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Estudo de fase I com decitabina, um agente hipometilador do DNA, em combinação com cisplatino em pacientes portadores de tumores sólidos avançados e uma avaliação preliminar de fase II em pacientes portadores de carcinoma de pulmão não de pequenas células avançado

Schunemann, Hugo Eduardo January 2000 (has links)
Os autores descrevem um estudo Fase I de cisplatina com decitabina, um novo agente hipometilante de DNA, em pacientes com tumores sólidos avançados, seguido de uma avaliação do início da Fase II da combinação em pacientes com câncer pulmonar não de pequenas células inoperável (CPNPC). No teste da Fase I, a cisplatina foi estudada a uma dose fixa de 33 mg/m², enquanto a decitabina foi graduada em quatro (I-IV) níveis de escala de dosagem (45, 67, 90 para 120 mg/m², respectivamente) em grupos consecutivos de, no mínimo, 3 pacientes por nível de dosagem. A decitabina foi administrada a pacientes na forma de infusão intravenosa por 2 horas, ao passo que a cisplatina foi administrada de forma intravenosa imediatamente após o fim da infusão de decitabina. Ambos os agentes foram administrados nos dias 1-3, a cada 21 dias. Vinte e um pacientes foram incluídos no teste da Fase I. O nível IV de dosagem (20 mg/m² de decitabina) foi considerado a dose máxima tolerada (DMT), e as toxicidades limitantes de dosagem foram neutropenia, trombocitopenia e mucosite. As doses recomendadas para os testes da Fase II em pacientes com risco significativo e não significativo foram 90 (nível III) e 67 mg/m² (nível II), respectivamente. Uma resposta parcial de curta duração foi observada em um paciente com câncer cervical, enquanto duas regressões secundárias foram documentadas em pacientes com CPNPC e câncer cervical, respectivamente. A dosagem no nível II foi escolhida para o teste da Fase II em pacientes com CPNPC. Quatorze pacientes consecutivos foram incluídos nessa parte do estudo. Sua média de idade era de 57 anos (faixa de 39-75), com proporção homens/mulheres de 11/3 e um desempenho médio OMS de 1 (0-2). estágio da doença era IIIB (5) e IV (9). Em um caso, foi administrada irradiação no tórax. Avaliou-se um total de 30 séries de tratamento para toxicidade e resposta, com uma média de duas séries por paciente (1-4). Observaram-se neutropenia e trombocitopenia em graus (3-4) em cerca de metade dos casos. Também foram observadas mucosites, diarreia, náuseas, vômitos e erupções na pele em alguns pacientes (Tabelas 3 e 4). Três respostas secundárias foram documentadas, as quais perduraram por 4,16 e 36 semanas. A média de sobrevida dos pacientes foi de 15 semanas (4-38). Como conclusão, a combinação de cisplatina com decitabina não exibiu atividade antitumor significativa em pacientes com CPNPC, conforme dosagem e programa aplicados neste teste, que justificasse sua avaliação posterior nessa população de pacientes.
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Preferências de pacientes após quimioterapia adjuvante ou neoadjuvante para câncer de mama : análise a respeito do menor benefício aceito em uma amostra de pacientes tratadas pelo Sistema Único de Saúde em Porto Alegre, RS - Brasil

Debiasi, Márcio January 2012 (has links)
Introdução: a quimioterapia adjuvante no câncer de mama aumenta a sobrevida global das pacientes, porém é associada à toxicidade e não é isenta de riscos. Estudos prévios, conduzidos em populações não latino-americanas, mostraram que muitas mulheres após serem submetidas à quimioterapia adjuvante para câncer de mama consideram que benefícios mínimos seriam suficientes para fazer o tratamento ser considerado como proveitoso. Objetivos: estimar qual é o mínimo benefício em ganho de sobrevida global capaz de fazer as pacientes considerarem o tratamento quimioterápico adjuvante ou neoadjuvante para o câncer de mama como proveitoso. Métodos: pacientes que receberam quimioterapia adjuvante ou neoadjuvante para câncer de mama no Hospital São Lucas da PUCRS foram entrevistadas após seu consentimento 3 a 60 meses depois do fim do tratamento quimioterápico adjuvante ou neoadjuvante. Todas as pacientes também responderam a versão validada para o português do questionário WHOQOL-BREF. O desfecho primário foi o mínimo benefício, medido como aumento de sobrevida global, capaz de fazer a paciente considerar a quimioterapia como proveitosa. Para fins de análise, esse desfecho foi considerado como uma variável dicotômica: "um dia" versus "pelo menos 1 mês". Os dados foram obtidos instruindo-se as pacientes a escolherem uma opção dentro de uma escala que variava de 1 dia até 10 anos de aumento de sobrevida global. As pacientes também tinham a opção de afirmarem que nenhum benefício as faria considerar a quimioterapia proveitosa. Objetivando verificar a consistência das respostas, 15 pacientes randomicamente selecionadas responderam o questionário uma segunda vez 3-7 meses depois de responderem o mesmo questionário pela primeira vez. Em uma análise exploratória, foi desenvolvido um modelo de regressão logística a fim de identificar fatores associados com a opção por benefício "mínimo" (os autores definiram “benefício mínimo” como aceitar a quimioterapia pelo ganho de um dia a mais de vida). Nesse modelo, foram consideradas variáveis sócio-demográficas, clínico-patológicas e relacionadas a particularidades do tratamento, bem como os domínios físico, social, ambiental e psicológico do WHOQOL-BREF. Resultados: 101 pacientes foram entrevistadas entre abril/2010 e janeiro/2011. A idade média foi 55,42 anos (DP = 11,75). Benefício equivalente ao incremento de um dia a mais de vida foi suficiente para que 82 (81,2%) pacientes considerassem a quimioterapia proveitosa. A consistência desse achado foi confirmada com a repetição da entrevista em 15 pacientes (kappa = 0,67). No modelo multivariável de regressão logística, as pacientes situadas nos dois quartis superiores do domínio social do WHOQOL-BREF (p = 0,03) e aquelas que descreviam a sua experiência com a quimioterapia como "excelente" (p = 0,03) foram mais propensas a fazer a opção por “benefício mínimo”. Pacientes com nível superior de instrução (p = 0,08) e aquelas não submetidas à terapia hormonal adjuvante (p = 0,08) apresentaram tendência a refutar a opção por benefício mínimo, porém essa diferença não foi estatisticamente significativa. Conclusões: esse estudo identifica um grande clamor pelo tratamento do câncer de mama em uma amostra da população brasileira tratada pelo SUS em um centro terciário de oncologia em Porto Alegre. A consistência desses achados foi confirmada pela repetição das entrevistas. Esses achados não devem de forma alguma influenciar o pensamento crítico do médico no momento da indicação do tratamento, mas devem auxiliá-lo na discussão dessa complexa questão com as pacientes, uma vez que, ao conhecer e valorizar as preferências das suas pacientes, o médico será mais capaz de acolhê-las em seus anseios. / Purpose: Adjuvant chemotherapy for breast cancer improves survival, but is associated with toxicity and can be inconvenient for patients. Previous studies conducted in non- Latin American populations have shown that many women with breast cancer who had already experienced adjuvant chemotherapy consider negligible benefits sufficient to make it worthwhile. Objective: to estimate which is the minimum benefit in terms of overall survival that makes patients consider the adjuvant treatment worthwhile Patients and Methods: interviews were carried out with consecutive consenting patients who had completed adjuvant or neoadjuvant chemotherapy for breast cancer 3 to 60 months before. All patients answered the validated Portuguese version of WHOQOL-BREF. The primary end point of the study was the minimum survival benefit that would make patients to consider the adjuvant chemotherapy worthwhile. This end point was considered as a dichotomous variable (one day vs. more than one day). Data was obtained by instructing patients to choose an option in a scale varying from one day to ten years of survival benefit. To check for consistency, 15 randomly selected patients answered the same questionnaire a second time 3-7 months after the first