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Camilo Pessanha revisitado: o \"Verlaine Português\" à luz de Mallarmé / Camilo Pessanha revisited: the \"Portuguese Verlaine\" brought to light by Mallarmé\'s poetry

Matangrano, Bruno Anselmi 29 November 2013 (has links)
A presente pesquisa é dedicada à poesia do simbolista português Camilo Pessanha, tendo em vista sua relação com a dos autores franceses Paul Verlaine e Stéphane Mallarmé, na tentativa de mostrar que Pessanha em muito supera a imagem de Verlaine Português, ao propor uma obra inovadora e fragmentária, que em alguns aspectos aproxima-se da escrita mallarmeana, preservando, no entanto, toda sua identidade e originalidade. Para tanto, atentou-se aos princípios formais da poética simbolista presentes na obra de cada um dos três, notadamente à sonoridade utilizada como forma de sugestão. Do mesmo modo, foi examinado como o uso de sintaxe truncada em poemas fragmentários pode favorecer os efeitos musicais e plásticos do texto também no sentido de suscitar e evocar imagens. Além disso, buscou-se identificar temas e símbolos comuns ao Simbolismo para verificar como cada um deles desenvolve tais aspectos em suas composições poéticas. A partir das semelhanças, dissonâncias e especificidades entre a poética desses três autores, tentou-se, pois, estabelecer pontos de contato entre a obra de Camilo Pessanha e as de Paul Verlaine e de Stéphane Mallarmé. Estudou-se também o lugar de Camilo Pessanha no movimento simbolista português, uma vez que foi, dentre os portugueses, aquele que mais se aproximou do Simbolismo parisiense, a despeito de muito pouco ter vivido em Portugal. Por fim, pretendeu-se destacar a grande importância destes três poetas para o desenvolvimento daquilo que se convencionou chamar de modernidade lírica. / The present research studies the poetry from the Portuguese symbolist poet Camilo Pessanha, considering his relation with the French authors Paul Verlaine and Stéphane Mallarmé, aiming to display that Pessanha surpasses by far the \"Portuguese Verlaine\" image, by proposing an innovative and fragmentary writing, which in some aspects nears mallarmean writing, although preserving his entire identity and originality. To that end, the formal principles from the symbolist poetic found in the works of the three aforementioned poets were observed, especially sonority as means of suggestion. Moreover, it was analyzed how the use of intricate syntax in fragmentary poems can assist the musical and pictorial effects of the poem to evoke images. It is expected to disclosure the similarities, dissonances and specificities between the poetic of the aforementioned authors, in an attempt to establish contact points between the Camilo Pessanhas writing and the poetics of Paul Verlaine and Stéphane Mallarmé. Camilo Pessanhas place in the Portuguese symbolist movement was also studied, considering that he was, among the Portuguese poets, the one who neared the Parisian symbolism the most, though he did not live much in Portugal. Finally, it was intended to highlight the great importance from these three poets to the development of what we stipulated to name the lyrical modernity.
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Camilo Pessanha revisitado: o \"Verlaine Português\" à luz de Mallarmé / Camilo Pessanha revisited: the \"Portuguese Verlaine\" brought to light by Mallarmé\'s poetry

