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As armas de Marte no espelho de Vênus: a marca de gênero em ciências biológicasSouza, Ângela Maria Freire de Lima e January 2003 (has links)
216 f. / Submitted by Suelen Reis (suziy.ellen@gmail.com) on 2013-04-30T12:59:07Z
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Previous issue date: 2003 / Este estudo teve como objetivo analisar implicações de gênero na formação e no exercício profissional de mulheres biólogas que atuam como pesquisadoras. A abordagem teórica do tema proposto envolveu a análise histórico-filosófica da Ciência Moderna à luz da teoria feminista sobre o modelo dominante da construção do conhecimento, segundo a qual as escolas filosóficas que norteiam o pensamento científico não são neutras do ponto de vista de gênero, uma vez que teorias essencialistas sobre ser homem e ser mulher, apontam para uma pretensa dificuldade das mulheres frente aos desafios da produção de conhecimento, em função de sua suposta menoridade intelectual, sua subjetividade, a prevalência da emoção sobre a razão e a ausência da agressividade inerente à idéia de dominação exigida de um cientista diante de seu objeto de estudo. Neste sentido, a construção da identidade feminina e sua articulação como o mundo da ciência também foram objeto de análise. Considerando a importância do curso de graduação para a formação da cientista, no caso específico a bióloga pesquisadora, analisou-se também o curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal da Bahia quanto à opção epistemológica e modelo de currículo. O relato das cientistas sobre sua experiência no campo profissional e de suas impressões sobre o curso que realizaram constitui a principal fonte de informação deste estudo, de caráter qualitativo, em consonância com a inspiração feminista que o caracteriza. Foram realizadas entrevistas com pesquisadoras biólogas formadas pelo Instituto de Biologia no período de 1973 a 2000, das quais emergiram as categorias de análise que nortearam a pesquisa: identidade feminina, identidade de cientista, concepção de Ciência, opção epistemológica e modelo de currículo do Curso de Ciências Biológicas e relações de poder no ambiente de trabalho associadas a estereótipos de gênero. Os resultados da pesquisa de campo confrontados com o referencial teórico permitem afirma que é substancial a marca do gênero na academia, particularmente no universo onde se inserem as biólogas formadas pelo Curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal da Bahia. A análise dos dados permite a afirmação de que é de inspiração positivista a concepção do curso de Ciências Biológicas, assim como se caracteriza como tecnicista e conteudista o modelo de currículo adotado no curso desde sua criação e também por ocasião de suas reformas curriculares. As normas, os códigos, os valores e as condutas esperadas e estimuladas nos estudantes que se direcionam para a pesquisa científica são aqueles preconizados pelo pensamento hegemônico no mundo científico, embasados no racionalismo de Descartes e no positivismo de Comte, em que a Razão se afirma como faculdade primordial e suficiente para a apreensão dos fenômenos, como também na única possibilidade de elaboração de um método universalmente válido para desvendar a Natureza. As cientistas, em sua maioria, percebem a sua identidade feminina como uma possível ameaça à consecução de seus objetivos, uma vez que esta identidade se associa a aspectos da experiência humana que são precisamente aqueles considerados indesejáveis à prática de construção do conhecimento, como a emoção, a subjetividade, a ausência de agressividade ou competitividade e, sobretudo, a maternidade. As entrevistadas em sua maioria associam a identidade feminina à maternidade e ao cuidado, exatamente como vêm fazendo as mulheres de outras gerações. Os depoimentos refletem o conflito entre as exigências do trabalho científico e os encargos domésticos, configurando-se nas mentes dessas mulheres duas identidades separadas, antagônicas: a mulher e a cientista, sob a mesma ótica cartesiana impregnada em seu modo de ver o mundo. Quanto às relações de poder no mundo do trabalho, a pesquisa revelou que, embora sejam mais numerosas que os homens no campo das ciências biológicas, poucas são as mulheres que ocupam ou ocuparam posição de destaque enquanto cientistas nas suas respectivas instituições. As entrevistadas, em sua maioria, afirmaram não terem sido afetadas por preconceito ou discriminação explícita, atribuindo tal fato à adoção de uma postura desafiadora e confiante diante de seus pares. Esta “adequação” ao modelo masculino envolve atitudes mentais, aprendizados de técnicas e procedimentos, incremento da competitividade e principalmente, a negação daqueles elementos associados à identidade feminina que poderiam se constituir objeto de crítica ou censura de seus pares. Afirma-se, portanto, que no contexto onde estão inseridas, as cientistas, sujeitos dessa pesquisa, refletem ou assimilam certas características associadas ao masculino para se estabelecerem no ambiente científico marcado pelo viés androcêntrico já denunciado muitas vezes ao longo deste estudo. O estudo indica que o grande desafio para as cientistas é a própria estrutura do campo da pesquisa científica, concebido e construído para os homens, dentro do modelo da sociedade patriarcal, que preconiza a liberdade irrestrita dos homens no mundo do trabalho, enquanto todos os encargos da vida familiar são de responsabilidade da mulher. Conclui-se, portanto, que a superação das dificuldades das mulheres no mundo da ciência e a correção das assimetrias históricas de gênero no seu campo de trabalho estão na dependência de uma mudança estrutural profunda na sociedade que altere a divisão de responsabilidades no exercício dos papéis de gênero. / Salvador
