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Estudo do efeito da mistura eutetica de lidocaina e prilocaina sobre a saturacao transcutanea de oxigenio da hemoglobina como parametro indireto para avaliacao da dor em recem-nascidos

Porto, Marcelo Pavese January 1998 (has links)
As punções venosas e arteriais são procedimentos potencialmente dolorosos, praticados com muita freqüência nas unidades de neonatologia, sem que algum cuidado para aliviar ou evitar a dor seja tomado. Essa situação é decorrente do fato de que, até recentemente, considerava-se o recém-nascido incapaz de sentir dor. Sabe-se, atualmente, que o neonato apresenta todas as estruturas anatômicas, funcionais e químicas para a percepção de estímulos nociceptivos, respondendo a eles com alterações fisicas, comportamentais e hormonais. Em determinadas situações clínicas, essas respostas à dor podem levar, inclusive, a um aumento da morbidade e da mortalidade. Vários estudos têm demostrado alterações significativas na saturação transcutânea de oxigênio da hemoglobina, especialmente diminuição, em recém-nascidos expostos a procedimentos potencialmente dolorosos. Objetivo: Avaliar o efeito da mistura eutética de lidocaína e prilocaína (EMLA) sobre a saturação transcutânea de oxigênio da hemoglobina como parâmetro para avaliação indireta da dor em punções venosas ou arteriais em recém-nascidos a termo (entre 37 e 41 semanas de idade gestacional), adequados para a idade gestacional (AIG), que necessitem coleta sangüínea (primeira coleta) entre 24 e 72 horas de vida Metodologia: Foi conduzido ensaio clínico randomizado com 20 recém-nascidos, a termo, AIG, entre 24 e 72 horas de vida, submetidos à coleta sangüínea. Após randomização, oito pacientes foram alocados no grupo tratado com EMLA e 12, que constituíram o grupo placebo. O anestésico foi aplicado e, 60 minutos após, procedeu-se à coleta sangüínea por punção venosa ou arterial; 120 minutos após a aplicação do EMLA, foi realizada uma segunda coleta. Na oportunidade de cada uma das coletas verificou-se, imediatamente antes e logo após, a saturação da hemoglobina, e uma série de variáveis consideradas também marcadores indiretos da dor. Essas variáveis incluíram: a freqüência cardíaca, a mímica facial por meio de escores de acordo com a Escala Visual Análoga (VAS) Para Avaliação Subjetiva Da Dor Em Crianças Pequenas, de Maunuskela e Korpela, cortisol e insulina. Na ocasião da primeira coleta, realizou-se igualmente a dosagem de metemoglobina. Resultados: Na primeira coleta, os grupos EMLA e placebo apresentaram reduções na SatHb entre os momentos pré e pós punção. As reduções percentuais foram de -1,86% (p = 0,0277) e -2,01% (p = 0,0844), respectivamente. No que se refere à segunda coleta, o grupo EMLA manteve uma redução percentual entre os momentos pré e pós punção de -1,64% (p = 0,3454), enquanto que o grupo placebo sofreu uma diminuição da SatHb de -3,51% (p = 0,0129). Houve, na segunda coleta, um decréscimo (p = 0,0069) na freqüência cardíaca nos pacientes do grupo placebo. A avaliação da mímica facial da primeira coleta, mostrou modificações no grupo EMLA (p = 0,0679) e no grupo placebo (p = 0,0431) antes e após a coleta. Na segunda, não houve diferenças significativas. Não houve diferença entre os niveis de metemoglobina entre os grupos, e não houve manifestações clínicas de metemoglobinemia no grupo de pacientes anestesiados. Igualmente, não houve diferenças significativas nos níveis de cortisol e insulina entre as coletas e nem em cada uma delas, dentro e entre os grupos. Conclusões: Pode-se inferir que o procedimento de coleta sangüínea por venopunção ou punção arterial no recém-nascido provoca alterações na SatHb. Considerando-se a SatHb como marcador indireto da dor, pode-se portanto, concluir que o procedimento é doloroso. O neonato reage ao estímulo também com alterações na freqüência cardíaca e talvez da mímica facial. Essas respostas podem, em princípio, ser diminuídas, com a aplicação preventiva do EMLA, sem risco aumentado de metemoglobinemia. Os resultados obtidos neste trabalho foram derivados de um estudo com n pequeno, sugerindo-se, portanto, necessários estudos mais aprofundados. / Arterial and venous punctures are procedures potentially painful, which are perforrned very frequently in neonatology units, without any care in arder to prevent or alleviate the pain. This situation is a consequence of the fact that, until recently, it was considered that newborn was incapable o f feeling pain. Nowadays, it is known that the neonate has ali chemical, functional and anatornic structures for perceiving nociceptive stimuli, reacting to them with physical, behavioural and horrnonal alterations. In certain clinicai situations, these reactions to pain can lead to an increase in morbidity and mortality. Many studies have shown variations m hemoglobin saturation, specially fali, m newborns exposed to potentially painful procedures.Objectives: Study the effect of the eutectic mixture of local anesthetics (EMLA) in the hemoglobin saturation as a marker o f pain in newborn. Methodology: A randornized clinicai assay was made with 20 newborns, adequate for gestacional age, within 24 and 72 hours of life, which were subjected to a blood examination. After randornization, eight patients were allocated to the group treated with EMLA and the other 12 were a placebo group. The anesthetic was apllied and thereafter 60 minutes blood was collected by arterial or venous puncture for a first time; two hours after the anesthetic apllication a second blood collection was made. In each of these collections hemoglobin saturation was measured (just before and just after the actual puncture), as well as some indirect "markers"of the pain. These "markers" were: heart frequency, facial mirnic scores accordingly to the Analagous Visual Scale (AVS) For Subjective Evaluation ofPain in lnfants, by Maunuskela e Korpela, and cortisol and insulin leveis. At the time o f the first collection, determination o f metheglobin was also made. Results: In the first collection, both the EMLA and the placebo group showed HbSat reductions if we compare the pre-puncture with the post-puncture status. The percentage of reductions were, respectively, of -1.86% (p = 0,0277) e -2,01% (p = 0,0844). At the time of the second puncture, the EMLA group still showed a reduction between the pre and post pucture status: -1 ,64% (p = 0,3454). However, the placebo group showed a decrease in SatHb o f -3,51% (p = 0,0 129). In the second collection, it occurred a decrease (p = 0,0069) in the heart rate of the control group. The evaluation o f the facial mirnic at the time o f the first collection showed changes in the EMLA group (p = 0,0679) as well as the placebo group (p = 0,0431 ); no changes were perceived in the second blood collection. No differences in the metheglobin leveis were found between the two groups; no clinicai manifestations of increased metheglobin were seen in the anesthetized patients. Besides, no significant differences in the leveis of cortisol and insulin were found in the collections. Conclusions: 1t can be said that blood collection, venous or arterial, can provoke changes in HbSat in newborns. I f HbSat is to be considered an indirect "marker"of pain, a vessel puncture will show to be painful. Newborns react to the pain stimulus with a increasing heart rrequency and, possibly, with alteration in the facial mirnic. These responses may be alleviated with a preventive dosage o f EMLA, without any risk o f higher metheglobin leveis in the blood. Definitive conclusions are to be waited, since the studied group is small; an additional research is welcome.
