naturalizada da Teoria do Apego, vai se construindo na especificidade do seu contexto sócio-cultural. O corpus desta pesquisa é composto por quatro entrevistas com uma mãe, realizadas entre o 8° mês de gravidez e o 8° mês de vida do bebê. Dividimos o período da pesquisa em quatro momentos: o pré-natal, os momentos iniciais da família após o nascimento do bebê, os primeiros meses da família com o bebê e a entrada da família na creche. Na análise, utilizamos a proposta teórico-metodológica da Rede de Significações elaborada pelo CINDEDI, buscando compreender transformações na rede de significações dessa mãe no decorrer dos momentos investigados. Nestes, o tema da separação aparece na fala da mãe com diferentes sentidos: por vezes, é visto como uma ameaça à relação mãe-bebê, fazendo emergir angústia na mãe e em outros membros da família; em outras, como possibilidade de diferenciação da mãe e do bebê. Estes sentidos vão sendo reconstruídos dependendo do contexto em que mãe e bebê estão inseridos e da situação interativa e emergem no decorrer do processo de desenvolvimento da pessoa que vai tendo sua rede de significações reconfigurada. Este processo de reconstrução indica não apenas uma possibilidade, como propõe a Teoria do Apego, mas uma variedade de sentidos possíveis para os eventos de separação mãe-bebê.
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A Fala da Mãe no Processo de Diferenciação dos Sujeitos

Scorsi, Letícia 31 January 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T22:58:37Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo883_1.pdf: 2011826 bytes, checksum: f58aa5acfa0fbd5fc46ca9e35c5b2e48 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2009 / Faculdade dos Guararapes / O objetivo deste trabalho foi investigar o papel da fala da mãe no processo de diferenciação dos sujeitos. Investigamos este processo a partir da comunicação mãe-bebê ao longo dos meses iniciais de vida do bebê. A perspectiva dos Sistemas Dinâmicos (Fogel & Thelen, 1987; Lewis, 2000; Lyra, 2000; Thelen & Smith, 1994; van Geert, 2002, 2003) nos permitiu conceber a díade mãe-bebê como compondo um sistema que exibe um caráter interativo, que se conserva aberto e sempre em transformação, admitindo novas formas ou padrões anteriormente não existentes. A perspectiva dialógica, especialmente referida a Bakhtin (1992; 1997; 1999; 2003) nos permitiu encarar como estes novos padrões fazem emergir um sujeito psicológico único, que é também relacional (Lyra, 2006a). Ambos os referenciais teóricos propõem uma visão em direção à díade mãe-bebê que coloca os parceiros em condição de interdependência. A primeira perspectiva citada propõe que sistemas abertos estão em constante transformação e que o desenvolvimento ocorre através do mecanismo de auto-organização do sistema. A perspectiva dialógica propõe que o diálogo é essencial para o desenvolvimento do sujeito e que nas relações dialógicas reside a possibilidade de mudança. A fala da mãe foi analisada segundo dois aspectos: as transformações nas posições que ela assume ao longo deste processo comunicativo (fala por si, fala pelo bebê e fala combinada); e a trajetória de desenvolvimento do fenômeno em questão expressa na fala da mãe. Este último aspecto implicou conceber as amostragens como historicamente estruturadas (HSS) (Valsiner & Sato, 2006), e possibilitou a identificação do Ponto de Equifinalidade (EFP) e dos Pontos de Passagem Obrigatórios (OPPs) expressos nesta fala ao longo deste processo de desenvolvimento. Foram analisadas as trocas estabelecidas por duas díades mãe-bebê da sexta semana de vida do bebê até a semana em que atingiram o predomínio da abreviação, de acordo com o Modelo EEA (Lyra, 2000; 2006a, 2007a, 2007b; Lyra & Bertau, 2008). Seguimos o método do estudo de caso (Yin, 2005; Valsiner, 1997), onde primeiramente realizamos uma análise microgenética (Granott & Parziale, 2002; Lewis, 2002; Thelen & Corbetta, 2002), visando investigar as minúcias deste processo de desenvolvimento. Em seguida foi realizada a análise macrogenética, onde buscamos identificar como as micro-variações assumem agrupamentos maiores naquilo que é chamado de tempo de desenvolvimento (Lyra, 2006a). Foi identificado o que há de comum às duas díades, possibilitando esboços de generalização do fenômeno observado. Os resultados encontrados sugerem um paralelismo entre a fala da mãe e a dinâmica das interações ao longo da construção dos diálogos abreviados (Lyra, 2007b). As trajetórias de desenvolvimento das duas díades analisadas evidenciam o mecanismo conhece-distancia-elabora que possibilita o processo de diferenciação dos sujeitos
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O sistema de comunicação mãe-bebê: estudo das dimensões que compõem as trocas mediadas por objetos