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Sobre mulheres, laboratórios e fazeres científicos na Terra da Luz / About women, laboratories and scientific practices in the land of lightSANTOS, Vivian Matias dos January 2012 (has links)
SANTOS, Vivian Matias dos. Sobre mulheres, laboratórios e fazeres científicos na Terra da Luz. 2012. 358f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Sociologia, Fortaleza (CE), 2012. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2013-10-22T12:07:57Z
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Previous issue date: 2012 / The current women’s participation in scientific field is paradoxical: today, in Brazil, women are majority of admissions in higher education, however they are minority in traditionally male areas of university education; similarly, women have stay in scientific career, but has not accumulated sufficient scientific capital to take on the decision positions of the Science, Technology and Innovation Policy. Therefore, an incisive female participation at the university has no meaning the elimination of discriminatory practices in the scientific field. As a result, this research objective to analyze how gender relations are present in scientific field’s consolidation in Ceará-Brazil, taking as reference the biographical approach, interpreting trajectories of three scientist women: Irlys Barreira, a sociologist; Marlúcia Santiago, a physicist, and Regine Vieira, biologist and poet. However these women have consolidated their scientific careers, on their narratives could be perceived the permanency of gender discrimination, for example the difficulty to conciliate academic work and family, especially when they have children. Immersed in the constant disputes between family time and time for science, these women construct strategies to consolidate their careers: they shaped high-performance productivity; also in their trajectories, laboratories are strategically important because it is where they develop research, contribute to the training of students, raise resources and they articulate with researchers from other institutions in Brazil or outside it. They are women that lace science’s networks through their journeys, works, lineages, becoming recognized. The biographical approach in this study intends to contribute in the direction of breaking silence and invisibility that still involve women in sociological, anthropological, philosophical and historical studies of science. / A inserção profissional de mulheres no campo científico contemporâneo ainda é delineada por uma realidade paradoxal: por um lado, se no Brasil elas já representam a maioria das matrículas no ensino superior, por outro, ainda são quase ausentes nos nichos tradicionalmente masculinos; também, se elas já permanecem na carreira científica, ainda não conseguiram acumular capital científico a ponto de serem igualmente expressivas nas esferas decisórias da Política de Ciência, Tecnologia e Inovação nacional. Deste modo, percebe-se que a participação feminina mais incisiva na universidade não tem implicado na eliminação de mecanismos discriminatórios no campo científico. Tendo em vista tal problemática, esta pesquisa objetiva analisar como as relações de gênero fazem-se presentes na consolidação do campo científico cearense, trazendo como referência a abordagem biográfica, a interpretação das trajetórias de três mulheres cientistas: Irlys Barreira, pertencente às humanidades, mais especificamente à sociologia; Marlúcia Santiago, física, atuante nas ciências supostamente “exatas”; e Regine Vieira, bióloga e poetiza, com os seus trânsitos entre o ramo de saberes biológicos e o campo literário. Embora as três tenham suas carreiras científicas consolidadas e consagradas, em suas narrativas pôde ser percebida a permanência de mecanismos discriminatórios - que ainda se fazem presentes nas trajetórias de mulheres nos mais distintos ramos profissionais - sintetizados na dificuldade em conciliar vida acadêmica e vida familiar, especialmente quando estas mulheres possuem filhos. Assim, imersas na constante disputa entre o tempo para a família e o tempo para a ciência, e dedicando um esforço diferenciado e desigual em relação ao esforço dedicado por seus pares-concorrentes homens, arquitetaram certas estratégias para consolidar suas carreiras: elas forjaram uma performance de intensa produtividade, superando, inclusive, a média nacional de publicações realizadas por homens e mulheres pesquisadores de suas respectivas áreas; também, em suas trajetórias, observa-se a importância estratégica dos laboratórios por elas coordenados, por meio dos quais desenvolvem suas pesquisas, contribuem para a formação de estudantes de graduação e pós-graduação. Ademais, é também por meio dos laboratórios que se articulam no seio da política científica captando recursos, estabelecendo parcerias, articulando-se com pesquisadores de outras instituições no país ou fora dele. São mulheres que tecem as redes da ciência por meio de suas viagens, de suas obras, de suas linhagens, fazendo-se presentes e reconhecidas. Ao biografá-las, este estudo tenta contribuir para a ruptura do silêncio e invisibilidade que tem envolvido as mulheres nos estudos sociológicos, antropológicos, filosóficos e históricos da ciência.
