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Comportamento da proteína C reativa ultrassensível na revascularização do miocárdio com e sem circulação extracorpórea / Behavior of ultrasensitive C- reactive protein in myocardial revascularization with and without extracorporeal circulationRafael Diniz Abrantes 05 November 2018 (has links)
INTRODUÇÃO: A inflamação atua diretamente na gênese, progressão e manutenção da aterosclerose. A proteína C reativa ultrassensível (PCRus) é um biomarcador inflamatório preditor de eventos cardiovasculares (ECVs). OBJETIVOS: Analisar o comportamento da PCRus na revascularização do miocárdio (RM) com e sem circulação extracorpórea (CEC) nos períodos pré e pós-operatório e correlacioná-los com as variáveis biológicas e laboratoriais. MÉTODOS: Estudo clínico prospectivo não-randomizado, com 136 pacientes pertencentes ao The Medicine, Angioplasty or Surgery Study V (MASS-V Trial) sendo 93 do sexo masculino e 43 do sexo feminino. Foram elencados 69 pacientes para Grupo 1 (G1= RM com CEC) com média de idade de 61,7 anos e 67 pacientes foram elencados para o Grupo 2 (G2= RM sem CEC) com média de idade de 62,6 anos. Todos os participantes do estudo tiveram amostras de sangue coletadas para análise de glicose, triglicérides (TG), creatinina, colesterol total (CT), high density lipoprotein (HDL), low density lipoprotein (LDL) e creatinofosfoquinase (CPK) no pré-operatório. A coleta das amostras de creatinofosfoquinase MB (CKMB), troponina I (TnI) e proteína C reativa ultrassensível (PCRus), foi realizada no pré-operatório e após 6h, 12h, 24h, 36h, 48h e 72h do ato cirúrgico. Também foram obtidas no pré-operatório as variáveis biológicas de cada paciente (idade, tabagismo, diabetes mellitus (DM), lesão de tronco em coronária esquerda (TCE), índice de massa corpórea (IMC), infarto do miocárdio prévio (IAM prévio), fibrose do miocárdio). A presença de fibrose miocárdica foi analisada através de ressonância magnética cardíaca (RMC) 2 dias antes da cirurgia (F1= fibrose pré-operatória) e com 6 dias após a cirurgia (F2= fibrose pós-operatória). A PCRus foi analisada de maneira uni e bivariada com as variáveis laboratoriais e biológicas elencadas para este estudo. Foram incluídos todos os pacientes angiograficamente documentados com estenose multiarterial proximal > 70% e isquemia documentada por teste de esforço (TE) ou classificação de angina estável (Classe II ou III) pela Canadian Cardiovascular Society (CCS). Não foram incluídos neste estudo reoperações, cirurgias combinadas, infarto agudo do miocárdio (IAM) recente ( <= 6 meses), doença inflamatória recente, trombose venosa profunda (TVP) ou tromboembolismo pulmonar recente (TEP), insuficiência renal aguda (IRA) ou insuficiência renal crônica (IRC). RESULTADOS: Os grupos foram considerados comparáveis em função das variáveis biológicas e laboratoriais analisadas, exceto pela maior ocorrência de hipertensão arterial no G1 e de IAM no G2. Observou-se que houve aumento dos valores da PCRus obtidos no pós em relão ao pré-operatório (p < 0,001). Essa alteração foi significativa em relação às técnicas de RM empregadas. Uma análise bivariada correlacionou a área sob a curva da PCRus e as demais variáveis analisadas e não foi observada significância estatística (p > 0,05) com exceção da área sob a curva encontrada da creatinofosfoquinase (CPK) que resultou em uma correlação positiva no G1 (p=0,015). CONCLUSÕES: Houve aumento da PCRus no pós em relação ao pré-operatório. Este aumento ocorreu em todos os momentos avaliados do pós-operatório. Não houve diferença de comportamento da PCRus entre as técnicas de revascularização do miocárdio empregadas / INTRODUCTION: The inflammation acts directly on atherosclerosis genesis, progression and maintenance. Ultrassensitive C- reactive protein (usCRP) is an inflammatory biomarker that predicts cardiovascular events (CVEs). OBJECTIVES: To analyze the behavior of the usPCR in the MR (myocardial revascularization) with and without extracorporeal circulation (ECC) in the pre and postoperative periods and correlate them with the biological and laboratory variables. METHODS: A prospective non-randomized clinical study with 