Spelling suggestions: "subject:"crinite."" "subject:"cofinite.""
51 |
Modelo experimental de rinossinusite crônica em coelhos sem utilização de bactérias : comparação de técnicas de indução / Experimental model of chronic rhinosinusitis in rabbits without bacterial inoculation : comparison of induction techniquesMigliavacca, Raphaella de Oliveira January 2012 (has links)
Os modelos experimentais têm um papel importante no conhecimento dos mecanismos envolvidos na patogênese da rinossinusite crônica (RSC). Objetivos: comprovar que sem inoculação de bactérias seria possível induzir alterações histológicas crônicas nos seios maxilares de coelhos através da obstrução do óstio de drenagem dos mesmos, produzindo um modelo experimental consistente e reproduzível para RSC. Secundariamente, comparar achados inflamatórios entre duas técnicas de oclusão do óstio do seio maxilar com N-butil cianocrilato: via transmaxilar (VTM) e via teto de fossa nasal (VTFN). Métodos: estudo experimental randomizado cego em animais de laboratório realizado na Unidade de Experimentação Animal do Centro de Pesquisa do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no qual foram sorteados dezesseis coelhos Nova Zelândia entre oclusão do seio maxilar direito VTM ou VTFN. Após 12 semanas de seguimento, os animaisforam anestesiados e sacrificados para análise histopatológica cegada da mucosa do seio maxilar. Resultados: apresentavam alterações histopatológicas compatíveis com RSC os oito (100%) seios maxilares intervindos através da técnica VTM e três (37,5%) através da técnica VTFN, com p 0,008 e 0,250, respectivamente, quando comparados lado direito com o lado controle. Comparando-se as duas técnicas de oclusão, a técnica VTM mostrou-se mais consistente em provocar alterações crônicas nas mucosas dos seios maxilares ocluídos (p 0,026). Conclusões: O modelo do presente trabalho obteve sucesso em provocar alterações histológicas compatíveis com RSC nos animais submetidos à técnica de oclusão VTM com seguimento de 12 semanas, podendo ser facilmente replicável para futuros estudos celulares na mucosa sinusal. / Experimental models have an important role in understanding the mechanisms involved in the pathogenesis of chronic rhinosinusitis (CRS). Objectives: To demonstrate that, without the inoculation of pathogenic bacteria, it is possible to induce chronic histological changes in the maxillary sinuses of rabbits secondary to sinus ostium obstruction, producing a consistent and reproducible experimental model for CRS. Secondly, to compare inflammatory findings between two techniques of experimental occlusion of the maxillary sinus ostium with N-butyl cyanoacrylate: transmaxillary and through the roof of the nasal cavity. Methods: In a randomized, blinded, experimental study, 16 New Zealand rabbits were assigned for occlusion of the right maxillary sinus through a transmaxillary approach or through the roof of the nasal cavity. The contralateral sinus was left undisturbed to serve as a control. After 12 weeks of follow-up, the animals were anesthetized and sacrificed for blinded histopathological analysis of the maxillary sinus mucosa. Results: Histopathological changes consistent with CRS were found in eight (100%) of the maxillary sinuses approached transmaxillary and three of thoseapproached through the roof of the nasal cavity (37.5%), p 0.008 and 0.250, respectively, comparing the right to the left control sinus. Comparing the occlusion techniques, the transmaxillary approach was more consistent in causing chronic mucosal changes (p 0.026). Conclusions: The proposed model was successful in causing histological changes compatible with CRS in animals subjected to sinus occlusion with a transmaxillary approach followed-up for 12 weeks. This experimental model can be easily replicated for future cellular studies of the sinus mucosa.
|
52 |
Fatores de risco para asma e rinite alérgica em população de escolares na cidade de Passo Fundo, RSPorto Neto, Arnaldo Carlos January 2012 (has links)
Introdução: nas últimas décadas, tem havido aumento na prevalência das doenças alérgicas, como também na sensibilização a aeroalérgenos ou alimentos, fenômenos caracterizados como “epidemia das doenças alérgicas”. Objetivo: determinar os fatores de risco associados a sintomas de asma (sibilância) e rinoconjuntivite, descrevendo a prevalência desses sintomas em crianças escolares do município de Passo Fundo, RS. Método: estudo transversal realizado em alunos de oito a doze anos de idade matriculados em escolas públicas e particulares do ensino fundamental, moradores da zona urbana de Passo Fundo, RS. A amostra representativa dessa população foi escolhida aleatoriamente, e seus pais ou responsáveis responderam questionário escrito padrão do International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC), acrescido de perguntas sobre fatores de risco pessoais, familiares e ambientais (ISAAC fase II). Dessa população inicial, separou-se, aleatoriamente, um subgrupo de crianças (n=878), para realizar testes cutâneos de hipersensibilidade imediata (TCHIs) com alérgenos ambientais e coletar amostras de fezes para exame protoparasitológico. As crianças também foram pesadas, tendo sua estatura aferida e seu índice de massa corporal (IMC) calculado. Resultados: a prevalência de asma ativa foi de 31,2%; de asma diagnosticada, de 16,3%; de asma induzida por exercício, de 14,1%; de asma grave, de 7,4%; de crise aguda severa de asma, de 5,6%. A prevalência de rinite ativa foi de 53%; rinoconjuntivite, 37,6%; rinite diagnosticada, 35%; rinite polínica (hay fever), 27,9%; rinite moderada a grave, 14,7%. A prevalência de eczema ativo foi de 17,8%; de eczema em dobras, 16,8%; de eczema grave, 2,7%. Eram atópicos 487/878 (55,5%), independentemente de serem asmáticos ou não; desses, 84,4% eram polissensibilizados. A maioria (70,2%) dos que tinham asma atual era atópica, sendo somente 9% monossensibilizados. Da mesma maneira, a maioria (83,1%) dos com asma ativa também era atópica (OR = 3,16; IC95%=4,4-7,6). Além disso, os asmáticos atópicos tinham asma mais grave em relação aos não atópicos (OR = 2,39; IC95% = 2,60-7,60). Os fatores de risco siginificativamente associados à asma ativa foram: história materna de asma (OR = 1,75, IC 95%= 1,05-2,87), rinite ativa (OR = 2,07, IC 95%=1,42-3,01), compartilhar quarto no primeiro ano de vida (OR = 2,03, IC 95%= 1,36-3,04), ser atópico (OR = 1,82, IC 95%=1,26-2,50), ter contato com gato intradomiciliar no primeiro ano de vida (OR = 1,73, IC 95%=1,07-2,78), usar paracetamol mais de 12× ao ano nos últimos doze meses (OR=1,68, IC 95= 1,20-2,31)), usar antibiótico com ≤6 meses de vida (OR = 1,57, IC 95%= 1,13-2,17), ter tido bronquiolite com ≤2 anos de vida (OR = 3,11, IC 95%=2,23-4,33), ter nascido de parto prematuro (OR = 1,60, IC 95%=1,02-2,50). Em relação à rinoconjuntivite, os fatores de risco foram: história de eczema no pai (OR = 3,50, IC 95%= 1,05-10,70), rinite no pai (OR= 1,73, IC 95%=1,06-2,82), residência com mofo (OR = 2,09, IC 95%=1,16-3,74), ter morado em casa úmida no primeiro ano de vida (OR = 2,05, IC 95%=1,20-3,48), ter eczema ativo (OR = 1,97, IC 95%=1,16-3,56), ter sensibilidade alérgica a Lolium perenne (OR = 14,03, IC 95%=7,75-25,40), ter sensibilidade a ácaros da poeira doméstica (OR = 2,82, IC 95%=1,77-4,52), ter tido bronquiolite com ≤2 anos idade (OR = 1,78, IC 95%=1,10-2,90). Compartilhar quarto foi fator de proteção para rinoconjuntivite (OR = 0,50, IC 95%=0,32-0,79). Os questionários foram respondidos pelas mães em 83,9%, das quais 42% tinham baixa escolaridade (≤8 anos completos). Cerca de 25% das famílias das crianças tinham renda mensal ≤1 salário mínimo (SM) vigente na época, e 4,4%, renda ≥10 SMs. Um terço dessa população era exposto a mãe fumante, tendo 15% delas afirmado que fumaram durante a gravidez e 18%, durante o primeiro ano de vida da criança. Nasceram de parto cesariano 48,0%; 15,0% eram prematuros e 20,0% da amostra tinham baixo peso (<2,500 g) ao nascer, tendo 2% pesado <1,500 g. Um terço mamou no peito menos de seis meses. Tiveram contato com cachorro dentro de casa no primeiro ano de vida 30%, e somente 12%, com gato intradomicílio. Apenas 7,5% das crianças tiveram contato com animais de fazenda no primeiro ano de vida. Conclusões: a prevalência de asma e rinoconjuntivite está acima da média mundial relatada pelos centros do projeto ISAAC fase II e acima da média nacional medida pelo projeto ISAAC fase III, Brasil. Houve uma importante associação entre asma ativa com a história materna de asma e de antecedentes pessoais atópicos (rinite ativa e atopia). Ter tido bronquiolite com <2 anos de idade foi forte fator de risco para asma ativa aos dez anos de idade. Ao contrário de algumas proposições da hipótese da higiene, contato com animais (gato) dentro de casa e compartilhar dormitório no primeiro ano de vida foram fatores de risco para asma ativa, e não de proteção. Em relação à rinoconjuntivite, igualmente, houve um forte componente genético (familiar) como fator de risco, ao lado do fator ambiental (moradia úmida e com mofo). Ter sensibilidade ao pólen de Lolium perenne mostrou-se forte fator de risco para rinoconjuntivite. Por outro lado, compartilhar quarto se mostrou fator de proteção para rinoconjuntivite na faixa etária de oito a doze anos de idade. / Introduction: over the last decades the prevalence of allergic diseases has increased, as well as the sensitization to aeroallergens or food, phenomena characterized as "allergic diseases epidemic". Objective: to determine the risk factors associated to asthma symptoms (wheezing) and rhinoconjunctivitis and to describe the prevalence of these symptoms in schoolchildren from the