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Sobre mulheres, laboratÃrios e fazeres cientÃficos na Terra da Luz / About women, laboratories and scientific practices in the land of lightVivian Matias dos Santos 19 June 2012 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / A inserÃÃo profissional de mulheres no campo cientÃfico contemporÃneo ainda à delineada por uma realidade paradoxal: por um lado, se no Brasil elas jà representam a maioria das matrÃculas no ensino superior, por outro, ainda sÃo quase ausentes nos nichos tradicionalmente masculinos; tambÃm, se elas jà permanecem na carreira cientÃfica, ainda nÃo conseguiram acumular capital cientÃfico a ponto de serem igualmente expressivas nas esferas decisÃrias da PolÃtica de CiÃncia, Tecnologia e InovaÃÃo nacional. Deste modo, percebe-se que a participaÃÃo feminina mais incisiva na universidade nÃo tem implicado na eliminaÃÃo de mecanismos discriminatÃrios no campo cientÃfico. Tendo em vista tal problemÃtica, esta pesquisa objetiva analisar como as relaÃÃes de gÃnero fazem-se presentes na consolidaÃÃo do campo cientÃfico cearense, trazendo como referÃncia a abordagem biogrÃfica, a interpretaÃÃo das trajetÃrias de trÃs mulheres cientistas: Irlys Barreira, pertencente Ãs humanidades, mais especificamente à sociologia; MarlÃcia Santiago, fÃsica, atuante nas ciÃncias supostamente âexatasâ; e Regine Vieira, biÃloga e poetiza, com os seus trÃnsitos entre o ramo de saberes biolÃgicos e o campo literÃrio. Embora as trÃs tenham suas carreiras cientÃficas consolidadas e consagradas, em suas narrativas pÃde ser percebida a permanÃncia de mecanismos discriminatÃrios - que ainda se fazem presentes nas trajetÃrias de mulheres nos mais distintos ramos profissionais - sintetizados na dificuldade em conciliar vida acadÃmica e vida familiar, especialmente quando estas mulheres possuem filhos. Assim, imersas na constante disputa entre o tempo para a famÃlia e o tempo para a ciÃncia, e dedicando um esforÃo diferenciado e desigual em relaÃÃo ao esforÃo dedicado por seus pares-concorrentes homens, arquitetaram certas estratÃgias para consolidar suas carreiras: elas forjaram uma performance de intensa produtividade, superando, inclusive, a mÃdia nacional de publicaÃÃes realizadas por homens e mulheres pesquisadores de suas respectivas Ãreas; tambÃm, em suas trajetÃrias, observa-se a importÃncia estratÃgica dos laboratÃrios por elas coordenados, por meio dos quais desenvolvem suas pesquisas, contribuem para a formaÃÃo de estudantes de graduaÃÃo e pÃs-graduaÃÃo. Ademais, à tambÃm por meio dos laboratÃrios que se articulam no seio da polÃtica cientÃfica captando recursos, estabelecendo parcerias, articulando-se com pesquisadores de outras instituiÃÃes no paÃs ou fora dele. SÃo mulheres que tecem as redes da ciÃncia por meio de suas viagens, de suas obras, de suas linhagens, fazendo-se presentes e reconhecidas. Ao biografÃ-las, este estudo tenta contribuir para a ruptura do silÃncio e invisibilidade que tem envolvido as mulheres nos estudos sociolÃgicos, antropolÃgicos, filosÃficos e histÃricos da ciÃncia. / The current womenâs participation in scientific field is paradoxical: today, in Brazil, women are majority of admissions in higher education, however they are minority in traditionally male areas of university education; similarly, women have stay in scientific career, but has not accumulated sufficient scientific capital to take on the decision positions of the Science, Technology and Innovation Policy. Therefore, an incisive female participation at the university has no meaning the elimination of discriminatory practices in the scientific field. As a result, this research objective to analyze how gender relations are present in scientific fieldâs consolidation in CearÃ-Brazil, taking as reference the biographical approach, interpreting trajectories of three scientist women: Irlys Barreira, a sociologist; MarlÃcia Santiago, a physicist, and Regine Vieira, biologist and poet. However these women have consolidated their scientific careers, on their narratives could be perceived the permanency of gender discrimination, for example the difficulty to conciliate academic work and family, especially when they have children. Immersed in the constant disputes between family time and time for science, these women construct strategies to consolidate their careers: they shaped high-performance productivity; also in their trajectories, laboratories are strategically important because it is where they develop research, contribute to the training of students, raise resources and they articulate with researchers from other institutions in Brazil or outside it. They are women that lace scienceâs networks through their journeys, works, lineages, becoming recognized. The biographical approach in this study intends to contribute in the direction of breaking silence and invisibility that still involve women in sociological, anthropological, philosophical and historical studies of science.
