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Qualidade de vida relacionada à saúde de mulheres grávidas com sintomas depressivos / Health related quality of life of pregnant women with depressive symptoms

Lima, Marlise de Oliveira Pimentel 11 February 2011 (has links)
Os objetivos do estudo foram: analisar a influência dos sintomas depressivos na qualidade de vida relacionada à saúde percebida por mulheres na gestação de baixo risco e pós-parto e verificar os fatores socioeconômicos e obstétricos associados à qualidade de vida e aos sintomas depressivos. Trata-se de um estudo longitudinal, com inclusão de 313 gestantes matriculadas em 11 Unidades Básicas de Saúde da zona sul do Município de São Paulo, SP. As participantes foram seguidas em quatro etapas: 20ª, 28ª, 36ª semanas de gestação e 45 dias após o parto, com ± 2 semanas em cada etapa. A coleta dos dados foi de julho de 2008 a março de 2010. A amostra final das quatro etapas constou de 132 mulheres. Os dados sociodemográficos e obstétricos foram obtidos por meio de entrevista na primeira etapa, com exceção dos do pós-parto, que foram coletados na quarta etapa. Para avaliação dos sintomas depressivos, foi utilizada a Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS) e para avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde, o questionário Medical Outcomes Study 36-Item Short Form Health Survey (MOS-SF36), que foram autoaplicados nas quatro etapas. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa - Parecer nº 154/08-CEP/SMS. Os escores médios dos domínios do MOS-SF36 apresentaram declínio ao longo da gestação com recuperação no pós-parto, exceto Estado Geral de Saúde e Saúde Mental, com diferença significativa para Capacidade Funcional (p<0,000), Aspectos Físicos (p=0,001), Dor (p<0,001) e Vitalidade (p=0,002). A proporção de gestantes com sintomas depressivos variou nas quatro etapas, sendo de 29,5% na 20ª, 24,2% na 28ª, 24,5% na 36ª semanas de gestação e 33,6% com 45 dias de pós-parto. Houve correlação inversa significativa em todos os domínios do MOS-SF36 e a EPDS, com variação no coeficiente de Spearman de 0,234 a 0,785. Nas quatro etapas, os escores médios dos domínios mostraram diferenças significantes, na comparação entre gestantes sem e com sintomas depressivos, exceto Dor, na segunda etapa e Aspectos Físicos na quarta. Na regressão logística da qualidade de vida relacionada à saúde, os sintomas depressivos foram um fator de risco em todos os domínios, exceto Aspectos Físicos. Para os sintomas depressivos, as variáveis associadas foram situação conjugal, anos de estudo e número de consultas de pré-natal, como fatores de proteção e queixas como fator de risco. A presença dos sintomas depressivos na gestação e puerpério altera a percepção subjetiva da qualidade de vida relacionada à saúde em gestantes de baixo risco. / The aims of the present study were to analyze the influence of depressive symptoms on the health related quality of life (HRQOL) perceived by low risk pregnant women and at postpartum and verify the socioeconomic and obstetric factors associated with the quality of life and depressive symptoms. This is a longitudinal study and it was conducted with 313 pregnant women enrolled in 11 Basic Health Units of the southern area of São Paulo City, SP. The participants were followed up at their 20th, 28th, 36th weeks of gestation and 45 days postpartum, with ± 2 weeks in each periods. Data was collected from July 2008 to March 2010. The final sample of four periods consisted of 132 women. Sociodemographic and obstetric data was obtained by interviewing subjects in the first period and postpartum data in the fourth period. For the assessment of depressive symptoms, Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS) was used and to assess the health related quality of life (HRQOL), the questionnaire Medical Outcomes Study 36-Item Short Form Health Survey (MOS-SF36), which were self-administered in four stages. The study was approved by the Ethics in Research Committee nº 154/08-CEP/SMS. The mean scores of the domains of MOS-SF36 presented decline over the gestation with postpartum recovery, except in General (Health) and Mental Health, with a significant difference in Physical Functioning (p<0,000), Role Limitation due to Physical Problems (p=0,001), Bodily Pain (p<0,001) and Vitality (p=0,002). The proportion of pregnant women with depressive symptoms was 29.5% at 20th, 24.2% at 28th, 24.5% at 36th weeks of gestation and 33.6% at 45 days postpartum. There was a significant inverse correlation among all domains of the MOS-SF36 and the EPDS, with Spearman coefficients range of 0.234 to 0.785. At the four periods, the mean scores of the domains showed significant differences between pregnant subjects with or without depressive symptoms except Bodily Pain in the second period and Role Limitation due to Physical Problems in the fourth one. At HRQOL logistic regression the depressive symptoms were a risk factor in all domains, except Role Limitation due to Physical Problems. To depressive symptoms, the associated factors were marital status, years of education and the number of prenatal consultations as protective factors and complaints as a risk factor. The presence of depressive symptoms at pregnancy and postpartum changes the subjective perception of Health related quality of life in low risk pregnant women.