city of Passo Fundo, RS. Method: cross sectional study performed in students from ages nine to twelve, enrolled in public and private elementary schools, residents of the urban zone of Passo Fundo, RS. The sample representing this population was randomly selected. Their parents or responsible persons answered a written questionnaire standard to the International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC), with the addition of questions about personal, familial and environmental risk factors (ISAAC phase II). From this initial population, a subgroup of children (n=878) was selected to perform skin prick tests (SPT) with environmental allergens and to collect stool samples for the protoparasitological exam. The children were also weighed, their height was assessed, and their body mass index (BMI) was calculated. Results: the prevalence of current asthma was 31.2%; diagnosed asthma 16.3%; exercise induced asthma 14.1%; severe asthma 7.4%; severe acute asthma attack 5.6%. The prevalence of current eczema was 17.8%; eczema in folds 16.8%; severe eczema 2.7%. Regardless of being asthmatic or not, 487/878 (55.5%) were atopic; 84.4% of these were polysensitized. Most of the children (70.2%) who had current asthma were atopic and only 9% were monosensitized. Similarly, most of the children (83.1%) with active asthma were also atopic (OR = 3.155; CI 95% = 4.40-7,60). Moreover, the atopic asthmatic children presented more severe asthma compared to the non-atopic ones (OR = 2.39; CI 95% = 2.602-7.603). The factors significantley associated to current asthma were: history of maternal asthma (OR = 1.75, IC 95%=1.05-2.87), current rhinitis (OR = 2.07; IC 95%=1.42-3.0), bedroom sharing during the first year of life (OR = 2.03; IC95%=1.36-3.04), atopy (OR = 1.82; IC 95%=1.26-2.50), indoor contact with cats during the first year of life (OR = 1.73; IC 95%=1.07-2.78), paracetamol use >12× per year over the last twelve months (OR = 1.68; IC 95%=1.20-2.31), antibiotic use ≤6 months of age (OR= 1.57; IC 95%=1.13-2.17), history of bronchiolitis in the first 2 years of life (OR = 3.11; IC 95%=2.23-4.33) and premature birth (OR = 1.60; IC 95%=1.02-2.50). Regarding rhinoconjunctivitis, the risk factors were: history of paternal eczema (OR = 3.35; IC 95%=1.05-10.70), paternal rhinitis (OR = 1.73; IC 95%=1.06-2.82), house with mold (OR = 2.09; IC 95%=1.16-3.75), having lived in a humid house during the first year of life (OR = 2.05; IC 95%=1.21-3.48), having current eczema (OR = 1.97; IC 95%=1.16-3.36), allergic sensitivity to Lolium perenne (OR = 14.0; IC 95%=7.75-25.40), sensitivity to house dust mites (OR = 2.82; IC 95%=1.77-4.52), history of bronchiolitis in the first two years old (OR = 1.78; IC 95%=1.78; IC 95%=1.10-2.90). Sharing a bedroom was a protective factor to rhinoconjunctivitis (OR = 0,50; IC 95%=0.32-0.79). A total of 84.0% of the mothers answered the questionnaires, 42% of which had a low education level (≤eight years of school completed). About 25% of families had a monthly income of ≤1 national minimum wage (NMW) at the time, while 5.0%, had an income of ≥10 NMW. One third of these children were exposed to smoking mothers. Approximately 15% of the mothers affirmed to have smoked during pregnancy, and 18% during the child‟s first year. A total of 48.0% born from C-sections; 15.0% were premature, and 20.0% of the sample had low weight (<2,500 g) upon birth, where 2% weighed <1,500 g. One third was breastfed for less than six months. A total of 30% the individual had contact with dogs inside the house during the first year of life, and only 12% had contact with indoor cat over the same period. Only 7.5% had contact with farm animals during the first year of life. Conclusions: the prevalence of asthma and rhinoconjunctivitis in Passo Fundo is above the world average measured by the ISAAC phase II, and above the national average measured by the ISAAC phase III, Brazil. There is an important association between current asthma with history of maternal asthma and personal atopic background (current rhinitis and atopy). A history of bronchiolitis during the first two years of life was a strong risk factor to current asthma at ten years old. Unlike some proposals of the hygiene hypothesis, the contact with animals (cat) inside the house and sharing a bedroom during the first year of life were risk factors for current asthma, and not protective factors. Concerning rhinoconjunctivitis, there was also a strong genetic component (family) as a risk factor, as well as an environmental component (humid house with mold). Sensitivity to Lolium perenne polen represented a strong risk factor to rhinoconjunctivitis. On the other hand, sharing a bedroom represented a protective factor to rhinoconjunctivitis at eight to twelve years old.
|
53 |
Prevalência de asma e rinite e fatores associados à asma em escolares de FortalezaLuna, Maria de Fátima Gomes de January 2015 (has links)
Introdução: Asma e rinite são as doenças crônicas mais comuns da infância, e causam importante impacto negativo na qualidade de vida. As suas prevalências vêm aumentando ao redor do mundo nas últimas décadas, de forma gradual e constante. Os fatores genéticos, embora sejam importantes, não são capazes de justificar, isoladamente, esses aumentos observados nas prevalências, e é provável que os fatores ambientais tenham maior relevância na determinação das manifestações dessas doenças. Nesse sentido, é importante que estudos epidemiológicos sejam realizados com questões padronizadas e medidas objetivas de avaliação de prevalência e gravidade, conduzidos em mais de uma ocasião, em todo o mundo, para obter dados confiáveis que possibilitem acompanhar a tendência mundial das prevalências dessas doenças e detectar variações em diferentes regiões geográficas, buscando também identificar possíveis fatores ambientais associados a essas doenças. Objetivos: estimar a prevalência e gravidade de asma e rinite em escolares de 6 e 7 anos morando em Fortaleza; estimar as prevalências dessas doenças entre os adolescentes de 13 e 14 anos, também morando em Fortaleza, e fazer estudo comparativo dos dados atuais com as taxas encontradas em 2006\2007 em estudo ISAAC nesta faixa etária; descrever possíveis fatores de risco associados a asma nesses dois grupos etários. Método: Estudo transversal utilizando o protocolo do International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC), módulos asma e rinite, além dos seus questionários ambientais, e composto de dois inquéritos: o primeiro, em 2006\2007 envolvendo amostra aleatória de 3.015 adolescentes de 13 e 14 anos, de escolas públicas e particulares; o segundo, em 2.010, com amostragem aleatória de 3.020 adolescentes de 13 e 14 anos e 2.020 escolares de 6 e 7 anos, de escolas públicas e particulares. Resultados: Entre os adolescentes, em 2010, houve um aumento significativo na prevalência de sibilos após exercícios, tosse seca noturna e asma diagnosticada (p < 0,01 para todos); houve redução significativa na prevalência de rinite grave (p = 0,01). Em ambos os períodos, tosse seca noturna, rinite atual e rinoconjuntivite foram significativamente mais prevalentes nas mulheres (p < 0,01 para todos); asma atual, rinite atual e rinoconjuntivite foram significativamente mais prevalentes entre os adolescentes das escolas particulares (p < 0,01 para todos). Nos 2 inquéritos, as taxas de “asma diagnosticada” e “rinite diagnosticada” foram bem menores que as respectivas taxas de “asma atual” e “rinite atual". Além de rinoconjuntivite, o consumo de biscoitos recheados e salgados fritos 3 ou mais vezes por semana foram independentemente associados à asma, como fatores agravantes, enquanto o consumo de frutas 3 ou mais vezes por semana esteve associado à asma como fator protetor. Entre os escolares de 6 e 7 anos, a prevalência de “sibilos cumulativos” (sibilos na vida) foi 52,6%; a de “sibilos nos últimos 12 meses” (asma atual), 28,3%, e a taxa de “asma diagnosticada”, 12,4%. Para os sintomas associados à gravidade da asma, como “sibilos com limite da fala”, “quatro ou mais crises de sibilos no último ano” e “sono interrompido por sibilos uma ou mais noites por semana”, as taxas foram, respectivamente, 4,1%, 3,9% e 6,7%. A taxa de “sibilos pós-exercícios” foi 7,2%, e a de “tosse seca noturna” foi de 39,7%. Houve predomínio no sexo masculino, com significância estatística, de sibilos cumulativos (p<0,001) e asma atual (p=0,04). “Sibilos com limite da fala”, “sono interrompido por sibilos uma ou mais noites por semana” e “sibilos pós exercícios” predominaram no grupo das escolas públicas (p=0,002, p=0,002 e p=0,003, respectivamente). As prevalências de rinite cumulativa, rinite atual, rinoconjuntivite e rinite diagnosticada foram, respectivamente, 49,9%, 42,0%, 15,0% e 28,1%, predominando entre as crianças das escolas particulares (p<0,001 para todos), sem diferença entre os sexos. Interferência dos sintomas nasais com as atividades diárias foi relatada por 25,3% dos pesquisados, sem diferença entre os sexos. Além de rinoconjuntivite, o uso de paracetamol pelo menos uma vez\mês no último ano, o tabagismo materno, o tabagismo paterno e a exposição a animais domésticos no 1º ano de vida foram, independentemente, associados à asma, nesse grupo etário, como fatores agravantes. Conclusões: As prevalências de sintomas de asma e rinite continuam elevadas e crescentes entre os adolescentes de 13-14 anos em Fortaleza, mantendo o predomínio no sexo feminino e entre os alunos das escolas particulares. As prevalências de asma e rinite em escolares de 6 e 7 anos morando em Fortaleza mostraram-se elevadas, e acima da média nacional, com predomínio dos sintomas de asma no sexo masculino e entre o