• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 19
  • Tagged with
  • 19
  • 6
  • 6
  • 6
  • 5
  • 4
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 2
  • 2
  • 2
  • 2
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
1

Estudo comparativo dos efeitos do veneno bruto de Brothrops neuwiedi goyazensis, B.n. paranaensis e B.n. diporus sobre a junção neuromuscular de preparações isoladas de ave e de mamifero

Abreu, Valdemir Aparecido de 12 October 2003 (has links)
Orientador: Lea Rodrigues Simioni / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-04T01:17:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Abreu_ValdemirAparecidode_M.pdf: 6532382 bytes, checksum: 5437eb3cbdee545176506eb3dc604860 (MD5) Previous issue date: 2004 / Resumo: Os acidentes ofídicos no Brasil possuem importante relevância do ponto de vista médico. Nos casos cuja serpente foi identificada, 90,5% foram causados por serpentes do gênero Bothrops, segundo o Ministério da Saúde. Entre as principais causas que levam ao óbito estão a insuficiência renal aguda, o choque, a insuficiência respiratória aguda e a septicemia. O Complexo Bothrops Neuwiedi, assim denominado devido ao grande número de espécies que agrega, distribui-se amplamente pela América do Sul. A comparação dos efeitos neuromusculares entre os venenos de três subespécies, Bothrops neuwiedi goyazensis,Bothrops neuwiedi paranaensis e Bothrops neuwiedi diporus foi efetuada através da medida da atividade fosfolipásica dos venenos e também por protocolos farmacológicos clássicos, através de técnica miográfica convencional, usando preparações de ave (biventer cervicis de pintainho) e de mamífero (nervo frênico-diaftagma de camundongo). Testados em preparações de ave, 10-200 µg/m1, os três venenos mostraram-se menos ativos, na junção neuromuscular, do que em preparações de mamíferos, exibindo os seguintes efeitos: na concentração de 50 µg/m1, a 37°C o veneno de B.n.goyazensis mostrou-se o mais ativo. No entanto, a 22°C, o veneno de B.n.diporus, na mesma concentração, mostrou-se o mais ativo, demonstrando que esses venenos atuam de maneira diferenciada sobre a junção neuromuscular. Testados em preparação de mamífero, 10-100 µglm1, os venenos estudados causaram o bloqueio total da resposta contrátil, a 37°C e a 22°C, demonstrando nesse caso que a ação do componente ou componentes responsáveis pelo bloqueio neuromuscular independem da temperatura. Os resultados obtidos diferem dos encontrados na literatura sobre B.neuwiedi, no que se refere ao tipo de preparação utilizada, uma vez que esses resultados apontam para uma maior sensibilidadedas preparações de mamífero do que das preparações de ave. Os venenos de B.n.goyazensis e B.n.paranaensis inibem a ação contraturante da acetilcolina, apresentam pequeno, porém, significativo aumento da amplitude da resposta contrátil, com bloqueio parcial da resposta contrátil e contratura, além de inibir a contratura em resposta ao potássio. A atividade farmacológica desses venenos sugere efeitos neurotóxicos pós-sinápticos e também miotóxicos. O veneno de B.n.diporus inibiua ação contraturante da acetilcolinae a resposta ao potássio, produzindo contratura. Os resultados sugerem uma atividade neurotóxica pós-sináptica, além da miotóxica. Substituindo-se o Ca2+ pelo Sr2+, o veneno de B.n.diporus não apresentou seu efeito bloqueador neuromuscular, sugerindo que, provavelmente, esse efeito envolva uma atividade catalítica. Comparando-se os venenos quanto à atividade fosfolipásica, os resultados apresentam a seguinte ordem: B.n.diporus, de maior potência, seguido por B.n.paranaensis e, por último, B.n.goyazensis, o de menor potência / Abstract: Accidents caused by snakes in Brazil possesses importance of the medical point of view. In cases that the serpent was identified, 90,5% were caused by genera Bothrops, according to the Health Ministry of Brazil. The main causes of death are the acute renal insuficience, the shock, the acute breathing insuficienceand the septicemy. The Bothrops neuwiedi complex of snakes has a wide distribution in South America. In this work, we compared the pharmacological and phospholipase A2(PLA2) activities of venoms from three subspecies (B. n. goyazensis, B. n. paranaensis and B. n. diporus) of this complexoPLA2 activity was measured colorimetricalIy and pharmacological activity was assessed in chick biventer cervicis (BC) and mouse phrenic nerve-diaphragm (pND) preparations. Comparison of the PLA2 activities of the venoms showed that the order of potency was B. n. diporus > B. n. paranaensis > B. n. goyazensis. In BC preparations, alI of the venoms (50, 100 and 200 µg/ml, n=3-5 each) caused long-Iasting, concentrationdependent muscle contracture and twitch-tension blockade, and also inhibited the muscle. responses to ACh and KCI. The venoms were three times less potent in BC than in PND preparations. In avian preparations, B. n. goyazensis venom (50 µg/ml) was only active at 37°C (50% blockade in 102:1:9min; meanj:SEM, n=5) whereas B. n. diporus venom (50 Ilg/ml) was active only at 22°C (50% blockade in 80:1:10min; meanj:SEM, n=5). In avian preparations, B. n. goyazensis (100 µg /ml, at 37° or 22°C) and B. n. paranaensis (50 µg/ml, at 22°C) venoms showed a small but significant increase in the twitch-tension (p<0.05) and only partial blockade (20-40% afier 120 min). These results indicate that these venoms contain compounds that interfere primarily with post-synaptic neurotransmission. In contrast to avian preparations, alI of the venoms (100 µg/ml) caused total blockade of the twitch tension responses in PND within 45-100 min, at 37°C or 22°C, indicating that the neuromuscular blockade was not temperature-dependent in this preparation. In addition, the neuromuscular action ofthese venoms was not directly related to their enzymatic activity / Mestrado / Farmacologia / Mestre em Farmacologia
2

