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Segredos ìntimos: a gestão nos assentamentos de reforma agrária / Intimate secrets: the management of agrarian reform settlementsAlencar, Francisco Amaro Gomes January 1998 (has links)
ALENCAR, Francisco Amaro Gomes de. Segredos íntimos:a gestão nos assentamentos de reforma agrária. 1998. 209 f. : Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente - PRODEMA, Fortaleza-CE, 1998. / Submitted by guaracy araujo (guaraa3355@gmail.com) on 2016-04-04T19:25:12Z
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Previous issue date: 1998 / Intimate secrets – the management of agrarian reform settlements” is result of my reflections and experience working during the last twelve years as geographer, firstly as a technician and lately as an university professor. This knowledge was built along with the settiers, using an approach that searches to bring to the theory mechanisms that involve the construction of knowledge in this field. This is a rigorous, systematic, and critic research. Its content is justified through the successive approximations of the studied subject: settler / settlement due to the way that the reality was historically formulated. The results are neither conclusive nor definitive because “durable works are not finished yet”. Therefore, I begin analyzing the undertanding of the categories: settlement in agrarian reform areas, management, place, space, and territory. In following, I (re)interpret the history of the studied subject, having as case study the settlements Vitória and Cachoeira Cercada, in order to demonstrate from this standpoint the relationship between a successful settlement and another one that did not achieve “success”. Finally, I propose a way to be followed so that the settlers succeed in managing the territory, instead of keeping managing the space or the place “forever”. / Segredos íntimos a gestão nos assentamentos de reforma agrária é resultado de um trabalho de experiência e reflexões por mim vivido nestes últimos doze anos na qualidade de geógrafo, inicialmente desenvolvendo as funções de técnico e, posteriormente, como professor universitário. Este saber foi construído juntamente com os assentados, com uma prática que busca trazer para a teoria mecanismos que envolvem a construção de um conhecimento nesse terreno. Trata-se de uma pesquisa rigorosa, sistemática e crítica, e o seu conteúdo se justifica, em virtude da maneira como foi elaborada teoricamente a realidade, através de aproximações sucessivas do sujeito pesquisado: assentado / assentamento. Os resultados aqui apresentados não são conclusivos, nem definitivos, pois “as obras duradouras, ainda não estão completadas”. Assim sendo, começo fazendo uma análise sobre o entendimento das categorias: assentamento em área de reforma agrária, gestão, lugar, espaço e território. Em seguida, (re)interpreto a história do sujeito da pesquisa, tendo como estudo de caso os assentamentos Vitória e Cachoeira Cercada, para, a partir daí, demonstrar a relação entre um “assentamento exitoso, com sucesso”, econômico, social, político, ambiental, e aquele que não obteve “sucesso”. Por último, proponho um caminho a ser seguindo, a fim de que os assentados consigam fazer a gestão do território, e não fiquem “eternamente” a fazer uma gestão do espaço ou do lugar.
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A produção ecológica de arroz nos assentamentos da região metropolitana de Porto Alegre: territórios de resistência ativa e emancipaçãoMartins, Adalberto Floriano Greco January 2017 (has links)
Os assentamentos da reforma agrária no Rio Grande do Sul surgiram como produto da luta social das famílias Sem Terra, organizadas pelo MST. O conflito social marca o espaço geográfico, gerando territórios onde se estabelecem novas relações sociais, como o trabalho familiar e a democratização a partir da distribuição da posse da terra. Em base a estas novas relações sociais, famílias assentadas desenvolvem um novo governo, entendido como o rumo, a orientação ao desenvolvimento deste território. Este governo é fortemente disputado pelas forças econômicas, políticas e ideológicas presentes nas regiões. Inspirado pela nova estratégia do MST, expressa na consigna da Reforma Agrária Popular, o MST gaúcho, estabeleceu como orientação a organização dos assentamentos como força política, através da organização da produção de alimentos em base agroecológica. A produção do arroz ecológico soma-se a esta orientação política do MST. Articuladas no Grupo Gestor do Arroz Ecológico, 546 famílias assentadas produziram na Safra 2016/17, 464.409 sacos, em 4.886 ha. Atrás destes números existe um conglomerado de cooperação, com gestão democrática, onde quem trabalha planeja, decide e define o destino da produção gerada, envolvendo grupos de produção, associações, cooperativas singulares e uma cooperativa em âmbito regional, controlando o conjunto dos elos da cadeia produtiva do arroz por elas produzidos, desenvolvendo neste processo social um conjunto de conhecimentos expresso no Itinerário Técnico da Lavoura Este Conglomerado de Cooperação é expressão das forças produtivas autenticas que o trabalho social desenvolveu, orientado por uma organização política. Ao influir no processo de objetivações das famílias assentadas, permitindo escolhas que remetem os indivíduos ao plano humano genérico, o MST, ao organizar a produção de alimentos saudáveis, afirma na cotidianeidade destas famílias uma ética fundando uma individualidade participe do gênero que se reconhece como tal. O conglomerado é a síntese que vincula a nova qualidade ético-político em meio a uma práxis coletiva que expressam as