grupo das escolas públicas, onde a asma também é mais grave. Os sintomas de rinite predominaram no grupo das escolas privadas, e não apresentaram diferenças entre os sexos. Nos dois grupos etários, asma e rinite mostraram-se subdiagnosticadas. Fatores clínicos, ambientais e hábitos alimentares estão associados a essas elevadas taxas; o consumo de frutas 3 ou mais vezes por semana mostrou-se protetor contra os sintomas de asma entre os adolescentes. Intervenções que atuem nesses fatores podem reduzir a ocorrência de asma nessas populações. / Objective: To determine the prevalence of asthma and rhinitis in 6-7 years old schoolchildren in Fortaleza; to describe the prevalences of asthma and rhinitis in 13-14 years old adolescents in the same city, in 2010, comparing the results with those obtained in a prevalence survey conducted in 2006-2007; and to identify factors associated with asthma in these two age groups in the city of Fortaleza, state of Ceará, Brazil. Methods: This was a cross-sectional study using the International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC) questionnaire, involving probabilistic samples of 3,015 and 3,020 adolescents in surveys conducted in 2006-2007 and 2010, respectively, and 2,020 schoolchildren in 2010. Results: Among adolescents, comparing the two periods, the prevalences of exercise-induced wheezing, dry cough at night, and physician-diagnosed asthma were significantly higher in 2010 than in the 2006-2007 period (p < 0.01 for all). There were no significant differences regarding cumulative wheezing, active asthma, four or more wheezing attacks within the last year, sleep disturbed by wheezing more than one night per week, and speech-limiting wheezing. The prevalence of severe rhinitis was significantly lower in 2010 (p = 0.01), whereas there were no significant differences between the two periods regarding cumulative rhinitis, current rhinitis, and rhinoconjunctivitis. In both periods, cumulative wheezing, dry cough at night, cumulative rhinitis, current rhinitis and rhinoconjunctivitis were significantly more prevalent in females than in males (p < 0.01 for all). Also in both periods, active asthma, current rhinitis, and rhinoconjunctivitis were more prevalent in private school students than in public school students (p < 0.01 for all). Rhinoconjunctivitis and the consumption of stuffed biscuits and fried snacks three or more times per week were independently and positively associated with asthma; consumption of fruits three or more times per week was negatively associated with asthma. Among schoolchildren (6-7 years of age), the prevalences of “wheezing ever”, “wheezing within the last 12 months” (active asthma) and “asthma ever” (physician-diagnosed asthma) were 52.6%, 28.3% and 12.4%, respectively. The prevalences of symptoms associated with asthma severity, such as "speech-limiting wheeze", "four or more wheezing attacks in the last 12 months" and "sleep disturbed due to wheezing one or more nights a week", were, respectively, 4.1%, 3.9% and 6.7%. The rate of "wheezing after exercise" was 7.2%, and that of "night cough" was 39.7%. The prevalences of “wheezing ever” (p<0.001) and active asthma (p=0.04) were higher among males. Public school students presented higher prevalences of "speech-limiting wheezing", “sleep disturbed due to wheezing one or more nights a week" and "wheezing after exercise" (p=0.002, p=0.002 and p=0.003, respectively). The prevalence of cumulative rhinitis, current rhinitis, rhinoconjunctivitis and physician-diagnosed rhinitis was 49.9%, 42.0%, 15.0% and 28.1%, respectively. Rhinitis symptoms and physician-diagnosed rhinitis were significantly more prevalent among private school students (OR = 0.55, CI 95%: 0.46 – 0.66, p<0.001; OR= 0.50, CI95%: 0.41 – 0.60, p<0.001; OR = 0.67, CI95%: 0.52 – 0.85, p<0.001; OR=0.15, CI95%: 0.12-0.19, p<0.001, respectively), without differences between genders. Interference with daily activities was reported by 25.3% and 5.7% reported to be moderately or severely affected, without difference between genders. Rhinoconjunctivitis (OR=2.19, CI: 1.24-3.86, p=0.007), paracetamol at least once per month in the last 12 months (OR=3.48, CI: 1.94-6.24, p < 0.001), maternal smoking (OR=3.18, CI: 1.21-8.30, p=0.018), paternal smoking (OR=2.14, CI: 1.01-4.54, p=0.047) and contact with cat or dog in the first year of life (OR=2.26, CI: 1.25-4.06, p = 0.007) were independently and positively associated with asthma. Conclusions: Our data show that the prevalences of asthma and rhinitis symptoms remain increasing among 13-14-year old adolescents in Fortaleza, predominantly among females and private school students. The prevalence rates of asthma and rhinitis in schoolchildren aged 6-7 years are also high, above the national average. Symptoms related to asthma were predominant among males and public school students, whereas rhinitis was predominant among private school students, without differences between genders. It was also observed that asthma and rhinitis are underdiagnosed in these two populations in the city of Fortaleza, state of Ceará, Brazil. Among adolescents, dietary factors were the most associated with asthma in this study. Besides rhinoconjunctivitis, the consumption of stuffed biscuits and fried snacks (foods with high content of saturated fat) three or more times per week were independently associated with asthma as aggravating factors, while the consumptions of fruits three or more times per week was associated with asthma as protective factor. Among schoolchildren (6-7 years of age), besides rhinoconjunctivitis, paracetamol at least once per month in the last 12 months, maternal smoking, paternal smoking and contact with cat or dog in the first year of life were independently associated with asthma as aggravating factors. Interventions acting on these factors may decrease the occurrence of asthma in these populations.
|
54 |
Modelo experimental de rinossinusite crônica em coelhos sem utilização de bactérias : comparação de técnicas de indução / Experimental model of chronic rhinosinusitis in rabbits without bacterial inoculation : comparison of induction techniquesMigliavacca, Raphaella de Oliveira January 2012 (has links)
Os modelos experimentais têm um papel importante no conhecimento dos mecanismos envolvidos na patogênese da rinossinusite crônica (RSC). Objetivos: comprovar que sem inoculação de bactérias seria possível induzir alterações histológicas crônicas nos seios maxilares de coelhos através da obstrução do óstio de drenagem dos mesmos, produzindo um modelo experimental consistente e reproduzível para RSC. Secundariamente, comparar achados inflamatórios entre duas técnicas de oclusão do óstio do seio maxilar com N-butil cianocrilato: via transmaxilar (VTM) e via teto de fossa nasal (VTFN). Métodos: estudo experimental randomizado cego em animais de laboratório realizado na Unidade de Experimentação Animal do Centro de Pesquisa do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no qual foram sorteados dezesseis coelhos Nova Zelândia entre oclusão do seio maxilar direito VTM ou VTFN. Após 12 semanas de seguimento, os animaisforam anestesiados e sacrificados para análise histopatológica cegada da mucosa do seio maxilar. Resultados: apresentavam alterações histopatológicas compatíveis com RSC os oito (100%) seios maxilares intervindos através da técnica VTM e três (37,5%) através da técnica VTFN, com p 0,008 e 0,250, respectivamente, quando comparados lado direito com o lado controle. Comparando-se as duas técnicas de oclusão, a técnica VTM mostrou-se mais consistente em provocar alterações crônicas nas mucosas dos seios maxilares ocluídos (p 0,026). Conclusões: O modelo do presente trabalho obteve sucesso em provocar alterações histológicas compatíveis com RSC nos animais submetidos à técnica de oclusão VTM com seguimento de 12 semanas, podendo ser facilmente replicável para futuros estudos celulares na mucosa sinusal. / Experimental models have an important role in understanding the mechanisms involved in the pathogenesis of chronic rhinosinusitis (CRS). Objectives: To demonstrate that, without the inoculation of pathogenic bacteria, it is possible to induce chronic histological changes in the maxillary sinuses of rabbits secondary to sinus ostium obstruction, producing a consistent and reproducible experimental model for CRS. Secondly, to compare inflammatory findings between two techniques of experimental occlusion of the maxillary sinus ostium with N-butyl cyanoacrylate: transmaxillary and through the roof of the nasal cavity. Methods: In a randomized, blinded, experimental study, 16 New Zealand rabbits were assigned for occlusion of the right maxillary sinus through a transmaxillary approach or through the roof of the nasal cavity. The contralateral sinus was left undisturbed to serve as a control. After 12 weeks of follow-up, the animals were anesthetized and sacrificed for blinded histopathological analysis of the maxillary sinus mucosa. Results: Histopathological changes consistent with CRS were found in eight (100%) of the maxillary sinuses approached transmaxillary and three of thoseapproached through the roof of the nasal cavity (37.5%), p 0.008 and 0.250, respectively, comparing the right to the left control sinus. Comparing the occlusion techniques, the transmaxillary approach was more consistent in causing chronic mucosal changes (p 0.026). Conclusions: The proposed model was successful in causing histological changes compatible with CRS in animals subjected to sinus occlusion with a transmaxillary approach followed-up for 12 weeks. This experimental model can be easily replicated for future cellular studies of the sinus mucosa.