Efeitos biológicos e caracterização inicial da peçonha da serpente Philodryas nattereri steindachner 1870 / Biological effects and initial characterization of snake venom Philodryas nattereri steindachner 1870

Nery, Marinetes Dantas de Aquino January 2012 (has links)
NERY, Marinetes Dantas de Aquino. Efeitos biológicos e caracterização inicial da peçonha da serpente Philodryas nattereri steindachner 1870. 2012. 206 f. Tese (Doutorado em Farmacologia) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortleza, 2012. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-06-06T13:10:33Z No. of bitstreams: 1 2012_tese_mdanery.pdf: 7462167 bytes, checksum: b3210d2007bbb99f761f89651d8fe108 (MD5) / Approved for entry into archive by Erika Fernandes(erikaleitefernandes@gmail.com) on 2013-06-06T13:14:14Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2012_tese_mdanery.pdf: 7462167 bytes, checksum: b3210d2007bbb99f761f89651d8fe108 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-06-06T13:14:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2012_tese_mdanery.pdf: 7462167 bytes, checksum: b3210d2007bbb99f761f89651d8fe108 (MD5) Previous issue date: 2012 / A peçonha da serpente Philodryas nattereri é uma mistura de proteínas e peptídeos tóxicos com diversas ações locais e sistêmicas importantes, similares às que ocorrem nos acidentes botrópicos. Os mecanismos envolvidos nas ações locais e sistêmicas desta peçonha são pouco conhecidos. O objetivo deste trabalho foi estudar os efeitos renais, cardiovasculares, citotóxicos e a identificação molecular da peçonha bruta. O teor proteíco total da peçonha foi de 85-90% de proteínas. Foram utilizados ratos Wistar nos experimentos de perfusão de rim isolado, em que o orgão foi perfundido com a peçonha da serpente Philodryas nattereri em diversas concentracões para se determinar as possíveis alterações em parâmetros funcionais, além de alterações vasculares em anel de aorta e pressão arterial. A peçonha foi utilizada em células epiteliais de túbulos renais de cachorro (MDCK) e macrófago peritonial de rato (RAW) e mensurada por pletismografia. O edema de pata, as contorções abdominais e a injeção intramuscular foram realizados em camundongos Swiss. A peçonha foi testada em cepas de bactérias Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Salmonella choleraesuis subsp, Staphylococcus aureus e as culturas foram diluidas 100x. Para a determinação do número de cromossomos da serpente Philodryas nattereri e Philodryas olfersil, utilizou-se uma cultura temporária de leucócitos. Da glândula de Duvernoy construiu-se uma Biblioteca de cDNA com o objetivo de identificar seus genes. A peçonha bruta foi submetida a RMN (Ressonância Magnética Nuclear). Os resultados encontrados demonstraram que a peçonha da Philodryas nattereri promoveu alterações em todos os parâmetros renais estudados, principalmente na diminuição da pressão renal (PP) e da resistência vascular renal (RVR), assim como um aumento do fluxo urinário (FU) e do ritmo de filtração glomerular (RFG). O resultado mais relevante é que essa peçonha é altamente lesiva aos túbulos renais, sendo tal fato comprovado com a redução do percentual de transporte dos eletrólitos de sódio (Na+), (K+) e cloreto (CI¯) nas concentrações estudadas, independente da redução da PP. O clearance osmótico e as alterações nos glomérulos e túbulos com material proteíco e hemorrágico. As lesões foram observadas por análise histológica, mediante indícios de apoptose/ necrose e verificadas na cultura das células MDCK. A redução da pressão arterial e da frequência cardiaca parecem estar relacionadas ao relaxamento de vasos renais, cujos efeitos vasodilatadores foram comprovados nos protocolos de anel de aorta. A peçonha da Philodryas nattereri parece comprometer os túbulos renais, independentemente das ações vasculares. O edema de pata causado pela peçonha atingiu o máximo 2 horas após a inoculação e foi inibido pelo dexametasona e o soro anti-bothrops já a indometacina não foi capaz de interferir significativamente no edema. A injeção intramuscular de 50μg da peçonha produziu efeitos de desorganização das fibrilas musculares, hemorragia interfibrilar, edema infiltrado inflamatório e mionecrose dos tipos coagulativa e miolítica. Verificou-se que estas alterações diminuiram com o passar do tempo. As contorções abdominais causadas pela peçonha parecem ser tão agressivas quanto o acido acético quando comparado ao controle salino. A atividade da peçonha em cultura de bactérias foi significante para as culturas S. aureus, P. aeruginosa e Salmomela entretanto não apresentou significância para E. Coli. As serpentes Philodryas nattereri e Philodryas olfersii possuem um número de cromossomos 2n = 36. Da extração do RNAtotal da glândula da peçonha, junto com a enzima transcriptase reversa in vitro produziu-se RNAm transcrito a partir de vários genes diferentes. Assim, os DNAc clonados constituem uma biblioteca de cDNA com uma coleção de genes. Os resultados espectrofotômétrico de RMN da peçonha bruta da serpente Philodryas nattereri revelaram na identificação da presença de acoplamentos 13C, !H por comprimento de onda de rádio.
3

Purificação e caracterização parcial de uma enzima trombina-símile da peçonha da serpente Bothrops leucurus (viperidae)

