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Fatores associados ao peso de nascimento insuficiente, Hospital Regional de Cotia, 2009 / Factors associated with insufficient birth weight, Hospital Regional Cotia, 2009Costa, Roberta da Silva 09 February 2011 (has links)
Poucos estudos têm sido focados no grupo de recém-nascidos com peso insuficiente ao nascer (RNPI). Estes, apesar de terem um risco de morbimortalidade menor que os de baixo peso, apresentam elevada incidência no Brasil, 3 a 4 vezes maior do que o baixo peso, perfazendo cerca de 1/4 do total de nascidos vivos motivo pelo qual é importante se analisar os fatores de risco para esta condição. Realizou-se um estudo para verificar a incidência de RNPI no universo de nascimentos de uma maternidade pública de Cotia (SP) e a proporção destes que eram pequenos para a idade gestacional (PIG), acoplado a um estudo tipo caso-controle para identificar fatores de risco associados aos RNPI. A coleta de dados foi prospectiva com instrumentos padronizados e feita exclusivamente pela pesquisadora. Os dados foram coletados imediatamente após cada nascimento a partir dos registros hospitalares e de entrevistas com as mães. O estudo foi caso controle no qual o número total de 113 RNPI e um grupo controle de 112 RNPA. Entre os fatores de risco analisados (socioeconômicos, demográficos, maternos, gestacionais, de pré-natal e de nascimento), após uma fase de análise univariada por tabelas de contingência, comparação de médias e de medianas, bem como a realização de correlações, foram selecionadas as variáveis que tinham apresentado associação estatisticamente significante com os RNPI, que tivessem apresentado um valor máximo de p ao redor de 20por cento e excepcionalmente outras variáveis que apesar do resultado apresentassem boa plausibilidade (biológica ou epidemiológica) para inclusão num modelo de análise de regressão logística de múltiplas variáveis. A incidência observada de RNPI foi de 25,7por cento dos nascimentos, com uma proporção de 3,5por cento de PIG. Das 24 variáveis analisadas de maneira univariada, 6 permaneceram para serem incluídas na análise multivariada: a idade gestacional, número de consultas de pré-natal realizadas, presença de intercorrências no decorrer da gravidez e peso de nascimento do filho anterior, que haviam apresentado associação significante (p<0,05), e a presença ou ausência de filho anterior e o mês de início do pré-natal que, embora não significantes, haviam preenchido os critérios pré-estabelecidos para inclusão no modelo. Ao final da análise se mostram associadas aos RNPI apenas 2 variáveis: mês de início de pré-natal (OR: 1,114; p: 0,041) e o número de consultas (OR: 0,942; p:0,042). Como conclusão, o início precoce e um número mais elevado de consultas no pré-natal podem ser considerados como fatores de proteção para o risco de um peso de nascimento insuficiente / Few studies have been focused in insufficient birth weight (IBW).This group has a risk of morbimortality less than those of low birth weight (LBW), these have an elevated incidence in Brazil, 3 to 4 times bigger than the LBW, completing around 1/4 of the total of singletons born, it is important to analyses the risk factor for this condition. It carried out a study to check the incidence of IBW in the universe of singletons born in a public motherhood of Cotia (SP) and the proportion of this which they were small-for-gestational age (SGA) and a case-control study to identify the factors are associated to the IBW. The data was prospective with standardized instruments and done exclusively by the investigator. The data were collected immediately after each birth from the registers and interviews with the mothers. The study was compost from the total of the 113 IBW and a control´s group 112. The analyses of the risk factors are social and economic conditions, demographic condition, motherly, prenatal care and gestational. After the univariate analysis, there were selected the variables that had significant statistically association with the IWB, which had presented p around 20 per cent and exceptionally other were presenting good plausibility (biological or epidemiological) for inclusion in the multiple variables analysis. The incidence was 25,7 per cent IWB, with a proportion of 3,5 per cent for SGA. The 24 variables was analyses in the univariate analyses, 6 remained to be included in the multiple variables analysis: the gestational age, number of prenatal care consultations, intercurrences in the course of the pregnancy and the birth weight of the previous son, which had significant association (p<0,05), and the presence or absence of previous son and the month of beginning the prenatal care, though not significant, but they had filled out the criteria established-daily for inclusion in the multiple variables analysis. To the end of the analysis they are shown that 2 variables were associated to IWB: month of beginning the prenatal care (OR: 1,114; p: 0,041) and the number of prenatal care consultations (OR: 0,942; p: 0,042). As conclusion, the precocious beginning and a more elevated number of prenatal care consultations can be considered as protection factors for the risk of the IWB
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Indicadores comportamentais e de depressão infantil de uma coorte de escolares estratificada pelo peso ao nascer / Behavioral and child depression indicators of a school-age children cohort stratified by birth weightRodrigues, Claudia Mazzer 15 March 2013 (has links)