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Máscara laríngea como opção para ventilação com pressão positiva de recém-nascidos em sala de parto.

Tannuri, Abdo Eduardo Garbim January 2018 (has links)
Orientador: João Cesar Lyra / Resumo: Tannuri AEG. Máscara laríngea como opção para ventilação com pressão positiva de recém-nascidos em sala de parto (dissertação). Botucatu: Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP; 2018. Introdução: A ventilação com pressão positiva (VPP) é o procedimento mais importante e efetivo na reanimação neonatal em sala de parto. Quando ocorre falha da ventilação com balão e máscara é necessária a intubação orotraqueal (IOT), que é um procedimento complexo, que exige maior nível de treinamento e experiência do profissional que presta assistência. A máscara laríngea é uma opção de interface que permite o estabelecimento da VPP de forma rápida e efetiva, podendo ser manuseada por profissionais menos experientes. O objetivo deste estudo foi avaliar o tempo para o estabelecimento da VPP eficaz, realizada por profissionais com diferentes níveis de experiência, utilizando três tipos de interface (máscara facial-MF, máscara laríngea-ML e cânula orotraqueal-COT), comparando as interfaces e os profissionais entre si. Métodos: Estudo experimental, com manequim de simulação, com participação de médicos com diferentes níveis de formação em reanimação neonatal, divididos em dois grupos: G1-médicos pediatras em formação (residentes de Pediatria Geral); G2-Neonatologistas e residentes de Neonatologia. Após treinamento, foi proposta situação simulada de reanimação neonatal e os participantes realizaram a ventilação utilizando os 3 dispositivos. As variáveis estudadas foram: falha para estabelecer venti... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Tannuri AEG. Laryngeal mask as an option for positive pressure ventilation of newborns in the delivery room. (dissertação). Botucatu: Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP; 2018. Background: Positive-pressure ventilation (PPV) is the most important and effective procedure in neonatal resuscitation in the delivery room. In case of balloon and mask ventilation faillure orotracheal intubation (IOT) is required. This procedure is complex and requires higher level of training and experience of the caregiver. Laryngeal mask is na interface option that allows the establishment of VPP in a fast and effective way, and can be handled by less experienced professionals. The objective of this study was to evaluate the time to establish effective PPV, performed by professionals with different levels of experience, using three types of interface (FM-face mask, laryngeal mask-LM and orotracheal cannula-OTC). Comparisons where done among interfaces and between professionals. Methods: Experimental study, using simulation manikin, with participation of physicians with diferente levels of training in neonatal resuscitation, divided into two groups: G1-pediatricians in training (residents of General Pediatrics); G2-Neonatologists and residents of Neonatology. After training, a simulated neonatal resuscitation situation was proposed and the participants performed ventilation using the 3 devices. The studied variables were: failure to establish ventilation, time spent for effective ventilation an... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Choque do nascimento : avaliação do vigor neurológico do recém-nascido a termo, nas primeiras 48 horas de vida

Riesgo, Rudimar dos Santos January 1995 (has links)
Resumo não disponível
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Estudo do efeito da mistura eutetica de lidocaina e prilocaina sobre a saturacao transcutanea de oxigenio da hemoglobina como parametro indireto para avaliacao da dor em recem-nascidos

Porto, Marcelo Pavese January 1998 (has links)
As punções venosas e arteriais são procedimentos potencialmente dolorosos, praticados com muita freqüência nas unidades de neonatologia, sem que algum cuidado para aliviar ou evitar a dor seja tomado. Essa situação é decorrente do fato de que, até recentemente, considerava-se o recém-nascido incapaz de sentir dor. Sabe-se, atualmente, que o neonato apresenta todas as estruturas anatômicas, funcionais e químicas para a percepção de estímulos nociceptivos, respondendo a eles com alterações fisicas, comportamentais e hormonais. Em determinadas situações clínicas, essas respostas à dor podem levar, inclusive, a um aumento da morbidade e da mortalidade. Vários estudos têm demostrado alterações significativas na saturação transcutânea de oxigênio da hemoglobina, especialmente diminuição, em recém-nascidos expostos a procedimentos potencialmente dolorosos. Objetivo: Avaliar o efeito da mistura eutética de lidocaína e prilocaína (EMLA) sobre a saturação transcutânea de oxigênio da hemoglobina como parâmetro para avaliação indireta da dor em punções venosas ou arteriais em recém-nascidos a termo (entre 37 e 41 semanas de idade gestacional), adequados para a idade gestacional (AIG), que necessitem coleta sangüínea (primeira coleta) entre 24 e 72 horas de vida Metodologia: Foi conduzido ensaio clínico randomizado com 20 recém-nascidos, a termo, AIG, entre 24 e 72 horas de vida, submetidos à coleta sangüínea. Após randomização, oito pacientes foram alocados no grupo tratado com EMLA e 12, que constituíram o grupo placebo. O anestésico foi aplicado e, 60 minutos após, procedeu-se à coleta sangüínea por punção venosa ou arterial; 120 minutos após a aplicação do EMLA, foi realizada uma segunda coleta. Na oportunidade de cada uma das coletas verificou-se, imediatamente