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Avaliação do efeito cardioprotetor do fentanil em suínos submetidos a altas doses de epinefrina / Evaluation of the cardioprotective effect of fentanyl in pigs exposed to highdose epinephrine

Luz, Vinicius Fernando da 16 December 2016 (has links)
INTRODUÇÃO E HIPÓTESE: A epinefrina é um potente vasoconstritor com efeitos inotrópico e arritmogênico, é utilizada em protocolos de reanimação cardiopulmonar e como fármaco de primeira escolha em alguns casos de choque. Contudo, o seu uso pode ser seguido por lesões do miocárdio e disfunção cardíaca. Modelos experimentais têm mostrado efeitos cardioprotetores do fentanil por meio de mecanismos antiarrítmicos e anti-isquêmicos. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito cardioprotetor do fentanil em suínos expostos a altas doses de epinefrina. MÉTODOS: Após aprovação do comitê de ética institucional, 26 porcos Large White e Landrace foram alocados aleatoriamente em três grupos: grupo fentanil (n = 10), no qual os porcos receberam 20 ug/kg de fentanil 5 minutos antes de 5 doses de 20 ug/kg de epinefrina, as quais foram intercaladas por intervalos de 5 minutos entre cada dose; grupo salina (n = 10), no qual os porcos receberam solução salina volume-equivalente ao fentanil 5 minutos antes das 5 doses de epinefrina e grupo Sham (n = 6), que não recebeu fentanil ou epinefrina. Foram coletadas variáveis hemodinâmicas, ecocardiográficas, gasométricas e marcadores cardíacos durante as 6 horas de experimento. Ao final do estudo, o coração e os pulmões dos porcos foram removidos para análise por microscopia óptica, microscopia eletrônica e imuno-histoquímica (caspase-3). Os dados foram analisados usando equações de estimação generalizadas (GEE) e a significância estatística foi estabelecida em p < 0,05. RESULTADOS: Os níveis de troponina-I entre os grupos foram inicialmente equivalentes. Ao final do experimento, foi observado menor nível de troponina-I no grupo fentanil, em comparação com o grupo salina (1,91 ± 1,47 versus 5,44 ± 5,35 ng.ml-1, p = 0,019). Adicionalmente, a microscopia eletrônica e a imunohistoquímica demonstraram menor lesão miocárdica no grupo fentanil. Não houve diferença significativa entre o grupo fentanil e o salina para as variáveis hemodinâmicas, ecocardiográficas e gasométricas. CONCLUSÃO: O fentanil promove cardioproteção aos efeitos de altas doses de epinefrina sem prejudicar o efeito hemodinâmico da mesma / INTRODUCTION AND HYPOTHESIS: Epinephrine is a powerful vasopressor with inotropic and arrhythmogenic effects that is used in cardiopulmonary resuscitation protocols and as first choice drug in some cases of shock. However, its use could be followed by myocardial injury and dysfunction. Experimental models have shown cardioprotective effects of fentanyl through antiarrhythmic and anti-ischaemic mechanisms. The objective of this study was to evaluate the cardioprotective effect of fentanyl on myocardial function in swine exposed to high doses of epinephrine. METHODS: After institutional ethics committee approval, twenty-six Large White and Landrace pigs were allocated randomly into three groups: Fentanyl group (n=10), which received 20ug/kg of fentanyl five minutes before five doses of 20ug/kg of epinephrine interspersed with 5 minute intervals between each dose; Saline group (n=10), which received saline in a volume-equivalent manner of fentanyl five minutes before 20ug/kg of epinephrine doses; and Sham group (n=6), which did not receive fentanyl nor epinephrine. We assessed hemodynamics, transesophageal echocardiography, cardiac markers, and gasometry for 6 h. At the end of the experiment, the heart and lungs were removed for analysis by optical and electron microscopy and immunohistochemical (Caspase-3) assay. Data was analyzed using generalized estimating equations (GEE) and statistical significance was assumed at p < 0.05. RESULTS: Troponin levels among the groups were initially equivalent. Fentanyl group showed lower levels of troponin at the end of the sixth hour compared to the saline group (1.91 ± 1.47 vs. 5.44 ± 5.35 ng.mL-1, p=0.019). There were no significantly difference between fentanyl and saline group for hemodynamic, echocardiographic and gasometrical data. Transmission electron microscopy and immunohistochemistry also showed less myocardial injury in the fentanyl group. CONCLUSION: We concluded that fentanyl promotes effective cardioprotection to high-dose epinephrine without blunting the hemodynamic effect of epinephrine
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Avaliação dos efeitos do pré-condicionamento isquêmico local associado a hipotermia tópica na lesão por isquemia e reperfusão renal em ratos

Ribeiro, Guilherme Behrend Silva January 2016 (has links)
Introdução: A hipotermia tópica e o pré-condicionamento isquêmico local isoladamente reduzem a lesão renal por isquemia-reperfusão (I/R). Possivelmente, a associação de ambas estratégias tem efeitos protetores sinergísticos. Objetivos: Estudar os efeitos do pré-condicionamento local associado a hipotermia tópica na lesão renal por I/R, principalmente quanto às alterações histológicas, dano por estresse oxidativo, atividade antioxidante tecidual e parâmetros bioquímicos funcionais. Métodos: Quarenta ratos Wistar foram aleatoriamente alocados para cinco protocolos experimentais realizados no rim esquerdo: hipotermia tópica por 40 min sem isquemia (HT), isquemia quente por 40 min (IR), pré-condicionamento isquêmico (15 min de isquemia + 10 min de reperfusão) seguido de isquemia quente por 40 min (PCI+IR), isquemia fria por 40 min (HT+IR) e pré-condicionamento isquêmico seguido de isquemia fria por 40 min (PCI+HT+IR). Nefrectomia direita foi realizada em todos