Christine Chaves da Silva, Emmanuelle January 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:02:13Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo8865_1.pdf: 657851 bytes, checksum: 3157411b75e54a22f6be16fe2e9d38e9 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2004 / Este trabalho investigou o desenvolvimento da comunicação mãe-objeto-bebê utilizando como referencial teórico-metodológico a perspectiva dos Sistemas Dinâmicos (LEWIS, 2000, 2002; THELEN; SMITH, 1994) e o modelo de comunicação elaborado por Lyra (1988, 2000) e colaboradores (FOGEL; LYRA, 1997; LYRA; ROSSETTI-FERREIRA, 1995; LYRA; WINEGAR, 1997). Assim, foram formulados dois objetivos específicos: (1) explorar a adequação das dimensões de Imediaticidade, Suavidade e Número de turnos para explicar o processo de auto-organização que faz emergir períodos de quase-estabilidade ao longo do desenvolvimento das trocas mãe-objeto-bebê que envolvem as ações específicas de dar-epegar objetos e (2) verificar a configuração das referidas dimensões para descrever o período de explosão para o novo e a emergência de novas brincadeiras, que envolvem objetos, diferentes daquela de dar-e-pegar . Para tanto, uma díade foi observada longitudinalmente, durante o período dos dois aos nove meses de vida do bebê. As trocas comunicativas entre a mãe e o bebê foram videografadas semanalmente, em situação natural, na casa da díade. Cada registro efetuado teve a duração média de vinte minutos. A partir dos dados obtidos, foram encontrados os seguintes resultados: (1) identificação dos três períodos de quase-estabilidade (E-E-A) e sua caracterização em relação às dimensões que o compõem; (2) configuração das referidas dimensões no período de explosão para o novo; (3) organização das mesmas nas novas brincadeiras mediadas por objetos. Desta forma, a dimensão de Suavidade das trocas apresenta-se como a mais susceptível para captar a relação entre os padrões de desenvolvimento do sistema de comunicação mãe-objeto-bebê e o microdesenvolvimento a partir do qual emergem esses padrões
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Anemia no binômio mãe-filho, no Estado de Pernmabuco: aspectos espaciais, biológicos e socioeconômico

SILVA, Shirley Cristina de Lima e January 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:03:34Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo8770_1.pdf: 1043842 bytes, checksum: f234723e24bb4a64ebf784087ccbf9bd (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2004 / A anemia apresenta-se, atualmente, como o problema nutricional de maior relevância em termos de magnitude afetando indivíduos de todas as faixas etárias, especialmente crianças nos primeiros anos de vida, mulheres em período reprodutivo e gestantes. O estudo objetivou conhecer a situação da anemia em mães e crianças menores de cinco anos, a relação probabilística de sua ocorrência entre mãe e filho biológico e a possível influência de condições socioambientais nessa relação, em diferentes espaços geoeconômicos do Estado de Pernambuco. Foram utilizados os dados coletados pela II Pesquisa Estadual de Saúde e Nutrição (II PESN), realizada em 1997, sendo este um estudo de corte transversal (tipo survey ), considerando a família com crianças menores de cinco anos como unidade de estudo, objetivando principalmente atualizar e ampliar o diagnóstico da situação da saúde, nutrição, alimentação e condições socioeconômicas em crianças e em mulheres em idade reprodutiva. O presente estudo envolveu uma amostra de 827 crianças menores de cinco anos (314 na RMR, 255 no IU e 258 no IR) e 807 mães (283 na RMR, 271 no IU e 253 no IR). Os resultados obtidos mostraram uma prevalência de 46,9% de anemia em crianças menores de cinco anos, distribuídas em três estratos geográficos do Estado de Pernambuco. As mães apresentaram uma prevalência geral de 21,8% de anemia. Entre as variáveis estudadas, o estrato geográfico, a idade, a escolaridade da mãe, a renda familiar, a renda per capita, esgotamento sanitário e destino do lixo, regime de ocupação da residência, pré-natal e distância do posto de saúde influenciaram significantemente a ocorrência de anemia nas crianças. Em relação às mães, apenas o estrato geográfico, esgotamento sanitário, destino do lixo e regime de ocupação da residência apresentaram relação estatisticamente significante com a anemia. Observa-se que, no binômio mãe-filho, houve uma relação estatisticamente significativa entre a anemia da mãe e do respectivo filho. Entre as mães anêmicas, 66,3% tiveram filhos anêmicos, sendo que o odds ratio dessa relação apresentou um risco de 2,36 vezes maior de a mãe anêmica ter um filho com anemia, em comparação com mães com níveis normais de hemoglobina. Conclui-se que existem marcantes diferenciações no perfil epidemiológico das anemias em mães e filhos no Estado de Pernambuco, seja em termos de pervalência, seja quanto aos fatores de riscos relacionados com o problema. Com exceção do Interior Urbano, houve associação na ocorrência de anemia entre mães e filhos biológicos no Estado e nos estratos geográficos