autenticas capacidades humanas. Num contexto de avanço do agronegócio, expressão de uma nova aliança de classes no campo, as famílias assentadas na RMPA, desenvolvem em seu cotidiano produtivo relações sociais e técnicas que não podem ser absorvidas pelos agentes produtivos do agronegócio. Aqui se expressa o conteúdo da resistência ativa dos camponeses assentados, gerando territórios de resistência e emancipação. / The agrarian reform settlements in the Brazilian state of Rio Grande do Sul emerged from the social struggle of the Sem Terra (landless) families, organized by the Landless Rural Workers Movement, the MST. The social conflict marks the geographic space, generating territories where new social relations are established, such as family work and democratization from the distribution of land tenure. Based on these new social relations, settled families develop a new government, understood as the direction, the orientation to the development of this territory. This government is strongly disputed by the economic, political and ideological forces present in the regions. Inspired by the new strategy of the MST, expressed in the slogan of the Popular Agrarian Reform, the MST of Rio Grande do Sul, established the orientation of the organization of settlements as a political force through the organization of agro-ecological food production. The production of organic rice sets within this political orientation of the MST. Articulated in the Ecological Rice Management Group, 546 settled families produced in the 2016/17 harvest, 464.409 sacks of rice, in a extension of 4.886 hectares. This production is managed democratically by a conglomerate cooperative, where those who work plan, decide and define the destination of the production generated. It involves production groups, associations, singular cooperatives and a cooperative in a regional scope, controlling all the links within the rice production chain produced by them This experience has developed within this social process a set of knowledge expressed at the Technical Itinerary of the Plantation. This Cooperative Conglomerate is an expression of the authentic productive force that social work has developed, guided by a political organization. The MST organizing the production of healthy food, influencing the process of the settled families gain, which permits choices that refer individuals to the generic human plan, affirms within the daily life of these families an ethic founding, an individuality that participates and recognizes as such. The conglomerate is the synthesis that links the new ethical-political quality in the midst of a collective praxis that expresses the authentic human capacities. Within the context of the advance of agribusiness, which is the expression of a new class alliance in the countryside, the families based on the RMPA (Metropolitan Region of Porto Alegre), develop at their daily production social and technical relations that can not be absorbed by the productive agents of agribusiness. Here the content of the active resistance of the settled rural workers is expressed, generating territories of resistance and emancipation.
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O assentamento dividido? Produção do Espaço, Mediadores e Conflitos no Projeto de Assentamento de Reforma Agrária Caxá (1980-2010) – Marcionílio Souza (BA)Santos, Tiago Rodrigues January 2012 (has links)
Submitted by Edileide Reis (leyde-landy@hotmail.com) on 2014-10-07T12:35:16Z
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TIAGO RODRIGUES.pdf: 4574204 bytes, checksum: 8004cdfae91dd00003386cac43248520 (MD5) / Esta pesquisa busca discutir o processo de produção de espaço no Projeto de
Assentamento de Reforma Agrária Caxá, localizado no município de Marcionílio
Souza, estado da Bahia, destacando o papel dos mediadores. Neste sentido, partiu-se do
pressuposto teórico e metodológico de que cada Projeto de Assentamento constitui um
novo espaço – de vida e de conflitos –, onde as contradições e antagonismo do modo de
produção capitalista também se materializam. Por outro lado, entende-se estes novos
espaços como fruto da longa marcha do campesinato brasileiro e, também, como
possibilidade de constituírem enquanto espaços de esperança. Implantados desde a
década de 1980, os assentamentos de reforma agrária se apresentam como uma forma
peculiar de apropriação e organização do espaço pela sua expressão enquanto política
pública e pela possibilidade de se apresentarem como novos espaços, construídos a partir da luta e da mobilização dos camponeses. O Projeto de Assentamento de Reforma Ágrária Caxá foi implantado, em 1986, durante o I Plano Nacional de Reforma Agrária, do Governo Sarney (1985-1989), período em que a discussão da reforma agrária volta a cena institucional do País. Compreende-se que a participação dos mediadores políticos em assentamentos rurais é um elemento central para se entender o processo de reprodução do camponês assentado. Para a realização deste trabalho foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica, cartográfica e documental sobre o tema proposto, bem como realização de entrevistas com técnicos de órgãos governamentais e lideranças de movimentos sociais de luta pela terra, principalmente aqueles que atuam no estado da Bahia. A formação das cinco associações presentes hoje no Projeto Caxá evidenciam o processo dinâmico, contraditório e revelador do papel dos mediadores da produção do espaço em assentamentos rurais. Assim, compreende-se que o camponês assentado se reproduz enquanto ser social a partir da pressão de lógicas diferenciadas, como a lógica
