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    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
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CONQUISTAS E RESISTÊNCIAS: HISTORICIZANDO AS EXPERIÊNCIAS DAS MULHERES EM ARAGARÇAS E BARRA DO GARÇAS (1970 A 1990).

Menezes, Dymilla Francyella Freitas 22 November 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-10T10:34:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DYMILLA FRANCYELLA FREITAS MENEZES.pdf: 1892085 bytes, checksum: 3a8016adc32e18039ce054b99615dba2 (MD5) Previous issue date: 2012-11-22 / This study aims to understand the changes occurred in gender relations in Barra do Garças and Aragarças, between the 1970s and 1990s, as well as visualize and historicize the women experiences in the region and evaluate the implications of the ideas of the feminist movement in these two towns. The choice of decades is justified because, according to the literature, the first decade is the period in which disclose ideas of the feminist movement in Brazil, and the interval until the second, because it is a reasonable timeline to understand the implications of the movement in the Médio Araguaia region. The mainly thing of the research was the experiences of local residents, which was achieved by recorded transcribed and interviews, about the themes: feminist movement, sexuality, contraception, abortion, education, physical and psychological violence against women, family and carrier. To obtain more knowledge, the experiences were combined with studies relating to the category of gender analysis, which guided all the study. It was found that women in the region asked, in several instances, relations of inequality, the naturalization of male dominance and disrespect their physical and psychological integrity, in the search for more equality in power relations. However this behavior was not confrontation, once they did not intend a break with patriarchal relations, but reach a place of respect where they can get their voices heard. / Este estudo tem como objetivo compreender as transformações ocorridas nas relações de gênero, nas cidades de Barra do Garças e Aragarças, entre as décadas de 1970 e 1990, bem como visibilizar e historicizar as vivências das mulheres da região e avaliar as implicações das ideias do movimento feminista, nesses dois municípios. A escolha das décadas se justifica, porque, conforme a literatura, a primeira é o período em que se propalam as ideias do movimento feminista no Brasil, e o intervalo até a segunda, por ser um espaço temporal razoável para se compreender as implicações do referido movimento na região do Médio Araguaia. O fio condutor da pesquisa foram as experiências de moradores da região, o que se conseguiu por meio de entrevistas gravadas e transcritas, acerca dos temas: movimento feminista, sexualidade, contracepção, aborto, educação, violência física e psicológica contra as mulheres, família e profissão. Para maior embasamento, dialogou-se com estudos relativos à categoria de análise gênero, que norteou todo o trabalho. Constatou-se que as mulheres da região questionaram, em diversas instâncias, as relações de desigualdade, a naturalização do domínio masculino e o desrespeito a sua integridade física e psicológica, na busca de mais isonomia, nas relações de poder. Contudo essa postura não foi de enfrentamento, pois não pretendiam nitidamente um rompimento com as relações patriarcais, mas, sim, alçar um lugar de respeito em que suas vozes pudessem ser ouvidas.
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Reconstituindo Histórias Sobre o Feminismo Brasileiro na Esfera do Governo: Um olhar sobre as décadas de 1970 e 1980

Oliveira, Adelaide Suely de 27 February 2015 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2016-05-09T14:06:54Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Dissertação Suely Oliveira Mestrado 10.12.pdf: 1455767 bytes, checksum: ea56d4426651e4053c81cfd67fed0273 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-05-09T14:06:54Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Dissertação Suely Oliveira Mestrado 10.12.pdf: 1455767 bytes, checksum: ea56d4426651e4053c81cfd67fed0273 (MD5) Previous issue date: 2015-02-27 / Esta dissertação de mestrado tem como objetivo analisar as condições materiais e simbólicas que levaram grupos organizados de mulheres feministas à institucionalização no âmbito do Estado e/ou governo no Brasil nas décadas de 1970 e 1980. Adotamos como base o entendimento do feminismo como uma prática e pensamento crítico – é uma prática política e um pensamento com suas ideias, teorias e posições políticas – que critica a ordem como o mundo está organizado (ÁVILA, 2013). Argumentamos que o movimento feminista brasileiro não somente propôs, criou, idealizou organismos, serviços e equipamentos públicos. Ele foi, paulatinamente, para dentro dos três níveis