|
55 |
Fatores de risco para asma e rinite alérgica em população de escolares na cidade de Passo Fundo, RSPorto Neto, Arnaldo Carlos January 2012 (has links)
Introdução: nas últimas décadas, tem havido aumento na prevalência das doenças alérgicas, como também na sensibilização a aeroalérgenos ou alimentos, fenômenos caracterizados como “epidemia das doenças alérgicas”. Objetivo: determinar os fatores de risco associados a sintomas de asma (sibilância) e rinoconjuntivite, descrevendo a prevalência desses sintomas em crianças escolares do município de Passo Fundo, RS. Método: estudo transversal realizado em alunos de oito a doze anos de idade matriculados em escolas públicas e particulares do ensino fundamental, moradores da zona urbana de Passo Fundo, RS. A amostra representativa dessa população foi escolhida aleatoriamente, e seus pais ou responsáveis responderam questionário escrito padrão do International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC), acrescido de perguntas sobre fatores de risco pessoais, familiares e ambientais (ISAAC fase II). Dessa população inicial, separou-se, aleatoriamente, um subgrupo de crianças (n=878), para realizar testes cutâneos de hipersensibilidade imediata (TCHIs) com alérgenos ambientais e coletar amostras de fezes para exame protoparasitológico. As crianças também foram pesadas, tendo sua estatura aferida e seu índice de massa corporal (IMC) calculado. Resultados: a prevalência de asma ativa foi de 31,2%; de asma diagnosticada, de 16,3%; de asma induzida por exercício, de 14,1%; de asma grave, de 7,4%; de crise aguda severa de asma, de 5,6%. A prevalência de rinite ativa foi de 53%; rinoconjuntivite, 37,6%; rinite diagnosticada, 35%; rinite polínica (hay fever), 27,9%; rinite moderada a grave, 14,7%. A prevalência de eczema ativo foi de 17,8%; de eczema em dobras, 16,8%; de eczema grave, 2,7%. Eram atópicos 487/878 (55,5%), independentemente de serem asmáticos ou não; desses, 84,4% eram polissensibilizados. A maioria (70,2%) dos que tinham asma atual era atópica, sendo somente 9% monossensibilizados. Da mesma maneira, a maioria (83,1%) dos com asma ativa também era atópica (OR = 3,16; IC95%=4,4-7,6). Além disso, os asmáticos atópicos tinham asma mais grave em relação aos não atópicos (OR = 2,39; IC95% = 2,60-7,60). Os fatores de risco siginificativamente associados à asma ativa foram: história materna de asma (OR = 1,75, IC 95%= 1,05-2,87), rinite ativa (OR = 2,07, IC 95%=1,42-3,01), compartilhar quarto no primeiro ano de vida (OR = 2,03, IC 95%= 1,36-3,04), ser atópico (OR = 1,82, IC 95%=1,26-2,50), ter contato com gato intradomiciliar no primeiro ano de vida (OR = 1,73, IC 95%=1,07-2,78), usar paracetamol mais de 12× ao ano nos últimos doze meses (OR=1,68, IC 95= 1,20-2,31)), usar antibiótico com ≤6 meses de vida (OR = 1,57, IC 95%= 1,13-2,17), ter tido bronquiolite com ≤2 anos de vida (OR = 3,11, IC 95%=2,23-4,33), ter nascido de parto prematuro (OR = 1,60, IC 95%=1,02-2,50). Em relação à rinoconjuntivite, os fatores de risco foram: história de eczema no pai (OR = 3,50, IC 95%= 1,05-10,70), rinite no pai (OR= 1,73, IC 95%=1,06-2,82), residência com mofo (OR = 2,09, IC 95%=1,16-3,74), ter morado em casa úmida no primeiro ano de vida (OR = 2,05, IC 95%=1,20-3,48), ter eczema ativo (OR = 1,97, IC 95%=1,16-3,56), ter sensibilidade alérgica a Lolium perenne (OR = 14,03, IC 95%=7,75-25,40), ter sensibilidade a ácaros da poeira doméstica (OR = 2,82, IC 95%=1,77-4,52), ter tido bronquiolite com ≤2 anos idade (OR = 1,78, IC 95%=1,10-2,90). Compartilhar quarto foi fator de proteção para rinoconjuntivite (OR = 0,50, IC 95%=0,32-0,79). Os questionários foram respondidos pelas mães em 83,9%, das quais 42% tinham baixa escolaridade (≤8 anos completos). Cerca de 25% das famílias das crianças tinham renda mensal ≤1 salário mínimo (SM) vigente na época, e 4,4%, renda ≥10 SMs. Um terço dessa população era exposto a mãe fumante, tendo 15% delas afirmado que fumaram durante a gravidez e 18%, durante o primeiro ano de vida da criança. Nasceram de parto cesariano 48,0%; 15,0% eram prematuros e 20,0% da amostra tinham baixo peso (<2,500 g) ao nascer, tendo 2% pesado <1,500 g. Um terço mamou no peito menos de seis meses. Tiveram contato com cachorro dentro de casa no primeiro ano de vida 30%, e somente 12%, com gato intradomicílio. Apenas 7,5% das crianças tiveram contato com animais de fazenda no primeiro ano de vida. Conclusões: a prevalência de asma e rinoconjuntivite está acima da média mundial relatada pelos centros do projeto ISAAC fase II e acima da média nacional medida pelo projeto ISAAC fase III, Brasil. Houve uma importante associação entre asma ativa com a história materna de asma e de antecedentes pessoais atópicos (rinite ativa e atopia). Ter tido bronquiolite com <2 anos de idade foi forte fator de risco para asma ativa aos dez anos de idade. Ao contrário de algumas proposições da hipótese da higiene, contato com animais (gato) dentro de casa e compartilhar dormitório no primeiro ano de vida foram fatores de risco para asma ativa, e não de proteção. Em relação à rinoconjuntivite, igualmente, houve um forte componente genético (familiar) como fator de risco, ao lado do fator ambiental (moradia úmida e com mofo). Ter sensibilidade ao pólen de Lolium perenne mostrou-se forte fator de risco para rinoconjuntivite. Por outro lado, compartilhar quarto se mostrou fator de proteção para rinoconjuntivite na faixa etária de oito a doze anos de idade. / Introduction: over the last decades the prevalence of allergic diseases has increased, as well as the sensitization to aeroallergens or food, phenomena characterized as "allergic diseases epidemic". Objective: to determine the risk factors associated to asthma symptoms (wheezing) and rhinoconjunctivitis and to describe the prevalence of these symptoms in schoolchildren from the city of Passo Fundo, RS. Method: cross sectional study performed in students from ages nine to twelve, enrolled in public and private elementary schools, residents of the urban zone of Passo Fundo, RS. The sample representing this population was randomly selected. Their parents or responsible persons answered a written questionnaire standard to the International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC), with the addition of questions about personal, familial and environmental risk factors (ISAAC phase II). From this initial population, a subgroup of children (n=878) was selected to perform skin prick tests (SPT) with environmental allergens and to collect stool samples for the protoparasitological exam. The children were also weighed, their height was assessed, and their body mass index (BMI) was calculated. Results: the prevalence of current asthma was 31.2%; diagnosed asthma 16.3%; exercise induced asthma 14.1%; severe asthma 7.4%; severe acute asthma attack 5.6%. The prevalence of current eczema was 17.8%; eczema in folds 16.8%; severe eczema 2.7%. Regardless of being asthmatic or not, 487/878 (55.5%) were atopic; 84.4% of these were polysensitized. Most of the children (70.2%) who had current asthma were atopic and only 9% were monosensitized. Similarly, most of the children (83.1%) with active asthma were also atopic (OR = 3.155; CI 95% = 4.40-7,60). Moreover, the atopic asthmatic children presented more severe asthma compared to the non-atopic ones (OR = 2.39; CI 95% = 2.602-7.603). The factors significantley associated to current asthma were: history of maternal asthma (OR = 1.75, IC 95%=1.05-2.87), current rhinitis (OR = 2.07; IC 95%=1.42-3.0), bedroom sharing during the first year of life (OR = 2.03; IC95%=1.36-3.04), atopy (OR = 1.82; IC 95%=1.26-2.50), indoor contact with cats during the first year of life (OR = 1.73; IC 95%=1.07-2.78), paracetamol use >12× per year over the last twelve months (OR = 1.68; IC 95%=1.20-2.31), antibiotic use ≤6 months of age (OR= 1.57; IC 95%=1.13-2.17), history of bronchiolitis in the first 2 years of life (OR = 3.11; IC 95%=2.23-4.33) and premature birth (OR = 1.60; IC 95%=1.02-2.50). Regarding rhinoconjunctivitis, the risk factors were: history of paternal eczema (OR = 3.35; IC 95%=1.05-10.70), paternal rhinitis (OR = 1.73; IC 95%=1.06-2.82), house with mold (OR = 2.09; IC 95%=1.16-3.75), having lived in a humid house during the first year of life (OR = 2.05; IC 95%=1.21-3.48), having current eczema (OR = 1.97; IC 95%=1.16-3.36), allergic sensitivity to Lolium perenne (OR = 14.0; IC 95%=7.75-25.40), sensitivity to house dust mites (OR = 2.82; IC 95%=1.77-4.52), history of bronchiolitis in the first two years old (OR = 1.78; IC 95%=1.78; IC 95%=1.10-2.90). Sharing a bedroom was a protective factor to rhinoconjunctivitis (OR = 0,50; IC 95%=0.32-0.79). A total of 84.0% of the mothers answered the questionnaires, 42% of which had a low education level (≤eight years of school completed). About 25% of families had a monthly income of ≤1 national minimum wage (NMW) at the time, while 5.0%, had an income of ≥10 NMW. One third of these children were exposed to smoking mothers. Approximately 15% of the mothers affirmed to have smoked during pregnancy, and 18% during the child‟s first year. A total of 48.0% born from C-sections; 15.0% were premature, and 20.0% of the sample had low weight (<2,500 g) upon birth, where 2% weighed <1,500 g. One third was breastfed for less than six months. A total of 30% the individual had contact with dogs inside the house during the first year of life, and only 12% had contact with indoor cat over the same period. Only 7.5% had contact with farm animals during the first year of life. Conclusions: the prevalence of asthma and rhinoconjunctivitis in Passo Fundo is above the world average measured by the ISAAC phase II, and above the national average measured by the ISAAC phase III, Brazil. There is an important association between current asthma with history of maternal asthma and personal atopic background (current rhinitis and atopy). A history of bronchiolitis during the first two years of life was a strong risk factor to current asthma at ten years old. Unlike some proposals of the hygiene hypothesis, the contact with animals (cat) inside the house and sharing a bedroom during the first year of life were risk factors for current asthma, and not protective factors. Concerning rhinoconjunctivitis, there was also a strong genetic component (family) as a risk factor, as well as an environmental component (humid house with mold). Sensitivity to Lolium perenne polen represented a strong risk factor to rhinoconjunctivitis. On the other hand, sharing a bedroom represented a protective factor to rhinoconjunctivitis at eight to twelve years old.