136 patients belonging to The Medicine, Angioplasty or Surgery Study V (MASS-V Trial), 93 males and 43 females. Sixty-nine patients were enrolled for Group 1 (G1 = MR with ECC) with a mean age of 61.7 years and 67 patients were assigned to Group 2 (G2 = MR without ECC) with a mean age of 62.6 years. All participants in the study had blood samples collected to analyse of glucose, triglycerides (TG), creatinine, total cholesterol (TC), high density lipoprotein (HDL), low density lipoprotein (LDL) and creatinephosphokinase (CPK) in the preoperative. The samples of creatinephosphokinase MB (CKMB), Troponin I (ITn) and usCRP were collected in the preoperative and after 6, 12, 24, 36, 48, and 72 hours from the surgery. The laboratory analysis provided the usCRP that was analyzed in a univariate and bivariate way. We also analyzed in the preoperative biological variables of each patient (age, smoking, diabetes mellitus (DM), left coronary trunk lesion (LCT), body mass index (BMI), previous myocardial infarction (previous AMI), myocardial fibrosis). The presence of myocardial fibrosis was analyzed by cardiac magnetic resonance imaging (CMR) 2 days before surgery (F1 = preoperative fibrosis) and 6 days after surgery (F2 = postoperative fibrosis). The usCRP was analyzed in a univariate and bivariate way using with the laboratory and biological variables listed for this study. All angiographically documented patients with > 70% proximal multiarterial stenosis and ischemia, documented by stress test (ST) or classification of stable angina (Class II or III), according to the Canadian Cardiovascular Society (CCS), were included. Reoperations, combined surgeries, recent acute myocardial infarction (AMI) ( <=6 months), recent inflammatory disease, deep venous thrombosis (DVT) or recent pulmonary thromboembolism (PTE), acute renal failure (ARF), or chronic renal failure (CRF), were not included. RESULTS: The groups were considered comparable according to the biological and laboratory variables analyzed, except for the greater occurrence of SAH in G1 and AMI in G2. It was observed that there was an increase in the usCRP values obtained in the postoperative period in relation to the preoperative period (p < 0.001). This change was significant in relation to the MR techniques employed. A bivariate analysis correlated the area under the usCRP curve and the other variables analyzed and no statistical significance was observed (p > 0.05) except for the area under the creatine phosphokinase (CPK) curve that resulted in a positive correlation in G1 (p=0.015). CONCLUSIONS: There was an increase in usCRP in the postoperative period compared to the preoperative period. This increase occurred in all moments assessed postoperatively. There was no difference in the usCRP behavior between the two myocardial revascularization techniques employed
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Estudo da homeostase dos mediadores pró-inflamatórios e antiinflamatórios na sepse neonatal / A Study of the homeostasis of the pro-inflammatory and anti-inflammatory mediators in neonatal sepsisCianciarullo, Marco Antonio 02 July 2008 (has links)
Objetivos: Avaliar a utilidade dos mediadores pró-inflamatórios (TNF-alfa, IL-1 beta e IL-6), dos mediadores antiinflamatórios (IL-10 e IL-1Ra) e da Proteína C reativa (PCR) para o diagnóstico na sepse neonatal; verificar se os valores séricos isolados ou a relação entre IL-6 e IL-1Ra têm valor preditivo de gravidade, na evolução clínica da doença; determinar se a homeostase entre os mediadores pró-inflamatórios e antiinflamatórios e a PCR definem o prognóstico da doença. Casuística e métodos: Foram incluídos no estudo 31 recém-nascidos (RN) internados na UCINE ou no Hospital Universitário com diagnóstico de sepse, baseado em critérios clínicos e laboratoriais. Os RN com diagnóstico de sepse foram subdivididos em dois grupos de acordo com a evolução clínica: grupo sepse: os que tiveram boa evolução e grupo sepse grave, os que tiveram evolução complicada por choque séptico e/ou CIVD e/ou FMOS e/ou óbito. Além dos exames de rotina para sepse, forma mensurados nos dias 0, 3 e 7 de evolução a partir do diagnóstico, os níveis séricos