de governo, a partir dos anos oitenta, passando a partícipe e a executar, ele mesmo, as políticas públicas. Metodologia - Trata-se de um estudo de base qualitativa, no qual foram realizadas seis entrevistas semi-estruturadas com mulheres feministas: a) Que vivenciaram os primeiros momentos de institucionalização nos governos; b) Que entraram nos governos (ou defenderam que as feministas tomassem parte nos governos); feministas que estiveram contra por um determinado período e depois entraram nos governos. A caracterização inicial do problema é feita a partir do marco conceitual de gênero que dialoga com teóricas feministas e se organiza em três eixos, a saber: 1) o conceito de patriarcado; 2) o sistema sexo-gênero e, 3) o conceito de feminismo de Estado. Como metodologia de análise nos inspiramos na técnica de análise de conteúdo temático-categorial de Laurence Bardin (2000). Resultados - Em linhas gerais, as análises do material apontam que o que inaugura a relação institucionalizada do movimento feminista com o Estado é a criação dos conselhos de direitos para as mulheres; que o feminismo está influenciando transformações no aparelho do Estado, ainda que seja no contexto de um Estado patriarcal. / This mastership dissertation aims to analyse the material and symbolic contidions that lead organized groups of feminist women to institutionalisation in the scope of the State and/or governments in 1970´s and 1980´s Brazil. We adopted as basis the understanding of feminism as a praxis and a critical thinking - it is a political praxis and a thought with its ideas, theories and political positions - which criticizes the disposition the world is organized (ÁVILA, 2013). We maintain that the brazilian feminist movement not only proposed, created, idealized organisms, services and public equipament. It went slowly within the three levels of government, from the 1980´s on, becoming a main participant and executing, the movement itself, the public policies. Methodology - this is a study of qualitative basis, in which six semi-structured interviews have been carried through with feminist women: a) That have experienced the first moments of government institutionalisation; b) That took part in governments (or that deffended that feminists should take part on the governments); feminists that were against their participation but later took part in governments. The initial characterization of the problem is held on the conceptual mark of gender that dialogues with feminists theorists and that is organized in three axis, namely: 1) the concept of patriarchate; 2) the system sex-gender and, 3) the concept of State feminism. As methodology of analysis we were inspired by Laurence Bardin´s (2000) technique of analysis of the thematic-categorial content. Results - Conscisely, the analysis of the material indicates that the creation of the council for women´s rights has inaugurated the institutionalised relationship between the feminist movement and the State; that feminism is influencing transformations in the State institutions, although it is still the context of a patriarchal State.
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O protagonismo das mulheres camponesas na luta pela terra

Silva, Ivanilson Batista da 28 June 2016 (has links)
Submitted by Cristhiane Guerra (cristhiane.guerra@gmail.com) on 2017-01-05T14:37:23Z No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1867851 bytes, checksum: 07f41fbb5b09920a326243b8d0b1bc8a (MD5) / Made available in DSpace on 2017-01-05T14:37:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1867851 bytes, checksum: 07f41fbb5b09920a326243b8d0b1bc8a (MD5) Previous issue date: 2016-06-28 / This study aimed to analyze the role of rural women in the struggle for land in Amarela I is II settlements in the municipality of São Miguel de Taipu-PB, from 1993 to 1995. He sought also understand this as do action and results of social change, with regard to man and woman relationship, given that the act of collective struggle, women rewrote pre-established routes that determined their place in society. In this sense, there have been modifying agents of history, conquering themselves through the organization, the right to freedom to participate in cultural, historical, economic and political society. Because it is a qualitative research, whose protagonists subjects are women, it was decided to examine the data, content analysis (CA) according to Bardin (2006), which has guided the assessment of speech and meanings within the context of the fight in the effectiveness of the role of women. While procedural techniques were used bibliographic and documentary research, in addition to interviews guided by a semi-structured script. In its development, the analytical categories were discussed as: leadership, gender relations, the Rural Women's Movement, the struggle for land, feminism. The results