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Atenção à saúde de gestantes, puérperas e bebês : o agir em competência de equipes de saúde na atenção primária à saúde

Gomes, Janice Castilhos January 2014 (has links)
Introdução Apesar dos esforços dispensados pelas equipes de saúde para o cuidado às gestantes, puérperas e bebês, questiona-se efetivas transformações nas práticas de saúde da família em direção a um modelo de atenção em saúde pautado na integralidade e longitudinalidade. Objetivo Este estudo propõe-se a analisar o agir em competência na produção do cuidado às gestantes, puérperas e bebês de Equipes de Saúde da Família com Equipes de Saúde Bucal implantadas e que atuam em Unidades Básicas de Saúde de municípios da Região Sete de Saúde - Vale dos Sinos pertencentes a 1ª Coordenadoria Regional de Saúde da Secretaria Estadual de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul. Metodologia Trata-se de um estudo de caso com abordagem metodológica predominantemente qualitativa. Os dados foram produzidos através da realização de sete grupos focais em sete equipes de saúde da família com saúde bucal de seis municípios da região analisada. Todas as equipes do estudo passaram pela avaliação no primeiro ciclo do Programa de Melhoria de Acesso e Qualidade (PMAQ) no ano de 2012. Foram ouvidos 19 trabalhadores, entre médicos, enfermeiros e cirurgiões-dentistas. O estudo valeu-se também dos dados secundários produzidos na avaliação do PMAQ. Os dados produzidos pelo estudo foram analisados com a ajuda do programa de análise qualitativa Nvivo. A base referencial teórica de produção e análise dos dados baseia-se em Schwartz (2010) e nos fundamentos epistemológicos da Análise do Discurso. Resultados e discussão A convivência de maneira desintegrada das equipes de saúde da família com médicos especialistas afeta o cuidado produzido pelas equipes e desvirtua o modelo de atenção da estratégia de saúde da família praticado. As equipes relatam sobrecarga de trabalho, com depoimentos de ausência de profissionais na equipe mínima de saúde, alta rotatividade e precariedade dos vínculos empregatícios. Isto produz entraves nos agires em competência das equipes no que se refere ao reconhecimento e uso dos protocolos, mas principalmente com relação a adequação dos protocolos com as realidades apresentadas ─ a renormalização do cuidado. Se por um lado, as equipes de saúde, demonstram conhecer as objetividades das realidades nos contextos sociais de vida e saúde das gestantes, puérperas e bebês as quais são responsáveis pelo cuidado, por outro, possuem dificuldades em apresentar interpretações mais complexas sobre os conceitos de saúde e doença que circundam a questão da gestação e nascimento apresentados pela população. Não se evidenciaram, nos relatos produzidos, vivências de práticas de educação permanente em saúde problematizadoras dos processos de trabalho que visem mudar as formas de produzir o cuidado. Os espaços de debates de valores, em direção ao que aponta Schwartz (2010), enquanto ingrediente que estimula o trabalhador ao "uso de si por si" no agir em competência, parece estar mais presente nos momentos de integração das equipes ou no próprio trabalho em equipe. Considerações finais O estudo dos processos de trabalho das equipes de saúde da família possibilitou ampliar a compreensão sobre o agir em competência para a produção do cuidado às gestantes, puérperas e bebês. As contradições apresentadas pelo estudo quando se comparou os dados quantitativos da avaliação do PMAQ com os resultados qualitativos produzidos pelos grupos focais, levam a constatação da importância de realização de estudos que produzam a complementaridade das perspectivas quantitativas e qualitativas no sentido de compreender com maior consistência os processos de trabalho relacionados com a atenção à saúde que as equipes estão produzindo em seus espaços no SUS. / Introduction: Despite efforts from teams to envolve themselves in the care of pregnant women, puerperium women and babies, the real transformations in the practices of family health teams towards a health care model ruled by integrality and longitudinality are questioned. Objectives: This study aims to analyze the care given to pregnant women, puerperium women and babies by the Family Health teams that have Oral Health teams that work in Basic Health Units. These Units are located in the Vale dos Sinos region, in the state of Rio Grande do Sul, Brazil, and are coordinated by the Health Department of the state. Methodology This is a case study with a predominantly qualitative method. The data was obtained through seven focal groups belonging to seven family oral health teams from six cities of the region that was studied. All teams in the study were the evaluation of first cycle Improvement Program Access and Quality (PMAQ) in the year 2012. Were heard nineteen workers, including physicians, nurses and dentists. The study also took advantage of secondary data in the evaluation of PMAQ. The data obtained in this study were analyzed using the Nvivo software for qualitative analysis. The theoretical framework used for production and data analysis was based on Schwartz (2010) and on Discourse Analysis. Results and Discussion The disintegrated relationship between family health doctors and specialists affects the care given by the teams and distorts the model of family health care. The teams report a work overload. There are testimonies of abscense of professionals in the teams, high turnover of employees and precarity of job security. This produces obstacles for the care given by the teams in respect to recognizing and using protocols, but mainly in relation to their adequation to the local reality – renormalization of care. If on the one hand the teams show objective knowledge about the reality and life conditions of the women and babies under their care, on the other they have difficulty presenting more complex interpretation about the concepts of health and disease that accompany pregnancy and birth in this population. The reports did not show experience with practices of permanente education in health that aimed to change they way care was given. Spaces for debating values, according to Schwartz (2010) an ingredient that stimulates the worker, seem to be more presente during moments of integration of the teams – when working in teams. Final considerations: The study of the work processes of the family health teams enabled the increase of comprehension about the care given to pregnant women, puerperium women and babies. The contradictions presented by the study when comparing the qualitative data from government testing with the data obtained from the focal groups leads to the verification of the importance of studies which use qualitative and quantitative methods for comprehending more consistently the work the teams are doing in public health care.