ARAÚJO, Ilca Priscila de January 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T15:04:39Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo1761_1.pdf: 1031584 bytes, checksum: 345a6e044d939eeac61491c7f0844519 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2006 / A serpente Bothrops leucurus (jararaca do rabo branco), maior responsável pelos acidentes botrópicos no Estado da Bahia, também tem ocorrência registrada em Pernambuco. As alterações na coagulação sangüínea são uma característica relevante no envenenamento provocado pela peçonha de B. leucurus. Enzimas ofídicas que atuam estrategicamente na hemostasia com ação direta sobre o fibrinogênio, convertendo-o em fibrina, são chamadas trombina-símile. Apesar de estarem presentes em diversas peçonhas botrópicas e representarem modelos moleculares para o desenvolvimento de novas drogas e reagentes, poucos estudos têm sido realizados com estas toxinas, inclusive com a peçonha de B. leucurus. Neste trabalho foi realizada a purificação e caracterização parcial de uma toxina trombina-símile da peçonha de B. leucurus. A enzima trombina símile foi obtida a partir do fracionamento de 600 mg da peçonha total de B. leucurus em quatro etapas de purificação: troca iônica em Mono-Q, afinidade em Benzamidina-Sepharose, gel filtração em TSK-G3000 SW e fase reversa em C4. A toxina purificada, denominada BL-TL I, teve um rendimento final de 0,05% e apresentou cadeia única de massa molecular 23 e 31,8 KDa, conforme estimativa em SDS-PAGE em condições não redutoras e redutoras, respectivamente. BL-TL I teve sua atividade parcialmente reduzida após cromatografia em coluna C4, não apresentando atividade sobre os substratos S-2238 e S-2765, bem como ativadora de fator X. Por outro lado, mesmo com reduzida atividade coagulante sobre fibrinogênio, a BL-TL1 foi capaz de hidrolisar o substrato S-2222. A BL-TL1 é a primeira enzima trombina-símile purificada da peçonha de B. leucurus, porém outra técnica complementar deve ser estabelecida para obtenção da toxina com atividade total para estudos subseqüentes, com o intuito de complementar a caracterização da referida toxina.
4

Purificação e Caracterização Parcial de duas Hemorraginas Ativadoras de Fator X da Peçonha de Bothrops leucurus (jararaca do rabo branco) (Wagler, 1824)

Mendes Correia, Juliana January 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T15:04:53Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo1764_1.pdf: 2524003 bytes, checksum: 08f58cd79907281ae329a804438b38b7 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2006 / Hemorragia é uma patologia que ocorre devido à anormalidade das funções dos fatores da coagulação, do endotélio dos vasos sanguíneos e/ou das plaquetas. Enzimas da peçonha dos Viperídeos, designadas hemorraginas, toxinas hemorrágicas ou ainda fatores hemorrágicos são as principais responsáveis pelo quadro hemorrágico (local e sistêmico) apresentado nos acidentes por viperídeos. A espécie Bothrops leucurus é uma das mais importantes serpentes peçonhentas do Nordeste do Brasil. Neste trabalho foi realizada a purificação e caracterização parcial de duas toxinas hemorrágicas da peçonha de Bothrops leucurus. As hemorraginas Bleu-H1 e Bleu-H2 foram purificadas através de três passos cromatográficos: troca iônica de 600 mg da peçonha de B. leucurus, dividida em quatro alíquotas, em coluna de Mono Q (10 x 100 mm), seguida de gel em filtração TSK G-3000 (7,5 mm x 60 cm) e recromatografia em coluna de Mono Q (5 x 50 mm), obtendo rendimento de 0,1% para cada toxina. Os resultados do dot-blot indicam que ambas hemorraginas são metaloproteases. De acordo com os resultados da SDS-PAGE em condições redutoras, Bleu H1 é constituída de pelo menos seis cadeias (66, 63, 38, 28, 19 e 17 KDa), enquanto Bleu H2 revelou cinco cadeias (63, 41, 38, 28, 18, 16 kDa), sugerindo que as hemorraginas Bleu H1 e Bleu-H2 apresentem massas moleculares superiores a 278 KDa e 207 KDa, respectivamente. A SDS-PAGE sem a presença de agente redutor confirmou a homogeneidade de Bleu-H1. A Dose Mínima Hemorrágica (DMH) da peçonha de B. leucurus foi 1,96 &#956;g, e a de Bleu H1 e de Bleu H2 foram 1,23 &#956;g e 1,42 &#956;g, respectivamente. Bleu H1 e Bleu H2 apresentaram atividade ativadora de fator X, e capacidade de hidrolisar os substratos cromogênicos S-2222 e S-2238, sendo Bleu-H2 consideravelmente mais ativa do que Bleu-H1. Em conclusão, duas metaloproteinases ácidas da classe P-IV, com baixa atividade hemorrágica, alta atividade ativadora de fator X e capacidade de hidrolisar os substratos cromogênicos S-2222 e S-2238, denominadas Bleu- H1 e Bleu-H2, foram purificadas da peçonha de Bothrops leucurus
5

Estudo comparativo dos efeitos do veneno de crotalus durissus terrificus adulta e juvenil sobre a junção neuromuscular