O baixo peso ao nascer tem sido reconhecido como uma condição adversa ao desenvolvimento infantil, podendo, sob a perspectiva da psicopatologia do desenvolvimento, ser considerado uma condição de risco biológico. O impacto negativo para os desfechos comportamentais em escolares tem sido amplamente estudado, contudo os achados são escassos quando da avaliação da depressão infantil. Propôs-se um estudo prospectivo de coorte, com o objetivo geral de comparar e correlacionar os indicadores comportamentais e de depressão infantil de uma coorte de crianças em idade escolar, estratificada em cinco grupos de peso ao nascer, segundo os valores de referência da Organização Mundial da Saúde (OMS), a saber: muito baixo peso ao nascer (MBP), baixo peso ao nascer (BP), peso insuficiente ao nascer (PI), peso normal ao nascer (PN) e muito alto peso ao nascer (MAP). Foram avaliadas 665 crianças, aos 10-11 anos de idade, de ambos os sexos, nascidas em Ribeirão Preto-SP. Procedeu-se à avaliação dos indicadores comportamentais, por meio do Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ) respondido pelos pais e à avaliação dos indicadores de depressão, por meio do Inventário de Depressão Infantil (CDI) respondido pelas próprias crianças. Para o levantamento das condições clínicas das crianças e das características sociodemográficas das famílias, foram utilizadas informações de um Questionário Complementar. Os dados foram codificados de acordo com as proposições dos instrumentos e analisados por procedimentos de estatística não-paramétrica (p0,05). Em relação aos indicadores comportamentais, o grupo MBP apresentou escores mais elevados referentes à hiperatividade em comparação a todos os outros grupos, e aos problemas de relacionamento com colegas em comparação ao grupo MAP. Quanto aos indicadores de depressão infantil, o grupo MBP apresentou escores mais elevados de indicadores de depressão quando comparado aos demais grupos. No que se refere à associação dos indicadores comportamentais, relatados pelos pais, aos indicadores de depressão infantil, relatados pelas crianças, verificou-se, para todos os grupos, exceto para o MBP, que as crianças que apresentaram escores mais elevados de depressão infantil na sua autoavaliação, obtiveram também escores de dificuldades comportamentais gerais mais elevados na percepção dos pais. Considerou-se que a sintomatologia depressiva relatada pelas crianças foi identificada pelos pais como a presença de dificuldades comportamentais com manifestações diversas. Observou-se, para todos os grupos, que as variáveis sociodemográficas relativas à menor qualificação da ocupação do pai/chefe da família, à menor escolaridade dos pais e à inclusão em classes econômicas menos favorecidas foram as que apresentaram maior número de associações à presença de problemas comportamentais. O mesmo não foi observado para a depressão. Constatou-se uma maior vulnerabilidade das crianças expostas ao fator de risco biológico relativo ao muito baixo peso ao nascer para as dificuldades comportamentais, especialmente a hiperatividade, e para a depressão infantil. Destaca-se a importância da avaliação dos indicadores de problemas infantis por diferentes informantes visando resultados mais consistentes. A identificação precoce de dificuldades comportamentais e de indicadores de depressão associados ao peso ao nascer pode contribuir para o planejamento de programas de prevenção e intervenção para a promoção da saúde mental infantil. / Low birth weight has been recognized as an adverse condition to child development and may be considered as a biological risk condition, from the perspective of developmental psychopathology. The impact of this risk factor for behavioral outcomes in school-age children has been widely studied, however the findings about the assessment of children depression are still scarce. In this context, a prospective cohort study was proposed, with the general aim to compare and correlate behavioral and depression indicators in a cohort of school-age children, stratified into five groups of birth weight, according to the reference values of the World Health Organization (WHO), namely: very low birth weight (VLBW), low birth weight (LBW), insufficient birth weight (IBW), normal birth weight (NBW) and high birth weight (HBW). For this purpose, 665 children were evaluated, between the ages of 10-11 years old, of both sexes, from Ribeirão Preto, state of São Paulo, Brazil. Proceeded thus to the assessment of behavioral indicators, using the Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ) completed by parents, and the assessment of depression indicators, using the Childrens Depression Inventory (CDI) answered by children. Aiming to survey the childrens clinical conditions and the families sociodemographic characteristics, information from a supplementary questionnaire were used. Data were coded according to the instruments propositions and analyzed by non-parametric statistics (p0,05). In relation to behavioral indicators, the VLBW group had higher scores regarding hyperactivity compared to all other groups, and peer relationship problem compared to HBW group. For indicators of child depression, the VLBW group showed higher scores for child depression when compared to other groups. Regarding the association of behavioral indicators, reported by parents, to child depression indicators, reported by children, it was verified, in all groups, except in the VLBW, that children who had higher scores of depression indicators in self-assessment, also obtained higher scores to general behavioral difficulties in parents perception. It was considered that the depressive symptoms reported by children were identified by parents as the presence of behavioral difficulties with diverse manifestations. It was also observed, in all groups, that the sociodemographic variables related to less qualified occupation of father or householder, lower parental education and belong to disadvantaged economic classes showed the greatest number of associations to the presence of behavioral problems. The same was not observed for child depression. Therefore, it was noticed that there was a greater vulnerability in children exposed to the biological risk factor related to very low birth weight for behavioral difficulties, especially hyperactivity, and child depression. It is important to highlight the value of assessing indicators of child problems by different informants, with the goal to find results more consistent. Early identification of behavioral difficulties and depression indicators associated with birth weight may contribute for planning prevention and intervention programs, in order to promote childrens mental health.