antes e logo após, a saturação da hemoglobina, e uma série de variáveis consideradas também marcadores indiretos da dor. Essas variáveis incluíram: a freqüência cardíaca, a mímica facial por meio de escores de acordo com a Escala Visual Análoga (VAS) Para Avaliação Subjetiva Da Dor Em Crianças Pequenas, de Maunuskela e Korpela, cortisol e insulina. Na ocasião da primeira coleta, realizou-se igualmente a dosagem de metemoglobina. Resultados: Na primeira coleta, os grupos EMLA e placebo apresentaram reduções na SatHb entre os momentos pré e pós punção. As reduções percentuais foram de -1,86% (p = 0,0277) e -2,01% (p = 0,0844), respectivamente. No que se refere à segunda coleta, o grupo EMLA manteve uma redução percentual entre os momentos pré e pós punção de -1,64% (p = 0,3454), enquanto que o grupo placebo sofreu uma diminuição da SatHb de -3,51% (p = 0,0129). Houve, na segunda coleta, um decréscimo (p = 0,0069) na freqüência cardíaca nos pacientes do grupo placebo. A avaliação da mímica facial da primeira coleta, mostrou modificações no grupo EMLA (p = 0,0679) e no grupo placebo (p = 0,0431) antes e após a coleta. Na segunda, não houve diferenças significativas. Não houve diferença entre os niveis de metemoglobina entre os grupos, e não houve manifestações clínicas de metemoglobinemia no grupo de pacientes anestesiados. Igualmente, não houve diferenças significativas nos níveis de cortisol e insulina entre as coletas e nem em cada uma delas, dentro e entre os grupos. Conclusões: Pode-se inferir que o procedimento de coleta sangüínea por venopunção ou punção arterial no recém-nascido provoca alterações na SatHb. Considerando-se a SatHb como marcador indireto da dor, pode-se portanto, concluir que o procedimento é doloroso. O neonato reage ao estímulo também com alterações na freqüência cardíaca e talvez da mímica facial. Essas respostas podem, em princípio, ser diminuídas, com a aplicação preventiva do EMLA, sem risco aumentado de metemoglobinemia. Os resultados obtidos neste trabalho foram derivados de um estudo com n pequeno, sugerindo-se, portanto, necessários estudos mais aprofundados. / Arterial and venous punctures are procedures potentially painful, which are perforrned very frequently in neonatology units, without any care in arder to prevent or alleviate the pain. This situation is a consequence of the fact that, until recently, it was considered that newborn was incapable o f feeling pain. Nowadays, it is known that the neonate has ali chemical, functional and anatornic structures for perceiving nociceptive stimuli, reacting to them with physical, behavioural and horrnonal alterations. In certain clinicai situations, these reactions to pain can lead to an increase in morbidity and mortality. Many studies have shown variations m hemoglobin saturation, specially fali, m newborns exposed to potentially painful procedures.Objectives: Study the effect of the eutectic mixture of local anesthetics (EMLA) in the hemoglobin saturation as a marker o f pain in newborn. Methodology: A randornized clinicai assay was made with 20 newborns, adequate for gestacional age, within 24 and 72 hours of life, which were subjected to a blood examination. After randornization, eight patients were allocated to the group treated with EMLA and the other 12 were a placebo group. The anesthetic was apllied and thereafter 60 minutes blood was collected by arterial or venous puncture for a first time; two hours after the anesthetic apllication a second blood collection was made. In each of these collections hemoglobin saturation was measured (just before and just after the actual puncture), as well as some indirect "markers"of the pain. These "markers" were: heart frequency, facial mirnic scores accordingly to the Analagous Visual Scale (AVS) For Subjective Evaluation ofPain in lnfants, by Maunuskela e Korpela, and cortisol and insulin leveis. At the time o f the first collection, determination o f metheglobin was also made. Results: In the first collection, both the EMLA and the placebo group showed HbSat reductions if we compare the pre-puncture with the post-puncture status. The percentage of reductions were, respectively, of -1.86% (p = 0,0277) e -2,01% (p = 0,0844). At the time of the second puncture, the EMLA group still showed a reduction between the pre and post pucture status: -1 ,64% (p = 0,3454). However, the placebo group showed a decrease in SatHb o f -3,51% (p = 0,0 129). In the second collection, it occurred a decrease (p = 0,0069) in the heart rate of the control group. The evaluation o f the facial mirnic at the time o f the first collection showed changes in the EMLA group (p = 0,0679) as well as the placebo group (p = 0,0431 ); no changes were perceived in the second blood collection. No differences in the metheglobin leveis were found between the two groups; no clinicai manifestations of increased metheglobin were seen in the anesthetized patients. Besides, no significant differences in the leveis of cortisol and insulin were found in the collections. Conclusions: 1t can be said that blood collection, venous or arterial, can provoke changes in HbSat in newborns. I f HbSat is to be considered an indirect "marker"of pain, a vessel puncture will show to be painful. Newborns react to the pain stimulus with a increasing heart rrequency and, possibly, with alteration in the facial mirnic. These responses may be alleviated with a preventive dosage o f EMLA, without any risk o f higher metheglobin leveis in the blood. Definitive conclusions are to be waited, since the studied group is small; an additional research is welcome.