os ratos antes de qualquer procedimento. Oito rins direitos aleatoriamente designados constituíram o grupo controle Após 240 min de reperfusão, o rim esquerdo foi retirado para avaliar as alterações histológicas, a peroxidação lipídica (níveis de F2-isoprostanos [F2IP]) e a atividade enzimática antioxidante (catalase [CAT] e superóxido dismutase [SOD]). A função renal foi avaliada através da creatinina e uréia séricas. Resultados: O grupo PCI+HT+IR não foi diferente dos outros grupos submetidos a isquemia quanto às alterações histológicas, peroxidação lipídica e atividade enzimática antioxidante. A creatinina no grupo PCI+HT+IR foi mais baixa comparado ao grupo PCI+IR, mas semelhante ao grupo HT+IR. Conclusões: A combinação de pré-condicionamento local e hipotermia tópica não resultou em proteção à lesão por I/R. Além disso, o PCI local isolado seguido de isquemia quente prejudicou a função renal mais que a isquemia quente isolada. / Purpose: Topical hypothermia and local ischemic preconditioning have been shown to reduce renal ischemia-reperfusion (I/R) injury individually. We examined whether combination of both strategies lessens renal I/R injury. Methods: Post right nephrectomy, 40 male Wistar rats were randomly assigned to five experimental protocols performed in the left kidney: topical hypothermia without ischemia (TH), warm ischemia (IR), ischemic preconditioning followed by warm ischemia (IPC+IR), cold ischemia (TH+IR), and ischemic preconditioning followed by cold ischemia (IPC+TH+IR). Eight randomly assigned right kidneys constituted the control group. After 240 min of reperfusion, the left kidney was retrieved to evaluate histological changes, lipid peroxidation and antioxidant enzymes activity. Serum was collected to evaluate urea and creatinine. Results: IPC+TH+IR group revealed no difference to any other group subjected to ischemia in relation to histological changes, lipid peroxidation and antioxidant enzymes activity. Creatinine was lower in IPC+TH+IR group compared with IPC+IR, but showed no difference compared to TH+IR group. Conclusions: Combination of local ischemic preconditioning (IPC) and topical hypothermia conferred no protection in renal I/R injury. Moreover, local IPC solely followed by warm ischemia impaired renal function more than warm ischemia alone.
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Análise do pré-condicionamento isquêmico remoto associado ao resfriamento na lesão renal por isquemia e reperfusão em ratos / Remote ischemic conditioning associated with hypothermia : analysis of the renal lesion in the ischemia-reperfusion damage of rats

Motta, Guilherme Lang January 2018 (has links)
Introdução: A lesão renal por isquemia-reperfusão (IR) pode ser reduzida através de estratégias protetoras, entre elas a hipotermia e o pré-condicionamento isquêmico remoto (PCIR). A combinação destas sustenta um potencial efeito protetor a ser esclarecido. Objetivos: Avaliar os efeitos da associação entre o pré-condicionamento isquêmico remoto e a hipotermia tópica em relação às lesões renais por IR, especialmente quanto ao estresse oxidativo e as alterações histológicas no tecido renal. Métodos: Cirurgias experimentais em trinta e dois ratos Wistar, os quais foram aleatoriamente selecionados para quatro protocolos cirúrgicos: 1 - isquemia do pedículo renal esquerdo por 40 minutos seguido de reperfusão sob eutermia (37 o C); 2 - isquemia do pedículo renal esquerdo por 40 minutos seguido de reperfusão sob hipotermia local (4 o C); 3 - PCIR através de clampeamento da artéria ilíaca esquerda por 15 minutos seguido reperfusão por 10 minutos, prosseguindo para isquemia do pedículo renal esquerdo por 40 minutos seguido de reperfusão sob eutermia; 4 - PCIR através de clampeamento da artéria ilíaca esquerda por 15 minutos seguido reperfusão por 10 minutos, prosseguindo para isquemia do pedículo renal esquerdo por 40 minutos seguido de reperfusão sob hipotermia local. Todos os ratos sofreram nefrectomia direita no início do procedimento, sendo estes rins considerados o grupo controle. Após 240 minutos de reperfusão da IR, os animais foram submetidos a um segundo procedimento cirúrgico para a nefrectomia esquerda. Todos os rins foram submetidos a avaliação tecidual, onde foram analisados o grau de necrose tubular aguda pela avaliação histopatológica, além do estresse oxidativo através da dosagem de isoprostanos e medida da atividade da superóxido dismutase e catalases. Avaliamos, ainda, as diferenças de creatinina plasmáticas antes e depois do experimento Resultados: A combinação de PCIR com hipotermia durante experimento de IR revelou ausência de diferenças comparado aos outros grupos de intervenção na análise do padrão histológico (p=0.722). O estresse oxidativo não apresentou variações significativas entre os grupos, exceto na medida do superóxido dismutase que foi mais elevada nos protocolos de isquemia fria (p<0.05). Animais submetidos a protocolos de IR sob hipotermia demonstraram menores valores de creatinina sérica ao término dos procedimentos (p<0.001). Conclusão: A associação de pré-condicionamento isquêmico remoto com hipotermia local não gera proteção renal na lesão por IR. A hipotermia isolada, entretanto, parece ser efetiva na preservação da função renal durante eventos isquêmicos. Em nosso estudo, o pré-condicionamento isquêmico remoto isolado seguido de IR quente (37ºC) não demonstrou benefícios nos parâmetros avaliados comparado à IR quente sem PCIR ou mesmo grupo controle, sugerindo que este modelo experimental de pré-condicionamento isquêmico remoto possui restrições na análise da janela precoce de proteção. / Introduction: Ischemia-reperfusion injury (IR) can be reduced using protective measures such as hypothermia and remote