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As práticas discursivas dos operários em empreendimentos de produção industrial autogestionáriaWebler, Darlene Arlete January 2008 (has links)
Le présent travail analyse les pratiques discursives de travailleurs associés dans des entreprises de production industrielle fonctionnant sur la base de l’autogestion, dans l’État du Rio Grande do Sul (Brésil). Ces entreprises autogestionnaires sont apparues après le dépôt de bilan d’entreprises capitalistes et représentent actuellement des alternatives pour la génération d’emploi, de revenu et la construction de nouvelles relations sociales de production. L’objectif du travail est de démontrer que l’organisation ouvrière autogestionnaire institue un nouveau champ discursif, c’est-à-dire un événement discursif. L’observation des discours des et sur les sujets autogestionnaires révèle de nouvelles conceptions du travail, de nouvelles pratiques discursives traversées par des savoirs concordants, contradictoires ou même opposés à l’autogestion. L’analyse théorique s’inscrit dans la perspective de l’Analyse française du Discours de Michel Pêcheux, qui met l’accent sur les processus de production de sens et sur leurs déterminations historico-sociales, en partant du fait que l’idéologie est constitutive de ces processus et un élément déterminant des discours, des sujets et des sens. Pêcheux base sa théorie sur le marxisme althusserien, un choix ancré dans la théorie des idéologies sur la base de l’histoire des formations sociales et de ses modes de production, avec comme question importante la lutte des classes. C’est à la lumière de cette théorie que sont analysées les notions de Formation Sociale, Conditions de production, Formation Idéologique et Formation Discursive, afin de voir dans quelles conditions ont lieu les relations de production et de transformation au sein d’une production discursive. Sont également abordées des notions léninistes et gramsciennes telles que la catégorie de la contradiction, l’hégémonie, le bloc historique et les intellectuels organiques. Les questions théoriques du domaine de l’Analyse du Discours et du domaine des Sciences Sociales sont articulées aux nouveaux discours ouvriers, que l’on peut également rencontrer au cours de l’histoire : les discours des ouvriers dans les entreprises industrielles autogestionnaires dans l’État du Rio Grande do Sul. Le matériel discursif utilisé à des fins d’analyse se compose des productions discursives d’ouvriers autogestionnaires, d’assesseurs, de syndicalistes, de politiciens et de sympathisants, obtenues principalement à travers des entretiens, mais également de matériels de formation socio-politico-administrative et de matériels d’information – privés et publics. En analysant les processus de dicursivisation d’ouvriers insérés dans des entreprises industrielles autogestionnaires sur leurs pratiques sociales, la recherche met à jour un nouveau type singulier d’organisation des travailleurs, dans une dynamique contraire à celle des entreprises traditionnelles capitalistes. En partant du fait que la gestion ouvrière collective est née de l’échec administratif de la gestion entrepreneuriale, nous observons, à partir des Études du Langage, combien les formes d’exploitation capitaliste sont « désajustées » et « réajustées » pour l’obtention dans le coopérativisme autogestionnaire d’une dynamique solidaire, démocratique et autonome de planification, de gestion et de distribution des résultats économiques. Finalement, notre parcours théorico-analytique nous permet d’avancer que l’organisation autogestionnaire ne renvoie pas seulement à des espaces démocratiques de décision, mais également à l’appropriation du processus productif et de commercialisation de la part des travailleurs. Dans la perspective de l’Analyse du Discours, nous en concluons que l’organisation autogestionnaire ouvrière s’avère être un événement discursif et constitue une nouvelle forme discursive : la Formation Discursive des Ouvriers