Bruno Anselmi Matangrano 29 November 2013 (has links)
A presente pesquisa é dedicada à poesia do simbolista português Camilo Pessanha, tendo em vista sua relação com a dos autores franceses Paul Verlaine e Stéphane Mallarmé, na tentativa de mostrar que Pessanha em muito supera a imagem de Verlaine Português, ao propor uma obra inovadora e fragmentária, que em alguns aspectos aproxima-se da escrita mallarmeana, preservando, no entanto, toda sua identidade e originalidade. Para tanto, atentou-se aos princípios formais da poética simbolista presentes na obra de cada um dos três, notadamente à sonoridade utilizada como forma de sugestão. Do mesmo modo, foi examinado como o uso de sintaxe truncada em poemas fragmentários pode favorecer os efeitos musicais e plásticos do texto também no sentido de suscitar e evocar imagens. Além disso, buscou-se identificar temas e símbolos comuns ao Simbolismo para verificar como cada um deles desenvolve tais aspectos em suas composições poéticas. A partir das semelhanças, dissonâncias e especificidades entre a poética desses três autores, tentou-se, pois, estabelecer pontos de contato entre a obra de Camilo Pessanha e as de Paul Verlaine e de Stéphane Mallarmé. Estudou-se também o lugar de Camilo Pessanha no movimento simbolista português, uma vez que foi, dentre os portugueses, aquele que mais se aproximou do Simbolismo parisiense, a despeito de muito pouco ter vivido em Portugal. Por fim, pretendeu-se destacar a grande importância destes três poetas para o desenvolvimento daquilo que se convencionou chamar de modernidade lírica. / The present research studies the poetry from the Portuguese symbolist poet Camilo Pessanha, considering his relation with the French authors Paul Verlaine and Stéphane Mallarmé, aiming to display that Pessanha surpasses by far the \"Portuguese Verlaine\" image, by proposing an innovative and fragmentary writing, which in some aspects nears mallarmean writing, although preserving his entire identity and originality. To that end, the formal principles from the symbolist poetic found in the works of the three aforementioned poets were observed, especially sonority as means of suggestion. Moreover, it was analyzed how the use of intricate syntax in fragmentary poems can assist the musical and pictorial effects of the poem to evoke images. It is expected to disclosure the similarities, dissonances and specificities between the poetic of the aforementioned authors, in an attempt to establish contact points between the Camilo Pessanhas writing and the poetics of Paul Verlaine and Stéphane Mallarmé. Camilo Pessanhas place in the Portuguese symbolist movement was also studied, considering that he was, among the Portuguese poets, the one who neared the Parisian symbolism the most, though he did not live much in Portugal. Finally, it was intended to highlight the great importance from these three poets to the development of what we stipulated to name the lyrical modernity.
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Esthétique des limites. Espaces du savoir chez Novalis et Mallarmé / Aesthetics of Boundaries. Spaces of Knowledge in Novalis and Mallarmé

Krilles, Peter 04 December 2009 (has links)
La proximité entre les écrits de Novalis et de Mallarmé est aujourd’hui un lieu commun de la recherche sans pour autant avoir fait l’objet d’une étude approfondie. Si une influence directe ne saurait être affirmée avec certitude, le simple constat d’une modernité commune est également insuffisant. La parenté entre les deux projets esthétiques se situe à un autre niveau. Dans les contextes de crise des années autour de 1800 et de la seconde moitié du XIXe siècle, les deux auteurs esquissent une conception de l’art qui vise une réorganisation des espaces du savoir de l’âge moderne. Le dispositif central de cette ‘troisième voie’ est celui de la limite qui permet de rompre avec la vanité d’une approche représentative de l’expérience esthétique. L’esthétique des limites de Novalis et de Mallarmé ne se restreint pas au simple constat de la négativité qui résulte des nombreuses limites fondamentales auxquelles l’être humain moderne se trouve confronté. Les deux auteurs ne considèrent pas en premier lieu la limite dans sa fonction de délimitation, mais comme un espace propre qui revêt une productivité et une fonctionnalité épistémologiques considérables. Selon eux, la limite est une configuration essentielle de l’expérience esthétique parce qu’elle confère à celle-ci une médialité et une performativité spécifiques qui permettent de dépasser la relation binaire entre la discursivité du savoir positif et l’inaccessibilité d’un savoir absolu. Ainsi, l’esthétique des limites est une conception particulièrement pertinente à l’époque actuelle où le débat sur la valeur épistémologique de l’art et de la littérature est loin d’être terminé. / The similarity between the writings of Novalis and Mallarmé has become a topos in research, however, it has never been the object of a detailed study. On the one hand, we cannot say that Mallarmé was directly influenced by Novalis, on the other, the declaration that they share a modern vision is just as insufficient. The connection between the two aesthetic projects has to be found on another level. In their respective contexts of crisis, that characterise the periods around 1800 and the second half of the 19th century, both poets outline a conception of art with the objective of a new organisation of modern spaces of knowledge. Boundaries are a central dispositive of this ‘third way’ because they make it possible to overcome the vanity of a representative conception of aesthetic experience. Novalis’ and Mallarmé’s aesthetics of boundaries do not confine themselves to simply assessing the negativity that results from the numerous fundamental limitations of modern human condition. Both of them do not primarily consider the phenomenon of boundary to be a mere function of delimitation. For Novalis and Mallarmé, a boundary is an autonomous space that possesses a high epistemological productivity and functionality. Boundaries are central configurations of aesthetic experience because they endow this experience with a specific mediality and performativity that allow to overcome the binary relationship between positive discursive knowledge and the unattainability of absolute knowledge. The aesthetics of boundaries are an important concept nowadays as the debate surrounding the epistemological relevance of art and literature is far from being finished.
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Foucault e Mallarmé: o espessamento da linguagem / Foucault and Mallarmé: the thickening of language