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Mecanismos de reprodução das assimetrias de gênero no campo acadêmico: a formação universitária e a atuação profissional no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Viçosa – MG / Mechanisms to reproduction of gender asymmetries in the academic field: The University formation and the professional performance in the Agriculture Science Center of the University Federal of Viçosa - MGMotta, Janayna Avelar 30 May 2018 (has links)
Submitted by Marco Antônio de Ramos Chagas (mchagas@ufv.br) on 2018-10-18T13:36:23Z
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Previous issue date: 2018-05-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Por muito tempo a área das ciências agrárias foi demarcada como uma ciência masculina, tendo pouca participação e motivação pela presença das mulheres. A afirmação de que este espaço não pertencia às mulheres fez com que a sua visibilidade fosse menor frente aos homens. Este pensamento gerou um estereótipo profissional desejável no campo das agrárias, que tivesse a competitividade e a objetividade científica, características destinadas ao sexo masculino, e que não se aplicava ao sexo feminino. Aos poucos, as mulheres foram se adentrando no campo científico e consequentemente no campo das agrárias. A fim de verificar até que ponto se concretizou a presença das mulheres nas ciências, no mundo moderno, esta pesquisa buscou compreender como se efetiva a participação de homens e mulheres no campo acadêmico, tanto no âmbito da formação acadêmica, como no âmbito relativo à atuação profissional enquanto docentes no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Viçosa. E de forma geral buscou-se analisar os mecanismos que atuam na reprodução das assimetrias de gênero no campo acadêmico das ciências agrárias da Universidade Federal de Viçosa. Uma vez que, o fato de não haver uma discriminação explícita frente ao sexo, não necessariamente condiz com a ideia de uma inserção harmoniosa das mulheres neste campo. Portanto, questiona-se nesta pesquisa, Como se estrutura a desigualdade de gênero na formação profissional e nas relações de trabalho, ao se observar um campo tradicionalmente masculino como o das Ciências Agrárias? Desta forma, utilizou-se da pesquisa quantitativa e qualitativa a partir de dados documentais e dados de questionários. A análise dos editais de concurso para professores do CCA e dos currículos lattes dos professores do CCA auxiliaram na verificação da proporção de professoras ingressantes nos cursos das agrárias nos últimos 10 anos e as redes de parcerias de publicação de professores e professoras, em uma perspectiva de gênero. Quanto aos dados dos questionários aplicados com professores e estudantes das agrárias nos levou a enxergar as possíveis segregações no campo acadêmico. As análises constataram que há uma hierarquização institucional nas ciências que se concretizou culturalmente e socialmente por meio das relações de poder das estruturas científicas. / For a long time, the area of Agrarian Sciences was demarcated as a male science, having little participation and motivation by the presence of women. The claim that this space did not belong to women made their visibility less vis-à-vis men. This thought caused a desirable professional stereotype in the field of Agrarian Science, that had the competitiveness and the scientific objectivity, characteristics destined to the male sex, and that did not apply to the female sex. Little by little, the women entered the scientific field and, consequently, the Agrarian Science field. In order to verify the extent to which the presence of women in the sciences in the modern world has materialized, this research sought to understand how the effective participation of men and women in the academic field, both within the scope of the academic formation, as well as in the sphere related to the