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Do desbravar ao cuidar : interdependências trabalho-educação no/do campo e a Amazônia Mato-GrossenseSouza, Maria Ivonete de January 2014 (has links)
A presente tese de doutorado é resultado de uma pesquisa realizada na Escola do Campo Florestam Fernandes, localizada no Projeto de Assentamento 12 de Outubro, Município de Cláudia, entrada do Bioma Amazônia mato-grossense. O trabalho de pesquisa tem como perspectiva analisar como se dá o fluxo entre as orientações do Movimento Camponês, da proposta de Educação do Campo e o Currículo desenvolvido pela Escola Estadual Florestan Fernandes, num contexto em que o bioma Amazônia Mato-grossense é devastado de forma avassaladora desde os anos 1970 quando os planos militaristas para essa região instituíram o processo colonizatório. Prioritariamente, o projeto militar, através da mercantilização dos territórios sob o álibi de integração e segurança nacional, “Ocupar para não Entregar”, interpôs o aniquilamento da floresta/biodiversidade, empreendido pela expansão do metabolismo social do capital na região. Num contexto macrocósmico, esse processo vem assolando tanto as possibilidades do Bem-Viver quanto nutrindo o modo de produção hegemônico. E por isso, concomitante ao desmatamento na região, um dos maiores do País, avançam os índices de desigualdade social. O mito do desbravamento e do progresso sedimenta-se na atualidade pelo modus operandi do agronegócio. Na vivência de lutas pelas condições vitais o sujeito histórico camponês se vê diante do grande desafio histórico de se aproximar da natureza, seu corpo inorgânico, como forma de sobreviver. Para isto, faz-se necessário romper com os ranços da Revolução Verde e o mito do desbravamento, ainda fortemente impregnados nas práticas sociais. À formação desse camponês convicto do seu trabalho interdependente à floresta/biodiversidade a Educação do Campo é convocada, prioritariamente, pelo Movimento Camponês, mas também, por todas as pessoas que, de uma forma ou de outra, entendem que a transformação social é urgente e nela perpassa, também, a construção de outra relação do gênero humano com a natureza. O aporte teórico metodológico utilizado neste trabalho funda-se no materialismo histórico e dialético como meio de contribuir, através da investigação científica, com a luta social para transformação da realidade socioambiental e educacional estudada. Para sustentação desta pesquisa estabeleceu- se um contínuo diálogo com autores de diversas teorias críticas, como: Triviños, Mészáros, Charlot, Taffarel, Ribeiro, Apple, e com os educadores-estudantes-camponeses. Essa trajetória densa e intensa de investigação conduziu-me à compreensão de que, embora os migrantes, base do campesinato local, possuam pouco conhecimento do Bioma Amazônia, e a luta pela terra-floresta não seja antagônica às lutas socioambientais, esse tema não integrou o currículo da escola estudada. O mito do desbravamento tem sido muito forte, dificultando uma práxis proximal camponês-floresta/biodiversidade, fazendo com que a floresta seja vista como selvagem e perigosa ao humano civilizado. Mesmo que o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a Educação do Campo na região tenham contribuído para uma formação omnilateral do sujeito histórico camponês, a perspectiva de se constituírem em “cuidadores da floresta” ainda é uma construção incipiente diante da hegemonia do agronegócio da soja. Faz-se necessário, então, que sejam integrados nos currículos escolares os estudos sobre a agroecologia e suas práticas a fim de que possam corroborar com a compreensão dos Sistemas Agroflorestais, uma modalidade produtiva importante para manutenção da floresta em pé. / The present thesis is the outcome of a research carried out at Escola de Campo Florestam Fernandes, located in Settlement Project 12 de Outubro, Municipality of Claudia, gateway to the Mato Grosso Amazonian Biome. The research perspective has been to analyze how the flow between the orientations of the Peasant Movement of the proposed Field Education and Curriculum developed by the State School Florestan Fernandes, in a context where the Mato Grosso Amazonian biome has been overwhelmingly devastated since the 1970s when the militaristic government policies for the region begun the colonization process. Ultimately, the military project through the commodification of territories under the alibi of integration and national security, "Occupy not surrender" brought the destruction of the forest / biodiversity undertaken by the expansion of social metabolism of capital in the region. In a macrocosm context, this process has been sweeping both the possibilities of Good Living and has been nursing the hegemonic production way. Therefore, along with deforestation in the