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Violência no namoro entre jovens universitários no estado de São Paulo / Intimate partner violence among undergraduate students of state of São Paulo

Flake, Tania Aldrighi 05 June 2013 (has links)
O estudo faz parte de pesquisa multicêntrica \"Estudo Internacional de Violência no Namoro - IDVS\", usando seu instrumento padronizado. Objetivou-se contribuir para o reconhecimento da ocorrência de violência entre parceiros íntimos na fase de namoro, tendo como base conceitual as questões de gênero e seus elementos para a compreensão da constituição da relação de intimidade. Dialoga, ainda, com as teorias do desenvolvimento humano, da aceitação da violência na resolução de conflitos e do aprendizado da violência da perspectiva geracional. Os recortes propostos foram três: um estudo descritivo sobre as prevalências da violência, ao longo do relacionamento de namoro e em seus diversos tipos; um segundo, abordou a violência e os fatores associados, e um terceiro, avaliou o impacto da violência na saúde mental a partir do quadro de depressão. O questionário foi auto preenchido por 362 alunos de duas universidades, uma pública e outra privada, do Estado de São Paulo, sendo 37% do sexo masculino e 63% do feminino, com idade mediana de 20 anos. Estimou-se a prevalência da violência em relacionamentos íntimos, sofrida ou perpetrada, para os tipos físico, psicológico e sexual, descrevendo-se as sobreposições entre eles. Quanto às violências, 75,9% sofreu algum tipo na vida e 76,4% as perpetraram. O tipo de violência mais prevalente, tanto sofrida como perpetrada, foi a psicológica, seguida da sexual. A grande sobreposição entre violências sofridas e perpetradas (83,9%) reflete a reciprocidade das agressões, sem diferença entre homens e mulheres. Na análise dos fatores associados ter vida sexual no namoro e aprovação da violência se mantiveram associadas a sofrer violência para as mulheres, enquanto para os homens ter tempo de namoro maior de 6 meses e uso associado de álcool e drogas mantiveram-se associados. No caso da violência perpetrada, mantiveram-se associadas para as mulheres o uso de substância 01psicoativa do tipo associação droga e álcool, ciúmes e tempo de namoro maior de dois anos. No modelo que considerou os tipos de violência e a associação com depressão, para as mulheres ter sofrido violência física exclusiva e física e sexual concomitantes mantiveram-se associadas. Os resultados estão em consonância com a literatura que analisa a violência no namoro, com alta prevalência de violências sofridas e perpetradas, além da reciprocidade tanto entre homens como entre mulheres. A situação de conjugalidade parece alterar quer a mutualidade das agressões, quer o sentido das violências e os agressores, para mulheres e para homens, em contraste com a situação de namoro. As consequências da vitimização no namoro para as mulheres são mais expressivas, enquanto que para os homens é importante se examinar com maior detalhamento as especificidades para a questão do ponto de vista masculino. Os achados trazem para o contexto brasileiro a confirmação da necessidade de ações e políticas públicas nesta direção, ao produzir conhecimento importante para programas de prevenção para jovens em fase de namoro, seja no plano dos serviços de saúde, seja no das escolas e universidades, onde se concentram os jovens, de forma a minimizar as chances de que as agressões continuem no casamento. / The study is part of a multicenter survey \"International Study of Violence in Dating - IDVS\" using its standardized instrument. The objective was to contribute for the recognition of the occurrence of intimate partner violence during phase dating, based on conceptual issues of gender and its elements for understanding the formation of intimate relationship. Dialogue also with theories of human development, the acceptance of violence in conflict resolution and learning the violence of generational perspective.The proposed cut were three: a descriptive study on the prevalence of violence over the dating relationship and its various types; a second, addressed the violence and associated factors; and a third, evaluated the impact of violence on mental health from the depression disorder. The questionnaire was self-reported by 362 undergraduate students from two universities, one public and one private, of the State of São Paulo, with 37% male and 63% female, median age 20 years. We estimated the prevalence among students of violence in intimate relationships, suffered