do mercado, do Estado, do ethos camponês e da lógica dos movimentos sociais. / This paper discusses the process of production of space in the Project for the Caxá
Agrarian Reform Settlement, located in the municipality of Souza Marcionílio, in the
state of Bahia, highlighting the role of mediators. In this sense, we started with the
theoretical and methodological assumption that each Settlement Project is a new space –
of life and conflicts - where the contradictions and antagonisms of the capitalist mode of
production also materialize. On the other hand, it understands these new spaces as a
result of the long march of the Brazilian peasantry and also as a possibility to be
constitutedas spaces of hope. Implemented since the 1980s, the agrarian reform
settlements were presented as a peculiar form of ownership and organization of space
by their expression as a public policy and the possibility of presenting themselves as
new spaces constructed from the struggle and mobilization of peasants. The Project for
the CAXÁ Agrarian Reform Settlement was deployed in 1986 during the First National
Plan for Agrarian Reform of the Sarney government (1985-1989), period during which
the discussion of agrarian reform returns to the institutional scenario of the country. It
is understood that the participation of political mediators in rural settlements is central
to understanding the process of reproduction of the resettled peasant . For this paper we
developed a bibliographic, cartographic and documentary research, on the proposed
topic, as well as interviews with experts from government agencies and leaders of social
movements that struggle for land, especially those working in the state of Bahia. The
formation of five associations present today in the CAXÁ Project show the dynamic,
contradictory and revealing role of the mediating agents in the production of space in
rural settlements. Thus, it is understood that the resettled peasant reproduces him/her
self as a social being from the pressure of the differentiated logics such as the market
logic, the state logic, the peasant ethos logic and the logic ofthe social movements.
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Dos Antecedentes do PNRA à Produção e Gestão do Espaço no Projeto de Assentamento Amaralina – Vitória da Conquista (uma fonte de cobiça)Vasconcelos, Maria Madalena Noronha de January 2007 (has links)
Submitted by Edileide Reis (leyde-landy@hotmail.com) on 2014-10-29T11:30:57Z
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Maria Madalena Noronha de Vasconcelos.pdf: 2721928 bytes, checksum: a8a3efbe4a9691a7a4da030dbc69c3a1 (MD5) / Approved for entry into archive by Rodrigo Meirelles (rodrigomei@ufba.br) on 2015-05-30T13:58:49Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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Maria Madalena Noronha de Vasconcelos.pdf: 2721928 bytes, checksum: a8a3efbe4a9691a7a4da030dbc69c3a1 (MD5) / Este estudo analisa dois grandes contextos temporalmente opostos, porém análogos ao
modelo da estrutura agrária brasileira. Um diz respeito aos fatores estruturantes do processo de formação territorial e aos problemas relativos à questão fundiária brasileira. O outro está na implementação do Plano Nacional de Reforma Agrária (PNRA), em 1985. Apesar da política de pactuação entre o governo e setores populares, a reação da classe dominante contra o Plano, e os compromissos do Estado com esta classe, restringiu este a um instrumento que
tentou melhorar a forma de consolidação das relações capitalistas no campo, sem
efetivamente modificar a estrutura agrária que a despeito desse processo, continuou bastante concentrada. O Plano Regional de Reforma Agrária (PRRA) foi oficialmente implantado na Bahia em 1986, respeitando as diretrizes do PNRA. Mas as ações efetivas deste, só tiveram inicio em 1987, quando o Estado criou um aparato burocrático, materializado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), que juntamente com o INCRA e a Prefeitura de
Vitória da Conquista, formaram uma “tríade tutelar” na produção e gestão do espaço do
Projeto Amaralina. O Município de Vitória da Conquista em situação de crise estrutural,
ocasionada pela perda de subsídios por parte do Governo Federal aos cafeicultores, num
acordo institucional, incluiu em 1987, o primeiro projeto de assentamento da Região Sudoeste da Bahia, o Projeto de Assentamento Amaralina. Nos procedimentos metodológicos, utilizouse a pesquisa documental com leituras sobre Reforma Agrária, Estado e os fundamentos teórico-metodológicos da Geografia, tendo como eixo orientador para interpretação dos fenômenos as categorias de análise da geografia ― Território, lugar, região e paisagem ― donde o espaço foi a própria categoria estruturante. Com base nos pressupostos da Pesquisa- Ação procedeu-se reuniões e entrevistas com os assentados e técnicos das instituições que operaram o PRRA. Fundamentada no método dialético através da observação participante
estes dois movimentos operados em escalas geográfica ― visto tempo-espacial em seus
diferentes tamanhos de realidade ― nos permitiram constatar que a forma de distribuição de terras adotada pelo PNRA/PRRA, com políticas compensatórias, não atingiu os objetivos desse plano que almejava a reprodução econômica nos projetos de assentamentos. O saldo da aplicação de “parcos” investimentos, tanto causou diferenciação no próprio lócus do PA
Amaralina como os fragmentou na capacidade produtiva ― devido à orientação para
investimento na atividade pecuária ― e nas relações sociais. A situação no assentamento
Amaralina e de maneira geral para os pequenos produtores é um contexto de proletarização rural, com renda negativa, baixa produtividade e diminuição das propriedades menores.
