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Avaliação do sono em pacientes com mucopolissacaridose tipo VIJohn, Angela Beatriz January 2008 (has links)
Realizamos um estudo transversal prospectivo com o objetivo de determinar a prevalência de apnéia obstrutiva do sono em um grupo de pacientes sul-americanos com mucopolissacaridose tipo VI sem tratamento prévio ou atual com terapia de reposição enzimática ou transplante de medula óssea. Os critérios de inclusão foram: ter 4 anos ou mais de idade e confirmação bioquímica da doença (níveis reduzidos da atividade da arilsulfatase B, aumento de glicosaminoglicanos (GAGs) urinários e atividade normal de outra sulfatase). Foram avaliados 28 pacientes através de anamnese, exame físico, ecocardiograma Doppler transtorácico e polissonografia realizada em noite inteira. A amostra estudada tinha 14 (50%) meninos. No momento da avaliação, a média de idade foi de 98,5 meses e a média de idade do diagnóstico de MPS VI foi de 48,4 meses. Em 88% da amostra os sintomas iniciaram com menos de 36 meses e em 27% das famílias houve relato de consangüinidade entre os pais. As manifestações clínicas mais freqüentes durante o sono foram roncos e apnéias observadas. Ao exame físico, 78,6% apresentavam macroglossia e 82,1% deformidade torácica tipo pectus carinatum. Três (10,71%) pacientes já tinham realizado adenotonsilectomia e 6 (21,42%) adenoidectomia isoladamente. Os dados polissonográficos evidenciaram apnéia obstrutiva do sono em 23 (85,1%) pacientes, sendo 4 com transtorno leve, 5 moderado e 14 grave. A média do índice de apnéia hipopnéia (IAH) foi de 19,84 ± 26,25 eventos/hora, da saturação periférica da oxihemoglobina (SpO2) 93,25 ± 5,06%, do nadir da SpO2 80,29 ± 10,01% e do pico do dióxido de carbono final exalado (EtCO2) 44,1 ± 6,01 mmHg. A ocorrência de apnéias centrais foi rara. Quatorze indivíduos da amostra (50%) tiveram evidência de hipertensão pulmonar (HP) documentada através de ecocardiograma. Foi observada associação positiva entre a média e o nadir da SpO2 mais baixos e a presença de HP. No grupo com HP, a média e o nadir da SpO2 foram de 91,2 ± 6,4% e 75,4 ± 10,9% respectivamente, enquanto que nos pacientes sem HP os valores de média e nadir da SpO2 foram 95,3 ± 1,8% e 85,2 ± 6,1% respectivamente (p=0,037 para média; p=0,007 para nadir). A presença de apnéias observadas durante o sono foi a variável mais importante em predizer HP nessa amostra (p=0,016; OR 9,9; IC 1,5 a 63,7). As manifestações clínicas sugestivas de alterações respiratórias durante o sono não apresentaram correlação significativa com o IAH, a média e o nadir de SpO2 e o pico de EtCO2. Também não houve correlação significativa entre a excreção urinária de GAGS e a atividade enzimática com resultado da polissonografia e do ecocardiograma. Concluímos que a prevalência de apnéia obstrutiva do sono nos pacientes com mucopolissacaridose tipo VI é elevada e o nível de dessaturação apresenta correlação positiva com a presença de hipertensão pulmonar. Os sintomas durante o sono não apresentaram associação com o resultado da polissonografia. A presença de apnéias observadas durante o sono foi a variável mais importante para predizer HP. / This prospective cross-sectional study was conducted to determine the prevalence of obstructive sleep apnea in a group of South American patients with mucopolysaccharidosis type VI who had no previous or current treatment with enzyme replacement or bone marrow transplant. Inclusion criteria were: age 4 years or older; and biochemical confirmation of the disease – reduced arylsulfatase B activity, increased glycosaminoglycans (GAGs) in urine, and normal activity of at least one other sulfatase. Twenty-eight patients were examined and data were collected from clinical history, physical examination, transthoracic Doppler echocardiogram and overnight polysomnography. Of the 28 participants, 14 (50%) were boys; mean age at evaluation was 98.5 months, and mean age at MPS diagnosis, 48.4 months. Symptoms started before 38 months of age in 88% of the sample; 27% reported parental consanguinity. The most frequent clinical symptoms during sleep were snoring and witnessed apnea. Physical examination revealed that 78.6% had macroglossia, and 82.1%, pectus carinatum. The most frequent clinical symptoms during sleep were snoring and witnessed apnea. Physical examination revealed that 78.6% had macroglossia, and 82.1%, pectus carinatum. Three (10.71%) patients had already undergone adenotonsillectomy, and 6 (21.42%), isolated adenoidectomy. Polysomnography results showed that 23 (85.1%) patients had obstructive sleep apnea: 4 mild, 5 moderate, and 14 severe. Mean apnea-hypopnea index (AHI) was 19.84 ± 26.25 events/hour, oxygen saturation (SpO2), 93.25 ± 5.06%, SpO2 nadir, 80.29 ± 10.01%, and peak end-tidal carbon dioxide (EtCO2), 44.1 ± 6.01 mmHg. Central apneas were rare. Pulmonary hypertension (PH) was detected by echocardiography in 14 (50%) patients. Lower SpO2 mean and nadir were positively associated with PH. In the group of patients with PH, SpO2 mean and nadir were 91.2 ± 6.4% and 75.4 ± 10.9%, and in the group without PH, 95.3 ± 1.8% and 85.2 ± 6.1% (p=0.037 for mean; p=0.007 for nadir). Witnessed apneas during sleep were the most important variable to predict PH in this sample (p=0.016; OR 9.9; CI, 1.5 to 63.7). Clinical signs suggestive of respiratory abnormalities during sleep were not significantly correlated with AHI, SpO2 mean and nadir, or peak EtCO2. There was no significant correlation between GAGs in urine or enzyme activity and polysomnography or echocardiogram results. The prevalence of obstructive sleep apnea in patients with mucopolysaccharidosis type VI was high, and the level of desaturation was positively correlated with the presence of pulmonary hypertension. Symptoms observed during sleep were not associated with polysomnography results. Witnessed apneas during the sleep were the most important variable to predict PH.