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Avaliação epidemiológica da triagem neonatal para fenilcetonúria no Rio Grande do Sul - 1986-2003 : um estudo de coorte

Karam, Simone de Menezes January 2004 (has links)
A fenilcetonúria clássica (PKU), que afeta 1: 10.000 nascimentos em populações caucasianas, é um erro inato do metabolismo determinado pela deficiência da enzima hepática fenilalaninahidroxilase (PAH), com o conseqüente bloqueio na conversão de fenilalanina (Phe) em Tirosina (Tyr) e aumento da concentração plasmática de Phe. A PKU foi descrita há 70 anos pelo médico norueguês Asbjörn Folling. Desde então muitas foram as descobertas a seu respeito, como a caracterização e mapeamento do seu gene, a identificação de mutações, a determinação da estrutura da enzima, características clínicas e bioquímicas dos afetados, correlações genótipo-fenótipo, a identificação do risco teratogênico quando da condição materna, o estabelecimento da triagem neonatal e ainda o seu tratamento. Se não diagnosticada e tratada precocemente, a PKU causa retardo mental, microcefalia, espasmos infantis, odor de rato na urina e hipopigmentação de pele, cabelos e olhos, além de outros sinais e sintomas. Com o objetivo de identificar a população submetida à triagem neonatal no Rio Grande do Sul (Brasil), a incidência de Fenilcetonúria e de outras hiperfenilalaninemias e correlacionar época do diagnóstico, início do tratamento e desfecho clínico, elaborou-se este estudo delineado como uma coorte ambispectiva que avaliou 54 pacientes fenilcetonúricos entre 6 meses a 16 anos de idade. Foram realizadas entrevistas telefônicas com os responsáveis indagando-se alguns dados demográficos e outros relativos à patologia. Crianças de 6 meses a 7 anos foram avaliadas com relação aos marcos do DNPM. Acima dessa idade, foram investigados sobre escolaridade e presença de sintomas neurológicos. Após análise estatística e estratificação da amostra por ano de nascimento, não se observou uma tendência histórica do diagnóstico ter se tornado mais precoce ou de o controle laboratorial ter se tornado melhor com o passar dos anos. Foi encontrada associação entre o controle de Phe e a cognição, mas não a entre a idade do diagnóstico e a evolução clínica.
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Avaliação de gestantes inadvertidamente vacinadas contra a rubéola e de seus recém-nascidos

Oliveira, Lenice Minussi January 2006 (has links)
A rubéola é uma doença virótica aguda cuja importância clínica e epidemiológica deve-se à possibilidade da transmissão vertical da mãe para o feto principalmente quando acomete a gestante no primeiro trimestre, podendo levar à morte fetal ou a ocorrência da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), apresentando graves defeitos congênitos, como lesões oculares (retinopatia, catarata, glaucoma e microftalmia), perda da audição sensorioneural, anomalias cardiovasculares (persistência do ducto arterial, estenose pulmonar e aórtica, defeitos do septo atrial e/ou ventricular) e retardo mental. As vacinas contra a rubéola foram introduzidas em 1969 e, desde então, aquela constituída pela cepa do vírus vivo atenuado RA 27/3 tem sido amplamente utilizada em muitos países. Devido ao fato da vacina ser constituída por vírus vivo, a principal preocupação é a possibilidade que sua administração, durante a gravidez, possa causar a SRC. Portanto, mulheres que receberam a vacina são recomendadas a evitar a concepção em até 1 mês após a imunização. Até o momento não existem relatos de casos observados de SRC após a vacinação na gravidez, mas há ainda um risco teórico de aproximadamente 1,6% dos fetos expostos, considerando o poder estatístico da amostra mundial disponível até o momento. No Brasil, o Ministério da Saúde realizou campanhas de vacinação, imunizando a população feminina entre os 12 e 39 anos de idade no período de 1998-2002. O objetivo principal deste trabalho foi fazer um acompanhamento especial e prospectivo das mulheres, que por não saberem que estavam grávidas foram imunizadas contra a rubéola ou engravidaram logo após a vacinação. O número total da população feminina vacinada, durante a campanha realizada no Rio Grande do Sul (RS), em 2002, foi de 1.878.308. Destas, 4.398 estavam grávidas ou engravidaram em até 30 dias após a vacinação e 421 (9,6%) foram classificadas como suscetíveis, pois tiveram sorologia com resultado positivo para IgM anti-rubéola após a vacinação. A coleta sorológica foi realizada em 152 bebês das gestantes suscetíveis e houve uma taxa de infecção pelo vírus vacinal em 10 deles. Os dados do presente trabalho foram comparados com resultados obtidos da população total de nascimentos do RS, fornecidos pelo Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC/RS). Dos 152 bebês, 2,0% foram natimortos e entre os nascidos vivos, 8,7% tiveram baixo peso ao nascimento e houve uma taxa de prematuridade em 10,7%. Esses dados não diferem dos resultados obtidos da população total de nascimentos do RS. Da mesma forma, não foram encontradas diferenças entre os bebês IgM+ e o total de nascimentos do RS, quanto à média de peso ao nascimento e baixo peso. Todos os bebês IgM+ foram avaliados clinicamente, por um dismorfologista e oftalmologista, e exames complementares como ecocardiografia e triagem auditiva por emissão otoacústica foram realizados. Nenhum dos dez bebês IgM+ apresentou defeitos congênitos relacionados à SRC durante o exame físico ao nascimento e aos três meses de idade. Da mesma maneira, após a realização dos exames específicos, não foi encontrado nenhum bebê com defeitos cardíacos, déficit auditivo ou problemas oftalmológicos, tais como catarata, retinopatia pigmentosa e glaucoma. Foram realizados exames complementares para citomegalovírus, toxoplasmose, sífilis e herpes; todos tiveram resultados normais. Mesmo que nossos dados não possam excluir completamente o risco, pois ainda existe um risco teórico máximo de 0,4%, eles contribuem para aumentar o poder estatístico a respeito da segurança da vacina contra a rubéola durante a gravidez e, com isso, oferecem uma maior tranqüilização àquelas mulheres que engravidaram logo após a vacinação contra rubéola ou que se vacinaram mesmo sem saber que estavam grávidas. / Rubella is an acute viral disease that is medically and epidemiologically important because it can be transmitted vertically from the mother to the fetus, especially during the first trimester. This may cause death of the fetus or Congenital Rubella Syndrome (CRS), severe congenital defects such as ocular lesions (retinopathy, cataract, glaucoma and microphthalmia), less of sensorineural hearing, cardiovascular anomalies (persistent ductus arteriosus, pulmonary and aortic stenosis, atrial and/or ventricular septal defects) and mental retardation. Rubella vaccines were introduced in 1969 and, since then that made with the attenuated live virus strain RA 27/3 has been widely used in many countries. Since it uses live virus, the main concern is the possibility that it might cause CRS if given during pregnancy. Therefore, women who have received it are advised to avoid conceiving for up to 1 month after immunization. There have been no reports of cases of CRS observed following immunization during pregnancy, but there is still a theoretical risk of approximately 1.6% of fetuses exposed, considering the statistical power of the world sample available until now. In Brazil the Ministry of Health held campaigns, immunizing the female population aged 12 to 39 years during the 1998-2002 period.The