actuation as professors at the Agriculture Science Center of the University Federal of Viçosa. In general, we sought to analyze the mechanisms that act in the reproduction of gender asymmetries in the academic field of Agrarian Sciences of the University Federal of Viçosa. Since there is no explicit discrimination against sex, it does not necessarily follow the idea of a harmonious insertion of women in this field. Therefore, it is questioned in this research: How is it structured the gender inequality in the professional formation and in the labor relations, when observing a field traditionally masculine like the one of the Agrarian Sciences? In this way, quantitative and qualitative research was used based on documentary data and questionnaire data. The analysis of the competition application for CCA professor and the curriculum lattes of the CCA professor helped to verify the proportion of female professor entering the agrarian courses in the last 10 years and the networks of publications partnerships of female professor and male professor, from a perspective of gender. As for the data of the survey applied with professor and students of the Agrarians Sciences, we were led to see the possible segregations in the academic field. The analyzes verified that there is an institutional hierarchy in the sciences that has been concretized culturally and socially through the power relations of the scientific structures.
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Em busca pelo campo : ciências, coleções, gênero e outras histórias sobre mulheres viajantes no Brasil em meados do século XX / Searching in the field : science, collections, gender and other stories about women travelers in Brazil in the mid-twentieth centurySombrio, Mariana Moraes de Oliveira, 1982- 08 June 2014 (has links)
Orientador: Maria Margaret Lopes / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-25T22:06:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: Esta tese aborda trajetórias de mulheres, principalmente estrangeiras, que realizaram expedições científicas no Brasil, em meados do século XX. A partir da documentação do Conselho de Fiscalização das Expedições Artísticas e Científicas do Brasil - CFE (1933-1968) ¿ MAST, RJ, foi realizado um levantamento sobre a participação de mulheres em expedições científicas buscando entender como elas se inseriam nessas práticas de campo. Apresentamos um panorama geral sobre o levantamento feito na documentação do CFE, quem eram as mulheres que ficaram registradas nestes documentos, a que áreas científicas pertenciam, quantas eram brasileiras e quantas estrangeiras e como articularam suas experiências no Brasil, ao mesmo tempo que retomamos referências bibliográficas importantes e fontes inéditas sobre o assunto. Tratamos das trajetórias de três cientistas que fizeram do Brasil seus campos privilegiados de pesquisa estabelecendo redes de relações sólidas no país, cada uma a sua maneira, e grande parte de suas produções científicas (teorias, classificações, livros e artigos) provém das pesquisas realizadas aqui. Elas são Doris Cochran, Betty Meggers e Wanda Hanke. As análises particularizadas (e até certo ponto de detalhes) que privilegiamos têm o objetivo de contribuir com o quadro de escassez de testemunhos sobre o comportamento e as atitudes de mulheres cientistas trabalhando no Brasil, no período abordado. Fosse um empreendimento coletivo ou solitário, uma ambição profissional, uma fuga ou aventura, a história dessas mulheres está repleta de vontades diversas. Consideramos cada uma dessas experiências como fragmentos da realidade muitas vezes negligenciados pela história das ciências que foi descrita como um empreendimento quase que exclusivamente masculino. A cultura das ciências fez-se separadamente da cultura das mulheres. As expedições científicas, na forma mais romantizada em que conseguimos imaginá-las - grandes aventureiros e aventureiras se embrenhando em matas fechadas, enfrentando perigos - ainda influenciam a categorização das ciências, suas características e o imaginário popular sobre o que é fazer ciências, contribuindo inclusive para reforçar um caráter masculinizante dessas práticas. A realidade, tanto agora quanto no passado, é bastante diferente. Existem grandes lacunas nesses discursos quando excluem parcelas inteiras da população da história da construção do saber científico. Onde está e como foi a participação das mulheres e de outros grupos