interview. A Logistic Regression model was used to check which factors were associated with the option for a “negligible” benefit (one day). Results: 101 patients were interviewed from April/2010 to January/2011. The mean age was 55.42 years (SD 11.75). Adjuvant chemotherapy was considered worthwhile for a gain of just one more day of life by 82 (81.2%) patients. The kappa coefficient among the 15 repeated interviews was 0.67 for the primary endpoint. Those in the two superior quartiles of the social domain of WHOQOL-BREF (p = 0.03) and not grading chemotherapy as a very unpleasant experience (p = 0.03) were more likely to accept a gain of just one more day of life to justify the adjuvant chemotherapy. Patients with higher levels of instruction and those not submitted to adjuvant hormonal therapy tended to be less inclined to choose the “negligible” benefit, but this difference was not statistically significant (p = 0,08). Conclusion: It is impressive the eagerness for treatment seen in a sample of Brazilian patients treated in a public reference cancer center: more than 81% of them considered adjuvant chemotherapy worthwhile even for a gain of just one more day in their lives. It is important to consider these results in clinical practice to give heed to patients’ demands when discussing treatment options with bordering benefits and when indicating the non-treatment option.
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Papel dos receptores cininérgicos na neuropatia periférica induzida pelo quimioterápico paclitaxel

Costa, Robson da January 2013 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduaçao em Farmacologia, Florianópolis, 2013 / Made available in DSpace on 2013-06-26T01:07:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 317194.pdf: 3146285 bytes, checksum: fbc0517bdd2ccde0d3830d50661084bb (MD5) / A neuropatia periférica induzida por quimioterápicos (NPIQ) é uma das principais causas de dor neuropática em humanos. Apesar de muitos esforços, atualmente não há terapia farmacológica disponível para o tratamento adequado de pacientes com dor crônica. É importante mencionar que talvez a dor crônica seja uma das áreas mais promissoras para que antagonistas dos receptores cininérgicos demonstrem eficácia clínica. Neste estudo procurou-se avaliar a contribuição de ambos os receptores B1 (B1R) e B2 (B2R) das cininas para a neuropatia periférica induzida pelo paclitaxel (PTX), um quimioterápico de uso clínico amplo. Além disso, este estudo investigou o possível envolvimento do receptor de potencial transitório vanilóide 4 (TRPV4) nas respostas nociceptivas das cininas em animais naïve, bem como a relevância desta interação para a neuropatia induzida pelo PTX. O tratamento com PTX induziu hiperalgesia mecânica e térmica em camundongos (linhagens C57BL/6 e CD1). A deleção do gene para os receptores B1, B2 ou B1 e B2 (animais duplo-nocaute) reduziu significativamente as respostas hiperalgésicas induzidas pelo PTX em comparação aos animais do tipo selvagem. De modo relevante, o tratamento intraperitoneal com os antagonistas peptídicos e seletivos para os receptores B1 e B2 (DALBK e Hoe 140, respectivamente) inibiu significativamente a hiperalgesia mecânica e térmica quando testados 7 e 14 dias após o primeiro tratamento com PTX. Estes antagonistas também foram eficazes quando administrados centralmente pela via intratecal. Além disso, a injeção intracerebroventricular de DALBK (mas não de Hoe 140) foi eficaz contra a hiperalgesia mecânica induzida pelo PTX em estágios tardios (14 dias). Este efeito foi associado com aumento da expressão do B1R (RNAm e proteína) no tálamo de camundongos. Apesar da eficácia contra a hiperalgesia instalada, o tratamento prolongado e preventivo com os antagonistas cininérgicos não foi eficaz em prevenir a gênese da neuropatia induzida pelo PTX. Porém, este protocolo de tratamento foi efetivo em inibir transitoriamente a hiperalgesia mecânica (por 24 h), bem como inibir expressivamente a hiperalgesia à hipotonicidade (um ativador do canal de mecanotransdução TRPV4). De fato, o canal TRPV4 demonstrou estar envolvido na hiperalgesia mecânica induzida por agonistas seletivos dos receptores B1 ou B2, DABK e BK, respectivamente. Ainda, verificou-se que a BK sensibiliza camundongos aos ativadores do canal TRPV4 (4a-PDD e hipotonicidade) por ativar a via de sinalização PLC/PKC. Corroborando este resultado, o tratamento prolongado e preventivo com os antagonistas cininérgicos preveniu a ativação da PKCE induzida pelo PTX na pata de camundongos; evento este que demonstrou ser importante para a sensibilidade aumentada a hipotonicidade em animais tratados com o quimioterápico. Os resultados do presente estudo demonstraram que as cininas agindo sobre ambos os receptores B1 e B2 desempenham papel crucial no controle da neuropatia periférica induzida pelo PTX através da sensibilização do canal TRPV4 via ativação da enzima PKCE. Estas evidências suportam a ideia de que antagonistas seletivos para os receptores cininérgicos poderiam representar novas opções terapêuticas para o tratamento da dor crônica causada pela quimioterapia.<br> / Abstract : Chemotherapy-induced peripheral neuropathy (CIPN) is one of the leading causes of neuropathic pain in humans. Despite much effort, the available pharmacotherapies fail to provide satisfactory pain relief for patients with persistent pain. Chronic pain is perhaps the most promising area where kinin receptor antagonists could prove to be useful. In this study we sought to analyse the contribution of both B1 (B1R) and B2 (B2R) kinin receptors to the peripheral neuropathy induced by paclitaxel (PTX), a widely used chemotherapeutic agent. Also, we have investigated whether kinins might mediate nociception and mechanical hyperalgesia by sensitizing transient receptor potential vanilloid 4 (TRPV4) channel and special attempts were made in order to assess this possible interaction in PTX-induced peripheral neuropathy in mice. PTX treatment induced a significant increase in both mechanical and thermal hyperalgesia in mice (C57BL/6 and CD1 strains). Kinin B1R, B2R and B1B2R (double knockout) deficient mice presented a significant reduction in PTX-induced hyperalgesic responses in comparison to wild-type animals. Of relevance, the intraperitoneal treatment of CD1 mice with the peptide kinin B1R or B2R antagonists (DALBK and Hoe 140, respectively) significantly inhibited both mechanical and thermal hyperalgesia when tested at 7 and 14 days after the first PTX injection. DALBK and Hoe 140 were also effective against PTX-induced mechanical hyperalgesia when injected centrally by the intrathecal route. Additionally, the intracerebroventricular injection of DALBK (but not Hoe 140) was effective in preventing mechanical hyperalgesia at later stages (14 days). This effect was associated to the increase in the expression of B1R (both mRNA and protein) in the mouse thalamus. Preventive chronic treatment with kinin receptor antagonists was not able to prevent the development of PTX-induced neuropathy. However, this treatment schedule was effective in transiently inhibiting mechanical hyperalgesia (for 24 h), and expressively inhibiting hyperalgesia to a hypotonic stimulus (an activator of TRPV4 channel mechanotransduction). Indeed, the TRPV4 channel was shown to be involved in the mechanical hyperalgesia induced by the selective B1R or B2R agonists (DABK and BK, respectively), and BK sensitized the animals to TRPV4 activators (4á-PDD and hypotonicity) by triggering PLC/PKC signalling pathway. Corroborating this result, the chronic and preventive treatment with kinin receptor antagonists prevented PTX-induced PKCå activation in the mouse paw, which seemed to be important to limit the increased sensitivity of PTX-tested mice to hypotonicity. The present results demonstrated that kinins acting on both B1R and B2R play a crucial role in controlling PTX-induced peripheral neuropathy by sensitizing TRPV4 channels via PKCå activation. This evidence supports the notion that selective kinin receptor antagonists might represent new and attractive therapeutic options for treating the chronic pain generated by chemotherapy.