|
56 |
Prevalência de asma e rinite e fatores associados à asma em escolares de FortalezaLuna, Maria de Fátima Gomes de January 2015 (has links)
Introdução: Asma e rinite são as doenças crônicas mais comuns da infância, e causam importante impacto negativo na qualidade de vida. As suas prevalências vêm aumentando ao redor do mundo nas últimas décadas, de forma gradual e constante. Os fatores genéticos, embora sejam importantes, não são capazes de justificar, isoladamente, esses aumentos observados nas prevalências, e é provável que os fatores ambientais tenham maior relevância na determinação das manifestações dessas doenças. Nesse sentido, é importante que estudos epidemiológicos sejam realizados com questões padronizadas e medidas objetivas de avaliação de prevalência e gravidade, conduzidos em mais de uma ocasião, em todo o mundo, para obter dados confiáveis que possibilitem acompanhar a tendência mundial das prevalências dessas doenças e detectar variações em diferentes regiões geográficas, buscando também identificar possíveis fatores ambientais associados a essas doenças. Objetivos: estimar a prevalência e gravidade de asma e rinite em escolares de 6 e 7 anos morando em Fortaleza; estimar as prevalências dessas doenças entre os adolescentes de 13 e 14 anos, também morando em Fortaleza, e fazer estudo comparativo dos dados atuais com as taxas encontradas em 2006\2007 em estudo ISAAC nesta faixa etária; descrever possíveis fatores de risco associados a asma nesses dois grupos etários. Método: Estudo transversal utilizando o protocolo do International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC), módulos asma e rinite, além dos seus questionários ambientais, e composto de dois inquéritos: o primeiro, em 2006\2007 envolvendo amostra aleatória de 3.015 adolescentes de 13 e 14 anos, de escolas públicas e particulares; o segundo, em 2.010, com amostragem aleatória de 3.020 adolescentes de 13 e 14 anos e 2.020 escolares de 6 e 7 anos, de escolas públicas e particulares. Resultados: Entre os adolescentes, em 2010, houve um aumento significativo na prevalência de sibilos após exercícios, tosse seca noturna e asma diagnosticada (p < 0,01 para todos); houve redução significativa na prevalência de rinite grave (p = 0,01). Em ambos os períodos, tosse seca noturna, rinite atual e rinoconjuntivite foram significativamente mais prevalentes nas mulheres (p < 0,01 para todos); asma atual, rinite atual e rinoconjuntivite foram significativamente mais prevalentes entre os adolescentes das escolas particulares (p < 0,01 para todos). Nos 2 inquéritos, as taxas de “asma diagnosticada” e “rinite diagnosticada” foram bem menores que as respectivas taxas de “asma atual” e “rinite atual". Além de rinoconjuntivite, o consumo de biscoitos recheados e salgados fritos 3 ou mais vezes por semana foram independentemente associados à asma, como fatores agravantes, enquanto o consumo de frutas 3 ou mais vezes por semana esteve associado à asma como fator protetor. Entre os escolares de 6 e 7 anos, a prevalência de “sibilos cumulativos” (sibilos na vida) foi 52,6%; a de “sibilos nos últimos 12 meses” (asma atual), 28,3%, e a taxa de “asma diagnosticada”, 12,4%. Para os sintomas associados à gravidade da asma, como “sibilos com limite da fala”, “quatro ou mais crises de sibilos no último ano” e “sono interrompido por sibilos uma ou mais noites por semana”, as taxas foram, respectivamente, 4,1%, 3,9% e 6,7%. A taxa de “sibilos pós-exercícios” foi 7,2%, e a de “tosse seca noturna” foi de 39,7%. Houve predomínio no sexo masculino, com significância estatística, de sibilos cumulativos (p<0,001) e asma atual (p=0,04). “Sibilos com limite da fala”, “sono interrompido por sibilos uma ou mais noites por semana” e “sibilos pós exercícios” predominaram no grupo das escolas públicas (p=0,002, p=0,002 e p=0,003, respectivamente). As prevalências de rinite cumulativa, rinite atual, rinoconjuntivite e rinite diagnosticada foram, respectivamente, 49,9%, 42,0%, 15,0% e 28,1%, predominando entre as crianças das escolas particulares (p<0,001 para todos), sem diferença entre os sexos. Interferência dos sintomas nasais com as atividades diárias foi relatada por 25,3% dos pesquisados, sem diferença entre os sexos. Além de rinoconjuntivite, o uso de paracetamol pelo menos uma vez\mês no último ano, o tabagismo materno, o tabagismo paterno e a exposição a animais domésticos no 1º ano de vida foram, independentemente, associados à asma, nesse grupo etário, como fatores agravantes. Conclusões: As prevalências de sintomas de asma e rinite continuam elevadas e crescentes entre os adolescentes de 13-14 anos em Fortaleza, mantendo o predomínio no sexo feminino e entre os alunos das escolas particulares. As prevalências de asma e rinite em escolares de 6 e 7 anos morando em Fortaleza mostraram-se elevadas, e acima da média nacional, com predomínio dos sintomas de asma no sexo masculino e entre o grupo das escolas públicas, onde a asma também é mais grave. Os sintomas de rinite predominaram no grupo das escolas privadas, e não apresentaram diferenças entre os sexos. Nos dois grupos etários, asma e rinite mostraram-se subdiagnosticadas. Fatores clínicos, ambientais e hábitos alimentares estão associados a essas elevadas taxas; o consumo de frutas 3 ou mais vezes por semana mostrou-se protetor contra os sintomas de asma entre os adolescentes. Intervenções que atuem nesses fatores podem reduzir a ocorrência de asma nessas populações. / Objective: To determine the prevalence of asthma and rhinitis in 6-7 years old schoolchildren in Fortaleza; to describe the prevalences of asthma and rhinitis in 13-14 years old adolescents in the same city, in 2010, comparing the results with those obtained in a prevalence survey conducted in 2006-2007; and to identify factors associated with asthma in these two age groups in the city of Fortaleza, state of Ceará, Brazil. Methods: This was a cross-sectional study using the International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC) questionnaire, involving probabilistic samples of 3,015 and 3,020 adolescents in surveys conducted in 2006-2007 and 2010, respectively, and 2,020 schoolchildren in 2010. Results: Among adolescents, comparing the two periods, the prevalences of exercise-induced wheezing, dry cough at night, and physician-diagnosed asthma were significantly higher in 2010 than in the 2006-2007 period (p < 0.01 for all). There were no significant differences regarding cumulative wheezing, active asthma, four or more wheezing attacks within the last year, sleep disturbed by wheezing more than one night per week, and speech-limiting wheezing. The prevalence of severe rhinitis was significantly lower in 2010 (p = 0.01), whereas there were no significant differences between the two periods regarding cumulative rhinitis, current rhinitis, and rhinoconjunctivitis. In both periods, cumulative wheezing, dry cough at night, cumulative rhinitis, current rhinitis and rhinoconjunctivitis were significantly more prevalent in females than in males (p < 0.01 for all). Also in both periods, active asthma, current rhinitis, and rhinoconjunctivitis were more prevalent in private school students than in public school students (p < 0.01 for all). Rhinoconjunctivitis and the consumption of stuffed biscuits and fried snacks three or more times per week were independently and positively associated with asthma; consumption of fruits three or more times per week was negatively associated with asthma. Among schoolchildren (6-7 years of age), the prevalences of “wheezing ever”, “wheezing within the last 12 months” (active asthma) and “asthma ever” (physician-diagnosed asthma) were 52.6%, 28.3% and 12.4%, respectively. The prevalences of symptoms associated with asthma severity, such as "speech-limiting wheeze", "four or more wheezing attacks in the last 12 months" and "sleep disturbed due to wheezing one or more nights a week", were, respectively, 4.1%, 3.9% and 6.7%. The rate of "wheezing after exercise" was 7.2%, and that of "night cough" was 39.7%. The prevalences of “wheezing ever” (p<0.001) and active asthma (p=0.04) were higher among males. Public school students presented higher prevalences of "speech-limiting wheezing", “sleep disturbed due to wheezing one or more nights a week" and "wheezing after exercise" (p=0.002, p=0.002 and p=0.003, respectively). The prevalence of cumulative rhinitis, current rhinitis, rhinoconjunctivitis and physician-diagnosed rhinitis was 49.9%, 42.0%, 15.0% and 28.1%, respectively. Rhinitis symptoms and physician-diagnosed rhinitis were significantly more prevalent among private school students (OR = 0.55, CI 95%: 0.46 – 0.66, p<0.001; OR= 0.50, CI95%: 0.41 – 0.60, p<0.001; OR = 0.67, CI95%: 0.52 – 0.85, p<0.001; OR=0.15, CI95%: 0.12-0.19, p<0.001, respectively), without differences between genders. Interference with daily activities was reported by 25.3% and 5.7% reported to be moderately or severely affected, without difference between genders. Rhinoconjunctivitis (OR=2.19, CI: 1.24-3.86, p=0.007), paracetamol at least once per month in the last 12 months (OR=3.48, CI: 1.94-6.24, p < 0.001), maternal smoking (OR=3.18, CI: 1.21-8.30, p=0.018), paternal smoking (OR=2.14, CI: 1.01-4.54, p=0.047) and contact with cat or dog in the first year of life (OR=2.26, CI: 1.25-4.06, p = 0.007) were independently and positively associated with asthma. Conclusions: Our data show that the prevalences of asthma and rhinitis symptoms remain increasing among 13-14-year old adolescents in Fortaleza, predominantly among females and private school students. The prevalence rates of asthma and rhinitis in schoolchildren aged 6-7 years are also high, above the national average. Symptoms related to asthma were predominant among males and public school students, whereas rhinitis was predominant among private school students, without differences between genders. It was also observed that asthma and rhinitis are underdiagnosed in these two populations in the city of Fortaleza, state of Ceará, Brazil. Among adolescents, dietary factors were the most associated with asthma in this study. Besides rhinoconjunctivitis, the consumption of stuffed biscuits and fried snacks (foods with high content of saturated fat) three or more times per week were independently associated with asthma as aggravating factors, while the consumptions of fruits three or more times per week was associated with asthma as protective factor. Among schoolchildren (6-7 years of age), besides rhinoconjunctivitis, paracetamol at least once per month in the last 12 months, maternal smoking, paternal smoking and contact with cat or dog in the first year of life were independently associated with asthma as aggravating factors. Interventions acting on these factors may decrease the occurrence of asthma in these populations.