Michael Ciano Gartrell 03 August 2016 (has links)
O objetivo deste trabalho é analisar como Foucault aborda Mallarmé no que concerne a condição da linguagem moderna. O filósofo argumenta que a linguagem moderna passa por um processo de espessamento e está adquirindo uma nova função que não é limitada à representação. O que se propõe é situar Mallarmé nesse processo linguístico examinado por Foucault, buscando identificar seu papel e relevância, assim como determinar quais foram as causas e as características centrais da espessura da linguagem no século XIX. Desse modo, a pesquisa basear-se-á principalmente na obra As Palavras e as Coisas, visto que é nesse livro que Mallarmé é mais detidamente estudado. Artigos, ensaios e entrevistas, como O Pensamento do Exterior, por exemplo, onde o autor simbolista é secundariamente discutido, serão referidos de modo a clarificar certas questões em Les mots e les choses. / The main objective of this thesis is to analyze Foucaults treatment of Mallarmés contribution to the modern condition of language. The philosopher argues that language in modernity is thickening and is acquiring a new function that is not limited to representation. Our aim is to situate Mallarmés position in this linguistic process examined by Foucault, identifying his role and relevance as well as determining what were the causes and central characteristics of languages thickness in the 19th century. Therefore, our research will rely heavily on The Order of Things, since it is here where Foucault examines Mallarmé in greater length. Articles, essays and interviews, like The Thought from the Outside for example, where the symbolist poet is indirectly discussed will be refered to in order to clarify certain issues in Les mots e les choses.
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Appropriations politiques de l'oeuvre de Stéphane Mallarmé : Les cas de Sartre, de Tel Quel, de Badiou et de Rancière / Political Appropriations of the Work of Stéphane Mallarmé : the cases of Sartre, Tel Quel, Badiou and Rancière

Boncardo, Robert Malcolm 20 March 2015 (has links)
L’objectif de cette thèse est d’étudier les appropriations politiques de l’œuvre de Stéphane Mallarmé. Nous explorerons comment on a pu faire de Mallarmé un objet de réflexion politique, tout en examinant les ressources conceptuelles dont on s’est servi pour donner aux écrits du poète une signification politique, ainsi que les différentes conjonctures, à la fois intellectuelle et politique, dans lesquelles ils ont pu jouer un rôle politique. Nous aborderons d’abord les travaux de Sartre, en étudiant le dialogue qu’il a entretenu avec Mallarmé tout au long de sa carrière. Nous expliquerons comment Mallarmé a pu être pour Sartre à la fois un membre d’un courant littéraire anti-démocratique et nihiliste et un héros existentialiste avant la lettre. Ensuite nous nous tournerons vers les premiers travaux de Julia Kristeva. En étudiant de près sa lecture de Mallarmé, nous montrerons pourquoi Mallarmé devait être pour les telqueliens à la fois un objet de réflexion privilégié et de critique. Dans notre troisième chapitre, nous examinerons la lecture de Mallarmé proposée par Alain Badiou en nous focalisant sur son premier livre, Théorie du sujet. Nous tâcherons aussi à cerner la signification de Mallarmé pour Badiou après la publication de son chef-d’œuvre, L’Etre et l’événement. Dans notre quatrième chapitre, nous nous tournerons vers les écrits de Jacques Rancière et proposerons une exégèse critique de sa lecture du poète. Nous clarifierons la signification politique que Rancière accorde à Mallarmé. Nous terminerons en examinant brièvement l’intervention récente dans cette histoire interprétative de Quentin Meillassoux. / The aim of this thesis is to study the political appropriations of the work of Stéphane Mallarmé. We will explore how Mallarmé has been made an object of political reflection, as well as examining the conceptual resources used to give his writings a political significance, and the different conjunctures, at once political and intellectual, in which his writings have played a political role. We begin with the works of Sartre and study his dialogue with the poet, which lasted the entirety of his career. We will explain how Mallarmé could be, for Sartre, at once a member of an anti-democratic and nihilistic literary tendency and a proto-existentialist hero. Then we will turn to the early work of Julia Kristeva. By closely studying this reading, we will show why Mallarmé had to be for the Telquellians at once an object of privileged reflection and an object of critique. In our third chapter, we examine the reading of Mallarmé proposed by Alain Badiou, focusing on his first book, Théorie du Sujet. We will also attempt to determine the political signfication of Mallarmé for Badiou after the publication of his masterwork, L'Etre et l'événement. In our fourth chapter, we turn to the writings of Jacques Rancière and offer a critical exegesis of his reading of the poet. We will clarify the political signification that Rancière gives to Mallarmé. We will end by briefly examining the recent intervention into this interprétative history by Quentin Meillassoux.
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Le moindre-auteur / The "moindre-auteur"