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Caracterização das alterações laboratoriais e histopatológicas associadas à obstrução uretral experimentalmente induzida em ratos /Costa, Hugo Leonardo Riani. January 2008 (has links)
Orientador: Regina K. Takahira / Banca: Raimundo de Souza Lopes / Banca: André Marcelo Conceição Meneses / Resumo: A obstrução uretral é uma emergência clínica freqüente no atendimento de pequenos animais. Com a evolução do quadro, ocorre parada na filtração glomerular e, consequentemente, desenvolvem-se várias alterações nos equilíbrios hídrico, eletrolítico e ácido-básico, além do acúmulo de metabólitos nitrogenados e toxinas orgânicas. Podem ocorrer modificações histopatológicas nos rins e na bexiga. Objetivou-se, neste estudo, caracterizar prospectivamente as alterações laboratoriais e histopatológicas de ratos apresentando obstrução uretral. Para tanto, foram utilizados 21 ratos Wistar com obstrução uretral induzida. Foram realizados os seguintes exames: hemogasometria venosa e determinação dos níveis de uréia, creatinina, sódio, potássio, cloreto, cálcio e fósforo. As avaliações foram repetidas a cada 8 horas durante 24 horas. Após esse período os animais foram eutanasiados e as bexigas e os rins enviados para exame histopatológico. Entre os exames bioquímicos, foram observadas elevações estatisticamente significativas nos níveis de uréia, creatinina, fósforo, magnésio e potássio, e diminuição nos níveis de cloreto. Com relação à hemogasometria, houve diferença estatisticamente significativa entre os valores de pH, PO2, PCO2, excesso de base, saturação de oxigênio e lactato. O exame histopatológico renal revelou a presença de alterações tubulares e glomerulares, enquanto a análise histopatológica das bexigas demonstrou a presença de hemorragia, separação de fibras musculares e infiltrado inflamatório. Conclui-se que a obstrução uretral provoca alterações que podem ser detectadas nos exames laboratoriais, sendo as mesmas agravadas no decorrer do tempo. Além disso, a persistência durante 24 horas é capaz de levar a alterações morfológicas no trato urinário. / Abstract: Urethral obstruction is a frequent emergency in Veterinary clinics. The persistent urethral obstruction leads to blockage of renal filtration, resulting in several alterations in fluid, electrolyte and acid-base balance, besides the accumulation of nitrogenous metabolic products and organic toxins. Histopathological changes may occur in the kidneys and urinary bladder. Thus, this study aimed to prospectively characterize renal and vesical histopathological alterations in rats due to urethral obstruction. Twenty-one male Wistar rats (Rattus norvegicus) with experimental urethral obstruction were included in the study. Venous gasometry and determination of urea, creatinine, sodium, potassium, chloride, calcium and phosporus were performed. The avaliations were repeted each 8 hours during 24 hours. After that period, the animals were euthanatized for the collection of kidneys and bladder fragments to the histopathological exam. Biochemistry exams demonstrated statiscally significant elevations for the levels of urea, creatinine, phosporus, magnesium and potassium, and a decrease for the levels of chloride. Results of gasometry also demonstrated statiscally significant changes for pH, PO2, PCO2, base excess, oxygen saturation and lactate values. Histopathology analysis revealed kidney alterations in tubular and glomerular elements. The most important alterations found in urinary bladders were transmural hemorrhage, separation of muscle fibers and neutrophilic inflammatory infiltrate. Complete urethral obstruction induces important changes that can be detected by laboratorial exams, and the alterations worsen with the course of time. Besides that, the persistent obstruction during 24 hours is able to cause morphological changes in the kidneys and urinary bladder, which can be detected using histopathological exam. / Mestre
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Efeitos do tramadol no modelo de dor induzida por obstrução intestinal em eqüinos /Lopes, Maristela de Cassia Seúdo. January 2010 (has links)
Orientador: Carlos Augusto Araújo Valadão / Banca: Juan Carlos Duque Moreno / Banca: Paulo Sérgio Patto dos Santos / Resumo: Avaliaram-se os efeitos clínico e comportamental da injeção intravenosa do tramadol no controle da dor induzida experimentalmente, por obstrução intestinal extraluminal, com dreno de Pen Rose. Foram utilizados 24 cavalos distribuídos em quatro grupos: controle (GC, n=6); obstrução duodenal (GD, n=6); obstrução de íleo (GI, n=6) e obstrução de flexura pélvica (GFP, n=6). Após medicação pré-anestésica com a associação de acepromazina (0,025 mg.kg-1 IV), xilazina (0,5 mg.kg-1 IV) e meperidina (4 mg.kg-1 IM), o tramadol foi administrado nas doses de 1,0 mg.kg-1 e 1,5 mg.kg-1, por via intravenosa (IV), imediatamente após a obstrução intestinal, em três cavalos de cada grupo. Avaliaram-se as freqüências cardíaca (FC) e respiratória (f), temperatura retal (TºC), tempo de preenchimento capilar (TPC), motilidade intestinal, comportamento relacionado à dor (olhar para o flanco, cavar, deitar e rolar) hemograma e hemogasometria venosa, nos intervalos: M0 (basal) a cada 0,5 hora de M1 a M6 , na fase de obstrução, e até três horas após a reversão do processo obstrutivo (M7 a M12). Os resultados demonstraram que não houve diferença significativa entres as doses utilizadas dentro de cada grupo, assim como entre os grupos. Houve aumento da FC em M11 no GD e em M12 no GFP. Os sinais de dor abdominal e atonia intestinal iniciaram-se em M5 no GFP e em M6 no GI. Nos animais do GD, os sinais de desconforto não progrediram. No leucograma foi observado um quadro característico de estresse e na hemogasometria os animais do GD tendenciaram à alcalose metabólica com compensação respiratória. Clinicamente, observou-se que a dose de 1,5 mg.kg-1 de tramadol proporcionou melhor conforto para os animais, porem sem significado estatístico, quando comparado coma dose de 1,0 mg.kg-1... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: The clinical and behavioral effects of the intravenous injection of tramadol were evaluated during the control of pain induced experimentally due to intestinal extraluminal obstruction using "Pen Rose" drain. A total of 24 horses were used and distributed in four groups: control (GC, n=6); duodenal obstruction (GD, n=6); ileum obstruction (GI, n=6) and pelvic flexure obstruction (GFP, n=6). After administration of pre-anesthetic medications using association of acepromazine (0.025 mg.kg-1 IV), xylazine (0.5 mg.kg-1 IV) and meperidine (4 mg.kg-1 IM), tramadol was administered at doses of 1.0 mg.kg-1 and 1.5 mg.kg-1 intravenously (IV), immediately after the intestinal obstruction in three horses of each group. Evaluations were performed, including heart rate (HR), respiratory rate (RR), rectal temperature (RT), capillary refill time (CRT), gut motility, pain-related behaviour (look for the sidewall, dig down and roll) and blood gases from venous blood at the time: M0 (baseline) and every 0.5 hours from M1 to M6, during obstruction process and also until three hours after the obstructive process be reverted (M7 to M12). The results showed no significant difference among the doses used in the same group as among groups. There was an increase in HR in the GD M11 and M12 of GFP. Signs of abdominal pain and intestinal atony began at M5 in GFP and at M6 in GI. In animals from GD, the discomfort signs did not showed progress. On the leucogram was observed a typical stress and on the blood gas analysis the animals from GD showed a tendency to metabolic alkalosis with respiratory compensation. Clinically, was observed that the dose of 1.5 mg.kg-1 of tramadol provided better comfort to the animals, but there was not statistical significance, compared with the dose 1.0 mg.kg-1... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Aspectos clínicos-laboratoriais do uso do azul de metileno na obstrução experimental do jejuno em equinos expostos ao lipopolissacarídeo (LPS) /Uribe Diaz, Andrea del Pilar. January 2009 (has links)
Orientador: Áureo Evangelista Santana / Banca: Raquel Yvonne Arantes Baccarin / Banca: Rafael Resende Faleiros / Banca: Marcia Rita Fernandes Machado / Banca: Juliana Regina Peiró / Resumo: Trabalhos recentes relatam a eficácia do azul de metileno na prevenção dos danos impostos por espécies reativas de oxigênio aos tecidos de vários órgãos, em vários modelos de isquemia/reperfusão. Este estudo foi concebido com o fito de avaliar o efeito do azul de metileno sobre as respostas clínico-laboratoriais, na obstrução experimental do jejuno em equinos, associada à exposição de lipopolissacarídeo. Dois grupos de animais foram submetidos à indução da endotoxemia e à obstrução experimental do jejuno em período anterior. Posteriormente administrou-se em um deles, infusão de azul de metileno (3 mg/kg I.V), 15 minutos antes da obstrução experimental, e no outro, a mesma infusão 15 minutos antes da desobstrução do jejuno. Foi realizada avaliação clínica, hematológica e bioquímico-sérica, e perfil bioquímico e citológico do líquido peritoneal a partir de aferições em oito tempos durante 12 horas, também foram caracterizadas as lesões intestinais. Após 3 horas de isquemia, verificou-se hemorragia, edema, infiltração de neutrófilos e desprendimento da mucosa. Essas lesões manifestaram-se predominantemente após a reperfusão, e de forma concomitante com o aumento dos componentes celulares e moleculares da inflamação, tanto no sangue quanto no líquido peritoneal. Contudo, todos os achados foram discretamente menos evidentes nos animais que receberam o azul de metileno antes da fase de reperfusão. Não é possível afirmar efeito benéfico do azul de metileno sobre a resposta dos equinos na obstrução experimental do jejuno. / Abstract: Intestinal ischemia is one of the most serious intra-abdominal alterations and reflects extremely elevated morbility and mortality. Reoxygenation on the ischemic tissue produces deleterious inflammatory events with consequences even more severe than the ischemia itself. Methylene blue, due to this action as an inhibitor of free-radical formation. The objective of this test was to study the effects of methylene blue on the clinical and laboratory response before and after the experimental obstruction of the jejunum, associated to the exposition of lypopolysacharide. Two groups of animals were submitted to endotoxemia and experimental obstruction of the jejunum. After, in one group was administered, intravenously, a solution of methylene blue (3 mg/kg), immediately before the experimental obstruction, in the other group, the solution was administered immediately before interrupt the obstructive process in the intestinal segment. The horses were submitted to the evaluation of clinical signs and laboratory response during the 12 hours of study. Based on the clinical and laboratory findings we concluded that, the administration of methylene blue was not able to avoid the clinical and laboratory responses in the experimental model proposed for this study. / Doutor
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Baixo grau de percepção da broncoconstrição induzida por broncoprovocação com metacolina em pacientes com asmaReck, Claudia Loss January 2009 (has links)
Objetivos: Determinar o percentual de asmáticos com má percepção da dispnéia e sua correlação com a intensidade da broncoconstrição aguda, hiper-responsividade brônquica, uso de medicação de manutenção e controle da asma. Métodos: Ensaio clínico não controlado com pacientes asmáticos do ambulatório de asma do Hospital São Lucas da PUCRS. Foram realizados testes de broncoprovocação com metacolina com protocolo dosimetrado e avaliada a percepção da dispnéia após cada dose administrada, utilizando a escala de Borg. Foram coletados dados demográficos e questionado quanto ao controle da asma, medicação em uso e necessidade de broncodilatador de curta ação. Para análise estatística foram utilizados teste de Chi-Quadrado e Teste t de Student e correlação de Spearman. Resultados: Foram estudados 65 pacientes com asma, dos quais 53 tiveram sua avaliação completa. Trinta e dois pacientes apresentaram percepção da dispnéia (60,5%) quando ocorreu broncoconstrição induzida pela metacolina. Entretanto, 21 pacientes (39,5%) não apresentaram alteração em relação aos sintomas de dispnéia, mesmo com queda de 20% do VEF1. Os grupos dos percebedores e não percebedores não apresentavam diferenças quanto ao VEF1 basal, percentagem de queda do VEF1 e dose de metacolina necessária para broncoprovocação. Não houve correlação significativa entre percepção da dispnéia com idade (p=0,247), sexo (p=0,329), uso de medicação de manutenção (p=0,152), controle da asma (p=0,562), hiper-responsividade brônquica (p=0,082) e gravidade da broncoconstrição aguda (p=0,749). Conclusões: Percentagem significativa dos asmáticos apresenta baixo grau de percepção da broncoconstrição. Os fatores relacionados com a incapacidade de identificação da modificação da função pulmonar não estão bem definidos. Diagnóstico e orientação dos maus percebedores é fundamental para redução de morbidade e mortalidade por asma. / Objective: To assess the percentage of poor perception of dyspnea in asthmatics and its correlation with acute bronchoconstriction severity, airway hyperresponsiveness, medication use and asthma control. Methods: Uncontrolled clinical trial of asthmatics from outpatient department HSL-PUCRS. Methacholine challenge testing was performed with five-breath dosimeter protocol. The perception of airway narrowing after 20% fall in FEV1 was evaluated using the Borg scale. Data concerning demographic information, asthma control, long-term management medication and rescue medication consumption were recorded. Chi-square test and Student´s T test and Spearman’s correlation were applied for the statistical analysis. Results: 65 patients were included and 53 completed the evaluation. 