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Riscos biológicos e aspectos cognitivos, comportamentais e emocionais de uma coorte de escolares / Biological risks and cognitive, behavioral and emotional outcomes of a cohort of school-age childrenSaur, Adriana Martins 26 June 2012 (has links)
Sob a perspectiva teórica da psicopatologia do desenvolvimento, a presença de riscos biológicos no desenvolvimento de uma criança, tais como o baixo peso ao nascer e a prematuridade podem maximizar condições de vulnerabilidade e, a longo prazo, influenciar sua adaptação. Ao analisar a literatura observou-se variedade de resultados quanto aos desfechos cognitivos, comportamentais e emocionais associados a tais adversidades. Neste contexto, propôs-se um estudo prospectivo de coorte, com três objetivos gerais: 1) verificar a possível associação entre aspectos cognitivos, comportamentais e emocionais de uma coorte de crianças em idade escolar, avaliadas aos 10-11 anos de idade, estratificada por três critérios: peso ao nascer (muito baixo peso MBP, baixo peso BP, peso insuficiente PI, peso normal PN e muito alto peso MAP; idade gestacional (prematuros e a termo) e tamanho ao nascer (pequenos para a idade gestacional PIG e adequados para a idade gestacional AIG); 2) identificar as variáveis preditoras para os desfechos cognitivo, comportamental e emocional da referida coorte, baseado em variáveis biológicas, clínicas e socioeconômicas e; 3) estabelecer as taxas de problemas comportamentais da coorte estudada, independente do critério adotado. Procedeu-se a avaliação de 677 crianças, aos 10-11 anos de idade, de ambos os sexos, procedentes de uma coorte de Ribeirão Preto (SP). Para a avaliação cognitiva utilizaram-se os Testes de Raven e o Desenho da Figura Humana (DFH); para a avaliação comportamental e emocional, os pais responderam ao Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ), além de um questionário complementar. Os dados foram analisados de maneira descritiva, comparativa e preditiva, por estatística não-paramétrica (p0,05). Os resultados indicaram que o peso ao nascer não se mostrou associado ao desfecho cognitivo e nem ao desfecho comportamental, com exceção da escala de hiperatividade, onde o MBP apresentou mais indicadores de problemas em comparação aos outros grupos de peso. No desfecho emocional, o grupo BP mostrou mais problemas emocionais que MBP e PN. A idade gestacional não se mostrou associada a nenhum desfecho investigado e o tamanho ao nascer se associou aos três desfechos examinados, tendo as crianças nascidas PIG apresentado mais comprometimentos cognitivos, comportamentais e emocionais em comparação às crianças nascidas AIG. Nas análises de predição, verificou-se que: a escolaridade materna e a classificação econômica foram preditoras para os três desfechos; a condição de nascimento PIG favoreceu o aumento de problemas emocionais e os meninos apresentaram mais riscos para problemas comportamentais. As taxas de identificação de problemas comportamentais foram altas, 38,2% para problemas gerais e 53,9% para sintomas emocionais. Conclui-se que o critério do tamanho ao nascer se mostrou mais específico em detectar diferenças nos desfechos avaliados de crianças em idade escolar. Destacam-se como contribuições do estudo a identificação de variáveis preditoras e as comparações incluindo fatores de risco biológicos e socioeconômicos em uma mesma coorte, estratificada por três critérios, as quais poderão subsidiar a elaboração de programas de prevenção. / Under the theoretical viewpoint of developmental psychopathology, the existence of biological risks in the development of children, such as low birth weight and prematurity, may maximize conditions of vulnerability and, in long term, bias their adaptation. In reviewing the literature it is noticed the wide range of results concerning cognitive, behavioral, and emotional outcomes associated with these hindrances. In this context, it was proposed a prospective cohort study, with three general objectives: 1) verify the possible association between cognitive, behavioral, and emotional outcomes of a cohort of school-age children, assessed at 10-11 years of age, stratified by three criteria: 1) birth weight (very low birth weight - VLBW, low birth weight - LBW, insufficient birth weight - IBW, normal birth weight NBW, and high birth weight HBW; gestational age (preterm and at term); and size at birth (small for gestational age SGA and appropriate for gestational age AGA); 2) identify the predictors for the cognitive, behavioral, and emotional outcomes, based on biological, clinical and socioeconomic variables; and 3) establish the rates of behavioral problems in the studied cohort, regardless of the criterion that was adopted. For this purpose, we evaluated 677 children, 10-11 years old, of both sexes, from a cohort of Ribeirão Preto, State of São Paulo, Brazil. For the cognitive evaluation were utilized the Raven tests and the Human Figure Drawing (HFD); for behavioral and emotional assessment, parents answered the Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ), and a supplementary questionnaire. Data were analyzed under descriptive, comparative, and predictive approaches, by using non-parametric statistics (p 0.05). Results indicated that birth weight was not associated with cognitive and behavioral outcomes, except for the hyperactivity scale, in which the VLBW had more indicators of difficulties in comparison to other weight groups. Concerning the emotional outcome the LBW group showed more emotional problems than VLBW and NBW groups. Gestational age was not associated with any of the investigated outcomes and size at birth was associated with the three outcomes examined, with children born SGA displaying more cognitive, behavioral, and emotional problems when compared to children born AGA. In the analysis of prediction, it was found that: maternal education and socioeconomic status were predictive for the three outcomes, the SGA status favored an increase in emotional problems, and boys had greater risks of behavioral problems. The rates of identification of behavioral problems were high, 38.2% for general problems and 53.9% for emotional symptoms. It is concluded that the criterion of size at birth was more accurate for detecting differences in the analyzed outcomes of school-age children. Among the contributions of this study, it is highlighted the identification of predictive variables and comparisons including factors of biological and socioeconomic risk across a single cohort, stratified by three criteria, which may support the development of prevention programs.