de TNF-alfa, IL-1 beta, IL-6, IL-10 e IL-1Ra. Resultados: Na análise evolutiva geral, todos os mediadores inflamatórios apresentaram mensuração elevada no dia do diagnóstico (dia 0), com decréscimo dos valores no decorrer do tempo. Entre os mediadores pró-inflamatórios, a TNF-alfa, a IL-6 e a IL-1 beta se mostraram adequados para o diagnóstico, no entanto para o seguimento, a melhor foi a IL-6. Entre os mediadores antiinflamatórios a IL-10 seguiu os padrões dos mediadores próinflamatórios acompanhando a resolução do processo séptico, enquanto a IL-1Ra apresentou decréscimos até o 3º dia e permaneceu estável até o 7º dia caracterizando a perpetuação da ação antiinflamatória desta citocina. Quanto às relações entre mediadores pró-inflamatórios e antiinflamatórios (relação IL-6/IL-1Ra e IL-6/(IL-6 + IL-1Ra) observamos que a IL-6/IL-1Ra apresentou relação com a evolução do processo séptico, mostrando inicialmente predomínio da ação próinflamatória no dia 0 e antiinflamatória no dia 7. A PCR acompanhou de forma muito semelhante as curvas da TNF-alfa, L-6 e IL-10. Quando se subdividiu a casuística em grupos, sepse e sepse grave, observamos que os RN com sepse com boa evolução apresentaram níveis séricos médios de TNF-alfa, IL-1 beta e IL-10 próximos aos níveis mínimos detectáveis e estas citocinas nos RN com sepse grave. / Objectives - To evaluate the utility of the pro-inflammatory mediators (TNF-alfa, IL1-beta, and IL-6), the anti-inflammatory mediators (IL-10 and IL-1Ra) and C-Reactive Protein (CRP) for the diagnosis of neonatal sepsis; to verify whether the isolated seric values or the relation between IL-6 and IL-1Ra have predictive values for severity regarding the clinical outcome, and to ascertain if the homeostasis between the pro-inflammatory and anti-inflammatory mediators and CPR can define the prognosis of the disease. Patients and Methods - The study included 31 newborns (NB) admitted to the UCINE (External Neonatal Unit) or to Hospital Universitário (São Paulo University Hospital) with diagnosis of sepsis based upon clinical and laboratorial parameters. The NB with diagnosis of sepsis were further subdivided into 2 groups according to the clinical outcome: sepsis group: containing those NB who evolved to a positive outcome, and severe sepsis group, in turn composed of the NB with unsatisfactory outcomes due to complications caused by septic shock and/or DIVC and/or FMOS and/or death. On days 0, 3, and 7 following diagnosis the seric levels of TNF-alfa, IL-1 beta, IL-6, IL-10, and IL-1Ra were measured in addition to the routine sepsis workup. Results - The general follow-up analysis revealed that all the inflammatory mediators presented elevated levels at diagnosis (day 0) with a decrease of these values over time. Regarding the pro-inflammatory mediators, TNF-alfa, IL-6 and IL-1 beta were satisfactory for diagnosis, whereas IL-6 was more accurate for follow-up. In relation to the anti-inflammatory mediators, IL-10 revealed the same pattern of the pro-inflammatory mediators following the septic process resolution, whereas IL-1Ra gradually decreased until the 3rd day but hence remained stable until the 7th day, thus characterizing the continuity of the anti-inflammatory action of this cytokine. Concerning the inter-relation between the pro and anti-inflammatory mediators (IL-6/IL-1Ra relation and IL-6/(IL6+IL-1Ra)) we observed that the IL-6/IL-1Ra correlated with the septic process evolution with predominance of the proinflammatory action on day 0 and of the anti-inflammatory action on day 7. The CRP levels, we observed that in the sepsis group with satisfactory outcome on day 0 the seric values were higher than in the severe sepsis group, although on days 3 and 7 these values decreased more substantially, while in the sepsis group they increased on day 3 followed by a gradual decrease until day 7. Conclusions - The analyzed mediators were effective in the diagnosis of neonatal sepsis and also predictive of the degree of severity, mainly with regards to cytokines IL-6 and IL-1Ra. The homeostatic equilibrium/disequilibrium was correlated to the type of disease outcome: sepsis with no complications versus severe sepsis.