|
57 |
Prevalência de asma e rinite e fatores associados à asma em escolares de FortalezaLuna, Maria de Fátima Gomes de January 2015 (has links)
Introdução: Asma e rinite são as doenças crônicas mais comuns da infância, e causam importante impacto negativo na qualidade de vida. As suas prevalências vêm aumentando ao redor do mundo nas últimas décadas, de forma gradual e constante. Os fatores genéticos, embora sejam importantes, não são capazes de justificar, isoladamente, esses aumentos observados nas prevalências, e é provável que os fatores ambientais tenham maior relevância na determinação das manifestações dessas doenças. Nesse sentido, é importante que estudos epidemiológicos sejam realizados com questões padronizadas e medidas objetivas de avaliação de prevalência e gravidade, conduzidos em mais de uma ocasião, em todo o mundo, para obter dados confiáveis que possibilitem acompanhar a tendência mundial das prevalências dessas doenças e detectar variações em diferentes regiões geográficas, buscando também identificar possíveis fatores ambientais associados a essas doenças. Objetivos: estimar a prevalência e gravidade de asma e rinite em escolares de 6 e 7 anos morando em Fortaleza; estimar as prevalências dessas doenças entre os adolescentes de 13 e 14 anos, também morando em Fortaleza, e fazer estudo comparativo dos dados atuais com as taxas encontradas em 2006\2007 em estudo ISAAC nesta faixa etária; descrever possíveis fatores de risco associados a asma nesses dois grupos etários. Método: Estudo transversal utilizando o protocolo do International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC), módulos asma e rinite, além dos seus questionários ambientais, e composto de dois inquéritos: o primeiro, em 2006\2007 envolvendo amostra aleatória de 3.015 adolescentes de 13 e 14 anos, de escolas públicas e particulares; o segundo, em 2.010, com amostragem aleatória de 3.020 adolescentes de 13 e 14 anos e 2.020 escolares de 6 e 7 anos, de escolas públicas e particulares. Resultados: Entre os adolescentes, em 2010, houve um aumento significativo na prevalência de sibilos após exercícios, tosse seca noturna e asma diagnosticada (p < 0,01 para todos); houve redução significativa na prevalência de rinite grave (p = 0,01). Em ambos os períodos, tosse seca noturna, rinite atual e rinoconjuntivite foram significativamente mais prevalentes nas mulheres (p < 0,01 para todos); asma atual, rinite atual e rinoconjuntivite foram significativamente mais prevalentes entre os adolescentes das escolas particulares (p < 0,01 para todos). Nos 2 inquéritos, as taxas de “asma diagnosticada” e “rinite diagnosticada” foram bem menores que as respectivas taxas de “asma atual” e “rinite atual". Além de rinoconjuntivite, o consumo de biscoitos recheados e salgados fritos 3 ou mais vezes por semana foram independentemente associados à asma, como fatores agravantes, enquanto o consumo de frutas 3 ou mais vezes por semana esteve associado à asma como fator protetor. Entre os escolares de 6 e 7 anos, a prevalência de “sibilos cumulativos” (sibilos na vida) foi 52,6%; a de “sibilos nos últimos 12 meses” (asma atual), 28,3%, e a taxa de “asma diagnosticada”, 12,4%. Para os sintomas associados à gravidade da asma, como “sibilos com limite da fala”, “quatro ou mais crises de sibilos no último ano” e “sono interrompido por sibilos uma ou mais noites por semana”, as taxas foram, respectivamente, 4,1%, 3,9% e 6,7%. A taxa de “sibilos pós-exercícios” foi 7,2%, e a de “tosse seca noturna” foi de 39,7%. Houve predomínio no sexo masculino, com significância estatística, de sibilos cumulativos (p<0,001) e asma atual (p=0,04). “Sibilos com limite da fala”, “sono interrompido por sibilos uma ou mais noites por semana” e “sibilos pós exercícios” predominaram no grupo das escolas públicas (p=0,002, p=0,002 e p=0,003, respectivamente). As prevalências de rinite cumulativa, rinite atual, rinoconjuntivite e rinite diagnosticada foram, respectivamente, 49,9%, 42,0%, 15,0% e 28,1%, predominando entre as crianças das escolas particulares (p<0,001 para todos), sem diferença entre os sexos. Interferência dos sintomas nasais com as atividades diárias foi relatada por 25,3% dos pesquisados, sem diferença entre os sexos. Além de rinoconjuntivite, o uso de paracetamol pelo menos uma vez\mês no último ano, o tabagismo materno, o tabagismo paterno e a exposição a animais domésticos no 1º ano de vida foram, independentemente, associados à asma, nesse grupo etário, como fatores agravantes. Conclusões: As prevalências de sintomas de asma e rinite continuam elevadas e crescentes entre os adolescentes de 13-14 anos em Fortaleza, mantendo o predomínio no sexo feminino e entre os alunos das escolas particulares. As prevalências de asma e rinite em escolares de 6 e 7 anos morando em Fortaleza mostraram-se elevadas, e acima da média nacional, com predomínio dos sintomas de asma no sexo masculino e entre o grupo das escolas públicas, onde a asma também é mais grave. Os sintomas de rinite predominaram no grupo das escolas privadas, e não apresentaram diferenças entre os sexos. Nos dois grupos etários, asma e rinite mostraram-se subdiagnosticadas. Fatores clínicos, ambientais e hábitos alimentares estão associados a essas elevadas taxas; o consumo de frutas 3 ou mais vezes por semana mostrou-se protetor contra os sintomas de asma entre os adolescentes. Intervenções que atuem nesses fatores podem reduzir a ocorrência de asma nessas populações. / Objective: To determine the prevalence of asthma and rhinitis in 6-7 years old schoolchildren in Fortaleza; to describe the prevalences of asthma and rhinitis in 13-14 years old adolescents in the same city, in 2010, comparing the results with those obtained in a prevalence survey conducted in 2006-2007; and to identify factors associated with asthma in these two age groups in the city of Fortaleza, state of Ceará, Brazil. Methods: This was a cross-sectional study using the International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC) questionnaire, involving probabilistic samples of 3,015 and 3,020 adolescents in surveys conducted in 2006-2007 and 2010, respectively, and 2,020 schoolchildren in 2010. Results: Among adolescents, comparing the two periods, the prevalences of exercise-induced wheezing, dry cough at night, and physician-diagnosed asthma were significantly higher in 2010 than in the 2006-2007 period (p < 0.01 for all). There were no significant differences regarding cumulative wheezing, active asthma, four or more wheezing attacks within the last year, sleep disturbed by wheezing more than one night per week, and speech-limiting wheezing. The prevalence of severe rhinitis was significantly lower in 2010 (p = 0.01), whereas there were no significant differences between the two periods regarding cumulative rhinitis, current rhinitis, and rhinoconjunctivitis. In both periods, cumulative wheezing, dry cough at night, cumulative rhinitis, current rhinitis and rhinoconjunctivitis were significantly more prevalent in females than in males (p < 0.01 for all). Also in both periods, active asthma, current rhinitis, and rhinoconjunctivitis were more prevalent in private school students than in public school students (p < 0.01 for all). Rhinoconjunctivitis and the consumption of stuffed biscuits and fried snacks three or more times per week were independently and positively associated with asthma; consumption of fruits three or more times per week was negatively associated with asthma. Among schoolchildren (6-7 years of age), the prevalences of “wheezing ever”, “wheezing within the last 12 months” (active asthma) and “asthma ever” (physician-diagnosed asthma) were 52.6%, 28.3% and 12.4%, respectively. The prevalences of symptoms associated with asthma severity, such as "speech-limiting wheeze", "four or more wheezing attacks in the last 12 months" and "sleep disturbed due to wheezing one or more nights a week", were, respectively, 4.1%, 3.9% and 6.7%. The rate of "wheezing after exercise" was 7.2%, and that of "night cough" was 39.7%. The prevalences of “wheezing ever” (p<0.001) and active asthma (p=0.04) were higher among males. Public school students presented higher prevalences of "speech-limiting wheezing", “sleep disturbed due to wheezing one or more nights a week" and "wheezing after exercise" (p=0.002, p=0.002 and p=0.003, respectively). The prevalence of cumulative rhinitis, current rhinitis, rhinoconjunctivitis and physician-diagnosed rhinitis was 49.9%, 42.0%, 15.0% and 28.1%, respectively. Rhinitis symptoms and physician-diagnosed rhinitis were significantly more prevalent among private school students (OR = 0.55, CI 95%: 0.46 – 0.66, p<0.001; OR= 0.50, CI95%: 0.41 – 0.60, p<0.001; OR = 0.67, CI95%: 0.52 – 0.85, p<0.001; OR=0.15, CI95%: 0.12-0.19, p<0.001, respectively), without differences between genders. Interference with daily activities was reported by 25.3% and 5.7% reported to be moderately or severely affected, without difference between genders. Rhinoconjunctivitis (OR=2.19, CI: 1.24-3.86, p=0.007), paracetamol at least once per month in the last 12 months (OR=3.48, CI: 1.94-6.24, p < 0.001), maternal smoking (OR=3.18, CI: 1.21-8.30, p=0.018), paternal smoking (OR=2.14, CI: 1.01-4.54, p=0.047) and contact with cat or dog in the first year of life (OR=2.26, CI: 1.25-4.06, p = 0.007) were independently and positively associated with asthma. Conclusions: Our data show that the prevalences of asthma and rhinitis symptoms remain increasing among 13-14-year old adolescents in Fortaleza, predominantly among females and private school students. The prevalence rates of asthma and rhinitis in schoolchildren aged 6-7 years are also high, above the national average. Symptoms related to asthma were predominant among males and public school students, whereas rhinitis was predominant among private school students, without differences between genders. It was also observed that asthma and rhinitis are underdiagnosed in these two populations in the city of Fortaleza, state of Ceará, Brazil. Among adolescents, dietary factors were the most associated with asthma in this study. Besides rhinoconjunctivitis, the consumption of stuffed biscuits and fried snacks (foods with high content of saturated fat) three or more times per week were independently associated with asthma as aggravating factors, while the consumptions of fruits three or more times per week was associated with asthma as protective factor. Among schoolchildren (6-7 years of age), besides rhinoconjunctivitis, paracetamol at least once per month in the last 12 months, maternal smoking, paternal smoking and contact with cat or dog in the first year of life were independently associated with asthma as aggravating factors. Interventions acting on these factors may decrease the occurrence of asthma in these populations.