region, one of the largest in the country comes the advance of social inequality. The myth of progress by clearing and settles has its basis on the current modus operandi of agribusiness. Rural workers have been now struggling for vital living conditions where the historical peasant subject has presently been facing the historical challenge of approaching nature, its inorganic body, as a way to survive. For such, it is necessary to break with the stuffiness of the Green Revolution and the myth of the clearing, still strongly impregnated in social practices. The formation of this peasant convinced of his work interdependently to the forest / biodiversity Field Education is convened primarily by Peasant Movement, but also for all the people who in one way or another, understand that social change is urgent and it also pervades the construction of another relationship of humanity with nature. The methodological theoretical approach in this work is based on the historical and dialectical materialism as a means to contribute, through research, to fight for social and environmental transformation of the educational reality studied. To support this research we have established a continuous dialogue with authors of various critical theories: Triviños; Meszaros; Charlot; Taffarel; Ribeiro; Apple; and students-teachers-peasants.This dense and intense trajectory of research has led me to the realization that, although migrants as base of local peasantry, have little knowledge of the Amazonian Biome, and the struggle for forest-land is not antagonistic to environmental struggles, this topic has not integrated the curriculum of the school studied. The myth of the clearing has been very strong; making it difficult to peasant-forest/biodiversity proximal praxis, leading the forest to be seen as wild and dangerous to civilized humans. Even if the Movement of Landless and the Rural Education and in the region have contributed to unilateral formation of peasant historical subject, the perspective of getting themselves established as "caretakers of the forest" is still a fledgling construction in front of the hegemony of soy agribusiness. Therefore, it has been necessary the inclusion of a school curricula on agro-ecology study and its practices so that they can corroborate to the understanding of agroforestry systems, an important modality for the maintenance of productive forest.
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Do desbravar ao cuidar : interdependências trabalho-educação no/do campo e a Amazônia Mato-GrossenseSouza, Maria Ivonete de January 2014 (has links)
A presente tese de doutorado é resultado de uma pesquisa realizada na Escola do Campo Florestam Fernandes, localizada no Projeto de Assentamento 12 de Outubro, Município de Cláudia, entrada do Bioma Amazônia mato-grossense. O trabalho de pesquisa tem como perspectiva analisar como se dá o fluxo entre as orientações do Movimento Camponês, da proposta de Educação do Campo e o Currículo desenvolvido pela Escola Estadual Florestan Fernandes, num contexto em que o bioma Amazônia Mato-grossense é devastado de forma avassaladora desde os anos 1970 quando os planos militaristas para essa região instituíram o processo colonizatório. Prioritariamente, o projeto militar, através da mercantilização dos territórios sob o álibi de integração e segurança nacional, “Ocupar para não Entregar”, interpôs o aniquilamento da floresta/biodiversidade, empreendido pela expansão do metabolismo social do capital na região. Num contexto macrocósmico, esse processo vem assolando tanto as possibilidades do Bem-Viver quanto nutrindo o modo de produção hegemônico. E por isso, concomitante ao desmatamento na região, um dos maiores do País, avançam os índices de desigualdade social. O mito do desbravamento e do progresso sedimenta-se na atualidade pelo modus operandi do agronegócio. Na vivência de lutas pelas condições vitais o sujeito histórico camponês se vê diante do grande desafio histórico de se aproximar da natureza, seu corpo inorgânico, como forma de sobreviver. Para isto, faz-se necessário romper com os ranços da Revolução Verde e o mito do desbravamento, ainda fortemente impregnados nas práticas sociais. À formação desse camponês convicto do seu trabalho interdependente à floresta/biodiversidade a Educação do Campo é convocada, prioritariamente, pelo Movimento Camponês, mas também, por todas as pessoas que, de uma forma ou de outra, entendem que a transformação social é urgente e nela perpassa, também, a construção de outra relação do gênero humano com a natureza. O aporte teórico metodológico utilizado neste trabalho funda-se no materialismo histórico e dialético como meio de contribuir, através da investigação científica, com a luta social para transformação da realidade socioambiental