or perpetrated, for the kinds physical, psychological and sexual, describing the overlap among them. As for violence, 75.9% suffered some sort in life and 76.4% were perpetrators. The most prevalent type of violence, both suffered as perpetrated, was psychological, followed by sexual. The large overlap between violence suffered and perpetrated (83.9%) reflects the reciprocity of aggression, with no difference between men and women. In the analysis of factors associated with sex life in dating and approval of violence remained associated to suffer violence for women, while for men longer relationship more than 6 months and use of alcohol and drugs concomitant remained associated. In the case of perpetrated violence, the use of drugs and alcohol concomitant, jealousy and long relationship more than two years remained associated for women. In the model considered the types of violence and the association with depression, for women have suffered physical violence exclusive and physical and sexual concurrent remained associated. The results are consistent with previous literature on dating violence that shows high prevalence of violence suffered and perpetrated, beyond reciprocity between both, men and women. The situation seems to change either marital mutuality of aggression, whether the meaning of violence and the perpetrators, for women and for men, in contrast to the dating situation. The consequences of victimization in dating for women are more expressive, while for men it is important to examine in greater detail the specifics for the issue of male point of view. The findings of this study bring to the Brazilian context confirming the need for action and public policy in this direction, to produce important knowledge for prevention programs for young people in the stage dating, either in the health service, either in schools and universities, which concentrates the specific population of young people, in order to minimize the chances that the assaults continue in the marriage.
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Violência na gestação e saúde mental de mulheres que são vítimas de seus parceiros / Violence during pregnancy and the mental health of women victims of their partners

Mariana de Oliveira Fonseca-Machado 15 May 2014 (has links)
Este estudo teve como objetivo verificar as repercussões da violência por parceiro íntimo, ocorrida durante a atual gestação, na saúde mental de mulheres usuárias de um serviço de atendimento pré- natal. Trata-se de estudo observacional, com delineamento transversal, desenvolvido no Centro de Referência da Saúde da Mulher de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil, com 358 gestantes, em acompanhamento pré-natal no serviço, entre maio de 2012 e maio de 2013. A coleta dos dados aconteceu no dia da primeira consulta de pré-natal das gestantes no serviço, por meio de sete instrumentos: i. instrumento de caracterização sociodemográfica, econômica e comportamental; ii. instrumento de caracterização obstétrica; iii. Edinburgh Postnatal Depression Scale; iv. Post-Traumatic Stress Disorder Checklist - Civilian Version; v. Escala de Ideação Suicida de Beck; vi. Inventário de Ansiedade Traço-Estado; vii. Instrumento de identificação e caracterização da violência. Os dados foram analisados no software Statistical Package for Social Sciences, versão 21.0. Utilizamos as análises univariada, bivariada e multivariada dos dados, por meio da distribuição de frequências absolutas e relativas, medidas de tendência central e de variabilidade, os testes estatísticos Qui- quadrado e Teste t, razões de prevalência, razões de chances de prevalência, regressão logística múltipla e regressão linear múltipla. No momento da coleta dos dados, as participantes tinham, em média, 25 anos de idade e 9,5 anos de escolaridade formal. A maioria considerou-se não branca, era solteira, coabitava com o parceiro íntimo, possuía alguma religião, não exercia atividade remunerada e possuía renda familiar mensal média de 2,6 salários-mínimos, sendo o parceiro o principal provedor da família. A maioria não fumou, não consumiu bebidas alcoólicas e não fez uso de drogas ilícitas, durante a atual gestação. A amostra caracterizou-se por mulheres multigestas e nulíparas que, em sua maioria, possuíam filhos vivos e não haviam abortado. A prevalência da violência por parceiro íntimo, durante a atual gestação, foi de 17,6%. As prevalências dos indicativos das presenças de transtorno depressivo, do diagnóstico de transtorno de estresse pós-traumático e de