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Estudo de fase II de substituição do 5-FU por capecitabina no esquema de quimio-radioterapia em pacientes com carcinoma de células escamosas do canal anal / Phase II study of capecitabine in substitution of 5-FU in the chemoradiotherapy regimen for patients with squamous cell carcinoma of the anal canal

Oliveira, Suilane Coelho Ribeiro 30 January 2015 (has links)
Introdução: O carcinoma de células escamosas (CEC) do canal anal é uma neoplasia pouco frequente, correspondendo a 1-5% dos tumores intestinais. Entretanto, o risco de CEC do canal anal vem crescendo. O tratamento padrão do CEC de canal anal nos estádios II-III consiste em 5-fluorouracil infusional associado a mitomicina-C e radioterapia, desde 1974. Estudos clínicos com o objetivo de identificar novos esquemas terapêuticos mais convenientes para câncer do canal anal devem continuar. Métodos: Pacientes com CEC de canal anal T2-4N0M0 ou T (qualquer) N1-3M0, com bom performance clínico, função renal e hematológica normais foram tratados com capecitabina 825 mg/m2 12/12 horas durante a radioterapia associada a dose única de mitomicina-C 15 mg/m2 no Dia 1. O objetivo primário do estudo foi determinar a taxa de controle local em 6 meses da associação de capecitabina, mitomicina-C e radioterapia em pacientes com câncer do canal anal. Os objetivos secundários foram determinar a taxa de toxicidade aguda graus 3-4, conforme os critérios da CTCaev4.0, taxa de resposta completa 6 semanas após término da quimio-radioterapia, sobrevida global e livre de progressão e taxa de colostomia em 1 ano. O tamanho da amostra foi calculado usando a ferramenta \"estágio único de Fleming\". Considerando 85% de eventos esperados (taxa de controle local em 6 meses), 1 desvio padrão e 5% de erro alfa, o tamanho ideal da amostra foi de 51 pacientes. Resultados: De novembro/2010 a fevereiro/2014, 51 pacientes foram incluídos, sendo avaliados 43 pacientes. Dezessete pacientes (39,5%) tinham estádio II, 11 (25,6%) estádio IIIA e 15 (34,9%) estádio IIIB. O seguimento mediano foi de 23,1 meses. Entre os pacientes que foram avaliados em 6 meses, 3 (7%) apresentaram resposta clínica parcial, 37 (86%) tiveram resposta clínica completa e 3 (7%) apresentaram progressão de doença. O controle loco-regional em 6 meses foi de 86%. Em relação às toxicidades graus 3-4, observaram-se diarreia grau 3, em 4,6% dos pacientes, radiodermite grau 3, em 23,2%, vômitos grau 3, em 2,3%, plaquetopenia graus 3-4, em 6,9%, leucopenia grau 3, em 6,9%, e linfopenia grau 3, em 11,6%. Um paciente HIV positivo (2,3%) apresentou choque séptico grau 4, pneumonia grau 4, meningoencefalite herpética grau 4 e síndrome de ativação macrofágica grau 4. A taxa de colostomia foi de 18,6%. Conclusão: Capecitabina e mitomicina-C são um tratamento bem tolerado em pacientes com carcinoma de canal anal, com controle loco-regional em 6 meses em 86% dos pacientes. Palavras-chave: carcinoma de células escamosas, câncer anal, capecitabina, radioterapia, mitomicina-c / Background: Squamous cell carcinoma (SCC) of the anal canal is an uncommon malignancy accounting for 1-5% of intestinal tumors; however, its incidence has been increasing. Treatment for stage II and III anal canal SCC is infusional 5-fluorouracil associated with mitomycin and radiotherapy, since 1974. More convenient treatments for patients are needed. Methods: Patients with SCC of anal cancer T2-4N0M0 or T (any) N1-3M0, with good performance status, normal blood, and renal function were treated with capecitabine 825 mg/m2 bid during radiotherapy associated with a single dose of mitomycin 15 mg/m2 on day 1. Primary objective was local control rate at 6 months determined by clinical examination and radiological assessment. Sample size was calculated using Fleming single stage design. Results: From november/2010 to february/2014 51 patients were initially included, however 43 patients were assessed. Seventeen patients (39.5%) were stage II, 11 patients (25.6%) stage IIIA, and 15 patients (34.9%) stage IIIB. Four patients (9.3%) were HIV-positive, while 39 (90.7%) were HIV-negative. Median follow-up was 23.1 months. Among patients who finished the treatment and were reevaluated at 6 months 3 patients (7%) presented partial response, 37 patients (86%) had complete response, and 3 patients developed progression of the disease (7%). Regarding grade 3-4 toxicities, 10 patients (23.2%) had grade 3 radiodermitis, 3 patients (6.9%) had grade 3-4 thrombocytopenia, 5 (11.6%) had grade 3 lymphopenia, 1 patient (2.3%) had grade 3 vomiting, 2 patients (4.6%) had grade 3 diarrhea and 3 patients (6.9%) had grade 3 leukopenia. One HIV+ patient had septic shock, pneumonia, herpetic encephalitis and macrophage activation syndrome. Colostomy rate was 18.6%. Conclusions: Capecitabine and mitomycin with radiotherapy seem to be a safe treatment for SCC of the anal cancer, with a complete response rate in 6 months of 86%
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Estudo de fase II de substituição do 5-FU por capecitabina no esquema de quimio-radioterapia em pacientes com carcinoma de células escamosas do canal anal / Phase II study of capecitabine in substitution of 5-FU in the chemoradiotherapy regimen for patients with squamous cell carcinoma of the anal canal

Suilane Coelho Ribeiro Oliveira 30 January 2015 (has links)