|
58 |
Modelo experimental de rinossinusite crônica em coelhos sem utilização de bactérias : comparação de técnicas de indução / Experimental model of chronic rhinosinusitis in rabbits without bacterial inoculation : comparison of induction techniquesMigliavacca, Raphaella de Oliveira January 2012 (has links)
Os modelos experimentais têm um papel importante no conhecimento dos mecanismos envolvidos na patogênese da rinossinusite crônica (RSC). Objetivos: comprovar que sem inoculação de bactérias seria possível induzir alterações histológicas crônicas nos seios maxilares de coelhos através da obstrução do óstio de drenagem dos mesmos, produzindo um modelo experimental consistente e reproduzível para RSC. Secundariamente, comparar achados inflamatórios entre duas técnicas de oclusão do óstio do seio maxilar com N-butil cianocrilato: via transmaxilar (VTM) e via teto de fossa nasal (VTFN). Métodos: estudo experimental randomizado cego em animais de laboratório realizado na Unidade de Experimentação Animal do Centro de Pesquisa do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no qual foram sorteados dezesseis coelhos Nova Zelândia entre oclusão do seio maxilar direito VTM ou VTFN. Após 12 semanas de seguimento, os animaisforam anestesiados e sacrificados para análise histopatológica cegada da mucosa do seio maxilar. Resultados: apresentavam alterações histopatológicas compatíveis com RSC os oito (100%) seios maxilares intervindos através da técnica VTM e três (37,5%) através da técnica VTFN, com p 0,008 e 0,250, respectivamente, quando comparados lado direito com o lado controle. Comparando-se as duas técnicas de oclusão, a técnica VTM mostrou-se mais consistente em provocar alterações crônicas nas mucosas dos seios maxilares ocluídos (p 0,026). Conclusões: O modelo do presente trabalho obteve sucesso em provocar alterações histológicas compatíveis com RSC nos animais submetidos à técnica de oclusão VTM com seguimento de 12 semanas, podendo ser facilmente replicável para futuros estudos celulares na mucosa sinusal. / Experimental models have an important role in understanding the mechanisms involved in the pathogenesis of chronic rhinosinusitis (CRS). Objectives: To demonstrate that, without the inoculation of pathogenic bacteria, it is possible to induce chronic histological changes in the maxillary sinuses of rabbits secondary to sinus ostium obstruction, producing a consistent and reproducible experimental model for CRS. Secondly, to compare inflammatory findings between two techniques of experimental occlusion of the maxillary sinus ostium with N-butyl cyanoacrylate: transmaxillary and through the roof of the nasal cavity. Methods: In a randomized, blinded, experimental study, 16 New Zealand rabbits were assigned for occlusion of the right maxillary sinus through a transmaxillary approach or through the roof of the nasal cavity. The contralateral sinus was left undisturbed to serve as a control. After 12 weeks of follow-up, the animals were anesthetized and sacrificed for blinded histopathological analysis of the maxillary sinus mucosa. Results: Histopathological changes consistent with CRS were found in eight (100%) of the maxillary sinuses approached transmaxillary and three of thoseapproached through the roof of the nasal cavity (37.5%), p 0.008 and 0.250, respectively, comparing the right to the left control sinus. Comparing the occlusion techniques, the transmaxillary approach was more consistent in causing chronic mucosal changes (p 0.026). Conclusions: The proposed model was successful in causing histological changes compatible with CRS in animals subjected to sinus occlusion with a transmaxillary approach followed-up for 12 weeks. This experimental model can be easily replicated for future cellular studies of the sinus mucosa.
|
59 |
Fatores de risco para asma e rinite alérgica em população de escolares na cidade de Passo Fundo, RSPorto Neto, Arnaldo Carlos January 2012 (has links)
Introdução: nas últimas décadas, tem havido aumento na prevalência das doenças alérgicas, como também na sensibilização a aeroalérgenos ou alimentos, fenômenos caracterizados como “epidemia das doenças alérgicas”. Objetivo: determinar os fatores de risco associados a sintomas de asma (sibilância) e rinoconjuntivite, descrevendo a prevalência desses sintomas em crianças escolares do município de Passo Fundo, RS. Método: estudo transversal realizado em alunos de oito a doze anos de idade matriculados em escolas públicas e particulares do ensino fundamental, moradores da zona urbana de Passo Fundo, RS. A amostra representativa dessa população foi escolhida aleatoriamente, e seus pais ou responsáveis responderam questionário escrito padrão do International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC), acrescido de perguntas sobre fatores de risco pessoais, familiares e ambientais (ISAAC fase II). Dessa população inicial, separou-se, aleatoriamente, um subgrupo de crianças (n=878), para realizar testes cutâneos de hipersensibilidade imediata (TCHIs) com alérgenos ambientais e coletar amostras de fezes para exame protoparasitológico. As crianças também foram pesadas, tendo sua estatura aferida e seu índice de massa corporal (IMC) calculado. Resultados: a prevalência de asma ativa foi de 31,2%; de asma diagnosticada, de 16,3%; de asma induzida por exercício, de 14,1%; de asma grave, de 7,4%; de crise aguda severa de asma, de 5,6%. A prevalência de rinite ativa foi de 53%; rinoconjuntivite, 37,6%; rinite diagnosticada, 35%; rinite polínica (hay fever), 27,9%; rinite moderada a grave, 14,7%. A prevalência de eczema ativo foi de 17,8%; de eczema em dobras, 16,8%; de eczema grave, 2,7%. Eram atópicos 487/878 (55,5%), independentemente de serem asmáticos ou não; desses, 84,4% eram polissensibilizados. A maioria (70,2%) dos que tinham asma atual era atópica, sendo somente 9% monossensibilizados. Da mesma maneira, a maioria (83,1%) dos com asma ativa também era atópica (OR = 3,16; IC95%=4,4-7,6). Além disso, os asmáticos atópicos tinham asma mais grave em relação aos não atópicos (OR = 2,39; IC95% = 2,60-7,60). Os fatores de risco siginificativamente associados à asma ativa foram: história materna de asma (OR = 1,75, IC 95%= 1,05-2,87), rinite ativa (OR = 2,07, IC 95%=1,42-3,01), compartilhar quarto no primeiro ano de vida (OR = 2,03, IC 95%= 1,36-3,04), ser atópico (OR = 1,82, IC 95%=1,26-2,50), ter contato com gato intradomiciliar no primeiro ano de vida (OR = 1,73, IC 95%=1,07-2,78), usar paracetamol mais de 12× ao ano nos últimos doze meses (OR=1,68, IC 95= 1,20-2,31)), usar antibiótico com ≤6 meses de vida (OR = 1,57, IC 95%= 1,13-2,17), ter tido bronquiolite com ≤2 anos de vida (OR = 3,11, IC 95%=2,23-4,33), ter nascido de parto prematuro (OR = 1,60, IC 95%=1,02-2,50). Em relação à rinoconjuntivite, os fatores de risco foram: história de eczema no pai (OR = 3,50, IC 95%= 1,05-10,70), rinite no pai (OR= 1,73, IC 95%=1,06-2,82), residência com mofo (OR = 2,09, IC 95%=1,16-3,74), ter morado em casa úmida no primeiro ano de vida (OR = 2,05, IC 95%=1,20-3,48), ter eczema ativo (OR = 1,97, IC 95%=1,16-3,56), ter sensibilidade alérgica a Lolium perenne (OR = 14,03, IC 95%=7,75-25,40), ter sensibilidade a ácaros da poeira doméstica (OR = 2,82, IC 95%=1,77-4,52), ter tido bronquiolite com ≤2 anos idade (OR = 1,78, IC 95%=1,10-2,90). Compartilhar quarto foi fator de proteção para rinoconjuntivite (OR = 0,50, IC 95%=0,32-0,79). Os questionários foram respondidos pelas mães em 83,9%, das quais 42% tinham baixa escolaridade (≤8 anos completos). Cerca de 25% das famílias das crianças tinham renda mensal ≤1 salário mínimo (SM) vigente na época, e 4,4%, renda ≥10 SMs. Um terço dessa população era exposto a mãe fumante, tendo 15% delas afirmado que fumaram durante a gravidez e 18%, durante o primeiro ano de vida da criança. Nasceram de parto cesariano 48,0%; 15,0% eram prematuros e 20,0% da amostra tinham baixo peso (<2,500 g) ao nascer, tendo 2% pesado <1,500 g. Um terço mamou no peito menos de seis meses. Tiveram contato com cachorro dentro de casa no primeiro ano de vida 30%, e somente 12%, com gato intradomicílio. Apenas 7,5% das crianças tiveram contato com animais de fazenda no primeiro ano de vida. Conclusões: a prevalência de asma e rinoconjuntivite está acima da média mundial relatada pelos centros do projeto ISAAC fase II e acima da média nacional medida pelo projeto ISAAC fase III, Brasil. Houve uma importante associação entre asma ativa com a história materna de asma e de antecedentes pessoais atópicos (rinite ativa e atopia). Ter tido bronquiolite com <2 anos de idade foi forte fator de risco para asma ativa aos dez anos de idade. Ao contrário de algumas proposições da hipótese da higiene, contato com animais (gato) dentro de casa e compartilhar dormitório no primeiro ano de vida foram fatores de risco para asma ativa, e não de proteção. Em relação à rinoconjuntivite, igualmente, houve um forte componente genético (familiar) como fator de risco, ao lado do fator ambiental (moradia úmida e com mofo). Ter sensibilidade ao pólen de Lolium perenne mostrou-se forte fator de risco para rinoconjuntivite. Por outro lado, compartilhar quarto se mostrou fator de proteção para rinoconjuntivite na faixa etária de oito a doze anos de idade. / Introduction: over the last decades the prevalence of allergic diseases has increased, as well as the sensitization to aeroallergens or food, phenomena characterized as "allergic diseases epidemic". Objective: to determine the risk factors associated to asthma symptoms (wheezing) and rhinoconjunctivitis and to describe the prevalence of these symptoms in schoolchildren from the city of Passo Fundo, RS. Method: cross sectional study performed in students from ages nine to twelve, enrolled in public and private elementary schools, residents of the urban zone of Passo Fundo, RS. The sample representing this population was randomly selected. Their parents or responsible persons answered a written questionnaire standard to the International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC), with the addition of questions about personal, familial and environmental risk factors (ISAAC phase II). From this initial population, a subgroup of children (n=878) was selected to perform skin prick tests (SPT) with environmental allergens and to collect stool samples for the protoparasitological exam. The children were also weighed, their height was assessed, and their body mass index (BMI) was calculated. Results: the prevalence of current asthma was 31.2%; diagnosed asthma 16.3%; exercise induced asthma 14.1%; severe asthma 7.4%; severe acute asthma attack 5.6%. The prevalence of current eczema was 17.8%; eczema in folds 16.8%; severe eczema 2.7%. Regardless of being asthmatic or not, 487/878 (55.5%) were atopic; 84.4% of these were polysensitized. Most of the children (70.2%) who had current asthma were atopic and only 9% were monosensitized. Similarly, most of the children (83.1%) with active asthma were also atopic (OR = 3.155; CI 95% = 4.40-7,60). Moreover, the atopic asthmatic children presented more severe asthma compared to the non-atopic ones (OR = 2.39; CI 95% = 2.602-7.603). The factors significantley associated to current asthma were: history of maternal asthma (OR = 1.75, IC 95%=1.05-2.87), current rhinitis (OR = 2.07; IC 95%=1.42-3.0), bedroom sharing during the first year of life (OR = 2.03; IC95%=1.36-3.04), atopy (OR = 1.82; IC 95%=1.26-2.50), indoor contact with cats during the first year of life (OR = 1.73; IC 95%=1.07-2.78), paracetamol use >12× per year over the last twelve months (OR = 1.68; IC 95%=1.20-2.31), antibiotic use ≤6 months of age (OR= 1.57; IC 95%=1.13-2.17), history of bronchiolitis in the first 2 years of life (OR = 3.11; IC 95%=2.23-4.33) and premature birth (OR = 1.60; IC 95%=1.02-2.50). Regarding rhinoconjunctivitis, the risk factors were: history of paternal eczema (OR = 3.35; IC 95%=1.05-10.70), paternal rhinitis (OR = 1.73; IC 95%=1.06-2.82), house with mold (OR = 2.09; IC 95%=1.16-3.75), having lived in a humid house during the first year of life (OR = 2.05; IC 95%=1.21-3.48), having current eczema (OR = 1.97; IC 95%=1.16-3.36), allergic sensitivity to Lolium perenne (OR = 14.0; IC 95%=7.75-25.40), sensitivity to house dust mites (OR = 2.82; IC 95%=1.77-4.52), history of bronchiolitis in the first two years old (OR = 1.78; IC 95%=1.78; IC 95%=1.10-2.90). Sharing a bedroom was a protective factor to rhinoconjunctivitis (OR = 0,50; IC 95%=0.32-0.79). A total of 84.0% of the mothers answered the questionnaires, 42% of which had a low education level (≤eight years of school completed). About 25% of families had a monthly income of ≤1 national minimum wage (NMW) at the time, while 5.0%, had an income of ≥10 NMW. One third of these children were exposed to smoking mothers. Approximately 15% of the mothers affirmed to have smoked during pregnancy, and 18% during the child‟s first year. A total of 48.0% born from C-sections; 15.0% were premature, and 20.0% of the sample had low weight (<2,500 g) upon birth, where 2% weighed <1,500 g. One third was breastfed for less than six months. A total of 30% the individual had contact with dogs inside the house during the first year of life, and only 12% had contact with indoor cat over the same period. Only 7.5% had contact with farm animals during the first year of life. Conclusions: the prevalence of asthma and rhinoconjunctivitis in Passo Fundo is above the world average measured by the ISAAC phase II, and above the national average measured by the ISAAC phase III, Brazil. There is an important association between current asthma with history of maternal asthma and personal atopic background (current rhinitis and atopy). A history of bronchiolitis during the first two years of life was a strong risk factor to current asthma at ten years old. Unlike some proposals of the hygiene hypothesis, the contact with animals (cat) inside the house and sharing a bedroom during the first year of life were risk factors for current asthma, and not protective factors. Concerning rhinoconjunctivitis, there was also a strong genetic component (family) as a risk factor, as well as an environmental component (humid house with mold). Sensitivity to Lolium perenne polen represented a strong risk factor to rhinoconjunctivitis. On the other hand, sharing a bedroom represented a protective factor to rhinoconjunctivitis at eight to twelve years old.