ideação suicida foram de 28,2%, 17,0% e 7,8%, respectivamente. Os escores médios das gestantes nas escalas ansiedade-traço e ansiedade- estado foram de 39,1 e 42,5 pontos, respectivamente. Após se ajustar aos modelos de regressão logística múltipla, a violência por parceiro íntimo, durante a gestação, associou-se com o indicativo da presença de transtorno depressivo, com o indicativo do diagnóstico de transtorno de estresse pós- traumático e com o indicativo da presença de ideação suicida. Os modelos de regressão linear múltipla ajustados evidenciaram que as mulheres em situação de violência por parceiro íntimo, na atual gestação, apresentaram maiores escores dos sintomas de ansiedade-traço e estado do que aquelas que não sofreram esse tipo de violência. Portanto, reconhecer a violência como um fator de risco clinicamente relevante e identificável para a ocorrência de transtornos mentais, durante a gestação, pode ser um primeiro passo na prevenção destes problemas. Idealmente, as respostas devem incluir os setores da saúde, assistência social e justiça, no sentido de cumprir a obrigação do Estado para eliminar a violência contra a mulher / The objective of this study was to verify the repercussions of violence by the intimate partner during the present pregnancy on the mental health of women users of a prenatal care service. This is an observational study, performed with a cross-sectional design, at the Reference Center for Women\'s Health of Ribeirão Preto, São Paulo, Brazil, with 358 pregnant women following prenatal care at the referred service between May 2012 and May 2013. Data collection was performed on the day of the women\'s first prenatal appointment at the service, using seven instruments: i. instrument for sociodemographic, economic and behavioral characteristics; ii. instrument for obstetrical characteristics; iii. Edinburgh Postnatal Depression Scale; iv. Post-Traumatic Stress Disorder Checklist - Civilian Version; v. Beck Scale for Suicidal Ideation; vi. State-Trait Anxiety Inventory; vii. instrument for violence identification and characterization. The data were analyzed using Statistical Package for Social Sciences, version 21.0. Furthermore, univariate, bivariate and multivariate analyses of the data were performed, by absolute and relative frequency distribution, central and variability tendency measures, the Chi-square and T-Test statistical tests, prevalence ratio, prevalence odds ratio, multiple logistic regression and multiple linear regression. At the moment of data collection, the participants\' mean age was 25 years, and they had a mean of 9.5 years of formal education. Most women reported having the following characteristics: skin color different from white; single; living with the intimate partner; having some kind of religion; unemployed; mean monthly family income of 2.6 Brazilian minimum wages; partner was the breadwinner. Most reported not having smoked, consumed alcohol or any illicit drugs during the present pregnancy. Moreover, the sample was characterized by multiparous and nulliparous women, most of whom had living children and without a history of miscarriages. The prevalence rate for intimate partner violence during the present pregnancy was 17.6%. The prevalence rates of probable antenatal depression, probable antenatal post-traumatic stress disorder and probable antenatal suicidal ideation were 28.2%, 17.0% and 7.8%, respectively. The women\'s mean scores on the trait-anxiety and state-anxiety scales were 39.1 and 42.5, respectively. After adjustment using multiple logistic regression models, associations were found between intimate partner violence during the pregnancy and probable antenatal depression, probable antenatal post-traumatic stress disorder and probable antenatal suicidal ideation. The adjusted multiple linear regression models showed that women victims of intimate partner violence in the present pregnancy had higher scores for trait-anxiety and state-anxiety symptoms compared to those who did not endure this type of violence. Therefore, recognizing violence as a clinically relevant and identifiable risk factor for the occurrence of mental disorders during pregnancy may be a first step to prevent these problems. Ideally, the answers should include the health, social work and justice domains so as to meet the duty of the Brazilian State of eliminating the violence against women
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Violência no namoro entre jovens universitários no estado de São Paulo / Intimate partner violence among undergraduate students of state of São Paulo