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Fatores associados a transtornos psiquiátricos no pós-parto

Kerber, Suzi Roseli January 2008 (has links)
OBJETIVO: Esta dissertação tem por objetivo apresentar o estudo da associação entre transtornos psiquiátricos pós-parto e fatores demográficos, psicossociais e relacionados à gestação e parto em uma amostra de base populacional de um bairro de Porto Alegre. MÉTODO: O estudo envolveu todas as mães de crianças nascidas em hospital público no bairro Vila Jardim, em Porto Alegre, de novembro de 1998 a dezembro de 1999. As famílias foram estudadas quando os bebês completaram quatro meses de idade. A saúde mental das mães e pais foi avaliada pelo Self Report Questionnaire (SRQ) e por entrevistas semi-estruturadas individuais e do casal. A Escala Avaliação Global do Funcionamento Relacional (GARF) do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) foi usada para aferir a qualidade do relacionamento do casal, do relacionamento materno com sua família de origem, com a família paterna e com a rede social. Para os outros fatores foram feitas perguntas diretas à mãe e ao pai da criança. RESULTADOS: Segundo a escala SRQ 34,45% das 148 mulheres entrevistadas apresentaram suspeita de transtorno psiquiátrico, sendo que a avaliação clínica feita por dois profissionais de saude mental que avaliavam independentemente utilizando os critérios diagnósticos do DSM-IV indicou um percentual de 54%. Sessenta e dois por cento das mulheres coabitavam com companheiro, sendo que estes também foram entrevistados. Dos 118 pais, 25,4% apresentaram suspeita de transtorno psiquiátrico, segundo a escala SRQ. Nesta população, o fato de coabitar ou não com companheiro não esteve associado com transtorno mental. Nesta pesquisa, na análise de regressão logística estudando a totalidade do grupo de mulheres os fatores que se mostraram relacionados com o desfecho (SRQ igual ou superior a sete ) foram a baixa renda familiar (p=0,017) e a presença de transtorno psiquiátrico materno no passado (p=0,043). Na regressão logística feita exclusivamente com as mulheres que viviam com companheiro, apenas a má qualidade da relação do casal (notas de 1 a 3 pela escala GARF) esteve associada à presença de transtornos psiquiátricos quatro meses após o parto (OR=7,34, p=0,001). CONCLUSÃO: Este estudo reforça a necessidade de verificar a presença de transtornos psiquiátricos da mãe nas consultas de puericultura, introduz dados sobre o pai e, especialmente, sobre a importância de avaliar rotineiramente a relação conjugal. / OBJECTIVE: To study the association between suspicion of psychiatric disorder and demographic, psychosocial factors, as well as those related to pregnancy and delivery, in a population-based sample of women from a circumscribed neighborhood in Porto Alegre. METHOD: This study included the mothers of all the children born in public hospitals in Vila Jardim, a district of Porto Alegre, Brazil, from November 1998 through December 1999. Families were assessed when infants were 4 months of age. Parents’ mental health was assessed using the Self-Report Questionnaire (SRQ) and individual and couple semi-structured interviews. The DSM-IV Global Assessment of Relational Functioning Scale was used to measure quality of couple relationship, of maternal relationship with the mother's family of origin, with paternal family and with social network. As to other factors, direct questions were asked to the child’s parents. RESULTS: According to the SRQ scale, 34.45% of all 148 interviewed women had suspicion of psychiatric disorder. The clinical assessment by two mental health professionals independently using DSM-IV criteria revealed a percentage of 54%. Sixty-two percent of women lived with partners, who were also interviewed. Of the 118 fathers, 25.4% had suspicion of psychiatric disorder, according to the SRQ scale. In this population, the fact of living or not with a partner was not associated with mental disorder. Analysis by logistic regression of the total group of women showed that factors associated with the main outcome (SRQ equal or higher than 7) were low family income (p = 0.017) and presence of previous maternal psychiatric disorder (p = 0.043). Logistic regression including only women living with a partner showed that poor marital relationship was associated with presence of psychiatric disorder, 4 months after delivery (OR = 7.34 p = 0.001). CONCLUSION: This study reinforces the need of investigating presence of maternal psychiatric disorder during childcare, introduces data on the father and especially on the importance of a routine assessment of the marital relationship.
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Provocação social e agressividade maternal em ratas no período pós-parto : papel dos receptores 5-HT1A e 5HT1B no núcleo dorsal da rafe e córtex pré-frontal, hormônios do estresse e imunorreatividade à proteína c-Fos

Veiga, Caroline Perinazzo da January 2011 (has links)
O objetivo desta tese foi estudar o comportamento agressivo de ratas Wistar no período pósparto. Para isto, foram avaliados os efeitos anti-agressivos dos agonistas dos receptores 5- HT1A (8-OH-DPAT) e 5-HT1B (CP-93,129), microinjetados no núcleo dorsal da rafe (DRN) e na região ventro-orbital do córtex pré-frontal (VO PFC), respectivamente. O comportamento agressivo foi analisado, utilizando o protocolo da provocação social e as respostas neuroendócrinas bem como a ativação neuronal nas mesmas regiões citadas acima, através da expressão de c-Fos, também foram estudadas. Nossos resultados mostraram que o 8-OH-DPAT aumentou o comportamento agressivo das fêmeas no período pós-parto, atuando nos autorreceptores somatodendrítcos do DRN, enquanto a ativação dos receptores 5-HT1B na VO PFC, através do CP-93,129 apresentou efeitos anti-agressivos evidenciados pela diminuição da frequência e duração dos comportamentos agressivos de ataque lateral e mordidas no corpo do intruso. Após a submissão das ratas lactantes à provocação social ou ao confronto agressivo, na presença dos seus filhotes, ocorreu uma redução nos níveis plasmáticos de corticosterona e esta resposta também prevaleceu quando ocitocina, prolactina e progesterona foram dosados. Quanto à análise da técnica de imunoistoquímica para a proteína Fos, nossos resultados mostraram que ratas lactantes, submetidas à provocação social e comportamento agressivo, contra um macho intruso, na presença dos filhotes, aumentam a expressão da imunorreatividade à proteína Fos especificamente na região VO do PFC. Por outro lado, não houve alteração na expressão de Fos no DRN após exposição à provocação social ou teste de agressividade. Concluímos que o CP-93,129 quando microinjetado na região VO PFC de ratas provocadas socialmente, no período pós-parto, reduziu o comportamento agressivo maternal, atuando ou nos autorreceptores pré-sinápticos terminais ou nos heterorreceptores pós-sinápticos e que a microinjeção de 8-OH-DPAT no DRN, aumentou o comportamento agressivo de ratas lactantes, através da ativação dos autorreceptores somatodendríticos 5-HT1A. Ratas provocadas e com comportamento agressivo aumentam a expressão de c-Fos no VO PFC, complementando resultados prévios com microinjeção de agonistas 5-HT1B nesta mesma região. Finalmente, a provocação social e o confronto agressivo causaram uma redução significativa dos níveis hormonais em ratas lactantes, mostrando, desta maneira, que a lactação é um fator relevante na caracterização das respostas neuroendócrinas ao estresse. Estes resultados adicionam conhecimento acerca da modulação do comportamento agressivo em ratas Wistar e do protocolo da provocação social como uma ferramenta para estudos em modelos animais de agressividade escalada.
