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Estudos sobre a eficiência da polinização por Apis mellifera L. e insetos nativos na produção de sementes de Adesmia latifolia (Spreng.) Vog.

Camacho, Júlio César Brião January 2003 (has links)
Com o objetivo de determinar a eficiência da ação polinizadora de Apis mellifera L. no rendimento de sementes de Adesmia latifolia, estabeleceu-se três tratamentos na Estação Experimental Agronômica da UFRGS, em Eldorado do Sul (300 S, 510 W) nos anos de 2000, 2001 e 2002. A partir da floração, analisou-se a freqüência de visitas por A. mellifera e outros insetos nas flores de A. latifolia pelo teste de Qui-quadrado, já o número de inflorescências por área, número de flores, flores abortadas e lomentos por inflorescência foi através da análise de regressão. Os resultados indicaram que A. mellifera não é eficiente na polinização de A. latifolia, sendo esta cultura dependente de insetos nativos como Megachile sp. e Centris sp para produção de sementes. A média de produção de sementes na área controlada e livre foi 5,4 e 83,5 kg/ha, respectivamente, enquanto na área isolada não houve produção de sementes. A baixa freqüência (10%) de visitas de A. mellifera na área livre em comparação com os insetos nativos (90%) indica que o néctar não é atrativo para as abelhas A. mellifera pois tem uma baixa concentração de açúcares totais (5,7%).
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Toxicidade de inseticidas organofosforados para as abelhas sem ferrão Scaptotrigona bipunctata e Tetragonisca fiebrigi

Dorneles, Andressa Linhares January 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2015-11-27T01:16:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000476452-Texto+Completo-0.pdf: 569 bytes, checksum: 440582c88a000f1b1e8a8b81aecafa32 (MD5) Previous issue date: 2015 / The current bee populations decline has been mainly attributed to the excessive use of pesticides. The most of researches about risks of pesticides to bees are focused on honeybee Apis mellifera. However, due to the wide diversity of stingless bees in Brazil, studies evaluating the risks to native species become necessary and relevant. In Brazil, the importance of pollination services provided by bees is recognized in economic interest crops such as apple, coffee, cotton, orange, and soybeans. In these crops, many insecticides are used for pest control, especially organophosphates such as chlorpyrifos (Lorsban®) and phosmet (Imidan®). Due to the large use of pesticides on crops that offer attractive flowers for bees in Brazil, the aim of this study was to determine the lethal concentration (LC50), via oral exposure, and the lethal dose (LD50) for topically applied of these insecticides to stingless bees Scaptotrigona bipunctata e Tetragonisca fiebrigi. In acute oral toxicity tests, five concentrations dilute in sucrose solution were offered to the bees through the food. In acute topical toxicity tests, 1μL of each one of the five doses diluted in acetone were applied topically on bees. After 48 hours of exposure, the number of dead bees was recorded. In the oral assay, the LC50 values of chlorpyrifos was 0,0112 μg a. i. /μL diet to S. bipunctata and 0,0018 μg a. i. /μL diet to T. fiebrigi. The LC50 values of phosmet was 0,0245 μg a. i. /μL diet to S. bipunctata and 0,0236 μg a. i. /μL diet to T. fiebrigi. In the topic application assay, the LD50 of chlorpyrifos was 0,0110 μg a. i. /bee to S. bipunctata and 0,0033 μg a. i. /bee to T. fiebrigi. The LD50 of phosmet was 0,0087 μg a. i. /bee to S. bipunctata and 0,0083 μg a. i. /bee to T. fiebrigi. According to the results, there was significant difference in susceptibility between the stingless bees species tested, indicating that forager workers of S. bipunctata were more tolerant to the insecticide chlorpyrifos than T. fiebrigi, in both assays. These differences in susceptibility may be related to the body weight of the bees, i. e., S. bipunctata species with the highest weight (18. 28 mg) would be more tolerant than T. fiebrigi, with the lowest weight (4. 36 mg). In addition, characteristics genetically determined, as the chemical composition of the cuticle, may facilitate penetration of the insecticide into the bee's body, increasing the susceptibility of each species. Another point is related to detoxification capacity of the bees, by the action of detoxifying enzymes present in its digestive system. In contrast, the susceptibility between the two stingless bees species showed no significant differences regarding the insecticide phosmet, an event that could be associated with the ability of these bees metabolize and remove this product. Comparing the LD50 values obtained in this study with literature data established for A. mellifera (chlorpyrifos 0. 11 μg/bee; phosmet 1. 13 μg/bee), we concluded that native bees are more sensitive to the insecticides chlorpyrifos and phosmet. This evidence emphasizes the importance of including other species of bees in toxicity assays required for the authorization of the use of pesticides, in order to ensure the protection of native bees. Our results indicate that the insecticides chlorpyrifos (Lorsban®) and phosmet (Imidan®) are potentially dangerous to S. bipunctata and T. fiebrigi species, both topically and by ingestion. Thus, it is essential to propose measures to minimize the impact on pollinators. This study is the first evaluation of the lethal effects of the insecticides chlorpyrifos and phosmet to S. bipunctata and T. fiebrigi, providing important subsidies for future studies on pesticide toxicity in stingless bees. / O atual declínio global de populações de abelhas tem sido atribuído principalmente à utilização excessiva de agrotóxicos. A maioria das pesquisas acerca dos riscos de inseticidas para abelhas têm como foco de estudo Apis mellifera. No entanto, devido à grande diversidade de abelhas sem ferrão no Brasil, estudos que avaliam os riscos a espécies nativas se tornam necessários e relevantes. No País, a importância dos serviços de polinização prestados por abelhas é reconhecida em culturas de interesse econômico a exemplo de algodão, café, laranja, maçã e soja. Nesses cultivos empregam-se muitos inseticidas para o controle de pragas, se destacando o uso de organofosforados, tais como clorpirifós (Lorsban®) e fosmete (Imidan®). Em virtude da utilização em grande escala de agrotóxicos em culturas que ofertam flores atrativas para abelhas no Brasil, o objetivo deste estudo foi determinar a concentração letal média (CL50), via exposição oral, e a dose letal média (DL50), pela aplicação tópica, desses inseticidas para as abelhas sem ferrão Scaptotrigona bipunctata e Tetragonisca fiebrigi. Nos testes de toxicidade oral aguda foram utilizadas cinco concentrações diluídas em solução de sacarose