ischemic preconditioning (RIPC). The combination of these might result in potential protective effects to be clarified. Objectives: To assess the effects of the association between RIPC and topical hypothermia in relation to renal IR injuries, especially regarding oxidative stress and histological changes in renal tissue. Methods: Experimental surgeries in thirty two Wistar rats, which were randomly selected to four surgical protocols: 1 - IR by left renal pedicle ischemia for 40 minutes followed by single reperfusion (37 o C); 2 - IR by left renal pedicle ischemia for 40 minutes followed by reperfusion under local hypothermia (4 o C); 3 - RIPC by clamping the left iliac artery for 15 minutes followed by reperfusion for 10 minutes, proceeding to ischemia of the left renal pedicle for 40 minutes followed by reperfusion (37 o C); 4 - RIPC by clamping the left iliac artery for 15 minutes followed by reperfusion for 10 minutes, proceeding to ischemia of the left renal pedicle for 40 minutes followed by reperfusion under local hypothermia (4 o C). All rats underwent right nephrectomy at the beginning of the procedure, and these kidneys considered the control group. After 240 minutes of reperfusion, the animals were submitted to a second surgical procedure for left nephrectomy. All kidneys underwent tissue evaluation, describing the degree of acute tubular necrosis with histopathological analysis. Oxidative stress assessment occurred through isoprostane dosing and measurement of superoxide dismutase and catalase activity. Differences in plasmatic blood creatinine were evaluated before and after the experiment Results: RIPC combined with cold ischemia during IR experiment revealed no differences compared to any of the other interventional groups regarding the analysis of histological changes (p=0.722). Oxidative stress shows no significant variations among groups, except in superoxide dismutase measurements which were higher in cold protocols compared to warm protocols (p<0.05). Serum creatinine at end of procedure showed lower levels in the animals submitted to hypothermic IR protocols (p<0.001). Conclusion: Combining remote ischemic preconditioning and local hypothermia provides no renal protection in IR injury. Hypothermia, however, seems to be effective in preserving renal function during ischemic events. Furthermore, in our study remote preconditioning solely followed by warm IR did not show benefits in any of the evaluated parameters compared to warm IR alone or control groups, suggesting that this experimental model of preconditioning has limitations in the early window of protection analysis (< 24 hours).
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Escore eletrocardiográfico para avaliação de isquemia miocárdica: aplicação em testes ergométricos sequenciais para avaliação do fenômeno do aquecimento / Electrocardiographic score for myocardial ischemia evaluation: application in sequential exercise tests for warm-up phenomenon evaluation

Uchida, Augusto Hiroshi 18 December 2009 (has links)
O tempo para 1,0mm de depressão do segmento ST (T-1,0mm) adotado para caracterizar o fenômeno do aquecimento, uma expressão do precondicionamento isquêmico (PCI), em testes ergométricos sequenciais é consistente e reprodutível, porém, possui várias limitações. O objetivo deste estudo foi aplicar um escore eletrocardiográfico de isquemia miocárdica em testes ergométricos sequenciais comparando com o clássico índice T-1,0mm. Avaliamos 61 pacientes, com idade média de 62,2+7,5 anos, 86,9% homens, portadores de diabetes mellitus tipo 2 e coronariopatia multiarterial. Foram analisados 151 exames, destes 116 de pacientes completaram as duas fases de avaliação. A primeira fase compreendia dois testes ergométricos sequenciais para documentação do PCI e a segunda fase, após 1 semana, mais dois testes sob efeito de repaglinida oral. Dois observadores aplicaram o escore de forma cega. Observou-se concordância perfeita inter e intraobservador (Kendall Tau-b = 0,96, p<0,0001, Kendall Tau-b=0,98, p<0,0001, respectivamente). Os valores de sensibilidade, especificidade, valor preditivo negativo, valor preditivo positivo e acurácia, foram respectivamente de 72,41%, 89,29%, 75,8%, 87,5% e 81%. Concluímos que o escore de isquemia é um método consistente e reprodutível para documentação do fenômeno do aquecimento, representando uma alternativa factível ao índice T-1,0mm. / The time to 1.0mm ST-segment depression (T-1.0mm), adopted to document the warm-up phenomenon, an expression of the ischemic preconditioning (IPC), during sequential exercise tests is considered reliable and reproductible, although with several limitations. The main goal of this study was to apply an electrocardiographic ischemic myocardium score to sequential exercise tests, comparing with the standard T-1.0mm. We evaluated 61 patients, mean age 62,2+7,5 years-old, 86.9% male, with type 2 diabetes mellitus and multivessel coronary disease. We analyzed 151 exercise tests, being 116 tests from patients who fulfilled the two phases of the study. The first phase enrolled the patients for two sequential exercise tests to document the IPC and the second phase, after 1 week, two additional sequential exercise tests were performed under repaglinide treatment. We observed a perfect concordance inter and intraobserver (Kendall Tau-b=0.96, p<0.0001; Kendall Tau-b=0,98, p<0,0001, respectively). The sensibility, specificity, positive predictive value and negative predictive value were also determined: 72.41%, 89.29%, 75.8%, 87.5% and 81%, respectively. In conclusion, the electrocardiographic ischemic score is a consistent and reproductible tool to document the warm-up phenomenon, representing a reliable alternative to the T-1.0mm.