|
60 |
Simetria cervical e suas relações com lado de preferência mastigatório em crianças com respiração oral secundária à rinite alérgicaBEZERRA, Luciana Ângelo 18 February 2014 (has links)
Allergic rhinitis is characterized by nasal mucosa inflammation mediated by Eimmunoglobulin
and presents as main symptoms and signs: nasal itching , sneezing,
rhinorrhea aqueous, nasal obstruction and, in some cases, mouth breathing. Mouth breathing
usually leads to craniofacial (changing stomatognathic system functions, whose main one is
mastication), musculoskeletal and body axis (forward head) changes. This study objective was
to verify the relationship between cervical symmetry with masticatory preference side in
children with mouth breathing secondary to allergic rhinitis. It’s a transversal study, controlcase
type, with two children groups from 4 to 12 incomplete years old, with mouth breathing
secondary to allergic rhinitis (GRA) and another group without mouth breathing neither
allergic rhinitis (CG). The children and their parents answered a questionnaire (personal data,
sociodemographic, child sleep quality, assessment of mouth breathing and ISAAC -
International Study of Asthma and Allergies in Childhood). The physical assessment were
comprised by neck region goniometry, facial pachymetry, dental arch (complete or
incomplete). Subsequently, the child remained in standing posture, being points marked on
her body and recorded three photographs in each view (anterior, right and left profile, and
posterior). Then, it was performed mastication assessment in which the child was comfortably
seated, and was instructed to eat a 25g french bread, in front of the same film machine and the
time was recorded. For posture, the photographs were evaluated by SAPO® software and were
characterized in forward, posteriorized or normal head position (right profile); and, in normal,
right or left tilted (anterior view). The masticatory function was assessed by film observing,
with the masticatory cycles counting and being categorized into normal mastication,
preferably mastication to the right or left side, simultaneous bilateral mastication, unilateral
right or left exclusively. It was analyzed 94 children in GRA and 45 in GC, these 6 children
from GRA were excluded two for refusing to eat the bread, two for not being able to eat the
bread and two for not presenting enough scored to be classified as an individual with oral
breathing. It was observed a greater likelihood of children with allergic rhinitis experiencing
snoring (OR 2.21, IC 95% 1.06 – 4.59) and night hypersialorry (OR 3.33, IC 95% 1.56 –
7.09). It was observed that 73/88 (82.95%) children of GRA and 38/45 (84.44%) of GC had
forward head; 41/88 (46.60%) of the GRA and 31/45 (68.89%) of the GC had left head tilt.
Regarding to mastication we found a higher percentage of normal masticatory type, in both
groups, but it was observed high speed masticatory, high amount of chewing cycles. When
was associate masticatory function to postural changes at GRA we found 25/88 (28.40%) of
GRA children with forward head and mastication changes and 15/88 (17.04%) with left tilt
head with mastication changes, but did not observe any statistically significant difference
(p=0.19 and p=0.35 respectively). But it was seen clinically important changes that affect the
children functional performance. It is recommend future studies with larger sample because
there are small subgroups formation from the masticatory and postural assessment. / Submitted by Ramon Santana (ramon.souza@ufpe.br) on 2015-03-10T18:21:44Z
No. of bitstreams: 2
DISSERTAÇÃO Luciana ângelo Bezerra.pdf: 8360774 bytes, checksum: 62bc0580c4016d543e5c69237b24bfcf (MD5)
license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-10T18:21:44Z (GMT). No. of bitstreams: 2
DISSERTAÇÃO Luciana ângelo Bezerra.pdf: 8360774 bytes, checksum: 62bc0580c4016d543e5c69237b24bfcf (MD5)
license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5)
Previous issue date: 2014-02-18 / CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) / A rinite alérgica caracteriza-se por inflamação na mucosa nasal mediada pela imunoglobulina-
E e apresenta como principais sinais e sintomas: prurido nasal, espirros, rinorréia aquosa,
obstrução nasal e, em alguns casos, respiração oral. A respiração oral geralmente leva à
modificações craniofaciais (alterando funções do sistema estomatognático, cuja principal é a
mastigação), músculo-esqueléticas, alteração no eixo corporal (anteriorização de cabeça). O
objetivo deste estudo foi verificar a associação da simetria cervical com o lado de preferência
mastigatório em crianças com respiração oral secundária à rinite alérgica. Trata-se de um
estudo de caráter transversal, do tipo caso-controle, constituído por dois grupos, de 4 a 12
anos incompletos, um com respiração oral secundária à rinite alérgica (GRA), e o outro sem
respiração oral e rinite alérgica (GC). As crianças e seus responsáveis responderam a um
questionário (dados pessoais, sociodemográficos, qualidade de sono da criança, avaliação da
respiração oral e ao ISAAC - International Study of Asthma and Allergies in Childhood). A
avaliação física constou de: goniometria da região cervical, paquimetria facial, arcada dentária
(completa ou incompleta). Posteriormente, a criança permaneceu em postura ortostática, tendo
sido demarcados pontos em seu corpo e registradas três fotografias em cada vista (anterior,
perfil direito e esquerdo, e posterior). Em seguida foi realizada avaliação mastigatória na qual
a criança ficou sentada, confortavelmente, e foi orientada a comer um pão francês de 25g, em
frente à máquina filmadora e o tempo foi cronometrado. Para postura, as imagens foram
analisadas através do software SAPO® e categorizadas em cabeça anteriorizada,
posteriorizada ou normal (perfil direito); e, em normal, inclinada à direita ou à esquerda (vista
anterior). A função mastigatória foi avaliada através da observação da filmagem, com a
contagem dos ciclos mastigatórios categorizando-os em normal, preferência à direita ou à
esquerda, bilateral simultânea, exclusivamente unilateral direita ou esquerda. Foram avaliadas
94 crianças no GRA e 45 no GC, destas foram excluídas 6 crianças do GRA, duas por se
recusar a comer o pão, duas por não poder comer o pão e 2 por não apresentar pontuação
suficiente para ser enquadrada como portadora de respiração oral. Observou-se uma maior
probabilidade de crianças com rinite alérgica apresentarem ronco (OR 2,21; IC 95% 1,06 –
4,59) e hipersialorréia noturna (OR 3,33; IC 95% 1,56 – 7,09). 73/88 (82,95%) crianças do
GRA e 38/45 (84,44%) GC apresentaram cabeça anteriorizada; 41/88 (46,60%) do GRA e
31/45 (68,89%) do GC apresentaram cabeça inclinada à esquerda. Em relação à função
mastigatória encontrou-se um percentual maior de mastigação do tipo normal, em ambos os
grupos, porém evidenciou-se velocidade e quantidade de ciclos mastigatórios elevados. Ao
associar as alterações mastigatória e postural do GRA encontrou-se: 25/88 (28,40%) de
crianças com anteriorização de cabeça e alteração mastigatória e 15/88 (17,04%) com
inclinação lateral de cabeça à esquerda com alteração mastigatória, porém não evidenciou-se
diferença estatisticamente significativa (p=0,19 e p=0,35 respectivamente). Mas, clinicamente
foram observadas alterações importantes que afetam o desempenho funcional da criança.
Sugerimos estudos futuros, com amostra maior, devido a formação de pequenos subgrupos a
partir da avaliação mastigatória e postural.
|
Page generated in 0.0389 seconds