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"Fazer a classe" : identidade, representação e memória na luta do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul pela regulamentação profissional (1931-1943)Vieira, Felipe Almeida January 2010 (has links)
A dissertação trata da atuação do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul no processo de regulamentação do exercício da medicina, durante a década de 1930. Essa entidade sindical, criada em 1931 por médicos ligados à Faculdade e à Sociedade de Medicina de Porto Alegre, tinha como principal objetivo lutar contra a “liberdade profissional” no estado, dispositivo que eliminava a exigência de diploma. A atividade médica foi regulamentada no Brasil em janeiro de 1932 através do decreto federal de número 20.931, expedido pelo Governo Provisório de Getúlio Vargas. No Rio Grande do Sul, essa legislação atingiu diversos praticantes da cura que atuavam sob o regime de “liberdade profissional, instaurado pela Constituição Estadual de 1891 e ainda vigente naquele momento. Inicialmente, foram proibidos de clinicar os “práticos não-diplomados”, alguns “médicos estrangeiros” e os diplomados por “institutos livres”, como a Escola Médico-Cirúrgica de Porto Alegre. Logo esses grupos se mobilizaram para manter os “direitos adquiridos” e continuar a exercer a medicina. Por outro lado, o Sindicato Médico também pressionava as autoridades para que o decreto fosse cumprido e a atividade profissional fiscalizada. A análise dessa disputa parte da idéia de que a normatização de uma profissão, estabelecendo certos indivíduos como habilitados para exercê-la, implica na definição e legitimação de uma classificação. Portanto, a atuação do Sindicato Médico é entendida como a formulação de uma identidade a respeito da figura do médico e, ao mesmo tempo, de seu oposto, o “charlatão”. Nesse caso de “luta de classificações”, a entidade que pretendia “representar os interesses da classe médica”, lutando contra o “charlatanismo”, procurava justamente “fazer a classe” como um grupo unificado, desfazendo outros grupos possíveis. Por fim, é abordada a tentativa de “solidificar a memória” a respeito do grupo e do processo de regulamentação profissional através da publicação do Panteão Médico Riograndense, em 1943. Os autores da obra reafirmavam sua concepção de medicina, principalmente, através das biografias dos “vultos do passado”. Nesse caso, a memória também serviu como tentativa de “corporificar a classe” através de uma identidade unificadora e do “esquecimento” de alguns elementos. / The dissertation deals with the performance of the Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Medical Union) in the process of regulating the practice of medicine during the 1930s. Such a union, created in 1931 by doctors working for the Society and Faculty of Medicine of Porto Alegre, had as main objective to combat the “professional freedom” in the state, device that eliminates the requirement of diploma. The medical activity was regulated in Brazil in January 1932, by federal decree number 20,931, issued by the provisional government of Getúlio Vargas. In Rio Grande do Sul, this legislation has reached several healers who worked under the regime of “professional freedom” brought by the State Constitution of 1891, still in force at that time. Initially, they were forbidden to practice the “practical non-graduates”, some “foreign doctors” and the graduates of “free institutions” as the Escola Médico-Cirúrgica de Porto Alegre. Once these groups have mobilized to keep the “acquired rights” and continue to practice medicine. On the other hand, the Medical Union also pressured the authorities to which the decree was fulfilled and professional activity monitored. The analysis of this dispute on the idea that the norms of a profession, setting certain individuals as entitled to exercise it, implies the definition and legitimation of a classification. Therefore, the performance of the Medical Union is understood as the formulation of an identity in respect of the doctor, and at the same time, its opposite, the “quack”. In this case the “fight of classification”, the entity that claimed “to represent the interests of the medical class”, fighting against “quackery”, just trying “to make the class” as a unified group, undoing other possible groups. Finally, we discuss the attempt to "solidify the memory" about the group and the process of professional regulation through the publication of the Panteão Médico do Rio Grande do Sul in 1943. The authors of this publication reaffirmed his view of medicine, mainly through the biographies of the "figures of the past”. In this case, the memory also served as an attempt to "embody the class” through a unifying identity and “forgetting” of some elements.