main purpose of this study was to perform a special, prospective follow-up of the women who, because they did not know they were pregnant, were vaccinated against rubella or became pregnant right after vaccination.The total female population immunized during the campaign in the state of Rio Grande do Sul (RS), in 2002, was 1,878,308. Of these, 4,398 were pregnant or became pregnant within 30 days after vaccination, and 421 (9.6%) were classified as susceptible, since they had a serology result positive for anti-rubella IgM after vaccination. Collection for serology was performed on 152 infants of susceptible pregnant women, and 10 of them presented some infection by the vaccine virus. The data in this study were compared to the results of the total births in RS, supplied by the System of Information on Live Births (SINASC/RS- Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos) Of the 152 infants, 2.0% were stillborn 8.7% had low birth weight, and 10.7% were premature These data are not different from the results obtained for the total population for births in RS. Likewise, no differences were found between IgM+ and the total number of births in RS regarding mean birth weight and low weight. All IgM+ infants were medically assessed by a dysmorphologist and ophthalmologist, and complementary exams were performed, such as echocardiography and auditory screening by otoacoustic emission. None of the ten IgM+ infants presented congenital defects due to CRS during the physical examination at birth and at three months of age. Likewise, after specific exams, no infant was found with cardiac defects, auditory deficit or ophthalmological problems such as cataracts, pigmentary retinopathy and glaucoma. Complementary tests for cytomegalovirus, toxoplasmosis, syphilis and herpes were performed with normal results. Even though our data do not exclude risk completely, since there is still a maximum theoretical risk of 0.4%, they help increase statistical power about the safety of the rubella vaccine during pregnancy and thus provide more peace of mind to women who became pregnant immediately after being vaccinated for rubella, or did not know that they were pregnant when they were vaccinated.
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Padrão de aleitamento materno durante os seis primeiros meses de vida : comparação de duas coortes

Kummer, Suzane Cerutti January 1998 (has links)
A importância do aleitamento materno na saúde das crianças está bem estabelecida, sendo que especialistas do mundo inteiro reconhecem a superioridade do leite humano como alimento para a criança pequena. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que todas as crianças sejam alimentadas exclusivamente com leite humano por 4-6 meses e continuem a recebê-lo complementado por outros alimentos por 2 anos ou mais. Os esforços feitos internacionalmente e em nosso país têm determinado incremento nos índices de aleitamento materno nas duas últimas décadas, ainda que permaneçam abaixo dos padrões recomendados em todas as regiões pesquisadas. A escassez de informações sobre a tendência do padrão de aleitamento materno em nosso meio estimulou a realização deste estudo. Duas coortes de crianças nascidas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), uma no ano de 1987 e outra em 1994, foram comparadas em relação aos padrões de aleitamento materno durante os seis primeiros meses de vida. Os dois estudos foram prospectivos, tendo sido acompanhadas 202 crianças em 1987 e 187 crianças em 1994, durante os seis primeiros meses de vida ou até que houvesse a interrupção da amamentação. O acompanhamento foi realizado através de correspondência no estudo de 1987 e através de visitas domiciliares no estudo de 1994. Foram incluídas na amostra somente crianças com peso de nascimento igual ou superior a 2500 g, saudáveis, que tinham iniciado o aleitamento materno e cujos pais morassem juntos. O padrão de aleitamento materno das duas coortes foi comparado utilizando-se a análise de sobrevivência. Os dados encontrados revelaram que o percentual de crianças amamentadas foi semelhante nas duas coortes. Em 1987, 63,9% das crianças recebiam leite materno ao completar 4 meses de vida; aos seis meses, 48,5% ainda eram amamentadas. Na coorte estudada em 1994, a prevalência do aleitamento materno foi de 61,0% aos 4 meses e de 48,2% aos 6 meses. A prevalência do aleitamento materno exclusivo nas duas coortes, apesar de baixa, foi superior na população de 1994: no primeiro mês de acompanhamento, 17% das crianças estavam recebendo leite materno como único alimento no estudo de 1987 e 27% no estudo de 1994. O aumento na prevalência do aleitamento materno exclusivo foi mais acentuado nas mulheres com maior escolaridade e nas famílias com renda per capita intermediária, em consonância com a tendência observada em outros estudos. Os principais achados deste estudo são as baixas prevalências de aleitamento materno encontradas nas duas coortes estudadas, com índices bastante semelhantes nas duas populações. Apenas no índice de aleitamento materno exclusivo observou-se pequeno incremento. / The importance of breastfeeding for the children's health has been well established, acknowledged by experts all over the world as the best way of feeding the infant. The World Health Organization (WHO) recommends that every child should be exclusively breastfed up to 4-6 months, and should keep on it complemented by other foods for 2 years or more. The efforts internationally made as well as in our country have determined an increase in the breastfeeding rates in the last decades, even though these rates remain below the recommended patterns in the areas surveyed. The shortage of information about the breastfeeding pattern tendency in our region stimulated the development of the present study. Two cohorts of children, born at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), one in 1987 and the other in 1994 were compared according to the breastfeeding patterns during the first six months after birth. The two studies were prospective, following 202 children in 1987, and 187 in 1994, during the six first months of life, or until interruption of breastfeeding. The follow-up was done through correspondence in the 1987 study and through home visits in the 1994 study. Only healthy children with birth weight equal or above 2500 g, who had started breastfeeding and whose parents lived together were included in the sample. The breastfeeding pattern of the two cohorts was compared by means of the survival analysis. The data collected revealed that the percentage of breastfed children was similar in the two cohorts. In 1987, 63.9% of the children were being breastfed when they reached 4 months; at six months, 48.5% were still being breastfed. In the cohort studied in 1994, the breastfeeding frequency was of 61.0% at 4 months, and 48.2% at six months. The exclusive breastfeeding frequency in the two cohorts, however low, was superior in the 1994 population: in the first month of follow-up, 17% of the 1987 study children were being exclusively breastfed, and 27% in the 1994 study. The frequency increase of the exclusive breastfeeding was higher among women with higher education and in the families with intermediate per capita income, in accordance with the tendency reported by other studies. The main findings of the present study are the low breastfeeding frequencies found in the two cohorts analyzed, with similar rates in the two populations. Only the exclusive breastfeeding rate has demonstrated a small increase.