Pereira, Ricardo Stellati 30 March 2004 (has links)
Orientador: Lea Rodrigues Simioni / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-04T00:29:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Pereira_RicardoStellati_M.pdf: 5516057 bytes, checksum: f929e67e4834278cb9de83d60737c788 (MD5) Previous issue date: 2004 / Resumo: O objetivo deste estudo foi comparar os efeitos do veneno de Crotalus durissus terrficus adulta e juvenil, do Vale do Paraíba/SP, sobre a junção neuromuscular. Para tanto, avaliou-se a atividade neurotóxica dos venenos de Cdt, através da técnica miográfica, em preparações biventer cervicis de pintainho e realizou-se análise bioquímica comparativa de todos os venenos utilizados. Foram ensaiadas diferentes doses do veneno total de Cdt, no estudo miográfico (0,5, 1,0, 5,0, 10,0 e 20,0 'mu¿g/ml), sendo que a partir da curva dose-efeito obtida, elegeu-se a concentração de 1 'mu¿g/ml para os ensaios posteriores. A 37°C os venenos estudados produziram bloqueio neuromuscular irreversível da resposta contrátil, em tempo inferior a 120 min e afetaram as respostas contraturantes à ACh (55 e 110 'mu¿M)e ao KCI (20 mM). O tempo necessário para a obtenção de 50% de bloqueio neuromuscular, na concentração de 1 'mu¿g/ml, foi significativamente menor (p<0.05) para o 1° e 2° meses de vida das serpentes de Cdt juvenis. Os dados mostraram que há diferença significativa quanto à toxicidade dos venenos estudados in vitro, não havendo uma relação direta entre a atividade bloqueadora neuromuscular e os valores da DL50. Por meio da análise da Cromatografia de exclusão molecular em HPLC e da confirmação pela análise do padrão eletroforético dos venenos de Crotalus juvenis, do 1° ao 7° mês de extração, pode-se afirmar que ocorre variação na composição dos principais componentes do veneno total e dos componentes que compõem a crotoxina (três isoformas de crotapotina e uma de 'PLA IND. 2¿), fato este também verificado na tabela de composição do veneno de Crotalus durissus terrificus, nos diferentes meses de extração. Diante do exposto, pode-se concluir que: 1) Ocorre variação ontogenética no veneno de Crotalus durissus terrificus, proveniente do Vale do Paraíba/SP. 2) A variação na potência dos venenos de Cdt juvenis observada, em comparação com a potência do veneno de Cdt adulta, leva a acreditar que, ao menos nos dois primeiros meses de vida, as serpentes de Cdt produzam isoformas mais tóxicas de crotoxina (alta toxicidade com baixa atividade enzimática), sendo doravante substituída por isoformas menos tóxicas (moderada toxicidade com alta atividade fosfolipase 'A IND. 2') / Abstract: The objective of this study was to compare the effects of the poison Crotalus durissus terrificus adult and juvenile, from Vale do Paraíba/SP, on the neuromuscular junction. For so much, we decided to evaluate the neurotoxic activity of the poisons of Cdt, through the miographic technique, in chick isolated biventer cervicis muscle preparations and accomplish comparative biochemical analysis of all of poisons used. Five concentration (0.5, 1.0, 5.0, 10 and 20 'mu¿g/ml) of Cdt were researched, and starting from the curve dose-effect obtained, the concentration of 1 'mu¿g /ml was chosen for the subsequent rehearsals. At 37°C all of the poisons studied produced irreversible neuromuscular blockade, in least time at 120 minutes and they affected the contractures to exogenous ACh (55 and 110 mM) and KCI (20 mM). The time for obtaining 50% of neuromuscular blockade, at concentration of 1 'mu¿g/ml, was significantly smaller (p<0.05) for the '1 POT. ST¿ and '2 POT. ND¿ months life of the snakes juvenile Cdt, results these in consonance with the literature. Through the analysis of Molecular Exclusion Cromatography in HPLC and of the confirmation for the analysis of the pattern eletrophoretic of the poisons juvenile Crotalus, of the '1 POT. ST¿ to the '7 POT. ND¿ month extraction, we believe that it happens variation in the composition of the main components of the total poison and of the components that compose the crotoxin (three crotapotine isoforms and one of 'PLA IND. 2); fact this also verified in the table of composition of the poison of Crotalus durissus terrificus, in the different extraction months. Before the exposed, it can be ended that: 1) it happens ontogenetic variation in the poison of Crotalus durissus terrificus, from Vale do Paraíba/SP. 2) the variation in the potency of the paisons of juvenile Cdt observed, in comparison with the potency of the poison of Adult snakes, in the group to believe that, at least in the first two life months, snakes of Cdt produce more poisonous isoforms of crotoxin (High toxicity with low enzymatic activity), being substituted from now on by less poisonous isoforms (Moderate toxicity with high activity 'PLA IND. 2') / Mestrado / Mestre em Farmacologia
6

Estudo do esvaziamento gastrico de liquidos em ratos envenenados com a peçonha da aranha Phoneutria nigriventer

Bucaretchi, Fabio, 1956- 18 July 2018 (has links)
Orientador : Edgard Ferro Collares / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-07-18T20:59:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Bucaretchi_Fabio_D.pdf: 1983551 bytes, checksum: 31cbd9327f1b303ab843b13e96881734 (MD5) Previous issue date: 1994 / Resumo: O objetivo deste trabalho foi de avaliar o esvaziamento gástrico (EG) de líquidos em ratos wistar envenenados com apeçonha da aranha Phoneutria nigriventer. Numa primeira etapa foram observadas as manifestações clínicas; as alterações da pressão arterial média, a frequência cardíaca, as alterações eletrocardiográficas e anatomopatológicas, após administração de três diferentes doses do veneno: 19, 38 e76 mcg/100 g de peso Na etapa II foi estudado o EG de líquidos, medindo-se a retenção gástrica (RG) de uma refeição de prova (RP) de cloreto de sódio a 0,9%: 1- 30 minutos após administração de três doses de veneno (19, 38,' 76 mcg/100 g); 2- aos 15, 60 e 120 minutos após injeção de veneno (76 mcg/100 g); 3- 30 minutos após injeção de veneno (76 mcg/100 g), em animais submetidos à vagotomia subdiafragmática ou pré-tratados com antiveneno aracnídico ou com atropina: 4- 30 minutos após injeção de veneno (38 e 76 mcg/100 g), em animais pré-tratados' com prazosin, domperidona ou propranolol. Nesta etapa, também foi avaliada a RG de uma RP de glicose a 5% aos 30 (38 mcg/100 g) e 120 minutos da injeção de veneno (76 mcg/100 g). Constatou-se que o veneno, numa relação do tipo dose dependente, écapaz de provocar significativo retarde do EG de líquidos em ratos. Verificou-se, também, que o antagonista beta adrenérgico, propranolol, interferiu, parcialmente, no EG nos grupos de animais que receberam veneno nas doses de 38 e76 mcg/100 g. conclui-se, que o ~etarde do EG de líquidos observado 78 nos animais intensamente envenenados deveu-se, pelo menos em parte, a um aumento da liberação de catecolaminas provocado pelo veneno / Abstract: This study was carried out to evaluate the gastric emptying of liquids in wistar rats which received Phoneutria nigriventer spi der venom. Clinical manifestations,alterations of the mean b100d pressure, cardiac frequence, eletrocardiographical and anatomopathological were observed as a first step, after the venom administration in three different doses (19, 38 and 76 mcg/100g of weight). In a second step, gastric emptying of liquids was studied by mea suring the gastric retention of a test meal (sodium chloride at 0.9%), after the administration of venom: at 30 min, doses of 19, 38 and 76mcg/100g; at 15, 60 and 120 min, single dose of 76mcg/100g; at 30 min after injected 76mcg/100g in rats which un derwent subdiafragmatic vagotomy, and previous1y treated with spider antivenom and atropine; at 0 min, doses of 38 and 76mcg/100g in rats previously treated with prazosin, domperidone and propranolol. Also in this same step the gastric retention of another test meal (glucose at 5%) was considered at 30 and 120 min after the administration of venom, respectively 38 and 76mcg/100g. In a dose-dependent relationship the venom was able to provoke a significant de1ay on gastric emptying of liquids, and the beta adrenergic antagonist, propranolol, interfered upon the gastric emptying of groups of rats that received venom doses of 38 and 76mcg/100g. Then, one concluded that the delay of the gastric emptying of liquids in rats severe envenomed, at 1east, was due to an increasing of catecholamines release provoked by the venom / Doutorado / Doutor em Pediatria
7