Tania Aldrighi Flake 05 June 2013 (has links)
O estudo faz parte de pesquisa multicêntrica \"Estudo Internacional de Violência no Namoro - IDVS\", usando seu instrumento padronizado. Objetivou-se contribuir para o reconhecimento da ocorrência de violência entre parceiros íntimos na fase de namoro, tendo como base conceitual as questões de gênero e seus elementos para a compreensão da constituição da relação de intimidade. Dialoga, ainda, com as teorias do desenvolvimento humano, da aceitação da violência na resolução de conflitos e do aprendizado da violência da perspectiva geracional. Os recortes propostos foram três: um estudo descritivo sobre as prevalências da violência, ao longo do relacionamento de namoro e em seus diversos tipos; um segundo, abordou a violência e os fatores associados, e um terceiro, avaliou o impacto da violência na saúde mental a partir do quadro de depressão. O questionário foi auto preenchido por 362 alunos de duas universidades, uma pública e outra privada, do Estado de São Paulo, sendo 37% do sexo masculino e 63% do feminino, com idade mediana de 20 anos. Estimou-se a prevalência da violência em relacionamentos íntimos, sofrida ou perpetrada, para os tipos físico, psicológico e sexual, descrevendo-se as sobreposições entre eles. Quanto às violências, 75,9% sofreu algum tipo na vida e 76,4% as perpetraram. O tipo de violência mais prevalente, tanto sofrida como perpetrada, foi a psicológica, seguida da sexual. A grande sobreposição entre violências sofridas e perpetradas (83,9%) reflete a reciprocidade das agressões, sem diferença entre homens e mulheres. Na análise dos fatores associados ter vida sexual no namoro e aprovação da violência se mantiveram associadas a sofrer violência para as mulheres, enquanto para os homens ter tempo de namoro maior de 6 meses e uso associado de álcool e drogas mantiveram-se associados. No caso da violência perpetrada, mantiveram-se associadas para as mulheres o uso de substância 01psicoativa do tipo associação droga e álcool, ciúmes e tempo de namoro maior de dois anos. No modelo que considerou os tipos de violência e a associação com depressão, para as mulheres ter sofrido violência física exclusiva e física e sexual concomitantes mantiveram-se associadas. Os resultados estão em consonância com a literatura que analisa a violência no namoro, com alta prevalência de violências sofridas e perpetradas, além da reciprocidade tanto entre homens como entre mulheres. A situação de conjugalidade parece alterar quer a mutualidade das agressões, quer o sentido das violências e os agressores, para mulheres e para homens, em contraste com a situação de namoro. As consequências da vitimização no namoro para as mulheres são mais expressivas, enquanto que para os homens é importante se examinar com maior detalhamento as especificidades para a questão do ponto de vista masculino. Os achados trazem para o contexto brasileiro a confirmação da necessidade de ações e políticas públicas nesta direção, ao produzir conhecimento importante para programas de prevenção para jovens em fase de namoro, seja no plano dos serviços de saúde, seja no das escolas e universidades, onde se concentram os jovens, de forma a minimizar as chances de que as agressões continuem no casamento. / The study is part of a multicenter survey \"International Study of Violence in Dating - IDVS\" using its standardized instrument. The objective was to contribute for the recognition of the occurrence of intimate partner violence during phase dating, based on conceptual issues of gender and its elements for understanding the formation of intimate relationship. Dialogue also with theories of human development, the acceptance of violence in conflict resolution and learning the violence of generational perspective.The proposed cut were three: a descriptive study on the prevalence of violence over the dating relationship and its various types; a second, addressed the violence and associated factors; and a third, evaluated the impact of violence on mental health from the depression disorder. The questionnaire was self-reported by 362 undergraduate students from two universities, one public and one private, of the State of São Paulo, with 37% male and 63% female, median age 20 years. We estimated the prevalence among students of violence in intimate relationships, suffered or perpetrated, for the kinds physical, psychological and sexual, describing the overlap among them. As for violence, 75.9% suffered some sort in