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Fisioterapia motora : efeitos sobre a mineralização óssea de prematuros

Vignochi, Carine Moraes January 2007 (has links)
Introdução: A doença óssea dos prematuros compreende distúrbios de mineralização óssea que variam desde um estado de hipomineralização até alterações mais intensas, caracterizando um quadro de raquitismo da prematuridade podendo levar a fraturas não traumáticas ao longo dos primeiros anos de vida. A freqüência é de 50% em prematuros com peso abaixo de 1.000 g, seguida por uma freqüência de 30% em prematuros nascidos com peso inferior a 1.500 g. Objetivo: Avaliar o efeito de um protocolo de fisioterapia motora na mineralização óssea, ganho de peso e crescimento em prematuros com idade gestacional (IG) inferior 35 semanas. Material e Métodos: Foi realizado um ensaio clínico controlado e randomizado com 15 pacientes no grupo controle (GC) e 14 no grupo fisioterapia (GF). Foram incluídos prematuros estáveis com IG inferior a 35 semanas. O GF, além da alimentação padrão, recebeu fisioterapia motora diária por 15 minutos ao dia até a alta. Um fisioterapeuta realizou o exercício que compreendeu movimentos de compressão, flexão e extensão contra a resistência passiva do bebê, e que consistiu em 10 flexões dos membros superiores e inferiores com compressão suave em cada articulação. As variáveis avaliadas foram medidas antropométricas e densitometria óssea de corpo total (DEXA) analisando o conteúdo mineral ósseo (CMO), densidade mineral óssea (DMO), massa muscular e gordura corporal no início e ao final do estudo. A análise estatística foi realizada por ANCOVA e testes de correlação. Resultados: A características na admissão foram similares entre os grupos. A média de peso no GF foi 1326,3 ± 259 g e no GC foi 1342,4 ± 226 g; media de comprimento no GF 37,66 ± 2,74 cm e GC 38,54 ± 1,98 cm. A média de idade na admissão foi 22 ± 3 dias e a média de tempo em fisioterapia foi de 29 ± 3 dias. O GF apresentou maior média de ganho de peso por dia superior ao GC: 27,43 ± 2,43 g contra 21,01 ± 4,4 g, p < 0,001. A média do ganho em comprimento (cm/sem) no GF foi 1,28 ± 0,34 cm contra 0,78 ± 0,23 cm no GC, p < 0,001. O ganho em CMO após os ajustes para tipo de leite e ganho de peso foi 434 ± 247,55 mg e GC -8,18 ± 11,37 mg, p < 0,001. O ganho em DMO após os mesmos ajustes (mg/cm2) foi no GF 8,37 ± 5,63 contra -3,15 ± 5,53 no GC, p < 0,001. A média do ganho em massa muscular (MM) no GF foi 272,13 g contra 109,10 no GC, p < 0,009. Não houve diferença no ganho de gordura corporal (gramas) entre os grupos (p < 0,432). Conclusão: O grupo fisioterapia mostrou maior crescimento, ganho de peso, conteúdo mineral ósseo e massa muscular, sugerindo que o exercício no prematuro é um importante instrumento na mineralização óssea e na prevenção da osteopenia da prematuridade. / Introduction: The disorders of the bone mineralization, osteopenia of prematurity, vary since an asymptomatic hypo-mineralization state until the rickets of the prematurity that can take non-traumatic fractures. The rate is 30% in very low birth weight (VLBW < 1,500 g) until 50% in extreme premature (< 1,000 g). Objective: To study through a randomized and controlled evaluation the effect of a protocol of motor physiotherapy in the bone mineralization, gain of weight and growth in VLBW infants. Material and Methods: A controlled clinical assay was carried through and randomization with 14 patients in physiotherapy group (PG) and 15 patients in control group (CG). All cases were stable and already they have reached 110 kcal/kg/day in enteral nutrition. The PG group, beyond the feeding standard, had received daily motor physiotherapy from 15 minutes daily until hospital discharge. The same physiotherapist carried out the exercises that understood movements of flexion and extension against passive resistance of the baby in a total of 10 flexions of the superior and inferior members with soft squeezing in each joint. The CG received the same feeding and routine care of the neonatal unit. We measured physical characteristics and bone mineralization through dual energy x-ray beam absorptiometry (DEXA) of total body analyzing the bone mineral content (BMC), bone mineral density (BMD), muscle mass and free-fat mass at the beginning and in the end of the study. The statistics analysis was carried through by ANCOVA and tests of correlation. Results: The characteristics of the admission were similar in both groups. Mean of the weight in PG was 1326.3 ± 259 g and CG was 1342.4 ± 226 g; mean of the length was PG 37.66 ± 2.74 cm and CG 38.54 ± 1.98 cm. The average age of admission was 22 ± 3 days and the average of physical activities was 29 ± 3 days. The PG, exactly after adjustments for confusion factors, presented mean gain of weight per day superior to the CG: PG 27.43 ± 2.43 g against CG 21.01 ± 4.4 g, p < 0.001. The mean gain in length (cm/week) was PT: 1.28 ± 0.34 cm against CG 0.78 ± 0.23 cm, p < 0.001. The gain in BMC was PG 434 ± 247.55 mg and CG -8.18 ± 11.37 mg, p < 0.001. The BMD (mg/cm2) gain was PG 8.37 ± 5.63 against CG – 3.15 ± 5.53, p < 0.001. The mean of gain in muscle mass was PG 272.13 g against CG 109.10, p < 0.009 and there was no difference in fat mass between the groups p < 0.434. Conclusion: These results showed that the exercise in the premature infants produced more growth, more gain in weight, bone mineral content and bone strength, and gain in muscle mass, suggesting that the motor physiotherapy can contribute in bone mineralization and therefore in the prevention of the osteopenia of the prematurity.