showed that, in the exercise of their role, women turned, in a timely manner, a macho cultural factors that shaped it to be less. So rewrote preestablished routes that determined the place of women. The closing remarks, points to the fact that the struggles undertaken by them are characterized also as a current event to it that, in its fullness, they conquer the right to gender equality. / Este estudo teve como objetivo analisar o protagonismo das mulheres camponesas na luta pela conquista da terra nos assentamentos Amarela I e II, no município de São Miguel de Taipu-PB, no período de 1993 a 1995. Buscou, ainda, compreender este fazer como ação e resultado das transformações sociais, no tocante à relação homem e mulher, tendo em vista que, no agir coletivo da luta, as mulheres reescreveram rotas preestabelecidas que determinavam o seu lugar na sociedade. Nesse sentido, fizeram-se agentes modificadoras da história, elas mesmas conquistando, através da organização, o direito à liberdade de participar das questões culturais, históricas, econômicas e políticas da sociedade. Por se tratar de uma pesquisa de cunho qualitativo, cujos sujeitos protagonistas são as mulheres, optou-se para exame dos dados obtidos, a análise de conteúdo (A.C) segundo Bardin (2006), a qual norteou a apreciação das falas e dos significados dentro do contexto da luta na efetivação do protagonismo das mulheres. Enquanto técnicas procedimentais foram empregadas a pesquisa bibliográfica e documental, além das entrevistas orientadas por um roteiro semiestruturado. Em seu desenvolvimento, foram discutidas as categorias analíticas como: protagonismo, relações de gênero, Movimento de Mulheres Camponesas, luta pela terra, feminismo. Os resultados demonstraram que, no exercício de seu protagonismo, as mulheres transformaram, de forma pontual, uma ordem cultural machista que lhe condicionavam ser menos. Assim, reescreveram rotas preestabelecidas que determinavam o lugar da mulher. Nas considerações finais, aponta-se para o fato que as lutas por elas empreendidas se caracterizam ainda como um evento atual necessário para que, em sua plenitude, elas conquistem o direito à igualdade de gênero.
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A cidade das mulheres feministas: uma cartografia de Goiânia em perspectiva interseccional e da diferença / The city of women feminist: a cartography of Goiânia in intersectional and difference perspectives

Machado, Talita Cabral 02 December 2016 (has links)
Submitted by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2017-01-16T10:33:17Z No. of bitstreams: 2 Tese - Talita Cabral Machado - 2016.pdf: 10778516 bytes, checksum: 417bb00d8aeb9113635bcff51c19c8a5 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2017-01-16T10:33:34Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Tese - Talita Cabral Machado - 2016.pdf: 10778516 bytes, checksum: 417bb00d8aeb9113635bcff51c19c8a5 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-01-16T10:33:34Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Tese - Talita Cabral Machado - 2016.pdf: 10778516 bytes, checksum: 417bb00d8aeb9113635bcff51c19c8a5 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2016-12-02 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This research deals with appropriations of the urban space of Goiânia, GO, by women who take or took part in local feminist groups or movements. The work aims at understanding different processes of appropriation, production and qualification of urban spaces by women militants, whether black or white, lesbian, heterosexual or bisexual, young or old, scholastic or not, dwelling in the suburbs or not, and from several social classes. The chosen methodology makes use of feminist leadership narratives, by means of semi-structured interviews and participatory mapping techniques. The theoretical assumptions are based on readings about intersectionality, difference and Feminist Geography. It was noted that, in spite of the fear of being on the streets, the women occupy this space collectively through different actions. The feminist activity on these places happens based on their experiences between them, by which they constitute themselves as feminists and, at the same time, shaping various feminisms. Amid a number of limitations, in a relation with and between the spaces of the city, the women create and recreate them. There is a constitution of a mosaic of spacial representations, achieved by mapping the spacializations noted in the narratives, such as the headquarters of the entities, places of occupation, leisure, meeting, demonstration, and of the trajectory of militancy itself. This mosaic is a means of noting and raising issues related to gender, race, class and sexuality. The different identities of feminists and of the groups that they take part on are reflected in the localization and in the ways of