e ofertadas mediante dieta para as abelhas. Nos testes de toxicidade tópica aguda foram utilizadas cinco doses diluídas em acetona, sendo aplicado 1μL de cada dose no pronoto das abelhas. Em ambos os testes a mortalidade foi registrada após 48 horas de exposição. No teste oral os valores de CL50 de clorpirifós foram de 0,0112 μg i. a. /μL dieta para S. bipunctata e de 0,0018 μg i. a. /μL dieta para T. fiebrigi. A CL50 de fosmete para S. bipunctata foi de 0,0245 μg i. a. /μL dieta e para T. fiebrigi 0,0236 μg i. a. /μL dieta. No teste tópico, a DL50 de clorpirifós foi de 0,0110 μg i. a. /abelha para S. bipunctata e de 0,0033 μg i. a. /abelha para T. fiebrigi. A DL50 de fosmete para S. bipuEssas diferenças de suscetibilidade podem estar associadas ao peso corporal da abelha, ou seja, S. bipunctata espécie com maior peso (18,28 mg) foi mais tolerante que T. fiebrigi com menor peso (4,36 mg). Além disso características determinadas geneticamente como a composição química da cutícula podem facilitar a penetração do inseticida no corpo da abelha, aumentando a suscetibilidade de cada espécie. Outra característica está relacionada à capacidade para detoxicação, pois à ação de várias enzimas destoxificadoras presentes no sistema digestório das abelhas podem reduzir a toxicidade dos produtos. Em contrapartida, a suscetibilidade entre as duas espécies de abelhas não apresentou diferenças significativas em relação ao inseticida fosmete, fato que poderíamos inferir, estar associado à maior capacidade de metabolização e eliminação deste produto pelas abelhas. Comparando-se os valores de DL50 obtidos no presente estudo com os dados da literatura estabelecidos para A. mellifera (clorpirifós 0,11 μg/abelha; fosmete 1,13 μg/abelha), podemos concluir que as abelhas nativas são mais sensíveis aos inseticidas clorpirifós e fosmete. Esta evidência ressalta a importância de incluir outras espécies de abelhas nos testes de toxicidade exigidos para a autorização de uso de agrotóxicos, a fim de garantir a proteção das abelhas nativas. Os resultados obtidos neste estudo indicam que os inseticidas clorpirifós (Lorsban®) e fosmete (Imidan®) são potencialmente perigosos para S. bipunctata e T. fiebrigi, tanto por via tópica como pela ingestão. Dessa maneira, é fundamental a proposição de medidas para minimizar o impacto sobre os polinizadores. Este estudo representa a primeira avaliação dos efeitos letais dos inseticidas clorpirifós e fosmete para S. bipunctata e T. fiebrigi, fornecendo importantes subsídios para a continuidade de estudos acerca de toxicidade de agrotóxicos em abelhas sem ferrão.
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Efeito polinizador de Apis mellifera em flores de Brassica napus L. (Hyola 432) e potencial produtor de sementes, no sul do Brasil

Rosa, Annelise de Souza January 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2013-08-07T19:12:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000411902-Texto+Completo-0.pdf: 1844382 bytes, checksum: 931e1914fb940d53059306226fa0e0ea (MD5) Previous issue date: 2009 / Brassica napus L. is considered self-fertile, although, studies indicate that the foraging from Apis mellifera L. increase its productivity. Considering the importance of the culture in Rio Grande do Sul, it was evaluated the pollinator potential of A. mellifera L. in B. napus flowers according to the anthesis phenophases and the increase in production through the pollination induction. The phases of anthesis were characterized and related to the stigma receptivity and the pollen grains viability. In parallel, the behavior of bees on flowers was followed considering the touched structures, the resources colleted, the number of flowers visited by plant, the time of permanence on flowers and the floral fidelity. The frequency of insects visits to the flowers was registered and related to the development of the culture. From the pollination tests (autogamy; insects visits: handly pollination among flowers from the same plant: handly pollination among flowers from distinct plants) it was compared the productivity of siliquas and seeds. Including the visitors insects registered the Hymenoptera (92,35%) stood out among the most frequent insects, from which 99,83% were A. mellifera. During foraging the bees touched anthers and stigmas, visited among 1-7 flowers/plant, remained on the flowers for 1-43 seconds and carried only B. napus pollen grains. The period with potential of pollination by A. mellifera happened during the second and third phases of anthesis and the relation among the frequency of these bees and the flowering progress was significantly positive. The productivity of seeds/plant increased from 28,36% to 55,12% with pollination induction. Bees foraging increased the productivity of B. napus and this production could still be increased with the rise and management of bees in the culture during the flowering period. / Brassica napus L. é considerada autofértil, entretanto, estudos indicam que o forrageio de Apis mellifera L. eleva sua produtividade. Considerando-se a crescente importância da cultura no Rio Grande do Sul, avaliou-se o potencial polinizador de A. mellifera L. em flores de B. napus de acordo com as fenofases da antese e o incremento na produção através da indução de polinização. Os estágios da antese foram caracterizados e relacionados à receptividade do estigma e à viabilidade dos grãos de pólen. Paralelamente, o comportamento das abelhas nas flores foi acompanhado considerando-se as estruturas tocadas, os recursos coletados, o número de flores visitadas por planta, o tempo de permanência nas flores e a fidelidade floral. A freqüência de visitas de insetos às flores foi registrada e relacionada ao desenvolvimento da cultura. A partir de testes de polinização (autogamia; visitação de insetos; polinização manual entre flores da mesma planta; polinização manual entre flores de plantas distintas) comparou-se a produtividade de síliquas e sementes. Dentre os insetos antófilos registrados Os Hymenoptera (92,35%) destacaram-se entre os insetos mais freqüentes, dos quais 99,83% eram A. mellifera. Durante o forrageio as abelhas tocaram anteras e estigmas, visitaram entre 1-7 flores/ planta, permaneceram nas flores de 1-43 segundos e carregaram exclusivamente grãos de pólen de B. napus. O período com potencial de polinização por A. mellifera ocorreu durante o segundo e terceiro estágios da antese e a relação entre a freqüência dessas abelhas e o curso da floração foi significativamente positiva.A produtividade de sementes/planta elevou-se de 23,63% para 61,87% com indução de polinização. O forrageio das abelhas elevou a produtividade de B. napus e essa produção ainda poderia ser aumentada com o adensamento e manejo dirigido de abelhas na cultura durante o período de floração.
