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Autor, narrador e discurso: uma leitura da obra O crime do padre AmaroRaquel Silva Soares 30 March 2009 (has links)
Esta dissertação tem como objetivo evidenciar o plurilingüismo presente na
obra O crime do padre Amaro, de Eça de Queirós, à luz das idéias elaboradas pelo
teórico russo Mikhail Bakhtin, defensor do princípio de que todo e qualquer discurso
é isento de neutralidade e impregnado de intencionalidade. Embasado pelas teorias
dialógica e polifônica, este trabalho realiza uma investigação das vozes
manifestadas na narrativa, procurando contornos reveladores da palavra de outrem.
O presente estudo examina as possíveis intenções do autor ao utilizar a voz de seu
narrador para mascarar seu discurso irônico e satírico, expondo suas críticas através
de um discurso que se sobrepõe ao discurso original. Na obra analisada, Eça
apresenta um entrelaçar de vozes originadas de diferentes esferas, onde proliferam
discursos que refletem a visão anticlerical, cientificista e reformista do autor. Estes
discursos, quando instaurados pelo narrador, ganham efeitos que, na ficção, tecem
uma leitura da realidade. Nesta perspectiva, esta análise revela que por meio de um
discurso inovador, muito distanciado da tradição clássica literária, Eça de Queirós
propõe uma escrita na qual não se esgotam as possibilidades, pois há muito a ser
desvendado neste imenso entrelaçar de vozes / This paper aims to show the pluringualism in the work O crime do padre
Amaro, by Eça de Queirós, based on Mikhail Bakhtins theories, who defends that
every and any discourse is exempt from neutrality and full of intentions. Inspired by
the dialogical and polyphonic theories, this paper will investigate the multiple
voices in the narrative, searching for revealing characteristics from different
speeches. The study intends to analyze authors possible intentions when using
the narrators voice to mask his own ironic and satirical discourse, presenting all
his criticism through a discourse that overlaps the original one. The author
presents in his work voices from different spheres, where authors anticlericalism,
scientificism and reformism are reproduced. These discourses, when produced by
the narrator, make effects that, in the fiction, build the reality. From this
perspective, this analysis shows that through an innovative discourse, distant from
the classical literary tradition, Eça de Queirós proposes a writing with endless
possibilities, since there are many other voices to be revealed
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Autor, narrador e discurso: uma leitura da obra O crime do padre AmaroRaquel Silva Soares 30 March 2009 (has links)
Esta dissertação tem como objetivo evidenciar o plurilingüismo presente na
obra O crime do padre Amaro, de Eça de Queirós, à luz das idéias elaboradas pelo
teórico russo Mikhail Bakhtin, defensor do princípio de que todo e qualquer discurso
é isento de neutralidade e impregnado de intencionalidade. Embasado pelas teorias
dialógica e polifônica, este trabalho realiza uma investigação das vozes
manifestadas na narrativa, procurando contornos reveladores da palavra de outrem.
O presente estudo examina as possíveis intenções do autor ao utilizar a voz de seu
narrador para mascarar seu discurso irônico e satírico, expondo suas críticas através
de um discurso que se sobrepõe ao discurso original. Na obra analisada, Eça
apresenta um entrelaçar de vozes originadas de diferentes esferas, onde proliferam
discursos que refletem a visão anticlerical, cientificista e reformista do autor. Estes
discursos, quando instaurados pelo narrador, ganham efeitos que, na ficção, tecem
uma leitura da realidade. Nesta perspectiva, esta análise revela que por meio de um
discurso inovador, muito distanciado da tradição clássica literária, Eça de Queirós
propõe uma escrita na qual não se esgotam as possibilidades, pois há muito a ser
desvendado neste imenso entrelaçar de vozes / This paper aims to show the pluringualism in the work O crime do padre
Amaro, by Eça de Queirós, based on Mikhail Bakhtins theories, who defends that
every and any discourse is exempt from neutrality and full of intentions. Inspired by
the dialogical and polyphonic theories, this paper will investigate the multiple
voices in the narrative, searching for revealing characteristics from different
speeches. The study intends to analyze authors possible intentions when using
the narrators voice to mask his own ironic and satirical discourse, presenting all
his criticism through a discourse that overlaps the original one. The author
presents in his work voices from different spheres, where authors anticlericalism,