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Efeito cerebroprotetor do pré-condicionamento isquêmico sobre aspectos celulares e funcionais no modelo de hemorragia intracerebral focal em ratos Wistar adultos

Delgado, Thamiris Fenalti January 2017 (has links)
O Acidente Vascular Encefálico (AVE) Hemorrágico representa mais de 10% de todos os casos de AVE e possui altas taxas de morbidade e de mortalidade. Os pacientes que sobrevivem a este evento permanecem com alguma disfunção motora, que algumas vezes é incapacitante. O extravasamento de sangue em um AVE hemorrágico ocorre, geralmente, em regiões onde há bifurcação de pequenas arteríolas penetrantes, como na região dos núcleos da base. O estriado, importante componente dessa região, está relacionado a funções motoras superiores, como o planejamento e a execução do movimento. Alguns estudos demonstram que o pré-condicionamento (PC) isquêmico pode gerar a tolerância a outros eventos que acometem o sistema nervoso. O PC é definido como fenômeno decorrente da exposição de um tecido ou órgão a um insulto sub-letal capaz de resultar em adaptações determinantes para a tolerância tecidual. Isso ocorre mesmo quando esses dois estímulos são de origens diferentes; neste caso diz-se que o PC desenvolveu tolerância cruzada. Desta forma, o presente estudo dedicou-se ao estudo de efeitos celulares e funcionais do pré-condicionamento isquêmico, por oclusão bilateral das artérias carótidas durante 10 minutos, sobre o modelo de hemorragia intracerebral (HIC), por administração intraestriatal de colagenase do tipo IV-S em ratos. A hipótese de trabalho era de que o PC causaria tolerância cruzada para a HIC, e consequente neuroproteção avaliada por testes motores, volume de lesão, com envolvimento de astrocitose e de micróglia reativa Foram usados 67 ratos machos Wistar adultos, divididos em 4 grupos: Sham (controle cirúrgico), PC, HIC, PC+HIC. Assim, os animais dos grupos PC e PC+HIC foram submetidos ao pré-condicionamento e 24 horas depois os animais HIC e PC+HIC receberam a injeção de colagenase, enquanto os animais Sham e PC receberam uma injeção de salina. A avaliação motora dos animais foi realizada a partir dos testes do cilindro e do Staircase. Trinta e quatro dias após a HIC os animais foram perfundidos e o estriado ipsilateral à injeção foi dissecada para obtenção de amostras teciduais necessárias à avaliação da perda tecidual e quantificação de intensidade de fluorescência de GFAP (proteína glial fibrilar ácida) e OX-42, importantes marcadores de astrócitos e microglia, respectivamente. Os resultados demonstram que: a) a HIC causa deficits motores em ambos os testes realizados, e que o PC reverte este efeito; b) a HIC causa lesão estriatal que não é revertido pelo pré-condicionamento; c) a HIC causa aumento da intensidade de fluorescência para GFAP e para OX-42, e o PC reverte apenas a reatividade da micróglia. Em conjunto, sugere-se que o pré-condicionamento isquêmico causa tolerância cruzada com a hemorragia intracerebral experimental, resultando em proteção funcional, mas não morfológica, possivelmente associada a uma diminuição da reatividade da microglia após o evento hemorrágico. / Hemorrhagic Vascular Stroke (EVA) represents more than 10% of all stroke cases with high rates of morbidity and mortality. Patients who survive this event, remain with some motor dysfunction, which is sometimes disabling. The extravasation of blood in a hemorrhagic stroke occurs, generally, in regions where there is bifurcation of small vessels, as in the region of striatum. The striatum is related to the higher motor functions, such as the planning and execution of the movement. Some studies have shown that preconditioning (PC) can generate a tolerance to other events that accompany the nervous system. The PC is presented as the source of the exposure of a sub-lethal, resulting in an adaptation of determinants to a tissue tolerance. Thus, the present study aimed shows the ischemic preconditioning effects, by bilateral occlusion of the carotid arteries for 10 minutes, on the intracerebral hemorrhage (ICH) model, by intra- striatum administration of type IV S collagenase in rats. The working hypothesis was tolerance to HIC, and consequent neuroprotection by motor function, lesion volume, astrocytosis and reactive microglia. A total of 84 male Wistar adult rats were divided into 4 groups: Sham (surgical control), PC, HIC, PC + HIC Thus, the animals of the PC and PC + HIC groups were introduced to the preconditioning and 24 hours later, the HIC and PC + HIC animals received a collagenase injection, while the Sham and PC animals received a saline injection. The evaluation of the animal function was performed from cylinder and Staircase tests. Thirty-four days after the surgery, the striatum was dissected and prepared to lesion volume analysis and fluorescence intensity of GFAP quantification (acid glial fibrillary protein) and OX-42, important astrocyte and microglia markers respectively. The results demonstrate that: a) an HIC causes motor deficits in both tests performed, and that the PC reverses this effect; b) an ICH causes a striatal lesion that is not reversed by preconditioning; c) an HIC promoted high fluorescence intensity for GFAP and OX-42, and PC reverses the microglia reactivity. Taken together, we suggest that ischemic preconditioning combined with experimental intracerebral hemorrhage, promotes functional but not morphological protection, being associated with the microglial reactivity decrease after the hemorrhagic event.