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Modulação do sistema glutamatérgico por cisplatina em células de glioma humano e astrócitos corticais de ratos

Oliveira, Karen Andrinéia de January 2013 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-graduação em Neurociências, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2013-12-05T23:24:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 318594.pdf: 909603 bytes, checksum: 713a5419f8bb7c88d829bffcdedc6318 (MD5) Previous issue date: 2013 / Gliomas malignos constituem um grupo heterogêneo de tumores, com origem em precursores astrocíticos, abrangendo cerca de 70% de todos os tumores do Sistema Nervoso Central (SNC). Mesmos havendo diversos estudos relacionados e tratamentos, os prognósticos dos pacientes acometidos por esses tumores permanecem ruins. Dentre os tratamentos utilizados o quimioterápico cisplatina (CDDP) é um agente alquilante com atividade antineoplásica. Apesar do amplo espectro de atividade no tratamento de câncer, muitos mecanismos de resistência a essa droga já foram relatados. Gliomas exibem diversos mecanismos de resistência à quimioterapia, além disso, apresentam uma importante alteração no sistema glutamatérgico própria de seu desenvolvimento, que confere resistência, auxiliando na invasibilidade e agressividade tumoral. Assim, objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da CDDP sobre o sistema glutamatérgico e mecanismos de resistência em células de glioma humano A172, bem como em culturas primárias de astrócitos corticais de ratos neonatos. CDDP nas concentrações entre 500 e 1000 µM apresenta efeito citotóxico em células de glioma humano. No entanto, astrócitos corticais primários foram mais sensíveis à exposição a CDDP, aprensentando diminuição da viabilidade em menores concentrações (50 e 100 µM). CDDP 100 µM diminuiu a captação de glutamato tanto em células de glioma A172 quanto em astrócitos corticais, entretanto a CDDP 50 µM apresentou esse efeito apenas nas células de glioma A172. CDDP (50 e 100 µM) aumentou a liberação de glutamato tanto na linhagem de glioma humano quanto nos astrócitos corticais. Em se tratando de transportadores de glutamato, foram observados os níveis de expressão do EAAT-2 em células A172 tratadas com CDDP, sendo que as concentrações que alteraram o transporte não modificaram os níveis de expressão desse transportador. A implicação do trocador cistina-glutamato (sistema Xc-) no aumento da liberação de glutamato em gliomas já é bem descrita, entretanto CDDP (50 e 100 µM) não alterou seus níveis de expressão em células de glioma. CDDP não foi modificou os níveis totais de glutationa, entretanto o inibidor do sistema Xc- (sulfassalazina) causou evidente diminuição desses níveis, demonstrando a implicação da atividade do sistema Xc- nas defesas antioxidantes de células de glioma. A inibição do sistema Xc- preveniu o aumento da liberação de glutamato causado pela CDDP. E o tratamento concomitante com CDDP e sulfassalazina não alterou a viabilidade em células de glioma, sugerindo que a resistência à CDDP apresentada por estas células nas concentrações testadas, ocorre por um mecanismo diferente que a produção de glutationa. Esses resultados apontam que a CDDP pode aumentar o potencial invasivo e agressivo de células de glioma humano A172, elevando níveis extracelulares de glutamato através da modulação da atividade de transportadores glutamatérgicos.