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Efeito do pólen de eucalipto geneticamente modificado em abelhas Scaptotrigona bipunctata (MELIPONINI) e Apis mellifera (APINI)

Fernandes, Mariana Zaniol January 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2014-05-07T02:01:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000457626-Texto+Completo-0.pdf: 1288872 bytes, checksum: afed439d4b1bbf8856ef299efd39d44b (MD5) Previous issue date: 2014 / Flowering mass of eucalypts trees are attractive to the bees for collection of floral resources, mainly pollen and nectar. The worldwide distribution of Eucalyptus species and the novel generation of genetically modified trees all over the world, especially in Brazil and USA, emphasize the need of information concerning environmental risks, including potential effects on bees. Since the transgenic events are expressed as proteins, the pollen becomes the main route of exposure of transgenic proteins to the bees. The present study aimed to assess the effects of ingestion of pollen from forest areas with genetically modified (GM) eucalypt trees on development of Apis mellifera and Scaptotrigona bipunctata. For this, we assessed the synchronism on development of Apis mellifera, the morphometry of A. mellifera and S. bipunctata on pupal phase and the weight of S. bipunctata immatures. Trials with A. mellifera: in February and March 2011, the study was carried out in an experimental area with GM eucalypt and in a commercial area with conventional trees, without GM eucalypt. A. mellifera colonies were placed in triplicates in the center of experimental area, 400 m, 1. 000 m and 85 Km away from area. Brood combs were harvested and the pupae were assessed regarding to the developmental stage, head width (HW) and intertegular distance (ID). Trials with S. bipunctata: under controlled conditions, micro colonies of S. bipunctata were subjected to feeding with GM and non-GM eucalypt pollen. The pollen was obtained from pollen collectors placed in three colonies of A. mellifera established in the experimental area and three colonies in the commercial area. We collected from 10 to 15 pupae/comb, which the weight, HW and ID measurements were obtained. In A. mellifera was verified similarity in proportions of the different developmental stages in all areas. We infer regularity of queens laying of A. mellifera on period, because the spatial-temporal pattern of laying occurred as expected. Regarding to morphometric analysis, differences were observed. The ID mean of pupae from 1. 000 m differed from the ID mean found for pupae from colonies in the experimental area and 85 Km away. Differences were also observed in pupae from hives from 400m and 85 Km away. We consider the differences showed as expected, because A. mellifera represent hybrid populations in Brazil, with phenotypic expression among the individuals. Since the differences verified are not progressively related to the distance from the experimental area, the hypothesis of changes caused by ingestion of GM pollen is discarded. Regarding to the morphometric characteristics obtained for S. bipunctata, differences were observed. Nevertheless, the variation coefficient for all micro colonies was lower than 10%, indicating homogeneous groups. Therefore, these differences may be due to of the genetic variation among the populations. The weight analysis of S. bipunctata pupae indicated similarity, which showed a mean of 0. 0212 g (SD+-0. 0028 g) when fed with GM eucalypt pollen and 0. 0204 g (SD+-0. 0019 g) when fed with non-GM eucalypt pollen. According to the results, the similarity found in the weight of pupae fed under both treatments suggest that the effect of GM pollen was similar to its non-GM isolínea, cause no harm to the bees. Thus, the hypothesis of changes caused by GM pollen consumption is discarded. / As florações em massa das árvores de eucalipto são atrativas às abelhas para a coleta de recursos florais, principalmente néctar e pólen. O amplo espectro geográfico de espécies de Eucalyptus e a recente geração de árvores geneticamente modificadas no mundo, especialmente no Brasil e EUA, enfatiza a necessidade de informações sobre os riscos ambientais, incluindo potenciais efeitos às abelhas. Uma vez que os eventos transgênicos são expressos sob a forma de proteínas, o pólen torna-se a principal via de exposição de proteínas transgênicas às abelhas. O presente estudo objetiva avaliar os efeitos da ingestão de pólen proveniente de áreas florestais com árvores de eucalipto geneticamente modificado (GM) no desenvolvimento de Apis mellifera e Scaptotrigona bipunctata. Para tanto, avaliou-se o sincronismo no desenvolvimento de Apis mellifera, a morfometria de A. mellifera e S. bipunctata em estágio pupal e a massa corporal de imaturos de S. bipunctata. Experimento com A. mellifera: em fevereiro e março de 2011, o estudo foi conduzido em um horto experimental com eucalipto GM e em horto comercial com árvores convencionais, livre de eucalipto GM. Colmeias de A. mellifera foram colocadas em triplicatas no centro do horto experimental, e a 400 m, 1. 000 m e 85 Km. Favos de cria foram coletados e as pupas foram avaliadas quanto ao estágio do desenvolvimento, largura da cabeça (LC) e distância intertegular (DI). Experimento com S. bipunctata: em laboratório, minicolônias de S. bipunctata (n=6) foram submetidas a alimentação com pólen de eucalipto GM e com pólen de eucalipto não-GM. O pólen foi obtido a partir de coletores de pólen instalados em três colmeias de A. mellifera instaladas no horto experimental e três colmeias no horto comercial. Foram coletadas de 10 a 15 pupas/ favo, das quais foram obtidos o massa corporal e as medidas da LC e DI. Para A. mellifera, verificou-se similaridade nas proporções dos distintos estágios de desenvolvimento em todas as áreas. Infere-se regularidade da postura das rainhas de A. mellifera no período, pois o padrão espacial-temporal da postura ocorreu conforme o esperado. Com relação as análises morfometricas, diferenças foram observadas. A média da DI das pupas localizadas a 1. 