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Associação entre o baixo peso ao nascer e a depressão na gestação: impacto para o SUSMenezes, Letícia Oliveira de 14 February 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-03-22T17:26:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2011-02-14 / Low birth weight - LBW, an important factor in determining morbidity/mortality and sequels on
child development has an impact on costs to health systems. It is important
to study factors that influence it, as maternal health in prenatal period, estimated cost to the Health
System - SUS, by frequency of hospitalization. The study was nested in
a prospective cohort of women who received prenatal care registered and delivery by SUS
hospitals with intensivecare unit and intermediate in Pelotas, RS. Result that mothers with
depressive episodes during pregnancy, had RO = 3.94 and IC = 1.49; 10.36 in multivariate
analysis. After calculating the attributable fraction in population, it was obtained 36.17% of LBW
babies of mothers with depressive episode and costs resulting from those estimated in Brazil
of more than 76 million (reais), suggesting expansion of preventive and curative
actions to pregnant women in the area of mental health, enabling better health outcome of
infants and more appropriate use of SUS resources / O baixo peso ao nascer BPN está diretamente relacionado à morbimortalidade e seqüelas no
desenvolvimento infantil, tendo impacto nos custos dos sistemas de saúde. É importante avaliar
fatores que o influenciam, como a saúde no período pré-natal, estimando seu impacto no Sistema
Único de Saúde SUS, por internações. Este é um estudo prospectivo aninhado a uma coorte de
gestantes que realizaram pré-natal e parto exclusivamente pelo SUS nos hospitais com Unidade de
Tratamento Intensivo e Cuidados Intermediários Neonatais da cidade de Pelotas/RS no ano de
2008. As gestantes foram avaliadas no 2º trimestre e seguidas no pós-parto imediato. Entre os
resultados, concluiu-se que mães com episódios de depressão gestacional apresentam quase 4
vezes mais chances de ter um filho com BPN (RP = 3,94; IC 1,49 a 10,36). A partir do cálculo da
Fração Atribuível na População, estima-se que, na população geral, 36,17% dos bebês com BPN
foram de mães que tiveram episódio depressivo nesta direção, avalia-se um custo que pode
chegar a mais de R$ 76 milhões no Brasil. Sugere-se que a ampliação de ações preventivas e
curativas para as gestantes na área da saúde mental possibilita melhor desfecho de saúde dos
recém-nascidos e mais adequada utilização de recursos do SUS
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Associação entre o peso ao nascer, o estado nutricional e o crescimento transversal do maxilar: implicações para a saúde materna e infantil / Association between birthweight, nutritional status and transverse growth of the maxillary bone: implications for the maternal and chid healthLaura Jackeline García Rincón 15 December 2017 (has links)
O crescimento é um processo dinâmico que muda ao longo da vida. O crescimento ósseo é um evento multicausal no qual, além dos fatores biológicos, intervêm outras características como as relacionadas ao nível socioeconômico, à raça, ao período perinatal, aos hábitos, entre outros. Este estudo objetivou identificar fatores associados ao crescimento transversal do osso maxilar representado pela medida da distância intermolar superior. Foi realizado um estudo seccional aninhado numa coorte, com uma amostra de 158 crianças entre 7 e 9 anos de idade das escolas urbanas de Acrelândia, município da Amazônia Ocidental Brasileira. A variável dependente foi a distância intermolar superior, medida entre as fossas centrais dos primeiros molares superiores permanentes. A partir da idade da introdução da mamadeira foi desenvolvida uma escala assumindo valores de 1 a 10. O sexo, o peso ao nascer, o padrão de uso da mamadeira e o escore Z do índice de massa corporal (IMC) para a idade foram consideradas como variáveis independentes, sendo analisadas por meio de modelo de equações estruturais (MEE). Foram encontrados efeitos diretos positivos significativos do sexo (CP=0,203; p=0,007), peso ao nascer (CP=0,155; p=0,046) e escore Z do IMC para a idade (CP=0,165; p=0,030) sobre o crescimento transversal do maxilar. Os efeitos indiretos (CP=0,058; p=0,029) e o efeito total (CP=0,262; p=0,000) do sexo sobre o desfecho mostraram significância estatística. Os efeitos indiretos do peso ao nascer sobre o desfecho não foram significativos (CP=0,018; p=0,508), porém, o efeito total foi significativo (CP=0,174; p=0,023). Em conclusão, o sexo, o peso ao nascer, a idade de introdução da mamadeira e o escore Z do IMC para a idade associam-se ao crescimento transversal do osso maxilar. Além de contribuir para um adequado peso ao nascer da criança, políticas e programas que favoreçam o cuidado pré natal e condições para garantir um parto a termo podem repercutir positivamente no crescimento transversal do maxilar. Do ponto de vista da Vigilância em Saúde, crianças com peso ao nascer diminuído, padrão inadequado de aleitamento materno e déficit nutricional para a idade podem apresentar maior probabilidade de desenvolver atrofia dos maxilares podendo, conforme a gravidade, redundar numa oclusopatia com importante impacto na qualidade de vida / Growth is a dynamic process that changes throughout life. Bone growth is a multicausal event in which other characteristics such as socioeconomic level, race, perinatal period, habits, and others are involved in addition to biological factors. This study aimed to identify with the associated factors transverse growth of the maxillary bone represented by the superior intermolar distance. A cross-sectional survey nested in a population-based cohort study was conducted with a sample of 158 children aged 7 to 9 years old from the urban schools of Acrelandia, a small town in the Brazilian Western Amazon. The dependent variable was the upper intermolar distance measured between the central fossae of the first permanent maxillary molars. From the age of bottle introduction, a scale was developed assuming values from 1 to 10. Sex, birth weight, bottle introduction scale and Z score of body mass index (BMI) for age (BAZ) were considered as independent variables, being analyzed with structural equations model (SEM). Significant direct positive effects of sex (CP=0,203; p=0,007), birth weight (CP=0,155; p=0,046) and BAZ (CP=0,165; p=0,030) on transverse maxillary growth were found. The indirect effects (CP=0,058; p=0,029) and the total effect (CP=0,262; p=0,000) of sex on the outcome were statistically significant. The indirect effects of birth weight on outcome were not significant (CP=0,018; p=0,508), however, the total effect was significant (CP=0,174; p=0,023). In conclusion, sex, birth weight, bottle beginning age and BMI Z score for age showed association with the transverse growth of the maxillary bone. In addition to contributing to an adequate birth weight of the child, policies and programs that favor prenatal care and conditions to guarantee a full-term birth can positively affect transversal growth of the maxilla. From a Health Surveillance point of view, children with reduced birth weight, inadequate breastfeeding pattern and nutritional deficit for age may be more likely to develop atrophy of the jaws which, depending on the severity, may result in malocclusion with an important impact on quality of life
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Perfil nutricional de crianças expostas ao HIV acompanhadas no estado do TocantinsGratão, Lucia Helena Almeida 08 December 2017 (has links)
A infecção pelo HIV compromete o sistema imune causando a destruição das células
hospedeiras, em maioria as LT-CD4+. O vírus pode ser transmitido através de relação sexual,
transfusão sanguínea, contato com materiais perfurocortantes contaminados, transmissão
vertical e aleitamento materno. Como medida profilática para a transmissão vertical é adotada
a utilização da Highly Active Antiretroviral Therapy (HAART) a partir da décima quarta
semana de gestação, que preconiza a redução da carga viral para níveis indetectável até o
momento do parto. No entanto são controversos os efeitos que a HAART pode causar na
criança em formação e no período neonatal, bem como o efeito deste tratamento no
crescimento e desenvolvimento infantil. Inicialmente, foi realizado busca da literatura, de
forma sistematizada, nas bases de dados US National Library of Medicine's – National
Intitutes of Health (PubMed), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) que engloba Medical
Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e
do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de dados de enfermagem (BDENF) e
SciELO (Scientific Eletronic Library Online). Foram utilizados os descritores: (1) “children
HIV Brazil”, (2) “adolescent HIV Brazil”, (3) "anthropometry HIV Brazil" e (4) "nutritional
assessment HIV Brazil", acrescentando-se o filtro “and” para pesquisas avançadas. Foram
selecionados, após leitura na íntegra, treze artigos. Esses estudos contribuíram para o
embasamento técnico-científico do estudo de coorte retrospectiva que foi realizado com 51
crianças, nascidas a termo, expostas ao vírus HIV porém não-infectadas, atendidas em um
serviço de referência especializado em atendimento a pessoas vivendo com HIV/Aids, em
Palmas, Tocantins, Brasil. Foram coletados dados das crianças ao nascer e dos atendimentos
subsequentes categorizados em três momentos (m0, m1, m2 e m3) e informações maternas.