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Contribuições da psicoterapia breve pais-bebê para a conjugalidade e para a parentalidade em contexto de depressão pós-parto / Contributions of a brief parent-infant psychotherapy to conjugality and parenthood in the context of postpartum depression

Frizzo, Giana Bitencourt January 2008 (has links)
O presente estudo investigou a conjugalidade e a parentalidade durante uma psicoterapia breve pais-bebê, em famílias em que a mãe apresentava depressão pós-parto. Participaram do estudo duas famílias com mães deprimidas, com base no Inventário Beck de Depressão e em uma entrevista diagnóstica. Os pais não apresentavam depressão. Foi utilizado um delineamento de estudo de casos, a fim de se analisar o processo de mudança ao longo de três momentos da psicoterapia: entrevistas iniciais, sessões de psicoterapia e avaliação final. Ao todo foram realizados 14 encontros com a primeira família atendida e 18 com a segunda. Todos os encontros foram filmados e transcritos para fins de análise, que foi baseada em duas categorias: conjugalidade e parentalidade. Os resultados revelaram que a conjugalidade e a parentalidade estavam sendo experienciadas com dificuldades pelas famílias atendidas. No entanto, isso não se traduziu necessariamente em interações disfuncionais entre a mãe e o bebê. Apesar das particularidades de cada família atendida, os resultados da psicoterapia foram bastante positivos, com relatos de mudanças tanto na conjugalidade como na parentalidade, já a partir da quarta sessão de psicoterapia. Nos dois casos também se observou que eventos significativos na história de vida das mães estavam intimamente relacionadas com as dificuldades após o nascimento do bebê, reforçando a importância de se considerar fatores relacionais durante o tratamento de mães deprimidas. As avaliações que se seguiram após a psicoterapia não revelaram depressão nas mães. A participação do pai na psicoterapia se mostrou muito relevante para a melhora de suas esposas, refletindo num aumento da satisfação conjugal. Além disso, ao se intervir durante um momento de crise na família, como a depressão após o nascimento de um filho, é possível evitar que padrões interativos disfuncionais sejam cristalizados. Discute-se o papel dos aspectos relacionais envolvidos na depressão, bem como a adequação da psicoterapia pais-bebê como um dos tratamentos possíveis para a depressão pós-parto. / The present study investigated conjugality and parenthood during a brief parent-infant psychotherapy, in families in which the mother had postpartum depression. Two families with depressed mothers participated in the study. Postpartum depression was assessed according to the Beck Depression Inventory and a diagnostic interview. The fathers didn’t have depression. A case-study design was used, in order to analyze the process of change in three moments of the psychotherapy: the initial interviews, the psychotherapy sessions and the final evaluation. The total number of meetings was 14 with the first family and 18 with the second. All meetings were filmed and transcribed in order to be analyzed, based on two categories: conjugality and parenthood. The results showed that conjugality and parenthood were being experienced with difficulties by the two families. However, did not result necessarily in dysfunctional interactions between the mother and the baby. Despite the particularities of each family, the results of the psychotherapy were very positive, with report of changes in both conjugality and parenthood from the forth session onwards. In both cases it was also observed that significant events in the mothers’ life history were intimately related to difficulties after child birth, reinforcing the importance of relational factors during the treatment of depressed mothers. The evaluations that were made after the psychotherapy did not show depression in the mothers. The fathers´ participation in psychotherapy seemed to be very relevant to theirs wives´ improvement, reflecting an increased marital satisfaction. Moreover, when intervening in a moment of crisis in the family, such as depression after childbirth, it is possible to avoid that dysfunctional interactional patterns be crystallized. The role of relational aspects involved in depression is discussed, as well as the adequacy of parent-infant psychotherapy as one of the possible treatments for postpartum depression.
