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Programa de hierarquização do atendimento ao parto e nascimento: mortalidade perinatal, 2001-2006Moura, Paula Maria Silveira Soares [UNESP] 26 February 2009 (has links) (PDF)
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moura_pmss_me_botfm.pdf: 389492 bytes, checksum: 520725d1bf0b29083e7b633d40e6c27e (MD5) / Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) / Avaliar as causas mais freqüentes e fatores de risco associados com óbito perinatal em dois centros de diferentes níveis de atenção. Estudo caso-controle incluindo 299 casos de óbitos perinatais e 1161 recém-nascidos que sobreviveram ao período neonatal precoce (controles) entre 2001 e 2006 em dois hospitais de diferentes níveis de atenção (secundária e terciária) localizados em Botucatu/SP. Fatores maternos, gestacionais e neonatais associados com óbitos perinatais foram investigados. As causas básicas dos óbitos perinatais foram estratificadas dentro de 5 grupos de acordo com a classificação de Wigglesworth modificada. Correlações entre variáveis do estudo e óbito perinatal foram avaliadas pela análise univariada. Odds ratio foi calculado com intervalo de confiança a 95%. Análise de regressão logística múltipla foi realizada para obtenção de estimativas independentes para o risco de óbito perinatal. No centro de atenção terciária, fatores de risco independentes para óbito perinatal incluíram idade gestacional, primiparidade, gênero masculino e doença materna (hipertensão arterial, infecção intra-uterina). No centro de atenção secundária, nenhum fator de risco independente foi identificado ainda que Apgar de quinto minuto < 7, baixo peso ao nascer e hemorragia materna foram associados com óbito perinatal. As causas mais freqüentes de óbito perinatal no centro secundário foram asfixia e morte anteparto, enquanto no terciário prevaleceu malformação seguida por imaturidade e morte anteparto. Nossos resultados mostram que ambas, atenção obstétrica e neonatal, estão integradas num sistema hierarquizado, mas destacam a importância de melhorar a assistência pré-natal, ao parto e nascimento. / To assess the most frequent causes and risk factors associated with perinatal death in two centers at different care levels. Case-control study including 299 perinatal death cases and 1161 infants who survived the early neonatal period (controls) between 2001 and 2006 in two hospitals at different levels of care (secondary and tertiary) located in Botucatu/SP. Maternal, gestational and neonatal factors associated with perinatal death were investigated. The basic causes of perinatal death were stratified into 5 groups according to the modified Wigglesworth’s classification system. Correlations between study variables and perinatal death were evaluated by univariate analysis. Odds ratio was calculated with a 95% confidence interval. Multiple logistic regression analysis was performed to estimate independent perinatal death risk. Results: In the tertiary care center, independent perinatal death risk factors included gestational age, primiparity, male gender and maternal disease (arterial hypertension, intrauterine infection). In the secondary care center, no independent risk factors were identified although five-minute Apgar score <7, low birthweight and maternal hemorrhage were associated with perinatal death. The most frequent causes of perinatal death in the secondary center were asphyxia and antepartum death while in the tertiary center they included malformation, imaturity and antepartum death. Our results show that both obstetric and neonatal care were integrated into a hierarchized system but highlight the importance of improving prenatal, delivery and birth care.
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Mortalidade por aids no BrasilRezende, Érika Luiza Lage Fazito 05 November 2012 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2012. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2013-01-03T12:31:46Z
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2012_ErikaLuizaLageFazitoRezende.pdf: 3867088 bytes, checksum: f346e66c0dd3dcb7f90d0c4b8ec32ba7 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2013-01-21T12:04:03Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2012_ErikaLuizaLageFazitoRezende.pdf: 3867088 bytes, checksum: f346e66c0dd3dcb7f90d0c4b8ec32ba7 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-01-21T12:04:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2012_ErikaLuizaLageFazitoRezende.pdf: 3867088 bytes, checksum: f346e66c0dd3dcb7f90d0c4b8ec32ba7 (MD5) / Introdução. Esta tese teve como propósito analisar os dados de mortalidade por aids no Brasil, por meio de diferentes metodologias com vistas a ampliar e aperfeiçoar o conhecimento sobre mortalidade relativa à doença no País.
Objetivos. Para atingir esse objetivo, foram conduzidas três pesquisas para (i)
estudar a causa básica dos óbitos e investigar os fatores associados à seleção dessa causa básica; (ii) estudar a tendência de causas múltiplas não relacionadas ao HIV/aids; e (iii) quantificar os óbitos por aids subenumerados no Brasil.
Métodos. Analisaram-se os dados dos óbitos ocorridos no Brasil e notificados
ao Sistema de Informações sobre Mortalidade. No primeiro estudo, avaliaram-se os
óbitos que continham menção ao HIV/aids para verificar a evolução temporal da
seleção da causa básica e investigar os fatores associados à seleção da causa
básica por meio de modelo de regressão logística. No segundo estudo, utilizaram-se
as razões de chance de mortalidade padronizadas, ajustadas por regressão
logística, para comparar a mortalidade entre o grupo de adultos que continha
menção ao HIV/aids na declaração de óbito e o grupo que não a continha. No
terceiro estudo, foram calculados os coeficientes de mortalidade por doenças
indicativas de HIV/aids por faixa etária, sexo e ano. Alterações nestes coeficientes de mortalidade ao longo do tempo foram utilizadas para identificar as condições que poderiam ter sido utilizadas como causa básica de óbitos por HIV/aids. O excesso de mortalidade encontrado dentre estas causas foi reclassificado como óbito por
HIV/aids. Os óbitos por causas mal definidas foram redistribuídos proporcionalmente
entre todas as causas naturais de óbito e foi adicionado um ajuste por incompletude
do Sistema de Informações sobre Mortalidade.
Resultados. O primeiro estudo indicou que houve aumento do percentual de
óbitos cuja causa básica não era relacionada ao HIV/aids entre pessoas que viviam
com HIV/aids. Ademais, pessoas com maior escolaridade, que residem na Região
Sudeste, com menos de 13 anos ou mais de 60, apresentaram mais chance de
terem como causa básica de óbito agravos não relacionados ao HIV/aids. O
segundo estudo demonstrou que causas não associadas ao HIV/aids apresentaram
crescimento significativamente maior no grupo HIV quando comparado ao não-HIV.