Análise neuroetológica e estudo da atividade pró-convulsivante e anticonvulsivante in vivo da peçonha bruta da aranha Parawixia bistriata em ratos: injeção central e periférica. / Neuroethological analysis, convulsant and anticonvulsant in vivo activity of the Parawixia bistriata spider venom in rats: central and peripheric injections.

Rodrigues, Marcelo Cairrão Araujo 24 March 1999 (has links)
Durante a evolução, alguns animais desenvolveram toxinas que são capazes tanto de paralisar quanto de matar suas presas, através de ação seletiva sobre receptores ou canais iônicos. As acilpoliaminas, por exemplo, são componentes não-proteicos antagonistas dos receptores glutamatérgicos acoplados a canais iönicos, que mostraram-se anticonvulsivantes em diversos modelos animais. Apesar do estudo das alterações comportamentais em animais após a injeção de substâncias químicas (etofarmacologia) ter auxiliado a estudar o mecanismo de ação destas substâncias no SNC, não há relatos sobre os efeitos comportamentais da injeção i.c.v. e i.v. da peçonha da aranha Parawixia bistriata. Descobriu-se recentemente na peçonha bruta da aranha Parawixa bistriata uma ação potencialmente anticonvulsivante in vitro: ela potencia a neurotransmissão gabaérgica e desloca receptores glutamatérgicos de seus sítios específicos em sinaptosomas do cérebro de rato (FONTANA, 1997). O objetivo do presente trabalho é estudar as alterações comportamentais causadas pela injeção central e periférica da peçonha bruta de P. bistriata através de uma metodologia quantificativa (método neuroetológico), e verificar se esta peçonha possui ação anticonvulsivante in vivo em um modelo químico de indução de crises agudas - o pentilenotetrazol (PTZ, 80 mg/kg, i.p.). Os resultados mostram que a injeção i.c.v. da peçonha bruta origina nos ratos dois quadros comportamentais, identificados como crises convulsivas, denominados de crises graves e leves. Nas crises graves, observou-se, entre outros, mioclonias semelhantes às crises convulsivas límbicas descritas por Racine (1972). As crises leves são caracterizadas por tremores generalizados, e sacudidelas de corpo (wet dog shakes). A injeção da peçonha i.v. não origina crises nos animais mas, no entanto, causa um intenso aumento nas interações estatísticas das seqüências comportamentais, que lembram em muito as atividades de deslocamento. Tanto nas crises graves, leves, e na injeção i.v., a neuroetologia permitiu a visualização das interações entre as mioclonias convulsivas límbicas e os outros comportamentos, dados não fornecidos pelas escalas de medição de intensidade das crises límbicas. Buscando indícios da presença de componentes anticonvulsivantes não-proteicos (como acilpoliaminas), injetou-se i.c.v. a peçonha de P. bistriata fervida (numa dose que não causa crises nem alteração motora per se), seguida da injeção i.p. de PTZ. Verificou-se que este tratamento abole as crises clônicas e tônicas induzidas por PTZ. Conclui-se que a peçonha bruta de P. bistriata provavelmente possui componentes pró-convulsivantes com possível ação sobre o sistema límbico. Esta peçonha pode conter, também, componentes anticonvulsivantes não-proteicos, possivelmente acilpoliaminas. / Spider venoms have hight affinity and specificity for neuronal receptors, transporters and ion channels, therefore been important tools to characterize mammal and insect nervous system. However, behavioural alterations in mammals caused by injections of spider venoms have not been studied in detail. In this work we describe the rat behavioural alteration caused by central injection of the crude venom of the spider Parawixia bistriata, using a neuroethological methodology. There were seen two types of seizures, named mild and severe. Neuroethological flowcharts showed that in mild seizures, there was a strong statistical correlation (c2) between tremor followed by laying or by laying left, which indicates that the venom, perhaps, is difficulting central coordination of movements. In severe seizures, this effect is enworsed, with the animal falling.This type of seizure are similar to those described by Racine (1972). Since the crude venom of P. bistriata showed a potencial anticonvulsant activity in vitro, we tested if it would indeed inhibit clonic and tonic convulsions induced by pentilenetetrazole (PTZ; 80 mg/kg, i.p.). Boiled crude venom of P. bistriata was i.c.v. injected, and 20 minutes later, animals (n=10) received PTZ. A control group (n=10) received only PTZ. The results were: central injection of the venom abolished clonic and tonic convulsions induced by PTZ, in 60% of the animals. In conclusion, the crude spider venom of P. bistriata, centrally injected, causes central loss of movement coordination, and elicits limbic seizures similar to those described by Racine (1972), but, when boiled and injected in lower doses, it blocks clonic and tonic convulsions induced by PTZ (80 mg/kg).
8