life and 76.4% were perpetrators. The most prevalent type of violence, both suffered as perpetrated, was psychological, followed by sexual. The large overlap between violence suffered and perpetrated (83.9%) reflects the reciprocity of aggression, with no difference between men and women. In the analysis of factors associated with sex life in dating and approval of violence remained associated to suffer violence for women, while for men longer relationship more than 6 months and use of alcohol and drugs concomitant remained associated. In the case of perpetrated violence, the use of drugs and alcohol concomitant, jealousy and long relationship more than two years remained associated for women. In the model considered the types of violence and the association with depression, for women have suffered physical violence exclusive and physical and sexual concurrent remained associated. The results are consistent with previous literature on dating violence that shows high prevalence of violence suffered and perpetrated, beyond reciprocity between both, men and women. The situation seems to change either marital mutuality of aggression, whether the meaning of violence and the perpetrators, for women and for men, in contrast to the dating situation. The consequences of victimization in dating for women are more expressive, while for men it is important to examine in greater detail the specifics for the issue of male point of view. The findings of this study bring to the Brazilian context confirming the need for action and public policy in this direction, to produce important knowledge for prevention programs for young people in the stage dating, either in the health service, either in schools and universities, which concentrates the specific population of young people, in order to minimize the chances that the assaults continue in the marriage.
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Violência de gênero contra mulheres profissionais de enfermagem de um hospital geral do município de São Paulo / Gender-violence against female members of the nursing staff in a general hospital in the municipality of São Paulo, Brazil

Oliveira, Ane Rodrigues de 21 September 2007 (has links)
Introdução: Esse estudo investigou a violência de gênero contra mulheres profissionais de enfermagem perpetrada por parceiros íntimos (VPI), familiares e outros agressores. Objetivos: Estimar a ocorrência de violência psicológica, física, sexual; caracterizar os agressores, a busca de ajuda e locais procurados; analisar as diferenças entre enfermeiras e auxiliares/técnicas de enfermagem quanto à freqüência da violência de gênero e verificar a nomeação de violência aos atos de agressão identificados. Métodos: Nesse estudo transversal foram entrevistadas 179 profissionais de 20 a 59 anos (50 enfermeiras e 129 auxiliares/técnicas de enfermagem), utilizando-se um questionário validado e aplicado face a face por entrevistadoras treinadas. Resultados: A VPI foi a mais freqüente (63,7%; IC95%:55,7-70,4) seguida pela violência por outros (45,8%; IC95%:38,3-53,4) perpetrada por pacientes/acompanhantes, colegas de trabalho da área da saúde, estranhos, chefia de enfermagem e conhecidos. A violência por familiares ocupou o terceiro lugar (41,3%; IC95%: 34,0-48,9) e foi cometida, principalmente, por pai, irmãos (homens), tios e primos. Houve importante sobreposição dos tipos de VPI, sendo a forma exclusiva de violência psicológica a mais comum (19,2%), seguida pelas três formas (17,5%) e violência psicológica conjugada à física (14,7%). Auxiliares/técnicas de enfermagem referiram mais VPI que enfermeiras (p<0,05). As profissionais de enfermagem, de forma geral, buscaram pouca ajuda: 20,3% para a violência por outros, 29,3% para a violência por familiares e 29,7% para a VPI. Não perceberam o vivido como violento, 31,9% das entrevistadas. Conclusões: Os elevados índices de violência de gênero identificados evidenciam a presença dessa forma de violência também entre mulheres profissionais de saúde de alta escolaridade. Propõe-se que essa temática seja foco de atenção das equipes supervisoras nos locais de trabalho, através de uma abordagem acolhedora e ética. Sugere-se que o tema seja abordado para a proteção da saúde das profissionais e para uma melhor prática assistencial. / Background: This study investigated gender violence against female nursing staff perpetrated by male intimate partners (IPV), family members and other aggressors. Objectives: To estimate the occurrence of psychological, physical and sexual