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Estudo da modulação autonômica cardíaca no processo de envelhecimento e suas relações com a terapia de reposição hormonal, proteína C-reativa e comprimento de telômerosPerseguini, Natália Maria 06 June 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-06-06 / Universidade Federal de Minas Gerais / The aging process affects many systems of the human body, including: autonomic nervous system, which can be assessed by heart rate variability (HRV); cellular structures, such as telomere length; and mechanisms of regulation of the inflammatory process, which can be evaluated by inflammatory markers such as high-sensitivity C-reactive protein (hsCRP). The combined analysis of these variables enables the study of the aging process in a multidimensional way. Additionally, the effects of hormone replacement therapy (HRT) on HRV are contradictory. In this way, we conducted the study I, which aimed to investigate the effects of HRT on HRV in healthy postmenopausal women. Two groups were evaluated: Group 1 (G1): 20 women who did not use HRT (60 ± 5.89 years) and group 2 (G2): 20 women undergoing HRT (59 ± 5.70 years). The electrocardiogram was recorded in supine position for 10 min. Spectral analysis included low and high frequency in absolute (LF and HF) and normalized (LFnu and HFnu) units. LF/HF ratio was also calculated. Symbolic analysis (0V%, 1V%, 2LV% e 2UV%), Shannon and conditional entropy were calculated. LF, LFnu and LF/HF ratio were higher, whereas HFnu was lower in G2 than in G1. Correlations between complexity indices and HFnu were significant and positive only in G1. We conclude that women undergoing HRT had higher cardiac sympathetic modulation and reduced cardiac vagal modulation compared to women not using HRT. Moreover, the expected positive relationship between cardiac vagal modulation and HRV complexity was found only in the group not undergoing HRT, indicating that vagal modulation in women under therapy drop below a minimum value necessary to the association to become apparent, suggesting an unfavorable cardiac autonomic modulation in spite of HRT. Considering the findings of the study I, we chose to adopt the use of the therapy as an exclusion criterion for the study II. Thus, the study II aimed to examine the aging effect on heart rate variability in supine and standing, on serum hsCRP and leukocyte telomere length, as well as to verify the age at which the changes caused by aging process are accentuated. One hundred and ten volunteers were divided into five groups according to age: G21-30 years, G31-40 years, G41-50 years, G51-60 years, and G61-70 years. Venous blood samples were collected for measurements of serum hsCRP and telomere length. ECG signals were recorded in rest supine and standing (15 min in each posture). HRV was assessed by spectral analysis in low and high frequencies in absolute (LF e HF) and normalized (LFnu e HFnu) units; symbolic analysis (0V%, 1V%, 2LV% e 2UV%); Shannon entropy; and complexity index (CI) and normalized CI (NCI) from conditional entropy. The main results were: 1) HF and 2UV% reduction (vagal modulation) in G51-60, and 0V% increase (sympathetic modulation) and NCI reduction (complexity) in G61-70, in supine; 2) less efficient response to postural change from supine to standing with advancing age; 3) hsCRP increase in G51-60; 4) telomere shortening in G61-70; 5) in supine, HRV indices showed stronger relationship with the principal component of most relevance from the multivariate principal component analysis, compared to hsCRP and telomere length. Considering that HRV indices in supine had a stronger association with the aging process, we can conclude that the decrease in cardiac vagal modulation may have influenced the increase in serum hsCRP (although normal values), in G51-60, since this effect is described by the cholinergic anti-inflammatory pathway. Decreased cardiac vagal modulation and increased hsCRP may have contributed to the telomere shortening identified in the following decade (G61-70). In this way, we must consider the importance of preventive actions prior to the onset of aging effects, particularly in the 41-50 age range, in an attempt to attenuate the natural effects of senescence. / O envelhecimento exerce influência sobre vários sistemas do corpo humano, dentre eles: sistema nervoso autonômico, que