O terceiro estudo indicou 27% de subenumeração de óbitos por aids no Brasil de 1985 a 2009. Conclusão. Esta tese demonstrou que a mortalidade por aids no Brasil está subestimada, seja pela ausência de menção ao HIV/aids na declaração de óbito, seja pelo fato de pessoas que vivem com HIV/aids estarem indo a óbito cada vez com maior frequência por causas não usualmente associadas ao HIV/aids. Esta tese
indicou a necessidade de (i) empregar esforços para reduzir a subcodificação de
causas de óbito e de (ii) iniciar reflexão sobre as relações causais entre o HIV/aids e
as doenças crônicas não usualmente associadas ao HIV/aids na era pós-TARV,
para que as regras de seleção da causa básica de óbito possam ser atualizadas. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Intoduction. This thesis analized AIDS mortality data in Brazil, using different methods, with the purpose of enhance and improve the existing knowledge on mortality related to this disease in the country. Objective. In order to achieve this goal, three studies were conducted to (i) investigate the underlying cause of deaths and the factors associated with the selection of the underlying cause of death; (ii) study the trend of multiple causes of
death that are not related to HIV/AIDS; and (iii) quantify the misclassified and under-
reported AIDS deaths in Brazil.
Methods. Information on the deaths that occurred in Brazil and were reported
to the Mortality Information System was analised. In the first study we selected the deaths that contained mention to HIV/AIDS in any field of the death certificate. We analyzed the temporal evolution of the underlying cause of death and verified by means of logistic regression which factors were associated with the selection of the underlying cause of death. In the second study we used the standardized mortality odds ratios, adjusted by logistic regression, to compare mortality by non-related
HIV/AIDS causes between the group of adults that contained mention of HIV/AIDS in
the death certificate and the group that did not. In the third study, we calculated the
death rates for diseases indicative of HIV/AIDS by age, sex and year. Changes in these death rates over time were used to identify conditions that could have been used as underlying cause of deaths in deaths due to HIV/AIDS. The excess mortality
found among these causes was reclassified as HIV/AIDS deaths. The deaths from ill-
defined causes were redistributed proportionally among all natural causes of death. We added an adjustment for incompleteness to the number of deaths due to HIV/AIDS. Results. The first study showed that the percentage of deaths which the underlying cause of death is not related to HIV/AIDS among people who lived with HIV/AIDS increased and that people with higher education, who live in the Southeast, which are less than 13 years or over 60 have more chance of having diseases unrelated to HIV/AIDS as underlying cause of death. The second study showed that
causes not associated with HIV/aids showed significantly higher growth in the HIV group compared to the non-HIV group. Finally, the third study demonstrated that the number of HIV/AIDS deaths that occurred in Brazil from 1985 to 2009 is underestimated by 27%.
Conclusion. This thesis has shown that AIDS mortality in Brazil is under-
estimated. It may be due to the lack of mention to HIV/AIDS in the death certificate or due to the fact that people living with HIV/AIDS are dying by causes not usually associated with HIV/AIDS. This thesis indicated the need (i) to employ efforts to reduce mis-classifications of causes of death and (ii) to reflect on the causal relationship between HIV/AIDS and diseases not usually associated with HIV/AIDS in the post-HAART era, so the rules for selecting the underlying cause of death can be updated.
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Mortalidade de mulheres em idade reprodutiva no municipio de Jundiai, São Paulo : analise de 1985 a 2006 / Mortally in women of reproductive age, in the municipality of Jundiai, São Paulo : 1985 a 2006Matias, Jacinta Pereira 29 January 2008 (has links)
Orientador: Mary Angela Parpinelli / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-10T14:35:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2008 / Resumo: Objetivos: analisar a tendência da mortalidade de mulheres em idade reprodutiva por grupos de causas, enfatizando a mortalidade materna. Métodos: estudo populacional de série temporal, através de banco de dados eletrônico com informações da declaração de óbito (DO) emitido pela Fundação SEADE, correspondente ao total de óbitos de mulheres de 10 a 49 anos, residentes no município de Jundiaí, São Paulo, no período de 1985 a 2006. Realizou-se a conversão das causas básicas de todas as DO anteriores a 1996, codificadas pela Classificação Internacional de Doenças (CID), 9ª revisão, e a recodificação pela CID, 10ª. revisão. Calcularam-se os coeficientes específicos de mortalidade por capítulos da CID10, por algumas causas e por subgrupos etários por 100.000 mulheres. As estimativas populacionais e o número de nascidos vivos (NV) foram obtidos dos registros da Fundação SEADE. A análise de tendência foi realizada pelo método de regressão de Poisson ajustado pelos períodos de 1985-89, 1990-94, 1995-99, 2000-06, e por faixa etária. Os riscos relativos e os intervalos de confiança de 95% (IC95%) foram calculados. Calculou-se a razão de morte materna (RMM) oficial e corrigida para o período de 1999 a 2006. A investigação das causas maternas declaradas ou presumíveis foi realizada através dos arquivos do comitê municipal de investigação da morte materno-infantil (CMIMM). Resultados: a mortalidade geral de mulheres em idade reprodutiva apresentou tendência decrescente a partir do período de 1995-99, RR 0,85 (0,77-0,93), e de 2000-06, RR 0,47 (0,43-0,51). As doenças cardiovasculares (DCV), as neoplasias e as causas externas foram os principais grupos de causas. As mortes por DCV reduziram significativamente a partir de 1995 e passaram para a 2a causa de morte no período de 2000-06. A mortalidade por neoplasias manteve-se estável, com pequena variação nos coeficientes (23,8 em 1985-89 para 25,7 em 2000-06) e passou a ocupar a primeira causa de morte, no último período. Os coeficientes de mortalidade por causas externas foram significativamente decrescentes, no último período, e mantiveram-se como a terceira causa de morte. Não houve tendência de redução da mortalidade por agressões e por AIDS. A mortalidade materna foi a 10a causa de morte no último período. A RMM corrigida foi de 29,4 mortes por 100.000 NV, para o período de 1999 a 2006, com subnotificação de 50% e fator de correção 2. As mortes maternas foram por causas majoritariamente diretas, sendo as síndromes hipertensivas e a infecção as mais prevalentes. Conclusões: os resultados mostraram melhoria das condições de vida e de saúde das mulheres, entretanto a ausência de queda da mortalidade por causas evitáveis, como agressões e AIDS, aponta para a necessidade de políticas públicas sociais e de programas preventivos. A prevalência das causas obstétricas diretas, principalmente as síndromes hipertensivas, sugere a necessidade de revisão de protocolo assistencial e falha na integração entre os níveis de assistência obstétrica ambulatorial e hospitalar. É necessário aperfeiçoar a atribuição da causa materna de morte e promover a publicação periódica da investigação das mesmas pelo CMIMM / Abstract: Objectives: to analyze the mortality trend of reproductive age women per causal groups, emphasizing maternal mortality. Methods: a time series population