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CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA EM SEGURANÇA NO TRABALHO: PERCEPÇÃO DO(A)S ALUNO(A)S E PROFESSORE(A)S / Academics courses of technology: perception of students and teachersSantos, Wellington Luiz 08 October 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-10-08 / The dissertation analyzes the technological education in its current configuration, investigating the perception of students of a degree of security technology at work, for their insertion in the professional field; investigating the hypothesis that these agents can sense lags in the real social process, which are expressed in the inadequacy between: the course structure of security technology at work, the judicial-legal sphere and the structure of the labor market. The research adopts an exploratory qualitative approach, based on the case study method to collect data. To discuss the issue of the professional formation and technological education in Brazil, we use bibliographic research in order to unveil the type teaching evolution in the contextual way in its relation to economic phenomena, social and political. To verify the research hypothesis, we investigated students and teachers of a safety course at work in an educational institution, through questionnaires and interviews; and we conducted a documentary research in related legislation on the issues of professional regulations in the specific field of the safety area at work. The results confirmed the research hypothesis, establishing serious modifications in the purpose and objectives of technological training, especially in its social effects. The documentary research articulated to the subjects’ answers, indicated the gap of the politics between the education area and the politics of labor and employment. Nevertheless, in the teachers’s discurses evidences were found to support hypothesis of the issue dealt with here, extend to other courses. The results show that it are necessary, further studies on this issue and to restablish a research agenda aimed at agents and process involved in this context, for the purpose of promoting discussions and identify actions and procedures to guide, correct any distortions and reduce the possibility of the repetition of events related to the problem under discussion. / A dissertação analisa a educação tecnológica em sua atual configuração, investigando a percepção de alunos de um curso superior de tecnologia em segurança no trabalho, para sua inserção no campo profissional; investigando a hipótese de que estes agentes pressentem defasagens que se encontram no processo social real e, que se exprimem na inadequação entre: a estrutura do curso de tecnologia em segurança no trabalho, a esfera jurídico-legal e a estrutura do mercado de trabalho. A pesquisa adota uma abordagem qualitativa exploratória, pautada no método de estudo de caso para a coleta de dados. Para discutir o tema da formação da educação profissional e tecnológica no Brasil, utilizamos a pesquisa bibliográfica de forma a desvelar a evolução desta modalidade de ensino de modo contextual em sua relação com os fenômenos econômicos, sociais e políticos. Para verificar a hipótese de pesquisa, investigamos discentes e docentes de um curso de segurança no trabalho em uma instituição de ensino, por meio de questionários e entrevistas; e realizamos uma pesquisa documental na legislação relacionada a questão da regulamentação profissional do campo específico da área de segurança no trabalho. Os resultados obtidos confirmaram a hipótese da pesquisa, configurando grave desvio no propósito e objetivos da formação tecnológica, mormente, em seus efeitos sociais. A pesquisa documental articulada às respostas dos sujeitos, indicou defasagem das políticas entre a esfera da educação e das políticas de trabalho e emprego. Ainda, na fala dos docentes verificou-se evidências que sustentam a hipótese da problemática tratada aqui, estender-se a outros cursos. Os resultados evidenciam que se faz necessário, aprofundar estudos neste tema e estabelecer uma agenda de pesquisas dirigidas aos agentes e processos envolvidos neste contexto, para fins de promover discussões e alcançar ações e medidas que visem orientar, corrigir eventuais distorções e reduzir a possibilidade de repetição de eventos relacionados ao problema em discussão
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"Fazer a classe" : identidade, representação e memória na luta do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul pela regulamentação profissional (1931-1943)Vieira, Felipe Almeida January 2010 (has links)