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O PRONAF e os seus reflexos para a agricultura familiarFardin, Merci Pereira 25 September 2014 (has links)
Submitted by Maykon Nascimento (maykon.albani@hotmail.com) on 2015-02-25T18:13:24Z
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Previous issue date: 2015-02-25 / O presente trabalho busca através do estudo da modernização da agricultura, com foco no período de 1965-2012, compreender o papel do Estado na formulação de políticas agrícolas que conduz o desenvolvimento do modo de produção capitalista na agricultura. Utiliza-se como fonte de pesquisa dados secundários de agências governamentais, supranacionais e autores com tradição no estudo do tema, a fim de dissertar sobre as particularidades do desenvolvimento do capitalismo na agricultura em um país de economia dependente e subdesenvolvido. Para isso, faz-se necessário compreender o controle exercido pelo capital internacional sobre os elos estratégicos da economia, a perpetuação da segregação social e a superexploração do trabalho como base da sociedade nacional. Conclui-se que o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), política agrícola que surge em meados da década de 1990, criado para pequenos produtores, vem promovendo feitos similares à política agrícola formulada pelo Estado no período do regime militar que ficou classificado como modernização conservadora. Nesta direção, o PRONAF apresenta como estratégia o esforço de enquadrar agricultores familiares nos paradigmas da eficiência produtiva, que acaba resultando entre aqueles aptos (competitivos) e não aptos para a sobrevivência no mercado / This study aims to uderstand the role of the state in the formulation of agricultural policies that drive the development of the capitalist mode of production in agriculture, through the study of the agricultural modernization, focusing on the 1965-2012 period. We used, as a source of research, secondary data from government and supranational agencies, as well as authors with a history in the study of the topic, in order to demonstrate the peculiarities of development of capitalism in agriculture of underdeveloped country with a dependent economy. Hence, it is necessary to understand the control exerted by foreign capital on strategic links of the economy, the perpetuation of social segregation and the over-exploitation of labor as the basis of national society. We concluded that the National Program for Strengthening Family Agriculture (PRONAF), agricultural policy that was created in the mid-1990s for small producers, has been promoting deeds similar to those of the agricultural policy formulated by the State during the military regime, which was classified as conservative modernization. In this sense, PRONAF presents the strategy to fit family farmers in the paradigms of production efficiency, resulting in the segregation between those apt (competitive) and those inapt for survival in the market.