site occupation. For instance, the lesbian women are the ones that occupy the most of places located in the city center for militant leisure, and the black feminists are the ones who appropriate peripheral sites. We noted that women, when occupying and performing actions in the urban space, take into account the logic of organization of the city in politic-administrative regions, as well as the differentiations between center and suburbs. The ways of feminist occupations are different in each region of Goiânia. The mapping allowed us to make their interventions stand out, each on its own expression in the city. Lastly, it is possible to think about an intersectional approach and the difference of space to understand, by means of their collective actions, that women intervene in various ways on the process of urban framing. / Este estudo trata das apropriações do espaço urbano de Goiânia (GO), realizadas pelas mulheres que participam ou participaram de grupos dos movimentos feministas locais. O objetivo é compreender diferentes processos de apropriação, produção e qualificação do espaço da cidade realizados por militantes negras, brancas, lésbicas, heterossexuais, bissexuais, com diferentes idades, acadêmicas ou não, residentes em periferias distantes ou não e de diversas classes sociais. A metodologia adotada utiliza-se das narrativas de lideranças feministas, por meio de entrevistas semiestruturadas e das técnicas de mapeamento participativo. Os pressupostos teóricos são baseados em leituras sobre interseccionalidade, diferença e da Geografia Feminista. Observamos que apesar do sentimento de medo ao estarem nas ruas, as mulheres ocupam coletivamente esse espaço, através de diversas ações. As ações feministas nos lugares acontecem a partir da vivência entre as mulheres, onde elas se constroem como feministas e constroem, ao mesmo tempo, os feminismos. Em meio a uma série de limitações, numa relação com e entre os lugares da cidade, as mulheres os criam e recriam. Através do mapeamento das espacializações presentes nas narrativas, como as sedes das entidades, os locais de ocupação, lazer, encontros e manifestações, das trajetórias das militantes etc. há a constituição de um mosaico de representações espaciais. Diante dele, as questões e diferenças de gênero, raciais, de classe e da sexualidade são percebidas e levantadas. As diferentes identidades das feministas e dos grupos os quais elas participam se refletem na localização e nas formas de ocupação dos lugares. Por exemplo, as mulheres lésbicas são as que mais se apropriam, para o lazer militante, de lugares localizados na região central e no período da noite e as feministas negras são as que mais se apropriam de lugares mais periféricos. Notamos que as mulheres ao ocuparem e construírem ações no espaço urbano, levam em conta as lógicas de organização da cidade em regiões político-administrativas, assim como as diferenciações entre “centro” e “periferia”. As formas de ocupações feministas são diferenciadas de acordo com cada região de Goiânia. A construção dos mapas possibilitou dar visibilidade às intervenções realizadas pelas mulheres em suas diferentes expressões na cidade. Por fim, é possível pensar uma abordagem interseccional e da diferença do espaço e entender, por meio de suas ações coletivas, que as mulheres intervêm de diferentes formas no processo de construção do urbano.
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Da esterilização ao Zika: interseccionalidade e transnacionalismo nas políticas de saúde para as mulheres / From sterilization to Zika: intersectionality and transnationalism in health policies for women

Carvalho, Layla Daniele Pedreira de 14 August 2017 (has links)
O objetivo desta tese é entender o papel desempenhado por discursos e ferramentas transnacionais na atuação de atores políticos interessados nas políticas de saúde para as mulheres no Brasil entre 1983 e 2016. Buscamos entender a mobilização de discursos e dinâmicas transnacionais por diferentes atores políticos, sobretudo os movimentos de mulheres, representados por três redes de ativismo: a Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos; a Rede pela Humanização do Parto e Nascimento e a Articulação de Mulheres Negras Brasileiras. Trata-se de uma pesquisa engajada cujos métodos de pesquisa foram: pesquisa documental; entrevistas semiestruturadas e observação participante. Analisamos três momentos em que debates e atores internacionais, nacionais e locais buscam determinar alterações nas políticas de saúde para as mulheres estabelecidas que atendam seus interesses. O primeiro caso que apresentamos é o processo de elaboração do PAISM, no início da década de 1980. Em larga medida, o PAISM é resultado da articulação de feministas dentro do Ministério da Saúde, constituindo a resposta à demanda da sociedade brasileira e internacional quanto à necessidade do estabelecimento