000 m diferiu do valor encontrado para pupas das colmeias localizadas no horto experimental e a 85 km. Diferenças também foram observadas em pupas de colmeias localizadas a 400 m e 85 km. Consideram-se previstas as diferenças evidenciadas, pois A. mellifera representa populações hibridas no Brasil, com expressão fenotípica entre indivíduos. Como as diferenças verificadas não estão progressivamente relacionadas à distância da área experimental, descarta-se a hipótese de alterações ocasionadas por ingestão de pólen GM. No que refere-se às características morfometricas obtidas para S. bipunctata, diferenças foram observadas. No entanto, o coeficiente de variação para todas as minicolônias foi menor que 10%, indicando grupos homogêneos. Portanto tais diferenças podem ser reflexo da variação genética entre as distintas populações. As análises da massa corporal das pupas de S. bipunctata, indicou semelhança, as quais apresentaram em média 0,0212 g (SD+-0,0028 g) quando alimentadas com pólen de eucalipto GM e 0,0204 g (SD+-0, 0019 g) quando alimentadas com pólen de eucalipto não-GM. De acordo com o resultado, a semelhança encontrada na massa corporal das pupas alimentadas com ambos os tratamentos sugere que o efeito do pólen GM manteve-se semelhante a sua isolínea não-GM, não acarretando prejuízo às abelhas. Desta forma descarta-se a hipótese de alterações ocasionadas por consumo de pólen GM.
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Desvendando os processos bioquímicos e moleculares envolvidos com as diferentes síndromes de polinização nas espécies Calibrachoa parviflora e Calibrachoa pygmaea

Cazé, Ana Luíza Ramos January 2016 (has links)
Mesmo espécies proximamente relacionadas podem apresentar enormes diferenças em caracteres florais, como cor da flor, emissão de essência floral e produção de néctar. Essas diferenças são frequentemente relacionadas a polinização por grupos específicos, conhecidos como síndrome de polinização. Adaptação para um especifico tipo de polinizador, pode levar a mudanças em síndrome de polinização, através de complexos processos, que envolvem alterações em diferentes características. Portanto uma maneira de entender como esses processos ocorrem se dá através de analises moleculares de caracteres individuais dentro das síndromes de polinização. Por consequência, características florais presentes em duas espécies proximamente relacionadas no gênero Calibrachoa, C. parviflora e C. pygmaea, as quais apresentam diferentes síndromes de polinização foram analisadas no intuito de entender os mecanismos e bases moleculares responsáveis pelas diferenças em síndrome de polinização nessas duas espécies e que podem ser relacionadas a processos de diversificação do gênero dirigida por interações planta- polinizador. C. parviflora apresenta flores na cor rosa, e possui características adaptadas a polinização por abelhas, enquanto que C. pygmaea possui flores brancas, emitem aroma floral e é adaptada para polinização via mariposas. O gênero Calibrachoa é relacionado com o gênero Petunia, e espécies de ambos os gêneros compartilham as mesmas síndromes de polinização, em Petunia muitos dos genes relacionados a cor das flores e emissão de compostos essência já foram identificados e caracterizados. Por exemplo o gene AN2 responsável pela diferença de cor das flores entre as espécies Petunia integrifolia e P. axillaris. Porém, análises desse gene em espécies de Calibrachoa demonstraram que nas espécies de C. parviflora e C. pygmaea esse gene não é o responsável pela diferença na cor das flores como se observa entre as espécies de Petunia. Alem disso, os pigmentos que compõem a cor das flores dessas duas espécies foram identificados como pertencentes as duas classes de pigmentos as antocianinas e os carotenoides, sendo a composição majoritária de antocianinas, da classe das delfinidinas. A composição dos pigmentos das duas classes, mostrou ser bastante espécie-especifica em que C. pygmaea produz maiores quantidades de carotenos do tipo β-caroteno e antocianidinas do tipo petunidina. Enquanto que, C. parviflora sintetiza maiores quantidade de carotenos do tipo luteína e antocianidinas do tipo petunidina e malvidina. As duas espécies são capazes de sintetizar antocianinas, embora apresentem diferenças na quantidade de produto originado, C. parviflora produz maiores quantidades de antocianinas do que C. pygmaea, portanto apresenta flores com maior pigmentação, já C. pygmaea produz baixa quantidade de antocianinas e então apresenta flores com baixa pigmentação. Através de obtenção de dados de transcriptoma para as duas espécies e via análises dos níveis de expressão gênica dos genes da via de biossíntese das antocianinas e flavonoides, observou-se que os genes responsáveis pela formação das antocianinas, e consequentemente pela cor das flores são expressos em maiores níveis em C. parviflora comparados com C. pygmaea. Portanto a diferença na cor das flores entre essas duas espécies pode ser atribuída a diferença de expressão dos genes responsáveis pela síntese de antocianinas. Com destaque a expressão do gene responsável pelo transporte das antocianinas para o vacúolo (AN9) e dos genes responsáveis pela acidificação do lúmen vacuolar (genes do PH) em C. pygmaea. Além disso, fatores regulatórios do tipo trans parecem estar atuando na regulação destes genes em C. pygmaea. Ademais, observações das flores de C. pygmaea mostraram que essa espécie possui um interessante fenômeno de mudança de cor das flores durante o dia, o qual mostrou ser influenciado pela presença de luz, induzindo pigmentação e mudando a cor das flores de brancas para amarelo claras no lado adaxial da corola e púrpura/ amarronzada no lado abaxial da corola, retornando a cor das flores para brancas ao crepúsculo e permanecendo brancas durante toda a noite. Esse fenômeno se relaciona com a síndrome de polinização da espécie. Uma outra característica floral importante na relação planta x polinizador é a emissão de aroma floral. Sabe se que espécies adaptadas para serem polinizadas por mariposas frequentemente liberam essência