Autogestionnaires. / Esta tese apresenta nossa pesquisa acerca das práticas discursivas de trabalhadoresassociados em empreendimentos de produção industrial na modalidade da autogestão, no Rio Grande do Sul. Trata-se de empreendimentos autogestionários que se instauraram a partir de empresas de gestão capitalista – ou seja, de massas falidas – e que se apresentam atualmente como alternativas de geração de trabalho e renda e de construção de novas relações sociais de produção. Nosso propósito principal reside em comprovar que as práticas discursivas emergentes na organização operária autogestionária instituem um novo campo discursivo, o que significa dizer que se trata de um acontecimento discursivo. Assim, o estudo passa pela observação dos discursos que emergem dos e sobre os sujeitos autogestionários, revelando novas concepções de trabalho, novas práticas discursivas que são atravessadas por saberes confluentes, contraditórios e até antagônicos à autogestão. A opção teórica, para o presente estudo, está alicerçada na perspectiva da Análise do Discurso, de linha francesa, a partir de Michel Pêcheux, caracterizando-se pelo enfoque nos processos de produção de sentido e de suas determinações histórico-sociais, em uma compreensão de que a ideologia é constitutiva desses processos e determinante dos discursos, dos sujeitos e dos sentidos. Pêcheux apresenta sua teoria, inicialmente, na perspectiva do marxismoalthusseriano, o que significa uma opção ancorada na teoria das ideologias com base na história das formações sociais e nos seus modos de produção, considerando como questão relevante as lutas de classe. É à luz desta teoria que refletimos fundamentalmente sobre as noções de Formação Social, Condições de produção, Formação Ideológica e Formação Discursiva, com vistas a investigar sob que condições ocorrem relações de reprodução e de transformação no interior de uma formação discursiva. Trouxemos também, para nossas abordagens, noções leninistas e gramscianas como a categoria da contradição, a hegemonia, o bloco histórico e os intelectuais orgânicos. Articulamos as questões teóricas do campo da Análise do Discurso e do campo das Ciências Sociais aos novos discursos operários que, ao mesmo tempo, são possíveis de serem encontrados ao longo da história: os discursos dos operários em empreendimentos industriais autogestionários no Rio Grande do Sul. Relativamente à materialidade discursiva utilizada para fins de análise, tomamos as produções discursivas de operários da autogestão, assessores, sindicalistas, políticos e simpatizantes, que foram obtidas, prioritariamente, através de entrevistas, mas também através de materiais de formação sócio-político-administrativa e de materiais de informação – seja de circulação restrita, seja de circulação aberta à população. Ressaltamos que esta pesquisa, ao analisar os processos de discursivização de operários inseridos em empreendimentos industriais autogestionários sobre suas práticas sociais, desnuda um fascinante novo jeito de trabalhadores se organizarem em uma dinâmica adversa à das empresas tradicionais capitalistas. Considerando que a gestão coletiva operária tem seu surgimento a partir do fracasso administrativo da gestão empresarial, observamos, à luz dos Estudos da Linguagem, como e em que medida as formas de exploração capitalista são “desarranjadas” e “re-arranjadas” para ter, no cooperativismo autogestionário, uma dinâmica solidária, democrática e autônoma de planejamento, de gerenciamento e de distribuição dos resultados econômicos. Finalmente, nosso percurso teórico-analítico nos permite dizer que a organização autogestionária não remete apenas a espaços democráticos de decisão, mas à apropriação do próprio processo produtivo e de comercialização por parte dos trabalhadores. Na perspectiva da Análise do Discurso, concluímos que a organização de autogestão operária se revela um acontecimento discursivo e constitui uma nova formação discursiva: a Formação Discursiva dos Operários Autogestionários.