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Quimioterapia à base de ciclofosfamida metronômica no tratamento de pacientes com câncer de próstata resistente à castração

Cárcano, Flavio Mavignier [UNESP] 14 March 2011 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:23:07Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2011-03-14Bitstream added on 2014-06-13T19:49:50Z : No. of bitstreams: 1 carcano_fm_me_botfm.pdf: 463339 bytes, checksum: 1e76f6dc55ab48a9f3d597694700438f (MD5) / Fundação Pio Xii - Barretos / O câncer de próstata é o sexto tipo de câncer mais comum no mundo e cerca de três quartos dos casos ocorrem a partir dos 65 anos. O tratamento paliativo inicial para doença avançada contempla a castração, mas invariavelmente, metástases e resistência é desenvolvida em algum momento, quando então a quimioterapia é oferecida. Entretanto, a busca por tratamentos menos tóxicos se faz necessária para atender uma população cada vez mais idosa e com comorbidades que limitam o uso de drogas convencionais. As combinações à base de Ciclofosfamida oral metronômica têm sido uma opção atraente e merecem melhor avaliação. Objetiva-se avaliar aqui, os fatores prognósticos e o melhor perfil de pacientes para receber este tipo de tratamento. Para isso, dados de pacientes com câncer de próstata metastáticos e resistentes à castração foram recuperados, nos quais tinham utilizado quimioterapia metronômica à base de Ciclofosfamida entre os anos de 2004 e 2009 no Hospital de Câncer de Barretos. Os dados de sobrevivência foram analisados pelo método de Kaplan Meier e o modelo de regressão proporcional de riscos de Cox foi aplicado para avaliar os fatores prognósticos. Cento e quatro pacientes foram avaliados e dois terços deles receberam quimioterapia metronômica à base de Ciclofosfamida como uma primeira linha de tratamento. A taxa de resposta do PSA foi de 32% e a mediana da sobrevivência livre de progressão foi de 6,3 meses (IC 95%, 5,1 - 7,4). A sobrevivência global mediana foi 14,4 meses (IC 95%, 11,1 -17,7). Performance Status (HR 2,4 e IC 95% 1,32 - 4,34; p= 0,004) e PSA pré-tratamento (HR 2,5 e IC 95% 1,33 - 4,81; p= 0,005) foram os fatores prognósticos mais significativos. Três grupos foram identificados com sobrevivências medianas de 8,0 meses (IC 95%, 5,0 - 11,1), 13,3 meses (IC 95%, 10,0 - 16,6) e 23,4 meses (IC 95%, 22,7 - 24,1), respectivamente... / Prostate cancer is the sixth more common worldwide and about two-thirds occurs in men of sixty-five or older. Palliative treatment of advanced disease has been initially done by castration, but invariably the disease become resistant anytime and standard-based chemotherapies are delivered. However, low-toxicity chemotherapies are aimed to treat a scenario of elderly frail. Metronomic cyclophosphamide-based chemotherapies has been attractive option and deserves better assessment. It aimed to assess prognostic factors and better profile to get this therapy. It was requested data of one hundred four metastatic castrate-resistant prostate cancer patients that had received metronomic cyclophosphamide-based chemotherapies between 2004 to 2009 at Barretos Cancer Hospital. Kaplan Meier method was applied to analyze survivals and Cox hazard regression model analysis was done to assess prognostic factors. Two-thirds of the study subjects have done first line metronomic cyclophosphamide-based chemotherapy. PSA response rate was 32% and median progression free-survival was 6,3 months (95% CI, 5,1 - 7,4). Median overall survival was 14,4 months (95% CI, 11,1 -17,7). Performance Status (HR 2,4 and 95% CI 1,32 - 4,34; p= 0,004) and baseline pretreatment PSA (HR 2,5 and 95% CI 1,33 - 4,81; p= 0,005) were the better prognostic factors. Three risk groups were identified achieving median survivals of 8,0 months (95% CI, 5,0 - 11,1), 13,3 months (95% CI, 10,0 - 16,6) and 23,4 months (95% CI, 22,7 - 24,1), respectively (log rank, p< 0,001). Intermediate group got also benefit with more actives drugs in selected cases of rescue proposes. In conclusion, metastatic castrate-resistant prostate cancer patients unfit to receive standard-based chemotherapies can get benefit with metronomic cyclophosphamide-based therapy. Performance Status and baseline pretreatment PSA have prognostic value in this setting. Is first ... (Complete abstract click electronic access below)
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Estudo de fase I com decitabina, um agente hipometilador do DNA, em combinação com cisplatino em pacientes portadores de tumores sólidos avançados e uma avaliação preliminar de fase II em pacientes portadores de carcinoma de pulmão não de pequenas células avançado

Schunemann, Hugo Eduardo January 2000 (has links)
Os autores descrevem um estudo Fase I de cisplatina com decitabina, um novo agente hipometilante de DNA, em pacientes com tumores sólidos avançados, seguido de uma avaliação do início da Fase II da combinação em pacientes com câncer pulmonar não de pequenas células inoperável (CPNPC). No teste da Fase I, a cisplatina foi estudada a uma dose fixa de 33 mg/m², enquanto a decitabina foi graduada em quatro (I-IV) níveis de escala de dosagem (45, 67, 90 para 120 mg/m², respectivamente) em grupos consecutivos de, no mínimo, 3 pacientes por nível de dosagem. A decitabina foi administrada a pacientes na forma de infusão intravenosa por 2 horas, ao passo que a cisplatina foi administrada de forma intravenosa imediatamente após o fim da infusão de decitabina. Ambos os agentes foram administrados nos dias 1-3, a cada 21 dias. Vinte e um pacientes foram incluídos no teste da Fase I. O nível IV de dosagem (20 mg/m² de decitabina) foi considerado a dose máxima tolerada (DMT), e as toxicidades limitantes de dosagem foram neutropenia, trombocitopenia e mucosite. As doses recomendadas para os testes da Fase II em pacientes com risco significativo e não significativo foram 90 (nível III) e 67 mg/m² (nível II), respectivamente. Uma resposta parcial de curta duração foi observada em um paciente com câncer cervical, enquanto duas regressões secundárias foram documentadas em pacientes com CPNPC e câncer cervical, respectivamente. A dosagem no nível II foi escolhida para o teste da Fase II em pacientes com CPNPC. Quatorze pacientes consecutivos foram incluídos nessa parte do estudo. Sua média de idade era de 57 anos (faixa de 39-75), com proporção homens/mulheres de 11/3 e um desempenho médio OMS de 1 (0-2). estágio da doença era IIIB (5) e IV (9). Em um caso, foi administrada irradiação no tórax. Avaliou-se um total de 30 séries de tratamento para toxicidade e resposta, com uma média de duas séries por paciente (1-4). Observaram-se neutropenia e trombocitopenia em graus (3-4) em cerca de metade dos casos. Também foram observadas mucosites, diarreia, náuseas, vômitos e erupções na pele em alguns pacientes (Tabelas 3 e 4). Três respostas secundárias foram documentadas, as quais perduraram por 4,16 e 36 semanas. A média de sobrevida dos pacientes foi de 15 semanas (4-38). Como conclusão, a combinação de cisplatina com decitabina não exibiu atividade antitumor significativa em pacientes com CPNPC, conforme dosagem e programa aplicados neste teste, que justificasse sua avaliação posterior nessa população de pacientes.