excluídos por raça, classe ou etnia? Como essas hierarquizações sociais foram reproduzidas nos ambientes científicos? Nas narrativas sobre a ciência ocidental encontramos apenas pequenas pistas e passagens dessas pessoas por essa história. Essa tese é, portanto, uma contribuição para a ampliação desse registro histórico / Abstract: This thesis presents stories of women, mainly foreign, who conducted field research in Brazil in mid-twentieth century. Based on documents of the Brazilian Inspection Council on Artistic and Scientific Expedition - CFE (1933-1968) ¿ MAST (Museum), Rio de Janeiro ¿ an inventory on women¿s participation in scientific expeditions was conducted aiming to understand their experiences on these field practices. We present an overview of the inventory in the CFE documentation, addressing who were the women recorded in these documents. We collected data about their scientific areas, their nationalities, the strategies used to articulate their experiences in Brazil and also gathered important references about the topic. Three scientists were emphasized because their experiences revealed that Brazil was their privileged field of research where they also established strong networks with the local scientific community, each in their own way, because much of their scientific productions (theories, scientific classifications, articles and books) originated from these field activities. They are Doris Cochran, Betty Meggers, and Wanda Hanke. Individualized accounts were privileged, as well as details about these experiences, in order to adress the shortage of testimonials about stories, practices and attitudes of women scientists working in Brazil, in the period covered. Sometimes they went to the field alone, other times as part of a scientific team. They also worked in couples as assistants or collaborators and there were cases of travelers who were just looking for a getaway or an adventure. The stories of these women are interesting and bring up a lot of uniqueness. Each of these experiences can be thought as fragments of a reality often overlooked by the History of Science that has been described as an almost exclusively male enterprise. The culture of science was stablished separately from the women's culture. The popular image of scientific expeditions associated with heroism and riskness still influence the categorization of science and build up an idea of science as an almost exclusively male dominate endeavor, contributing to reinforce the masculine characterization of these practices. Reality, both now and in the past, is quite different. There are large gaps in the Western history of science narratives. Whole social groups were excluded of the construction of scientific knowledge, not only in the institutions but also in the history books. Where is and how was the participation of women and other groups excluded by race, class or ethnicity? How these social hierarchies were reproduced in scientific circles? In the narratives of Western science we found only small hints and passages of this group. This thesis is, therefore, a contribution to increase the field of historical studies about women scientists, gender and sciences / Doutorado / Politica Cientifica e Tecnologica / Doutora em Política Científica e Tecnológica
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Mulheres na ciência: vozes, tempos, lugares e trajetóriasSilva, Fabiane Ferreira da January 2012 (has links)
Submitted by Gilmar Barros (gilmargomesdebarros@gmail.com) on 2015-04-10T19:18:42Z
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- Faltam palavras-chave em inglês; on 2015-06-02T17:56:31Z (GMT) / Submitted by Gilmar Barros (gilmargomesdebarros@gmail.com) on 2015-06-03T16:28:35Z
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Previous issue date: 2012 / Nesta tese investigo a inserção e a participação das mulheres no campo da ciência moderna
buscando problematizar alguns dos discursos e práticas sociais implicados na constituição de
mulheres cientistas. A pesquisa foi orientada pelas teorias dos Estudos Feministas da Ciência
e Estudos de Gênero, bem como utilizou alguns conceitos de Michel Foucault. Neste estudo,
tomo a ciência e o gênero como construções sociais, culturais, históricas e discursivas em
meio a relações de poder/saber. Esta tese ancora-se metodologicamente na investigação
narrativa a partir dos pressupostos de Jorge Larrosa e de Michel Connelly e Jean Clandinin.