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O modo de vida "just-in-time" do novo perfil metalúrgico jovem-adulto flexivel do ABC : antigos dilemas, novas contradições e possibilidades /Araújo, Renan Bandeirante de. January 2009 (has links)
Orientador: Maria Orlanda Pinassi / Banca: Claudia Mazzei Nogueira / Banca: Fábio Kazuo Ocada / Banca: Sérgio César da Fonseca / Banca: Giovanni Antonio Pinto Alves / Resumo: Em nossa pesquisa foi possível constatar que a indústria montadora situada na região do ABC paulista, aqui analisada, a partir de 1992 promoveu intenso processo de mudanças na sua estrutura produtiva, resultando na emergência de um segmento operário jovem-adulto flexível de novo perfil histórico-social e profissional. Trata-se de uma nova parcela de "colaboradores" situados entre 15 e 35 anos de idade, cujo modo de vida "just-in-time" próprio desse segmento metalúrgico - os filhos da reestruturação produtiva -, relaciona-se às estratégias de captura da subjetividade operária por meio de novas formas de gestão/coerção de pessoal, e que, espraiando-se para além do universo fabril, revela a nova forma de ser do novo metabolismo produtivo-social do capital na época do trabalho flexível / Abstract: Current research analyzes the car-building industry in the greater São Paulo region as from 1992 when a deep modification process in its productive structure occurred. The above-mentioned process caused the emergence of a labor segment, or rather, the flexible young man / adult, featuring a new historical, social and professional profile. Actually it is a new set of 'collaborators' within the 15-35-year-old bracket, whose just-in-time life style, proper of the metalworking section hailing from production restructuring, is related to the bonding strategies of worker subjectivity. This fact is brought about by the personnel's new management/coercion styles which looks beyond the factory environment and reveals the new life style of capital's productive and social metabolism in a period of flexible labor / Doutor
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A maquina automotiva em suas partes : um estudo das estrategias do capital nas autopeças em Campinas / The automotive machine in its parts : a study on the strategies of the capital in automotive components sector in the region of CampinasPinto, Geraldo Augusto 06 November 2007 (has links)
Orientador: Ricardo Luiz Coltro Antunes / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-10T10:32:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2007 / Resumo: A década de 90 trouxe grandes mudanças nas relações entre o Estado, as empresas e os trabalhadores no Brasil. Na indústria automotiva, a abertura comercial permitiu às montadoras aplicar estratégias globais no suprimento de autopeças, configurando uma cadeia de fornecimento hierarquizada, onde, nos primeiros níveis, estão as fabricantes de sistemas completos dos veículos (sistemistas), as quais também reproduzem estas relações com suas fornecedoras. Acompanhando este processo, mudanças na gestão do trabalho têm reformulado as estruturas de cargos nas plantas, exigindo novas competências aos assalariados e alterando o relacionamento que mantêm entre si nas esferas gerenciais e operacionais, fatos que se refletiram na própria organização do movimento sindical. Focando tais transformações no setor de autopeças da região de Campinas, os objetivos desta tese são compreender: (1) os principais aspectos das relações estabelecidas entre plantas filiais de grupos transnacionais com suas matrizes, bem como com suas clientes e fornecedoras, nos processos de hierarquização e redução da cadeia automotiva, cujo deslanchar no Brasil ocorreu em meio à desnacionalização deste setor; (2) como estes aspectos se relacionam com a implantação da gestão flexível do trabalho nestas plantas filiais, inclusive no tocante à conjugação de métodos dos sistemas taylorista/fordista e toyotista; (3) como tais mudanças têm afetado os trabalhadores, seja quanto aos perfis profissionais e educacionais exigidos e o montante de empregos ofertados, seja quanto às formas de mobilização e negociação sindicais construídas neste contexto. Para a consecução destes objetivos, revisamos a literatura sobre a reestruturação produtiva e sua difusão no Brasil após os anos 90, e realizamos um estudo de caso empírico numa empresa transnacional, situada na região de Campinas e fornecedora tanto de grandes sistemistas de autopeças quanto de montadoras. O Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas também foi pesquisado, mediante entrevistas junto à sua direção e presidência, nas quais se abordaram as ações desta entidade em face da reestruturação produtiva nas empresas e das políticas neoliberais, suas concepções acerca das conseqüências destes processos sobre os trabalhadores, bem como o relacionamento que o sindicato vem tendo com a CUT. Os resultados mostram que a desnacionalização do setor de autopeças brasileiro teve profunda relação com as estratégias globais dos grupos transnacionais desta indústria, refletindo um embate entre corporações dos EUA e da Europa frente ao avanço da concorrência nipônica, liderada pela Toyota, embate no qual têm contado com a atuação dos Estados e das classes trabalhadoras. A implantação da gestão flexível nas plantas filiais de países periféricos, por sua vez, não apenas é parte desta luta mundial pela acumulação de capital, como a reproduz no próprio relacionamento cotidiano entre os assalariados, das gerências ao chão de fábrica, onde a hibridez do taylorismo/fordismo com o toyotismo tem configurado perfis de qualificação que fragmentam social, econômica e politicamente