floral. Então, os compostos orgânicos voláteis de aroma emitidos pelas flores de C. pygmaea foram identificados e caracterizados neste trabalho. As análises revelaram que a maioria dos compostos de essência emitidos por C. pygmaea fazem parte dos benzenoides/ fenilpropanoides e mostram um ritmo controlado de emissão noturna, também associados a síndrome de polinização. Portanto, as características florais que estão conectadas com a síndrome de polinização foram analisadas pela primeira vez em espécies silvestres do gênero Calibrachoa pygmaea e C. parviflora. Os resultados aqui obtidos contribuem para um melhor entendimento de como se dá os processos de transição entre síndromes florais no gênero Calibrachoa, e que podem ser associados aos processos de diversificação no gênero. Através da identificação dos tipos de pigmentos produzidos pelas flores, bem como a identificação dos primeiros genes candidatos envolvidos na diferença de cor das flores entre estas duas espécies, e os tipos de compostos de essência floral emitidos por C. pygmaea. / Closely related plant species can display very different floral traits, as flower colour, scent floral emission and production of nectar as a reward, known as pollination syndromes, which are often correlated with specific groups of pollinators. Adaption to a specific type of pollinator can result in change in the pollination syndrome through a complex process involving alteration in different traits. Therefore, one way to understand how these processes evolve is through molecular analysis and characterization of single traits within pollination syndromes. Thus, the floral traits in two close species of Calibrachoa genus, Calibrachoa parviflora and C. pygmaea, which display different polination syndromes, the former species has pink flowers and are adapted to bee-polinated, while C. pygmaea has white flowers, emit scent and are adapted to moth-pollination were analysed in order to understand the mechanisms and molecular bases responsible for the differences in pollination syndrome that can leads to species diversification driven by plant-pollinator interactions. The Calibrachoa genus is related with Petunia genus, in which species from both genera sharing the same pollination syndromes. In petunia species many of the genes involves with the differences in flower colour and floral scent release were identified. For instance, the AN2 gene, that is responsible for the flower colour differences between Petunia integrifolia and P. axillaris. Therefore, analysis of this gene in Calibrachoa species showed that for C. pygmaea and C. parviflora this gene does not play the same role as in Petunia species. The pigments that composes the flower colour in C. parviflora and C. pygmaea were identified as belonging to the two class of pigments the anthocyanins and carotenoids, yet constituted mainly of anthocyanins from the class of the delphinidins. The composition of the pigments from both class showed to be specie-specific in which C. pygmaea produces more β-carotene from the carotenoids and petunidin as anthocyanidins, whereas C. parviflora synthesize more lutein carotenoid type and petunidin and malvidin as anthocyanidins in the corolla limb. These two species are able to synthesize anthocyanins, despite the differences in the amount of production, C. parviflora makes more anthocyanins thus shows strong flower pigmentation and C. pygmaea produces low amonts of anthocyanins, therefore has flowers with low pigmentation. By construction a transcriptomic data between these two species, and then, the analysis of expression levels of the genes from the flavonoid/anthocyanins biosynthetic pathway it was observed that the genes which are responsible for the flower colour are higher expressed in C. parviflora than in C. pygmaea. Thus, the differences in flower colour between these two species can be attribute to the differences in the expression levels of all the genes involved in anthocyanin synthesis. Highlighting, the very low expression of the gene responsible for transport the anthocyanins to the vacuole (AN9) and the genes involved in the acidification of the vacuole (PH genes) in C. pygmaea. Moreover, a trans regulatory factor is likely to be responsible for the regulation of these genes in C. pygmaea. Furthermore, observations of Calibrachoa pygmaea flowers showed that this species displays an interesting phenomenon of flower colour change during the day. That showed to be under the influence of light, inducing pigmentation and change the flower colour from white to pale yellow in the adaxial side of corolla and purplish/ brownish at the abaxial side, and then turning back the flower colour to white at dusk, and remain the white colour of the flowers overnight. This phenomen showed to be associated with the pollination syndrome in this species. Floral scent emission is another important trait in the relationship plant x pollinator, and is known that species adapted to be pollinated by moths often releases floral aroma. Thus, the floral volatiles compounds were identified and characterized in C. pygmaea. The analysis revealed that the majority of the scent compounds are part of the benzenoid/ phenilpropanoid class and shows a controlled nocturnal rhythm of emission, which is also related with the pollinator syndrome. Thus, the floral traits that are connected with pollination syndrome were analysed for the first time in Calibrachoa pygmaea and C. parviflora species, these findings contribute to a better understand of the process of pollination syndrome transition in Calibrachoa genus. Through the identification of of the class of pigments synthesized by the flowers in both species and the identification of the first candidate genes involved in the flower colour difference between these two species, as well as the identification of the scent compounds emitted by C. pygmaea flowers.
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Estudos sobre a eficiência da polinização por Apis mellifera L. e insetos nativos na produção de sementes de Adesmia latifolia (Spreng.) Vog.