Introdução: O carcinoma de células escamosas (CEC) do canal anal é uma neoplasia pouco frequente, correspondendo a 1-5% dos tumores intestinais. Entretanto, o risco de CEC do canal anal vem crescendo. O tratamento padrão do CEC de canal anal nos estádios II-III consiste em 5-fluorouracil infusional associado a mitomicina-C e radioterapia, desde 1974. Estudos clínicos com o objetivo de identificar novos esquemas terapêuticos mais convenientes para câncer do canal anal devem continuar. Métodos: Pacientes com CEC de canal anal T2-4N0M0 ou T (qualquer) N1-3M0, com bom performance clínico, função renal e hematológica normais foram tratados com capecitabina 825 mg/m2 12/12 horas durante a radioterapia associada a dose única de mitomicina-C 15 mg/m2 no Dia 1. O objetivo primário do estudo foi determinar a taxa de controle local em 6 meses da associação de capecitabina, mitomicina-C e radioterapia em pacientes com câncer do canal anal. Os objetivos secundários foram determinar a taxa de toxicidade aguda graus 3-4, conforme os critérios da CTCaev4.0, taxa de resposta completa 6 semanas após término da quimio-radioterapia, sobrevida global e livre de progressão e taxa de colostomia em 1 ano. O tamanho da amostra foi calculado usando a ferramenta \"estágio único de Fleming\". Considerando 85% de eventos esperados (taxa de controle local em 6 meses), 1 desvio padrão e 5% de erro alfa, o tamanho ideal da amostra foi de 51 pacientes. Resultados: De novembro/2010 a fevereiro/2014, 51 pacientes foram incluídos, sendo avaliados 43 pacientes. Dezessete pacientes (39,5%) tinham estádio II, 11 (25,6%) estádio IIIA e 15 (34,9%) estádio IIIB. O seguimento mediano foi de 23,1 meses. Entre os pacientes que foram avaliados em 6 meses, 3 (7%) apresentaram resposta clínica parcial, 37 (86%) tiveram resposta clínica completa e 3 (7%) apresentaram progressão de doença. O controle loco-regional em 6 meses foi de 86%. Em relação às toxicidades graus 3-4, observaram-se diarreia grau 3, em 4,6% dos pacientes, radiodermite grau 3, em 23,2%, vômitos grau 3, em 2,3%, plaquetopenia graus 3-4, em 6,9%, leucopenia grau 3, em 6,9%, e linfopenia grau 3, em 11,6%. Um paciente HIV positivo (2,3%) apresentou choque séptico grau 4, pneumonia grau 4, meningoencefalite herpética grau 4 e síndrome de ativação macrofágica grau 4. A taxa de colostomia foi de 18,6%. Conclusão: Capecitabina e mitomicina-C são um tratamento bem tolerado em pacientes com carcinoma de canal anal, com controle loco-regional em 6 meses em 86% dos pacientes. Palavras-chave: carcinoma de células escamosas, câncer anal, capecitabina, radioterapia, mitomicina-c / Background: Squamous cell carcinoma (SCC) of the anal canal is an uncommon malignancy accounting for 1-5% of intestinal tumors; however, its incidence has been increasing. Treatment for stage II and III anal canal SCC is infusional 5-fluorouracil associated with mitomycin and radiotherapy, since 1974. More convenient treatments for patients are needed. Methods: Patients with SCC of anal cancer T2-4N0M0 or T (any) N1-3M0, with good performance status, normal blood, and renal function were treated with capecitabine 825 mg/m2 bid during radiotherapy associated with a single dose of mitomycin 15 mg/m2 on day 1. Primary objective was local control rate at 6 months determined by clinical examination and radiological assessment. Sample size was calculated using Fleming single stage design. Results: From november/2010 to february/2014 51 patients were initially included, however 43 patients were assessed. Seventeen patients (39.5%) were stage II, 11 patients (25.6%) stage IIIA, and 15 patients (34.9%) stage IIIB. Four patients (9.3%) were HIV-positive, while 39 (90.7%) were HIV-negative. Median follow-up was 23.1 months. Among patients who finished the treatment and were reevaluated at 6 months 3 patients (7%) presented partial response, 37 patients (86%) had complete response, and 3 patients developed progression of the disease (7%). Regarding grade 3-4 toxicities, 10 patients (23.2%) had grade 3 radiodermitis, 3 patients (6.9%) had grade 3-4 thrombocytopenia, 5 (11.6%) had grade 3 lymphopenia, 1 patient (2.3%) had grade 3 vomiting, 2 patients (4.6%) had grade 3 diarrhea and 3 patients (6.9%) had grade 3 leukopenia. One HIV+ patient had septic shock, pneumonia, herpetic encephalitis and macrophage activation syndrome. Colostomy rate was 18.6%. Conclusions: Capecitabine and mitomycin with radiotherapy seem to be a safe treatment for SCC of the anal cancer, with a complete response rate in 6 months of 86%
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Perfil de expressão de biomarcadores no carcinoma de canal anal e correlação com falha ao tratamento com quimio-radioterapia / Prospective study of biomarkers in squamous cell carcinoma of the anal canal and their influence on treatment outcomes

Moniz, Camila Motta Venchiarutti 16 October 2017 (has links)
Introdução: O tumor de canal anal é raro, sendo a histologia epidermóide a mais frequente. A quimio-radioterapia é capaz de curar a maioria dos casos de câncer de canal anal localizado, entretanto, um grupo de pacientes apresenta resistência primária ao tratamento multimodal. Métodos: Estudo de coorte prospectivo desenhado para avaliar a influência de biomarcadores (HIV, Ki-67, PD-L1, HPV e mutações no DNA tumoral) na resposta do câncer de canal anal ao tratamento com quimio-radioterapia. Resposta completa aos 6 meses após tratamento foi o desfecho primário. O DNA tumoral foi avaliado por sequenciamento genético, através do painel TruSight Tumor 26®. HPV foi testado pelo teste PapilloCheck®. Ki-67 e PD-L1 foram avaliados por imunoistoquímica. Sorologia para HIV foi realizada em todos os pacientes antes do início do tratamento. Resultados: Os pacientes foram recrutados de outubro/2011 a dezembro/2015 e 75 foram avaliados para resposta após o tratamento. A idade mediana foi de 57 anos, a maioria dos pacientes apresentou estadio III ao diagnóstico 65% (n=49) e 12% (n=9) tinha sorologia positiva para HIV. Aos 6 meses após término da quimio-radioterapia 62,7% (n=47) dos pacientes apresentou resposta completa, 24% (n=18) resposta parcial e 13,3% (n=10) progressão de doença. HPV foi avaliado em 67 amostras e encontrado em 70,1%, sendo o HPV 16 o tipo mais frequente. A pesquisa de PD-L1 foi realizada em 61 amostras e 16,4% (n=10) apresentou expressão > 1%. Idade, estadio