os trabalhadores. Por fim, a terceirização e o desemprego que emergiram destes processos têm imposto obstáculos à ação sindical, levando tensões e rupturas entre instâncias locais, estaduais e federais nos setores mais combativos, como ilustra o rompimento do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas com a CUT / Abstract: The Nineties brought significant changes to the relations among the state, the companies and the working class in Brazil. In the automotive industry, the commercial opening allowed car assembly companies to utilize global strategies on its parts supply, forming a hierarchized supply chain where, in the first levels are the manufacturers of complete vehicle systems (systemists), which also reproduce these relations with their suppliers. Following this process, changes in work management have remodeled the position structures in plants, demanding new competences to working class and altering the relationship that is maintained among them on the operational and managerial aspects, facts that reflected in the own union movement organization. Focusing on such transformations in the automotive components sector in the region of Campinas, this study is aimed at: (1) the main aspects of the relations established among branch plants belonging to transnational groups towards their headquarters, clients and suppliers, in the hierarquization and reduction of automotive chain whose boom occurred during this sector¿s denationalization; (2) how these aspects are related to the implantation of flexible work management in these branch plants, including when it comes to the taylorist/fordist and toyotist systems; (3) how these changes have affected working class, whether to their required personal and educational skills, whether to their union mobilization and negotiations build in this context. In order to achieve these goals, we went over the literature about productive restructuration and its spread across Brazil after the nineties, and we carried out an empirical study case in a transnational company, located in the region of Campinas and both supplier of big automotive components and assembly companies. The Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas was also surveyed, through interviews along with its management running, in which actions of this institution were approached in the face of companies productive restructuration and neo-liberal policies, their conceptions about the consequences of these processes to the working class, as well as the good relationship the union has had with CUT. Results have shown that the automotive components sector denationalization had a deep relation with the global strategies of transnational groups of this industry, reflecting a struggle between American¿s and European¿s corporations against the Nipponese competition, led by Toyota, struggle which has counted on States and the working class. The flexible management implantation in the branch plants of peripheral countries, on the other hand, is not only part of this world struggle for capital accumulation, as well as the reproduction on the daily relations among in shop floor managers, where the taylorism/fordism hybridity along with toyotism systems have formed profiles of qualification that fragment socially, economically and politically the working class. Lastly, outsourcing and unemployment which rose from these processes have build big roadblocks to union actions, conducting strains and ruptures among local, state and federal institutions in the most combative sectors, as it has shown the disruption between Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas and CUT / Doutorado / Sociologia / Doutor em Sociologia
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O movimento sindical metalúrgico na Zona Sul de São Paulo: 1974 a 2000 / The metallurgists\' unionized struggle in the southern area in São Paulo city: 1974 a 2000Maria Nelma Gomes Coelho 12 March 2008 (has links)
Esta tese historia a implantação e o desenvolvimento do Parque Industrial da Zona Sul de São Paulo, no que tange as indústrias metalúrgicas, a luta dos trabalhadores metalúrgicos desde o regime militar até o ano 2000. Historia a organização do movimento sindical nas fábricas, as diversas correntes sindicais existentes, os problemas enfrentados. e a atuação do Sindicato. As vitórias e derrotas, e as contradições existentes no seio da categoria e o a transformação do seu Sindicato de pelego agente aberto do capital. A história do Parque Industrial é reconstituída desde o processo de criação da infra-estrutura, na década de 1920, quando Santo Amaro ainda era Município e historia a luta sindical dos metalúrgicos da Região desenvolvida entre 1974 a 2000. O fio condutor é a luta entre o Trabalho e o Capital. / This thesis investigates the establishment and the development of the industrial park of the southern area in São Paulo city, focusing on metallurgy industries, the metallurgists\' struggles dating from the military regime up to the year 2000. It analyses the organization of the unionized movement inside the industrial plants, its different existing streams, the problems it faced and the Trade Union\'s performance. It also analyses the conquests and weaknesses, the existing contradictions inside this unionized group and the transformation of a stool-pigeon Trade Union into an open agent of capital. The history of this industrial park is described since the very beginning of its substructure in the 1920s, when Santo Amaro was still a town. The metallurgists\' unionized struggle is investigated from 1974 to 2000. The main interest is centered on the dispute between Labor and Capital.