Camacho, Júlio César Brião January 2003 (has links)
Com o objetivo de determinar a eficiência da ação polinizadora de Apis mellifera L. no rendimento de sementes de Adesmia latifolia, estabeleceu-se três tratamentos na Estação Experimental Agronômica da UFRGS, em Eldorado do Sul (300 S, 510 W) nos anos de 2000, 2001 e 2002. A partir da floração, analisou-se a freqüência de visitas por A. mellifera e outros insetos nas flores de A. latifolia pelo teste de Qui-quadrado, já o número de inflorescências por área, número de flores, flores abortadas e lomentos por inflorescência foi através da análise de regressão. Os resultados indicaram que A. mellifera não é eficiente na polinização de A. latifolia, sendo esta cultura dependente de insetos nativos como Megachile sp. e Centris sp para produção de sementes. A média de produção de sementes na área controlada e livre foi 5,4 e 83,5 kg/ha, respectivamente, enquanto na área isolada não houve produção de sementes. A baixa freqüência (10%) de visitas de A. mellifera na área livre em comparação com os insetos nativos (90%) indica que o néctar não é atrativo para as abelhas A. mellifera pois tem uma baixa concentração de açúcares totais (5,7%).
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Ecologia da polinização de Passiflora suberosa Linnaeus (Passifloraceae)

Acioli, Monica Fagundes January 2003 (has links)
Passiflora suberosa Linnaeus (Passifloraceae), uma espécie de maracujá nativa no Rio Grande do Sul, é estudada em relação à biologia reprodutiva e ao processo de polinização. As avaliações são realizadas em populações cultivadas de P. suberosa presentes em áreas urbanas no Munícipio de Porto Alegre, RS. Aspectos concernentes à biologia floral foram avaliadas em uma população do Campus do Vale(UFRGS). A observação e coleta dos visitantes florais foi realizada em um jardim residencial, no bairro Passo da Areia. Avalia-se o sistema reprodutivo de P. suberosa em condições de campo através de três tratamentos: xenogamia, autogamia espontânea e autogamia manual. Um grupo de flores é marcado e deixado em condições naturais(controle) para se observar a formação de frutos. O padrão de produção e o volume de néctor produzido foram observados em flores isoladas e amostradas a cada duas horas das 8 as 18 horas. O efeito provocado pela remoção intermitente de néctar foi avaliado nas mesmas flores. A quantidade diária de néctar produzida foi avaliada utilizando-se um novo conjunto de flores a cada amostragem Para verificar o padrão de disponibilização diária de pólen, amostrou-se flores isoladas a cada 30 minutos, das 7 às 14 horas. Similarmente, flores não isoladas foram avaliadas para determinar quanto tempo o pólen permanece disponível na presença dos visitantes florais.A receptividade do estigma foi testada in vivo, por meio de polinização manual em flores emasculadas, das 8 até às 18 horas. Os visitantes florais foram monitorados de dezembro de 2001 a novembro de 2002.Observações seguidas de coleta foram realizadas a cada quinze dias, no período entre as 8 e as 14 horas. Nessas ocasiões, as flores abertas foram contadas e registrava-se a posição das pétalas, anteras e estigmas. Os visitantes florais foram observados em relação a hora da visita, contato com anteras e/ou estigmas, partes do corpo que contava as estruturas reprodutivas, presença de pólen no corpo e taxa de visita Os grãos de pólen aderidos no dorso dos insetos foram montados em lâminas microscópicas e analisadas em laboratório. Os resotados indicam que P. suberosa é autocompatível, entretanto a autofecundação espontânea não parece ser freqüente devido a posição das anteras e estigmas na flor. O polén não é disponibilizado de forma gradual, devido ao fato das cinco anteras de uma mesma flor tornarem-se deiscentes em tempos diferentes, desde a abertura da flor até o final da manhã, período em que todo o pólen está disponível. O número de flores com estigmas receptivos na população variou durante o dia, sendo o período entre 10 e 15 horas aquele em que se observou o maior número de flores receptivas. As flores P. suberosa já abriram com algum néctar disponível e continuaram produzindo. As 10 horas observou-se o volume máximo de néctar produzido durante o dia. As folhas foram visitadas principalmente por Polybia ignobilis, Pachodynerus guadulpensis, Polistes versicolor, Polistes cavapytiformis (Vespidae), por Augochloropsis sp. e Augochlorella ephyra (halictidae) e por Apis mellifera(Apidae). Ainda que todos os visitantes florais amostrados possam polinizar as flores, Polybia ignobilis, dado os seus atributos morfológicos, padrão comportamental de forrageio e a grande quantidade de pólen amostrada sobre a região dorsal do tórax, foi aquela que efetivamente contribuiu para a polinização da população de P. suberosa estudada.