Urani, Stéphen 10 December 2012 (has links)
Se peut-il que l'auteur s'efface en partie de son texte ? Se peut-il que sa discrétion soit délibérée, et au point de déléguer des pouvoirs auctoriaux à son destinataire ? Peut-il prendre les devants sur l'opération critique qui voudrait le "tuer" ? Et comment réagir face à une telle production ? Le lecteur n'en deviendrait-il pas autre ? L'objet de cette thèse sera de montrer qu'une littérature "moindre-auctoriale" est possible. Mieux ; qu'elle existe. / Is it possible that the author clears himself from his text ? is it possible that his discretion is delibarate, and to the point of delegating auctorial powers to his recipient ? Can he take the lead on the critical operation that would "kill" him ? And how to respond to such production ? Wouldn't the reader become another one ? The goal of this thesis will be show that a "lesser-auctorial" litterature is possible. Better ; that it exists.
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Le problème du « je » poétique dans la poésie de Stéphane Mallarmé : la quête de l’impersonnalité et l’énonciation poétique / The problem of the poetic “I” in Stéphane Mallarmé’s poems : the search for impersonality and poetic enunciation

Yano-Matsuura, Namiko 22 March 2018 (has links)
Dans « Crise de vers » (1897), Mallarmé déclare « la disparition élocutoire du poëte », formule qui inspire aux critiques littéraires du milieu du XXe siècle la revendication de « la mort de l’auteur ». Si le poète s’efforce de disparaître, comment peut-on considérer le je parlant et le centre de la subjectivité inscrite inévitablement dans le poème ? L’impersonnalité, perçue d’abord par Mallarmé au moment de sa crise spirituelle des années 1860, est-elle compatible avec ce je ineffaçable du poème ? À partir de ces questions, la présente thèse, composée de deux parties, se propose d’interroger sa poétique de l’impersonnalité. Le premier volet vise à tracer chronologiquement l’évolution de l’idée d’impersonnalité en s’appuyant sur le discours théorique du poète. Cette idée, qui se rattache au début à un état existentiel du sujet créateur, porte au fur et à mesure sur la technique artistique et l’effet produit de l’œuvre, au cours de ses critiques sur Manet (1874-1876), Wagner (1885) et le théâtre contemporain (1886-1887). En analysant les poèmes publiés entre 1876 et 1887, période marquée par ce développement, le second volet vise à éclairer le côté pratique de l’impersonnalité. Pour saisir le paradoxe apparent de l’exigence théorique et du je poétique, nous examinerons d’un point de vue énonciatif le poème qui se produit d’une énonciation du sujet parlant. Sur ce plan de l’acte de langage, la quête mallarméenne de l’impersonnalité, articulée à celle de la pureté de la poésie, parvient, malgré son discours à la première personne, à la construction dans et par le poème d’un espace-temps fictif et théâtral qui nous apparaît à chaque lecture. / In “Crise de vers” (1897), Mallarmé declared “la disparition élocutoire du poëte”, which inspired the concept of “the death of the author” among the literary critics in the middle of 20th century. If the poet attempts to disappear, how then do we think of the speaking I and the subjectivity that is inevitably built into the poem? Is the impersonality, which Mallarmé perceived first during his spiritual crisis in the 1860s, compatible with this indelible I ? Based on these questions, the present thesis, composed of two parts, aims to investigate Mallarmé’s poetic of impersonality. The first part aims to draw chronologically on the evolution of his idea of impersonality, relying on his theoretical discourse. Relating to the beginning of an existential state of the creator, this idea applies gradually to the artistic technic and to the effects produced by works of art, through Mallarmé’s criticisms of Manet (1874-1876), Wagner (1885), and the contemporary theatre (1886-1887). Analyzing the poems published between 1876 and 1887, the period characterized by the development of the idea, the second part aims to clarify the practical side of the impersonality. For understanding the apparent paradox of the theoretical claim of the impersonality with the poetic I, we examine the poem produced from the enunciation of the speaking subject from a viewpoint of enunciation. In these pragmatic terms, Mallarmé’s search associated with that for poetic purity, has taken, despite his poetic discourse in the first person, the form of a poem of a fictional and theatrical space-time that becomes apparent to us on every reading.
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La présence de Mallarmé / Mallarmé’s presence