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Rastreamento de disfunção ventricular assintomática em puérperas : padrão ecocardiográfico evolutivo e comparativo a casos de miocardiopatia periparto

Vettori, Daniela Vanessa January 2008 (has links)
Objetivos: Determinar a prevalência de disfunção sistólica assintomática do ventrículo esquerdo no puerpério e comparar sua evolução com os casos de miocardiopatia periparto ocorridos no mesmo período. Pacientes e Métodos: Estudo transversal entre setembro de 2002 e abril de 2005, para determinar a prevalência de disfunção ventricular assintomática no puerpério imediato e a incidência de miocardiopatia periparto no mesmo período, e entre novembro de 2007 e janeiro de 2008 para verificar a evolução clínica e ecocardiográfica destas pacientes. Os parâmetros ecocardiográficos das puérperas com disfunção ventricular assintomática também foram comparados com os de puérperas normais. Disfunção sistólica do ventrículo esquerdo foi definida como diâmetro diastólico final ≥ 5,6 cm e/ou fração de ejeção < 53,0% + encurtamento fracional sistólico < 25%. Resultados: Foram rastreadas 1182 puérperas, sendo detectados 10 casos (0,85%) de disfunção ventricular assintomática, cujas características clínicas, como raça, superfície corporal, paridade, gemelaridade e uso de tocolíticos, não foram diferentes quando comparadas com 18 controles rastreados sem disfunção. A incidência de miocardiopatia periparto no período foi de 6 casos em 10866 partos (1/1811 partos de nascidos vivos). Após uma média de 4,0 anos (2,9-5,2 anos), 7 dos 10 casos de disfunção assintomática e 5 dos 6 casos de miocardiopatia clínica realizaram nova ecocardiografia, verificando-se significativo aumento da fração de ejeção e do encurtamento fracional médios nos dois grupos, sendo que a parcela de recuperação da função foi semelhante nos grupos (p interação > 0,05). Conclusões: Ocorre disfunção ventricular no puerpério sem os achados clínicos de insuficiência cardíaca cujos parâmetros ecocardiográficos evoluem de maneira semelhante aqueles de pacientes com miocardiopatia periparto ao longo do tempo. / Objective: To determine the prevalence of asymptomatic left ventricular systolic dysfunction in puerperium and to compare its progression with that of cases of peripartum cardiomyopathy that occurred in the same study period. Patients and Methods: Cross-sectional study conducted from September 2002 to April 2005 to determine the prevalence of asymptomatic ventricular dysfunction in early puerperium and the incidence of peripartum myocardiopathy, and from November 2007 to January 2008 to obtain clinical and echocardiographic follow-up data of the study patients. Echocardiographic parameters of puerperal women with asymptomatic ventricular dysfunction were also compared with those of normal puerperal women. The parameters to define left ventricular systolic dysfunction were end-diastolic diameter ≥ 5.6 cm and/or ejection fraction < 53.0%, and systolic fractional shortening < 25%. Results: A total of 1182 puerperal women were screened, and 10 cases (0.85%) of asymptomatic ventricular dysfunction were detected. Clinical characteristics, such as ethnicity, body surface, parity, multiple gestations, and tocolytic therapy, were not different from those of the 18 normal women used as controls. The incidence of peripartum cardiomyopathy was 6 cases out of 10866 deliveries (1/1811 live births). After a mean of 4.0 years (2.9-5.2 years), 7 of the 10 patients with asymptomatic dysfunction and 5 of the 6 with clinical cardiomyopathy underwent follow-up echocardiography. A significant increase was found in mean ejection fraction and fractional shortening in the two groups, and function recovery rates were similar in the two groups (p > 0.05). Conclusions: Ventricular dysfunction may occur in the puerperium without clinical signs of heart failure, and the long-term progression of echocardiographic parameters is similar to that found in cases of peripartum cardiomyopathy.
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Estudo comparativo da dinâmica folicular ovariana e concentrações plasmáticas de FSH e LH em éguas lactantes e não-lactantes / Comparative study of ovarian follicular dynamics and plasma concentrations of FSH and LH in lactating and non-lactating mares

Godoi, Daniel Barbosa 17 March 2003 (has links)
Made available in DSpace on 2015-03-26T13:47:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 823319 bytes, checksum: 6c9c514b46a574b1afa5353a3e317c9b (MD5) Previous issue date: 2003-03-17 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The objective of the present study was to evaluate the folliculogenesis in lactating mares and to compare the follicular dynamics and the FSH (follicle stimulating hormone) and LH (luteinizing hormone) profiles of lactating and non-lactating mares. In addition, the effects of season and body condition, as well as changes in the uterine echotexture and corpus luteum diameter, were also evaluated. Lactating mares (n=24) were selected at the day of parturition. Non-lactating cyclic mares (n=15) were randomized and selected in replicate for each lactating mare. The ovaries and uterus were evaluated daily by ultrasonography. Weight and body condition score were recorded at the day of parturition on the Lactating Group and at the day of randomization on the Non-lactating Group, and weekly, afterwards for both groups. The follicular emergence occurred before or very close to the day of parturition in lactating mares that ovulated in the foal heat . The future dominant follicle, at the day of emergence, had a size advantage in diameter when compared to the second largest follicle. Moreover, during the puerperium and the first interovulatory interval, the two largest follicles from the ovulatory wave had similar growth rates between the day of emergence and deviation. The growth rates of the two largest follicles were not affected by the season. The intervals from emergence of the dominant follicle to deviation and to ovulation were not different between the Lactating and Non-Lactating Groups. The emergence of the ovulatory wave occurred under elevated and/or increasing concentrations of FSH in both groups of mares. During the puerperium, the follicular emergence and deviation occurred earlier, when compared to the non-lactating cyclic mares. The mechanism of "follicular