A dissertação trata da atuação do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul no processo de regulamentação do exercício da medicina, durante a década de 1930. Essa entidade sindical, criada em 1931 por médicos ligados à Faculdade e à Sociedade de Medicina de Porto Alegre, tinha como principal objetivo lutar contra a “liberdade profissional” no estado, dispositivo que eliminava a exigência de diploma. A atividade médica foi regulamentada no Brasil em janeiro de 1932 através do decreto federal de número 20.931, expedido pelo Governo Provisório de Getúlio Vargas. No Rio Grande do Sul, essa legislação atingiu diversos praticantes da cura que atuavam sob o regime de “liberdade profissional, instaurado pela Constituição Estadual de 1891 e ainda vigente naquele momento. Inicialmente, foram proibidos de clinicar os “práticos não-diplomados”, alguns “médicos estrangeiros” e os diplomados por “institutos livres”, como a Escola Médico-Cirúrgica de Porto Alegre. Logo esses grupos se mobilizaram para manter os “direitos adquiridos” e continuar a exercer a medicina. Por outro lado, o Sindicato Médico também pressionava as autoridades para que o decreto fosse cumprido e a atividade profissional fiscalizada. A análise dessa disputa parte da idéia de que a normatização de uma profissão, estabelecendo certos indivíduos como habilitados para exercê-la, implica na definição e legitimação de uma classificação. Portanto, a atuação do Sindicato Médico é entendida como a formulação de uma identidade a respeito da figura do médico e, ao mesmo tempo, de seu oposto, o “charlatão”. Nesse caso de “luta de classificações”, a entidade que pretendia “representar os interesses da classe médica”, lutando contra o “charlatanismo”, procurava justamente “fazer a classe” como um grupo unificado, desfazendo outros grupos possíveis. Por fim, é abordada a tentativa de “solidificar a memória” a respeito do grupo e do processo de regulamentação profissional através da publicação do Panteão Médico Riograndense, em 1943. Os autores da obra reafirmavam sua concepção de medicina, principalmente, através das biografias dos “vultos do passado”. Nesse caso, a memória também serviu como tentativa de “corporificar a classe” através de uma identidade unificadora e do “esquecimento” de alguns elementos. / The dissertation deals with the performance of the Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Medical Union) in the process of regulating the practice of medicine during the 1930s. Such a union, created in 1931 by doctors working for the Society and Faculty of Medicine of Porto Alegre, had as main objective to combat the “professional freedom” in the state, device that eliminates the requirement of diploma. The medical activity was regulated in Brazil in January 1932, by federal decree number 20,931, issued by the provisional government of Getúlio Vargas. In Rio Grande do Sul, this legislation has reached several healers who worked under the regime of “professional freedom” brought by the State Constitution of 1891, still in force at that time. Initially, they were forbidden to practice the “practical non-graduates”, some “foreign doctors” and the graduates of “free institutions” as the Escola Médico-Cirúrgica de Porto Alegre. Once these groups have mobilized to keep the “acquired rights” and continue to practice medicine. On the other hand, the Medical Union also pressured the authorities to which the decree was fulfilled and professional activity monitored. The analysis of this dispute on the idea that the norms of a profession, setting certain individuals as entitled to exercise it, implies the definition and legitimation of a classification. Therefore, the performance of the Medical Union is understood as the formulation of an identity in respect of the doctor, and at the same time, its opposite, the “quack”. In this case the “fight of classification”, the entity that claimed “to represent the interests of the medical class”, fighting against “quackery”, just trying “to make the class” as a unified group, undoing other possible groups. Finally, we discuss the attempt to "solidify the memory" about the group and the process of professional regulation through the publication of the Panteão Médico do Rio Grande do Sul in 1943. The authors of this publication reaffirmed his view of medicine, mainly through the biographies of the "figures of the past”. In this case, the memory also served as an attempt to "embody the class” through a unifying identity and “forgetting” of some elements.