violence; characterize the aggressors, as well as the attempt to seek help and where it was sought; analyze the differences between nurses and nursing aides/technicians as to the frequency of gender violence and to verify if the acts of aggression are designated as violence. Methods: In this cross sectional study, 179 professionals, aged 20 to 59 years old, were interviewed (50 nurses and 129 nursing aides / nurse technicians). A validated questionnaire was applied in face to face interviews conducted by trained interviewers. Results: IPV was the most frequent form of violence (63.7%; IC95%:55.7-70.4), followed by violence perpetrated by others (45.8% IC95%: 38.3-53.4) including patients and people accompanying them, colleagues within the field of health, chiefs of the nursing staffs, acquaintances and strangers. Family members occupied the third place as aggressors, (41.3%; IC95%:34.0-48.9), and the majority of these were fathers, brothers, uncles and cousins. There was an important amount of overlap of the types of IPV, being that the most common exclusive form was psychological violence (19.2%), followed by psychological, physical and sexual violence in conjunction (17.5%) and then by both psychological and physical violence (14.7%). Nursing aides/ technicians mentioned the occurrence of IPV more frequently than did the nurses (p<0.05). In general, the nursing staff did not seek help frequently: only 20.3% of those who suffered violence from other aggressors, 29.3% from family members and 29.7% from IPV sought help. Those who did not perceive their experience as a form of violence represented 31.9% of the subjects interviewed. Conclusions: The high rates of gender violence identified in this study are evidence of the occurrence of this form of violence among female health professionals with high levels of education. It is suggested that team supervisors be encouraged to focus on this theme in the workplace, addressing it by means of an ethical and supportive approach. By contributing towards the protection of health professional\'s well being, this could also help improve the quality of assistance for which they are responsible.
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Violência de gênero contra mulheres profissionais de enfermagem de um hospital geral do município de São Paulo / Gender-violence against female members of the nursing staff in a general hospital in the municipality of São Paulo, Brazil

Ane Rodrigues de Oliveira 21 September 2007 (has links)
Introdução: Esse estudo investigou a violência de gênero contra mulheres profissionais de enfermagem perpetrada por parceiros íntimos (VPI), familiares e outros agressores. Objetivos: Estimar a ocorrência de violência psicológica, física, sexual; caracterizar os agressores, a busca de ajuda e locais procurados; analisar as diferenças entre enfermeiras e auxiliares/técnicas de enfermagem quanto à freqüência da violência de gênero e verificar a nomeação de violência aos atos de agressão identificados. Métodos: Nesse estudo transversal foram entrevistadas 179 profissionais de 20 a 59 anos (50 enfermeiras e 129 auxiliares/técnicas de enfermagem), utilizando-se um questionário validado e aplicado face a face por entrevistadoras treinadas. Resultados: A VPI foi a mais freqüente (63,7%; IC95%:55,7-70,4) seguida pela violência por outros (45,8%; IC95%:38,3-53,4) perpetrada por pacientes/acompanhantes, colegas de trabalho da área da saúde, estranhos, chefia de enfermagem e conhecidos. A violência por familiares ocupou o terceiro lugar (41,3%; IC95%: 34,0-48,9) e foi cometida, principalmente, por pai, irmãos (homens), tios e primos. Houve importante sobreposição dos tipos de VPI, sendo a forma exclusiva de violência psicológica a mais comum (19,2%), seguida pelas três formas (17,5%) e violência psicológica conjugada à física (14,7%). Auxiliares/técnicas de enfermagem referiram mais VPI que enfermeiras (p<0,05). As profissionais de enfermagem, de forma geral, buscaram pouca ajuda: 20,3% para a violência por outros, 29,3% para a violência por familiares e 29,7% para a VPI. Não perceberam o vivido como violento, 31,9% das entrevistadas. Conclusões: Os elevados índices de violência de gênero identificados evidenciam a presença dessa forma de violência também entre mulheres profissionais de saúde de alta escolaridade. Propõe-se que essa temática seja foco de atenção das equipes supervisoras nos locais de trabalho, através de uma abordagem acolhedora e ética. Sugere-se que o tema seja abordado para a proteção da saúde das