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Tornar-se mãe de um segundo filho : da gestação ao segundo ano de vida da criança

Vivian, Aline Groff January 2010 (has links)
O presente estudo investigou o processo de tornar-se mãe de um segundo filho, da gestação ao segundo ano de vida da criança. Especificamente, buscou-se compreender o impacto do “complexo fraterno” nesse processo. Participaram do estudo quatro mães, com idades entre 33 e 34 anos, contatadas no terceiro trimestre de gestação. Todas residiam com o marido, pai dos dois filhos, na região metropolitana de Porto Alegre e o nível socioeconômico das famílias variou de médio a alto. A pesquisa teve um delineamento de estudo de casos coletivo, em que cada caso foi investigado longitudinalmente, em quatro períodos: na gestação, aos 6, aos 12 e aos 24 meses do segundo filho. Os dados foram obtidos através de entrevistas individuais, estruturadas, aplicadas de forma semi-dirigida. Os relatos das mães foram submetidos à análise de conteúdo qualitativa. As categorias que guiaram a análise foram: as impressões sobre o tornar-se mãe de um segundo filho, expectativas e relação com o segundo filho, relação com a própria mãe e relação com o marido. Foram apresentadas as particularidades e semelhanças entre os casos. Os resultados foram discutidos a partir do referencial psicanalítico e de teorizações derivadas do campo da psicologia do desenvolvimento. Notaramse mudanças ao longo do processo de tornar-se mãe de um segundo filho, que acompanharam o desenvolvimento tanto da criança quanto da própria mãe. Mesmo com o respaldo da experiência anterior, a ideia que o segundo seria mais fácil foi sendo revista, ao longo do desenvolvimento do segundo filho. A criação gradativa de espaço para mais uma criança constituiu-se num desafio que se deu paralelo ao desenvolvimento rumo à independência do segundo filho. As mães recorreram a muitas comparações entre os filhos, antes de poderem identificar e aceitar a singularidade de cada um. Em paralelo, a relação com a própria mãe passou por uma reorganização com a chegada do segundo filho. Houve aproximação entre ambas, que possibilitou uma reavaliação do modelo materno e da própria identidade das participantes como mães. A relação com o marido foi marcada pelo apoio, em especial, nos cuidados do primogênito, durante o período investigado. O “complexo fraterno” revelou-se como um importante conceito para se compreender processos evolutivos no tornar-se mãe de um segundo filho. / The present study investigated the process of becoming a mother of a second child, from pregnancy to the second child´s second year of life. More specifically, the study aimed to understand the impact of the “fraternal complex” in this process. Four mothers, aged 33 to 34, were contacted in the third trimester of pregnancy. They all lived with their husbands, who were the fathers of both children, in the metropolitan region of Porto Alegre. The families’ socioeconomic level varied from medium to high. The research was based on a collective-case study design, in which each case was investigated longitudinally, in four periods: during pregnancy, at the child’s 6, 12 and 24 months of life. Data were obtained from individual, semistructured interviews and were submitted to qualitative content analysis. The categories which guided the analysis were: impressions on becoming a mother of a second child, expectations and relationship with the second child, relationship with their own mothers and relationship with the father. The cases’ similarities and particularities were presented. The results were discussed based on the psychoanalytic framework and theorizations derived from the developmental psychology field. Some changes could be identified alongside the process of becoming a mother of a second child, wich followed both the child’s and the mother’s development. Despite the previous experience, the idea that the second child would be easier was revised alongside the second child’s development. The gradual creation of a space for one more child was a challenge that followed the second child’s development towards independence. Mothers recurred to many comparisons between the children before they could identify and accept each one’s singularity. At the same time, mothers’ relationship with their own mothers also went through a reorganization with the arrival of the second child. The proximity between them increased and enabled a reassessment of the maternal role and of their own identity as mothers. The relationship with their husbands was characterized by support, especially as far as firstborn care during the period investigated is concerned. The “fraternal complex” revealed itself as an important concept for understanding developmental processes in the process of becoming a mother of a second child.