Orientada por esses autores, entendo a narrativa tanto como uma metodologia investigativa
como uma prática social que constitui os sujeitos. Para compor meu corpus de pesquisa optei
pela realização de entrevistas narrativas produzidas com seis mulheres cientistas atuantes em
universidades públicas e numa instituição de pesquisa do Rio Grande do Sul, sendo uma da
área da Farmácia, duas de Ciências Biológicas, duas da Física e a outra da Engenharia de
Computação. Desse modo, busquei conhecer a trajetória acadêmica e profissional dessas
mulheres, as motivações para a escolha da profissão, as dificuldades vivenciadas na profissão,
como elas percebiam a participação das mulheres na ciência, entre outros aspectos. Para
análise das narrativas estabeleci conexões com a análise do discurso na linha de Michel
Foucault. Ao analisar as narrativas, percebi a emergência do discurso biológico utilizado
como justificativa para explicar a feminização e a masculinização de determinadas áreas do
conhecimento, bem como para justificar o entendimento de que as mulheres fazem ciência de
“maneira diferente” dos homens. Esses entendimentos estão relacionados ao pressuposto de
que é o sexo – o fator biológico – que determina as características e funções sociais
diferenciadas entre mulheres e homens. Este estudo possibilitou-me perceber também que a
escolha profissional das entrevistadas foi influenciada por diferentes processos discursivos e
práticas sociais, ora de identificação, ora de confronto, com pessoas da família, com
antigos(as) professores(as), nas experiências escolares, na interação com determinados
artefatos culturais, tais como brinquedos e brincadeiras. A análise das narrativas me mostrou
as diferentes facetas do preconceito de gênero que perpassa as práticas sociais. Sobre essa
questão emergiram a negação do preconceito, o reconhecimento de “brincadeiras” sexistas
que não são percebidas como preconceito e situações explícitas de preconceito de gênero.
Outro aspecto evidenciado refere-se à necessidade de conciliar as exigências da vida
profissional com as responsabilidades familiares, que implicou em jornadas parciais de
trabalho, no adiamento ou recusa da maternidade. Analisar as narrativas produzidas pelas
entrevistadas me possibilitou compreender que a trajetória delas na ciência foi e é construída
em um ambiente baseado em valores e padrões masculinos que restringem, dificultam e
direcionam a participação das mulheres na ciência. Ao analisar as trajetórias dessas mulheres
na ciência, percebi que elas foram de alguma forma levadas a se adaptar ao “modelo
masculino” de pensar e fazer ciência, não apenas para serem consideradas cientistas, mas
também para serem bem-sucedidas na profissão. / In this thesis I investigate the inclusion and participation of women in the field of modern science seeking to question some of the discourses and social practices involved in the formation of scientist women. The research was guided by the theories of Feminist Science Studies and Gender Studies, and used some concepts from Michel Foucault. In this study, I take science and gender as social, cultural, historical and discursive constructions among power/knowledge relations. This thesis is methodologically anchored in the narrative investigation from the assumptions of Jorge Larrosa and of Michel Connelly and Jean Clandinin. Guided by these authors, I consider the narrative as both an investigative methodology as a social practice that constitutes subjects. To compose my research corpus I opted for narrative interviews produced by six scientist women working in public universities and in a research institution in Rio Grande do Sul – one in the Pharmacy field, two in Biological Sciences, two in Physics and two others in Computer Engineering. Therefore, I sought to know the academic and professional history of these women, the motivation for choosing the profession, the difficulties experienced in the profession, how they perceived the participation of women in science, among others. For narrative analysis I established connections with the analysis of discourse according to Michel Foucault. When analyzing these narratives, I noticed the emergence of biological discourse used as justification to explain the feminization and masculinization of certain areas of knowledge, as well as to justify the view that women do science “differently” from men. These understandings are related to the assumption that it is sex – the biological factor – that determines the characteristics and different social functions between women and men. This study also enabled to realize that the career choice of interviewees was influenced by different discursive processes and social practices, sometimes of identification, sometimes confrontational, with family, with older teachers, in school experiences, in the interaction with certain cultural artifacts such as toys and games. The analysis of the narratives showed the different faces of gender bias that permeates social practices. On this issue emerged the denial of bias, the recognition of sexist "jokes" that are not defined as bias and situations perceived as explicit gender bias. Another aspect shown refers to the need to reconcile the demands of career and family responsibilities, which resulted in partial daily work, and the postponement or refusal of motherhood. Analyzing the narratives produced by interviewees allowed me to understand that their path in science was and is built in an environment based on male values and standards that restrict, impede and direct participation of women in science. By analyzing the history of these women in science, I realized that they were somehow made to fit the "male model" of thinking and doing science, not only to be considered scientists, but also to be successful in the profession.
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