e educacional estudada. Para sustentação desta pesquisa estabeleceu- se um contínuo diálogo com autores de diversas teorias críticas, como: Triviños, Mészáros, Charlot, Taffarel, Ribeiro, Apple, e com os educadores-estudantes-camponeses. Essa trajetória densa e intensa de investigação conduziu-me à compreensão de que, embora os migrantes, base do campesinato local, possuam pouco conhecimento do Bioma Amazônia, e a luta pela terra-floresta não seja antagônica às lutas socioambientais, esse tema não integrou o currículo da escola estudada. O mito do desbravamento tem sido muito forte, dificultando uma práxis proximal camponês-floresta/biodiversidade, fazendo com que a floresta seja vista como selvagem e perigosa ao humano civilizado. Mesmo que o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a Educação do Campo na região tenham contribuído para uma formação omnilateral do sujeito histórico camponês, a perspectiva de se constituírem em “cuidadores da floresta” ainda é uma construção incipiente diante da hegemonia do agronegócio da soja. Faz-se necessário, então, que sejam integrados nos currículos escolares os estudos sobre a agroecologia e suas práticas a fim de que possam corroborar com a compreensão dos Sistemas Agroflorestais, uma modalidade produtiva importante para manutenção da floresta em pé. / The present thesis is the outcome of a research carried out at Escola de Campo Florestam Fernandes, located in Settlement Project 12 de Outubro, Municipality of Claudia, gateway to the Mato Grosso Amazonian Biome. The research perspective has been to analyze how the flow between the orientations of the Peasant Movement of the proposed Field Education and Curriculum developed by the State School Florestan Fernandes, in a context where the Mato Grosso Amazonian biome has been overwhelmingly devastated since the 1970s when the militaristic government policies for the region begun the colonization process. Ultimately, the military project through the commodification of territories under the alibi of integration and national security, "Occupy not surrender" brought the destruction of the forest / biodiversity undertaken by the expansion of social metabolism of capital in the region. In a macrocosm context, this process has been sweeping both the possibilities of Good Living and has been nursing the hegemonic production way. Therefore, along with deforestation in the region, one of the largest in the country comes the advance of social inequality. The myth of progress by clearing and settles has its basis on the current modus operandi of agribusiness. Rural workers have been now struggling for vital living conditions where the historical peasant subject has presently been facing the historical challenge of approaching nature, its inorganic body, as a way to survive. For such, it is necessary to break with the stuffiness of the Green Revolution and the myth of the clearing, still strongly impregnated in social practices. The formation of this peasant convinced of his work interdependently to the forest / biodiversity Field Education is convened primarily by Peasant Movement, but also for all the people who in one way or another, understand that social change is urgent and it also pervades the construction of another relationship of humanity with nature. The methodological theoretical approach in this work is based on the historical and dialectical materialism as a means to contribute, through research, to fight for social and environmental transformation of the educational reality studied. To support this research we have established a continuous dialogue with authors of various critical theories: Triviños; Meszaros; Charlot; Taffarel; Ribeiro; Apple; and students-teachers-peasants.This dense and intense trajectory of research has led me to the realization that, although migrants as base of local peasantry, have little knowledge of the Amazonian Biome, and the struggle for forest-land is not antagonistic to environmental struggles, this topic has not integrated the curriculum of the school studied. The myth of the clearing has been very strong; making it difficult to peasant-forest/biodiversity proximal praxis, leading the forest to be seen as wild and dangerous to civilized humans. Even if the Movement of Landless and the Rural Education and in the region have contributed to unilateral formation of peasant historical subject, the perspective of getting themselves established as "caretakers of the forest" is still a fledgling construction in front of the hegemony of soy agribusiness. Therefore, it has been necessary the inclusion of a school curricula on agro-ecology study and its practices so that they can corroborate to the understanding of agroforestry systems, an important modality for the maintenance of productive forest.