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"Fazer a classe" : identidade, representação e memória na luta do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul pela regulamentação profissional (1931-1943)Vieira, Felipe Almeida January 2010 (has links)
A dissertação trata da atuação do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul no processo de regulamentação do exercício da medicina, durante a década de 1930. Essa entidade sindical, criada em 1931 por médicos ligados à Faculdade e à Sociedade de Medicina de Porto Alegre, tinha como principal objetivo lutar contra a “liberdade profissional” no estado, dispositivo que eliminava a exigência de diploma. A atividade médica foi regulamentada no Brasil em janeiro de 1932 através do decreto federal de número 20.931, expedido pelo Governo Provisório de Getúlio Vargas. No Rio Grande do Sul, essa legislação atingiu diversos praticantes da cura que atuavam sob o regime de “liberdade profissional, instaurado pela Constituição Estadual de 1891 e ainda vigente naquele momento. Inicialmente, foram proibidos de clinicar os “práticos não-diplomados”, alguns “médicos estrangeiros” e os diplomados por “institutos livres”, como a Escola Médico-Cirúrgica de Porto Alegre. Logo esses grupos se mobilizaram para manter os “direitos adquiridos” e continuar a exercer a medicina. Por outro lado, o Sindicato Médico também pressionava as autoridades para que o decreto fosse cumprido e a atividade profissional fiscalizada. A análise dessa disputa parte da idéia de que a normatização de uma profissão, estabelecendo certos indivíduos como habilitados para exercê-la, implica na definição e legitimação de uma classificação. Portanto, a atuação do Sindicato Médico é entendida como a formulação de uma identidade a respeito da figura do médico e, ao mesmo tempo, de seu oposto, o “charlatão”. Nesse caso de “luta de classificações”, a entidade que pretendia “representar os interesses da classe médica”, lutando contra o “charlatanismo”, procurava justamente “fazer a classe” como um grupo unificado, desfazendo outros grupos possíveis. Por fim, é abordada a tentativa de “solidificar a memória” a respeito do grupo e do processo de regulamentação profissional através da publicação do Panteão Médico Riograndense, em 1943. Os autores da obra reafirmavam sua concepção de medicina, principalmente, através das biografias dos “vultos do passado”. Nesse caso, a memória também serviu como tentativa de “corporificar a classe” através de uma identidade unificadora e do “esquecimento” de alguns elementos. / The dissertation deals with the performance of the Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Medical Union) in the process of regulating the practice of medicine during the 1930s. Such a union, created in 1931 by doctors working for the Society and Faculty of Medicine of Porto Alegre, had as main objective to combat the “professional freedom” in the state, device that eliminates the requirement of diploma. The medical activity was regulated in Brazil in January 1932, by federal decree number 20,931, issued by the provisional government of Getúlio Vargas. In Rio Grande do Sul, this legislation has reached several healers who worked under the regime of “professional freedom” brought by the State Constitution of 1891, still in force at that time. Initially, they were forbidden to practice the “practical non-graduates”, some “foreign doctors” and the graduates of “free institutions” as the Escola Médico-Cirúrgica de Porto Alegre. Once these groups have mobilized to keep the “acquired rights” and continue to practice medicine. On the other hand, the Medical Union also pressured the authorities to which the decree was fulfilled and professional activity monitored. The analysis of this dispute on the idea that the norms of a profession, setting certain individuals as entitled to exercise it, implies the definition and legitimation of a classification. Therefore, the performance of the Medical Union is understood as the formulation of an identity in respect of the doctor, and at the same time, its opposite, the “quack”. In this case the “fight of classification”, the entity that claimed “to represent the interests of the medical class”, fighting against “quackery”, just trying “to make the class” as a unified group, undoing other possible groups. Finally, we discuss the attempt to "solidify the memory" about the group and the process of professional regulation through the publication of the Panteão Médico do Rio Grande do Sul in 1943. The authors of this publication reaffirmed his view of medicine, mainly through the biographies of the "figures of the past”. In this case, the memory also served as an attempt to "embody the class” through a unifying identity and “forgetting” of some elements.