selection" (deviation) in lactating mares seems to be similar to non-lactating mares, due to the similarity of the follicular diameters and plasma concentrations of FSH and LH around the time of deviation. The maximum diameter of the dominant follicle and its diameter at Day -1 were larger in the Lactating than in the Non-Lactating Group. Using a mathematical method was possible to identify greater number of minor waves in the Lactating Group. The peak of endometrial echotexture score occurred earlier in lactating mares when compared to the non-lactating mares. The luteolysis, apparently, did not differ between the two groups of mares. Longer intervals from parturition to the first ovulation were associated with lower body condition score at 22 days postpartum, greater weight loss and occurrence of parturition in the Spring. Four distinct reproductive statuses were characterized in the Lactating Group: a) Continuous reproductive cyclicity after parturition; b) Prolonged interval from parturition to ovulation; c) Postpartum ovulation followed by anestrous; and d) Postpartum anestrous. Therefore, the present study shows that the folliculogenesis in postpartum mares is influenced by the parturition, but it is very similar to the folliculogenesis of non-lactating mares, mainly after the time of follicle selection. / A foliculogênese em éguas pós-parto foi estudada objetivando-se avaliar comparativamente a dinâmica folicular ovariana e os perfis endócrinos dos hormônios folículo estimulante (FSH) e luteinizante (LH) em éguas lactantes (pós-parto) e Não-Lactantes. Adicionalmente, o efeito da estação e da condição corporal, bem como mudanças na ecotextura uterina e diâmetro do corpo lúteo, foram avaliados. O Grupo Lactante foi composto por éguas (n = 24) que estavam gestantes e que no dia do parto foram introduzidas no experimento. O Grupo Não-Lactante foi constituído de éguas (n = 15) nãogestantes e cíclicas, após sorteio realizado no mesmo dia do parto de cada égua do Grupo Lactante. Exames ultra-sonográficos dos ovários e útero foram realizados diariamente. Peso e escore corporal foram avaliados no dia do parto, para o Grupo Lactante e no dia do sorteio; para o Grupo Não-Lactante e, posteriormente, a cada semana, para ambos os grupos. A emergência folicular ocorreu antes ou muito próximo ao parto nas éguas do Grupo Lactante, que ovularam durante o cio do potro . O futuro folículo dominante, no dia da sua emergência, apresentou vantagem em diâmetro em relação ao folículo subordinado. Adicionalmente, durante o puerpério e primeiro intervalo interovulatório pós-parto do Grupo Lactante, os dois maiores folículos da onda ovulatória apresentaram taxas de crescimento semelhantes entre a emergência e a divergência. As taxas de crescimento dos dois maiores folículos não foram afetadas pela estação. Não existiu diferença também nos intervalos da emergência do folículo dominante à divergência e à ovulação, entre éguas dos Grupos Lactante e Não-Lactante. A emergência da onda folicular ovulatória foi acompanhada de concentrações elevadas e, ou, crescentes de FSH nos Grupos Lactante e Não-Lactante. Devido à precocidade na emergência folicular durante o puerpério, a divergência folicular, neste mesmo período, ocorreu, também, precocemente, quando comparada a éguas do Grupo Não-Lactante. O mecanismo de seleção folicular (divergência folicular), no Grupo Lactante, demonstrou ser semelhante ao encontrado no Grupo Não-Lactante, devido à similaridade dos diâmetros foliculares e concentrações plasmáticas de FSH e LH ao redor do momento da divergência folicular. O máximo diâmetro do folículo dominante e o seu diâmetro no dia anterior à ovulação foram maiores no Grupo Lactante comparados ao Grupo Não-Lactante. Maior número de ondas foliculares menores foram identificadas, pelo método matemático, no Grupo Lactante, quando comparado ao Grupo Não-Lactante. O pico da ecotextura uterina ocorreu mais precocemente nas éguas do Grupo Lactante, em relação à ovulação, quando comparado ao Grupo Não-Lactante. A luteólise, aparentemente, não diferiu entre as éguas dos Grupos Lactante e Não-Lactante. Maiores intervalos do parto à primeira ovulação (Grupo Lactante), estiveram associados com menor condição corporal aos 22 dias pós-parto, maior perda de peso e ocorrência do parto na Primavera. Quatro situações reprodutivas distintas foram caracterizadas nas éguas do Grupo Lactante: a) Ciclicidade reprodutiva contínua após o parto; b) Intervalo prolongado do parto à ovulação; c) Ovulação pós-parto seguida de anestro; e d) Anestro pós-parto. O presente estudo demonstra, portanto, que a foliculogênese em éguas pós-parto sofre a influência direta do parto, mas que em muito se assemelha à foliculogênese de éguas não-lactantes, sobretudo a partir da ocorrência da seleção folicular.
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Fatores associados a transtornos psiquiátricos no pós-parto

Kerber, Suzi Roseli January 2008 (has links)
OBJETIVO: Esta dissertação tem por objetivo apresentar o estudo da associação entre transtornos psiquiátricos pós-parto e fatores demográficos, psicossociais e relacionados à gestação e parto em uma amostra de base populacional de um bairro de Porto Alegre. MÉTODO: O estudo envolveu todas as mães de crianças nascidas em hospital público no bairro Vila Jardim, em Porto Alegre, de novembro de 1998 a dezembro de 1999. As famílias foram estudadas quando os bebês completaram quatro meses de idade. A saúde mental das mães e pais foi avaliada pelo Self Report Questionnaire (SRQ) e por entrevistas semi-estruturadas individuais e do casal. A Escala Avaliação Global do Funcionamento Relacional (GARF) do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) foi usada para aferir a qualidade do relacionamento do casal, do relacionamento materno com sua família de origem, com a família paterna e com a rede social. Para os outros fatores foram feitas perguntas diretas à mãe e ao pai da criança. RESULTADOS: Segundo a escala SRQ 34,45% das 148 mulheres entrevistadas apresentaram suspeita de transtorno psiquiátrico, sendo que a avaliação clínica feita por dois profissionais de saude mental que avaliavam independentemente utilizando os critérios diagnósticos do DSM-IV indicou um percentual de 54%. Sessenta e dois por cento das mulheres coabitavam com companheiro, sendo que estes também foram entrevistados. Dos 118 pais, 25,4% apresentaram