32 patients presented dyspnea (60,5%) when methacholine induced bronchoconstriction occurred but 21 patients (39,5%) did not show any difference related to dyspnea symptoms, even with 20% fall in FEV1. There were no differences between the two groups in terms of the baseline FEV1, % of fall FEV1, and methacoline dose that promoted a positive test. There was no significant association between airway obstruction and age (p= 0.247), sex (p=0.329), long term management medication use (p=0.152), asthma control (p=0.562), airway hyperresponsiveness (p=0.082), and acute bronchoconstriction severity (p=0.749). Conclusion: Significant percentage of astmatics presents poor perception of bronchoconstriction. The identification and orientation of this group of patients is essential to make plans of interventions and eventually reduce asthma morbidity and mortality.
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Efeito do pulso de partículas sólidas na obstrução de tubogotejadores / Effect of solid particles pulse on the obstruction of drip line (Irrigation)Marcos Antonio Correa Matos do Amaral 27 September 2017 (has links)
Para que o sistema de irrigação localizada opere com uma boa uniformidade de aplicação, é necessário que sejam adotas boas práticas de instalação e manejo, como também, que a fonte de água atenda aos requisitos de qualidade exigida e que o sistema de filtragem contribua para reduzir os riscos de obstrução. Entretanto, há condições em que o risco de obstrução pode ocorrer após o sistema de filtragem. Procedimentos inadequados de montagem e manutenção da linha podem levar a entrada de partículas sólidas que oferecem risco de obstrução. A característica da partícula associada a posição da linha pode favorecer ou reduzir os riscos de obstrução. O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do pulso de partículas em diferentes posições de linha. O experimento foi realizado no Instituto Nacional Ciência e Tecnologia em Engenharia de Irrigação, INCT-EI, vinculado ao Laboratório de Irrigação do Departamento de Engenharia de Biossistemas, da Escola Superior de Agricultura \"Luiz de Queiroz\"- (ESALQ/USP). Foram avaliados dois modelos de tubos gotejadores com emissores convencionais (não compensantes), integrados, de formato plano (tipo pastilha), submetidos a pulso por partículas sólidas combinando três fatores: posição da linha (para cima, para baixo e para o lado), diâmetro da partícula (0,05-0,1mm; 0,1-0,25mm; 0,25-0,5mm), concentração de partículas (5g, 10g e 20g), em sete posições de gotejadores na linha espaçados a cada 0,5 m. Foi utilizado o delineamento de blocos não casualizados, e para a comparação das médias de vazões relativas, foi adotado o teste de Tukey com significância de 5% e 10% na análise de variância. A análise fatorial revelou que o modelo de gotejador 1 apresenta maior susceptibilidade a obstrução nos quatro primeiros gotejadores, com diferença significativa para fatores isolados quanto em interação. O modelo 2 não apresentou diferença estatística para o fator concentração. Para os demais fatores e interações, foi observado que gotejadores mais distantes também podem apresentar redução de vazão quando submetidos ao pulso. Em ambos modelos, observou-se que o diâmetro da partícula é um fator que influencia a obstrução de gotejadores. Os gotejadores iniciais estão mais propensos a obstrução quando submetidos a pulsos de partículas. A posição da linha voltada para o lado contribui para redução dos riscos de obstrução. / For an irrigation system located operate with good uniformity of application, it is necessary to adopt good installation and management practices, as well as the water source meets the required quality requirements and the filtering system contributes to reduction of obstruction\'s risks. However, there are conditions where the risk of obstruction may occur after the filtering system. Inadequate line assembly and maintenance procedures can lead to the entry of solid particles that allow the clogging emitters. The particle characteristic associated with lineage may favor or reduce the risk of obstruction. The objective of this work was to evaluate the effect of the pulse of particles in different positions of the line. The experiment was carried out at the National Institute of Science and Technology in Irrigation Engineering, INCT-EI, linked to the Irrigation Laboratory of the Department of Biosystems Engineering, School of Agriculture \"Luiz de Queiroz\" - (ESALQ / USP). Two tube models of conventional drippers (non-compensating) were submitted to pulses by solid particles combining three factors: line position (up, down and to the side), particle diameter (0.05-0.1 mm, 0.1-0.25mm, 0.25- 0.5mm), particle concentration (5g, 10g and 20g) in seven positions of drippers in the line spaced every 0.5 m. The design of non-randomized blocks was used, and the Tukey test with significance of 5% and 10% as analysis of variance for comparison of means. The factorial analysis revealed that the model drip tube 1 presented greater susceptibility to obstruction in the first four drippers, with a significant difference for factors isolated and in interaction. The model 2 did not present statistical difference for the concentration factor, however, for the other factors and interactions, it was observed that more distant drippers can also present reduction of flow when submitted to the pulse. In both models, it was observed that the particle diameter is a factor that influences the drip obstruction. It has been observed that the diameter of the particle is a factor that influences the obstruction of drippers. The initial drippers are more prone to obstruction when subjected to pulses of particles. The position of the line facing the side of the contributed to reduces the risk of obstruction.