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Prematuros de muito baixo peso ao nascer: um estudo sobre seu desenvolvimento cognitivo na idade escolar e fatores associados

Rodrigues, Maura Calixto Cecherelli de January 2011 (has links)
Submitted by Luis Guilherme Macena (guilhermelg2004@gmail.com) on 2013-07-09T17:42:46Z No. of bitstreams: 1 TESE - Maura Calixto Cecherelli de Rodrigues.pdf: 802390 bytes, checksum: aa32dd1dcb7f50f3722357936a13f220 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-07-09T17:42:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 TESE - Maura Calixto Cecherelli de Rodrigues.pdf: 802390 bytes, checksum: aa32dd1dcb7f50f3722357936a13f220 (MD5) Previous issue date: 2011 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / As crianças nascidas prematuras de muito baixo peso apresentam maior incidência de alterações cognitivas na idade escolar quando comparadas aos nascidos a termo, as quais se estendem à adolescência e ao adulto jovem, podendo comprometer sua realização acadêmica, qualidade de vida e inclusão social e onerando o estado e a sociedade. Fatores sócio-econômicos também são reconhecidamente capazes de afetar adversamente o desenvolvimento intelectual infantil em nascidos em quaisquer idades gestacionais. O presente estudo objetiva investigar em uma população de crianças nascidas pré-termo e com peso inferior a 1500g e desfavorecidas sócio-economicamente, quais aspectos biológicos e sócio-econômicos se associam à alteração cognitiva. Pretende-se, assim, também verificar o desenvolvimento cognitivo à idade escolar desta coorte. Partindo-se do pressuposto de que fatores bio lógicos e ambientais são capazes de influenciar o desenvolvimento cognitivo ao longo da vida destas crianças, agindo muitas vezes simultaneamente, se inter-relacionando e se relacionando direta ou indiretamente ao desfecho (alteração cognitiva), uma coorte de 65 crianças foi acompanhada longitudinalmente e avaliada cognitivamente na idade entre 6 e 8 anos através da Escala de Inteligência Wechsler para Crianças-Terceira Edição. Um modelo de análise hierarquizado foi escolhido para investigar a associação entre fatores de risco biológicos e sócio -econômicos e o desfecho (alteração cognitiva). Estes fatores foram agrupados em níveis de influência: distal, intermediário I e II e proximal, de acordo com a plausibilidade biológica e resultados observados na literatura. Foi proposto e construído um modelo teórico de fatores de risco para alteração cognitiva nesta população de alto risco e, em seguida, este modelo foi aplicado a esta população. Os resultados mostraram a escolaridade materna, o número de consultas realizadas pela 7 mãe no pré-natal e o sexo masculino associados significativamente ao desfecho (alteração cognitiva). O tempo de amamentação apresentou significância estatística limítrofe e variáveis biológicas como a displasia broncopulmonar e a hemorragia intracraniana perderam sua significância ao longo do modelo hierarquizado. Sugere-se maior atenção a estes aspectos que se mostraram significativamente associados à alteração cognitiva nesta coorte de prematuros de muito baixo peso ao nascer em idade escolar desde a internação em unidade neonatal até o seguimento ambulatorial destas crianças, tentando-se atuar multiprofissionalmente e com apoio adequado de políticas públicas de saúde, tanto preventivamente quanto tratando o mais precocemente possível. / Children born prematurely with very low birthweight have a higher incidence of cognitive impairment at school age compared to those born at term which extends through adolescence and young adulthood, and may compromise their academic achievement, quality of life and social inclusion and onerating the State and society. Socioeconomic factors are also known to be able to adversely affect the intellectual development in children born at any gestational age. This study aims to investigate in a population of very low birth weight preterm children and socioeconomically disadvantaged, which aspects of biological and socioeconomic factors are associated with cognitive impairment at school age. Therefore it is also intended check the cognitive development of this cohort. Starting from the assumption that biological and environmental factors can influence cognitive development over the life of these children, and most of the time they can act simultaneously being inter-related and related directly or indirectly to the outcome (cognitive impairment), a cohort of 65 children were followed longitudinally and assessed cognitively at age between 6 and 8 years old through the Wechsler Intelligence Scale for Children-Third Edition. A hierarchical model of analysis was chosen to investigate the association between biological risk factors and socioeconomic factors and the outcome (cognitive impairment). These factors were grouped into levels of influence: distal, intermediate I and II, proximal according to the biologica l plausibility and results in the literature. A theoretical model of risk factors for cognitive impairment in this high risk population was proposed and built and then this model has been applied to this population. The results showed the maternal educat ion, number of visits by the mother during the prenatal and male sex were significantly associated with the outcome (cognitive impairment). The duration of breastfeeding showed borderline statistical significance and biological variables such as bronchopulmonary dysplasia and intracranial hemorrhage have lost their significance over the hierarchical model. More attention is suggested to these aspects that were significantly associated with cognitive impairment at school age in this cohort of very low birthweight preterm children since admission to the neonatal unit until the follow-up of these children, trying to work with a multi-professional team and appropriate public health policies support, both preventive and treating children as early as possible.