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A formação de educadores e a travessia de cercas invisíveis de acesso/produção de conhecimentos : experiências do MST nas inter-relações com universidades brasileiras /Pizetta, Adelar João 15 November 2014 (has links)
Submitted by Elizabete Silva (elizabete.silva@ufes.br) on 2015-04-27T19:10:28Z
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Previous issue date: 2014-12 / Este estudo sistematiza e aborda a temática da formação de educadores desenvolvida nas inter-relações entre universidades brasileiras e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, especificamente nos cursos de graduação em História na Universidade Federal da Paraíba e de Engenharia Agronômica na Universidade Federal de Sergipe, no período de 2004 a 2008. Tal processo desenvolve-se em um contexto difícil e complexo da luta pela reforma agrária no Brasil, principalmente pelas transformações ocorridas nos últimos anos oriundas da ampliação das lógicas de produção do agronegócio. Esta condição leva o MST a discutir e propor uma nova concepção de reforma agrária que a designa de popular em substituição à proposta de reforma agrária clássica. Por outro lado, apresenta uma visão das universidades brasileiras e dos projetos que são construídos e implementados nos últimos anos, inclusive, observando coincidências com as políticas econômicas gerais para a sociedade. Apresenta uma concepção de formação que vem sendo construída no interior das práticas do MST que também procura as universidades para firmar convênios e desenvolver processos de escolarização/formação de seus militantes educadores. Dentre as dimensões desse processo educativo/formativo, destacam-se: vínculo permanente com os processos orgânicos; a formação como um processo ético, estético, místico que trata das atitudes/comportamentos e como um processo dialógico, crítico e articulado que contempla saberes, experiências, em uma interação que busca superar as monoculturas. Captura por intermédio da pesquisa de campo: estranhamentos, entraves, sentidos da ocupação pedagógica e coletiva, alternativas, legados que permanecem tanto no MST como na universidade e apresenta o resultado do envolvimento e atuação dos egressos de ambos os cursos na atualidade. Aponta também para desafios, possibilidades outras de enfrentar a difícil mas necessária tarefa de formar educadores, militantes capazes de coletivamente levar adiante a luta por um mundo mais justo, solidário e democrático, em que a terra e o conhecimento, juntamente com os demais bens econômicos e culturais sejam profundamente democratizados. Pretende ser uma contribuição para o debate acerca da relevância dessas inter-relações entre universidade e movimentos sociais, em que essas experiências demarcam novas possibilidades de abertura e avanços democráticos e menos elitista da universidade e novos patamares de escolarização/formação para integrantes do Movimento dos Sem Terra. / This study systematizes and addresses the theme of political training of educators developed in the inter-relations between Brazilian universities and Landless Rural Workers” Movement, specifically in the graduating course in History at the Federal University of Paraiba and Agriculture Engineering at the Federal University of Sergipe, from 2004 to 2008. This process is developed in a difficult and complex context of the struggle for Agrarian Reform in Brazil, mainly by the changes that took place in the last years derived from the logic of agribusiness production. This condition takes the MST to debate and propose a new conception of Agrarian Reform. That is designated as People”s Agrarian Reform, replacing the Classic Agrarian Reform Proposal. On the other side, it presents a vision of the Brazilian universities and of the projects built and implemented in the last years, also observing the coincidences with the general economic policy for the society. It presents a conception of political training that has been built within the MST practices, that also looks for the universities to sign conventions and to develop schooling and political training processes for their educator activists. Among the dimensions of this educational and political process, stand out: permanent bond of the organic processes, political training as a ethical, aesthetic, mystical process that deals with attitudes and behaviours; as a dialogic, critical and articulated process that contemplates knowledges, experiences, in an interaction that seeks to overcome the monocultures. Capture through field research: estrangements, barriers, senses of the pedagogical and collective occupation, alternatives, legacies that remain not only in the MST but also at the universities, and that presents the result of the involvement and acting of the graduates from both courses nowadays. It also points to the challenges, other possibilities to confront the difficult but necessary task of training politically the educators, activists capable of carrying forward collectively the struggle for a fairer, more solidary and democratic world, in which the land and the knowledge together with the other economic and cultural goods be deeply democratized. It intends to be a contribution to the debate about the relevance of these inter-relations between the universities and social movements, in which these experiences demarcates new possibilities of access and democratic and less elitist progresses of the university and new baselines of schooling and political training for the members of the Landless Movement.
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A Mídia e o MST: heróis e vilões na trama do discurso jornalístico / The media and the MST: heroes and villains in the plot of journalistic discourseSonia Maria Ferreira 19 December 2012 (has links)