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Arquitetura e urbanismo : estratégias profissionais, disputas mercadológicas e ascensão profissional / Architecture and urbanism : professional strategies, market disputes and professional ascensionPacheco, Cristiano Ricardo de Azevedo 22 February 2018 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This dissertation aims to analyze the architects and their spaces of professional activity, in particular, analyze the social, institutional and political circumstances of professional participation in labor market instances. The departure of the architects of the previous Federal Council of Engineering, Architecture and Agronomy (CONFEA) and the creation of the new Council of Architects and Urbanists (CAU) brought to the fore debates about the extra-professional confrontations and the possible strategies of market reserve. In this sense, the discussions about the installation of the new representative council of the architects made it possible to show the struggle for the definition of investments for professional insertion and career ascension. In this way, the agents use a set of accumulated resources related to the social origins and the insertion in diverse social spheres. However, the extra-professional confrontations for imposition of performance and attributions of distinct professions were not only revealing a struggle for space in the labor market, but also made it possible to show an internal division, among the architects, stimulated by diversification of opinions related to the forms and behavior in the labor market. In order to understand the conflicts in analysis, it was fundamental to assimilate the system of social relations that architects establish among themselves, among other actors and with the labor market. For this, it was necessary to research the corporate and informal actions, to apprehend the social dynamics and the professional culture of the group of architects and urban planner. Thus, the spaces of action were analyzed, revealing the professional relations from the entry of new actors in a market considered restricted by the architects and urban planner. On one hand, the empirical universe is composed by the architects established in Aracaju, which are considered protagonists in the local market, and on the other, by the Council of Architecture and Urbanism of Sergipe. During the work, we studied their biographical and professional trajectories. To fulfill the purposes presented here, we subdivided this research into three main stages. In the first moment, we made a historical study of the process of structuring the field of action of the architect, distinguishing the actors that compose this space and how the discussions of professional socialization happened. In the second moment, we investigated what the architect does in practice and what his main spaces of action, discerning the social, political and economic influences that reflected in the trajectory of the profession. Finally, we identified the contents and forms of sociability of the protagonist architects who invest in the main fields of professional activity, based on changes in the labor market after the new professional regulation. This dissertation made it possible to demonstrate how the spaces of action of the architects show the formulations about the labor market and its position as architect and urbanist in front of the other actors, among their peers and before society. The present research allowed to testify that the exercise of architecture and urbanism activity is associated to the competence of application in several areas and that this proactive condition is determinant for the success in the professional trajectory. The present research corroborated that the exercise of the architecture and urbanism activity is associated to the competence of application in several areas and that this proactive condition is determinant for the success in the professional trajectory. In addition, here, there is information that allowed the understanding of the collective history of the profession and, in this way, made possible to recognize the resources that describe the investments in the profession of architecture and urbanism. / Esta dissertação tem como objetivo analisar os arquitetos e os seus espaços de atuação profissional, em específico, analisar quais as circunstâncias sociais, institucionais e políticas de participação profissional em instâncias do mercado de trabalho. A saída dos arquitetos do pregresso Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA) e a criação do novo conselho de Arquitetos e Urbanistas (CAU) trouxeram à tona debates sobre os confrontos extraprofissionais e as possíveis estratégias de reserva de mercado. Nesse sentido, as discussões em torno da instalação do novo conselho representativo dos arquitetos possibilitaram mostrar a luta pela definição dos investimentos para inserção profissional e ascensão na carreira. Dessa forma, os agentes se utilizam de um conjunto de recursos acumulados relacionado às origens sociais e à inserção em esferas sociais diversas. Contudo, os confrontos extraprofissionais para imposição de atuação e atribuições de profissões distintas foram reveladores não apenas de uma luta por espaço no mercado de trabalho, mas também possibilitaram mostrar uma divisão interna, entre os pares arquitetos, estimulada por diversificações de opiniões quanto às formas e às condutas de atuação no mercado de trabalho. Para compreender os conflitos em análise, tornou-se fundamental assimilar o sistema de relações sociais que os arquitetos estabelecem entre si, entre demais atores e o mercado de trabalho. Para isso, foi preciso pesquisar as ações corporativas e informais, para colher as dinâmicas