Resposta imune induzida pelas peçonhas do bagre Cathorops agassizii

Junqueira, Marcos Emerson Pinheiro [UNESP] 20 April 2006 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:30:57Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2006-04-20Bitstream added on 2014-06-13T18:41:14Z : No. of bitstreams: 1 junqueira_mep_dr_botfm.pdf: 683998 bytes, checksum: e97592029abff7e2b2e4961aed2d337c (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Universidade Estadual Paulista (UNESP) / Gap / Nossos estudos objetivaram caracterizar as respostas imune inata e específica induzidas pelas peçonhas do muco e do ferrão do bagre Cathorops agassizii . A coleta dos espécimes foi realizada no complexo Baía-Estuário de Santos e São Vicente, localizado no litoral sul do Estado de São Paulo. As peçonhas (do Muco e do Ferrão) apresentaram perfil eletroforético similar entre si. Induzida a inflamação aguda em um modelo experimental murino, as peçonhas apresentaram igualmente a capacidade de induzir aumento da permeabilidade vascular e também edema de pata. A detecção de Leucotrieno B4 e Prostaglandina E2 no lavado da cavidade peritoneal dos camundongos injetados, com ambas as peçonhas, corroboram esta hipótese. Nossos resultados através da microscopia intravital mostraram que as peçonhas induzem um grande número de leucócitos rolantes nas vênulas pós-capilares com focos de extravasamento leucocitário, principalmente de neutrófilos seguido pelo influxo de macrófagos. Além disso, a peçonha do Ferrão induziu uma resolução mais rápida do influxo leucocitário ao contrário da peçonha do Muco que manteve o infiltrado macrofágico por até 7 dias. De maneira interessante, somente a citocina IL-6 foi detectada no lavado peritoneal induzida principalmente pela peçonha do Muco e as quimiocinas KC e MCP-1, por ambas as peçonhas, expressando naquele momento, a participação destes mediadores no recrutamento de neutrófilos e macrófagos para o sítio da lesão. As peçonhas foram eficazes ao induzir uma produção primária e secundária de anticorpos das classes IgM e IgG anti-venenos. Observamos ainda, uma especificidade dos anticorpos produzidos para os componentes das próprias peçonhas e também uma reatividade antigênica cruzada entre elas. / Our studies aimed to characterize the innate and specific immune responses induced by poisons of the mucus and sting of the catfish Cathorops agassizii. The collection of specimens was accomplished in the complex Bay-Estuary System of Santos and São Vicente located in the south coast of the São Paulo State. Poisons of the Mucus and Sting presented similarities in their electrophorectical profiles. In basis of an Induced process of inflammation throughout an experimental murine model, both poisons equally showed the capacity to increase the vascular permeability and also paw edema. The Leucotrien B4'S and Prostaglandine E2 detection in washings of mice peritoneal cavity injected with both poisons corroborates this hypothesis. Our results through an intravital microscopy procedure also showed that the poisons induced a great number of rolling leukocytes in the post-capillary venules with focus on the leukocyte overflow mainly neutrophiles followed by macrophage influx. Besides, the sting poison Sting induced a faster resolution of the leukocyte influx, as well as, the Mucus poison unlike maintained a macrophage infiltrated for up to 7 days. In an interesting way, only the cytokine IL-6 was detected in peritoneal washings induced mainly by the Mucus poison although Quimiokinins KC and MCP-1 were for both poisons, expressing on that moment the participation of these mediators in the neutrophile and macrophage recruitment for the lesion site. The poisons were also effective in the induction of a primary and secondary production of IgM and IgG classes of antibodies. In this research we still observed a specificity of the antibodies produced for the components of the own poisons and also a crossed antigenic reactivity among them.
9

Análise neuroetológica e estudo da atividade pró-convulsivante e anticonvulsivante in vivo da peçonha bruta da aranha Parawixia bistriata em ratos: injeção central e periférica. / Neuroethological analysis, convulsant and anticonvulsant in vivo activity of the Parawixia bistriata spider venom in rats: central and peripheric injections.

