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Ação do veneno de bothrops lanceolatus (fer de lance) na junção neuromuscular e no musculo esqueletico de camundongosAraujo, Lia Lobo de 18 January 2005 (has links)
Orientador: Marcos Dias Fontana / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-05T05:43:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2005 / Resumo: As serpentes venenosas ou peçonhentas vulnerantes (inoculam oveneno na presa) correspondem a 450 espécies das 3000 conhecidas. Os venenos de serpentes do gênero Bothrops induzem efeitos locais intensos tais como dor, edema, hemorragia e necrose. Nesse trabalho investigamos a ação do veneno de Bothrops lanceolatus (espécie encontrada na Ilha da Martinica, América Central) na junção neuromuscular e no músculo esquelético de camundongos, a uma dose pré-estabelecida de 20 Jlg/ml (dose que apresentou efeitos mais constantes e nítidos com o mesmo padrão de resposta, depois de testarmos doses de 15 á 60 Jlg/ml) . Nas preparações nervo ftênico-diaftagma de camundongos, com estimulação elétrica indireta, o veneno de Bothrops lanceolatus induziu aumento inicial das contrações musculares e o aparecimento de contrações espontâneas (efeitos pré-sinápticos) seguido por bloqueio neuromuscular de 70 % em 182,6 :t 15,7 min (n=4). A Neostigmina (Neo, 5,8JlM) e a 4- aminopiridina (4AP, 53 JlM) antagonizaram o bloqueio produzido pelo veneno, nessa preparação, sendo que com a Neo o antagonismo foi parcial (64,4% :t 9,2) (n=5) e com a 4AP o antagonismo foi total (n=5). Utilizando-se a estimulação elétrica direta, o veneno na dose estudada não alterou a amplitude da resposta contrátil (n=4), confirmando que sua ação provavelmente se dá na junção neuromuscular e não nas fibras musculares da preparação. Nas preparações diafragma cronicamente desnervado de camundongos (n=4), a contratura induzida pela adição de acetilcolina (Ach, 36 JlM) foi inibida pelo veneno, sugerindo uma ação nos receptores colinérgicos nicotínicos pós-sinápticos . o estudo dos Potenciais Bioelétricos nas preparações nervo frênicodiafragma de camundongos, revelou ausência de alterações no estudo do potencial de membrana (n=4), portanto na dose estudada o veneno não possui ação despolarizante sobre a fibra muscular do diafragma de camundongo. Quanto ao estudo do potencial de placa terminal em miniatura (pptm), observou-se um progressivo decréscimo na amplitude e na freqüência dos potenciais até seu total desaparecimento. Esse bloqueio é totalmente revertido tanto pela neostigmina (5,8flM) (em 11,6 :!:3,6 min) (n=4) como pela 4-aminopiridina (53flM) (em 5,6 :!:0,6 min) (n=4) . Isso vem confirmar, mais uma vez, que a ação do veneno tem grande probabilidade de ocorrer na região pós-sináptica, nos receptores colinérgicos nicotínicos. Foram realizados também, experimentos com a preparação biventer cérvicis de pintainho (n=8), para comparar os resultados com aqueles obtidos com a preparação diafragma cronicamente desnervado de camundongo (que desenvolve a neoformação de receptores ao longo de toda fibra muscular, semelhante ás fibras das aves). A contratura induzida de acetilcolina (36 flM) também foi inibida pelo veneno, confirmando os resultados obtidos nas preparações diafragma cronicamente desnervado, e sugerindo novamente que o veneno tenha uma ação nos receptores colinérgicos nicotínicos pós-sinápticos . Com esse trabalho concluímos que o veneno de Bothrops lanceolatus (20flglmI) provoca um bloqueio neuromuscular que é revertido parcialmente pela neostigmina e totalmente pela 4-aminopiridina e que não possui ação despolarizante nas fibras musculares. Embora esse veneno tenha apresentado tanto efeitos pré como pós-sinápticos, nos experimentos "in vitro", com a dose estudada, os efeitos pós-sinápticos são mais evidentes / Abstract: Various Bothrops snake venoms cause neuromuscular blockade in