sociais e a cultura profissional do grupo de arquitetos e urbanistas. Em vista disso, foram analisados os espaços de atuação, revelando-se as relações profissionais a partir do ingresso de novos atores em um mercado considerado restrito pelos arquitetos e urbanistas. O universo empírico considerado é constituído, de um lado, pelos arquitetos estabelecidos em Aracaju e que são considerados protagonistas no mercado local, e de outro lado, pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Sergipe. No decorrer do trabalho, foram estudadas suas trajetórias biográficas e profissionais. Para cumprir os propósitos aqui apresentados, esta pesquisa subdividiu-se em três etapas principais. No primeiro momento, efetivou-se um estudo histórico do processo de estruturação do campo de atuação do arquiteto, distinguindo os atores que compõem esse espaço e como aconteceram as discussões de socialização profissional. No segundo momento, investigou-se o que o arquiteto faz na prática e quais seus principais espaços de atuação, discernindo as influências sociais, políticas e econômicas que refletiram na trajetória da profissão. Por fim, identificaram-se os conteúdos e formas de sociabilidade dos arquitetos protagonistas que investem nos principais campos de atuação profissional, assentando-se nas alterações ocorridas no mercado de trabalho após a nova regulamentação profissional. Esta dissertação possibilitou demonstrar como os espaços de atuação dos arquitetos evidenciam as formulações sobre o mercado de trabalho e sua posição como arquiteto e urbanista frente aos demais atores, entre seus pares e perante a sociedade. A presente pesquisa permitiu testemunhar que o exercício da atividade de arquitetura e urbanismo apresenta-se associado à competência de aplicação em diversas áreas e que essa condição proativa é determinante para o êxito na trajetória profissional. Além disso, encontram-se, aqui, informações que permitiram a compreensão da história coletiva da profissão e, dessa forma, possibilitaram reconhecer os recursos que descrevem os investimentos na profissão de arquitetura e urbanismo. / São Cristóvão, SE
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A prática dos Agentes Comunitários de Saúde na América Latina: origem, contradições e desafios para o cuidado em saúde no começo do século XXI / The practice of Community Health Workers in Latin America: origin, contradictions and challenges for health care in the early twenty-first centuryQueiros, Agleildes Arichele Leal de 14 April 2015 (has links)
Muitos países da América Latina contam com pessoal de saúde cujas competências ora se aproximam, ora se afastam, do perfil do que no Brasil se vem denominando de Agente Comunitário de Saúde (ACS). Neste artigo, derivado de uma pesquisa qualitativa, ancorada no materialismo histórico e dialético, buscou-se compreender os arranjos que constituem a prática do ACS em suas variantes de atribuições e competências em seis países da região: Bolívia, Brasil, Cuba, Equador, Peru e Venezuela. Apenas como recurso dialógico, neste estudo todos esses trabalhadores são denominados ACS. Os elementos em comum em todos os países são que o ACS: a) aparece como um potente articulador e mobilizador dos interesses da comunidade; b) o processo de trabalho se desenvolve buscando criar estratégias para ampliar a capacidade das comunidades para reagir às desigualdades sociais; c) articula possibilidades internas aos países e as ancora estrategicamente nas diretrizes de órgãos internacionais que apoiam o fortalecimento dessas experiências; d) busca a definição de um espaço específico no quadro de trabalhadores da saúde, priorizando nesse sentido sua participação nas estratégias de cuidado comunitário das políticas de saúde realizadas pelo Estado; e) vivenciam e buscam superar a dicotomia entre a biomedicina e as práticas tradicionais defendendo-as como parte integrante, e não subordinada, das práticas institucionais de saúde. Nesse processo, os ACS buscam a recuperação e valorização, no cotidiano das ações de saúde, de elos e vínculos comunitários, solidariedade entre pessoas e grupos sociais, respeito ao ambiente e às diferentes explicações do mundo e do viver. / Many Latin American countries have health personnel whose skills sometimes converge or diverge, on the profile that Brazil defines of Community Health Workers (CHW). In this article, derived from a qualitative research, anchored in historical and dialectical materialism, we sought to understand the arrangements that constitute the practice of ACS in variants of powers and tasks in six countries in the region: Bolivia, Brazil, Cuba, Ecuador, Peru and Venezuela. Just as dialogical resource, in this study all these workers are called ACS. The common elements in all countries are the ACS: a) appears as a powerful community\'s interests in coordinating and mobilizing ; b) the work process develops seeking to create strategies to increase the capacity of communities to respond to social inequalities; c) provides an internal possibilities to countries and strategically anchored in the guidelines of international organizations that support the strengthening of these experiences; d) seeks to define a specific space in the health workers framework, prioritizing accordingly their participation in community care strategies of health policies made by the State; e) experience and seek to overcome the dichotomy between biomedicine and traditional practices defending them as an integral part, and not subject, institutional health practices. In the process, the ACS seek recovery and recovery in the daily health activities, links and community ties, solidarity between people and social groups, respect the environment and offer different explanations of the world and living.