profissionais e para uma melhor prática assistencial. / Background: This study investigated gender violence against female nursing staff perpetrated by male intimate partners (IPV), family members and other aggressors. Objectives: To estimate the occurrence of psychological, physical and sexual violence; characterize the aggressors, as well as the attempt to seek help and where it was sought; analyze the differences between nurses and nursing aides/technicians as to the frequency of gender violence and to verify if the acts of aggression are designated as violence. Methods: In this cross sectional study, 179 professionals, aged 20 to 59 years old, were interviewed (50 nurses and 129 nursing aides / nurse technicians). A validated questionnaire was applied in face to face interviews conducted by trained interviewers. Results: IPV was the most frequent form of violence (63.7%; IC95%:55.7-70.4), followed by violence perpetrated by others (45.8% IC95%: 38.3-53.4) including patients and people accompanying them, colleagues within the field of health, chiefs of the nursing staffs, acquaintances and strangers. Family members occupied the third place as aggressors, (41.3%; IC95%:34.0-48.9), and the majority of these were fathers, brothers, uncles and cousins. There was an important amount of overlap of the types of IPV, being that the most common exclusive form was psychological violence (19.2%), followed by psychological, physical and sexual violence in conjunction (17.5%) and then by both psychological and physical violence (14.7%). Nursing aides/ technicians mentioned the occurrence of IPV more frequently than did the nurses (p<0.05). In general, the nursing staff did not seek help frequently: only 20.3% of those who suffered violence from other aggressors, 29.3% from family members and 29.7% from IPV sought help. Those who did not perceive their experience as a form of violence represented 31.9% of the subjects interviewed. Conclusions: The high rates of gender violence identified in this study are evidence of the occurrence of this form of violence among female health professionals with high levels of education. It is suggested that team supervisors be encouraged to focus on this theme in the workplace, addressing it by means of an ethical and supportive approach. By contributing towards the protection of health professional\'s well being, this could also help improve the quality of assistance for which they are responsible.
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Pesquisa-ação na gestão da educação e do processo de trabalho em saúde: uma ferramenta estratégica para acolhimento qualificado da violência entre parceiros íntimos na gravidez / Action Research in education management and work process in health: a strategic tool for accommodating qualified intimate partner violence during pregnancy

Berger, Sônia Maria Dantas January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2011-05-04T12:42:03Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2010 / A violência na gestação relaciona-se a um padrão muito grave de violência e pode ser mais freqüente do que outros agravos rastreados durante o pré-natal. Embora o rastreamento e acolhimento dos casos nos serviços sejam recomendados, no cenário brasileiro, nem a busca ativa das mulheres em situação de violência e, nem tão pouco aformação em saúde prepara os profissionais para lidarem com o problema. Partindo do questionamento sobre que propostas político-pedagógicas poderiam contribuir para uma qualificação profissional em saúde diferenciada e, baseando-se na experiência de um projeto de pesquisa-ação(Projeto VDG), desenvolvido em hospital público com vistas a formar profissionais de saúde para a abordagem da violência doméstica na gravidez, o estudo de doutorado objetivou analisar o fenômeno da violência doméstica na gravidez (VDG), com foco na violência entre parceiros íntimos(VPI) e o uso da pesquisa-ação(PA) como ferramenta estratégica na qualificação da atenção em saúde,desdobrando-se em quatro artigos: um ensaio que demarcou conceitualmente o problema da violência contra mulheres e demonstrou a magnitude e complexidade do problema, seus efeitos na saúde da mulher e sua invisibilidade nos serviços; uma revisão que aprofundou dados sobre os limites e oportunidades na formação em saúde; um artigo que descreveu e analisou as entrevistas em profundidade com profissionais de saúde envolvidos na PA; e , o relato e análise da experiência VDG no que se referiu ao uso de entrevistas semiestruturadas e de espaços de discussão