de uma política populacional no Brasil, de acordo com os compromissos assumidos pelo país na Conferência de Bucareste, em 1974. O segundo caso é a criação do Programa Rede Cegonha, em 2011. A justificativa oficial para o lançamento do Programa é a dificuldade de alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio no que tange à mortalidade materna. A reação ao Rede Cegonha por parte dos movimentos feministas e das mulheres negras é forte e quase imediata ao lançamento da nova política, caracterizada como uma política materno-infantil em contraponto ao paradigma de saúde da mulher vigente entre 1983 e 2010. O terceiro caso é a recente epidemia do vírus Zika e seus efeitos nos direitos reprodutivos das mulheres, sobretudo das mulheres negras no Brasil. Entre os resultados da pesquisa, destacamos que os discursos transnacionais sobre saúde são, caso não sejam acompanhadas da presença de grupos articulados de feministas ou grupos com objetivos específicos de defesa da saúde das mulheres de maneira ampla, em larga medida, utilizados para reduzir definições mais inclusivas de políticas. Além disso, destacamos os diferenciais de acesso a saúde entre as mulheres quando são usadas abordagens interseccionais de raça/cor. As mulheres negras no primeiro caso eram o público-alvo das ações de esterilização que levaram ao estabelecimento da Lei de Planejamento Familiar em 1996, que determinou a necessidade de separação entre parto e operação de laqueadura. No que tange à mortalidade materna, os diferencias de morte entre mulheres brancas e negras são enormes: caso a razão de mortalidade materna do país contasse apenas com as mulheres brancas, o Brasil teria sido capaz de alcançar uma das metas dos Objetivos do Milênio. No caso do Zika, o racismo ambiental tem afetado profundamentamente a vida das populações sem acesso a saneamento básico o que tem deixado essas populações vulneráveis diante de quaisquer epidemias. / The main objective of this thesis is to understand the role played by transnational discourses and tools in the performance of political actors interested in health policies for women in Brazil between 1983 and 2016. We seek to understand the mobilization of transnational discourses and dynamics by different political actors, especially women\'s movements, represented by three networks of activism: Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos; Rede pela Humanização do Parto e Nascimento and Articulação de Mulheres Negras Brasileiras. It is an engaged research whose methods of research were: documental research; Semi-structured interviews and participant observation. We analyze three moments in which international, national and local debates and actors seek to determine changes in already established health policies for women. The first case we present is the PAISM elaboration process, in the early 1980s. Largely, the PAISM is a result of the articulation of feminists within the Ministry of Health, constituting the response to the demand of Brazilian and international society concerning the establishment of a population policy in Brazil, in accordance with the commitments made by the country at the Bucharest Conference in 1974. The second case is the creation of Programa Rede Cegonha in 2011. The official justification for launching the Program was aim to achieve the Millennium Development Goals with regard to maternal mortality. The reaction to Rede Cegonha by the feminist and black women\'s movements was strong and almost immediate to the launch of the new policy. It was considered a mother-child policy in opposition to the women\'s health paradigm in force between 1983 and 2010. The third case is the recent outbreak of the Zika virus and its effects on the reproductive rights of women, especially black women in Brazil. Among the results of the research, we emphasize that the transnational discourses on health, if not accompanied by the presence of articulated groups of feminists or groups with specific objectives in defending the health of women, are more commonly used to straighten the contents of policies. In addition, we highlight health access differentials among women when intersectional race/color approaches are used. Black women in the first case were the target audience for the sterilization actions that led to the establishment of the Family Planning Act in 1996, which determined the need for separation between delivery and sterilization. Regarding maternal mortality, the differences in death among white and black women are enormous: if Brazil\'s maternal mortality ratio was the same as the white women in the country, Brazil would have met one of the targets of the Millennium Development Goals. In the case of Zika, environmental racism has profoundly affected the lives of people without access to basic sanitation, which has left these populations vulnerable to any health outbreak.