Marcelo Cairrão Araujo Rodrigues 24 March 1999 (has links)
Durante a evolução, alguns animais desenvolveram toxinas que são capazes tanto de paralisar quanto de matar suas presas, através de ação seletiva sobre receptores ou canais iônicos. As acilpoliaminas, por exemplo, são componentes não-proteicos antagonistas dos receptores glutamatérgicos acoplados a canais iönicos, que mostraram-se anticonvulsivantes em diversos modelos animais. Apesar do estudo das alterações comportamentais em animais após a injeção de substâncias químicas (etofarmacologia) ter auxiliado a estudar o mecanismo de ação destas substâncias no SNC, não há relatos sobre os efeitos comportamentais da injeção i.c.v. e i.v. da peçonha da aranha Parawixia bistriata. Descobriu-se recentemente na peçonha bruta da aranha Parawixa bistriata uma ação potencialmente anticonvulsivante in vitro: ela potencia a neurotransmissão gabaérgica e desloca receptores glutamatérgicos de seus sítios específicos em sinaptosomas do cérebro de rato (FONTANA, 1997). O objetivo do presente trabalho é estudar as alterações comportamentais causadas pela injeção central e periférica da peçonha bruta de P. bistriata através de uma metodologia quantificativa (método neuroetológico), e verificar se esta peçonha possui ação anticonvulsivante in vivo em um modelo químico de indução de crises agudas - o pentilenotetrazol (PTZ, 80 mg/kg, i.p.). Os resultados mostram que a injeção i.c.v. da peçonha bruta origina nos ratos dois quadros comportamentais, identificados como crises convulsivas, denominados de crises graves e leves. Nas crises graves, observou-se, entre outros, mioclonias semelhantes às crises convulsivas límbicas descritas por Racine (1972). As crises leves são caracterizadas por tremores generalizados, e sacudidelas de corpo (wet dog shakes). A injeção da peçonha i.v. não origina crises nos animais mas, no entanto, causa um intenso aumento nas interações estatísticas das seqüências comportamentais, que lembram em muito as atividades de deslocamento. Tanto nas crises graves, leves, e na injeção i.v., a neuroetologia permitiu a visualização das interações entre as mioclonias convulsivas límbicas e os outros comportamentos, dados não fornecidos pelas escalas de medição de intensidade das crises límbicas. Buscando indícios da presença de componentes anticonvulsivantes não-proteicos (como acilpoliaminas), injetou-se i.c.v. a peçonha de P. bistriata fervida (numa dose que não causa crises nem alteração motora per se), seguida da injeção i.p. de PTZ. Verificou-se que este tratamento abole as crises clônicas e tônicas induzidas por PTZ. Conclui-se que a peçonha bruta de P. bistriata provavelmente possui componentes pró-convulsivantes com possível ação sobre o sistema límbico. Esta peçonha pode conter, também, componentes anticonvulsivantes não-proteicos, possivelmente acilpoliaminas. / Spider venoms have hight affinity and specificity for neuronal receptors, transporters and ion channels, therefore been important tools to characterize mammal and insect nervous system. However, behavioural alterations in mammals caused by injections of spider venoms have not been studied in detail. In this work we describe the rat behavioural alteration caused by central injection of the crude venom of the spider Parawixia bistriata, using a neuroethological methodology. There were seen two types of seizures, named mild and severe. Neuroethological flowcharts showed that in mild seizures, there was a strong statistical correlation (c2) between tremor followed by laying or by laying left, which indicates that the venom, perhaps, is difficulting central coordination of movements. In severe seizures, this effect is enworsed, with the animal falling.This type of seizure are similar to those described by Racine (1972). Since the crude venom of P. bistriata showed a potencial anticonvulsant activity in vitro, we tested if it would indeed inhibit clonic and tonic convulsions induced by pentilenetetrazole (PTZ; 80 mg/kg, i.p.). Boiled crude venom of P. bistriata was i.c.v. injected, and 20 minutes later, animals (n=10) received PTZ. A control group (n=10) received only PTZ. The results were: central injection of the venom abolished clonic and tonic convulsions induced by PTZ, in 60% of the animals. In conclusion, the crude spider venom of P. bistriata, centrally injected, causes central loss of movement coordination, and elicits limbic seizures similar to those described by Racine (1972), but, when boiled and injected in lower doses, it blocks clonic and tonic convulsions induced by PTZ (80 mg/kg).
10

Analise histologica do aparato venenifero e caracterização farmaco-bioquimica da peçonha de Vitalius dubius (Araneae, Theraphosidae) / Histological analysis of the venom apparatus and biochemical and pharmacological characterization of venom from Vitalius dubius (Araneae, Theraphosidae)