coletiva para organização de uma rotina de acolhimento da VPI. Na discussão ampliada da tese, entre os resultados da PA, destaca-se que: a própria metodologia desenvolveu uma estratégia de conhecimento e de ação sobre a VPI, aproximando-se de uma proposta de educação permanente; o processo de visibilidade construída sobre os sinais e situações associados à VDG iniciado com as entrevistas e, a angústia compartilhada sobre o processo de trabalho em saúde nos espaços coletivos de discussão, tanto potencializaram saberes como humanizaram e acolheram os profissionais, o que colaborou para uma mobilização coletiva e a proposição de uma rotina institucional para identificar e acolher a violência; no limiar desta experiência, vislumbrouse o ideal de um processo de crescimento profissional-político baseado na reflexão-ação-reflexão coletiva e na articulação permanente da gestão da educação à gestão do processo de trabalho em saúde. Conclui-se que esta forma de experimentação em situação real, sem o pressuposto da neutralidade, colaborou no levantamento de informações de difícil acesso e incrementou o conhecimento sobre as percepções e práticas de profissionais e, sobre indicadores qualitativos que comporiam um acolhimento qualificado e demarcariam tanto modelos político-pedagógicos mais adequados à formação em saúde, como as ações necessárias à organização dos serviços frente ao tema da VPI. / Violence during pregnancy is related to a very serious pattern of violence and is possibly more frequent than other problems routinely controlled-for during prenatal care. Although the active identification and support of women living in violent situations have been recommended, in Brazil routines for identification of existing cases have not been established, nor does the training of health professionals prepare them for dealing with this problem. This doctoral study begins with the question of which political-pedagogical proposals could contribute to adequate preparation of professionals and analyses an action research project (Domestic Violence during Pregnancy – DVP) which was carried out in a public hospital with the objective of preparing health professional for dealing with domestic violence in pregnancy, with a focus on violence between intimate partners. The study of action research as a strategic tool for constructing quality in health care is organized in 4 papers: an essay that conceptually delimits the problem of violence against women and demonstrates the magnitude and complexity of the problem, its effects on women’s health, and its ‘invisibility’ in health services; a review of literature on education and training of health professionals which reveals the limits and opportunities of such proposals; an article which analyses in-depth interviews with health professionals who participated in the DVP project; and an examination of this experience, which used semistructured interviews and collective discussion groups for the organization of a routine for cases of violence between intimate partners. Among the results of the VDP project, emphasis is given to the fact that the action research methodology developed a strategy of knowledge-building for action as a form of continued education in the case of violence between intimate partners; the process of ‘constructed visibility’ of the signs and situations associated with VDP built on discussion of the interview data and the ‘shared anxiety’ regarding the work process in health which occurred in the collective discussion groups, and both strengthened their perceptions as well as ‘humanized’ and gave support to the professionals, all of which collaborated in a collective mobilization and a proposal to develop a new routine for identifying and supporting women living in violence. This experience exemplified the possibility of professional/political growth based on a process of collective reflection-action-reflection and on the permanent articulation of education within the process of managing health care services. As a conclusion, this form of ‘experiment’ in a real-life situation, with no supposition of neutrality, collaborated in producing strategic information and increased knowledge of professional perceptions and practices and qualitative indicators regarding ‘qualified attention’ which are necessary in political/pedagogical models more adequate for health education, as well as for actions needed for the organization of services which deal with violence between intimate partner.

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