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Inibidores da via HER2 (“Human Epidermal Growth Factor Receptor 2”) no tratamento do câncer de mama inicial e localmente avançado : uma metanálise em rede

Debiasi, Márcio January 2016 (has links)
Introdução O câncer de mama constitui problema de saúde pública em todo o mundo, sendo esta a neoplasia maligna mais comum da mulher. Aproximadamente 15 a 25% destes tumores são classificados como HER2-positivos – um subgrupo que apresenta comportamento biológico mais agressivo e pior prognóstico. O tratamento adjuvante e neoadjuvante desses tumores com quimioterapia associada a inibidores da via HER2 é eficaz em aumentar a chance de cura das pacientes, porém ainda não se sabe qual é o melhor regime de tratamento para esta situação clínica em virtude da dificuldade em estabelecer modelos matemáticos capazes de lidar com a grande variedade de opções existentes. Esta tese teve por objetivo revisar a literatura acerca do tema e conduzir uma metanálise em rede a fim de elaborar uma inferência mais detalhada quanto às opções terapêuticas para esta situação clínica. Métodos Foi conduzida revisão sistemática da literatura a partir das principais bases de dados (MEDLINE, EMBASE e Cochrane Central Register of Controlled trials) e dos anais de congressos pertinentes ao tema. Detalhes da estratégia de busca encontram-se descritos na sessão 9.2 desta tese. Foram incluídos todos os ECRs que compararam quimioterapia associada a pelo menos um inibidor da via HER2 com quimioterapia isolada ou qualquer outro regime de quimioterapia associada à terapia anti-HER2. Dois revisores independentes revisaram a lista de títulos e extraíram os dados. Um terceiro revisor contrapôs as listas e os dados, resolvendo casos de discrepâncias. Medidas de efeito entre tratamentos foram sumarizadas em cada ECR como HR para desfechos mensurados como “tempo-até-evento” – sobrevida global (SG) e sobrevida livre de doença (SLD) – e como RR para eventos dicotômicos – resposta patológica completa (RPC) e cardiotoxicidade. Foi conduzida metanálise em rede baseada no modelo Bayesiano combinando evidência direta e indireta a fim de se estabelecer medidas de efeito comparativas entre todos os braços de tratamentos incluídos nas redes, apresentando as estimativas pontuais e os intervalos de credibilidade (IC) para todas as comparações possíveis. A partir desses dados, os tratamentos foram ranqueados para cada desfecho utilizando a área sob a curva de ranqueamento cumulativo (SUCRA). Os estudos incluídos em cada rede diferiram entre si em virtude da disponibilidade de desfechos. Inconsistências entre as evidências diretas e indiretas foram avaliadas pelo método “split node” (em redes complexas) e pelo método de Bucher (em redes simples). Resultados A revisão sistemática da literatura identificou 1553 referências únicas, das quais 70 foram incluídas na metanalise, totalizando 33 ECRs. A rede de SG incluiu 12 ECRs (27.277 pacientes) e demonstrou que o duplo bloqueio da via HER2 com trastuzumab e lapatinibe associado à quimioterapia é o melhor regime de tratamento (HR 0.78; IC95% 0.61-0.99, quando comparado ao esquema padrão-ouro de quimioterapia associada à trastuzumabe por 12 meses). A rede de SLD incluiu 14 ECRs (30.219 pacientes) e corroborou os achados descritos acima referentes à eficácia do duplo-bloqueio, adicionando os promissores resultados da utilização sequencial de 12 meses de neratinibe após quimioterapia e 12 meses de trastuzumabe (esquema para o qual ainda não foram publicados resultados de SG). Em relação à RPC, 17 ECRs foram incluídos, totalizando 4.383 pacientes. Aqui também o duplo-bloqueio se mostrou superior aos demais esquemas. Taxano associado à trastuzumabe com lapatinibe ou pertuzumabe foram superiores aos demais esquemas e comparáveis entre si, com uma superioridade marginal, porém não significativa, a favor do pertuzumabe (RR 1.10; IC 95% 0.70-1.60). Para todos os desfechos que avaliaram a efetividade do tratamento, os regimes contendo quimioterapia isolada ou com um inibidor da via HER2 que não o trastuzumabe foram as piores opções. Já a cardiotoxicidade foi avaliada em uma rede composta por 21 ECR que em conjunto totalizaram 29.555 pacientes. O duplo bloqueio com trastuzumabe e pertuzumabe se mostrou mais cardiotóxico, mas cabe a ressalva de que quedas sintomáticas e irreversíveis da fração de ejeção constituem evento raro neste cenário clínico (<1%). Conclusões Os achados desta tese vêm a corroborar o conceito do duplo-bloqueio da via HER2 como melhor opção terapêutica em termos de eficácia no tratamento de tumores HER2 positivos e reiteram a associação de quimioterapia com trastuzumabe como pedra angular deste tratamento. Evidência de benefício em termos de ganho de sobrevida global foi identificada com uma destas estratégias (quimioterapia associada à trastuzumabe e lapatinibe). Outras alternativas de duplo-bloqueio – tais como quimioterapia associada à trastuzumabe com pertuzumabe ou com neratinibe sequencial – se mostraram promissoras em relação aos outros desfechos de eficácia avaliados nesta tese (SLD e RPC), mas seus resultados de sobrevida global ainda são esperados para uma melhor caracterização da rede. O uso concomitante do trastuzumabe com o pertuzumabe aumenta a cardiotoxicidade, mas este agravo é de pequena magnitude clínica. Já a associação com lapatinibe é bastante segura do ponto de vista cardiológico, mas aumenta a incidência de diarreia (desfecho este não avaliado nesta tese em virtude da heterogeneidade dos reportes). / Introduction Breast cancer is the most common malignancy among women worldwide. Roughly 15 to 25% of breast cancers are classified as HER2-positive, a subgroup of tumors with a more aggressive clinical phenotype and worse prognosis due to unregulated cell growth and abnormal survival mediated by the overexpression of the HER2 protein. Treating these tumors in the adjuvant and neoadjuvant settings with chemotherapy and anti-HER2 targeted therapy is efficacious with positive impact in overall survival (OS). However, the best regimen to treat these patients has not yet been defined due to the lack of meta-analysis usign appropriate mathematical models capable of dealing with the variety of trials and treatment options that are seen in this scenario. The present theses aims to review the literature on this issue and carry out a network meta-analysis in order to provide more detailed inference on this topic. Methods MEDLINE, EMBASE and Cochrane Central Register of Controlled Trials as well as the main congress proceedings on this theme were searched in a systematic review. Details regarding the search strategy can be found at the 9.2 section of this theses. All phase II or III randomized controlled trials (RCTs) that compared chemotherapy plus any anti-HER2 therapy with chemotherapy alone or any other different combination of chemotherapy and anti-HER2 therapy in the adjuvant or neoadjuvant settings were included. Two independent reviewers examined the lists of trials and extracted data. A third reviewer adjudicated cases of discordance between the first two reviewers. Time-to-event outcomes, such as overall survival (OS) and diseasefree survival (DFS), were pooled as hazard ratios, while relative risks were used to pool effect sizes for complete pathological response (CPR) and cardiotoxicity. The Bayesian framework was used to conduct this network meta-analysis in order to combine direct and indirect evidence. Due to different availability of outcomes among the included studies, distinct networks were built for each outcome. Results were summarized as point estimates and their 95% credibility intervals (CI). Treatments were ranked for each outcome using the area under the cumulative ranking curve (SUCRA). This analysis yields a probability interval for each arm indicating the likelihood of a given schedule being the best. In order to check for inconsistencies between direct and indirect evidence within a closed loop, we used the “split node method” (for complex networks) or the Bucher method (for simple networks). Results Systemic review of the literature retrieved 1.553 unique references, of which 70 were included accounting for 33 RCTs. The OS network included 12 RCTs (27,277 patients) and showed that the dual blockage of the HER2 pathway with trastuzumab plus lapatinib associated with chemotherapy is the best schedule for this outcome (HR 0.78; 95%CI 0.61-0.99, when compared to the gold-standard regimen of chemotherapy associated with trastuzumab for 12 months). DFS network was composed by 14 RCTs (30,219 patients) and reinforced the previous findings regarding the efficacy of the dual blockage. However, it added the promise results of 