study with death certificate (DC) information, through electronic database issued by the SEADE Foundation, corresponding to the total number of deaths from women age 10 to 49 years old, residing in the municipality of Jundiaí, São Paulo, in the period from 1985 to 2006. The basic cause of all DC conversion before 1996 was performed. Causes were coded by the International Classification of Diseases (ICD), 9th revision, recoding was performed by the ICD, 10th revision, was performed. The specific rates of mortality per ICD 10 chapters were calculated by some causes and age subgroups per 100.000 women. The population estimates and the number of live births (LV) were obtained from the SEADE Foundation records. The trend analysis was performed by the Poisson regression model adjusted for the periods of 1985-89, 1990-94, 1995-99, 2000-06, and age group. The related risks and confidence intervals of 95% (CI 95%) were calculated. The official maternal mortality ratio (MMR) was calculated and corrected for the period from 1999 to 2006. The investigation of the stated or presumptive maternal causes was performed through the files of ¿Comitê Municipal de Investigação da Morte Materno-infantil¿ (CMMMI). Results: the general mortality of reproductive age women displayed a decreasing trend from the period of 1995-99, RR 0.85 (0.77-0.93), and of 2000-06, RR 0.47 (0.43-0.51). The cardiovascular diseases (CVD), neoplasm and external causes were the main groups of causes. The deaths per CVD were reduced from 1995, with significant trend and turned into the second cause of death in the period of 2000-06. The mortality per neoplasm was kept stable, with little rate variation (23.8 in 1985-89 to 25.7 in 2000-06) and started occupying the first cause of death in the latter period. The mortality rates per external causes decreased, with a significant trend in the latter period, and continued as the third cause of death. There wasn¿t decrease in mortality per aggressions and AIDS. The maternal mortality was the 10th cause of death in the latter period. The corrected MMR was 29.4 deaths per 100.000 LB, for the period from 1999 to 2006, with an underreporting rate of 50% and a correction factor of 2. The maternal deaths were mostly direct causes and hypertensive syndromes and infection predominated. Conclusions: the results point out to an improvement in and health and quality of life in these women. However, an increase in mortality for avoidable causes, such as aggressions and AIDS, points to the need of social public policies and prevention programs. The prevalence of direct obstetric causes as determining factors, mainly the hypertensive syndromes, suggests the need of healthcare protocol review and possible failure of integration between the obstetric outpatient and healthcare levels. It is necessary to improve the attribution of the maternal mortality cause and promote periodic publication of death causes investigation by the CMMMI / Doutorado / Tocoginecologia / Doutor em Tocoginecologia
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Estudo da mortalidade materna no Municipio de Recife : 1992-1993Albuquerque, Rivaldo Mendes de 19 July 2018 (has links)
Orientadores: Jose Guilherme Cecatti, Ellen Elizabeth Hardy / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-07-19T18:29:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1994 / Resumo: O presente estudo teve por finalidade conhecer o número e a causa básica de óbito, com ênfase para as mortes conseqüentes à gestação, parto e puerpério, em mulheres com idade de 10 a 49 anos, residentes no município de Recife, no periodo de 1992 a 1993 e que faleceram nesta cidade. O estudo teve inicio com a identificação de todas as mulheres com idade de 10 a 49 anos, através da análise das declarações de óbito, na Divisão de Estudos da Natalidade, Morbidade e Mortalidade da Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco. A partir desta seleção, foram identificados os óbitos maternos declarados e notificados no periodo. Cada caso de óbito não caracterizado como morte materna foi investigado para identificar outras possíveis mortes maternas, não declaradas. Avaliou-se como ocorreram todos os óbitos maternos e em que condições de atendimento médico. Para tanto, revisaram-se os prontuários médicos dos hospitais e os laudos do Serviço de Verificação de Óbitos e do Instituto de Medicina Legal. Também foram entrevistados, quando possível, os médicos que assistiram estas mulheres e eventualmente familiares das mulheres falecidas, através de visitas domiciliares.Foram identificadas 1013 declarações de óbito. Destas, 42, corresponderam a mortes maternas, o que representou um coeficiente de 77,7 por 100.000 nascidos vivos para o município de Recife, nos anos de 1992 e 1993. Houve um subregistro para as mortes maternas de 52,4%, representado por 22 mortes maternas não declaradas, e um coeficiente de morte materna oficial de 32 por 100.000 nascidos vivos. As complicações da gravidez, parto e puerpério ocuparam a nona posição entre todas as causas de morte em mulheres em idade fértil. / Abstract: The purpose of the study was to know the number and the basic cause of death of women between 10 and 49 years of age, who were residing in Recife and who had died in this municipality during the period 1992 - 1993. Special emphasis was given to those deaths related to pregnancy, delivery and the puerperium. The study started with the identification of all deaths among women of reproductive age through the
analysis of the death certificates found at the Pernambuco Secretariat of Health's Division of Delivery, Morbidity and Mortality. Among this initial selection, the declared maternal deaths were identified. Each death not notified as maternal was then investigated in order to identify possible maternal causes. The cause of death and medical conditions under which the death occurred was determined for deaths. Clinical records as well as the reports from the Institute of Legal Medicine and Death Verification Service were then reviewed. Whenever possible, the physicians who took care of these women and sometimes their relatives were also interviewed. One thousand and thirteen death certificates were identified. From this total, 42 were classified as maternal deaths, which represented a maternal mortality rate of 77.7 per 100,000 live births in Recife during 1992 and
1993. The under-registration rate for maternal deaths was 52.4%. This represented 22 maternal deaths incorrectly classified on the death certificate, resulting in an official maternal mortality rate of 32 per 100,000 live births for the same period. These maternal deaths represented the ninth most frequent cause of death among women of reproductive age. / Doutorado / Tocoginecologia / Doutor em Medicina
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Estudo da mortalidade intra-uterina em São Paulo / Intrauterine mortality study in São PauloGonzalez Perez de Morell, Maria Graciela 06 April 1992 (has links)