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Beija-flores e seus recursos florais numa area de planicie costeira do litoral norte de São Paulo

Araujo, Andrea Cardoso de 19 January 1996 (has links)
Orientador: Marlies Sazima / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-20T22:45:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Araujo_AndreaCardosode_M.pdf: 5319624 bytes, checksum: 46519c25d04270d181f0f9208e630418 (MD5) Previous issue date: 1996 / Resumo: O conjunto de plantas exploradas por beija-flores foi estudado em três habitats em área de planície costeira do litoral norte de São Paulo. As plantas foram estudadas quanto à fenologia de floração, ao hábito e às características das flores, como sua posição na planta, número de flores abertas/dia, densidade, coloração, comprimento da corola, bem como a concentração e o volume do néctar. Os beija-flores foram registrados ao longo do ano em visitas às flores de plantas focais. Durante as visitas foram registradas a freqüência e o modo de visitas, as características dos recursos florais, a altura das flores visitadas e a ocorrência de interações agressivas. Cinqüenta espécies de plantas foram exploradas por beija-flores em Picinguaba, sendo 50% destas, espécies não-ornitófilas. A Capoeira foi o habitat que apresentou o menor número de espécies de plantas exploradas por beija-flores, além da menor proporção de espécies nativas e de espécies omitófilas. Na Floresta Alta ocorreu a maior proporção e densidade de espécies omitófilas, além de maior número de espécies com hábito epífito e flores com maior comprimento de corola. A Floresta Alta e a Restinga Baixa foram os habitats que apresentaram maior similaridade quanto à composição de espécies de plantas exploradas por beija-flores. Bromeliaceae foi a família mais importante como recurso, e o hábito epífito predominou entre as plantas visitadas por estas aves. Os picos de floração concentraram-se no final do período seco e início do período úmido, quando a frequência de registros visuais de beija-flores também foi maior. Espécies de plantas com corolas mais longas apresentaram maiores concentrações de açúcar no néctar. A concentração de açúcar no néctar foi semelhante entre flores omitófilas e não-omitófilas. Doze espécies de beija-flores ocorreram em Picinguaba: Phaethornis ruber, Ramphodon naevius, Thalurania glaucopis e Amazilia fimbriata (residentes) e Leucochloris albicollis, Lophornis chalybea, Eupetomena macroura, Glaucis hirsuta, Amazilia brevirostris, Melanotrochilus fuscus, Hylocharis cyanus e Anthracothorax nigricollis (não-residentes). As espécies de plantas mais freqüentemente visitadas pelos beija-flores residentes floresceram seqüencialmente. Os beija-flores não-residentes foram mais generalistas que os residentes, visitando principalmente plantas não-omitófilas e/ou de floração maciça, floridas no período chuvoso. Os beija-flores de bico curto (<20.0mm) visitaram principalmente flores de corola curta (<20.0mm), os Phaethominae de bico longo (> 30.0mm) foram os mais especialistas, visitando principalmente flores omitófilas, de corola longa (> 38.0mm). Melanotrochilus fuscus, Am. brevirostris e Am. fimbriata foram os beija-flores mais freqüentes na CP; R. naevius, P. ruber e os machos de T. glaucopis foram os mais freqüentes na FA, Am. fimbriata e machos de T. glaucopis foram os mais freqüentes na RB. Dentre os Phaethominae, Ramphodon naevius forrageou em rondas de alta recompensa, P. ruber atuou como parasita de territórios ou forrageou em rondas de baixa recompensa. Dentre os Trochilinae, os machos de T. glaucopis foram territoriais e as fêmeas generalistas, parasitas de territórios ou forragearam em rondas de baixa recompensa. Amazilia fimbriata foi territorial ou generalista e M fuscus foi territorial. Os Phaethominae foram registrados mais freqüentemente em vôo, ao passo que os Trochilinae foram mais freqüentemente observados pousados, em agonismo ou em visita às flores. O número total de plantas exploradas por beija-flores, bem como a proporção de espécies não-omitófilas são altos em relação à levantamentos feitos em outras localidades. O número de espécies de beija-flores registradas em Picinguaba também foi superior ao observado em outras áreas de Mata Atlântica, embora não existam estudos comparativos. A diversificação nas estratégias de forrageamento pode estar relacionada à alta riqueza de beija-flores encontrada em Picinguaba, além de favorecer a coexistência de mais de uma espécie de beija-flor com características morfológicas semelhantes. O tamanho dos beija-flores está relacionado ao "status" de dominância em Picinguaba, sendo M fuscus o beija-flor dominante na CP, e os machos de T. glaucopis na FA e RB / Abstract: The hummingbird-visited plant assemblage was studied in three habitats on the north coast of São Paulo. The flowering phenology, habit and floral characteristics such as position on the plant, height, daily number of open flowers, density, colour, corola length, as well as nectar volume and sugar concentration were studied. The hummingbirds were recorded throughout the year visiting focal plants. The frequency and mode of visits, the type of floral resources, the height of flowers visited and the occurrence of agonistic interactions were recorded. Fifty plant species were exploited by hummingbirds in Picinguaba, 50% of them being non-omithophilous species. The Cleared Land (CP) had fewer plant species exploited by hummingbirds, and a lower proportion of native and of omithophilous species. ln Dense Forest (FA) there was the greater proportion and density of omithophilous species, as well as a greater number of epyphitic species and flowers with longer corollas. The Dense Forest and the Restinga (RB) were the habitats with higher similarity of plant species exploited by hummingbirds. Bromeliaceae was the most important family as a nectar resource, and the epyphitic habit prevailed among the plants visited by these birds. Most species flowered at the end of the dry season and the beginning of the rainy season, when the frequency of sightings of hummingirds was greater. Plant species with longer corollas had more concentrated nectar. Sugar concentration was similar among omithophilous and non-omithophilous flowers. Twelve hummingbird species occurred in Picinguaba: Phaethornis ruber, Ramphodon naevius, Thalurania glaucopis and Amazilia fimbriata (residents) and Leucochloris albicollis, Lophornis chalybea, Eupetomena macroura, Glaucis hirsuta, Amazilia brevirostris, Melanotrochilus fuscus, Hylocharis cyanus and Anthracothorax nigricollis (non-residents). Most of the plant species visited by the resident hummingbirds flowered sequentially. The non-resident hummingbirds were more generalists than residents, visiting mainly non-omithophilous flowers andlor mass flowering plants. The short-billed (<20.0mm) hummingbirds visited mainly short tubed (<20.0mm) flowers, the