Foram utilizados índices antropométricos (peso-para-idade, peso-para-estatura, índice de
massa corporal-para-idade, peso-para-estatura e perímetro cefálico-para-idade) para
verificação do estado nutricional e índices de proporcionalidade (perímetro cefálico por
perímetro torácico, índice de Roher e peso por perímetro cefálico). Foram utilizados os testes
estatísticos de X², t-student, Tukey, Friedman, ANOVA e Kruskall Wallis. Os mostram que
independente de ser pela atividade do HIV no hospedeiro ou pelo uso da HAART as crianças
vivendo com HIV/Aids podem apresentar alterações no metabolismo ósseo, porém a ingestão
adequada e o monitoramento sérico de micronutrientes podem evitar desordens desse tipo.
Também há associação da HAART com dislipidemia e lipodistrofia nas populações estudadas. No estudo de coorte foi observado tendência ao risco de sobrepeso ou sobrepeso ao
longo do acompanhamento, bem como significância estatística em relação a introdução
precoce de alimentos e os valores de CD4 e CD8. Não foram encontrados alterações nos
índices de proporcionalidade. A escassez de pesquisas com brasileiros tornou as correlações
mais difíceis. Conclui-se que o acompanhamento do estado nutricional de crianças e
adolescente pode minimizar alterações clínicas e metabólicas, sendo determinante para a
avaliação do risco de progressão da doença e, consequentemente, sucesso do tratamento. / HIV infection compromises the immune system causing destruction of the cells mostly hosted
as LT-CD4+. The virus can be transmitted through sexual intercourse, blood transfusion,
contact with contaminated puncture materials, vertical transmission and breastfeeding. As a
prophylactic measure for a vertical transmission the use of highly active antiretroviral therapy
(HAART) is adopted from the fourteenth week of gestation, which advocates a reduction of
the viral load to undetectable levels until the moment of delivery. However, there are no
problems that can cause HAART, which can not be created in life in training and in the
neonatal period, as well as the effect of this treatment on infant growth and development.
Initially, a literature search was carried out in a systematized manner in the National Library
of Medicine (National Institutes of Health (PubMed), Virtual Health Library (VHL) databases
that includes the Medical Literature Analysis and Recovery System Online (MEDLINE ),
Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS), Nursing Database
(BDENF) and SciELO (Scientific Electronic Library Online). (1) "HIV HIV Brazil", (2) "HIV
adolescent HIV", (3) "HIV anthropometry Brazil" and (4) "HIV Brazil nutritional
assessment", adding "e" filter For advanced research. Thirteen articles were selected after
reading in their entirety. These studies contributed to the development of a retrospective
cohort study of 140 uninfected exposed children attended at a referral service specializing in
the care of people living with HIV / AIDS in Palmas, Tocantins, Brazil. Data were collected
from children at birth and subsequent visits categorized in three moments (m0, m1, m2 and
m3) and maternal information. Anthropometric indexes (weight-for-age, weight-for-height,
body-for-age-for-age, weight-for-height and cephalic-for-age) were used to verify nutritional
status and proportionality indices cephalic by thoracic perimeter, Roher index and head
circumference weight). The statistical tests of X², t-student, Tukey, Friedman and ANOVA
and Kruskall Wallis were used. They show that regardless of whether it is HIV activity in the
host or by the use of HAART, children living with HIV / AIDS may present changes in bone
metabolism, but adequate intake and serum micronutrient monitoring may prevent such
disorders. There is also association of HAART with dyslipidemia and lipodystrophy in the
populations studied. The cohort study showed a tendency to risk of overweight or overweight
during follow-up, as well as statistical significance in relation to the early introduction of food
and the values of CD4 and CD8. No changes were found in the proportionality indices. The
shortage of research with Brazilians made the correlations more difficult. It is concluded that the monitoring of the nutritional status of children and adolescents can minimize clinical and
metabolic changes, being determinant for the evaluation of the risk of disease progression
and, consequently, treatment success.