Tanto no campo da Saúde Pública, como no da Demografia, não tem sido dada a devida ênfase ao estudo da mortalidade intra-uterina. Vários são os fatores que têm contribuído para essa aparente falta de interesse por este aspecto da reprodução humana, relacionados com as próprias características do fenômeno, com as disposições legais em matéria de registro e com o alto custo das investigações apropriadas para sua mensuração. Entretanto, minuciosos estudos médicos têm estimado que a mortalidade intra-uterina total - todas as perdas, reconhecidas ou não - pode alcançar o nível biológico de 630 mortes fetais por mil gestações. Estudos populacionais de tipo prospectivo - acompanhamento de gestações - têm conseguido estimar o nível de mortalidade intra-uterina reconhecível - perdas reconhecidas após a primeira amenorréia - em 260 mortes fetais por mil gestações e, os de tipo retrospectivo - história de gestações - indicam que o nível de mortalidade intra-uterina aparente - perdas reconhecidas após a segunda amenorréia - é da ordem de 160 mortes fetais por mil gestações. O objetivo geral deste trabalho consistiu em caracterizar a mortalidade intra-uterina experimentada por um grupo de mulheres grávidas residentes no Município de São Paulo, compreendendo os objetivos específicos de estimar o seu nível e estabelecer as suas relações com alguns fatores biológicos e sócio-demográficos. Mediante a análise das informaç5es derivadas de uma pesquisa de acompanhamento de uma amostra de gestantes residentes em oito sub-distritos e dois distritos periféricos - Brasilândia, Santo Amaro, Jabaquara, Nossa Senhora do Ó, Tucuruvi, Butantã, Santa Cecília, Sé, Itaquera e Jaraguá - do Município de São Paulo, realizada no período compreendido entre novembro de 1987 e fevereiro de 1989, importantes conclusões puderam ser extraídas. No que diz respeito à estimação do nível de mortalidade intra-uterina, com as informac6es da história retrospectiva das gestações, o valor encontrado da taxa de 164 mortes fetais por mil gestações é perfeitamente condizente com a magnitude da taxa de mortalidade fetal aparente, que a literatura destaca ser possível estimar em estudos desse tipo. As informações prospectivas, computadas de forma direta, revelam um nível de mortalidade fetal de 58 mortes fetais por mil gestações, cujo baixo valor pode ser atribuído à natureza direta da medida - que não corrige o viés de seleção - devendo-se levar também em consideração a captação domiciliar das gestantes, sem qualquer limitação da duração da gravidez. Não obstante, quando as informações prospectivas são computadas em forma de Tábuas de mortalidade intra-uterina, consegue-se corrigir o viés de seleção, obtendo-se uma taxa de mortalidade fetal reconhecível de 236 por mil gestações, cifra absolutamente compatível com as estimativas efetuadas pelos estudos mais precisos de mortalidade fetal. Quanto ao estabelecimento de relações da mortalidade intrauterina com os fatores sócio-demográficos: cor, nível de instrução e estado conjugal, as informações analisadas parecem revelar indícios da existência de: - Um diferencial de mortalidade intra-uterina por cor; o maior nível corresponde às mulheres pretas, o intermediário às pardas e o menor às brancas. - Uma correlação negativa entre a mortalidade fetal e o nível de instrução; à medida que este aumenta, diminui o risco de experimentar perdas fetais. - Um diferencial de, mortalidade fetal por estado conjugal; as solteiras têm maior risco que as casadas e as unidas consensualmente, mais que as casadas com vínculo institucional. No que diz respeito ao estabelecimento de relações da mortalidade intra-uterina com os fatores biológicos: idade da mãe, ordem da gestação e história genética anterior, a análise permitiu constatar que: - Existe uma correlação positiva entre a mortalidade fetal e a idade da mãe, à medida que esta avança, aquela se eleva. - Existe também uma correlação positiva entre a mortalidade fetal e a ordem da gestação, quanto maior a ordem, maior o número de perdas. O fator que maior peso tem na determinação do risco de mortalidade fetal, é a história genésica anterior. / Both in the field of Public Health and in the Demography one, the proper emphasis has not been given to the study of intrauterine mortality. Many are the factors that have contributed to this apparent lack of interest to this aspect of human reproduction, they are related to the phenomenon own characteristics, to the legal dispositions in terms of register and to the high costs of appropriate investigations for its measurement. Nevertheless, precise medical studies have estimated that total intrauterine mortality - all the losses, recognized or not - may reach the biological level of 630 fetal deaths per thousand pregnancies. Populational studies of prospective type - follow up pregnancies - have been able to estimate the recognizable intrauterine mortality level recognized lesses after the first amenorrhea - in 260 fetal deaths per thousand pregnancies and of retrospective type - pregnancies history - indicated that the apparent intrauterine mortality level - recognized lesses after the second amenorrhea - is about 160 fetal deaths per thousand pregnancies. The main objective of this work consisted in characterize the intrauterine mortality experimented by a group of pregnant women resident in the Municipality of São Paulo, comprising the specific objectives of to estimate its level and stablish its relations with some biological and social demographic factors. It was possible to make important conclusions through the analysis of the informations derived from a follow up survey of a sample of pregnant women, living in eight subdistricts and two peripheric districts - Brasilândia, Santo Amaro, Jabaquara, Nossa Senhora do Ó, Tucuruvi, Butantã, Santa Cecília, Sé, Itaquera e Jaraguá from São Paulo Municipality, held in the period between November 1987 and February 1989. Concerning the estimation of intrauterine mortality level with the informations from the pregnancies retrospective history, the value found is about 164 fetal deaths per thousand pregnancies, that it\'s perfectly suitable with the magnitude of the apparent fetal mortality rate, which a literature emphasizes to be possible to estimate in this kind of studies. The prospective informations, computed in a direct way, reveal a level of intrauterine mortality of 58 fetal deaths per thousand pregnancies, which low value can be attributed to its direct nature that doesn\'t correct the bias of selection -, being also important to consider the pregnants domiciliary captation, without any kind of restriction in relation to the duration of the pregnancy. However, when the prospective informations are computed in the form of intrauterine mortality life tables, it\'s possible to correct the bias of selecting, achieving a rate of fetal mortality of 236 per thousand pregnancies, a result totally compatible to the estimations made by the most precise studies of fetal mortality. Regarding the stablishment of relationships of intrauterine mortality with the sociodemographic factor: race, instruction level and conjugal situation, the analised informations scem to reveal indications of the existence of: - A differential of intrauterine mortality by race, being the level represented by non white women higher than the represented by white ones. - A negative correlation between fetal mortality and instruction level, when this improves the risk of fetal losses decreases. - A differential of intrauterine mortality by conjugal situation, single women and those consesually joined more than women married with institutional links. In relation to the establishment of relationships of the intrauterine mortality with the biological factors: mother\'s age, pregnancy order and previous reproductive history, the analysis allowed to comprove that: - There is a positive correlation between fetal mortality and mother\'s age, in proportion that this increases, that improves. - There is also a positive correlation between intrauterine mortality and the pregnancy order, highest the order highest the number of lesses. - The most important factor in the determination of the risk of intrauterine mortality is the previous reproductive history.