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Tornar-se mãe de um segundo filho : da gestação ao segundo ano de vida da criança

Vivian, Aline Groff January 2010 (has links)
O presente estudo investigou o processo de tornar-se mãe de um segundo filho, da gestação ao segundo ano de vida da criança. Especificamente, buscou-se compreender o impacto do “complexo fraterno” nesse processo. Participaram do estudo quatro mães, com idades entre 33 e 34 anos, contatadas no terceiro trimestre de gestação. Todas residiam com o marido, pai dos dois filhos, na região metropolitana de Porto Alegre e o nível socioeconômico das famílias variou de médio a alto. A pesquisa teve um delineamento de estudo de casos coletivo, em que cada caso foi investigado longitudinalmente, em quatro períodos: na gestação, aos 6, aos 12 e aos 24 meses do segundo filho. Os dados foram obtidos através de entrevistas individuais, estruturadas, aplicadas de forma semi-dirigida. Os relatos das mães foram submetidos à análise de conteúdo qualitativa. As categorias que guiaram a análise foram: as impressões sobre o tornar-se mãe de um segundo filho, expectativas e relação com o segundo filho, relação com a própria mãe e relação com o marido. Foram apresentadas as particularidades e semelhanças entre os casos. Os resultados foram discutidos a partir do referencial psicanalítico e de teorizações derivadas do campo da psicologia do desenvolvimento. Notaramse mudanças ao longo do processo de tornar-se mãe de um segundo filho, que acompanharam o desenvolvimento tanto da criança quanto da própria mãe. Mesmo com o respaldo da experiência anterior, a ideia que o segundo seria mais fácil foi sendo revista, ao longo do desenvolvimento do segundo filho. A criação gradativa de espaço para mais uma criança constituiu-se num desafio que se deu paralelo ao desenvolvimento rumo à independência do segundo filho. As mães recorreram a muitas comparações entre os filhos, antes de poderem identificar e aceitar a singularidade de cada um. Em paralelo, a relação com a própria mãe passou por uma reorganização com a chegada do segundo filho. Houve aproximação entre ambas, que possibilitou uma reavaliação do modelo materno e da própria identidade das participantes como mães. A relação com o marido foi marcada pelo apoio, em especial, nos cuidados do primogênito, durante o período investigado. O “complexo fraterno” revelou-se como um importante conceito para se compreender processos evolutivos no tornar-se mãe de um segundo filho. / The present study investigated the process of becoming a mother of a second child, from pregnancy to the second child´s second year of life. More specifically, the study aimed to understand the impact of the “fraternal complex” in this process. Four mothers, aged 33 to 34, were contacted in the third trimester of pregnancy. They all lived with their husbands, who were the fathers of both children, in the metropolitan region of Porto Alegre. The families’ socioeconomic level varied from medium to high. The research was based on a collective-case study design, in which each case was investigated longitudinally, in four periods: during pregnancy, at the child’s 6, 12 and 24 months of life. Data were obtained from individual, semistructured interviews and were submitted to qualitative content analysis. The categories which guided the analysis were: impressions on becoming a mother of a second child, expectations and relationship with the second child, relationship with their own mothers and relationship with the father. The cases’ similarities and particularities were presented. The results were discussed based on the psychoanalytic framework and theorizations derived from the developmental psychology field. Some changes could be identified alongside the process of becoming a mother of a second child, wich followed both the child’s and the mother’s development. Despite the previous experience, the idea that the second child would be easier was revised alongside the second child’s development. The gradual creation of a space for one more child was a challenge that followed the second child’s development towards independence. Mothers recurred to many comparisons between the children before they could identify and accept each one’s singularity. At the same time, mothers’ relationship with their own mothers also went through a reorganization with the arrival of the second child. The proximity between them increased and enabled a reassessment of the maternal role and of their own identity as mothers. The relationship with their husbands was characterized by support, especially as far as firstborn care during the period investigated is concerned. The “fraternal complex” revealed itself as an important concept for understanding developmental processes in the process of becoming a mother of a second child.

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