long-billed (>30.0mm) Phaethominae were the more specialized, visiting mainly long tubed (> 38.0mm) omithophilous flowers. Melanotrochilus fuscus, Am. brevirostris and Am. fimbriata were the most frequent hummingbirds in CP; R. naevius, P. ruber and the males of T glaucopis were the most frequent at FA and Am. fimbriata and the males of T. glaucopis were more frequent at RB. Ramphodon naevius was as a high-reward trapliner and P. ruber was a territoryparasite or low- reward trapliner. Males of T. glaucopis were territorial whereas females were generalists, territory-parasites or low-reward trapliners. Amazil ia fimbriata was territorial or a generalist and M fuscus was territorial. The Phaethominae were recorded more often in flight, whereas the Trochilinae were frequently observed resting, in agonistic interactions or visiting flowers. Both the number of plant species visited by hummingbirds, and the proportion of non-ornithophilous species they exploited, are high in comparision with data of other localities. Likewise, the number of hummingbird species recorded in Picinguaba is higher than in other studies at the Atlantic rainforest, though there is no comparative studies. The variable foraging behaviour among hummingbirds could be related to the high species richness found in Picinguaba, thus allowing the coexistence of more hummingbird species with similar morphologies. The size of the hummingbirds is related to their dominance status in Picinguaba, M fuscus being the most dominant hummingbird at CP, and the males of T. glaucopis at FA and RB / Mestrado / Ecologia / Mestre em Ciências Biológicas
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O reduzido numero de sementes por fruto em citrus sunki (Ex.Tanaka) e suas implicações biologicas

Carvalho, Marli Rezende Tessarini de 21 July 2018 (has links)
Orientador: Herculano Penna Medina Filho / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-21T02:10:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Carvalho_MarliRezendeTessarinide_M.pdf: 3607140 bytes, checksum: 67cfd5fabfb4f17d48e3c396bcee69b2 (MD5) Previous issue date: 1995 / Mestrado / Genetica / Mestre em Ciências Biológicas
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Biologia da polinização de duas especies simpatricas de Alcanthacear, na região de Campinas, São Paulo

Pereira, Maria Fernanda P. de Aquino 23 June 1998 (has links)
Orientador: Marlies Sazima / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-24T08:26:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Pereira_MariaFernandaP.deAquino_M.pdf: 2496240 bytes, checksum: 26d55e72246a08233492aab0fb856a03 (MD5) Previous issue date: 1998 / Resumo: Foram estudadas duas espécies de Acanthaceae, Geissomeria perbracteosa Rizz. (Acanthoideae) e Justicia carnea Lindl (Ruellioideae), que ocorrem em mata estacional semidecidual, situada no município de Campinas SP. Foram abordados aspectos da fenologia, mortologia floral, produção de néctar, comportamento dos visitantes e sistema reprodutivo. As duas espécies estudadas apresentam uma floração anual, florescendo ao longo de três meses. A coloração vistosa das flores, corola tubulosa e longa, ausência de odor, presença de néctar por vários dias, são características encontradas nas duas espécies que permitem enquadrá-Ias na síndrome de ornitofilia. O período em que as flores das duas espécies permanecem funcionais, três a quatro dias, é considerado longo, se comparado com outras espécies ornitófilas. Este fato aumenta a probabilidade das flores serem visitadas e conseqüentemente favorece a polinização. As flores de G. perbracteosa, com maior comprimento do tubo da corola tiveram, o maior número de visitas realizadas por Phaethornis spp (Phaethorninae), enquanto que J. carnea, cujo tubo da corola é menor, foi mais visitada por Thalurania glaucopis (Trochilinae), que apresenta comprimento de bico menor que as espécies de Phaethorninae. O volume de néctar em flores de J. carnea é quase o dobro do encontrado em G. perbracteosa, o que facilita o acesso ao néctar aos beija-flores de bico curto(Trochilinae). A freqüência de visitas de beija-flores às duas espécies não acompanha a oscilação da produção de néctar, ao longo do dia. O deslocamento da freqüência de visitas em relação à secreção de néctar sugere que os beija-flores estão se valendo da estratégia de acúmulo de néctar. O comportamento de forrageio por linhas de captura para a coleta do néctar favorece a polinização cruzada. Apesar disso, a autocompatibilidade associada à longa duração das flores favorecem a autopolinização, apesar da protandria, fato que parece ser importante para essas espécies, já que a freqüência de visitas é baixa / Abstract: The reproductive biology of two species of Acanthaceae from a semidecidous forest were studied - Geissomeria perbracteosa Rizz. (Acanthoideae) and Justicia carnea Lindl. (Ruellioideae). Both species were studied in Campinas, State of São Paulo (47°00'00"W e 22°56'00"S). Aspects of phenology, floral morphology, nectar production, the behavior of flower visitors and breeding system were investigated. The two species studied present an annual flowering season, lasting for three months. The conspicuous color of the flowers, the long tubular corolla, the absence of scent, the presence of nectar during several days, all are characteristics that match with the syndrome of ornithophily. The flowers of the two species remained functional for three to four days. This period is considered long, compared with other ornithophilous species. This behavior increases the probability of the flowers to be visited and enhances the chances of pollination. The flowers of G. perbracteosa, with longer corolla tube, received the largest number of visits by Phaethornis spp. (phaethorninae), while the flowers of J. carnea, in which the coro 11 a tube is small, were more frequently visited by Thalurania glaucopis (Trochilinae). T. glaucopis presents a shorter beak than those of Phaethornis spp. The nectar volume in the flowers of J. carnea was almost the double of the one found in G. perbracteosa, what facilitates the access to the nectar for the short-beaked hummingbirds of Trochilinae. Variation in the visitation frequency of hummingbirds to the two species did not match with the oscillation of nectar production along the day. This mismatching of the visits in relation to nectar secretion suggests that hummingbirds were adopting a foraging strategy that allowed nectar accumulation, showing a trapline behavior that usually favors cross-pollination. On the other hand, the self-compatibility associated with the long duration of flowers favors self-pollination, in spite of the protandry. This fact seems to be important for seed-set in those species, since the visitation frequency is low / Mestrado / Biologia Vegetal / Mestre em Ciências Biológicas

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