scientificism and reformism are reproduced. These discourses, when produced by
the narrator, make effects that, in the fiction, build the reality. From this
perspective, this analysis shows that through an innovative discourse, distant from
the classical literary tradition, Eça de Queirós proposes a writing with endless
possibilities, since there are many other voices to be revealed
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Anticlericalismo em mutação: as três versões de O Crime do Padre Amaro (1875-1876-1880), de Eça de Queirós / Mutating anticlericalism: the three versions of Eça de Queirós O Crime do Padre Amaro (1875-1876-1880)Aline Leal Mota 25 March 2014 (has links)
A pesquisa visa estudar as três versões de O Crime do Padre Amaro (1875, 1876, 1880) pelo viés da religiosidade, do anticlericalismo, da política. Ao abrir a dissertação, apresentar-se-á um quadro sucinto do momento histórico em que a obra foi escrita. A obra de José Maria Eça de Queirós costuma ser dividida em três fases: o primeiro momento, dito romântico, das Prosas Bárbaras (1866-1867) e da primeira versão de O Crime do Padre Amaro (1875); o segundo momento, quando, atraído pelas teorias do realismo/naturalismo, escreve a segunda e a terceira versões do Crime do Padre Amaro (1876 e 1880) e o Primo Basílio (1878); e o terceiro, desligado de normas específicas, de O Mandarim (1880), A Relíquia (1887), Os Maias (1888), A ilustre casa de Ramires (Póstumo, 1900) e A cidade e as serras (Póstumo, 1901). A história literária de O Crime do Padre Amaro inicia-se em 1875, e continua em duas outras edições, de 1876 e 1880. O objetivo do nosso estudo, ao revisitar as três versões de O Crime do Padre Amaro, é sobretudo analisar o processo de criação queirosiano na obra em tela, para, deste modo, identificar os pontos vitais que levaram o nosso autor a reescrevê-la duas vezes. Nossa hipótese maior de discussão para o problema levantado tem a ver com as teorias do realismo-naturalismo e com o anticlericalismo de Eça / The research aims at studying the three different versions of O Crime do Padre Amaro (1875, 1876, 1880) through the lens of religiosity, anticlericalism and politics. Opening the study, a summary of the historical moment of each of the versions of the book will be presented. The work of José Maria Eça de Queirós is usually presented in three phases: the author of the first moment, said to be romantic, of Prosas Bárbaras (1866-1867) and of the first version of O Crime do Padre Amaro (1875); the creator (possibly attracted by realism/naturalism) of the second and the third versions of O Crime do Padre Amaro (1876 e 1880) and of Primo Basílio (1878). Furthermore, a third phase, unlinked to specif norms of style, of O Mandarim (1880), A Relíquia (1887), Os Maias (1888), A ilustre casa de Ramires (Posthumous, 1900) and A cidade e as serras (Posthumous, 1901). The literary history of O Crime do Padre Amaro starts in 1875, and continues in two other editions, in 1876 and 1880. The objective of the study, when revisiting the three versions of O Crime do Padre Amaro is, above all, having Queirós creation process on screen, as to find the key points which led the author to rewrite it twice. Our discussion hypotheses to the problem in question is related to the theories of realism-naturalism and with Eças anticlericalism
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Anticlericalismo em mutação: as três versões de O Crime do Padre Amaro (1875-1876-1880), de Eça de Queirós / Mutating anticlericalism: the three versions of Eça de Queirós O Crime do Padre Amaro (1875-1876-1880)Aline Leal Mota 25 March 2014 (has links)
A pesquisa visa estudar as três versões de O Crime do Padre Amaro (1875, 1876, 1880) pelo viés da religiosidade, do anticlericalismo, da política. Ao abrir a dissertação, apresentar-se-á um quadro sucinto do momento histórico em que a obra foi escrita. A obra de José Maria Eça de Queirós costuma ser dividida em três fases: o primeiro momento, dito romântico, das Prosas Bárbaras (1866-1867) e da primeira versão de O Crime do Padre Amaro (1875); o segundo momento, quando, atraído pelas teorias do realismo/naturalismo, escreve a segunda e a terceira versões do Crime do Padre Amaro (1876 e 1880) e o Primo Basílio (1878); e o terceiro, desligado de normas específicas, de O Mandarim (1880), A Relíquia (1887), Os Maias (1888), A ilustre casa de Ramires (Póstumo, 1900) e A cidade e as serras (Póstumo, 1901). A história literária de O Crime do Padre Amaro inicia-se em 1875, e continua em duas outras edições, de 1876 e 1880. O objetivo do nosso estudo, ao revisitar as três versões de O Crime do Padre