avian and mammalian nerve-musc1e preparations in vitro. In this work, we examined the neuromuscular action of Bothrops lanceolatus venom in mouse phrenic nerve-diaphragm musc1epreparation. In indirectly stimulated mouse phrenic nerve diaphragm muscle preparations, B. lanceolatus venom (20 J!glmI) caused an initial facilitation of the musc1e contractions and induced spontaneous contractions followed by progressive neuromuscular blockade (70% in 182,6 :t 15,7 min , n=4) . Neostigmine (5,8 JiM) partially reversed this blockade (64.4% :t 9,2 , (n=5), whereas 4-aminopyridine (53 pM) totally reversed the blockade (n=5). In contrast, the twitch-tension responses in directly stimulated preparations were unaltered by the venom (20 J!glml) after 30min. In chronically denervated diaphragms, the contractile responses to acetylcholine (361JM) were inhibited by the venom (n=4) in 20/40min. Similar results was obtained using chick biventer cervicis preparations (n=4) in 20/60 mino Bothrops lanceolatus venom (20 J!glml) did cause membrane depolarization or alter the membrane resting potential in mouse hemi diaphragm preparations (n=4). However, the venom (20J!glmI) caused a progressive decrease in the amplitude and &equency of the miniature endplate potentials that eventually resulted in total blockade. This blockade was totally reversed by neostigmine 5,81JM(in 11,6 :t 3,6 min, n = 4) and 4-aminopyridine 53IJM(in 5,6 :t 0,6 min, n = 4). These results indicate that B. lanceolatus venom has pre and post-synaptic actions / Mestrado / Mestre em Farmacologia
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Caracterização bioquimica e farmacologica da secreção da glandula de Duvernoy da colubridea aglifa Dryadophis bifossatus (Jararacussu-do-bejo)Heleno, Mauricio Aurelio Gomes, 1962- 02 December 1997 (has links)
Orientadores: Marcos Dias Fontana, Stephen Hyslo / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-07-23T08:18:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1997 / Resumo: Esta tese descreve as atividades bioquímicas, biológicas e farmacológicas do extrato aquoso da glândula de Duvernoy ( GD.) da colubrídea áglifa Dryadophis bifossatus bifossatus (Jararacussú- do-brejo). As glândulas foram obtidas de espécimes adultos de ambos os sexos (sacrificados com pentobarbital sódico, Nembutal®, > 30 mg/kg) e homogenizadas em solução tampão de carbonato de amónio (0,1 M; pH 8,0) mantidas em gelo até a centrifugação (4.000 rpm, 30 min, 4°C) e liofilização do sobrenadante. O extrato da G.D. preparado como descrito acima contém cerca de 82% de proteínas e não possui atividade hialuronidásica, fosfolipásica A2 ou pró- coagulante, mas potencializou o tempo de recalcificação do plasma e demonstrou níveis moderados de atividade fosfodiesterásica (2,12 ± 0,09 u/mg) e proteásíca (4,45 ± 0,1 u/mg) (n=3 para cada ensaio). O extrato (200jig/poço) não aglutinou os eritrócitos humanos tripsinizados e fixados em formaldeído nem causou hemorragia intradérmica em ratos (500|ig/sítio, n=3). Fracionamento do extrato da G.D.(20mg) por gel filtração em Sephacryl S-200 HR (coluna de 1,1 cm x 50 cm) em carbonato de amónio (0,1 M; pH 8,0) e eletroforese em SDS-PAGE revelou a presença de proteínas na faixa de massa molecular de 14 - 60 KDa. O extrato da G.D. inibiu fortemente a transmissão neuromuscular em preparações de aves , mas não de mamíferos. Este bloqueio dose-dependente e irreversível envolveu os receptores pós-sinápticos nicotínicos. Gel filtração em Sephacryl S-200 HR seguida por troca iônica em coluna Resource S (Pharmacia), revelou uma proteína com massa molecular de 14-18 KDa responsável pela atividade neurotóxica do extrato da G.D. sem, contudo, apresentar efeito direto sobre a fibra muscular na preparação biventer cervicis / Abstract: This thesis describes the biochemical, biological and pharmacological activities of an aqueous