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"Implantação de um grupo de apoio à mãe acompanhante de recém-nascido pré-termo e de baixo peso em um hospital amigo da criança na cidade de Recife/PE" / Implanting a support group to bedside accompanying mother of a premature and low birth weight at a child-friendly hospital in Recife/PE.Maria Gorete Lucena de Vasconcelos 13 August 2004 (has links)
A criação de estratégias de apoio assume importância fundamental na perspectiva do cuidado humanizado à mãe e família nas unidades neonatais. Assim sendo, o presente estudo tem como objetivos descrever a experiência de implantação de um Grupo de Apoio à Mãe Acompanhante (GAMA) em um hospital amigo da criança de Recife/PE, identificar o significado de ser mãe acompanhante e analisar os significados atribuídos à vivência no GAMA. Utilizou-se a abordagem qualitativa no delineamento de uma pesquisa-ação. O estudo foi realizado na Unidade de Internação Neonatal (UIN) do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) na cidade de Recife/PE. A coleta de dados foi realizada por meio da observação e de entrevistas gravadas com 16 mães acompanhantes que participaram de cinco ou mais reuniões, sendo direcionada por duas questões norteadoras. As falas foram submetidas à análise de conteúdo, modalidade da análise temática. O projeto foi implantado pela pesquisadora congregando uma equipe multiprofissional e alunos de graduação de enfermagem, biologia e comunicação social da UFPE. No período de março a dezembro de 2003, participaram das atividades do GAMA 105 sujeitos, entre mães, pais, avós, irmãos, primos e cunhados. Da análise das entrevistas emergiram duas categorias com seus respectivos temas: 1. O ser mãe acompanhante do filho prematuro e de baixo peso ao nascer: o sofrimento pela separação da família e o apoio recebido; o alojamento materno como prisão; não admitindo a possibilidade de alta sem o filho; o alojamento materno enquanto espaço de novas amizades, aconselhamentos e conflitos; 2. A vivência materna no GAMA: a estratégia da escuta como terapia; o hospital como espaço para o riso e a descontração; a aquisição de força e o estabelecimento de vínculos afetivos. Considera-se que estratégias de apoio através da escuta e de atividades de lazer podem e devem ser acessadas pelos profissionais na prática clínica, consolidando uma concepção ampliada do fazer saúde no contexto hospitalar / The creation of support strategies becomes fundamentally important from the perspective of humanized care to mothers and families at neonatal units. Thus, this study aims to report on the experience of implanting a support group to bedside accompanying mothers (GAMA) at a child-friendly hospital in Recife/PE, identify the meanings of being a bedside accompanying mother and analize the meanings of group experience. A qualitative approach was used to outline an action research. The study was carried out at the Neonatal Care Unit (UIN) of the Federal University of Pernambuco (UFPE) Hospital das Clínicas in Recife/PE, Brazil. Data were collected through observation and interviews with 16 bedside accompanying mothers who participated in five or more meetings, which were guided by two questions and recorded. Discourse was submitted to content analysis, which is a mode of thematic analysis. The project was implanted by the researcher, joining a multiprofessional team and undergraduate nursing, biology and social communication students from UFPE. 105 subjects participated in GAMA activities between March and December 2003, including mothers, fathers, grandparents, siblings, cousins, nephews and nieces. The analysis of these interviews gave rise to two categories and their respective themes: 1. Being a bedside accompanying mother of a premature child and low birth weight: suffering caused by separation from the family and support received; the mothers room as a prison; not allowing for the possibility of discharge without the child; the mothers room as a space for new friendship, advice and conflicts; 2. The maternal experience in GAMA: the listening strategy as a therapy; the hospital as a space for laughing and relaxing; getting strength and establishing affective bonds. Clinical professionals can and must make use of support strategies through listening and leisure activities, in a broader conception of doing health in the hospital context.
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Excesso de peso corporal na adolescência segundo períodos críticos para a gênese da obesidade durante a infância / Excessive body weight during adolescence according to critical periods for the development of obesity in infancyElizabeth Maria Bismarck Nasr 11 May 2012 (has links)
Introdução: Considerando-se a dificuldade e o elevado custo para o tratamento da obesidade, e seu papel como fator de risco para diversas patologias, sua prevenção mostra-se fundamental, por este motivo, a identificação precoce de fatores de risco evitáveis, como a inadequação do estado nutricional em períodos críticos para a gênese da obesidade, representa um interessante campo para investigação científica. Objetivo: Verificar a relação entre o excesso de peso corporal em adolescentes segundo estado nutricional ao nascer e excesso de peso durante o primeiro ano de vida e no período de repleção da adiposidade. Método: Participaram deste estudo alunos de ambos os sexos matriculados nos quintos e sextos anos de Unidades Escolares no Município de São José dos Campos-SP. A coleta de dados ocorreu em três etapas, a primeira consistiu na avaliação nutricional durante a adolescência, considerando-se as medidas de índice de massa corporal (IMC), circunferências abdominal e do braço e soma das pregas cutâneas triciptal e subescapular. Na segunda etapa foram coletadas informações referentes à escolaridade materna, aleitamento materno e estado nutricional ao nascer por meio de questionário respondido pelos pais. As crianças foram classificadas segundo os índices peso ao nascer por idade gestacional, índice ponderal ao nascer e peso ao nascer. Na última etapa foram obtidas informações de peso e estatura durante a infância nos prontuários de atendimento das Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Município. Realizou-se análise de regressão logística para verificar associação entre excesso de peso aos 10 anos de idade, considerada variável dependente e, como variáveis independentes, estado nutricional ao nascer, excesso de peso corporal no primeiro ano de vida e no período de repleção da adiposidade (entre os 5 e 7 anos de idade). As análises foram ajustadas para demais variáveis. Resultados: Os estudantes apresentaram média (desvio-padrão) de 131,3 meses (10,99) de idade. Verificou-se elevada correlação entre o peso e comprimento ao nascer informado pelos responsáveis e registrado no prontuário das UBSs (coeficiente de correlação: 0,95 e 0,98, respectivamente). Com relação ao estado nutricional ao nascer, observou-se que o elevado peso ao nascer e o peso ao nascer pequeno para idade gestacional associaram-se ao excesso de peso corporal no início da adolescência. Foi identificado limiar de associação entre excesso de peso