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A prática dos Agentes Comunitários de Saúde na América Latina: origem, contradições e desafios para o cuidado em saúde no começo do século XXI / The practice of Community Health Workers in Latin America: origin, contradictions and challenges for health care in the early twenty-first centuryAgleildes Arichele Leal de Queiros 14 April 2015 (has links)
Muitos países da América Latina contam com pessoal de saúde cujas competências ora se aproximam, ora se afastam, do perfil do que no Brasil se vem denominando de Agente Comunitário de Saúde (ACS). Neste artigo, derivado de uma pesquisa qualitativa, ancorada no materialismo histórico e dialético, buscou-se compreender os arranjos que constituem a prática do ACS em suas variantes de atribuições e competências em seis países da região: Bolívia, Brasil, Cuba, Equador, Peru e Venezuela. Apenas como recurso dialógico, neste estudo todos esses trabalhadores são denominados ACS. Os elementos em comum em todos os países são que o ACS: a) aparece como um potente articulador e mobilizador dos interesses da comunidade; b) o processo de trabalho se desenvolve buscando criar estratégias para ampliar a capacidade das comunidades para reagir às desigualdades sociais; c) articula possibilidades internas aos países e as ancora estrategicamente nas diretrizes de órgãos internacionais que apoiam o fortalecimento dessas experiências; d) busca a definição de um espaço específico no quadro de trabalhadores da saúde, priorizando nesse sentido sua participação nas estratégias de cuidado comunitário das políticas de saúde realizadas pelo Estado; e) vivenciam e buscam superar a dicotomia entre a biomedicina e as práticas tradicionais defendendo-as como parte integrante, e não subordinada, das práticas institucionais de saúde. Nesse processo, os ACS buscam a recuperação e valorização, no cotidiano das ações de saúde, de elos e vínculos comunitários, solidariedade entre pessoas e grupos sociais, respeito ao ambiente e às diferentes explicações do mundo e do viver. / Many Latin American countries have health personnel whose skills sometimes converge or diverge, on the profile that Brazil defines of Community Health Workers (CHW). In this article, derived from a qualitative research, anchored in historical and dialectical materialism, we sought to understand the arrangements that constitute the practice of ACS in variants of powers and tasks in six countries in the region: Bolivia, Brazil, Cuba, Ecuador, Peru and Venezuela. Just as dialogical resource, in this study all these workers are called ACS. The common elements in all countries are the ACS: a) appears as a powerful community\'s interests in coordinating and mobilizing ; b) the work process develops seeking to create strategies to increase the capacity of communities to respond to social inequalities; c) provides an internal possibilities to countries and strategically anchored in the guidelines of international organizations that support the strengthening of these experiences; d) seeks to define a specific space in the health workers framework, prioritizing accordingly their participation in community care strategies of health policies made by the State; e) experience and seek to overcome the dichotomy between biomedicine and traditional practices defending them as an integral part, and not subject, institutional health practices. In the process, the ACS seek recovery and recovery in the daily health activities, links and community ties, solidarity between people and social groups, respect the environment and offer different explanations of the world and living.
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