extract of the Duvernoy's gland (DG) of the aglyphous colubrid Dryadophis bifossatus bifossatus (jararacussu-do-brejo). The glands were removed from adult specimens of both sexes (sacrificed with sodium pentobarbital, Nembutal®, >30 mg/kg) and then homogenized in ammonium carbonate buffer (0.1 M, pH 8.0) on ice prior to centrifugation (4000 rpm, 30 min, 4°C) and lyophilization of the resulting supernatant. DG extract prepared as above contained 82% protein and possessed no hyaluronidase, phospholipase A or pro-coagulant activities but potentiated the plasma recalcifi cation time and showed moderate levels of phosphodiesterase (2.12 ± 0,09 u/mg) and protease (4.45 ± 0.1 u/mg) (n=3 for each assay). The extract (200 mg/well) did not agglutinate human trypsinized, formaldehyde-fixed erythrocytes nor did it cause intradermal hemorrhage in rats (500 mg/site, n=3). Fractionation of the DG extract (20 mg) by gel filtration on Sephacryl S-200 HR (1.1 cm x 50 cm column) in 0.1 M ammonium carbonate buffer (pH 8.0) and electrophoresis in SDS-containing polyacrylamide gels revealed the presence of proteins ranging in molecular mass from 14 kDa-60 kDa. The DG extract potently inhibited neuromuscular transmission in avian, but not mammalian, nerve muscle preparations. This blockade, which was dose- and time-dependent as well as irreversible, involved post-synaptic nicotinic receptors. Sequential gel filtration on Sephacryl S-200 HR followed by ion exchange on a Resource S column (Pharmacia), yielded a protein with a molecular mass of 14-18 kDa that accounted for nearly all of the neurotoxic activity of the DG extract. The extract had no direct effect on biventer cervicis muscle / Mestrado / Farmacologia / Mestre em Ciências Médicas
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Caracterização bioquimica e biologica de duas isoformas de BthTX-II:Bj-IV e Bj-V (PLA2) isoladas do veneno de Bothrops jaracussuBonfim, Vera Lucia 03 January 2004 (has links)
Orientador: Sergio Marangoni / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-04T00:13:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2004 / Resumo: Bothrops jararacussu é uma espécie de grande importância epidemiológica no estado do Rio de Janeiro. No entanto a sua distribuição é ampla, pois pode ser encontrada
nos estados de Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Sul da Bahia e também na Argentina, Paraguai e Bolívia. De um modo geral, os venenos botrópicos das espécies brasileiras foram pouco estudados tanto em relação aos seus componentes isolados como quanto ao veneno total, devido 'a falta de otimização das técnicas de purificação capazes de revelar a presença de novos componentes ou de suas isoformas. Desta forma justifica-se o interesse no isolamento e caracterização de duas novas isoformas de BthTX-II PLA2 (D49), lembrando que esta última citada é uma fração importante no veneno de Bothrops jararacussu. As isoformas foram isoladas em uma coluna de troca iônica catiônica (Protein Pack SP 5PW Waters) acoplada a um sistema LC 650 (Waters), sendo caracterizadas como isoformas de BthTX-II e denominadas como Bj-IV e Bj-V. O alto grau de pureza foi revelado ao serem re-purificadas em uma coluna de hidrofobicidade µ-Bondapack C18 acoplada a um sistema de HPLC de fase reversa, sendo eluídas em tempos de retenção muito próximos (Bj-IV 31,25 ± 0,31 minuto e para Bj-V 31,31 ± 0,28 minuto). A caracterização físico-química revelou o fato de serem isoformas, pois apresentaram vários
fatores similares como, a tendência para a formação de dímeros na eletroforese com ausência de redutores, sendo que o valor de massa molecular relativa encontrada para
isoformas foi de ~14 kDa, através da eletroforese em SDS-PAGE Tricina (16,5%) também, a basicidade semelhante e o alto grau de hidrofobicidade, confirmados pela composição