A presente pesquisa visa refletir, sob a ótica do discurso, a cultura noticiosa a respeito do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no que se refere à cobertura jornalística dos jornais Zero Hora e Folha de S.Paulo das linhas políticas sobre as questões conjunturais apresentadas pelo Movimento em seus três últimos Congressos Nacionais (1995, 2000 e 2007), para comprovar o tratamento dado pela mídia ao MST e o modo como as formações discursivas em textualizações jornalísticas são indiciárias de permanente tensão em torno da luta pela terra, o que dificulta o diálogo do Movimento com a sociedade. Este trabalho pretende ainda debater qual a intervenção do MST na construção das agendas política e pública e por que o Movimento não consegue provocar mudanças em seu enquadramento noticioso e, assim, constatar o que o processo de saturação do discurso midiático, neste caso o do jornalismo impresso, é capaz de produzir sobre a sociedade, partindo da hipótese de que a mídia, em geral, funciona como aparelho político-ideológico, que elabora e divulga concepções de mundo, cumprindo a função de contribuir com orientações para exercer influência na compreensão dos fatos sociais. A mediação dos meios de comunicação de massa, em geral, produz um deslocamento na experiência pública e, ao mesmo tempo, dá forma aos saberes possíveis que essa experiência desenvolve sobre si mesma. Sabemos que as ideologias presentes nos discursos jornalísticos podem não produzir novos saberes sobre o mundo, mas produzem um reconhecimento do mundo tal como já aprendemos a apropriá-lo. Demonstrar-se-á que, na fase atual do capitalismo sistema que demanda maior valorização da informação , a reprodução ideológica se dá diretamente pelos meios de comunicação, por intermédio de pautas e agendas. Considerando o contexto apresentado pela pesquisa, o trabalho destaca também dois fios condutores para alcançar seus objetivos: a submissão da mídia à hegemonia neoliberal e a luta do MST pela reforma agrária diante da valorização do agronegócio latifundiário. / From the standpoint of the discourse, this research intends to reflect upon the media culture surrounding Brazil's Landless Peasant Movement [Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra/MST], with focus on the journalistic coverage of the newspapers Zero Hora and Folha de S.Paulo regarding the political lines and conjuncture issues presented by the Movement in its last three national gatherings (1995, 2000 and 2007), the treatment given by the media to MST and how the discursive formations in textualizations indexing news have meant ongoing tensions around the struggle for land and made the dialogue between the Movement and the society even more difficult. This work also intends to discuss the intervention of the MST in the construction of political and public agendas and the reasons why the Movement is unable to produce changes in its media portrayal. Thus, it ascertains the saturation process of the mediatic discourse (specifically in the print media) and the effects that it may produce upon society beginning with the hypothesis that the media generally operates like a political and ideological apparatus that elaborates and divulges world concepts, carrying out the task of offering orientations that influence the comprehension of social facts. Mediation means of mass communication, in general, produces a shift in public experience and at the same time shapes the possible knowledge that this experience developes on itself. We know that the ideologies found in journalistic discourses can not produce new knowledge about the world, but produce a recognition of the world as we have learned to appropriate it. We shall demonstrate that, in the current phase of capitalism (a system that demands greater value for information), ideological reproduction occurs directly through the media, with their task assignments and daily agendas. Taking under consideration the context presented in the research, this work also emphasizes two guiding lines in order to arrive at its objectives: the submission of the media to the neo-liberal hegemony and the struggle of the MST towards land reform in face of the increasing value of large-scale agribusinesses.
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"O direito achado no campo" : a construção da liberdade e da igualdade na experiência da turma Evandro Lins e SilvaSousa, Ranielle Caroline de 20 September 2012 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Mestrado em Direito, Estado e Constituição, 2012. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2013-07-24T16:00:20Z
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2012_RanielleCarolineSousa.pdf: 1545731 bytes, checksum: 6dd9294f31d05998d89784af78d834b9 (MD5) / Partindo da concepção teórica do ―Direito Achado na Rua‖, segundo a qual o Direito se constrói socialmente, nos espaços públicos onde se exerce a cidadania e se colocam lutas por reconhecimento, este trabalho visa uma análise da Educação do Campo enquanto um Direito Achado no Campo, ou seja, um direito que surge da ação política dos movimentos sociais, que protagonizam a ressignificação do direito à educação para os povos do campo, e o
exigem por meio de ações afirmativas; tendo como exemplo a experiência da Turma Evandro
Lins e Silva: uma turma de Direito criada exclusivamente para beneficiários da reforma agrária e agricultura familiar, formada na Faculdade de Direito da Universidade Federal de
Goiás. Para a análise que se propõe, é exposto: 1) como se deu, e como vem se dando a ressignificação do direito à educação pelos sujeitos e movimentos sociais, desde uma situação de falta de direitos e exclusão vivenciada pelos povos do campo; 2) o que é, em forma e
conteúdo, o direito à Educação do Campo, fruto desta ressignificação; 3) as políticas públicas e as conquistas normativas que foram construídas nesta trajetória, no que se refere à regulamentação da Educação do Campo, em especial ao PRONERA, como exemplo de ação afirmativa em Educação do Campo; 4) os principais questionamentos jurídicos postos à Educação do Campo, e em especial à Turma Evandro Lins e Silva; 5) um debate acerca da
constitucionalidade da Turma Evandro Lins e Silva e, consequentemente, do PRONERA
enquanto política de ação afirmativa, a partir do paradigma do Estado Democrático de Direito. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Based on the theory of " The Law Found on the Street ", this paper aims at analyzing
the Field of Education as a right found in the field, a right that arises from the political action of social movements that star in the new meaning of the right to education for people in the
field, from the experience of the Class Evandro Lins e Silva: a class of beneficiaries of land reform and family agriculture, formed the Faculty of Law of the Federal University of Goiás. To the analysis that is proposed is described: 1) as it was and how it is giving new meaning to
the right subject for Rural Education and social movements, from a situation of lack of rights experienced by the peoples of the field, 2 ) which is, in form and content, the right to education on the field and for whom it is intended; 3) public policy and regulatory developments regarding the regulation of Field Education, especially PRONERA as an
example of affirmative action, 4) the key questions and challenges of Rural Education and Class Evandro Lins e Silva, 5) a reflection on the constitutionality of affirmative action while PRONERA and Class Evandro Lins e Silva, from the paradigm of the Democratic State.