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Efeitos da obstrução parcial da uretra na musculatura da bexiga urinária de coelhos: estudo morfométrico e estereológico / Effects of the partial urethral obstruction on the rabbit´s urinary bladder´s musculature: a stereological and morphometric studyTais Harumi de Castro Sasahara 28 April 2006 (has links)
Os efeitos da obstrução uretral parcial na musculatura da bexiga urinária de coelhos foram investigadas usando as ferramentas estereológicas. Foram utilizadas 12 fêmeas de coelhos da raça Norfolk, com três meses de idade e peso corporal variando de 2,5-3,0 kg. O procedimento cirúrgico consistiu de celiotomia mediana retro-umbilical para exposição da bexiga urinária. A parede dorsal da uretra foi divulsionada de sua íntima associação com o útero e vagina, o suficiente para a passagem de fio nylon 2-0. Um pino de Steinmann (3 mm de diâmetro) foi interposto temporariamente entre a uretra e o fio para determinar indiretamente o grau de obstrução uretral. Após três, sete e doze semanas os animais foram ortotanasiados e comparados com o grupo de animais controle (não obstruídos). Os fragmentos da bexiga foram preparados para microscopia de luz. Cortes seriados foram realizados para o estudo morfométrico e estereológico. Os três eixos: crânio-caudal (CC), dorso-ventral (DV) e latero-lateral (LL) aumentaram em todos os grupos analisados: controle, 3, 7 e 12 semanas. Os valores para CC foram estatisticamente similares para 3, 7 e 12 semanas. O mesmo foi observado no eixo DV. Os valores para o eixo LL foram similares para os grupos de 7 e 12 semanas. O estudo morfométrico baseou-se em determinar o tamanho da fibra (área seccional) e comprimento da fibra muscular. Nos animais do grupo de 3, 7 e 12 semanas foi observado um aumento de 4,63x, 4,32x e 7,10x no tamanho celular e um decréscimo de 2,55x, 1,94x e 4,04x no comprimento da fibra muscular quando comparados ao grupo controle. O estudo estereológico baseou-se em estimar o volume referência (Vref), a densidade numérica (Nv), o número total de fibras musculares (N), a densidade de volume (Vv) e o volume da fibra muscular (Vn). O Vref apresentou um aumento de 11,07x, 7,98x e 31,7x quando comparado com o grupo controle. A densidade numérica (Nv) aumentou 0,06x e 0,05x para os grupos de 3 e 7 semanas, respectivamente, em relação ao grupo controle. O grupo de 12 semanas, no entanto, apresentou um decréscimo de 0,01x em comparação com o grupo controle. Os grupos de 3, 7 e 12 semanas apresentaram, respectivamente, um aumento de 0,81x, 12,56x e 38,43x em número total de células. A densidade de volume (Vv) para os grupos de 3, 7 e 12 semanas apresentou um aumento de 0,97x, 0,56x e 0,86x em relação ao grupo controle. E finalmente, o volume médio da fibra muscular apresentou um aumento de 0,62x, 0,81x e 0,82x, respectivamente para os animais de 3, 7 e 12 semanas. Os dois mecanismos: hipertrofia e hiperplasia ocorrem na bexiga urinária de coelhos, porém não sabemos a seqüência exata em que aparecem. / The effects of partial urethral obstruction on rabbit´s urinary bladder musculature were investigated using stereological designed methods. A total of 12 female Norfolk rabbits weighing from 2.5 to 3 kg were used. A retro-umbilical celiotomy was made to expose the urinary bladder. The urethra´s dorsal wall was isolated from its association with the uterus. A 3mm-Steinmann-pin was positioned on the urethra to produce a standard degree of obstruction and a ligature was tied up around it, using a 2-0 nylon silk. Three, seven and twelve weeks after the surgery procedures the rabbits were euthanised. Bladder fragments were prepared for light microscopy. Serial sections were performed to morphometric and stereological study. In relation to the bladder axis: cranio-caudal (CC), dorso-ventral (DV) and latero-lateral (LL) increased in all groups analysed: control, 3, 7 and 12 week-obstructed animals. Values for CC were statistically similar for 3, 7 and 12-week-obstructed groups. The same was observed for DV axis. The LL axis showed values statistically similar for 7 and 12-week-obstructed groups. The morphometric study was based on the muscle fibre size (sectional area) and the muscle fibre length. In 3, 7 and 12-week-obstructed animals, it was observed a 4.63, 4.32 and 7.10-fold cell size increase and a 2.55, 1.94 and 4.04-fold decrease in length, respectively, when compared to control group. As for the stereological study. Vref presented a 11.07, 7.98 and 31.7-fold increase when compared to control subjects. Numerical density (Nv) increased by 0.06 and 0.05 in 3 and 7-week-obstructed groups, respectively, in relation to control group. Twelve week-obstructed group. Presented however a 0.01x-decrease compared to control animals. Three, seven and twelve-week-obstructed groups presented, respectively, 0.81, 12.56 and 38.43-fold increase in total number of cells (N). Volume density presented a 0.97, 0.56 and 0.86-fold increase in 3, 7 and 12-week-obstructed groups, respectively. And finally, mean muscle cell volume (Vn) presented a 0.62, 0.81 and 0.82-fold in 3, 7 and 12-week obstructed groups, respectively. Both mechanisms: hypertrophy and hyperplasia happened to occur on rabbit´s urinary bladder, thought we do not know the exact sequence in which they appear altogether.