Rocha e Silva, Thomaz Augusto Alves da 31 January 2008 (has links)
Orientador: Stephen Hyslo / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-10T15:32:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 RochaeSilva_ThomazAugustoAlvesda_D.pdf: 9683821 bytes, checksum: 9eaf69e00f5ad25d739e7f014effdaed (MD5) Previous issue date: 2008 / Resumo: A aranha Vitalius dubius pertence à família Theraphosidae, que compreende todas as caranguejeiras. Sua distribuição é restrita à região Sudeste do Brasil, principalmente em São Paulo e Minas Gerais. Trata-se de uma espécie urbana, pouco agressiva e que não apresenta registros de acidentes com relevância clínica. O presente trabalho teve como objetivo descrever o aparato venenífero e caracterizar bioquímica e farmacologicamente a peçonha desta aranha. A estrutura do aparato venenífero consiste em duas robustas quelíceras anteriores, com grandes ferrões para imobilização de presas e inoculação de peçonha. Cada quelícera é preenchida por musculatura estriada, responsável pela mobilidade dos ferrões, além de abrigar a glândula de peçonha que, por sua vez, encontra-se imersa nesta musculatura, sem estar ligada à mesma. A glândula é envolta por duas túnicas musculares helicoidais entrelaçadas, responsáveis pela contração da glândula para expulsão da peçonha através de um duto interno ao ferrão. Interna à musculatura, uma camada basal rica em elastina sustenta uma complexa rede epitelial produtora de peçonha. Este epitélio extratificado possui células anastomosadas, com núcleos periféricos e prolongamentos citoplasmáticos voltados para a luz da glândula, organizado principalmente por filamentos de actina. Estes prolongamentos formam reservatórios envolvidos na biossíntese de peçonha. A análise ultra-estrutural deste epitélio revelou a presença de organelas envolvidas na síntese protéica, como núcleo com abundante eucromatina, nucléolo, retículo endoplasmático rugoso, polissomos, além de abundantes: retículo liso, aparato de Golgi, mitocôndrias e vacúolos autofágicos. Durante a fase de produção de peçonha, as principais alterações ultra-estruturais observadas foram compactação e remodelamento do epitélio, abundância de organelas e deformidade de núcleos, bem como a presença de hemócitos nos últimos estágios. A extração de peçonha revelou que as fêmeas possuem rendimento maior, em quantidade absoluta [23,1 ± 2,3 (n=11) e 12,5 ± 0,7 (n=16) mg de peçonha/aranha/extração, para fêmeas e machos, respectivamente]. No entanto, quando a quantidade de peçonha é relacionada ao o peso do animal, os machos possuem maior índice. Além disso, as fêmeas adultas com maior peso apresentaram rendimento de peçonha menor que as mais jovens. A caracterização bioquímicofarmacológica da peçonha revelou através de eletroforese que a peçonha de V. dubius possui poucas proteínas de elevada massa molecular, mas é rica em peptídeos e pequenas moléculas. A peçonha contém bastante hialuronidase, mas é destituída de atividade proteolítica, assim como não foi observada ação hemolítica. No imunoensaio de ELISA, a peçonha apresentou reatividade cruzada com soro antiaracnídico do Instituto Butantan, preparado contra as peçonhas de Loxosceles gaucho, Phoneutria nigriventer e Tityus serrulatus. No entanto, o immunoblotting demonstrou que apenas componentes da peçonha maiores que 30 kDa foram responsáveis por esta reação. A peçonha de V. dubius (10 - 300 µg/mL) foi citotóxica para células leucêmicas em cultura e exerceu forte ação edematogênica (10 µg/sítio causou o extravasamento de 90 ± 20 µL de plasma, n = 4) em pele de ratos, mediada em parte por receptores serotoninérgicos e a formação do óxido nítrico. A peçonha não apresentou significativa toxicidade quando testada em coração semi-isolado de barata. Em músculo liso (íleo de cobaia) a peçonha não causou contratura, mas produziu uma pequena potencialização da ação da bradicinina, e o bloqueio parcial de contrações eletroestimuladas em músculo anococígeo de ratos mediado por uma ação pré-sináptica da peçonha. Em preparação de nervo frênico-diafragma de camundongo, a peçonha (80 µg/mL) bloqueou as contrações por estímulos indiretos (95 ± 6% de bloqueio em 56 ± 28 minutos, n = 3). Uma maior potência de bloqueio foi observada em preparação de biventer cervicis de pintainho, onde 25 µg/mL causou 85 ± 4% de bloqueio de contrações indiretamente estimuladas em 52 ± 6 minutos (n = 4); a peçonha também produziu contratura estável. Além disso, as respostas contráteis desta preparação à Ach e KCl foram diminuídas de forma concentração-dependente pela peçonha. O fracionamento da peçonha resultou em dois grupos de proteínas ativas e um inativo tanto no edema quanto na atividade neuromuscular. Estes dados sugerem que ao menos duas toxinas são responsáveis pelo aumento da permeabilidade vascular local. Além disso, o fracionamento da peçonha indicou a presença de, no mínimo, duas toxinas neuromusculares com ações possivelmente de antagonismo nicotínico reversível e promoção de danos à estrutura funcional muscular, respectivamente. / Abstract: Vitalius dubius is a medium-sized, non-aggressive tarantula found in southeastern Brazil. In this work, we examined the histological organization of the venom apparatus of V. dubius and investigated some biochemical and pharmacological properties of this spider's venom. The venom apparatus consisted of two chelicerae fitted with large fangs for prey immobilization and venom injection. Each chelicera contained bundles of striated muscle involved in fang movement and also housed one venom gland that was surrounded by, but unattached to, these muscle bundles. The gland was closely associated with a helicoidally arranged muscle layer responsible for gland compression and venom extrusion through an inner fang duct that opened on the anterior face of the gland. Within the gland, an elastic basal membrane attached to muscles supported the secretory epithelium. This epithelium consisted of anastomosed cells, with peripheral nuclei and cytoplasmic elongations extending towards the gland lumen in an arrangement organized mainly by F-actin filaments. These elongations supported a complex network of vesicles and cisternae involved in venom biosynthesis. Ultrastructural analysis showed an abundance of organelles involved in protein synthesis, including smooth and rough endoplasmic reticulum, Golgi apparatus, mitochondria and lysosomes. Nuclei with evident nucleoli were seen. During venom production, the main ultrastructural changes were epithelial compactation, greater organelle abundance and alterations in nuclear shape. Venom was milked regularly by electrical stimulation. In absolute terms, females yielded more venom than males [23.1+2.3 mg (n=11) versus 12.5+0.7 mg (n=16) of venom/spider/milking], although when expressed in terms of body weight, males had slightly but significantly greater yields. Venom yield decreased with successive milkings and with spider age. SDS-PAGE showed that the venom contained few high molecular mass proteins, but a variety of small molecules (peptides). The venom was devoid of proteases but contained considerable hyaluronidase activity (estimated molecular mass: 45 kDa). ELISA showed that the venom reacted with immunoglobulins from commercial anti-arachnid antivenom raised against the venoms of Loxosceles gaucho (spider), Phoneutria nigriventer (spider) and Tityus serrulatus (scorpion). Immunoblotting showed that only venom components >30 kDa were responsible for this immunoreactivity. Vitalius dubius venom had no hemolytic activity but was cytotoxic to cultured leukemic cells (up to 300 µg/mL). The venom caused potent, dose-dependent (0.1-100 µg/site) dorsal skin edema in rats that was mediated by serotonin and nitric oxide but not by bradykinin or histamine. The edema-forming activity was not neutralized by commercial anti-arachnid antivenom. The venom (100 µg) was weakly cardiotoxic in the cockroach isolated heart and did not contract non-vascular smooth muscle (isolated guinea pig ileum and rat anoccocygeus), nor did it significantly alter the contractile responses to a variety of agonists in these preparations. However, electrically-induced muscle contractures in the anoccocygeus were attenuated by co-incubation with the venom. Reversible neuromuscular blockade was seen in indirectly stimulated chick biventer cervicis preparations (10-50 µg/mL), with a less potent action in mouse phrenic nerve-diaphragm preparations (at 80 µg/mL). Attenuation of the responses to exogenous acetylcholine (110 µM) and KCl (20 mM) in avian preparations suggested that the venom affected postsynaptic nicotinic receptors and had a direct action on muscle. Marked muscle contracture was also seen with the venom. Fractionation of the venom by reverse-phase chromatography yielded three major groups of proteins, two of which produced both edema and neuromuscular blockade while the third was inactive in these assays. These findings indicate that V. dubius venom contains at least two toxins that cause edema and/or produce neuromuscular blockade. / Doutorado / Biologia Celular / Doutor em Biologia Celular e Estrutural

Page generated in 0.4168 seconds