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Óbito fetal no Brasil : distribuição espacial e espaço-temporal (2001-2014)Ibiapina, Flavio Lucio Pontes 19 September 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-09-19 / Introduction: Fetal death, despite being potentially avoidable and occurring, in many cases, in pregnancies of habitual risk, is a phenomenon that has not been studied in the medical literature, occupying a restricted space in public health policies. Population-based studies, which measure variations and map regional differences of occurrence, allow to know the pattern of fetal mortality in the population and subsidize analyzes on the effectiveness of different technologies in improving maternal and child health care. Objective: To analyze the epidemiological patterns and temporal trends of the Fetal Mortality indicator, its causes according to the avoidable causes groups, and the presence of spatial and temporal clusters of fetal deaths in the study areas and their relation to the groups of preventable causes. Material and Methods: Epidemiological study of the ecological type, based on fetal deaths in Brazil from 2001-2014 and recorded in the Mortality Information System. Gross and Bayesian rates of fetal mortality, avoidance analysis were performed using the List of causes of deaths avoidable by interventions in the Brazilian SUS and spatiotemporal analyzes for the presence of clusters for fetal death by means of the Moran Index, for the existence of clusters for reducing fetal death and for the presence of clusters of risk in the period. The results were presented through tables, graphs and maps. The units of analysis were Brazil, by states and regions, the State of Ceará, by municipalities, and the city of Fortaleza, by neighborhoods. Results: There was a decrease in the fetal mortality rate in the South, Southeast and Center-West regions and in the municipality of Fortaleza between 2001 and 2014. There was an increase in the North, Northeast and Ceará. The majority of fetal deaths in Brazil refer to late fetal deaths, a behavior observed in all regions. In the State of Ceará and in the city of Fortaleza, fetal deaths in the third trimester of pregnancy accounted for more than 60% of the cases. Deaths in fetuses weighing 2,500 grams or more accounted for approximately 1/3 (one third) or more of deaths in the North Region, in the Northeast Region and Ceará, and about 1/5 (one fifth) in Fortaleza. Of the deaths occurred in Brazil, 67,6% were classified as preventable. In Ceará, avoidability appeared in 52,7% of deliveries. In the city of Fortaleza, 63,1% of avoidable deaths occurred. Of the reducible deaths due to adequate attention to women in childbirth in Brazil, 55.7% occurred in fetuses weighing more than or equal to 2,500 grams. Of these, 57.4% went to Ceará and 44.4% to Fortaleza. In all regions of Brazil, these percentages were higher than 50%. The intrauterine hypoxia group accounted for 60.9% of the deaths in the North, 66.4% in the Northeast, 68.0% in the Southeast, 44.0% in the South and 57, 6% in the Midwest. In all regions, of the reducible deaths due to adequate attention to women in childbirth, there was a predominance of late deaths. In Brazil, there was an improvement in the number of reducible deaths due to adequate attention to women at delivery and an increase in the number of deaths due to adequate attention to women during pregnancy. In the State of Ceará, there was worsening of the numbers of reduced deaths due to adequate attention to the woman in childbirth. A cluster of high risk for fetal death was identified between 2008 and 2014, which included the Northeastern States, as well as Tocantins, Pará and Amapá. There was positive spatial autocorrelation of high concentration for avoidable fetal deaths due to adequate attention to women during gestation in the period from 2011 to 2014, for the Midwest, Southeast, South, and Bahia and Pernambuco regions. High positive concentration spatial autocorrelation for preventable fetal deaths due to adequate attention to women during childbirth between 2011 and 2014 occurred in. In the period from 2001 to 2004, areas with spatial correlation of fetal deaths were identified in the Macroregions of the Serrano das Inhamuns, Cariri-Centro Sul and Litoral Oeste. Between 2011 and 2014 it remained a cluster in the Macrroregion of the Sertão dos Inhamuns. Between 2001 and 2004 and between 2011 and 2014, the municipality of Sobral presented the highest gross and Bayesian rates of fetal mortality in the State of Ceará. In the second period, they also appeared with Bayesian rates similar to Sobral, the municipalities of Crateús and Brejo Santo. The highest relative risk for the occurrence of fetal death in both periods occurred in the municipality of Forquilha. In Ceará, high-risk clusters were sprayed by different municipalities in all macro regions, both for fetal deaths that were reduced by adequate attention to women during pregnancy and those reduced by adequate attention to women at childbirth. In Fortaleza, there was an increase in the number of neighborhoods with higher proportions of reducible deaths. We observed "migration" of clusters between Regionals of the city of Fortaleza, both for the fetal deaths reducible by adequate attention to the woman in the gestation as for those reducible by adequate attention to the woman in the childbirth. Conclusion: The findings indicate geographical areas and possible strategies for the prevention of fetal death from the perspective of continuity of care, which should include interventions that begin before conception and end only when the gestation ended with a safe delivery. The application of a consensus system of classification of causes, in addition to comparable population data over time, should be the pillars for global prioritization and decision-making to reduce this invisible epidemic. / Introdução: A morte fetal, apesar de ser potencialmente evitável e de ocorrer, em muitos casos, em gestações de risco habitual, é fenômeno pouco estudado na literatura médica, ocupando espaço restrito nas políticas públicas de saúde. Estudos de base populacional, que mensuram as variações e mapeiam as diferenças regionais de ocorrência, permitem conhecer o padrão de mortalidade fetal na população e subsidiar análises sobre a efetividade de diferentes tecnologias na melhoria do cuidado à saúde materno infantil. Objetivo: Analisar os padrões epidemiológicos e as tendências temporais do indicador Mortalidade Fetal, suas causas, segundo os grupos de causas evitáveis, e a presença de aglomerados espaciais e temporais dos óbitos fetais nas áreas do estudo e sua relação com os grupos de causas evitáveis. Material e Métodos: Estudo epidemiológico do tipo ecológico, com base nos óbitos fetais no Brasil de 2001-2014 e registrados no Sistema de Informação sobre a Mortalidade. Foram realizados cálculos de taxas brutas e bayesianas de mortalidade fetal, análise de evitabilidade por meio da Lista de causas de mortes evita¿veis por intervenc¿ões no SUS do Brasil e análises espaço-temporais para a presença de clusters para o óbito fetal por meio do Índice de Moran, para a existência de clusters para o óbito fetal reduzível e para a