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Avaliação do sono em pacientes com mucopolissacaridose tipo VIJohn, Angela Beatriz January 2008 (has links)
Realizamos um estudo transversal prospectivo com o objetivo de determinar a prevalência de apnéia obstrutiva do sono em um grupo de pacientes sul-americanos com mucopolissacaridose tipo VI sem tratamento prévio ou atual com terapia de reposição enzimática ou transplante de medula óssea. Os critérios de inclusão foram: ter 4 anos ou mais de idade e confirmação bioquímica da doença (níveis reduzidos da atividade da arilsulfatase B, aumento de glicosaminoglicanos (GAGs) urinários e atividade normal de outra sulfatase). Foram avaliados 28 pacientes através de anamnese, exame físico, ecocardiograma Doppler transtorácico e polissonografia realizada em noite inteira. A amostra estudada tinha 14 (50%) meninos. No momento da avaliação, a média de idade foi de 98,5 meses e a média de idade do diagnóstico de MPS VI foi de 48,4 meses. Em 88% da amostra os sintomas iniciaram com menos de 36 meses e em 27% das famílias houve relato de consangüinidade entre os pais. As manifestações clínicas mais freqüentes durante o sono foram roncos e apnéias observadas. Ao exame físico, 78,6% apresentavam macroglossia e 82,1% deformidade torácica tipo pectus carinatum. Três (10,71%) pacientes já tinham realizado adenotonsilectomia e 6 (21,42%) adenoidectomia isoladamente. Os dados polissonográficos evidenciaram apnéia obstrutiva do sono em 23 (85,1%) pacientes, sendo 4 com transtorno leve, 5 moderado e 14 grave. A média do índice de apnéia hipopnéia (IAH) foi de 19,84 ± 26,25 eventos/hora, da saturação periférica da oxihemoglobina (SpO2) 93,25 ± 5,06%, do nadir da SpO2 80,29 ± 10,01% e do pico do dióxido de carbono final exalado (EtCO2) 44,1 ± 6,01 mmHg. A ocorrência de apnéias centrais foi rara. Quatorze indivíduos da amostra (50%) tiveram evidência de hipertensão pulmonar (HP) documentada através de ecocardiograma. Foi observada associação positiva entre a média e o nadir da SpO2 mais baixos e a presença de HP. No grupo com HP, a média e o nadir da SpO2 foram de 91,2 ± 6,4% e 75,4 ± 10,9% respectivamente, enquanto que nos pacientes sem HP os valores de média e nadir da SpO2 foram 95,3 ± 1,8% e 85,2 ± 6,1% respectivamente (p=0,037 para média; p=0,007 para nadir). A presença de apnéias observadas durante o sono foi a variável mais importante em predizer HP nessa amostra (p=0,016; OR 9,9; IC 1,5 a 63,7). As manifestações clínicas sugestivas de alterações respiratórias durante o sono não apresentaram correlação significativa com o IAH, a média e o nadir de SpO2 e o pico de EtCO2. Também não houve correlação significativa entre a excreção urinária de GAGS e a atividade enzimática com resultado da polissonografia e do ecocardiograma. Concluímos que a prevalência de apnéia obstrutiva do sono nos pacientes com mucopolissacaridose tipo VI é elevada e o nível de dessaturação apresenta correlação positiva com a presença de hipertensão pulmonar. Os sintomas durante o sono não apresentaram associação com o resultado da polissonografia. A presença de apnéias observadas durante o sono foi a variável mais importante para predizer HP. / This prospective cross-sectional study was conducted to determine the prevalence of obstructive sleep apnea in a group of South American patients with mucopolysaccharidosis type VI who had no previous or current treatment with enzyme replacement or bone marrow transplant. Inclusion criteria were: age 4 years or older; and biochemical confirmation of the disease – reduced arylsulfatase B activity, increased glycosaminoglycans (GAGs) in urine, and normal activity of at least one other sulfatase. Twenty-eight patients were examined and data were collected from clinical history, physical examination, transthoracic Doppler echocardiogram and overnight polysomnography. Of the 28 participants, 14 (50%) were boys; mean age at evaluation was 98.5 months, and mean age at MPS diagnosis, 48.4 months. Symptoms started before 38 months of age in 88% of the sample; 27% reported parental consanguinity. The most frequent clinical symptoms during sleep were snoring and witnessed apnea. Physical examination revealed that 78.6% had macroglossia, and 82.1%, pectus carinatum. The most frequent clinical symptoms during sleep were snoring and witnessed apnea. Physical examination revealed that 78.6% had macroglossia, and 82.1%, pectus carinatum. Three (10.71%) patients had already undergone adenotonsillectomy, and 6 (21.42%), isolated adenoidectomy. Polysomnography results showed that 23 (85.1%) patients had obstructive sleep apnea: 4 mild, 5 moderate, and 14 severe. Mean apnea-hypopnea index (AHI) was 19.84 ± 26.25 events/hour, oxygen saturation (SpO2), 93.25 ± 5.06%, SpO2 nadir, 80.29 ± 10.01%, and peak end-tidal carbon dioxide (EtCO2), 44.1 ± 6.01 mmHg. Central apneas were rare. Pulmonary hypertension (PH) was detected by echocardiography in 14 (50%) patients. Lower SpO2 mean and nadir were positively associated with PH. In the group of patients with PH, SpO2 mean and nadir were 91.2 ± 6.4% and 75.4 ± 10.9%, and in the group without PH, 95.3 ± 1.8% and 85.2 ± 6.1% (p=0.037 for mean; p=0.007 for nadir). Witnessed apneas during sleep were the most important variable to predict PH in this sample (p=0.016; OR 9.9; CI, 1.5 to 63.7). Clinical signs suggestive of respiratory abnormalities during sleep were not significantly correlated with AHI, SpO2 mean and nadir, or peak EtCO2. There was no significant correlation between GAGs in urine or enzyme activity and polysomnography or echocardiogram results. The prevalence of obstructive sleep apnea in patients with mucopolysaccharidosis type VI was high, and the level of desaturation was positively correlated with the presence of pulmonary hypertension. Symptoms observed during sleep were not associated with polysomnography results. Witnessed apneas during the sleep were the most important variable to predict PH.