clínico, HIV, expressão de Ki-67, presença de HPV, expressão de PD-L1 e interrupção de tratamento foram avaliados como preditores de resposta, aos 6 meses após o término do tratamento, por meio de regressão logística multivariada. Pacientes com estadio II apresentaram 4,7 vezes mais chance de resposta completa que pacientes com estadio III (OR=4,70; IC95%=1,36-16,30; p=0,015). Quando considerada resposta completa e/ou parcial, a presença do vírus HIV foi associada a pior resposta: pacientes HIV negativo apresentaram 5,7 vezes mais chance de resposta completa e/ou parcial que pacientes HIV positivo (OR=5,72; IC95%=2,5-13,0; p < 0,001). Foi possível a realização de sequenciamento do DNA tumoral em 25 pacientes avaliáveis para resposta, sendo as mutações mais frequentes encontradas nos genes PIK3CA (n=6) e MET (n=6). Não houve diferença em resposta de acordo com presença dessas mutações. Conclusões: Aos 6 meses após término do tratamento com quimio-radioterapia a expressão de Ki-67, PD-L1, presença de HPV e mutações em PIK3CA e MET não foram associadas com resposta ao tratamento. Pacientes com estadio III e pacientes portadores do vírus HIV apresentaram pior resposta ao tratamento / Background: While chemoradiation is the curative treatment for squamous cell carcinoma of the anal canal, some patients present primary resistance. As a rare tumor, predictors of response remain unknown. Patients and Methods: Prospective cohort study aimed at evaluating biomarkers (Ki-67, PD-L1, Human papillomavirus (HPV), tumor mutations and HIV) possibly associated with tumor response to chemoradiation. Complete response at 6 months was the primary endpoint. Tumor DNA was analyzed by next-generation sequencing (TruSight Tumor 26 ®). HPV was tested by PapilloCheck®. KI-67 and PD-L1 were evaluated by immunohistochemistry. Results: Seventyeight patients were recruited from October/2011 to December/2015, and 75 were evaluable for response. Median age was 57 years, 65% (n=49) were stage III, and 12% (n=9) were HIV positive (HIV+). At 6 months 62.7% (n=47) presented complete response, 24% (n=18) partial response and 13.3% (n=10) disease progression. HPV was evaluated in 67 and found in 70.1%, the majority being HPV 16. PD-L1 was tested in 61 being 16.4% (n=10) positive. Age, clinical stage, HIV status, KI-67, HPV, PD-L1 and treatment interruption were tested as predictive factors for complete response at 6 months by logistic regression. On multivariate analyses, stage II patients were 4.7 more likely to achieve complete response than stage III (OR=4.70; IC95%=1.36-16.30; p=0.015). When we considered patients with complete and partial response, HIV+ was associated with a worse response (OR=5.72; IC95%=2.5-13.0; p < 0.001). Twenty-five patients had samples proper for NGS and 17 had at least one mutation, with PIK3CA (n=6) and MET (n=6) being the most common mutated genes. There were no differences in response according to MET or PIK3CA status. Conclusions: At 6 months after chemoradiation Ki-67, PD-L1, HPV and mutations in PIK3CA and MET were not associated with response. Patients with stage III disease and patients HIV+ had a significantly poor response
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Perfil de expressão de biomarcadores no carcinoma de canal anal e correlação com falha ao tratamento com quimio-radioterapia / Prospective study of biomarkers in squamous cell carcinoma of the anal canal and their influence on treatment outcomes

Camila Motta Venchiarutti Moniz 16 October 2017 (has links)
Introdução: O tumor de canal anal é raro, sendo a histologia epidermóide a mais frequente. A quimio-radioterapia é capaz de curar a maioria dos casos de câncer de canal anal localizado, entretanto, um grupo de pacientes apresenta resistência primária ao tratamento multimodal. Métodos: Estudo de coorte prospectivo desenhado para avaliar a influência de biomarcadores (HIV, Ki-67, PD-L1, HPV e mutações no DNA tumoral) na resposta do câncer de canal anal ao tratamento com quimio-radioterapia. Resposta completa aos 6 meses após tratamento foi o desfecho primário. O DNA tumoral foi avaliado por sequenciamento genético, através do painel TruSight Tumor 26®. HPV foi testado pelo teste PapilloCheck®. Ki-67 e PD-L1 foram avaliados por imunoistoquímica. Sorologia para HIV foi realizada em todos os pacientes antes do início do tratamento. Resultados: Os pacientes foram recrutados de outubro/2011 a dezembro/2015 e 75 foram avaliados para resposta após o tratamento. A idade mediana foi de 57 anos, a maioria dos pacientes apresentou estadio III ao diagnóstico 65% (n=49) e 12% (n=9) tinha sorologia positiva para HIV. Aos 6 meses após término da quimio-radioterapia 62,7% (n=47) dos pacientes apresentou resposta completa, 24% (n=18) resposta parcial e 13,3% (n=10) progressão de doença. HPV foi avaliado em 67 amostras e encontrado em 70,1%, sendo o HPV 16 o tipo mais frequente. A pesquisa de PD-L1 foi realizada em 61 amostras e 16,4% (n=10) apresentou expressão > 1%. Idade, estadio clínico, HIV, expressão de Ki-67, presença de HPV, expressão de PD-L1 e interrupção de tratamento foram avaliados como preditores de resposta, aos 6 meses após o término do tratamento, por meio de regressão logística multivariada. Pacientes com estadio II apresentaram 4,7 vezes mais chance de resposta completa que pacientes com estadio III (OR=4,70; IC95%=1,36-16,30; p=0,015). Quando considerada resposta completa e/ou parcial, a presença do vírus HIV foi associada a pior resposta: pacientes HIV negativo apresentaram 5,7 vezes mais chance de resposta completa e/ou parcial que pacientes HIV positivo (OR=5,72; IC95%=2,5-13,0; p < 0,001). Foi possível a realização de sequenciamento do DNA tumoral em 25 pacientes avaliáveis para resposta, sendo as mutações mais frequentes encontradas nos genes PIK3CA (n=6) e MET (n=6). Não houve diferença em resposta de acordo com presença dessas