presença de clusters de risco, no período. Os resultados foram apresentados por meio de tabelas, gráficos e mapas. As unidades de análise foram o Brasil, por estados e regiões, o Estado do Ceará, por municípios, e a cidade de Fortaleza, por bairros. Resultados: Houve decréscimo na taxa de mortalidade fetal nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e no município de Fortaleza entre 2001 e 2014. Houve aumento no Norte, Nordeste e no Ceará. A maior parte dos óbitos fetais no Brasil referiu-se a mortes fetais tardias, comportamento observado em todas as regiões. No Estado do Ceará e no município de Fortaleza, óbitos fetais no terceiro trimestre da gestação responderam por mais de 60% dos casos. Óbitos em fetos com peso igual ou superior a 2.500 gramas representaram aproximadamente 1/3 (um terço) ou mais dos óbitos na Região Norte, na Região Nordeste e no Ceará, e cerca de 1/5 (um quinto) em Fortaleza. Dos óbitos ocorridos no Brasil, 67,6% foram classificados como evitáveis. No Ceará, a evitabilidade apareceu em 52,7% dos partos. No município de Fortaleza, ocorreram 63,1% de óbitos evitáveis. Dos óbitos reduzíveis por adequada atenção à mulher no parto, no Brasil, 55,7% ocorreram em fetos com peso maior ou igual a 2.500 gramas. Destes números, 57,4% foram para o Ceará e 44,4% para Fortaleza. Em todas as Regiões do Brasil, esses percentuais foram superiores a 50%. No grupo de óbitos reduzíveis por adequada atenção à mulher no parto, a hipóxia intrauterina respondeu por 60,9% dos óbitos no Norte, 66,4% no Nordeste, 68,0% no Sudeste, 44,0% no Sul e 57,6% no Centro-Oeste. Em todas as regiões, dos óbitos reduzíveis por adequada atenção à mulher no parto, houve o predomínio de óbitos tardios. No Brasil, houve melhora no número de óbitos reduzíveis por adequada atenção à mulher no parto e aumento dos óbitos reduzíveis por adequada atenção à mulher na gestação. No Estado do Ceará, houve piora dos números de óbitos reduzíveis por adequada atenção à mulher no parto. Foi identificado um cluster de alto risco para o óbito fetal entre 2008 e 2014, que incluiu os Estados da Região Nordeste, além de Tocantins, Pará e Amapá. Houve autocorrelação espacial positiva de alta concentração para os óbitos fetais evitáveis por adequada atenção à mulher na gestação no período de 2011 a 2014, para as regiões Centro-Oeste, Sudeste, Sul, além de Bahia e Pernambuco. Autocorrelação espacial positiva de alta concentração para os óbitos fetais evitáveis por adequada atenção à mulher no parto, entre 2011 e 2014, ocorreu em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Alagoas, Maranhão, Rio Grande do Norte e Paraíba. No período de 2001 a 2004 foram identificadas áreas com correlação espacial de óbitos fetais nas Macrorregiões do Sertão dos Inhamuns, Cariri-Centro Sul e Litoral Oeste. Entre 2011 e 2014 permaneceu cluster na Macrorregião do Sertão dos Inhamuns. Entre 2001 e 2004 e entre 2011 e 2014, o município de Sobral apresentou as maiores taxas brutas e
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bayesianas de mortalidade fetal no Estado do Ceará. No segundo período, também apareceram com taxas bayesianas similares a Sobral, os municípios de Crateús e Brejo Santo. O maior risco relativo para a ocorrência de óbito fetal em ambos os períodos ocorreu no município de Forquilha. No Ceará houve pulverização de clusters de alto risco por diferentes municípios de todas as macrorregiões, tanto para os óbitos fetais reduzíveis por adequada atenção à mulher na gestação quanto para os reduzíveis por adequada atenção à mulher no parto. Em Fortaleza houve aumento do número de bairros com proporções maiores de óbitos reduzíveis. Observou-se ¿migrac¿ão¿ de clusters entre as Regionais da cidade de Fortaleza, tanto para os óbitos fetais reduzíveis por adequada atenção à mulher na gestação como para os reduzíveis por adequada atenção à mulher no parto. Conclusão: Os achados indicam áreas geográficas e possíveis estratégias para a prevenção do óbito fetal, na perspectiva da continuidade do cuidado, que deve prever intervenções que se iniciam antes da concepção e terminam apenas quando a gestação finalizou com um parto seguro. A aplicação de sistema consensual de classificação das causas, além de dados populacionais comparáveis ao longo do tempo, devem ser os pilares para uma priorização global e tomada de decisões para a redução desta epidemia invisível.
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Sífilis na gestação e congênita no município de Fortaleza-CE : análise de sistemas de informaçãoCardoso, Ana Rita Paulo 28 May 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-05-28 / Syphilis is an ancient disease that has prevailed over all attempts to eradication. Despite the effectiveness of penicillin in the treatment and cure of this disease, the affected pregnant women are not treated or are inadequately treated. When it occurs during pregnancy, syphilis is responsible for approximately 40% of perinatal mortality rates, 25% of stillbirths and 14% of neonatal deaths. In Brazil, between 1998 and June 2012, were reported 80,041 cases of congenital syphilis in infants under one year of age. Regarding the incidence of congenital syphilis in Brazil, in 2011 there was a rate of 3.3 cases per 1,000 live births, while the Northeast Region had the highest rates in that year, with 3.8 cases. In 2012, the State of Ceará notified 965 cases of congenital syphilis with an incidence rate of 7.6 / 1,000 live births. In 2013 for the city of Fortaleza, the incidence of congenital syphilis cases reached 15.0 per 1,000 live births. This study aimed to analyze reports of pregnant women with their cases of
congenital syphilis in the years 2008-2010; evaluate the database of the Information System for Notifiable Diseases (Sinan) and the Mortality Information System (SIM) in Fortaleza, Ceará, fetal and infant deaths due to congenital syphilis. Cross-sectional study conducted analysis of 175 cases of syphilis in pregnant women with corresponding notifications of congenital syphilis during the years 2008 to 2010 and analysis of databases of Sinan and SIM. In Sinan we analyzed reported cases of congenital syphilis and in SIM infant and fetal syphilis deaths from 2007 to 2013 were analyzed. Was used descriptive statistics with absolute and relative frequencies, measures of central tendency and dispersion, and chisquare test to analyze the statistical significance using the p value <0.05.Sociodemographic variables of pregnant / postpartum women, the care provided to infants and outcome of cases were analyzed. The results showed that the incidence of syphilis in young women over 85.0% of inappropriate treatment , 62.9 % of sexual partners untreated or ignored information and high percentages of non- achievement of the recommended tests for the investigation of congenital syphilis. It was observed that over the years there was a remarkable absence of registration of the disease as a cause of fetal and infant death, reaching 90.1% of underreported cases. Of the 41 deaths reported in the SIM as syphilis, 16 (39.0%) were not in Sinan. The year 2012 had the highest number of notifications, 591 cases and an incidence of 15.92 / 1,000 live births. Congenital syphilis was responsible for 268 abortions and 373