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Do desbravar ao cuidar : interdependências trabalho-educação no/do campo e a Amazônia Mato-GrossenseSouza, Maria Ivonete de January 2014 (has links)
A presente tese de doutorado é resultado de uma pesquisa realizada na Escola do Campo Florestam Fernandes, localizada no Projeto de Assentamento 12 de Outubro, Município de Cláudia, entrada do Bioma Amazônia mato-grossense. O trabalho de pesquisa tem como perspectiva analisar como se dá o fluxo entre as orientações do Movimento Camponês, da proposta de Educação do Campo e o Currículo desenvolvido pela Escola Estadual Florestan Fernandes, num contexto em que o bioma Amazônia Mato-grossense é devastado de forma avassaladora desde os anos 1970 quando os planos militaristas para essa região instituíram o processo colonizatório. Prioritariamente, o projeto militar, através da mercantilização dos territórios sob o álibi de integração e segurança nacional, “Ocupar para não Entregar”, interpôs o aniquilamento da floresta/biodiversidade, empreendido pela expansão do metabolismo social do capital na região. Num contexto macrocósmico, esse processo vem assolando tanto as possibilidades do Bem-Viver quanto nutrindo o modo de produção hegemônico. E por isso, concomitante ao desmatamento na região, um dos maiores do País, avançam os índices de desigualdade social. O mito do desbravamento e do progresso sedimenta-se na atualidade pelo modus operandi do agronegócio. Na vivência de lutas pelas condições vitais o sujeito histórico camponês se vê diante do grande desafio histórico de se aproximar da natureza, seu corpo inorgânico, como forma de sobreviver. Para isto, faz-se necessário romper com os ranços da Revolução Verde e o mito do desbravamento, ainda fortemente impregnados nas práticas sociais. À formação desse camponês convicto do seu trabalho interdependente à floresta/biodiversidade a Educação do Campo é convocada, prioritariamente, pelo Movimento Camponês, mas também, por todas as pessoas que, de uma forma ou de outra, entendem que a transformação social é urgente e nela perpassa, também, a construção de outra relação do gênero humano com a natureza. O aporte teórico metodológico utilizado neste trabalho funda-se no materialismo histórico e dialético como meio de contribuir, através da investigação científica, com a luta social para transformação da realidade socioambiental e educacional estudada. Para sustentação desta pesquisa estabeleceu- se um contínuo diálogo com autores de diversas teorias críticas, como: Triviños, Mészáros, Charlot, Taffarel, Ribeiro, Apple, e com os educadores-estudantes-camponeses. Essa trajetória densa e intensa de investigação conduziu-me à compreensão de que, embora os migrantes, base do campesinato local, possuam pouco conhecimento do Bioma Amazônia, e a luta pela terra-floresta não seja antagônica às lutas socioambientais, esse tema não integrou o currículo da escola estudada. O mito do desbravamento tem sido muito forte, dificultando uma práxis proximal camponês-floresta/biodiversidade, fazendo com que a floresta seja vista como selvagem e perigosa ao humano civilizado. Mesmo que o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a Educação do Campo na região tenham contribuído para uma formação omnilateral do sujeito histórico camponês, a perspectiva de se constituírem em “cuidadores da floresta” ainda é uma construção incipiente diante da hegemonia do agronegócio da soja. Faz-se necessário, então, que sejam integrados nos currículos escolares os estudos sobre a agroecologia e suas práticas a fim de que possam corroborar com a compreensão dos Sistemas Agroflorestais, uma modalidade produtiva importante para manutenção da floresta em pé. / The present thesis is the outcome of a research carried out at Escola de Campo Florestam Fernandes, located in Settlement Project 12 de Outubro, Municipality of Claudia, gateway to the Mato Grosso Amazonian Biome. The research perspective has been to analyze how the flow between the orientations of the Peasant Movement of the proposed Field Education and Curriculum developed by the State School Florestan Fernandes, in a context where the Mato Grosso Amazonian biome has been overwhelmingly devastated since the 1970s when the militaristic government policies for the region begun the colonization process. Ultimately, the military project through the commodification of territories under the alibi of integration and national security, "Occupy not surrender" brought the destruction of the forest / biodiversity undertaken by the expansion of social metabolism of capital in the region. In a macrocosm context, this process has been sweeping both the possibilities of Good Living and has been nursing the hegemonic production way. Therefore, along with deforestation in the region, one of the largest in the country comes the advance of social inequality. The myth of progress by clearing and settles has its basis on the current modus operandi of agribusiness. Rural workers have been now struggling for vital living conditions where the historical peasant subject has presently been facing the historical challenge of approaching nature, its inorganic body, as a way to survive. For such, it is necessary to break with the stuffiness of the Green Revolution and the myth of the clearing, still strongly impregnated in social practices. The formation of this peasant convinced of his work interdependently to the forest / biodiversity Field Education is convened primarily by Peasant Movement, but also for all the people who in one way or another, understand that social change is urgent and it also pervades the construction of another relationship of humanity with nature. The methodological theoretical approach in this work is based on the historical and dialectical materialism as a means to contribute, through research, to fight for social and environmental transformation of the educational reality studied. To support this research we have established a continuous dialogue with authors of various critical theories: Triviños; Meszaros; Charlot; Taffarel; Ribeiro; Apple; and students-teachers-peasants.This dense and intense trajectory of research has led me to the realization that, although migrants as base of local peasantry, have little knowledge of the Amazonian Biome, and the struggle for forest-land is not antagonistic to environmental struggles, this topic has not integrated the curriculum of the school studied. The myth of the clearing has been very strong; making it difficult to peasant-forest/biodiversity proximal praxis, leading the forest to be seen as wild and dangerous to civilized humans. Even if the Movement of Landless and the Rural Education and in the region have contributed to unilateral formation of peasant historical subject, the perspective of getting themselves established as "caretakers of the forest" is still a fledgling construction in front of the hegemony of soy agribusiness. Therefore, it has been necessary the inclusion of a school curricula on agro-ecology study and its practices so that they can corroborate to the understanding of agroforestry systems, an important modality for the maintenance of productive forest.