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A obra de José de Souza Martins e a reforma agrária no Brasil : uma leitura sociológicaAlves, Juliete Miranda January 2003 (has links)
A reflexão sobre o conhecimento produzido pelos autores que marcaram e influenciaram gerações de pesquisadores no Brasil é um instrumental teórico importante para o avanço do pensamento científico na Sociologia. Neste sentido, propõe-se analisar a problemática agrária a partir do Sociólogo brasileiro José de Souza Martins. Esse autor, em uma série de livros e artigos ao longo da sua trajetória intelectual, forneceu-nos vários conceitos e interpretações significativas sobre o mundo rural brasileiro. Assim, dada a importância da contribuição de José de Souza Martins para o tema dos processos agrários, este estudo procura analisar parte da obra do autor, especialmente aquela que trata da reforma agrária, do papel dos mediadores nesse processo e os conceitos-chave principais presentes em sua obra. Os capítulos que se seguem analisam algumas fases do autor, a partir do final da década de 1970 até período recente, buscando evidenciar e analisar, em sua trajetória intelectual, as suas inspirações teóricas, ou seja, os autores que se tornaram referências para a construção do seu conhecimento, os conceitos-chave que marcaram sua obra, o papel dos mediadores – como a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, os Partidos Políticos – e, finalmente, ao longo dessa trajetória, os fatos, acontecimentos que interferiram em suas análises Duas hipóteses nortearam este trabalho, sendo a primeira a importância de alguns conceitos-chave como a “renda fundiária”, na análise do autor, e a segunda dizendo respeito à atuação dos mediadores principais da reforma agrária. Tais hipóteses foram, ao longo do trabalho, comprovadas, pois o conceito de “renda fundiária” permanece como referencial na obra de Martins, refletindo os interesses conflitantes existentes no espaço rural. Além disso, segundo a análise do autor, os mediadores continuam a exercer, de uma forma ou de outra, a condução da reforma agrária baseados em concepções do marxismo ortodoxo, que tem como sujeito principal da História a classe operária. Finalmente, esta investigação pôde ser realizada através da seleção de algumas obras emblemáticas do autor.
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As vozes das mulheres trabalhadoras rurais no assentamento Herbert de Souza município de Paracatu/MG : aprendendo com as mulheres do campoSouza, Eleusa Spagnuolo 07 April 2015 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2015. / Submitted by Ana Cristina Barbosa da Silva (annabds@hotmail.com) on 2015-05-21T16:10:43Z
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2015_EleusaSpagnuoloSouza.pdf: 2762872 bytes, checksum: feca53236798aaa0f8d4e5c5d84a9e8e (MD5) / Este estudo está centrado na ecologia humana e intencionou produzir conhecimentos socioambientais com base em relatos de mulheres do assentamento Herbert de Souza, no município de Paracatu, Minas Gerais. O município passa por um processo de desertificação em decorrência do desenvolvimento da agroindústria e de mineradoras internacionais. A região continua a ser campo do latifúndio onde a reforma agrária tem relevância, pois a luta pela terra resultou na constituição de nove assentamentos, na contramão do sistema político reinante. A metodologia escolhida foi a pesquisa-ação; os procedimentos utilizados foram a observação participante, a entrevista, a oficina e a roda de conversa. No assentamento, cerca de 46% dos assentados tiveram de vender os lotes por ausência absoluta de condições de sobrevivência; nos 54% restantes, 20 famílias têm lotes sem nenhuma atividade produtiva — sobrevivem vendendo sua força de trabalhos para fazendeiros vizinhos. A educação do campo praticamente inexiste; os alunos frequentam escolas rurais e urbanas onde não vivenciam a realidade do campo. Deslocando-se em ônibus escolares, saem de casa de madrugada para regressar no início da tarde. As mulheres, ao lado de seus companheiros, são protagonistas dos processos de resistência e mudança. Nos lotes ainda ocupados, reina um comprometimento intrínseco entre homem e mulher: não existem diferenças marcantes entre os dois, pois ambos lutam lado a lado para sobreviver ante as dificuldades geradas pela falta da água para plantar, pela ausência de conhecimento para estruturar a agricultura familiar, cuja ausência inviabiliza a agroindústria rural de pequeno porte. No assentamento, nota-se que o sistema disjuntivo desagregou qualquer possibilidade de trabalho comunitário em decorrência da economia de mercado, que dilacerou valores antes cultivados. Chegamos à conclusão de que a reforma agrária no assentamento Herbert de Souza está sendo desfigurada em decorrência da inoperância do Estado em não comprometer em atender as suas próprias diretrizes que foram elaboradas para dinamizar uma democracia onde o trabalhador rural teria