corporal no primeiro ano de vida e aos 10 anos de idade. Também foi encontrada associação entre excesso de peso corporal na adolescência e no período de repleção da adiposidade. Conclusão: Os achados mostram consistência com a hipótese de que períodos críticos do crescimento acarretariam em maior predisposição ao excesso de gordura corporal, identificada no presente estudo no início da adolescência / Introduction: Considering that obesity is a major risk for many diseases as well as the difficulties and elevated costs for its treatment, its prevention and the identification of early avoidable health risks, such as nutritional status in critical periods of life, represent important aspects for scientific investigation. Objective: Verify the relationship between excessive body weight during adolescence according to birth nutrition status and excessive body weight during the first year of life and at the period of adiposity rebound. Method: This study was conducted with schoolchildren of both sexes, enrolled in Public Schools in São José dos Campos - SP (SJC-SP). The data was collected in 3 phases, the first consisted of collecting anthropometric information during adolescence, considering body mass index (BMI), arm and abdominal circumferences and the sum of skin fold thickness (triceps and sub scapular). Information about mother´s education, breastfeeding and birth nutritional status was collected in the second phase through a survey which the parents answered. The children were classified according to birth weight for gestational age, ponderal index and birth weight. In the last phase, information about nutritional status during infancy was obtained from medical registers of primary health units in the city. Logistical regression analyses were made to investigate the association between excessive body weight at 10 years of age, considered as dependent variable and, as independent variables, the nutritional status at time of birth, the first year of age and during the period of adiposity rebound (between 5 and 7 years of age). The analyses were adjusted by other variables. Results: The students presented a mean of 131.3 months of age (10.99). An elevated correlation was observed between parents information about birth weight and length and the information registered at the medical documents of primary health units in the city (Correlation coefficient: 0.95 and 0.98, for weight and for length, respectively). An association between elevated birth weight and birth weight small for gestational age and excessive body weight during adolescence was observed. A weak association between excessive body weight during the first year of life and at 10 years of age was identified. It was also verified association in relation to adiposity during the period of adiposity rebound and excessive weight at 10 years of age. Conclusion: These results show consistency in the hypothesis that the critical period for growth development could predispose to future obesity, identified in the present study during early adolescence
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Associação entre o peso ao nascer, o estado nutricional e o crescimento transversal do maxilar: implicações para a saúde materna e infantil / Association between birthweight, nutritional status and transverse growth of the maxillary bone: implications for the maternal and chid healthRincón, Laura Jackeline García 15 December 2017 (has links)
O crescimento é um processo dinâmico que muda ao longo da vida. O crescimento ósseo é um evento multicausal no qual, além dos fatores biológicos, intervêm outras características como as relacionadas ao nível socioeconômico, à raça, ao período perinatal, aos hábitos, entre outros. Este estudo objetivou identificar fatores associados ao crescimento transversal do osso maxilar representado pela medida da distância intermolar superior. Foi realizado um estudo seccional aninhado numa coorte, com uma amostra de 158 crianças entre 7 e 9 anos de idade das escolas urbanas de Acrelândia, município da Amazônia Ocidental Brasileira. A variável dependente foi a distância intermolar superior, medida entre as fossas centrais dos primeiros molares superiores permanentes. A partir da idade da introdução da mamadeira foi desenvolvida uma escala assumindo valores de 1 a 10. O sexo, o peso ao nascer, o padrão de uso da mamadeira e o escore Z do índice de massa corporal (IMC) para a idade foram consideradas como variáveis independentes, sendo analisadas por meio de modelo de equações estruturais (MEE). Foram encontrados efeitos diretos positivos significativos do sexo (CP=0,203; p=0,007), peso ao nascer (CP=0,155; p=0,046) e escore Z do IMC para a idade (CP=0,165; p=0,030) sobre o crescimento transversal do maxilar. Os efeitos indiretos (CP=0,058; p=0,029) e o efeito total (CP=0,262; p=0,000) do sexo sobre o desfecho mostraram significância estatística. Os efeitos indiretos do peso ao nascer sobre o desfecho não foram significativos (CP=0,018; p=0,508), porém, o efeito total foi significativo (CP=0,174; p=0,023). Em conclusão, o sexo, o peso ao nascer, a idade de introdução da mamadeira e o escore Z do IMC para a idade associam-se ao crescimento transversal do osso maxilar. Além de contribuir para um adequado peso ao nascer da criança, políticas e programas que favoreçam o cuidado pré natal e condições para garantir um parto a termo podem repercutir positivamente no crescimento transversal do maxilar. Do ponto de vista da Vigilância em Saúde, crianças com peso ao nascer diminuído, padrão inadequado de aleitamento materno e déficit nutricional para a idade podem apresentar maior probabilidade de desenvolver atrofia dos maxilares podendo, conforme a gravidade, redundar numa oclusopatia com importante impacto na qualidade de vida / Growth is a dynamic process that changes throughout life. Bone growth is a multicausal event in which other characteristics such as socioeconomic level, race, perinatal period, habits, and others are involved in addition to biological factors. This study aimed to identify with the associated factors transverse growth of the maxillary bone represented by the superior intermolar distance. A cross-sectional survey nested in a population-based cohort study was conducted with a sample of 158 children aged 7 to 9 years old from the urban schools of Acrelandia, a small town in the Brazilian Western Amazon. The dependent variable was the upper intermolar distance measured between the central fossae of the first permanent maxillary molars. From the age of bottle introduction, a scale was developed assuming values from 1 to 10. Sex, birth weight, bottle introduction scale and Z score of body mass index (BMI) for age (BAZ) were considered as independent variables, being analyzed with structural equations model (SEM). Significant direct positive effects of sex (CP=0,203; p=0,007), birth weight (CP=0,155; p=0,046) and BAZ (CP=0,165; p=0,030) on transverse maxillary growth were found. The indirect effects (CP=0,058; p=0,029) and the total effect (CP=0,262; p=0,000) of sex on the outcome were statistically significant. The indirect effects of birth weight on outcome were not significant (CP=0,018; p=0,508), however, the total effect was significant (CP=0,174; p=0,023). In conclusion, sex, birth weight, bottle beginning age and BMI Z score for age showed association with the transverse growth of the maxillary bone. In addition to contributing to an adequate birth weight of the child, policies and programs that favor prenatal care and conditions to guarantee a full-term birth can positively affect transversal growth of the maxilla. From a Health Surveillance point of view, children with reduced birth weight, inadequate breastfeeding pattern and nutritional deficit for age may be more likely to develop atrophy of the jaws which, depending on the severity, may result in malocclusion with an important impact on quality of life