12 months of neratinib sequential to chemotherapy plus 12 months of trastuzumab (OS results for this study have not yet been published). Probability of achieving CPR was evaluated based on 17 RCTs (4,383 patients). The dual blockage also proved to be superior for this outcome. Taxane associated with trastuzumab and lapatinib or pertuzumab were better than the other regimens and showed comparable efficacy between them, with marginal, though not significant, superiority in favor of pertuzumab (RR 1.10; 95%CI 0.70-1.60). In all the networks that evaluated efficacy, regimens containing only chemotherapy with no anti-HER2 therapy or with any other anti-HER2 therapy other than trastuzumab were the worst options. Cardiotoxicity was assessed in a network with 21 RCTs (29,555 patients). This analysis showed that the dual blockage with trastuzumab and pertuzumab had more cardiotoxicity events, but it is important to state that irreversible symptomatic CHF is a rare event in this clinical scenario (<1%). Conclusion The findings of these networks endorses the concepts that the dual blockage of the HER2 pathway is the best therapeutic option in terms of efficacy for HER2-positive breast cancer and that trastuzumab plus chemotherapy is the backbone of this treatment. It was identified beneffit in terms of OS with one of these schedules (chemotherapy associated with trastuzumab and lapatinib). Other alternatives of dual blockage, such as chemotherapy associated with trastuzumab and pertuzumab or sequential neratinib, are promising alternatives considering their results on DFS and CPR, but their results on OS are still waited. Concomitant use of trastuzumab and pertuzumab increases cardiotoxicity. However, it must be emphasized that clinical meaningfull outcomes such as permanent symptomatic CHF are very uncomon. On the other hand, the simultaneous use of lapatinib is safe from the cardiological point of view, but it increases the incidence of diarrhea (an outcome that was not evaluated in this theses due to high heterogeneity on the reports).
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Preferências de pacientes após quimioterapia adjuvante ou neoadjuvante para câncer de mama : análise a respeito do menor benefício aceito em uma amostra de pacientes tratadas pelo Sistema Único de Saúde em Porto Alegre, RS - Brasil

Debiasi, Márcio January 2012 (has links)
Introdução: a quimioterapia adjuvante no câncer de mama aumenta a sobrevida global das pacientes, porém é associada à toxicidade e não é isenta de riscos. Estudos prévios, conduzidos em populações não latino-americanas, mostraram que muitas mulheres após serem submetidas à quimioterapia adjuvante para câncer de mama consideram que benefícios mínimos seriam suficientes para fazer o tratamento ser considerado como proveitoso. Objetivos: estimar qual é o mínimo benefício em ganho de sobrevida global capaz de fazer as pacientes considerarem o tratamento quimioterápico adjuvante ou neoadjuvante para o câncer de mama como proveitoso. Métodos: pacientes que receberam quimioterapia adjuvante ou neoadjuvante para câncer de mama no Hospital São Lucas da PUCRS foram entrevistadas após seu consentimento 3 a 60 meses depois do fim do tratamento quimioterápico adjuvante ou neoadjuvante. Todas as pacientes também responderam a versão validada para o português do questionário WHOQOL-BREF. O desfecho primário foi o mínimo benefício, medido como aumento de sobrevida global, capaz de fazer a paciente considerar a quimioterapia como proveitosa. Para fins de análise, esse desfecho foi considerado como uma variável dicotômica: "um dia" versus "pelo menos 1 mês". Os dados foram obtidos instruindo-se as pacientes a escolherem uma opção dentro de uma escala que variava de 1 dia até 10 anos de aumento de sobrevida global. As pacientes também tinham a opção de afirmarem que nenhum benefício as faria considerar a quimioterapia proveitosa. Objetivando verificar a consistência das respostas, 15 pacientes randomicamente selecionadas responderam o questionário uma segunda vez 3-7 meses depois de responderem o mesmo questionário pela primeira vez. Em uma análise exploratória, foi desenvolvido um modelo de regressão logística a fim de identificar fatores associados com a opção por benefício "mínimo" (os autores definiram “benefício mínimo” como aceitar a quimioterapia pelo ganho de um dia a mais de vida). Nesse modelo, foram consideradas variáveis sócio-demográficas, clínico-patológicas e relacionadas a particularidades do tratamento, bem como os domínios físico, social, ambiental e psicológico do WHOQOL-BREF. Resultados: 101 pacientes foram entrevistadas entre abril/2010 e janeiro/2011. A idade média foi 55,42 anos (DP = 11,75). Benefício equivalente ao incremento de um dia a mais de vida foi suficiente para que 82 (81,2%) pacientes considerassem a quimioterapia proveitosa. A consistência desse achado foi confirmada com a repetição da entrevista em 15 pacientes (kappa = 0,67). No modelo multivariável de regressão logística, as pacientes situadas nos dois quartis superiores do domínio social do WHOQOL-BREF (p = 0,03) e aquelas que descreviam a sua experiência com a quimioterapia como "excelente" (p = 0,03) foram mais propensas a fazer a opção por “benefício mínimo”. Pacientes com nível superior de instrução (p = 0,08) e aquelas não submetidas à terapia hormonal adjuvante (p = 0,08) apresentaram tendência a refutar a opção por benefício mínimo, porém essa diferença não foi estatisticamente significativa. Conclusões: esse estudo identifica um grande clamor pelo tratamento do câncer de mama em uma amostra da população brasileira tratada pelo SUS em um centro terciário de oncologia em Porto Alegre. A consistência desses achados foi confirmada pela repetição das entrevistas. Esses achados não devem de forma alguma influenciar o pensamento crítico do médico no momento da indicação do tratamento, mas devem auxiliá-lo na discussão dessa complexa questão com as pacientes, uma vez que, ao conhecer e valorizar as preferências das suas pacientes, o médico será mais capaz de acolhê-las em seus anseios. / Purpose: Adjuvant chemotherapy for breast cancer improves survival, but is associated with toxicity and can be inconvenient for patients. Previous studies conducted in non- Latin American populations have shown that many women with breast cancer who had already experienced adjuvant chemotherapy consider negligible benefits sufficient to make it worthwhile. Objective: to estimate which is the minimum benefit in terms of overall survival that makes patients consider the adjuvant treatment worthwhile Patients and Methods: interviews were carried out with consecutive consenting patients who had completed adjuvant or neoadjuvant chemotherapy for breast cancer 3 to 60 months before. All patients answered the validated Portuguese version of WHOQOL-BREF. The primary end point of the study was the minimum survival benefit that would make patients to consider the adjuvant chemotherapy worthwhile. This end point was considered as a dichotomous variable (one day vs. more than one day). Data was obtained by instructing patients to choose an option in a scale varying from one day to ten years of survival benefit. To check for consistency, 15 randomly selected patients answered the same questionnaire a second time 3-7 months after the first interview. A Logistic Regression model was used to check which factors were associated with the option for a “negligible” benefit (one day). Results: 101 patients were interviewed from April/2010 to January/2011. The mean age was 55.42 years (SD 11.75). Adjuvant chemotherapy was considered worthwhile for a gain of just one more day of life by 82 (81.2%) patients. The kappa coefficient among the 15 repeated interviews was 0.67 for the primary endpoint. Those in the two superior quartiles of the social domain of WHOQOL-BREF (p = 0.03) and not grading chemotherapy as a very unpleasant experience (p = 0.03) were more likely to accept a gain of just one more day of life to justify the adjuvant chemotherapy. Patients with higher levels of instruction and those not submitted to adjuvant hormonal therapy tended to be less inclined to choose the “negligible” benefit, but this difference was not statistically significant (p = 0,08). Conclusion: It is impressive the eagerness for treatment seen in a sample of Brazilian patients treated in a public reference cancer center: more than 81% of them considered adjuvant chemotherapy worthwhile even for a gain of just one more day in their lives. It is important to consider these results in clinical practice to give heed to patients’ demands when discussing treatment options with bordering benefits and when indicating the non-treatment option.