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Recém-nascidos com malformações congênitas : prevalência e cuidados de enfermagem na unidade neonatal / Newborns with congenital malformations : prevalence and nursing care in the neontal unit

Fontoura, Fabíola Chaves January 2012 (has links)
FONTOURA, Fabíola Chaves. Recém-nascidos com malformações congênitas : prevalência e cuidados de enfermagem na unidade neonatal. 2012. 121 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2012. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2013-02-26T15:27:29Z No. of bitstreams: 1 2012_dis_fcfontoura.pdf: 2536351 bytes, checksum: 66c2d9dde578fc40e6383718d77239f2 (MD5) / Approved for entry into archive by Erika Fernandes(erikaleitefernandes@gmail.com) on 2013-02-27T14:14:47Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2012_dis_fcfontoura.pdf: 2536351 bytes, checksum: 66c2d9dde578fc40e6383718d77239f2 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-02-27T14:14:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2012_dis_fcfontoura.pdf: 2536351 bytes, checksum: 66c2d9dde578fc40e6383718d77239f2 (MD5) Previous issue date: 2012 / The newborns (NB) with congenital malformation (CM) requires from nursing professionals the performance of specific and individualized care. This study aimed at evaluating the prevalence of newborns with congenital malformation in public institutions and the nursing care provided to these children admitted to the Neonatal Unit (NU) in the first 24 hours of life. This is a descriptive, cross-sectional and quantitative study, which was conducted in three Neonatal Units of hospitals (A, B, C) from the city of Fortaleza-CE/Brazil. The sample was composed of 159 newborns; from which 75 belong to institution A; 44 to B; and 40 to C. The data were collected in 2012, from January to June in A and B, and from March to August in C. Records and documents were investigated in the aformentioned units and, subsequently, they were recorded in the proper forms containing maternal and neonatal variables, after approval by the Ethical Committee. Results showed prevalence of 3.3%, 2.1% and 3.6% of malformed newborns in the institutions, respectively. Of the sample, 53% were male, 57% with 37 to 41,6 gestation weeks, 52% weighing between 2,500 g and 3999g, 66% with height 39-49 cm, Apgar score at 1st (60%) and 5th (79%) minutes from seven to ten. Among the implemented therapies to the NB, it should be highlighted oxygenotherapy in Oxy-hood (42%); Zero diet (37%); intravenous hydration (36%); central venous access puncture for infusions (44%); handling for every three hours (89%) and did not undergo surgery throughout the period (75%). Among the dressings, the highlighted location was the sacral region (54%) and the coverage with sterile compress (21%). The diagnosed congenital malformations were categorized according to the classification of the ICD – 10, prevailing those ones belonging to the Musculoskeletal System (30%) and to the Central Nervous System (CNS) (21.1%) highlighting the Congenital clubfoot, Polydactyly, Hydrocephalus and Myelomeningocele. It should also be highlighted the isolated malformations (61%) and the nursing care records involving examinations (24.4%) and oxygenotherapy (16.9%). There were statistically significant associations between the malformations categories and some specific variables: (CM of the CNS) x (GI, Drug Therapy) (CM of the eye, ear, face, neck) x (GI, Drug use and Schooling); (CM of the Circulatory System) x (Maternal age and Drug use) (CM of the Respiratory System) x (Drug use and Drug therapy); (Cleft-lip and palate) x (Maternal age and Drug use); (Others CM of the Digestive System) x (Ventilation modality and Nutrition and Surgery forms); (CM of the Genitalia) x (Gender, Family Income and Nutrition form); (Musculoskeletal CM) x (Number of pregnancies and Ventilation modality); (Others CM) x (GI and weight), and (Chromosomal Abnormalities) x (Maternal age), all with p <0.05. We have concluded that the number of NB with CM it is still prevalent and the nursing staff implements the healthcare according to the clinical conditions, pathology and hemodynamic balance of each NB and not specifically for each type of malformation. / Os recém-nascidos (RN) com malformação congênita (MC) requerem dos profissionais de enfermagem atenção e cuidados específicos e individualizados. O estudo objetivou avaliar a prevalência dos recém-nascidos com malformações congênitas em instituições públicas e a assistência de enfermagem prestada a essas crianças internadas na Unidade Neonatal (UN) nas primeiras 24 horas de vida. Estudo descritivo, transversal, quantitativo, realizado em três Unidades Neonatais de instituições hospitalares (A, B e C) de Fortaleza, Brasil. A amostra foi composta de 159 recém-nascidos, sendo 75 na instituição A; 44 na B; e 40 na C. Os dados foram coletados em 2012, de janeiro a junho em A e B, e de março a agosto em C. Investigou-se prontuários e documentos nas unidades referidas e, posteriormente, eles foram registrados em formulários próprios contendo variáveis maternas e neonatais, após a aprovação pelos Comitês de Ética. Os resultados revelaram prevalência de 3,3%, 2,1% e 3,6% de RN malformados nas instituições, respectivamente. Da amostra, 53% eram masculinos, 57% com 37 a 41,6 semanas gestacionais, 52% pesando entre 2.500g e 3999g, 66% com estatura de 39 a 49 cm, Apgar no 1º(60%) e 5º(79%) minutos de sete a dez. Dentre as terapias implementadas ao RN, sobressaíram-se oxigenoterapia sob Oxi-hood (42%); Dieta zero (37%); hidratação venosa (36%); punção de acesso venoso central para infusões (44%); manuseio de três em três horas (89%) e não realizaram cirurgias no período (75%). Dentre os curativos, o local destacado foi a região sacral (54%) e a cobertura com compressa estéril (21%). As malformações congênitas diagnosticadas foram categorizadas conforme classificação do CID – 10, prevalecendo aquelas pertencentes ao Sistema Osteomuscular (30%) e Sistema Nervoso Central (SNC) (21,1%), ressaltando o Pé torto congênito, Polidactilia, Hidrocefalia e Mielomeningocele. Destacaram-se as malformações isoladas (61%) e os registros de cuidados de enfermagem envolvendo exames (24,4%) e oxigenoterapia (16,9%). Ocorreram associações estatisticamente significantes entre as categorias de malformações e algumas variáveis específicas: (MC do SNC) x (IG, Terapia Medicamentosa); (MC do olho, ouvido, face, pescoço) x (IG, Uso de drogas e Escolaridade); (MC Aparelho Circulatório) x (Uso de drogas e Terapia Medicamentosa); (MC Aparelho Respiratório) x (Idade materna e Uso de drogas); (Fenda labial ou palatina) x (Idade materna e Uso de drogas); (Outras MC do Aparelho Digestivo) x (Modalidade Ventilatória, Forma de Nutrição e Cirurgia); (MC dos Órgãos Genitais) x (Sexo, Renda familiar e Forma de Nutrição); (MC Osteomuscular) x (Número de Gestações e Modalidade Ventilatória); (Outras MC) x (IG e Peso); e (Anomalias Cromossômicas) x (Idade materna), todos com p<0,05. Concluiu-se que ainda se faz prevalente o número de MC em RN e que a equipe de enfermagem implementa cuidados de acordo com as condições clínicas, da patologia e equilíbrio hemodinâmico de cada RN e não especificamente para cada tipo de malformação.

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