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Idade gestacional, peso ao nascer e prevalência de Pequenos para Idade Gestacional no Município de São Paulo / Gestational age, birth weight and Prevalence of Small to Gestational Age in the city of São PauloRaspantini, Priscila Ribeiro 02 March 2017 (has links)
Introdução: Idade gestacional (IG) e peso ao nascer, assim como a frequência de nascimentos PIG (pequeno para idade gestacional), são importantes preditores da morbimortalidade neonatal. Os partos cesáreos têm sido indicados como um dos fatores que tem colaborado para o aumento da prematuridade. Conhecer a distribuição populacional da IG segundo tipo de parto e estabelecer a proporção de nascimentos considerados PIG e seus fatores de risco pode contribuir para o conhecimento do perfil dos nascidos vivos no Município de São Paulo (MSP). Objetivos: Estudar o padrão de distribuição da idade gestacional nos nascimentos ocorridos no MSP; calcular a prevalência de PIG com base em três curvas de crescimento fetal (Alexander, Fenton e Kim e Intergrowth); e investigar os fatores risco para PIG. Metodologia: Estudo transversal com base nos dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc). Foram estudados nascimentos hospitalares e de gestações únicas, nos anos de 2013 e 2014, no município de São Paulo. Realizou-se uma análise de distribuição dos nascimentos segundo IG, comparando tipo de parto e de hospital (SUS e não SUS). Para cálculo da prevalência de PIG usou-se a idade gestacional baseada na data da última menstruação (DUM) e as três curvas de crescimento fetal citadas. Foi empregada a regressão multinível para avaliação dos fatores de risco materno, do recém-nascido e socioeconômicos individuais, sendo a variável de contexto a vulnerabilidade do distrito de residência. Resultados: Houve um desvio à esquerda da IG para o total de nascimentos e entre os nascidos na rede não SUS, mais acentuado entre nascimentos por cesárea. A mediana de IG na rede SUS foi 39 semanas e na rede não SUS, 38. A prevalência de PIG variou consideravelmente, sendo 6,4 por cento dos nascimentos utilizando a curva Intergrowth e 12,4 por cento e 12,2 por cento com base nas curvas de Fenton e Kim e Alexander, respectivamente. Maiores prevalências de PIG foram encontradas em extremos de IG, pré-termos e termos tardios. Os fatores de risco para PIG, independente da prematuridade, foram malformação congênita, RN sexo feminino, primiparidade e pré-natal com menos de quatro consultas. Entre os não PT também estiveram associados: mãe adolescente, baixa escolaridade materna, raça/cor negra e gestante usuária do SUS, bem como morar em distrito com alta vulnerabilidade. Recém-nascidos PT estiveram associados com idade materna acima de 35 anos. Conclusão: A diferença na duração da gestação está relacionada ao tipo de hospital em que ocorrem os nascimentos e à alta frequência de cesáreas na rede privada. As prevalências de PIG foram bastante distintas entre as curvas, mostrando que esse indicador deve ser avaliado com cautela, pois alguns RN podem ser erroneamente classificados como PIG. O contexto de vulnerabilidade no MSP esteve associado a nascer PIG de forma discreta. Os fatores de risco individuais explicaram melhor o desfecho e foram diferentes segundo a prematuridade, desvantagens socioeconômicas e foram risco apenas entre não prematuros / Introduction: Gestational age (GA), birth weight and the frequency of small for gestational age (SGA) births are important predictors of neonatal morbidity and mortality. Cesarean section has been indicated as one of the factors that has contributed to the increase of prematurity. The aims of this study were to know the population distribution of GA according to type of delivery and to establish the proportion of births considered SGA and how its risk factors may contribute to the knowledge of the profile of live births in the city of São Paulo (SP). Another important objectives were study the pattern of distribution of gestational age in the births occurred in SP, to assess the prevalence of SGA based on three fetal growth curves (Alexander, Fenton and Kim and Intergrowth) and investigate the risk factors for SGA. Methodology: Cross-sectional study based on data from the Live Birth Information System (Sinasc). We studied hospital births and single pregnancies, in the years of 2013 and 2014, in the city of São Paulo. An analysis of the distribution of births according to GA, comparing type of delivery and hospital (public and private) was performed. Gestational age based on the date of the last menstruation (LMP) and the three fetal growth curves were used to calculate the prevalence of SGA. Multilevel regression was used to assess maternal, newborn and socioeconomic risk factors, with the context variable being the vulnerability of the residence district. Results: There was a shift to the left of the GA for total births and among those born in the private hospitals, more pronounced among cesarean births. The median GA in the public hospitals was 39 weeks and in the privates, 38. The prevalence of SGA varied considerably, with 6.4 per cent of births using the Intergrowth curve and 12.4 per cent and 12.2 per cent based on the curves of Fenton and Kim and Alexander, respectively. Higher prevalences of SGA were found in preterm (PT), and late term extremes. The risk factors for SGA, independent of prematurity, were congenital malformation, female newborn, primiparity and prenatal with less than four visits. Among the non preterms were also associated: adolescent mother, low maternal schooling, race / black color and pregnant user public health service, as well as living in a district with high vulnerability. PT newborns were associated with maternal age above 35 years. Conclusion: The difference in the length of gestation is related to the type of hospital where births occur and the high frequency of cesarean sections in the private hospitals. As SGA prevalences were very different between the curves, showing that this indicator should be evaluated with caution, some items may be erroneously classified as SGA. The context of vulnerability in SP was associated with being born SGA discretely. Individual risk factors better explain the outcome and were different according to a prematurity, socioeconomic disadvantages and were only risk among non preterms
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