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AS MUDAS ROMPERAM O SILÊNCIO DISCURSO ECOLÓGICO E MOVIMENTO CAMPESINORodrigues, Cristina Zanella 05 May 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-05-05 / The significant changes in relations involving humans and the environment have shaken the
world and made society think about the way it is interacting with nature. The concept that
Earth's resources are inexhaustible and can progress indefinitely into the future no longer
maintained. A discourse of resistance that seeks to expose the need for a paradigm shift,
including the transformation of the way we interact with nature, arises in the world. Since
then, the environmental issue has become a major subject when discussing the future of
humanity. An event that is related to this issue brought to light important questions. This is
the action of about a thousand and five hundred women from Via Campesina who took the
Horto Florestal of Aracruz Celulose on March 8, 2006, in Barra do Ribeiro, Rio Grande do
Sul. On this occasion, women destroyed the eucalyptus seedlings and damaged the laboratory
maintained by the company. This event was widely publicized by the media, debated by the
social movements, discussed by political representatives and society, initiating new discursive
processes within the ecological discourse. The object of this work consists of texts published
by the parties involved - women of Via Campesina and Aracruz Celulose - through which the
interdiscourse elements are analyzed. Considering there are meanings in constant movement
from positions in various discursive formations that may re-signify in relation to the
ecological discourse / As mudanças significativas nas relações envolvendo seres humanos e meio ambiente têm
abalado o mundo e feito a sociedade refletir acerca da maneira como vem interagindo com a
natureza. A concepção segundo a qual os recursos da Terra são inesgotáveis e podem
progredir indefinidamente em direção ao futuro não mais se sustenta. Um discurso de
resistência que procura denunciar a necessidade de mudança de paradigma, incluindo a
transformação na maneira como interagimos com a natureza surge no cenário mundial. Desde
então, a questão ecológica vem se tornando um dos principais assuntos, quando se discute o
futuro da humanidade. Um acontecimento que está relacionado com essa questão trouxe à
tona questionamentos importantes. Trata-se da ação de cerca de mil e quinhentas mulheres da
Via Campesina que se desenrolou em 8 de março de 2006, no Horto Florestal da empresa
Aracruz Celulose, em Barra do Ribeiro no Rio Grande do Sul. Na ocasião, as mulheres
procuraram dar cabo das mudas de eucalipto e danificaram o laboratório mantido pela
empresa. Tal acontecimento foi amplamente divulgado na mídia, debatido pelos movimentos
sociais, discutido por representantes políticos e pela sociedade, dando início a novos
processos discursivos no âmbito do discurso ecológico. O objeto deste trabalho é composto
por textos divulgados pelas partes envolvidas Mulheres da Via Campesina e Aracruz
Celulose através dos quais analisam-se elementos do interdiscurso que aí irrompem e
observam-se os movimentos de sentido a partir de posições em formações discursivas
diferentes que podem re-significar (se) na relação com o discurso ecológico
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« Nous on se sauve nous-mêmes… ». Sécularisation et identité paysanne en France de 1940 à nos jours : le cas de l’agriculture paysanne / « We are our own saviors… ». Secularization and peasant identity in France, from 1940 until today : the case of peasant farmingGervais, Mathieu 04 November 2015 (has links)
Quelle place occupe la religion dans l'engagement des agriculteurs-paysans français, soucieux de la nature ? Pour répondre à cette question, nous déployons une approche sociologique historicisée de la construction d'une identité paysanne militante depuis la fin des années 1940. À partir de la philosophie de Jacques Maritain, une pensée nouvelle de la modernité infuse le mouvement paysan via l'Action catholique. Contre le traditionalisme s'élabore une personnalisation de l’engagement chrétien et paysan, moteur de la modernisation des campagnes dans une mise à distance d'un ordre naturel, politique et social lié au catholicisme. Plus tard, sous l’influence majeure d’un marxisme diffusé et retravaillé par des traducteurs chrétiens, une partie des agriculteurs progressistes radicalise ses analyses politiques et se rapproche de nouvelles luttes et de nouveaux acteurs sociaux tels que l’écologie. Dans ce rapprochement, les institutions religieuses et le discours qu’elles entretiennent sur la nature se trouvent mis à distance. Toutefois, les conceptions politiques, sociales