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Avaliação de fatores de risco aterotrombótico (homocisteína, proteína C, proteína S, anti-trombina III, leptina) em pacientes portadores de lupus eritematoso sistêmico

Costa, Sandra Santana Soares January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, 2006. / Submitted by Priscilla Brito Oliveira (priscilla.b.oliveira@gmail.com) on 2009-11-14T02:35:44Z No. of bitstreams: 1 2006_Sandra Santana Soares Costa.pdf: 1201905 bytes, checksum: d7c8a52294d3fe7b451ae1c10fdddcb6 (MD5) / Approved for entry into archive by Marília Freitas(marilia@bce.unb.br) on 2010-02-25T22:51:43Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2006_Sandra Santana Soares Costa.pdf: 1201905 bytes, checksum: d7c8a52294d3fe7b451ae1c10fdddcb6 (MD5) / Made available in DSpace on 2010-02-25T22:51:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2006_Sandra Santana Soares Costa.pdf: 1201905 bytes, checksum: d7c8a52294d3fe7b451ae1c10fdddcb6 (MD5) Previous issue date: 2006 / Os eventos cardiovasculares ateroscleróticos (ECVA) estão significativamente aumentados no Lupus Eritematosos Sistêmico (LES) e os mecanismos da aterogênese ainda são pouco conhecidos. Fatores tradicionais e não tradicionais vem sendo imputados na fisiopatogenia da doença cardio-vascular. A leptina é um novo fator que pode ser empregado na avaliação dos pacientes com LES. OBJETIVO: Avaliar a leptina, proteina C reativa ultra-sensível (PCR-ultra),homocisteina, proteina S, proteina C, anti-trombina III, anticardiolipina, glicemia de jejum, colesterol, triglicerídeos HDL e LDL em 65 pacientes com LES, em vários estágios de atividade em comparação com 28 voluntários hígidos, e investigar a sua relação com a atividade de doença. MÉTODOS: Foram avaliados 103 indivíduos, 65 com LES, sendo 43 do grupo I (em uso de quimioterápicos), 22 do Grupo II (sem quimioterapia) e 28 controles. A atividade da doença foi aferida pelo índice de atividade do LES (SLEDAI) e uma amostra de sangue foi colhida para determinação da leptina e de outros fatores atero-trombóticos. RESULTADOS: O valor médio da leptina foi significativamente maior nos pacientes lúpicos do grupo I (32,9 mg/dl ± 19,7) do que os do grupo II (30,5 mg/dl ± 21,4). No entanto, o valor da PCR-ultra e do colesterol foi maior no grupo II (1,5 ± 2,5 mg/dl, 206,6 ± 39,9 mg/dl) do que no grupo I ( 1,0 ± 2,5 mg/dl, 161,8 ± 29,1 mg/dl), mas só o valor do colesterol foi significativo. Por outro lado, a leptina, PCRultra e LDL foram significativamente menores no grupo controle (21,9 mg/dl ± 13,2 mg/dl, 0,1 ± 0,2 mg/dl, 153,2 ± 30,7 mg/dl). Houve correlação entre Índice de Massa Corporal (IMC), colesterol, PCR-ultra e leptina. Não houve correlação entre os níveis de leptina e o Índice de Atividade de Doença (SLEDAI). Após o ajuste para Índice de Massa Corporal (IMC), colesterol e PCR-ultra a leptina ainda apresentou diferença entre os grupos. A glicemia de jejum, homocisteína, proteína C, proteína S, anti trombina III e anticardiolipina não apresentaram diferença significativa entre os grupos. Conclusão: Foi identificado o aumento de leptina, PCR-ultra sensível nos pacientes lúpicos, assim como os fatores tradicionais. Esse aumento permaneceu significativo após ajustado para os fatores confundidores. Não observamos diferenças dos níveis de homocisteína entre os dois grupos de pacientes estudados e na avaliação de fatores de risco trombogênicos, tais como níveis de Proteína C, Proteína S e Antitrombina III, Anti cardiolipina, os níveis plasmáticos apresentaram-se predominantemente normais nos dois grupos de pacientes. Como esses fatores tem sido identificados como pró-inflamatórios é importante que sejam definidos seus valores preditivos em estudos prospectivos. ___________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The atherosclerotic cardiovascular events (ACE) are significantly increased in systemic lupus erythematosus (SLE) and the atherogenesis mechanisms are still little understood. In thes process traditional and not traditional factors come being imputed in the physiopathogeny of cardiovascular disease. The leptin is a new factor that can be used in the evaluation of patients with SLE. OBJECTIVE: Evaluate the leptin, high-sensitivity C reactive protein (hs-CRP), homocisteina, protein S, protein C, anti-trombin III, anticardiolipin, fasted glycemia, cholesterol, triglycerides,HDL and LDL levels in 65 patients with SLE in different activity stages in comparison with 28 health volunteers, and investigate their relation with the illness activity. METHODS: had been evaluated 103 individuals, 65 with SLE, being 43 of group I (in use of chemotherapy), 22 of the Group II (without chemotherapy) and 28 controls. The illness activity was surveyed by the SLE disease activity index (SLEDAI) and a sample of blood was harvested for determination of leptin and other athero-thrombotics factors levels. RESULTS: The average value of leptin was significantly higher in the lupus patients of group I (32,9 mg/dl ± 19,7) compared to group II (30,5 mg/dl ± 21,4). However, the levels of hs-CRP and Cholesterol were higher in group II (1,5 ± 2,5 mg/dl, 206,6 ± 39,9 mg/dl) compared to group I (1,0 ± 2,5 mg/dl, 161,8 ± 29.1 mg/dl), but only the cholesterol levels were significant different. On the other hand, the leptin, hs-CRP and LDL levels had been significantly lesser in the control group (21,9 mg/dl ± 13,2 mg/dl, 0.1 ± 0,2 mg/dl, 153,2 ± 30,7 mg/dl). There were correlation between BMI, cholesterol, hs-CRP and leptin. There were not correlation between leptin and SLEDAI. After the adjustment for BMI, hs-CRP and cholesterol the leptin levels still were different between the groups. The fasted glycemia and homocisteine, protein C, protein S, antitrombin III, anticardiolipin did not show significant difference between the groups. Conclusion: Increase of leptin was identified in the lupus patients, as well as the others traditional factors. This increase remained significant after adjustment for confusing factors. We did not observed significant diference in homocysteine levels beween the groups, nor in others trombogenic risk factors as protein C, protein S, antitrombin III, anti cardiolipin that showed predominantly normal levels in the two patient groups. As this factors has been identified as pro-inflammatory it is important to define its predictive value in prospective studies.