mutações. Conclusões: Aos 6 meses após término do tratamento com quimio-radioterapia a expressão de Ki-67, PD-L1, presença de HPV e mutações em PIK3CA e MET não foram associadas com resposta ao tratamento. Pacientes com estadio III e pacientes portadores do vírus HIV apresentaram pior resposta ao tratamento / Background: While chemoradiation is the curative treatment for squamous cell carcinoma of the anal canal, some patients present primary resistance. As a rare tumor, predictors of response remain unknown. Patients and Methods: Prospective cohort study aimed at evaluating biomarkers (Ki-67, PD-L1, Human papillomavirus (HPV), tumor mutations and HIV) possibly associated with tumor response to chemoradiation. Complete response at 6 months was the primary endpoint. Tumor DNA was analyzed by next-generation sequencing (TruSight Tumor 26 ®). HPV was tested by PapilloCheck®. KI-67 and PD-L1 were evaluated by immunohistochemistry. Results: Seventyeight patients were recruited from October/2011 to December/2015, and 75 were evaluable for response. Median age was 57 years, 65% (n=49) were stage III, and 12% (n=9) were HIV positive (HIV+). At 6 months 62.7% (n=47) presented complete response, 24% (n=18) partial response and 13.3% (n=10) disease progression. HPV was evaluated in 67 and found in 70.1%, the majority being HPV 16. PD-L1 was tested in 61 being 16.4% (n=10) positive. Age, clinical stage, HIV status, KI-67, HPV, PD-L1 and treatment interruption were tested as predictive factors for complete response at 6 months by logistic regression. On multivariate analyses, stage II patients were 4.7 more likely to achieve complete response than stage III (OR=4.70; IC95%=1.36-16.30; p=0.015). When we considered patients with complete and partial response, HIV+ was associated with a worse response (OR=5.72; IC95%=2.5-13.0; p < 0.001). Twenty-five patients had samples proper for NGS and 17 had at least one mutation, with PIK3CA (n=6) and MET (n=6) being the most common mutated genes. There were no differences in response according to MET or PIK3CA status. Conclusions: At 6 months after chemoradiation Ki-67, PD-L1, HPV and mutations in PIK3CA and MET were not associated with response. Patients with stage III disease and patients HIV+ had a significantly poor response
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Ressecção abdominoperineal do reto após falha do tratamento radioquimioterápico do carcinoma anal / Abdominoperineal resection of the rectum after failure of chemoradiation therapy for anal carcinoma

Corrêa, José Humberto Simões 11 May 2012 (has links)
INTRODUÇÃO: O tratamento padrão do Carcinoma Epidermoide do Ânus (CEDA) é a quimiorradioterapia ou radioterapia exclusiva. Os pacientes em que a terapêutica conservadora falha são tratados com Ressecção Abdominoperineal do Reto (RAP) de resgate. OBJETIVOS: Avaliar a sobrevivência com a RAP de resgate no CEDA, identificando os descritores favoráveis para sobrevivência maior e as características do agrupamento de variáveis relacionadas a descritores independentes de risco para mortalidade. MÉTODOS: Foram levantados dados através de 111 prontuários de portadores de CEDA, tratados inicialmente com quimiorradioterapia combinada ou radioterapia exclusiva e submetidos à RAP no período de outubro de 1982 a janeiro de 2011. RESULTADOS: A média de idade foi de 58 anos, 93 (83,8%) pacientes eram do sexo feminino e 80 (72,1%) da raça branca. O estadio cT3-4 compôs 66,7% e cN0 39,6% da casuística. A RAP foi indicada por persistência da doença (PD) em 61 (55%) pacientes e por recidiva (RD) em 50 (45%) pacientes. A ressecção cirúrgica sem resíduos tumorais (R0) foi realizada em 86 (77,5%) pacientes. O tempo médio de permanência hospitalar pós-operatório foi de 14 dias. A morbidade cirúrgica foi de 64,9%, sendo 78,3% dela devida às complicações da região perineal. Recidiva após RAP ocorreu em 68 (61,2%) pacientes, sendo 40 (58,8%) no primeiro ano do pós-operatório, a maioria locorregional (78%; 53/68). A mediana do seguimento foi de 16 meses (1,2-60 meses). Na análise multivariada, cirurgia R0 (p<0,001), invasão perineural vascular e/ou linfática negativa (p<0,0001) e linfonodo negativo na peça cirúrgica (p=0,03) foram estatisticamente associados à maior sobrevivência. CONCLUSÕES: A taxa de sobrevivência global estimada em cinco anos foi de 24,5%, com mediana de sobrevivência de 32 meses. O subgrupo de pacientes submetidos a cirurgias R0 em cujas peças cirúrgicas não foram encontrados invasão perineural vascular e/ou linfática nem linfonodos comprometidos apresentou taxa de sobrevivência estimada em três e cinco anos de 74,4% e 55,0%, respectivamente, com mediana de sobrevivência de 87 meses. Não houve diferença significativa entre pacientes que evoluíram com PD ou RD. Identificou-se a cirurgia R1-2, invasão perineural vascular e/ou linfática e linfonodo positivo na peça cirúrgica como fatores preditivos independentes de mortalidade / INTRODUCTION: The standard treatment for epidermoid carcinoma of the anus (ECA) is the association of chemotherapy (QT) and radiotherapy or exclusive radiotherapy (RT). When conservative treatment fails, patients are submitted to abdominoperineal resection of the rectum (APR). OBJECTIVES: To assess survival with salvage APR in ECA, identifying the most favorable independent descriptors for longer survival and the characteristics of the group of independent variables for mortality risk. METHODS: Data were collected from the medical records of 111 patients with ECA, initially treated with QT/RT or exclusive RT and later submitted to APR, from October 1982 to January 2011. RESULTS: Their mean age was 58 years, 93 (83.8%) patients were female, and 80 (72.1%) were Caucasian. The cT3-4 stage represented 66.7% of the case series and cN0, 39.6%. The APR was indicated due to persistence of disease (PD) in 61 (55%) patients and recurrence of disease (RD) in 50 (45%) patients. Surgical resection without residual tumor (R0) was performed in 86 (77.5%) patients. The mean postoperative hospital length of stay was 14 days. Surgical morbidity was 64.9%, of which, 78.3% related to perineal infection. Recurrence after APR was observed in 68 (61.2%) patients, 40 (58,8%; 40/68) of whom in the first postoperative year, mostly locoregional (78%; 53/68). The median follow-up was 16 months (1.2 - 60 months). On multivariate analysis, R0 surgery (p<0.001), absence of perineural and/or lymphovascular invasion (p<0.0001) and negative lymph node status in the surgical specimen (p=0.03) were associated with increased survival. CONCLUSION: Estimated overall survival rate in 5 years was 24.5%, with median survival of 32 months. There was no significant difference in survival after APR in patients who had PD or RD after conservative treatment. The subgroup of patients who underwent R0 and whose surgical specimen showed absence perineural and/or lymphovascular invasion and negative lymph nodes had an estimated survival rate at 3 and 5 years of 74,4% and 55,0%, respectively, with a median survival of 87 months. The following were identified as independent predictors of mortality: R1-2 surgery; presence perineural and/or lymphovascular invasion; and positive lymph node in the surgical specimen
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Ressecção abdominoperineal do reto após falha do tratamento radioquimioterápico do carcinoma anal / Abdominoperineal resection of the rectum after failure of chemoradiation therapy for anal carcinoma

José Humberto Simões Corrêa 11 May 2012 (has links)
INTRODUÇÃO: O tratamento padrão do Carcinoma Epidermoide do Ânus (CEDA) é a quimiorradioterapia ou radioterapia exclusiva. Os pacientes em que a terapêutica conservadora falha são tratados com Ressecção Abdominoperineal do Reto (RAP) de resgate. OBJETIVOS: Avaliar a sobrevivência com a RAP de resgate no CEDA, identificando os descritores favoráveis para sobrevivência maior e as características do agrupamento de variáveis relacionadas a descritores independentes de risco para mortalidade. MÉTODOS: Foram levantados dados através de 111 prontuários de portadores de CEDA, tratados inicialmente com quimiorradioterapia combinada ou radioterapia exclusiva e submetidos à RAP no período de outubro de 1982 a janeiro de 2011. RESULTADOS: A média de idade foi de 58 anos, 93 (83,8%) pacientes eram do sexo feminino e 80 (72,1%) da raça branca. O estadio cT3-4 compôs 66,7% e cN0 39,6% da casuística. A RAP foi indicada por persistência da doença (PD) em 61 (55%) pacientes e por recidiva (RD) em 50 (45%) pacientes. A ressecção cirúrgica sem resíduos tumorais (R0) foi realizada em 86 (77,5%) pacientes. O tempo médio de permanência hospitalar pós-operatório foi de 14 dias. A morbidade cirúrgica foi de 64,9%, sendo 78,3% dela devida às complicações da região perineal. Recidiva após RAP ocorreu em 68 (61,2%) pacientes, sendo 40 (58,8%) no primeiro ano do pós-operatório, a maioria locorregional (78%; 53/68). A mediana do seguimento foi de 16 meses (1,2-60 meses). Na análise multivariada, cirurgia R0 (p<0,001), invasão perineural vascular e/ou linfática negativa (p<0,0001) e linfonodo negativo na peça cirúrgica (p=0,03) foram estatisticamente associados à maior sobrevivência. CONCLUSÕES: A taxa de sobrevivência global estimada em cinco anos foi de 24,5%, com mediana de sobrevivência de 32 meses. O subgrupo de pacientes submetidos a cirurgias R0 em cujas peças cirúrgicas não foram encontrados invasão perineural vascular e/ou linfática nem linfonodos comprometidos apresentou taxa de sobrevivência estimada em três e cinco anos de 74,4% e 55,0%, respectivamente, com mediana de sobrevivência de 87 meses. Não houve diferença significativa entre pacientes que evoluíram com PD ou RD. Identificou-se a cirurgia R1-2, invasão perineural vascular e/ou linfática e linfonodo positivo na peça cirúrgica como fatores preditivos independentes de mortalidade / INTRODUCTION: The standard treatment for epidermoid carcinoma of the anus (ECA) is the association of chemotherapy (QT) and radiotherapy or exclusive radiotherapy (RT). When conservative treatment fails, patients are submitted to abdominoperineal resection of the rectum (APR). OBJECTIVES: To assess survival with salvage APR in ECA, identifying the most favorable independent descriptors for longer survival and the characteristics of the group of independent variables for mortality risk. METHODS: Data were collected from the medical records of 111 patients with ECA, initially treated with QT/RT or exclusive RT and later submitted to APR, from October 1982 to January 2011. RESULTS: Their mean age was 58 years, 93 (83.8%) patients were female, and 80 (72.1%) were Caucasian. The cT3-4 stage represented 66.7% of the case series and cN0, 39.6%. The APR was indicated due to persistence of disease (PD) in 61 (55%) patients and recurrence of disease (RD) in 50 (45%) patients. Surgical resection without residual tumor (R0) was performed in 86 (77.5%) patients. The mean postoperative hospital length of stay was 14 days. Surgical morbidity was 64.9%, of which, 78.3% related to perineal infection. Recurrence after APR was observed in 68 (61.2%) patients, 40 (58,8%; 40/68) of whom in the first postoperative year, mostly locoregional (78%; 53/68). The median follow-up was 16 months (1.2 - 60 months). On multivariate analysis, R0 surgery (p<0.001), absence of perineural and/or lymphovascular invasion (p<0.0001) and negative lymph node status in the surgical specimen (p=0.03) were associated with increased survival. CONCLUSION: Estimated overall survival rate in 5 years was 24.5%, with median survival of 32 months. There was no significant difference in survival after APR in patients who had PD or RD after conservative treatment. The subgroup of patients who underwent R0 and whose surgical specimen showed absence perineural and/or lymphovascular invasion and negative lymph nodes had an estimated survival rate at 3 and 5 years of 74,4% and 55,0%, respectively, with a median survival of 87 months. The following were identified as independent predictors of mortality: R1-2 surgery; presence perineural and/or lymphovascular invasion; and positive lymph node in the surgical specimen