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Avaliação dos efeitos do pré-condicionamento isquêmico local associado a hipotermia tópica na lesão por isquemia e reperfusão renal em ratos

Ribeiro, Guilherme Behrend Silva January 2016 (has links)
Introdução: A hipotermia tópica e o pré-condicionamento isquêmico local isoladamente reduzem a lesão renal por isquemia-reperfusão (I/R). Possivelmente, a associação de ambas estratégias tem efeitos protetores sinergísticos. Objetivos: Estudar os efeitos do pré-condicionamento local associado a hipotermia tópica na lesão renal por I/R, principalmente quanto às alterações histológicas, dano por estresse oxidativo, atividade antioxidante tecidual e parâmetros bioquímicos funcionais. Métodos: Quarenta ratos Wistar foram aleatoriamente alocados para cinco protocolos experimentais realizados no rim esquerdo: hipotermia tópica por 40 min sem isquemia (HT), isquemia quente por 40 min (IR), pré-condicionamento isquêmico (15 min de isquemia + 10 min de reperfusão) seguido de isquemia quente por 40 min (PCI+IR), isquemia fria por 40 min (HT+IR) e pré-condicionamento isquêmico seguido de isquemia fria por 40 min (PCI+HT+IR). Nefrectomia direita foi realizada em todos os ratos antes de qualquer procedimento. Oito rins direitos aleatoriamente designados constituíram o grupo controle Após 240 min de reperfusão, o rim esquerdo foi retirado para avaliar as alterações histológicas, a peroxidação lipídica (níveis de F2-isoprostanos [F2IP]) e a atividade enzimática antioxidante (catalase [CAT] e superóxido dismutase [SOD]). A função renal foi avaliada através da creatinina e uréia séricas. Resultados: O grupo PCI+HT+IR não foi diferente dos outros grupos submetidos a isquemia quanto às alterações histológicas, peroxidação lipídica e atividade enzimática antioxidante. A creatinina no grupo PCI+HT+IR foi mais baixa comparado ao grupo PCI+IR, mas semelhante ao grupo HT+IR. Conclusões: A combinação de pré-condicionamento local e hipotermia tópica não resultou em proteção à lesão por I/R. Além disso, o PCI local isolado seguido de isquemia quente prejudicou a função renal mais que a isquemia quente isolada. / Purpose: Topical hypothermia and local ischemic preconditioning have been shown to reduce renal ischemia-reperfusion (I/R) injury individually. We examined whether combination of both strategies lessens renal I/R injury. Methods: Post right nephrectomy, 40 male Wistar rats were randomly assigned to five experimental protocols performed in the left kidney: topical hypothermia without ischemia (TH), warm ischemia (IR), ischemic preconditioning followed by warm ischemia (IPC+IR), cold ischemia (TH+IR), and ischemic preconditioning followed by cold ischemia (IPC+TH+IR). Eight randomly assigned right kidneys constituted the control group. After 240 min of reperfusion, the left kidney was retrieved to evaluate histological changes, lipid peroxidation and antioxidant enzymes activity. Serum was collected to evaluate urea and creatinine. Results: IPC+TH+IR group revealed no difference to any other group subjected to ischemia in relation to histological changes, lipid peroxidation and antioxidant enzymes activity. Creatinine was lower in IPC+TH+IR group compared with IPC+IR, but showed no difference compared to TH+IR group. Conclusions: Combination of local ischemic preconditioning (IPC) and topical hypothermia conferred no protection in renal I/R injury. Moreover, local IPC solely followed by warm ischemia impaired renal function more than warm ischemia alone.
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Análise do pré-condicionamento isquêmico remoto associado ao resfriamento na lesão renal por isquemia e reperfusão em ratos / Remote ischemic conditioning associated with hypothermia : analysis of the renal lesion in the ischemia-reperfusion damage of rats

Motta, Guilherme Lang January 2018 (has links)
Introdução: A lesão renal por isquemia-reperfusão (IR) pode ser reduzida através de estratégias protetoras, entre elas a hipotermia e o pré-condicionamento isquêmico remoto (PCIR). A combinação destas sustenta um potencial efeito protetor a ser esclarecido. Objetivos: Avaliar os efeitos da associação entre o pré-condicionamento isquêmico remoto e a hipotermia tópica em relação às lesões renais por IR, especialmente quanto ao estresse oxidativo e as alterações histológicas no tecido renal. Métodos: Cirurgias experimentais em trinta e dois ratos Wistar, os quais foram aleatoriamente selecionados para quatro protocolos cirúrgicos: 1 - isquemia do pedículo renal esquerdo por 40 minutos seguido de reperfusão sob eutermia (37 o C); 2 - isquemia do pedículo renal esquerdo por 40 minutos seguido de reperfusão sob hipotermia local (4 o C); 3 - PCIR através de clampeamento da artéria ilíaca esquerda por 15 minutos seguido reperfusão por 10 minutos, prosseguindo para isquemia do pedículo renal esquerdo por 40 minutos seguido de reperfusão sob eutermia; 4 - PCIR através de clampeamento da artéria ilíaca esquerda por 15 minutos seguido reperfusão por 10 minutos, prosseguindo para isquemia do pedículo renal esquerdo por 40 minutos seguido de reperfusão sob hipotermia local. Todos os ratos sofreram nefrectomia direita no início do procedimento, sendo estes rins considerados o grupo controle. Após 240 minutos de reperfusão da IR, os animais foram submetidos a um segundo procedimento cirúrgico para a nefrectomia esquerda. Todos os rins foram submetidos a avaliação tecidual, onde foram analisados o grau de necrose tubular aguda pela avaliação histopatológica, além do estresse oxidativo através da dosagem de isoprostanos e medida da atividade da superóxido dismutase e catalases. Avaliamos, ainda, as diferenças de creatinina plasmáticas antes e depois do experimento Resultados: A combinação de PCIR com hipotermia durante experimento de IR revelou ausência de diferenças comparado aos outros grupos de intervenção na análise do padrão histológico (p=0.722). O estresse oxidativo não apresentou variações significativas entre os grupos, exceto na medida do superóxido dismutase que foi mais elevada nos protocolos de isquemia fria (p<0.05). Animais submetidos a protocolos de IR sob hipotermia demonstraram menores valores de creatinina