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Da esterilização ao Zika: interseccionalidade e transnacionalismo nas políticas de saúde para as mulheres / From sterilization to Zika: intersectionality and transnationalism in health policies for women

Layla Daniele Pedreira de Carvalho 14 August 2017 (has links)
O objetivo desta tese é entender o papel desempenhado por discursos e ferramentas transnacionais na atuação de atores políticos interessados nas políticas de saúde para as mulheres no Brasil entre 1983 e 2016. Buscamos entender a mobilização de discursos e dinâmicas transnacionais por diferentes atores políticos, sobretudo os movimentos de mulheres, representados por três redes de ativismo: a Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos; a Rede pela Humanização do Parto e Nascimento e a Articulação de Mulheres Negras Brasileiras. Trata-se de uma pesquisa engajada cujos métodos de pesquisa foram: pesquisa documental; entrevistas semiestruturadas e observação participante. Analisamos três momentos em que debates e atores internacionais, nacionais e locais buscam determinar alterações nas políticas de saúde para as mulheres estabelecidas que atendam seus interesses. O primeiro caso que apresentamos é o processo de elaboração do PAISM, no início da década de 1980. Em larga medida, o PAISM é resultado da articulação de feministas dentro do Ministério da Saúde, constituindo a resposta à demanda da sociedade brasileira e internacional quanto à necessidade do estabelecimento de uma política populacional no Brasil, de acordo com os compromissos assumidos pelo país na Conferência de Bucareste, em 1974. O segundo caso é a criação do Programa Rede Cegonha, em 2011. A justificativa oficial para o lançamento do Programa é a dificuldade de alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio no que tange à mortalidade materna. A reação ao Rede Cegonha por parte dos movimentos feministas e das mulheres negras é forte e quase imediata ao lançamento da nova política, caracterizada como uma política materno-infantil em contraponto ao paradigma de saúde da mulher vigente entre 1983 e 2010. O terceiro caso é a recente epidemia do vírus Zika e seus efeitos nos direitos reprodutivos das mulheres, sobretudo das mulheres negras no Brasil. Entre os resultados da pesquisa, destacamos que os discursos transnacionais sobre saúde são, caso não sejam acompanhadas da presença de grupos articulados de feministas ou grupos com objetivos específicos de defesa da saúde das mulheres de maneira ampla, em larga medida, utilizados para reduzir definições mais inclusivas de políticas. Além disso, destacamos os diferenciais de acesso a saúde entre as mulheres quando são usadas abordagens interseccionais de raça/cor. As mulheres negras no primeiro caso eram o público-alvo das ações de esterilização que levaram ao estabelecimento da Lei de Planejamento Familiar em 1996, que determinou a necessidade de separação entre parto e operação de laqueadura. No que tange à mortalidade materna, os diferencias de morte entre mulheres brancas e negras são enormes: caso a razão de mortalidade materna do país contasse apenas com as mulheres brancas, o Brasil teria sido capaz de alcançar uma das metas dos Objetivos do Milênio. No caso do Zika, o racismo ambiental tem afetado profundamentamente a vida das populações sem acesso a saneamento básico o que tem deixado essas populações vulneráveis diante de quaisquer epidemias. / The main objective of this thesis is to understand the role played by transnational discourses and tools in the performance of political actors interested in health policies for women in Brazil between 1983 and 2016. We seek to understand the mobilization of transnational discourses and dynamics by different political actors, especially women\'s movements, represented by three networks of activism: Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos; Rede pela Humanização do Parto e Nascimento and Articulação de Mulheres Negras Brasileiras. It is an engaged research whose methods of research were: documental research; Semi-structured interviews and participant observation. We analyze three moments in which international, national and local debates and actors seek to determine changes in already established health policies for women. The first case we present is the PAISM elaboration process, in the early 1980s. Largely, the PAISM is a result of the articulation of feminists within the Ministry of Health, constituting the response to the demand of Brazilian and international society concerning the establishment of a population policy in Brazil, in accordance with the commitments made by the country at the Bucharest Conference in 1974. The second case is the creation of Programa Rede Cegonha in 2011. The official justification for launching the Program was aim to achieve the Millennium Development Goals with regard to maternal mortality. The reaction to Rede Cegonha by the feminist and black women\'s movements was strong and almost immediate to the launch of the new policy. It was considered a mother-child policy in opposition to the women\'s health paradigm in force between 1983 and 2010. The third case is the recent outbreak of the Zika virus and its effects on the reproductive rights of women, especially black women in Brazil. Among the results of the research, we emphasize that the transnational discourses on health, if not accompanied by the presence of articulated groups of feminists or groups with specific objectives in defending the health of women, are more commonly used to straighten the contents of policies. In addition, we highlight health access differentials among women when intersectional race/color approaches are used. Black women in the first case were the target audience for the sterilization actions that led to the establishment of the Family Planning Act in 1996, which determined the need for separation between delivery and sterilization. Regarding maternal mortality, the differences in death among white and black women are enormous: if Brazil\'s maternal mortality ratio was the same as the white women in the country, Brazil would have met one of the targets of the Millennium Development Goals. In the case of Zika, environmental racism has profoundly affected the lives of people without access to basic sanitation, which has left these populations vulnerable to any health outbreak.