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Implicações oncológicas do número de linfonodos examinados em peças de excisão total do mesorreto de pacientes com câncer do reto tratados com radioquimioterapia neoadjuvante

Lobato, Luiz Felipe de Campos 19 April 2013 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós- Graduação em Ciências Médicas, 2013. / Submitted by Letícia Gomes T. da Silva (leticiasilva@bce.unb.br) on 2013-11-27T16:55:07Z No. of bitstreams: 1 2013_LuizFelipedeCamposLobato.pdf: 1214851 bytes, checksum: af898505ebba2f643b67a63f0f9bee37 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2013-12-05T13:40:10Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2013_LuizFelipedeCamposLobato.pdf: 1214851 bytes, checksum: af898505ebba2f643b67a63f0f9bee37 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-12-05T13:40:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2013_LuizFelipedeCamposLobato.pdf: 1214851 bytes, checksum: af898505ebba2f643b67a63f0f9bee37 (MD5) / INTRODUÇÃO: Recomenda-se que no mínimo doze linfonodos sejam examinados em peças cirúrgicas de pacientes com adenocarcinoma colorretal submetidos à ressecção cirúrgica com intenção curativa. Tal recomendação tem como objetivo evitar o subestadiamento e garantir a adequabilidade da ressecção e do exame anátomo-patológico. No entanto, não é incomum o encontro de um número reduzido de linfonodos em peças de excisão total do mesorreto de pacientes inicialmente tratados com terapia neoadjuvante. OBJETIVO: Investigar o poder prognóstico do número de linfonodos examinados e da razão linfonodal metastática em pacientes com câncer de reto tratados com rádio-quimioterapia neoadjuvante seguida de excisão total do mesorreto. MÉTODOS: Um banco de dados de câncer colorretal de uma única instituição foi utilizado para identificar pacientes com câncer de reto estadiamento clínico II e III tratados com terapia neoadjuvante seguida de excisão total do mesorreto entre os anos de 1997-2007. Os pacientes foram classificados em dois grupos de acordo com o número de linfonodos identificados nas peças cirúrgica: ≥ 12 linfonodos vs. < 12 linfonodos. Os grupos foram comparados em relação aos dados demográficos, características tumorais e resultados oncológicos: sobrevida-global, sobrevida livre de doença, recidivas à distância e local. RESULTADOS: A consulta da base de dados retornou 237 pacientes. Houve 173 (73%) do sexo masculino e a mediana de idade foi de 57 anos (variação inter- quartil (VQI) de 49 a 66 anos). A mediana do número de linfonodos identificados foi 15 (variação inter-quartil 10-23) e 70 (30%) pacientes tinham menos do que 12 linfonodos identificados. O grupo < 12 linfonodos tinha mediana de idade maior (60 (VQI 51 – 71 anos) vs 55 (VQI 48 – 65 anos), p = 0,01) e teve maior taxa de resposta patológica completa (36% vs.19%, p = 0,01). Nenhum paciente do grupo < 12 linfonodos apresentou recidiva local, enquanto essa taxa em 5 anos para o grupo > 12 linfonodos foi de 11% (p = 0,004). Os outros resultados oncológicos não foram significativamente diferentes entre os grupos estudados. CONCLUSÃO: A identificação de menos de 12 linfonodos nas peças de excisão total do mesorreto de pacientes com câncer de reto tratados com rádio- quimioterapia neoadjuvante não aumenta as taxas de recidiva à distância ou reduz as sobrevidas global ou livre de doença, mas pode ser um marcador de maior resposta do tumor e, consequentemente, estar associado à menores taxas de recidiva local. A razão de linfonodos metastáticos é importante fator prognósticos para todos os resultados oncológicos, exceto recidiva local, nesses pacientes. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / BACKGROUND: A minimum of 12 examined lymph-nodes is recommended to ensure adequate staging and oncologic resection of patients undergoing total mesorectal excision for rectal adenocarcinoma. However, a decreased number of lymph-nodes is not unusual in patients receiving neoadjuvant chemoradiation. PURPOSE: To investigate the impact of lymph-node harvest and metastatic lymph node ratio on oncologic outcomes of rectal cancer patients undergoing neoadjuvant chemorradiation followed by total mesorectal excision. METHODS: A single-center colorectal cancer database was queried for clinical stage II-III rectal cancer patients undergoing neoadjuvant chemoradiation followed by total mesorectal excision between 1997-2007. Patients were categorized into 2 groups according to the number of lymph-nodes retrieved from the surgical specimen: <12 lymph-nodes vs. ≥ 12 lymph-nodes. Groups were compared with respect to demographics, tumor and treatment characteristics and the following oncologic outcomes: overall-survival, disease-free-survival, distant and local recurrences. RESULTS: The query returned 237 patients. There were 173 (73%) males and the median age was 57 years (inter-quartile range (IQR) 49-66 years). The median number of lymph-nodes retrieved was 15 (IQR 10-23) and 70 (30%) patients had less than 12 nodes examined. The <12 nodes group was older (60 (IQR 51- 71years) vs. 55 (IQR 48-65 years), p = 0.009) and had more pathologic complete responders (36%vs.19%, p = 0.01). No <12 nodes patient experienced a local recurrence while the 5-year local recurrence rate was 11% in the >12 nodes group (p =0.004). Other oncologic outcomes were not significantly different. CONCLUSION: Retrieval of fewer than 12 lymph-nodes from total mesorectal excision specimen of rectal cancer patients treated with neoadjuvant therapy is not associated with decreased overall and disease free survival, or increased distant recurrence rates and may be a marker of higher tumor response and, consequently, decreased local recurrence rate. Metastatic lymph-node ratio is a strong prognostic factor for all oncologic outcomes but local recurrence.

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