suspeita de transtorno psiquiátrico, segundo a escala SRQ. Nesta população, o fato de coabitar ou não com companheiro não esteve associado com transtorno mental. Nesta pesquisa, na análise de regressão logística estudando a totalidade do grupo de mulheres os fatores que se mostraram relacionados com o desfecho (SRQ igual ou superior a sete ) foram a baixa renda familiar (p=0,017) e a presença de transtorno psiquiátrico materno no passado (p=0,043). Na regressão logística feita exclusivamente com as mulheres que viviam com companheiro, apenas a má qualidade da relação do casal (notas de 1 a 3 pela escala GARF) esteve associada à presença de transtornos psiquiátricos quatro meses após o parto (OR=7,34, p=0,001). CONCLUSÃO: Este estudo reforça a necessidade de verificar a presença de transtornos psiquiátricos da mãe nas consultas de puericultura, introduz dados sobre o pai e, especialmente, sobre a importância de avaliar rotineiramente a relação conjugal. / OBJECTIVE: To study the association between suspicion of psychiatric disorder and demographic, psychosocial factors, as well as those related to pregnancy and delivery, in a population-based sample of women from a circumscribed neighborhood in Porto Alegre. METHOD: This study included the mothers of all the children born in public hospitals in Vila Jardim, a district of Porto Alegre, Brazil, from November 1998 through December 1999. Families were assessed when infants were 4 months of age. Parents’ mental health was assessed using the Self-Report Questionnaire (SRQ) and individual and couple semi-structured interviews. The DSM-IV Global Assessment of Relational Functioning Scale was used to measure quality of couple relationship, of maternal relationship with the mother's family of origin, with paternal family and with social network. As to other factors, direct questions were asked to the child’s parents. RESULTS: According to the SRQ scale, 34.45% of all 148 interviewed women had suspicion of psychiatric disorder. The clinical assessment by two mental health professionals independently using DSM-IV criteria revealed a percentage of 54%. Sixty-two percent of women lived with partners, who were also interviewed. Of the 118 fathers, 25.4% had suspicion of psychiatric disorder, according to the SRQ scale. In this population, the fact of living or not with a partner was not associated with mental disorder. Analysis by logistic regression of the total group of women showed that factors associated with the main outcome (SRQ equal or higher than 7) were low family income (p = 0.017) and presence of previous maternal psychiatric disorder (p = 0.043). Logistic regression including only women living with a partner showed that poor marital relationship was associated with presence of psychiatric disorder, 4 months after delivery (OR = 7.34 p = 0.001). CONCLUSION: This study reinforces the need of investigating presence of maternal psychiatric disorder during childcare, introduces data on the father and especially on the importance of a routine assessment of the marital relationship.
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Influência do excesso de peso pré-gestacional e da diabetes mellitus gestacional sobre o início do aleitamento materno

Pinheiro, Tanara Vogel January 2017 (has links)
Introdução: Devido à fatores hormonais e mecânicos, a gestação e o parto provocam alterações que podem gerar disfunções do assoalho pélvico (DAP). Os estudos sobre as DAP no puerpério a curto prazo são escassos e fazem uso assistemático de métodos avaliativos. Objetivo: Identificar e avaliar as DAP no pós-parto imediato, um mês e três meses após o parto, comparando parto vaginal (PV), cesárea eletiva (CE) e cesárea intraparto (CI). Métodos: Estudo observacional longitudinal que avaliou mulheres até 48 horas (fase 1); um mês (fase 2) e três meses após o parto (fase 3). Utilizou-se o International Consultation on Incontinence Questionnaire (ICIQ-SF); o Índice de Incontinência Anal (IA) de Jorge-Wexner; a Escala Análoga Visual (EVA) para dor pélvica; o Pelvic Organ Prolapse Quantification system (POP-Q) e a perineometria dos Músculos do Assoalho Pélvico (MAP), além de questionário estruturado. Resultados: Foram avaliadas 227 pacientes na fase 1 (141 realizaram PV; 28 realizaram CI e 58 realizaram CE); 79 na fase 2 e 41 na fase 3. O escore do ICIQ-SF, índice de IA, EVA e perineometria não apresentaram diferenças significativas em relação ao tipo de parto. O ponto distal do colo uterino apresentou-se mais prolapsado no grupo PV. Conclusão: O tipo de parto não foi um fator significante para o desenvolvimento das DAP no pós-parto a curto prazo. Foi identificado que ocorreu recuperação fisiológica na funcionalidade dos MAP e piora na sustentação da parede vaginal anterior e no impacto da incontinência urinária na qualidade de vida ao longo dos três meses. / Introduction: Due to mechanical and hormonal factors, pregnancy and childbirth triggers changes that can lead to pelvic floor dysfunction (PFD). PFD studies in the immediate postpartum period are scarce and do unsystematic use of evaluation methods. Objective: To identify and evaluate the immediate, one month and three months postpartum PFD, comparing vaginal delivery (VD), elective cesarean (ECS) and cesarean indicating (ICS) during labor. Methods: This was a longitudinal observational study that assessed postpartum women after up to 48 hours (phase 1); one month (phase 2) and three months (phase 3). The study used the International Consultation on Incontinence Questionnaire (ICIQ-SF); Jorge-Wexner's Anal Incontinence (AI) score; the Visual Analogue Scale (VAS) for pelvic pain; the Pelvic Organ Prolapse Quantification System (POP-Q); and a Pelvic Floor Muscles (PFM) perineometer, as well as a structured questionnaire. Results: A total of 227 patients were assessed in phase 1 (141 had VD, 28 ICS and 58 ECS); 79 in phase 2 and 41 in phase 3. The ICIQ-SF, AI, VAS and perineometer index did not present significant differences in relation to the type of delivery. The distal point of the cervix presented more prolapse in VD. Conclusion: The type of delivery was not a significant factor for the development of postpartum PFD in the short term. The study found that there was physiological recovery of the functionality of PFM and worsening prolapse of the anterior vaginal wall and urinary incontinence over the three months.