et économiques embrassées – conceptualisées dans l’agriculture-paysanne – conservent la trace d’un héritage religieux de plus en plus éthicisé. Cette éthique prend comme objet central le respect de la vie, et légitime des pratiques agricoles alternatives selon le primat du spirituel contre l'anomie moderne. Autour de ce thème se fédèrent des profils variés, enfants d'agriculteurs et néoruraux, catholiques, agnostiques et adeptes de spiritualités diverses. / What part does religion play in the practices of farmers concerned about the environment? To answer this question, we shall employ a sociological yet historical approach to the building of an activist peasant identity since the end of the 1940s. At the time, based on the philosophical perspective developed by Jacques Maritain, a new understanding of modernity influenced the peasant movement via the Catholic Action. In reaction to traditionalism, this approach soon gave way to a more personal and individual conception of peasant and Christian activism, providing a new impetus for the modernisation of rural areas while marginalizing the natural, political and social order inherited from Catholicism. Later, under the significant influence of a revised version of Marxism spread by Christian translators, some progressive farmers radicalised their political analyses and showed a growing interest in new battles and new social operators such as ecology. As a consequence, this new interest edged out religious institutions and their positions about nature. Yet, today, the intertwined political, social and economic conceptions–conceptualised all together in peasant-farming–still retain the mark of a religious heritage in an increasingly ethical way. This ethical stance considers the right to life a core value, and finds legitimacy in alternative farming approaches on the basis of the prevalence of spirituality over modern anomie. This topic brings together people from various horizons, such as farmers’ children, neo-rural individuals, Catholics, agnostics and spiritually diverse people.
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A Liga dos Camponeses Pobres (LCP) e a luta pela terra no nordeste : contribuição ao estudo sobre o movimento camponês no BrasilSilva, David Pimentel Oliveira 24 July 2014 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The expansion of the capitalist model and its relations in the countryside not only created an enriched and organized landlord class but also created a dispossessed peasantry that began to fight for their reproduction, rooted in the struggle for possession of land. This has materialized, in the contradictory and conflicting movement of class struggle, the territorial dispute between a historic agrarian ruling class, serving the globalized capital and a mass of poor proletarianized and / or landless peasants who raised the banner of struggle for land and for Agrarian Reform throughout Brazil. Out of this context, a process of formation and disintegration of peasants social movements such as the formation of the MST and its dissents is born, in the more recent history of the country. Inserted in this historical context of fragmentation, divergence and dissidence, A Liga dos Camponeses Pobres (LCP) is a social movement that emerged right after the conflict of Santa Elina farm in 1995, which became known as the "Massacre of Corumbiara", and caused us to yearn for the scientific research when we knew their combative proposal. In this perspective, this study aimed to delve into analyzes of the struggle for land in the current situation, with reference to the actions undertaken by the Liga dos Camponeses Pobres in the struggle for land in northeastern territories. Thus, through the study of the processes of formation and of spatialization of the LCP, it was possible to analyze their forms of organization for struggle, the territorial transformations built over the consolidation of the disputed territories and the major clashes on issues involving the struggle for land in the current situation. The historical dialectical materialist method allowed us to obtain the essence of the reality studied within the subject-object relationship, as well as the work with the theoretical clarity of class antagonisms. Through this method, it was possible to make a theoretical and methodological return to the geographical science, giving a contribution to the debate surrounding the concepts of Space, Territory and Peasant Movement. / A expansão do modelo capitalista e de suas relações no campo não criou apenas uma classe latifundiária enriquecida e organizada, gerou também uma classe camponesa expropriada que passou a lutar por sua reprodução alicerçada na luta pela posse da terra. Materializou-se, no