perinatal deaths during the study period with a perinatal mortality rate of 1.66 / 1,000 live births and stillbirths rate of 1.34 / 1,000 live births. Maternal age, conducting prenatal and maternal moment of diagnosis, persistent high titers in them, the inadequate treatment of these and their sexual partners, the prevalence titers greater than 1: 8 in peripheral blood of the newborn and these symptoms present themselves were associated with morbidity and mortality of fetuses and has contributed to the uncontrolled situation. Thus, vertical transmission of syphilis has been causing high mortality among fetuses, keeping this infection as a burden on the list of public health problems. / A sífilis é uma doença milenar que vem prevalecendo sobre todas as tentativas de sua
erradicação. Apesar da eficácia da penicilina no tratamento e cura desta doença, as gestantes acometidas não são tratadas ou são inadequadamente tratadas. Quando ocorre durante a gravidez, a sífilis é responsável por aproximadamente 40% das taxas de mortalidade perinatal, 25% de natimortalidade e 14% de mortes neonatais. No Brasil, entre 1998 e junho de 2012, foram notificados 80.041 casos de sífilis congênita em menores de um ano de idade. Com relação à taxa de incidência de sífilis congênita no Brasil, em 2011 observou-se uma taxa de 3,3 casos por 1.000 nascidos vivos, sendo que a Região Nordeste apresentou das maiores taxas nesse ano, com 3,8 casos. No ano de 2012, o Estado do Ceará notificou 965 casos de sífilis congênita com uma taxa de incidência de 7,6/1.000 nascidos vivos. Para o ano de 2013 no município de Fortaleza, a incidência de sífilis congênita atingiu 15,0 casos por 1.000 nascidos vivos. Este estudo objetivou analisar as notificações de gestantes com os respectivos casos de sífilis congênita nos anos de 2008 a 2010; avaliar no banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e do Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM) do município de Fortaleza, Ceará, os óbitos fetais e infantis por sífilis congênita. Estudo transversal que realizou análise de 175 casos notificados de sífilis em gestantes com as correspondentes notificações de sífilis congênita durante os anos de 2008 a 2010 e análise dos bancos de dados do Sinan e do SIM. No Sinan foram analisados os casos
notificados de sífilis congênita e no SIM os óbitos infantis e fetais pela doença de 2007 a 2013. Utilizou-se estatística descritiva com frequências absolutas e relativas, medidas de tendência central e dispersão e qui-quadrado de Pearson para analisar a significância estatística, utilizando o valor de p<0,05. Foram analisadas variáveis sociodemográficas das gestantes/puérperas, da assistência prestada aos recém-nascidos e desfecho dos casos. Os resultados mostraram a ocorrência da sífilis em mulheres jovens com mais de 85,0% de tratamentos inadequados, 62,9% dos parceiros sexuais não tratados ou com informação ignorada e percentuais elevados da não realização dos exames preconizados para a investigação de sífilis congênita. Observou-se que ao longo dos anos ocorreu importante ausência de registro da doença enquanto causa de óbito fetal e infantil, chegando a atingir 90,1%de casos sub-registrados. Dos 41 óbitos declarados no SIM como sífilis, 16 (39,0%) não estavam notificados no Sinan.O ano de 2012 apresentou o maior número de notificações, 591 casos e uma incidência de 15,92/1.000 nascidos vivos.A sífilis congênita foi responsável por 268 abortos e 373 óbitos perinatais no período do estudo com uma taxa de mortalidade perinatal de 1,66/1.000 nascidos vivos e taxa de natimortalidade de 1,34/1.000 nascidos vivos. A idade materna, a realização de pré-natal e momento do diagnóstico materno, persistência de altos títulos sorológicos nas mesmas, o tratamento inadequado destas e de seus parceiros sexuais, a prevalência títulos superiores a 1:8 em sangue periférico do recém-nascido e estes se apresentarem sintomáticos estiveram associados à morbimortalidade dos conceptos e vem contribuindo para o descontrole da situação. Assim, a transmissão vertical da sífilis vem acarretando elevada mortalidade entre os conceptos, mantendo essa infecção como um fardo no rol dos problemas de saúde pública.
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Fatores de risco associados à mortalidade de pacientes tratados com polimixina b endovenosaElias, Laura da Silva January 2010 (has links)
As polimixinas são antibióticos polipeptídicos com potente ação sobre várias bactérias Gram-negativas. Seu uso foi abandonado na década de 1960 devido a relatos de nefrotoxicidade e neurotoxicidade. No entanto, o aumento progressivo das infecções nosocomiais por bactérias Gram-negativas multirresistentes, como Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumannii, e a ausência de novos antimicrobianos para combater esses patógenos, desencadearam a sua reintrodução nos últimos anos. Somente as polimixinas B e E são utilizadas na prática clínica. As publicações referem-se, na grande maioria, à polimixina E. Encontramos poucos estudos clínicos sobre polimixina B, o que despertou o interesse para o desenvolvimento deste trabalho. Mais recentemente, um crescente número de publicações sobre a farmacocinética (FC) e a farmacodinâmica (FD), efetividade e segurança, das polimixinas, sobretudo, da colistina (polimixina E) tem sido publicado. Por exemplo, demonstrou-se em modelo experimental que o padrão FC/FD da colistina associado com sua atividade bactericida é a área sob a curva/ concentação inibitória mínima. Esse achado corrobora os resultados de um único estudo clínico com essa droga, demonstrando que doses maiores estão associadas a melhores desfechos clínicos. No presente estudo, de coorte retrospectivo, avaliaram-se os fatores de risco associados à mortalidade hospitalar em pacientes tratados com polimixina B endovenosa, com especial ênfase para o efeito da dose nesse desfecho. Os pacientes ≥ 18 anos que receberam polimixina B por ≥72 horas foram incluídos no estudo. O desfecho foi mortalidade hospitalar. Análise de subgrupos foi realizada em pacientes com infecções microbiologicamente confirmados e os com bacteremia. Toxicidade renal também foi avaliada. Para análise dos grupos e subgrupos utilizou-se Modelos de Regressão Logística (MRL). A mortalidade hospitalar global foi de 60,5%. Sepse grave ou choque séptico (Odds Ratio ajustado (ORa) 4,07; [Intervalo de Confiança] IC 95% 2,22-7,46), ventilação mecânica (ORa 3,14; IC 95% 1,73-5,71), escore de Charlson (ORa 1,25; IC 95% 1,09-1,44) e idade (ORa 1,02; IC 95% 1,01-1,04) foram independentemente associados com aumento da mortalidade intrahospitalar, enquanto doses ≥ 200mg/dia de polimixina B foram associadas com menor risco para o desfecho mortalidade (ORa 0,43; IC 95% 0,23-0,79). A dose ≥ 200mg/dia de polimixina B sobre a mortalidade foi maior no subgrupo de pacientes com infecções microbiologicamente documentadas e bacteremia. Os pacientes com ≥ 200mg/dia de polimixina B apresentaram um risco significativamente maior de insuficiência renal grave. O estudo demonstrou que polimixina B em doses ≥ 200mg/dia foi associada com menor mortalidade hospitalar, e o benefício destas doses mais elevadas sobrepõe o risco de disfunção renal grave durante o tratamento.