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O discurso das mulheres na cena paulistana de 2015-2016: uma proposta feminista de análise de espetáculos / The Women's speech in São Paulo's scene: a feminist performance analysis suggestion

Beskow, Daniela Alvares [UNESP] 30 June 2017 (has links)
Submitted by DANIELA ALVARES BESKOW null (dab@inventati.org) on 2017-11-06T18:08:59Z No. of bitstreams: 1 BESKOW_DANIELA_ALVARES_DISSERTACAO_MESTRADO_2017_O_DISCURSO_DAS_MULHERES_NA_CENA_PAULISTANA.pdf: 1700280 bytes, checksum: ae8b8fbf75996cf875812de9306036ad (MD5) / Approved for entry into archive by LUIZA DE MENEZES ROMANETTO (luizamenezes@reitoria.unesp.br) on 2017-11-13T19:23:07Z (GMT) No. of bitstreams: 1 beskow_da_me_ia.pdf: 1700280 bytes, checksum: ae8b8fbf75996cf875812de9306036ad (MD5) / Made available in DSpace on 2017-11-13T19:23:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 beskow_da_me_ia.pdf: 1700280 bytes, checksum: ae8b8fbf75996cf875812de9306036ad (MD5) Previous issue date: 2017-06-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Esta pesquisa investiga espetáculos cênicos – das áreas de teatro, dança e arte da performance – apresentados na cidade de São Paulo durante o biênio 2015-2016, que trazem apenas mulheres em cena. A partir de uma perspectiva feminista e materialista, foi desenvolvida a metodologia denominada “análise contextualizada” ou “análise situada”, utilizada para observar e analisar espetáculos teatrais a partir de suas dramaturgias cênicas. Em seguida, são propostas questões sobre mulheres em cena e artes cênicas a partir do debate e realidade de violência contra as mulheres no Brasil, assim como de reflexões e ações derivadas dos movimentos feministas, originando um esboço do conceito: “dramaturgia cênica feminista”. / This work investigates escenic performances – theater, dance and performance art – performed at São Paulo city during the biennium 2015-2016, with just women on scene. From a feminist and materialist perspective, it was developed the metodology named “contextualized analysis” or “situated analysis”, used to observe and analyse theatrical performances from which their escenic dramaturgies. Subsequently, questions about women on scene and escenic arts are suggested from which the debate and reality of violence against women on Brazil, as well from thoughts and actions derived from the feminists movements, originating a sketch of the concept: “feminist escenic dramaturgy”.
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Relações de poder no feminismo paulista - 1975 a 1981 / Power relations in feminism in São Paulo

Ribeiro, Maria Rosa Dória 12 August 2011 (has links)
A segunda onda do Movimento Feminista no Brasil emergiu em um contexto de combate à Ditadura. E surgiu em São Paulo como possibilidade de reforçar mais uma frente de luta contra o governo militar. Mas o feminismo ainda era uma novidade pouco conhecida até por aquelas que se declaravam como feministas. Era rechaçado pelos segmentos mais conservadores da sociedade, mas também pelos militantes da Esquerda revolucionária. Estes o consideravam fora de tempo e lugar. Ao impulsionar o movimento social, o feminismo no Brasil reapareceu em meados da década de 70 enfrentando a questão do poder externamente, na sociedade e no Estado, e internamente, no próprio Movimento de Mulheres. Os vários grupos que compunham o campo em que se afirmava o feminismo disputavam o controle do Movimento de acordo com os referenciais tradicionais de poder. E, ao mesmo tempo, buscavam alternativas de gestão do movimento que fugissem daqueles modelos. Ora porque assim as circunstâncias impunham, ora porque assumiam as críticas elaboradas pelo feminismo à natureza patriarcal e autoritária do poder tradicional. As contradições que o Movimento de Mulheres abrigou punham em jogo as posições de todas as suas ativistas, inclusive das próprias feministas. Fazia com que reexaminassem os seus papéis sociais e constatassem as suas condições de oprimidas. Construir as identidades feministas significava romper com os cânones estabelecidos para o ser mulher que haviam aprendido. Assim como implicava assumir-se como sujeito de suas lutas. / The second wave of the Feminist Movement in Brazil emerged in the context of fighting the Dictatorship. And it arose in São Paulo as a possibility to further enhance a battle front against the military government. Yet feminism was still a little known novelty even by those who declared themselves as feminists. It was rejected by the more conservative segments of the society, and also by supporters