sérica ao término dos procedimentos (p<0.001). Conclusão: A associação de pré-condicionamento isquêmico remoto com hipotermia local não gera proteção renal na lesão por IR. A hipotermia isolada, entretanto, parece ser efetiva na preservação da função renal durante eventos isquêmicos. Em nosso estudo, o pré-condicionamento isquêmico remoto isolado seguido de IR quente (37ºC) não demonstrou benefícios nos parâmetros avaliados comparado à IR quente sem PCIR ou mesmo grupo controle, sugerindo que este modelo experimental de pré-condicionamento isquêmico remoto possui restrições na análise da janela precoce de proteção. / Introduction: Ischemia-reperfusion injury (IR) can be reduced using protective measures such as hypothermia and remote ischemic preconditioning (RIPC). The combination of these might result in potential protective effects to be clarified. Objectives: To assess the effects of the association between RIPC and topical hypothermia in relation to renal IR injuries, especially regarding oxidative stress and histological changes in renal tissue. Methods: Experimental surgeries in thirty two Wistar rats, which were randomly selected to four surgical protocols: 1 - IR by left renal pedicle ischemia for 40 minutes followed by single reperfusion (37 o C); 2 - IR by left renal pedicle ischemia for 40 minutes followed by reperfusion under local hypothermia (4 o C); 3 - RIPC by clamping the left iliac artery for 15 minutes followed by reperfusion for 10 minutes, proceeding to ischemia of the left renal pedicle for 40 minutes followed by reperfusion (37 o C); 4 - RIPC by clamping the left iliac artery for 15 minutes followed by reperfusion for 10 minutes, proceeding to ischemia of the left renal pedicle for 40 minutes followed by reperfusion under local hypothermia (4 o C). All rats underwent right nephrectomy at the beginning of the procedure, and these kidneys considered the control group. After 240 minutes of reperfusion, the animals were submitted to a second surgical procedure for left nephrectomy. All kidneys underwent tissue evaluation, describing the degree of acute tubular necrosis with histopathological analysis. Oxidative stress assessment occurred through isoprostane dosing and measurement of superoxide dismutase and catalase activity. Differences in plasmatic blood creatinine were evaluated before and after the experiment Results: RIPC combined with cold ischemia during IR experiment revealed no differences compared to any of the other interventional groups regarding the analysis of histological changes (p=0.722). Oxidative stress shows no significant variations among groups, except in superoxide dismutase measurements which were higher in cold protocols compared to warm protocols (p<0.05). Serum creatinine at end of procedure showed lower levels in the animals submitted to hypothermic IR protocols (p<0.001). Conclusion: Combining remote ischemic preconditioning and local hypothermia provides no renal protection in IR injury. Hypothermia, however, seems to be effective in preserving renal function during ischemic events. Furthermore, in our study remote preconditioning solely followed by warm IR did not show benefits in any of the evaluated parameters compared to warm IR alone or control groups, suggesting that this experimental model of preconditioning has limitations in the early window of protection analysis (< 24 hours).
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Efeito cerebroprotetor do pré-condicionamento isquêmico sobre aspectos celulares e funcionais no modelo de hemorragia intracerebral focal em ratos Wistar adultos

Delgado, Thamiris Fenalti January 2017 (has links)
O Acidente Vascular Encefálico (AVE) Hemorrágico representa mais de 10% de todos os casos de AVE e possui altas taxas de morbidade e de mortalidade. Os pacientes que sobrevivem a este evento permanecem com alguma disfunção motora, que algumas vezes é incapacitante. O extravasamento de sangue em um AVE hemorrágico ocorre, geralmente, em regiões onde há bifurcação de pequenas arteríolas penetrantes, como na região dos núcleos da base. O estriado, importante componente dessa região, está relacionado a funções motoras superiores, como o planejamento e a execução do movimento. Alguns estudos demonstram que o pré-condicionamento (PC) isquêmico pode gerar a tolerância a outros eventos que acometem o sistema nervoso. O PC é definido como fenômeno decorrente da exposição de um tecido ou órgão a um insulto sub-letal capaz de resultar em adaptações determinantes para a tolerância tecidual. Isso ocorre mesmo quando esses dois estímulos são de origens diferentes; neste caso diz-se que o PC desenvolveu tolerância cruzada. Desta forma, o presente estudo dedicou-se ao estudo de efeitos celulares e funcionais do pré-condicionamento isquêmico, por oclusão bilateral das artérias carótidas durante 10 minutos, sobre o modelo de hemorragia intracerebral (HIC), por administração intraestriatal de colagenase do tipo IV-S em ratos. A hipótese de trabalho era de que o PC causaria tolerância cruzada para a HIC, e consequente neuroproteção avaliada por testes motores, volume de lesão, com envolvimento de astrocitose e de micróglia reativa Foram usados 67 ratos machos Wistar adultos, divididos em 4 grupos: Sham (controle cirúrgico), PC, HIC, PC+HIC. Assim, os animais dos grupos PC e PC+HIC foram submetidos ao pré-condicionamento e 24 horas depois os animais HIC e PC+HIC receberam a injeção de colagenase, enquanto os animais Sham e PC receberam uma injeção de salina. A avaliação motora dos animais foi realizada a partir dos testes do cilindro e do Staircase. Trinta e quatro dias após a HIC os animais foram perfundidos e o estriado ipsilateral à injeção foi dissecada para obtenção de amostras teciduais necessárias à avaliação da perda tecidual e quantificação de intensidade de fluorescência de GFAP (proteína glial fibrilar ácida) e OX-42, importantes marcadores de astrócitos e microglia, respectivamente. Os resultados demonstram que: a) a HIC causa deficits motores em ambos os testes realizados, e que o PC reverte este efeito; b) a HIC causa lesão estriatal que não é revertido pelo pré-condicionamento; c) a HIC causa aumento da intensidade de fluorescência para GFAP e para OX-42, e