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Detecção e distribuição genotípica do Papilomavírus humano (HPV) nos carcinomas anais / Detection and genotypic distribution of human Papillomavirus (HPV) in anal carcinomas

Libera, Larisse Silva Dalla 29 March 2016 (has links)
Submitted by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2016-09-15T13:30:32Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Larisse Silva Dalla Libera - 2016.pdf: 2593854 bytes, checksum: 6b47c9f7567c45f8cd463c53b5b7b129 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2016-09-15T13:31:04Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Larisse Silva Dalla Libera - 2016.pdf: 2593854 bytes, checksum: 6b47c9f7567c45f8cd463c53b5b7b129 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2016-09-15T13:31:04Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Larisse Silva Dalla Libera - 2016.pdf: 2593854 bytes, checksum: 6b47c9f7567c45f8cd463c53b5b7b129 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2016-03-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Anal cancer incidence is increasing significantly, especially when associated with the Human papillomavirus (HPV). The objective of this study was to evaluate the clinicopathological aspects of anal cancers and their association with HPV detection and genotypic distribution. It was a retrospective epidemiological study, with the use of the clinicopathological secondary data and molecular analyses of specimens of anal cancers embedded in paraffin blocks, diagnosed in a reference institution in the treatment of cancer at the Centro-Oeste region in a period of ten years (2000-2010). It was initially consulted a list of 140 cases of anal cancers but only 81 were included in the study. Molecular analysis included the amplification and detection of a viral genome fragment, by using PCR (polymerase chain reaction), and genotyping by reverse hybridization, using the commercial kit INNO LiPA. Data analysis was performed by descriptive statistics, univariate analysis and survival. According to the cases evaluated (n 81), 53.1% were more than 61 years of age, and the majority (63%) were females; 51.9% (n 42) presented squamous cells carcinoma (SCC). Lymph node metastases were described in 25.9%, distant metastases in 8.6% being the liver and the lung the most affected organs, the death was recorded in 45 cases (55.6%). HPV DNA was positive in 69% of cases. In the analysis by histologic type, 88.1% of squamous cell carcinomas (SCC), and 43.8% of adenocarcinomas was positive for viral DNA. The ECC was associated with HPV (p 0.0001) as well as females (p 0.01). Multiple infections were detected in 14.3% of the cases. The most prevalent genotypes were HPV16, HPV33 and HPV18. HPV 16 was found in 100% of multiple infections. After five years, overall survival was 44.3% for the group, the prognostic factors worse were female sex (p 0.008), squamous cell carcinoma (p 0.01) and the presence of distant metastasis (p 0. 01). Survival was not influenced by the presence of HPV (p 0.54). The aggressiveness of anal cancer described in this study reinforces the need of prevention strategies for this type of disease, including the HPV vaccine. / A incidência do câncer anal vem aumentando significativamente, principalmente quando associado ao Papilomavírus humano (HPV). O objetivo deste estudo foi avaliar os aspectos clínicopatológicos dos cânceres anais e suas associações com a detecção e distribuição genotípica do HPV. Trata-se de um estudo epidemiológico transversal retrospectivo, com a utilização dos dados clínicopatológicos secundários e análises moleculares de espécimes de cânceres anais contidos em blocos de parafina, diagnosticados em uma instituição de referência no tratamento de câncer na região Centro-Oeste em um período de dez anos (2000-2010). Inicialmente foi consultada uma lista com 140 casos de cânceres anais mas apenas 81 cumpriram os critérios de inclusão e exclusão e foram incluídos no estudo. A análise molecular incluiu a amplificação de um fragmento do genoma viral por PCR (reação em cadeia da polimerase) e hibridização reversa, com o uso do kit comercial INNO LiPA. A análise dos dados foi feita por estatística descritiva, análise univariada e de sobrevida. Do número de casos avaliados (n 81), 53,1% tinham mais que 61 anos de idade e a maior parte (63%) foram mulheres; 51,9%(n 42) apresentavam câncer anal de células escamosas (CCE). Metástases linfonodais foram descritas em 25,9%, metástases a distância em 8,6% sendo o fígado e o pulmão os órgãos mais acometidos e o óbito foi registrado em 45 casos (55,6%). A detecção de DNA do HPV foi positiva em 69% dos casos. Na ánalise por tipo histológico, 88,1% dos carcinomas de células escamosas (CCE) e 43,8% dos adenocarcinomas foram positivos para o DNA viral. O CCE foi associado ao HPV (p 0,0001) assim como o sexo feminino (p 0,01). Infecções múltiplas foram detectadas em 14,3% dos casos. Os genótipos mais prevalentes foram o HPV16, 33 e 18. O HPV 16 esteve presente em 100% das infecções múltiplas. A sobrevida global em 60 meses foi de 44,3%, os fatores de pior prognósticos foram o sexo feminino (p 0,008), o carcinoma de células escamosas (p 0,01) e a presença de metástase à distância (p 0,01). A sobrevida não foi influenciada pela presença do HPV (p 0,54). A agressividade dos cânceres anais descritos neste trabalho reforça a necessidade de estratégias de prevenção para esses cânceres, incluindo a vacina contra HPV.