Bakken, Arild Michel 02 October 2015 (has links)
Dans sa thèse intitulée La présence de Mallarmé, Arild Michel Bakken interroge la présence de Mallarmé dans son œuvre. Contre l’idée dominante qui fait de Mallarmé le poète de l’absence, Bakken montre que la figure du poète est très présente dans le texte, et que c’est en réalité cette figure qui assure la cohérence de l’œuvre. Utilisant une méthode rhétorique centrée sur l’expérience du lecteur, la thèse montre comment Mallarmé se met en scène. La figure de l’auteur est bien ancrée dans la société de son temps, comme Français, comme petit-bourgeois, comme mari et père. Cette figure apparaît clairement comme une figure de poète, mais aussi comme « homme de lettres » et comme journaliste. La thèse montre aussi que le lecteur peut suivre la vie intérieure de la figure comme voyant et comme penseur. Même dans les textes les plus impersonnels, l’auteur n’est pas absent, mais assume la posture de la mystérieuse « Figure que Nul n’est », qui représente l’essence de la subjectivité humaine. Par la mise en scène de sa figure dans l’œuvre, Mallarmé cherche à séduire le lecteur, à obtenir une « gloire », à conférer à son œuvre une valeur. La figure de l’auteur, son ethos, est aussi un moyen efficace pour transmettre les valeurs du poète, sa vision du monde. Mais la vision du monde qui apparaît chez Mallarmé est constamment minée par l’ironie du poète, qui est le trait le plus caractéristique de sa présence. / In his doctoral thesis La présence de Mallarmé, Arild Michel Bakken investigates Mallarmé’s presence in his work. Against the common view of Mallarmé as the poet of absence, Bakken shows that the figure of the poet is very present in the text, and that this figure is in fact what gives the work its unity. Through a rhetorical method focused on the reader’s experience, Bakken shows how Mallarmé stages himself throughout the work. The figure of the author is anchored in the society of his time, as a Frenchman, as a petit-bourgeois, as a father and a husband. It is clearly a poet figure, but also an “homme de lettres” and a journalist. The thesis also shows that the reader can follow the inner life of the figure, as a seer and as a thinker. Even in the most impersonal texts, the author is not absent, but adopts the posture of the mysterious “Figure that No One is”, representing the essence of human subjectivity. Through the staging of his figure in the work, Mallarmé seeks to seduce the reader, to obtain “glory”, to give his work value. It is also an effective instrument for transmitting the poet’s values, his world view. But the world view which appears in Mallarmé’s work is constantly undermined by the poet’s irony, which is the most characteristic feature of his presence.
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Le texte et le lieu du spectacle de La Plume au Mur. Stéphane Mallarmé parmi les avant-gardes