movimento contraditório e conflitivo de luta de classes, a disputa territorial entre uma histórica classe dominante agrária a serviço do capital mundializado e uma massa de camponeses pobres proletarizados e/ou sem terra que ergueu a bandeira da luta pela terra e pela Reforma Agrária em todo o Brasil. Desse contexto, nasce, na história mais recente do país, um processo de formação e fragmentação de movimentos sociais camponeses, como por exemplo, a formação do MST e de suas dissidências. Inserida neste quadro histórico de fragmentação, divergências e dissidências, a Liga dos Camponeses Pobres (LCP) é um movimento social que surgiu logo após o conflito da fazenda Santa Elina em 1995, episódio que ficou conhecido como Massacre de Corumbiara , e nos provocou o anseio pela investigação científica ao conhecermos a sua proposta combativa. Nesta perspectiva, o presente trabalho teve o objetivo de se aprofundar em análises sobre a luta pela terra na conjuntura atual, tomando como referência as ações empreendidas pela Liga dos Camponeses Pobres na luta pela terra em territórios nordestinos. Desta forma, através do estudo dos processos de formação e de espacialização da LCP, foi possível analisar as suas formas de organização de luta, as transformações territoriais construídas ao longo da consolidação dos territórios disputados e os principais embates acerca das questões que envolvem a luta pela terra na conjuntura atual. Para tanto, o método materialista histórico dialético nos permitiu obter a essência da realidade estudada dentro da relação sujeito-objeto, assim como o trabalho com a clareza teórica dos antagonismos de classes. Através deste método, também foi possível fazer um retorno teórico-metodológico à ciência geográfica, dando uma contribuição ao debate que envolve os conceitos de Espaço, Território e Movimento Camponês.
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O processo de transnacionalização dos movimentos socioterritoriais: estudo das transterritorialidades da Via Campesina sobre as proposições de agroecologia e Soberania Alimentar no Confronto Político / The Process of Transnationalization of Socio-Territorial Movements: A Study on the Transterritorialities of Via Campesina Proposals of Agroecology and Food Sovereignty in Contentious Politics / El proceso de transnacionalización de los movimientos socioterritoriales: estudio de las transterritorialidades de Vía Campesina sobre las propuestas de agroecología y Soberanía Alimentaria en el Contentious PoliticsFernández, Carlos Maximiliano Macías 01 March 2018 (has links)
Submitted by Carlos Maximiliano Macias Fernandez (carlosusass@hotmail.com) on 2018-11-14T16:31:43Z
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Previous issue date: 2018-03-01 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / La Géographie profit d'une position privilégiée pour contribuer à une définition sans ambiguïté du sens théorique de la transnationalisation des mouvements sociaux, sous la condition de partir de la théorisation d'un objet qui lui est propre : le mouvement socio-territorial. Le processus par lequel un même mouvement se territorialise à l'intérieur des frontières de plusieurs Étatsnations constitue son caractère transnational. L’avantage de la géographie se trouve dans la capacité de cette discipline de présenter ce processus de manière claire, permettant à délimiter le sens donné au transnational, une notion qui est rarement définie. Les Instituts agroécologiques latino-américains (IALAs) de Via Campesina sont un excellent exemple. Les IALAs sont des espaces consacrés à la formation dans une nouvelle territorialité pour les futures générations de cadres dirigeants qui dorénavant pensent en termes continentaux et pas nationaux. En conséquence, les IALAs montrent les particularités d'une dimension spécifiquement transnationale face à la simple coordination internationale des organisations nationales. Cette procédure peut être reconstruite comme un processus par lequel une transterritorialité est produite sur un territoire immatériel transnational, et depuis elle se manifeste et produit des effets sur autres échelles. Le résultat est une intentionnalité en mouvement comme agence d'une communauté d'individus au-delà des leurs identités nationales. / A Geografia aproveita de uma posição privilegiada para contribuir a uma definição inequívoca da transnacionalização dos movimentos sociais, com a condiçao de teorizar sobre um objeto específico da Geografia: o movimento socioterritorial. O processo pelo qual um mesmo movimento se territorializa no interior das fronteiras de mais de um Estado-nação equivale a constatar sua natureza transnacional. A vantagem da Geografia está em sua capacidade para expor este processo