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Avaliação da sensibilidade cutânea do retalho perfurante da artéria pudenda interna nas reconstruções perineais / Evaluation of cutaneous sensibility of the internal pudendal artery perforator flap in perineal reconstructions

Coltro, Pedro Soler 22 August 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: O tratamento das neoplasias malignas anorretais exige ressecções que podem levar ao surgimento de defeitos perineais extensos. Esses defeitos necessitam de reconstrução que deve ser realizada, preferencialmente, com retalhos. Dentre eles, destacamos o retalho perfurante da artéria pudenda interna, localizado no sulco glúteo, vascularizado por vasos perfurantes cutâneos da artéria pudenda interna, e inervado por ramos do nervo pudendo e do nervo cutâneo femoral posterior. Esse retalho apresenta diversas vantagens em comparação com os outros utilizados para reconstrução perineal, e os dados relacionados à avaliação de sua sensibilidade cutânea são escassos, discrepantes e sujeitos a críticas metodológicas. OBJETIVO: Avaliar a sensibilidade cutânea do retalho perfurante da artéria pudenda interna após 12 meses da reconstrução perineal em cirurgias de amputação abdominoperineal de reto, e compará-la com a sensibilidade cutânea pré-operatória do sulco glúteo (área doadora do retalho). MÉTODOS: Estudo prospectivo com 25 pacientes submetidos à amputação abdominoperineal de reto por neoplasias malignas anorretais e reconstruídos com o retalho perfurante da artéria pudenda interna de avanço VY bilateral. As modalidades de sensibilidade tátil, dolorosa, térmica e vibratória foram analisadas em quatro áreas do sulco glúteo no pré-operatório e nas quatro áreas correspondentes do retalho 12 meses após a cirurgia. A avaliação da sensibilidade tátil foi realizada com o Pressure Specified Sensory Device(TM) (PSSD(TM)), aparelho que quantifica a pressão aplicada à pele, estática ou em movimento. As outras modalidades de sensibilidade foram analisadas com o método de escolha forçada, utilizando ponta de agulha para sensibilidade dolorosa, contato quente/frio para sensibilidade térmica e diapasão de 128 Hz para sensibilidade vibratória. RESULTADOS: Os limiares de sensibilidade tátil medidos com o PSSD(TM) no retalho perfurante da artéria pudenda interna após 12 meses da reconstrução perineal foram semelhantes aos limiares de sensibilidade tátil no sulco glúteo no pré-operatório, tanto no teste de pressão estática quanto em movimento. A comparação entre esses limiares não apresentou diferença estatisticamente significante, com valores de p superiores a 0,05 nas quatro áreas avaliadas, para ambos os testes. Todos os pacientes apresentaram sensibilidade dolorosa, térmica e vibratória nas quatro áreas testadas, tanto no sulco glúteo no pré-operatório quanto no retalho após 12 meses da cirurgia. CONCLUSÃO: Nas reconstruções perineais após amputação abdominoperineal de reto, espera-se que a sensibilidade cutânea do retalho perfurante da artéria pudenda interna seja mantida / INTRODUCTION: The treatment of anorectal malignancies requires resection that can lead to extensive perineal defects. These defects require reconstruction which should be performed, preferably, with flaps. Among them, we highlight the internal pudendal artery perforator flap, located on the gluteal fold, vascularized by cutaneous perforator vessels from the internal pudendal artery, and innervated by branches from the pudendal nerve and the posterior femoral cutaneous nerve. This flap has many advantages compared to others used for perineal reconstruction, and data related to the evaluation of its cutaneous sensibility are scarce, discrepant and subject to methodological criticisms. OBJECTIVE: To evaluate cutaneous sensibility of the internal pudendal artery perforator flap 12 months after perineal reconstruction in abdominoperineal resection of rectum, and compare it with the preoperative cutaneous sensibility of the gluteal fold (flap donor area). METHODS: A prospective study of 25 patients undergoing abdominoperineal resection of rectum for anorectal malignancies, and reconstruction with the internal pudendal artery perforator flap, in bilateral VY advancement. The modalities of tactile, pain, thermal and vibration sensibility were analyzed in four areas of the gluteal fold preoperatively and in the four corresponding areas of the flap 12 months after surgery. Tactile sensibility was assessed using the Pressure Specified Sensory Device(TM) (PSSD(TM)), a device that measures the pressure applied to the skin, static or moving. The other types of sensibility were analyzed with the forced-choice method, using a needle for pain sensibility, hot/cold contact for thermal sensibility and 128 Hz tuning-fork for vibration sensibility. RESULTS: The tactile sensibility thresholds measured with PSSD(TM) on the internal pudendal artery perforator flap 12 months after perineal reconstruction were similar to tactile sensibility thresholds of the gluteal fold preoperatively, both in static and moving pressure tests. The comparison between these thresholds showed no statistically significant difference, with p values greater than 0.05 in the four areas evaluated, for both tests. All patients presented pain, thermal and vibration sensibility in all four areas tested, on the both the gluteal fold preoperatively and the flap 12 months after surgery. CONCLUSION: In perineal reconstructions after abdominoperineal resection of rectum, it is expected that the cutaneous sensibility of the internal pudendal artery perforator flap is maintained
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Avaliação da sensibilidade cutânea do retalho perfurante da artéria pudenda interna nas reconstruções perineais / Evaluation of cutaneous sensibility of the internal pudendal artery perforator flap in perineal reconstructions

Pedro Soler Coltro 22 August 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: O tratamento das neoplasias malignas anorretais exige ressecções que podem levar ao surgimento de defeitos perineais extensos. Esses defeitos necessitam de reconstrução que deve ser realizada, preferencialmente, com retalhos. Dentre eles, destacamos o retalho perfurante da artéria pudenda interna, localizado no sulco glúteo, vascularizado por vasos perfurantes cutâneos da artéria pudenda interna, e inervado por ramos do nervo pudendo e do nervo cutâneo femoral posterior. Esse retalho apresenta diversas vantagens em comparação com os outros utilizados para reconstrução perineal, e os dados relacionados à avaliação de sua sensibilidade cutânea são escassos, discrepantes e sujeitos a críticas metodológicas. OBJETIVO: Avaliar a sensibilidade cutânea do retalho perfurante da artéria pudenda interna após 12 meses da reconstrução perineal em cirurgias de amputação abdominoperineal de reto, e compará-la com a sensibilidade cutânea pré-operatória do sulco glúteo (área doadora do retalho). MÉTODOS: Estudo prospectivo com 25 pacientes submetidos à amputação abdominoperineal de reto por neoplasias malignas anorretais e reconstruídos com o retalho perfurante da artéria pudenda interna de avanço VY bilateral. As modalidades de sensibilidade tátil, dolorosa, térmica e vibratória foram analisadas em quatro áreas do sulco glúteo no pré-operatório e nas quatro áreas correspondentes do retalho 12 meses após a cirurgia. A avaliação da sensibilidade tátil foi realizada com o Pressure Specified Sensory Device(TM) (PSSD(TM)), aparelho que quantifica a pressão aplicada à pele, estática