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Fatores prognósticos em pacientes submetidos à desobstrução ureteral secundária a tumores urológicos ou extraurológicos / Prognostic factors in patients submitted a urinary diversion for urologic or nonurologic malignanciesMauricio Dener Cordeiro 11 April 2014 (has links)
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: Há controvérsias em relação à indicação e ao momento ideal de realização de derivação urinária em pacientes com obstrução ureteral secundária a neoplasias malignas avançadas. O objetivo do presente estudo foi identificar fatores relacionados ao mau prognóstico de pacientes com nefropatia obstrutiva maligna e criar um modelo de estratificação de risco desses pacientes, a fim de fornecer evidências para uma melhor decisão terapêutica. MÉTODO: Realizou-se estudo prospectivo com pacientes portadores de insuficiência renal obstrutiva por neoplasias pélvicas, acompanhados por um tempo mínimo de seis meses, tratados entre janeiro de 2009 à novembro de 2011. De um total de 340 pacientes submetidos à procedimentos de descompressão ureteral por catéter ureteral (CUR) ou nefrostomia percutânea (NPC), 208 foram incluídos no estudo por serem maiores de 18 anos, apresentarem obstrução ureteral secundária à neoplasias malignas, confirmada por tomografia computadorizada (TC) ou ultrassom (USG) e por terem realizado derivação urinária por catéter ureteral ou nefrostomia percutânea em nossa Instituição. RESULTADOS: A sobrevida média global foi de 144 dias, com mortalidade ao final do estudo de 164 pacientes (78.8%), sendo 44 (21.2%) durante a internação hospitalar. Não houve diferença significativa na sobrevida global entre os dois tipos de derivação urinária realizada (p = 0.216). Após análise univariada, a presença de qualquer sintoma (p = 0.014), derrame pleural (p = 0.015), grau de hidronefrose 1 e 2 (p = 0.001), Índice de Charlson >= 6 (p = 0.003), linfonodos retroperitoneais metastáticos (p = 0.002), linfonodos pélvicos metastáticos (p = 0.024), número de sítios relacionados à disseminação da doença >= 4 (p < 0.001), niveis séricos iniciais de uréia >= 80mg/dl (p = 0.01), sódio <= 138 mEq/L (p = 0.018) e albumina < 3.0 mg/dl (p = 0.035), diálise peri-operatória (p = 0.05) e índice de ECOG PS (Eastern Cooperative Oncology Group Performance Status) >= 2 (p < 0.001), foram associados a menor sobrevida média. A análise multivariada de Cox revelou que apenas o número de sítios relacionados à disseminação maligna (quatro ou mais) e o índice de ECOG PS >= 2 foram significativamente associados à menor sobrevida. A fim de criar um modelo de estratificação de risco, os pacientes foram, posteriormente, divididos em três grupos: nenhum fator de risco - grupo I, um fator de risco - II e dois fatores de risco - III. As taxas de sobrevida mediana de 1,6 e 12 meses nesses grupos foram, respectivamente de 94.4%, 57.3% e 44.9% no grupo I, de 78.0%, 36.3% e 15.5% no grupo II e de 46.4%, 14.3% e 7.1% no grupo III, com diferenças significativas nos perfis de sobrevivência dos três grupos de risco (p < 0.001). CONCLUSÕES: Nosso modelo de estratificação de risco poderá representar uma ferramenta útil na decisão de se instituir procedimentos de desobstrução ureteral em pacientes com neoplasias abdominopélvicas malignas avançadas. Pacientes com mais de quatro sítios de metástases e com índice de performance (ECOG) igual ou superior a 2 apresentam pobre evolução após derivações urinárias realizadas para tratar nefropatia obstrutiva maligna. De acordo com o método de estratificação de risco de óbito por nós descrito, pacientes com um ou mais fatores de risco evoluem com sobrevida mais precária que os casos sem fatores de risco presentes / INTRODUCTION AND OBJECTIVES: There is a controversy regarding the decision to perform diversion procedures in patients with ureteral obstruction secondary to advanced malignancies. The goal of this study was to identify poor prognosis factors and to create a model to stratify patients with malignant obstructive nephropathy in order to provide evidence-based information for better treatment decisions. METHODS: A prospective study was performed from January 2009 to November 2011, with patients followed at least for 6 months. From 340 patients initially submitted to ureteral decompression procedures by ureteral stents or percutaneous nephrostomy, 208 were elected for the study because they were 18 years old or more and presented ureteric obstruction secondary to any type of malignancy, confirmed by computadorized tomography (CT) or ultrasound (US) and were submitted to urinary diversion by ureteral stents or percutaneous nephrostomy at our institution.RESULTS: The median survival for all patients was 144 days, with mortality at the end of study seen in 164 patients (78.8%) including 44 (21.2%) during hospitalization. There was no significant difference in overall survival between the two types of urinary diversion (p = 0.216). After univariated analysis the presence of any symptoms (p = 0.014), pleural effusion (p = 0.015), degree of hydronephrosis 1 and 2 (p = 0.001), Charlson Index >= 6 (p = 0.003), metastatic retroperitoneal lymph nodes (p = 0.002), metastatic pelvic lymph nodes (p = 0.024), number of sites related to dissemination >= 4 (p < 0.001), preoperative serum level urea >= 80mg/dl (p = 0.01), sodium <= 138mEq/L (p = 0.018), albumin < 3.0 mg/dl (p = 0.035), perioperative dyalisis (p = 0.05) and ECOG PS index >= 2 (p < 0.001) were associated to shorter mean survival. The multivariate Cox proportional hazards regression model revelead that only the number of sites related to malignant dissemination (4 or more) and the index of performance status of Eastern Cooperative Oncology Group (ECOG PS >= 2) were significantly associated with short survival. To creat a risk stratification model, the patients were further divided into three risk groups: no risk factor - favorable group, one risk factor - intermediate and two risk factors - unfavorable, to creat a risk stratification model. The median survival rates at 1,6 and 12 months were respectively, 94.4%, 57.3% and 44.9% in the favorable group; 78.0%, 36.3% and 15.5% in the intermediate group and 46.4%, 14.3% and 7.1% in the unfavorable group. There were significant differences in the survival profiles of the three risk groups (p < 0.001). CONCLUSION: Our model of stratification may be a useful tool before deciding on ureteral desobstruction procedures in patients with advanced abdominopelvic malignancies. Patients with more than four sites of metastases and performance index (ECOG) equal to or greater than 2 have a poorer outcome after urinary diversion. According to the method of risk stratification for death from we described, patients with one or more risk factors have significant poorer outcome than cases with no risk factors