Schiau Botea, Diana 03 May 2010 (has links) (PDF)
Comme l'a montré récemment Peter Sloterdijk, l'avènement du système médiatique remet profondément en cause le modèle humaniste du livre comme lettre créatrice d'amitié. Les citoyens ne s'identifient plus à des valeurs communes grâce à des lectures canoniques. C'est pourquoi, à la fin du XIXe siècle déjà, les hommes de lettres vont chercher des modalités nouvelles de réduire la distance qui les sépare du public. Cette thèse examine et compare quatre journaux ou revues artistiques différentes - L'Hydropathe, Le Chat Noir, La Plume et Le Mur - dont les créateurs organisent des soirées littéraires publiques ou des spectacles de projection - théâtre d'ombres - dans des lieux qu'ils aménagent dans ce but : des cafés, des petites salles intimes du Quartier Latin, des cabarets à Montmartre. Les étudiants nomades se fixent et à cela va correspondre un investissement progressif aussi bien de l'espace théâtral que de l'espace textuel. On sera pourtant étonné de découvrir des préoccupations similaires, chez un auteur retiré, qui ne prenait pas volontiers la parole en public. Stéphane Mallarmé est un écrivain, comme dit Jacques Rancière, " infiniment attentif à son temps ". On remarquera ainsi que Mallarmé et les avant-gardes étudiées créent des spectacles démocratiques qui s'efforcent de rendre compte des contradictions irréductibles du monde moderne. On imaginera avec un certain plaisir, certes indissociable de l'humour, de la fête et du carnaval, les communautés auxquelles les mises en scène de l'écriture fragmentaire et du support artistique nous invitent visiblement à rêver.
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Fin de l’idylle ? : étude sur les formes et les significations de l’idylle dans la littérature française du dix-neuvième siècle / End of the idyll ? : forms and significations of the idyll in the French litterature during the nineteenth century

Boneu, Violaine 13 March 2010 (has links)
Au carrefour de la théorie des genres, de l’histoire littéraire et de l’herméneutique, ce travail entreprend de repenser le statut de l’idylle dans la littérature française du XIXe siècle. Allant à l’encontre du lieu commun selon lequel l’idylle ne serait plus, après André Chénier, qu’un genre figé dans des clichés définitivement anachroniques, il propose quelques outils conceptuels permettant d’analyser la dynamique actuelle des formes et des significations de l’idylle. La notion articule, au XIXe siècle, trois logiques majeures : une logique rhétorique, qui inscrit l’idylle dans une poétique des genres ; une logique historico-philosophique, qui, depuis le XVIIIe siècle, envisage l’idylle comme un mythe de l’origine et une figuration de l’Idéal ; une logique psychologique, enfin, issue de la révolution Romantique, qui définit l’idylle en termes d’illusion, de fantasme ou de rêve. Du fait même de cette complexité, l’idylle est un point d’observation privilégié des grandes mutations de la modernité. En brossant un panorama général des évolutions du genre au XIXe siècle et en interrogeant les références explicites à l’idylle dans certaines œuvres poétiques et romanesques majeures de Nerval, Hugo, Baudelaire, Mallarmé, Balzac et Zola, cet ouvrage propose un point de vue nouveau sur la crise de la subjectivité, sur la crise de la représentation littéraire et sur la redéfinition du traditionnel partage entre prose et poésie. / This work aims to re-think the status of the idyll in the French literature during the 19th century by combining theory of literary genres, literary history and hermeneutics. Objecting to the common-sensical idea that the idyll has evolved into a frozen genre full of anachronical clichés after André Chénier, it provides some conceptual ressources to analyze the actual dynamics of the idyll, both in terms of form and signification. The notion follows three main logics : a rhetorical one, which places the idyll into the poetic of literary genres, an historical and philosophical one, which, since the 18th century, considers the idyll as a cue of a mythical origin and an image of the Ideal, and lastly, a psychological one, born with the romantic revolution, which understands the idyll in terms of illusion, fantasies or dreams. Because of its intrinsic complexity, the idyll provides a priviliged point of view to examine the most important changes of the modern times. This work gives an overview of the evolution of the genre during the 19th century and examines the explicit references to the idyll made by Nerval, Hugo, Baudelaire, Mallarmé, Balzac and Zola in some of their major poetical works and novels. In doing so, it develops a new perspective on the crisis of the subjectivity, the crisis of literary representation and the redrawing of the traditional distinction between prose and poetry.

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