sustentação para administrar sua gleba tornando-o uma pessoa inserida na sociedade. ______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This study is centered on human ecology. It aimed to produce social and environmental knowledge based on oral accounts from women who live as agrarian reform settlers at Herbert de Souza Settlement, in Paracatu, Minas Gerais. This municipality undertakes a process of desertification due to the development of agro-industry and international mining companies. The region continues to be the place of large landowners where agrarian reform has been relevant. The struggle for land resulted in nine settlements, against the prevailing political system. Action research was the methodology of choice to develop a research whose data come from participant observation, interviews, workshop, and conversation group. About 46 per cent of the settlers had to sell their lots because of absolute absence of conditions to make a living; among the remaining 54 per cent of settlers, 20 families keep their lots without any productive activity. Their income comes from working for neighboring farmers. There are no schools. In school buses, local students leave at dawn to attend urban schools where they have no experience with the reality of the place where they live; and return home early afternoon. Women and their companions stand out in the resistance and change processes. In lots still occupied, an intrinsic commitment between man and woman prevails. There are no marked differences between them. Both fight side by side to survive before difficulties caused by the lack of water and of knowledge to structure family farm, in the absence of which small rural industries tend to fail. In the settlement, one notes the disjunctive system disaggregate any possibility of community service as a result of market economy, which nullifies values cultivated before. We concluded that agrarian reform at Herbert de Souza settlement is being distorted because the state fails to commit itself to the guidelines it designed to foster a democracy in which rural workers would have support to manage their farmland and to establish themselves as citizens. ______________________________________________________________________________________________ RESUMEN / Nuestra pesquisa está centrada en la ecología humana e intencionó producir conocimientos socioambientales a partir de las declaraciones de las mujeres en El asentamiento Herbert de Souza, ubicado en el Municipio de Paracatu, Minas Gerais. El municipio de Paracatu está pasando por un proceso de desertificación como resultado Del desarrollo de la agroindustria y minerías internacionales. La región fue y sigue siendo um campo del latifundio donde la reforma agraria tiene importante significación, puesto que La lucha por la tierra en la región resultó en la constitución de 09 asentamientos que están em contra del sistema político reinante. La metodología elegida fue la pesquisa acción y lós procedimientos utilizados fueron la observación participante, entrevistas, taller del futuro y círculos de conversación. En el asentamiento Herbert de Souza, acerca de 46% de lós asentados tuvieron que vender sus lotes por ausencia absoluta de condiciones de supervivencia, siendo que de los 54% demás tenemos veinte familias cuyos lotes están sin ninguna actividad productiva y sobreviven vendiendo sus fuerzas de trabajos para lós hacienderos de la redondez. La educación del campo es prácticamente inexistente, siendo que los alumnos asisten escuelas rurales y urbanas sin ninguna experiencia con la realidad Del campo, teniendo que viajar en autobús escolares, saliendo de casa durante la madrugada y regresando al principio de la tarde, no ocurriendo aprendizaje significativo. Las mujeres, al lado de sus compañeros son protagonistas de los procesos de resistencia y cambios. Estamos presenciando en el asentamiento Herbert de Souza que el sistema disyuntivo desagrego totalmente cualquier posibilidad de trabajo comunitario debido a la economía de mercado que rompió los valores que antes eran cultivados en el asentamiento. Observamos que en los lotes que todavía los asentados están ocupando reina un compromiso intrínseco entre el hombre y la mujer, no existiendo diferencias marcantes entre los dos, pues, ambos están luchando lado a lado para sobrevivir delante todas las dificultades generadas por la falta de agua para plantar, de la ausencia de conocimientos para estructurar la agricultura familiar cuya ausencia vuelve inviable la agroindustria rural de pequeño porte. Concluimos que la reforma agraria en El asentamiento Herbert de Souza ha sido desfigurada en razón de la inoperancia del Estado em no hacer compromiso en atender a sus propias directrices que fueron preparadas para estimular una democracia donde el trabajador rural tendría apoyo para administrar su gleba haciéndole una persona insertada en la sociedad.
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