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Atenção à saúde de gestantes, puérperas e bebês : o agir em competência de equipes de saúde na atenção primária à saúde

Gomes, Janice Castilhos January 2014 (has links)
Introdução Apesar dos esforços dispensados pelas equipes de saúde para o cuidado às gestantes, puérperas e bebês, questiona-se efetivas transformações nas práticas de saúde da família em direção a um modelo de atenção em saúde pautado na integralidade e longitudinalidade. Objetivo Este estudo propõe-se a analisar o agir em competência na produção do cuidado às gestantes, puérperas e bebês de Equipes de Saúde da Família com Equipes de Saúde Bucal implantadas e que atuam em Unidades Básicas de Saúde de municípios da Região Sete de Saúde - Vale dos Sinos pertencentes a 1ª Coordenadoria Regional de Saúde da Secretaria Estadual de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul. Metodologia Trata-se de um estudo de caso com abordagem metodológica predominantemente qualitativa. Os dados foram produzidos através da realização de sete grupos focais em sete equipes de saúde da família com saúde bucal de seis municípios da região analisada. Todas as equipes do estudo passaram pela avaliação no primeiro ciclo do Programa de Melhoria de Acesso e Qualidade (PMAQ) no ano de 2012. Foram ouvidos 19 trabalhadores, entre médicos, enfermeiros e cirurgiões-dentistas. O estudo valeu-se também dos dados secundários produzidos na avaliação do PMAQ. Os dados produzidos pelo estudo foram analisados com a ajuda do programa de análise qualitativa Nvivo. A base referencial teórica de produção e análise dos dados baseia-se em Schwartz (2010) e nos fundamentos epistemológicos da Análise do Discurso. Resultados e discussão A convivência de maneira desintegrada das equipes de saúde da família com médicos especialistas afeta o cuidado produzido pelas equipes e desvirtua o modelo de atenção da estratégia de saúde da família praticado. As equipes relatam sobrecarga de trabalho, com depoimentos de ausência de profissionais na equipe mínima de saúde, alta rotatividade e precariedade dos vínculos empregatícios. Isto produz entraves nos agires em competência das equipes no que se refere ao reconhecimento e uso dos protocolos, mas principalmente com relação a adequação dos protocolos com as realidades apresentadas ─ a renormalização do cuidado. Se por um lado, as equipes de saúde, demonstram conhecer as objetividades das realidades nos contextos sociais de vida e saúde das gestantes, puérperas e bebês as quais são responsáveis pelo cuidado, por outro, possuem dificuldades em apresentar interpretações mais complexas sobre os conceitos de saúde e doença que circundam a questão da gestação e nascimento apresentados pela população. Não se evidenciaram, nos relatos produzidos, vivências de práticas de educação permanente em saúde problematizadoras dos processos de trabalho que visem mudar as formas de produzir o cuidado. Os espaços de debates de valores, em direção ao que aponta Schwartz (2010), enquanto ingrediente que estimula o trabalhador ao "uso de si por si" no agir em competência, parece estar mais presente nos momentos de integração das equipes ou no próprio trabalho em equipe. Considerações finais O estudo dos processos de trabalho das equipes de saúde da família possibilitou ampliar a compreensão sobre o agir em competência para a produção do cuidado às gestantes, puérperas e bebês. As contradições apresentadas pelo estudo quando se comparou os dados quantitativos da avaliação do PMAQ com os resultados qualitativos produzidos pelos grupos focais, levam a constatação da importância de realização de estudos que produzam a complementaridade das perspectivas quantitativas e qualitativas no sentido de compreender com maior consistência os processos de trabalho relacionados com a atenção à saúde que as equipes estão produzindo em seus espaços no SUS. / Introduction: Despite efforts from teams to envolve themselves in the care of pregnant women, puerperium women and babies, the real transformations in the practices of family health teams towards a health care model ruled by integrality and longitudinality are questioned. Objectives: This study aims to analyze the care given to pregnant women, puerperium women and babies by the Family Health teams that have Oral Health teams that work in Basic Health Units. These Units are located in the Vale dos Sinos region, in the state of Rio Grande do Sul, Brazil, and are coordinated by the Health Department of the state. Methodology This is a case study with a predominantly qualitative method. The data was obtained through seven focal groups belonging to seven family oral health teams from six cities of the region that was studied. All teams in the study were the evaluation of first cycle Improvement Program Access and Quality (PMAQ) in the year 2012. Were heard nineteen workers, including physicians, nurses and dentists. The study also took advantage of secondary data in the evaluation of PMAQ. The data obtained in this study were analyzed using the Nvivo software for qualitative analysis. The theoretical framework used for production and data analysis was based on Schwartz (2010) and on Discourse Analysis. Results and Discussion The disintegrated relationship between family health doctors and specialists affects the care given by the teams and distorts the model of family health care. The teams report a work overload. There are testimonies of abscense of professionals in the teams, high turnover of employees and precarity of job security. This produces obstacles for the care given by the teams in respect to recognizing and using protocols, but mainly in relation to their adequation to the local reality – renormalization of care. If on the one hand the teams show objective knowledge about the reality and life conditions of the women and babies under their care, on the other they have difficulty presenting more complex interpretation about the concepts of health and disease that accompany pregnancy and birth in this population. The reports did not show experience with practices of permanente education in health that aimed to change they way care was given. Spaces for debating values, according to Schwartz (2010) an ingredient that stimulates the worker, seem to be more presente during moments of integration of the teams – when working in teams. Final considerations: The study of the work processes of the family health teams enabled the increase of comprehension about the care given to pregnant women, puerperium women and babies. The contradictions presented by the study when comparing the qualitative data from government testing with the data obtained from the focal groups leads to the verification of the importance of studies which use qualitative and quantitative methods for comprehending more consistently the work the teams are doing in public health care.

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