o PC reverte apenas a reatividade da micróglia. Em conjunto, sugere-se que o pré-condicionamento isquêmico causa tolerância cruzada com a hemorragia intracerebral experimental, resultando em proteção funcional, mas não morfológica, possivelmente associada a uma diminuição da reatividade da microglia após o evento hemorrágico. / Hemorrhagic Vascular Stroke (EVA) represents more than 10% of all stroke cases with high rates of morbidity and mortality. Patients who survive this event, remain with some motor dysfunction, which is sometimes disabling. The extravasation of blood in a hemorrhagic stroke occurs, generally, in regions where there is bifurcation of small vessels, as in the region of striatum. The striatum is related to the higher motor functions, such as the planning and execution of the movement. Some studies have shown that preconditioning (PC) can generate a tolerance to other events that accompany the nervous system. The PC is presented as the source of the exposure of a sub-lethal, resulting in an adaptation of determinants to a tissue tolerance. Thus, the present study aimed shows the ischemic preconditioning effects, by bilateral occlusion of the carotid arteries for 10 minutes, on the intracerebral hemorrhage (ICH) model, by intra- striatum administration of type IV S collagenase in rats. The working hypothesis was tolerance to HIC, and consequent neuroprotection by motor function, lesion volume, astrocytosis and reactive microglia. A total of 84 male Wistar adult rats were divided into 4 groups: Sham (surgical control), PC, HIC, PC + HIC Thus, the animals of the PC and PC + HIC groups were introduced to the preconditioning and 24 hours later, the HIC and PC + HIC animals received a collagenase injection, while the Sham and PC animals received a saline injection. The evaluation of the animal function was performed from cylinder and Staircase tests. Thirty-four days after the surgery, the striatum was dissected and prepared to lesion volume analysis and fluorescence intensity of GFAP quantification (acid glial fibrillary protein) and OX-42, important astrocyte and microglia markers respectively. The results demonstrate that: a) an HIC causes motor deficits in both tests performed, and that the PC reverses this effect; b) an ICH causes a striatal lesion that is not reversed by preconditioning; c) an HIC promoted high fluorescence intensity for GFAP and OX-42, and PC reverses the microglia reactivity. Taken together, we suggest that ischemic preconditioning combined with experimental intracerebral hemorrhage, promotes functional but not morphological protection, being associated with the microglial reactivity decrease after the hemorrhagic event.
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Avaliação dos efeitos do pré-condicionamento isquêmico local associado a hipotermia tópica na lesão por isquemia e reperfusão renal em ratos

Ribeiro, Guilherme Behrend Silva January 2016 (has links)
Introdução: A hipotermia tópica e o pré-condicionamento isquêmico local isoladamente reduzem a lesão renal por isquemia-reperfusão (I/R). Possivelmente, a associação de ambas estratégias tem efeitos protetores sinergísticos. Objetivos: Estudar os efeitos do pré-condicionamento local associado a hipotermia tópica na lesão renal por I/R, principalmente quanto às alterações histológicas, dano por estresse oxidativo, atividade antioxidante tecidual e parâmetros bioquímicos funcionais. Métodos: Quarenta ratos Wistar foram aleatoriamente alocados para cinco protocolos experimentais realizados no rim esquerdo: hipotermia tópica por 40 min sem isquemia (HT), isquemia quente por 40 min (IR), pré-condicionamento isquêmico (15 min de isquemia + 10 min de reperfusão) seguido de isquemia quente por 40 min (PCI+IR), isquemia fria por 40 min (HT+IR) e pré-condicionamento isquêmico seguido de isquemia fria por 40 min (PCI+HT+IR). Nefrectomia direita foi realizada em todos os ratos antes de qualquer procedimento. Oito rins direitos aleatoriamente designados constituíram o grupo controle Após 240 min de reperfusão, o rim esquerdo foi retirado para avaliar as alterações histológicas, a peroxidação lipídica (níveis de F2-isoprostanos [F2IP]) e a atividade enzimática antioxidante (catalase [CAT] e superóxido dismutase [SOD]). A função renal foi avaliada através da creatinina e uréia séricas. Resultados: O grupo PCI+HT+IR não foi diferente dos outros grupos submetidos a isquemia quanto às alterações histológicas, peroxidação lipídica e atividade enzimática antioxidante. A creatinina no grupo PCI+HT+IR foi mais baixa comparado ao grupo PCI+IR, mas semelhante ao grupo HT+IR. Conclusões: A combinação de pré-condicionamento local e hipotermia tópica não resultou em proteção à lesão por I/R. Além disso, o PCI local isolado seguido de isquemia quente prejudicou a função renal mais que a isquemia quente isolada. / Purpose: Topical hypothermia and local ischemic preconditioning have been shown to reduce renal ischemia-reperfusion (I/R) injury individually. We examined whether combination of both strategies lessens renal I/R injury. Methods: Post right nephrectomy, 40 male Wistar rats were randomly assigned to five experimental protocols performed in the left kidney: topical hypothermia without ischemia (TH), warm ischemia (IR), ischemic preconditioning followed by warm ischemia (IPC+IR), cold ischemia (TH+IR), and ischemic preconditioning followed by cold ischemia (IPC+TH+IR). Eight randomly assigned right kidneys constituted the control group. After 240 min of reperfusion, the left kidney was retrieved to evaluate histological changes, lipid peroxidation and antioxidant enzymes activity. Serum was collected to evaluate urea and creatinine. Results: IPC+TH+IR group revealed no difference to any other group subjected to ischemia in relation to histological changes, lipid peroxidation and antioxidant enzymes activity. Creatinine was lower in IPC+TH+IR group compared with IPC+IR, but showed no difference compared to TH+IR group. Conclusions: Combination of local ischemic preconditioning (IPC) and topical hypothermia conferred no protection in renal I/R injury. Moreover, local IPC solely followed by warm ischemia impaired renal function more than warm ischemia alone.