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"Mais vale um ano de leão que cem anos de cordeiro" : trajetórias dos metalúrgicos de São José dos Campos (1956-1990) / The history of the metalworkers of São José dos Campos, Brazil (1956-1990)Guerra, Caio César da Silva, 1986- 26 August 2018 (has links)
Orientador: Cláudio Henrique de Moraes Batalha / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-26T20:56:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Resumo: A historiografia do trabalho tem analisado a relação entre o "velho" e o "novo" sindicalismo há pelo menos duas décadas, relativizando a ideia de ruptura total entre o movimento sindical do pré-1964 e aquele que teria surgido no final dos anos 1970, especialmente no que diz respeito a suas estratégias de organização e de luta. Esses historiadores têm demonstrado a existência de significativas continuidades entre um momento e outro do sindicalismo brasileiro e desconstruído a imagem negativa sobre o "velho" sindicalismo, em grande medida, associada a seu vínculo com o PCB e às disputas políticas no campo da esquerda durante os anos 1980. Essas análises trataram, sobretudo, dos casos de São Paulo, do ABC e do Rio de Janeiro, mas, em geral, pouco se dedicaram ao período do chamado "novo sindicalismo" e/ou ao caso de categorias de trabalhadores fora de seu epicentro e caso paradigmático, o ABC. Com o objetivo central de compreender a singularidade do chamado "novo sindicalismo" no caso dos metalúrgicos de São José dos Campos, este trabalho investigou as trajetórias, formas de organização e de luta dessa categoria entre meados dos anos 1950 e o final da década de 1980. Esses trabalhadores foram protagonistas de uma importante greve em março de 1979, que transformou consideravelmente a história de seu sindicato, até então dirigido pelos chamados "pelegos". Durante os anos 1980, ao contrário das décadas anteriores, ondas grevistas tomaram as fábricas metalúrgicas e os trabalhadores empregaram repetidamente a tática de ocupação dos locais de trabalho até concretizarem suas reivindicações. Além das particularidades desse sindicalismo, investigou-se a atuação de organizações de esquerda entre os metalúrgicos da cidade e suas disputas pelo sindicato, notadamente entre a Articulação e a Convergência Socialista (CS), então correntes internas ao Partido dos Trabalhadores (PT). Buscou-se, finalmente, compreender como se tornou possível a vitória da CS nessa disputa contra o grupo majoritário de um PT que crescia substancialmente na sociedade brasileira. Essa vitória pode ser considerada o início da hegemonia da CS ¿ posteriormente Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado ¿ na direção do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São José dos Campos e Região / Abstract: Labor historiography has analyzed the relations between "old" and "new" unionism for at least two decades and has put in question the idea of a complete rupture setting apart the union movement before the 1964 military coup and the one emerging in the late 1970¿s, above all concerning its strategies of organization and striking. Those historians have showed significant continuities among these two moments in brazilian unionism and have contested the negative image of the "old" unionism, often related to its connection with Brazilian Communist Party (PCB) and the political disputes in the left wing during the 1980¿s. However, those analyses focused, above all, the case studies of São Paulo, ABC, Rio de Janeiro and didn't pay the same attention to the so called "new" unionism period and/or the working branches out of its epicenter and paradigmal case, the ABC. In order to understand the singularity of the so called "new unionism" in the case of the metalworkers of São José dos Campos, this dissertation has explored its¿ trajectories, forms of organizing and striking between the middle 1950¿s and the end of the 1980¿s. These workers were the actors of an important strike in March 1979, which transformed considerably its¿ union history, until then heads by the so called "pelegos". During the 1980¿s, contrasting with the previous decades, striking waves took control of the plants as