de uma forma inequívoca, ajudando a delimitar o sentido dado ao transnacional, noção raramente definida. Os Institutos Agro-ecológicos Latino-americanos (IALAs) de Vía Campesina constituem um ótimo exemplo, dedicados à formação de uma nova territorialidade para as próximas gerações de dirigentes que pensam em termos continentais e não em chave nacional. Por isso, os IALAs mostram o peculiar de uma dimensão transnacional frente à simples coordenação internacional de organizações nacionais. Esse acontecer é reconstruível como um processo teórico pelo qual uma transterritorialidade é produzida em um território imaterial transnacional e se manifesta e produz efeitos em outras escalas. O resultado é uma intencionalidade em movimento como agir de uma comunidade de indivíduos além das identidades nacionais. / Geography as a discipline benefits from a privileged position to contribute to an unambiguous definition of the process of transnationalization of social movements, since this theoretic effort is accomplished on an object specifically geographical: the socioterritorial movement. The transnational character consists in the territorialization of a single movement within the borders of more than one Nation-state. The advantage of Geography lies in its ability to expose this process in an unequivocal way, being able to stablish the meaning given to the transnational, a notion that has been defined rarely. The Latin American Agro-ecological Institutes (IALAs) of Vía Campesina are an excellent example. IALAs are devoted to produce the new territoriality for the next generations of peasant leaders to think in continental scope, overflowing the limits of the national frame. Therefore, the IALAs show the pecualiarity of a transnational dimension when compared to the simple international coordination of national organizations. This phenomenon can be reconstructed as a theoretical process by which a trans-territoriality is produced in a transnational immaterial territory and manifests and produces effects on other scales. The result is an intentionality in movement as an agency of a community of individuals beyond national identities. / La Geografía disfruta de una posición privilegiada para contribuir a una definición inequívoca de la transnacionalización de los movimientos sociales, siempre que parta de la teorización de un objeto que le es propio: el movimiento socioterritorial. El proceso por el que un mismo movimiento se territorializa al interior de las fronteras de más de un Estado-nación equivale a constatar su naturaleza transnacional. La ventaja de la Geografía está en su capacidad para exponer este proceso de una forma inequívoca, ayudando a delimitar el sentido dado a lo transnacional, noción raramente definida. Los Institutos Agro-ecológicos Latino-americanos (IALAs) de Vía Campesina constituyem un excelente ejemplo, dedicados a la formación de una nueva territorialidad para las próximas generaciones de dirigentes que piensan en términos contintentantes e no en clave nacional. Por eso, los IALAs muestran lo pecualiar de una dimensión transnacional frente a la simple coordinación internacional de organizaciones nacionales. Ese proceder es reconstruible como un proceso teóricopor el cual una transterritorialidad es producida en un territorio inmaterial transnacional y se manifiesta y produce efectos en otras escalas. El resultado es una intencionalidad en movimiento como agencia de una comunidad de individuos más allá de las identidades nacionales. / 2014/25134-2
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Význam a vliv rolnického hnutí Tonghak a jeho interpretace v korejských výukových materiálech / Significance and influence of Tonghak peasant movement and its interpretations in Korean educational materialsŠamánková, Karolína January 2018 (has links)
This master's thesis deals with the interpretations of influence and significance of the Tonghak Peasant Movement in Korean educative materials of 20th and 21st century. The first part of this thesis notes the social-political influence on the development of modern education from late 19th century until nowadays education in Republic of Korea and Democratic People's Republic of Korea, focusing on high school history education. The second part of the thesis quantitatively and qualitatively analyses the South and North Korean high school textbooks on the topic of the Tonghak Peasant Movement. In the last part the thesis attempts to define social and political influence on the education through the analyzed textbooks and attempts to define the cause of changes in the view on the topic - from the Tonghak rebellion, through Tonghak revolution, to Tonghak Peasant Movement.
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