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Análise do pré-condicionamento isquêmico remoto associado ao resfriamento na lesão renal por isquemia e reperfusão em ratos / Remote ischemic conditioning associated with hypothermia : analysis of the renal lesion in the ischemia-reperfusion damage of rats

Motta, Guilherme Lang January 2018 (has links)
Introdução: A lesão renal por isquemia-reperfusão (IR) pode ser reduzida através de estratégias protetoras, entre elas a hipotermia e o pré-condicionamento isquêmico remoto (PCIR). A combinação destas sustenta um potencial efeito protetor a ser esclarecido. Objetivos: Avaliar os efeitos da associação entre o pré-condicionamento isquêmico remoto e a hipotermia tópica em relação às lesões renais por IR, especialmente quanto ao estresse oxidativo e as alterações histológicas no tecido renal. Métodos: Cirurgias experimentais em trinta e dois ratos Wistar, os quais foram aleatoriamente selecionados para quatro protocolos cirúrgicos: 1 - isquemia do pedículo renal esquerdo por 40 minutos seguido de reperfusão sob eutermia (37 o C); 2 - isquemia do pedículo renal esquerdo por 40 minutos seguido de reperfusão sob hipotermia local (4 o C); 3 - PCIR através de clampeamento da artéria ilíaca esquerda por 15 minutos seguido reperfusão por 10 minutos, prosseguindo para isquemia do pedículo renal esquerdo por 40 minutos seguido de reperfusão sob eutermia; 4 - PCIR através de clampeamento da artéria ilíaca esquerda por 15 minutos seguido reperfusão por 10 minutos, prosseguindo para isquemia do pedículo renal esquerdo por 40 minutos seguido de reperfusão sob hipotermia local. Todos os ratos sofreram nefrectomia direita no início do procedimento, sendo estes rins considerados o grupo controle. Após 240 minutos de reperfusão da IR, os animais foram submetidos a um segundo procedimento cirúrgico para a nefrectomia esquerda. Todos os rins foram submetidos a avaliação tecidual, onde foram analisados o grau de necrose tubular aguda pela avaliação histopatológica, além do estresse oxidativo através da dosagem de isoprostanos e medida da atividade da superóxido dismutase e catalases. Avaliamos, ainda, as diferenças de creatinina plasmáticas antes e depois do experimento Resultados: A combinação de PCIR com hipotermia durante experimento de IR revelou ausência de diferenças comparado aos outros grupos de intervenção na análise do padrão histológico (p=0.722). O estresse oxidativo não apresentou variações significativas entre os grupos, exceto na medida do superóxido dismutase que foi mais elevada nos protocolos de isquemia fria (p<0.05). Animais submetidos a protocolos de IR sob hipotermia demonstraram menores valores de creatinina sérica ao término dos procedimentos (p<0.001). Conclusão: A associação de pré-condicionamento isquêmico remoto com hipotermia local não gera proteção renal na lesão por IR. A hipotermia isolada, entretanto, parece ser efetiva na preservação da função renal durante eventos isquêmicos. Em nosso estudo, o pré-condicionamento isquêmico remoto isolado seguido de IR quente (37ºC) não demonstrou benefícios nos parâmetros avaliados comparado à IR quente sem PCIR ou mesmo grupo controle, sugerindo que este modelo experimental de pré-condicionamento isquêmico remoto possui restrições na análise da janela precoce de proteção. / Introduction: Ischemia-reperfusion injury (IR) can be reduced using protective measures such as hypothermia and remote ischemic preconditioning (RIPC). The combination of these might result in potential protective effects to be clarified. Objectives: To assess the effects of the association between RIPC and topical hypothermia in relation to renal IR injuries, especially regarding oxidative stress and histological changes in renal tissue. Methods: Experimental surgeries in thirty two Wistar rats, which were randomly selected to four surgical protocols: 1 - IR by left renal pedicle ischemia for 40 minutes followed by single reperfusion (37 o C); 2 - IR by left renal pedicle ischemia for 40 minutes followed by reperfusion under local hypothermia (4 o C); 3 - RIPC by clamping the left iliac artery for 15 minutes followed by reperfusion for 10 minutes, proceeding to ischemia of the left renal pedicle for 40 minutes followed by reperfusion (37 o C); 4 - RIPC by clamping the left iliac artery for 15 minutes followed by reperfusion for 10 minutes, proceeding to ischemia of the left renal pedicle for 40 minutes followed by reperfusion under local hypothermia (4 o C). All rats underwent right nephrectomy at the beginning of the procedure, and these kidneys considered the control group. After 240 minutes of reperfusion, the animals were submitted to a second surgical procedure for left nephrectomy. All kidneys underwent tissue evaluation, describing the degree of acute tubular necrosis with histopathological analysis. Oxidative stress assessment occurred through isoprostane dosing and measurement of superoxide dismutase and catalase activity. Differences in plasmatic blood creatinine were evaluated before and after the experiment Results: RIPC combined with cold ischemia during IR experiment revealed no differences compared to any of the other interventional groups regarding the analysis of histological changes (p=0.722). Oxidative stress shows no significant variations among groups, except in superoxide dismutase measurements which were higher in cold protocols compared to warm protocols (p<0.05). Serum creatinine at end of procedure showed lower levels in the animals submitted to hypothermic IR protocols (p<0.001). Conclusion: Combining remote ischemic preconditioning and local hypothermia provides no renal protection in IR injury. Hypothermia, however, seems to be effective in preserving renal function during ischemic events. Furthermore, in our study remote preconditioning solely followed by warm IR did not show benefits in any of the evaluated parameters compared to warm IR alone or control groups, suggesting that this experimental model of preconditioning has limitations in the early window of protection analysis (< 24 hours).

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