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Avaliação da capacidade funcional em pacientes críticos após dois anos da alta da UTIHaas, Jaqueline Sangiogo January 2010 (has links)
A capacidade funcional é considerada a habilidade do indivíduo em realizar atividades instrumentais do seu cotidiano, garantindo sua autonomia. Quando esta capacidade está prejudicada ou limitada, a qualidade de vida também é afetada. A própria Lei Orgânica da Saúde destaca a necessidade de preservação da autonomia para garantir a defesa de sua integridade física e moral. A Organização Mundial de Saúde e a Assembleia Mundial de Saúde publicaram em 2001 a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). A CIF descreve que a incapacidade funcional resulta não apenas de uma deficiência orgânica, mas da interação entre a disfunção apresentada pelo indivíduo, limitação de suas atividades, restrição da participação social e em razão de fatores ambientais e pessoais que interferem no seu desempenho em atividades da vida diária, podendo funcionar como barreiras ou facilitadores do estado funcional. Algumas escalas auxiliam a mensurar o quanto a capacidade funcional está prejudicada ou preservada. Cada uma das escalas possui características que permitem avaliar de forma específica um tipo de paciente e muitas delas são desenvolvidas para idosos ou determinada patologia. Para avaliar pacientes sobreviventes de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), não existe uma escala específica. As escalas escolhidas neste estudo foram as Karnofsky por permitirem avaliação abrangente da dependência dos pacientes pois não avalia atividades específicas. Também foi usada a escala de Lawton, que faz a avaliação específica de determinadas atividades e mensura a capacidade funcional a partir dessas atividades. Fatores que prejudicam o retorno à sociedade nos pacientes que estiveram internados em UTI são diversos. Alguns deles são diretamente relacionados à incapacidade funcional, como a polineuromiopatia do doente crítico (PDC), insuficiência renal, incapacidade cognitiva e a dependência da ventilação mecânica. A falta de estudos sobre o tema e a percepção de quanto o paciente que esteve criticamente doente perde da sua autonomia estimularam o interesse em estudar este assunto. Não existindo formas específicas de medir o grau de perda de capacidade funcional dessa espécie de paciente, foram selecionadas duas escalas que atendem ao objetivo deste estudo.
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Mortalidade neo-natal e prematuridade / Não disponível.Arnaldo Augusto Franco de Siqueira 22 November 1974 (has links)
A cidade de São Paulo vem apresentando, ao mesmo tempo, um acelerado desenvolvimento econômico e uma nítida deterioração do nível de saúde, medido pela mortalidade infantil, que está aumentando desde 1961, quando atingiu seu menor valor, e pela mortalidade neo-natal, que vinha mantendo-se se em níveis altos até o início da década de 1960, depois do que também está aumentando. A Investigação Interamericana de Mortalidade na Infância, realizada no período de junho de 1968 a maio de 1970, reuniu informações tão completas quanto possível, a partir de entrevistas, consultas aos arquivos hospitalares e autópsias, sobre os óbitos de menores de 5 anos residentes em São Paulo. Este trabalho teve por objetivos, a partir dos dados da Investigação, medir o valor real da mortalidade neonatal, bem como a mortalidade neo-natal por causas, fazer uma avaliação inicial sobre a influência de alguns fatores socio-econômicos na mortalidade neo-natal, estudar a importância da prematuridade como causa associada de morte e avaliar a qualidade da atenção à gestante e ao recém-nascido. O material utilizado para estudo constou dos óbitos de menores de 28 dias retirados da amostra de óbitos de menores de 5 anos selecionada pela Investigação. Os resultados mostraram um coeficiente de mortalidade neo-natal muito elevado, devido, principalmente, a uma excessiva mortalidade por causas perinatais e por doenças infecciosas. Em virtude da magnitude da mortalidade por infecção, a maior dentre todas as demais áreas da América onde se desenvolveu a Investigação, foram feitas considerações a respeito do problema. A prematuridade esteve presente na maioria dos óbitos neo-natais, como causa associada. Foi estimada a incidência da prematuridade, a partir do que considerou-se que a mortalidade neo-natal tão alta em São Paulo deve-se, principalmente, ao grande número de recém-nascidos de baixo peso. Como a desnutrição materna vem sendo encarada como a principal responsável pelo baixo peso ao nascer, deve-se enfatizar os aspectos da Nutrição em Saúde Materna nos programas de atenção à gestante, que necessitam ser dinamizados. / Infant mortality in São Paulo city decreased until the year of 1961. However, there has been an increase ever since. Neonatal mortality rates, which were already high, have also increased. The Interamerican Investigation of Mortality in Childhood, developed from 1968 to 1970, collected a considerable amount of information on deaths of under five children, resident in São Paulo. This paper, based on the data of the investigation, has the folowing onjectives: to calculate the real neonatal mortality rate in São Paulo and determine its causes; to evaluate the influence of some socio-economic factors in mortality; to analyse the importance of immaturity as an associated cause of death and the quality of prenatal and neonatal care. The material utilized in this paper is based on the information on the causes of deaths of children under 28 days, given by the investigation. The authors found a very high neonatal mortality rate, due to infectious diseases and perinatal causes. Because of the great effect of infectious diseases on these deaths, the problem has been analysed. Immaturity has been associated to 59,70 percent of neonatal deaths and its incidence is estimated to be high. The author believes that the high neonatal mortality rate observed in São Paulo derives from the great proportion of low birth weight babies. As maternal undernutrition has been thought to be responsible for low birth weight, nutition aspects must be emphasized in prenatal care programs.
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