of the revolutionary Left, who regarded feminism as out of place and time. By propelling the social movement, feminism reemerged in Brazil in the midseventies facing the issue of power both externally, regarding the society and the state, and internally, inside the Women\'s Movement. The various groups comprising the field where feminism was grounded vied for control of the Movement in accordance with traditional references of power. At the same time, those groups sought alternatives to manage the movement, thus trying to escape from those conventional models. And this was because either the circumstances imposed, or because the groups adopted the Feminisms critique regarding the authoritarian and patriarchal nature of traditional power. The contradictions harbored by the Women\'s Movement put at stake the position of all its activists, including the feminists themselves. They were led to re-examine their social roles and to face their condition of oppressed beings. Building feminist identities meant breaking with the established canons that they have learned regarding what is to be a woman. The construction of the feminist identity also meant to become the subject of their own struggles.
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Relações de poder no feminismo paulista - 1975 a 1981 / Power relations in feminism in São Paulo

Maria Rosa Dória Ribeiro 12 August 2011 (has links)
A segunda onda do Movimento Feminista no Brasil emergiu em um contexto de combate à Ditadura. E surgiu em São Paulo como possibilidade de reforçar mais uma frente de luta contra o governo militar. Mas o feminismo ainda era uma novidade pouco conhecida até por aquelas que se declaravam como feministas. Era rechaçado pelos segmentos mais conservadores da sociedade, mas também pelos militantes da Esquerda revolucionária. Estes o consideravam fora de tempo e lugar. Ao impulsionar o movimento social, o feminismo no Brasil reapareceu em meados da década de 70 enfrentando a questão do poder externamente, na sociedade e no Estado, e internamente, no próprio Movimento de Mulheres. Os vários grupos que compunham o campo em que se afirmava o feminismo disputavam o controle do Movimento de acordo com os referenciais tradicionais de poder. E, ao mesmo tempo, buscavam alternativas de gestão do movimento que fugissem daqueles modelos. Ora porque assim as circunstâncias impunham, ora porque assumiam as críticas elaboradas pelo feminismo à natureza patriarcal e autoritária do poder tradicional. As contradições que o Movimento de Mulheres abrigou punham em jogo as posições de todas as suas ativistas, inclusive das próprias feministas. Fazia com que reexaminassem os seus papéis sociais e constatassem as suas condições de oprimidas. Construir as identidades feministas significava romper com os cânones estabelecidos para o ser mulher que haviam aprendido. Assim como implicava assumir-se como sujeito de suas lutas. / The second wave of the Feminist Movement in Brazil emerged in the context of fighting the Dictatorship. And it arose in São Paulo as a possibility to further enhance a battle front against the military government. Yet feminism was still a little known novelty even by those who declared themselves as feminists. It was rejected by the more conservative segments of the society, and also by supporters of the revolutionary Left, who regarded feminism as out of place and time. By propelling the social movement, feminism reemerged in Brazil in the midseventies facing the issue of power both externally, regarding the society and the state, and internally, inside the Women\'s Movement. The various groups comprising the field where feminism was grounded vied for control of the Movement in accordance with traditional references of power. At the same time, those groups sought alternatives to manage the movement, thus trying to escape from those conventional models. And this was because either the circumstances imposed, or because the groups adopted the Feminisms critique regarding the authoritarian and patriarchal nature of traditional power. The contradictions harbored by the Women\'s Movement put at stake the position of all its activists, including the feminists themselves. They were led to re-examine their social roles and to face their condition of oppressed beings. Building feminist identities meant breaking with the established canons that they have learned regarding what is to be a woman. The construction of the feminist identity also meant to become the subject of their own struggles.

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