ou em movimento. As outras modalidades de sensibilidade foram analisadas com o método de escolha forçada, utilizando ponta de agulha para sensibilidade dolorosa, contato quente/frio para sensibilidade térmica e diapasão de 128 Hz para sensibilidade vibratória. RESULTADOS: Os limiares de sensibilidade tátil medidos com o PSSD(TM) no retalho perfurante da artéria pudenda interna após 12 meses da reconstrução perineal foram semelhantes aos limiares de sensibilidade tátil no sulco glúteo no pré-operatório, tanto no teste de pressão estática quanto em movimento. A comparação entre esses limiares não apresentou diferença estatisticamente significante, com valores de p superiores a 0,05 nas quatro áreas avaliadas, para ambos os testes. Todos os pacientes apresentaram sensibilidade dolorosa, térmica e vibratória nas quatro áreas testadas, tanto no sulco glúteo no pré-operatório quanto no retalho após 12 meses da cirurgia. CONCLUSÃO: Nas reconstruções perineais após amputação abdominoperineal de reto, espera-se que a sensibilidade cutânea do retalho perfurante da artéria pudenda interna seja mantida / INTRODUCTION: The treatment of anorectal malignancies requires resection that can lead to extensive perineal defects. These defects require reconstruction which should be performed, preferably, with flaps. Among them, we highlight the internal pudendal artery perforator flap, located on the gluteal fold, vascularized by cutaneous perforator vessels from the internal pudendal artery, and innervated by branches from the pudendal nerve and the posterior femoral cutaneous nerve. This flap has many advantages compared to others used for perineal reconstruction, and data related to the evaluation of its cutaneous sensibility are scarce, discrepant and subject to methodological criticisms. OBJECTIVE: To evaluate cutaneous sensibility of the internal pudendal artery perforator flap 12 months after perineal reconstruction in abdominoperineal resection of rectum, and compare it with the preoperative cutaneous sensibility of the gluteal fold (flap donor area). METHODS: A prospective study of 25 patients undergoing abdominoperineal resection of rectum for anorectal malignancies, and reconstruction with the internal pudendal artery perforator flap, in bilateral VY advancement. The modalities of tactile, pain, thermal and vibration sensibility were analyzed in four areas of the gluteal fold preoperatively and in the four corresponding areas of the flap 12 months after surgery. Tactile sensibility was assessed using the Pressure Specified Sensory Device(TM) (PSSD(TM)), a device that measures the pressure applied to the skin, static or moving. The other types of sensibility were analyzed with the forced-choice method, using a needle for pain sensibility, hot/cold contact for thermal sensibility and 128 Hz tuning-fork for vibration sensibility. RESULTS: The tactile sensibility thresholds measured with PSSD(TM) on the internal pudendal artery perforator flap 12 months after perineal reconstruction were similar to tactile sensibility thresholds of the gluteal fold preoperatively, both in static and moving pressure tests. The comparison between these thresholds showed no statistically significant difference, with p values greater than 0.05 in the four areas evaluated, for both tests. All patients presented pain, thermal and vibration sensibility in all four areas tested, on the both the gluteal fold preoperatively and the flap 12 months after surgery. CONCLUSION: In perineal reconstructions after abdominoperineal resection of rectum, it is expected that the cutaneous sensibility of the internal pudendal artery perforator flap is maintained
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Rastreamento da displasia anal em pacientes infectados pelo HIV: há concordância entre o estregaço anal e a biópsia guiada por anuscopia de alta resolução? / Screening anal dysplasia in HIV-infected patients : is there an agreement between anal pap smear and high resolution anoscopy guided biopsy?

Nahas, Caio Sergio Rizkallah 19 April 2012 (has links)
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi analisar a concordância entre o esfregaço anal e a biópsia guiada por anuscopia de alta resolução no diagnóstico da displasia anal em pacientes infectados pelo HIV. MÉTODO: Conduzimos uma análise transversal de pacientes infectados pelo HIV submetidos a rastreamento de displasia anal rotineiro. A concordância entre mensurações foi estimada por índice de kappa ponderado através de sistema de avaliação citológica e histológica de três categorias (normal, displasia de baixo grau, e displasia de alto grau). Estimativas de sensibilidade, especificidade e valores preditivos foram calculados através de sistema de avaliação citológica e histológica de duas categorias (ausência de displasia e displasia de qualquer grau). Estimativas foram calculadas também para a detecção de displasia de alto grau. RESULTADOS: No decorrer de um ano, 222 pacientes foram submetidos a 330 esfregaços anais seguidos de biópsias guiadas por anuscopia de alta resolução. Trezentos e onze (311) esfregaços com biópsias concomitantes foram satisfatórios. Considerando-se a histologia como padrão, a freqüência de displasia anal foi de 46%. O índice kappa ponderado para concordância entre o esfregaço anal e a biópsia foi de 0,20. Para detecção de displasia anal de qualquer grau, o esfregaço anal demonstrou sensibilidade de 61%, especificidade de 60%, valor preditivo positivo de 56% e valor preditivo negativo de 64%. Para displasia de alto grau, o esfregaço anal demonstrou sensibilidade de 16% e especificidade de 97%. CONCLUSÃO: Os resultados obtidos no presente estudo, em que comparamos os achados da citologia dos esfregaços com os achados histológicos das biópsias dirigidas pela anuscopia de alta resolução em pacientes infectados pelo HIV permitiram concluir que houve baixa concordância entre eles / Purpose: To analyze the agreement between anal Pap smear and high resolution anoscopy guided biopsy to diagnose anal dysplasia in HIV-infected patients. Methods: Cross sectional analysis of HIV-infected patients receiving anal dysplasia screening as part of routine care. Agreement between measures was estimated by weighted kappa-statistics, using 3-tiered cytologic and histologic grading system (normal, low grade dysplasia, and high grade dysplasia). Estimates of sensitivity, specificity, and predictive values were calculated using a 2-tiered cytologic and histologic grading system (without dysplasia, and with dysplasia of any grade). Estimates were also calculated for the detection of high grade dysplasia. Results: Two hundred and twenty-two patients underwent 330 anal Pap smears followed by high resolution anoscopy guided biopsies in one year period. There were 311 satisfactory Pap smears with concurrent biopsy. Considering histology the standard, the frequency of anal dysplasia was 46 percent (95 percent confidence interval: 40-51 percent). Kappa-agreement between anal Pap smear and biopsy was 0.20 (95 percent confidence interval: 0.10 0.29). Anal Pap smear showed sensitivity of 61 percent, specificity of 60 percent, positive predictive value of 56 percent, and negative predictive value of 64 percent for detection of anal dysplasia of any grade. For high grade dysplasia, anal Pap smear showed sensitivity of 16 percent, and specificity of 97 percent. Conclusion: The present study showed a low concordance between anal Pap smears and high resolution anoscopy-guided biopsy

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