Amaro, é sobretudo analisar o processo de criação queirosiano na obra em tela, para, deste modo, identificar os pontos vitais que levaram o nosso autor a reescrevê-la duas vezes. Nossa hipótese maior de discussão para o problema levantado tem a ver com as teorias do realismo-naturalismo e com o anticlericalismo de Eça / The research aims at studying the three different versions of O Crime do Padre Amaro (1875, 1876, 1880) through the lens of religiosity, anticlericalism and politics. Opening the study, a summary of the historical moment of each of the versions of the book will be presented. The work of José Maria Eça de Queirós is usually presented in three phases: the author of the first moment, said to be romantic, of Prosas Bárbaras (1866-1867) and of the first version of O Crime do Padre Amaro (1875); the creator (possibly attracted by realism/naturalism) of the second and the third versions of O Crime do Padre Amaro (1876 e 1880) and of Primo Basílio (1878). Furthermore, a third phase, unlinked to specif norms of style, of O Mandarim (1880), A Relíquia (1887), Os Maias (1888), A ilustre casa de Ramires (Posthumous, 1900) and A cidade e as serras (Posthumous, 1901). The literary history of O Crime do Padre Amaro starts in 1875, and continues in two other editions, in 1876 and 1880. The objective of the study, when revisiting the three versions of O Crime do Padre Amaro is, above all, having Queirós creation process on screen, as to find the key points which led the author to rewrite it twice. Our discussion hypotheses to the problem in question is related to the theories of realism-naturalism and with Eças anticlericalism
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O mundo interior em O Crime do Padre Amaro De Eça de QueirozOliveira, Penha Heloiza de 01 October 2006 (has links)
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Penha Heloiza de Oliveira.pdf: 241103 bytes, checksum: 201a0356aa6df2418a56db071c8bd749 (MD5)
Previous issue date: 2006-10-01 / This paper analyses the interior world in Eça de Queiroz s novel O Crime do
Padre Amaro through the voices of the protagonists Amaro and Amélia. This
work uses Mikhail Bakhtin s studies on dialogue as a theoretical reference,
especially his discourse on the notion of I and how it is constructed through
the discourse of others- in this case the interior voices of the characters and
how they are conditioned by the way they live. This paper also attempts to
situate Bakhtin s theories within the work of other theorists in such a way as to
support the arguments presented here. In this study I have looked at the
historical, social, political and religious context in which the novel was written,
moving through a broader view of nineteenth-century Europe, then Portugal and
finally to the town of Leiria, where the novel is set. Following this, the dialogues
of the characters are used to draw a picture of the society and way of life at that
time and are compared to the internal voices of the protagonists, showing how
the characters and their values are products of this society. Finally it is shown
that the interior voices of these characters reproduce the discourse of the other.
Their voices are never solitary voices, but carry in them what Bakhtin calls
dialogism / O presente trabalho tem como proposta uma análise do mundo interior através
das vozes das personagens protagonistas Amaro e Amélia da obra O Crime do
Padre Amaro de Eça de Queiroz. Para tanto, usou-se, como referencial
teórico para esta análise, os estudos sobre dialogismo de Mikhail Bakhtin, pois,
segundo o dialogismo bakhtiniano, o discurso do eu é constituído pelo
discurso do outro e, neste caso, as vozes interiores das personagens são
condicionadas pelo meio em que elas vivem. Procurou-se assim articular a
teoria de Bakhtin aos estudos de outros teóricos que, de algum modo
apresentam pontos de vistas convergentes às suas idéias, dando assim maior
sustentação à fundamentação e a análise da pesquisa. Procedeu-se então, ao
estudo de fatos históricos, sociais, políticos e religiosos, partindo do geral para
o particular, ocorridos no século XIX, na Europa em Portugal e na cidade de
Leiria, espaço em que se passa a trama. Apresenta-se, em seguida, o discurso
das personagens que compõem o meio em que as protagonistas vivem, como
forma de observar dialogismo em suas vozes internas e a conseqüente
formação de seu caráter. Considerou-se, finalmente, que o discurso interior
dessas personagens são condicionados pelo meio e reproduzem o discurso do
outro. Suas vozes nunca vêm sozinhas, vêm carregadas de dialogismo,
conforme afirma Bakhtin
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