pode ser avaliado pela variabilidade da frequência cardíaca (VFC); estruturas celulares, como o comprimento de telômeros; e mecanismos reguladores de processos inflamatórios, que podem ser avaliados por marcadores inflamatórios, como a proteína C-reativa ultra sensível (PCRus). A análise conjunta dessas variáveis permitiria o estudo do processo de envelhecimento de forma multidimensional. Adicionalmente, são controversos os efeitos da terapia de reposição hormonal (TRH) sobre a VFC. Assim, foi realizado o estudo I, o qual teve por objetivo investigar os efeitos da TRH na VFC em mulheres pós-menopáusicas saudáveis. Foram avaliados dois grupos: grupo 1 (G1): 20 mulheres que não faziam uso de TRH (60 ± 5,89 anos) e grupo 2 (G2): 20 mulheres submetidas à TRH (59 ± 5,70 anos). O eletrocardiograma foi registrado na posição supina por 10 min. A análise espectral incluiu a baixa e a alta frequência em unidades absolutas (BF e AF) e normalizadas (BFun e AFun). A relação BF/AF também foi calculada. A análise simbólica (0V%, 1V%, 2LV% e 2UV%), e entropias de Shannon e condicional também foram calculadas. BF, BFun e a razão BF/AF foram maiores, enquanto AFun foi menor no G2 do que no G1. As correlações entre índices de complexidade e AFun foram significativos e positivos apenas no G1. Concluímos que mulheres submetidas à TRH apresentaram maior modulação cardíaca simpática e menor modulação cardíaca vagal em comparação às que não faziam a terapia. Além disso, a relação positiva esperada entre modulação cardíaca vagal e a complexidade da VFC foi encontrada apenas no grupo não submetido à TRH, indicando que a modulação vagal em mulheres sob a terapia não atinge um valor mínimo necessário para a associação se tornar aparente, sugerindo uma modulação autonômica cardíaca desfavorável, apesar da TRH. A partir dos achados do estudo I, optou-se por adotar, como critério de exclusão para o estudo II, o uso da terapia. Assim, o estudo II teve por objetivo analisar o efeito do envelhecimento sobre a VFC nas posições supina e ortostática, os níveis séricos da PCRus e o comprimento de telômeros leucocitários, além de verificar em qual faixa etária se acentuam as alterações provocadas pelo processo de envelhecimento. Foram avaliados 110 voluntários, divididos em cinco grupos, de acordo com a idade: G21-30 anos, G31-40 anos, G41-50 anos, G51-60 anos e G61-70 anos. Amostras de sangue venoso foram coletadas para medidas de PCRus e comprimento de telômeros. Os sinais eletrocardiográficos foram registrados em repouso nas posições supina e ortostática (15 min em cada postura). A VFC foi avaliada por índices de baixa e alta frequências em unidades absolutas (BF e AF) e normalizadas (BFun e AFun) da análise espectral; índices 0V%, 1V%, 2LV% e 2UV% da análise simbólica; entropia de Shannon; e índice de complexidade (IC) e IC normalizado (ICN) da entropia condicional. Os principais resultados foram: 1) redução de AF e 2UV% (modulação vagal) em G51-60, além de aumento de 0V% (modulação simpática) e diminuição de ICN (complexidade) em G61-70 na posição supina; 2) resposta menos eficiente à manobra de mudança postural de supino para ortostatismo com o avanço da idade; 3) aumento da PCRus em G51-60; 4) encurtamento do comprimento de telômeros em G61-70; 5) na posição supina, os índices da VFC apresentaram relação mais alta com o componente principal de maior relevância, proveniente da análise multivariada por componentes principais, em comparação à PCRus e ao comprimento de telômeros. Considerando-se que os índices da VFC na posição supina apresentaram uma associação mais forte com o envelhecimento, podemos concluir que a diminuição da modulação cardíaca vagal possa ter contribuído para o aumento dos níveis séricos de PCRus (apesar dos valores estarem dentro de faixa de normalidade), na faixa etária de 51 a 60 anos, uma vez que este efeito é descrito pela via anti-inflamatória colinérgica. A diminuição da modulação cardíaca vagal e o aumento da PCRus podem ter contribuído para o encurtamento de telômeros, identificado na década seguinte, de 61 a 70 anos. Dessa maneira, torna-se importante a proposição de ações preventivas em faixas etárias anteriores ao início das alterações provocadas pelo envelhecimento, especialmente na década de 41 a 50 anos, na tentativa de atenuar os efeitos naturais da senescência.
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