this workers used repeatedly the workplace¿s occupation tactic until their demands were complied. Beyond these peculiarities, this work examined the left wing organization¿s roll among the metalworkers and its contest for the union, mostly opposing two factions inside the Worker¿s Party (PT): Articulation and Socialist Convergence (CS). Finally, it was also inquired how CS has won this dispute against the major group in a PT that was growing substantially in brazilian society. This victory may be considered the beginning of CS¿s hegemony ¿ afterwards the Unified Workers¿ Socialist Party (PSTU) ¿ on the lead of the Metalworkers Union of São José dos Campos (SMSJR) / Mestrado / Historia Social / Mestre em História
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A organização internacional dos trabalhadores metalúrgicos na Mercedes-Benz do Brasil: perspectivas de contra-hegemonia local-global / The international organization of metalworkers at Mercedes-Benz Brazil: perspectives of local-global counterhegemonyRodrigues, Eduardo Magalhães 23 May 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-05-23 / The present dissertation is focused on the experience of the international trade union organization of workers since MBB in SBC. I highlight "since" because the very nature of the process led to the global connection with employees located at industrial units in foreigner countries of the same transnational company.
Among several political players as well as in the academic world, there is the controversial issue about the importance of the union movement not only in Brazil, but also internationally.
In other words, the main issue is about the effectiveness of international trade unionism in the presence of the capital hegemonic globalization. On one hand concerns if it is possible that this practice means an alternative to the hegemonic model, even being, nowadays, in an incipient stage. On the other hand if the international trade union perspective can contribute to the maintenance or new achievements of the workers.
Such issues are strongly important, mainly in a world of intense and growing globalization of all sectors of society.
There was an indication of positive responses to both questions above, suggesting that, despite the current worldwide crisis, involving the international trade union movement as well, is an feasible strategy and even essential to the worker.
The methodology, besides the theoretical references, dealt with field research collecting primary data and interviews with the main protagonists of the international trajectory, which completes 30 years in 2014 / A presente dissertação analisa a experiência de organização sindical internacional a partir dos trabalhadores na Mercedes-Benz do Brasil na cidade de São Bernardo do Campo. Digo a partir , pois a própria natureza do processo levou à conexão global com os trabalhadores localizados em unidades de outros países da mesma transnacional.
Há, entre os atores políticos mais diversos, bem como no mundo acadêmico, a controversa questão sobre a importância do movimento sindical não só no Brasil, mas também em nível internacional. Isto é, contesta-se a respeito da efetividade do sindicalismo internacional diante a globalização hegemônica do capital.
Uma questão diz respeito se as práticas adotadas, mesmo que ainda incipientes, significam uma futura alternativa ao modelo hegemônico. Outra trata se a perspectiva internacional sindical em curso pode contribuir para a manutenção ou novas conquistas para os trabalhadores.
Tais questões são vitais, especialmente em um mundo de intensa e ainda crescente globalização em todos os setores sociais.
Evidenciou-se a indicação de respostas positivas às dúvidas acima, sugerindo que, não obstante a crise atual, também, do movimento sindical internacional, trata-se de uma estratégia exequível e mesmo indispensável ao trabalhador.
A metodologia seguida, além das referências teóricas, lançou mão, basicamente, da pesquisa de campo por meio do estudo de fontes primárias e entrevistas junto aos principais protagonistas da trajetória internacional que em 2014 completa 30 anos
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