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Sintomas de apneia obstrutiva do sono, obstrução nasal e enurese: estudo de prevalência em crianças com fissura de lábio e palato não sindrômicas / Symptoms of obstructive sleep apnea, nasal obstruction and enuresis: prevalence in children with nonsyndromic cleft lip and palateMarilyse de Bragança Lopes Fernandes 06 August 2015 (has links)
Objetivo: Estimar a prevalência de sintomas de apneia obstrutiva do sono (AOS), obstrução nasal (ON) e enurese em crianças com fissura labiopalatina unilateral, não sindrômicas. Local de execução: Unidade de Estudos do Sono do Laboratório de Fisiologia - HRAC/USP. Método: Estudo prospectivo transversal com a participação de 174 sujeitos que atenderam aos critérios de inclusão, de 6 a 12 anos de idade (média de 10,0 ± 1,8 anos, 58,62% do sexo masculino). A prevalência de sintomas de AOS e de ON foi estimada pela análise dos escores obtidos pelos instrumentos: Escala de Distúrbios do Sono em Crianças (EDSC); Índice de Congestão Nasal (CQ-5) e Escala Visual Analógica (EVA). A enurese foi considerada como presente quando relatada incontinência urinária intermitente durante o sono (no mínimo 1 episódio/mês, nos últimos 3 meses). Para caracterizar a enurese como monossintomática ou polissintomática, sintomas de disfunção do trato urinário inferior (DTUI) foram investigados pelo instrumento Dysfunctional Voiding Scoring System (DVSS), em Português. Foram colhidos dados sociodemográficos, antecedentes e comorbidades, índice de massa corpórea (IMC) e razão circunferência abdominal/altura (CA/A). Foram analisadas medidas de posição e dispersão, frequências percentuais e absolutas e razão de prevalências. Diferenças entre subgrupos foram analisadas a um nível de significância de 5%. Resultados: Escore EDSC positivo para AOS foi observado em 60 (34,48%) crianças da amostra; escore CQ-5 positivo para ON em 45 (25,86%), escore DVSS positivo para DTUI em 30 (17,24%) e 29 (16,67%) crianças apresentaram enurese. Ronco habitual foi observado em 75,00% no subgrupo AOS e sensação de nariz obstruído habitual em 75,56% no subgrupo ON. Não foram constatadas diferenças significativas quanto a sexo, raça, IMC e razão CA/A. A ocorrência de enurese foi maior aos 6 e 7 anos, com queda gradativa aos 8 anos e ausência aos 12 anos. Houve predomínio de enurese primária (65,52%), infrequente (68,96%) e polissintomática (72,41%). Comparativamente aos dados da literatura, as razões de prevalências de AOS, do sintoma nariz obstruído e de enurese foram até 6,75 vezes (IC 95% 5,3 - 8,7), 2,14 vezes (IC 95% 1,8 - 2,5) e 3,33 vezes (IC 95% 2,3 - 4,7) maiores, respectivamente. Foi identificada associação entre sintomas de AOS e ON (p=0,0001), com correlação positiva e moderada entre os escores médios do EDSC e do CQ-5 (0,545). Não se verificou maior prevalência de enurese nas crianças com sintomas de AOS. Conclusão: As crianças com FLPUNS tem alta prevalência de obstrução nasal e enurese e estão sob risco para apneia obstrutiva do sono / Objectives: To estimate the prevalence ratios of nasal obstruction (NO) symptoms, OSA-related symptoms and enuresis in Brazilian nonsyndromic children with repaired unilateral cleft lip and palate (UCLP/NS). Setting: Sleep Studies Unit, Laboratory of Physiology, HRAC/USP. Methods: 174 children with repaired UCLP/NS, meeting inclusion criteria, participated in this prospective, cross-sectional study (aged 6-12 y, 58.62% boys). Validated questionnaires were used to predict OSA and subjective NO, Sleep Disturbance Scale for Children (SDSC), Congestion Quantifier Five Item (CQ-5) and Visual Analog Scale (VAS), respectively. Enuresis was defined as intermittent incontinence of urine during sleeping (with a minimum of one episode per month and at least for 3 months). In order to identify non-monosymptomatic enuresis, lower urinary tract dysfunction was assessed by a validated questionnaire, the Dysfunctional Voiding Scoring System (DVSS). Sociodemographic data, medical history, comorbidities, body mass index (BMI) and waist-to-height ratio (WHR) were analyzed. Measures of central tendency and dispersion, absolute and relative frequencies and prevalence ratios were analyzed. Subgroups were compared at 5% significance level. Results: Positive screening for OSAS-related symptoms was seen in 60 (34.48%) children and subjective NO in 45 (25.86%). Enuresis was seen in 29 (16.67%) children and positive DVSS score in 30 (17.24%). Habitual snoring was seen in 75.00% of the children with OSA-related symptoms and sensation of nasal obstruction in 75.56% of the children with positive CQ-5 score. No differences were observed for gender, race, BMI and WHR. The occurrence of enuresis was higher at 6/7 y of age, with a gradual decline at 8 years and absence at 12 y. There was a predominance of primary (65.52%), infrequent (68.96%) and non-monosymptomatic (72.41%) enuresis. Compared to literature data, prevalence ratios of OSA-related symptoms, NO and enuresis were, respectively, 6.75 (95% CI 5.3 - 8.7), 2.14 (95% CI 1.8 - 2.5) and 3.33 (95% CI 2.3 - 4.7) times higher. Association was identified between symptoms of OSA and ON (p=0.0001), with a positive and moderate correlation between the average scores of the EDSC and CQ-5 (0.545). Prevalence of enuresis was not higher in children with symptoms of OSA. Conclusion: Nonsyndromic children with cleft lip and palate have a high prevalence of symptoms of nasal obstruction and enuresis, and are at risk for obstructive sleep apnea
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