de aminoácidos. A caracterização cinética das isoformas de BthTX-II PLA2 (D49) mostrou que tais isoformas são altamente estáveis e apresentam um pH ótimo ao redor de 8,0 e
temperatura próxima a 37ºC. Frente a diferentes concentrações de substrato as isoformas mostraram um comportamento tipo alostérico, em nossas condições experimentais. Na
ausência de Ca+2 (1Mm) e na presença de alguns íons divalentes tais como Mn+2, Mg+2, Zn+2, Cu+2 (na concentração de 10 mM) as isoformas Bj-IV e V foram inibidas, já na
presença de Ca+2 (1mM) e com os mesmos íons divalentes citados elas mostraram uma discreta atividade. Também foi demonstrado o efeito inibitório de crotapotinas crotálicas
sobre a atividade PLA2 das isoformas, fato que sugere a possível presença de crotapotinas ¿like¿ no veneno botrópico. A análise da composição de aminoácidos confirmou o comportamento estável de sua atividade cinética, ao mostrar um alto conteúdo de aminoácidos hidrofóbicos, assim como a presença de 14 cisteínas envolvidas em possíveis sete pontes dissulfeto. A presença de um alto conteúdo de aminoácidos básicos como Lys, His e Arg, também confirmaram o caráter básico das isoformas, característica própria do veneno deste tipo de víperide sul americano. O estudo de homologia seqüencial da região N-terminal entre ambas isoformas e também com outras PLA2 (D49) revelou um alto grau de homologia, no entanto, foram encontradas algumas substituições que não contribuíram com diferenças significativas, tanto com relação à atividade catalítica quanto neurotóxica.
O efeito neurotóxico das isoformas de BthTX-II PLA2 (D49) Bj-IV e V, foi avaliado usando-se duas preparações farmacológicas: nervo frênico-diafragma isolado de camundongo e biventer cervicis de pintainho. Foram encontradas diferenças em ambas preparações, pois o efeito de bloqueio da resposta contrátil evidenciou-se de maneira significativa na preparação nervo frênico-diafragma isolado de camundongo, nas concentrações empregadas (50 e 100 µg/mL), enquanto que na preparação biventer não houve efeito notório. No entanto, para a dosagem de 100 µg/mL, no caso do veneno total na preparação biventer cervicis de pintainho evidenciou-se um efeito miotóxico indireto pois, foi observada uma diminuição nas respostas contraturante dadas pela diminuição das curvas de KCl e Acetilcolina (ACh). A importância do isolamento das isoformas de BthTX-II, Bj-IV e V, está apoiada no fato de ter sido possível a obtenção destas duas novas isoformas, usando-se métodos que garantiram a manutenção da sua atividade biológica, sendo assim possível correlacionar a estrutura e a função desta família de proteínas / Abstract: Bothrops jararacussu is a species of great importance in the state of Rio de Janeiro, but its has a wide distribution: from Argentina, state of Santa Catarina, Paraná, Mato
Grosso, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, south of Bahia, Paraguay and Bolivia. In a general the venom botropics of the Brazilian species, were probably rarely studied in relation to their isolated components as the total venom, due to a lack in the optimization of technologies to isolate the presence of new components or isoforms. In this way it justified to isolate and to characterize two new isoforms of these of BthTX-II PLA2 (D49) is a important fraction in the venom of Bothrops jararacussu, which were isolated through a column of exchange cationic (Protein Pack SP 5 PW Waters) coupled to a system LC 650 (Waters), being characterized as isoforms of BthTX-II and denominated Bj- IV and Bj-V. The high degree of purity was revealed and was eliminated in very close times of retention (Bj-IV 31.25 ± 0.31 minutes and Bj-V 31.31 ± 0.28). The physical-chemistry characterization revealed the reason of being isoforms, because they present several similar factors, such as the tendency of forming aggregates through the electrophoreses PAGE in the absence of SDS, as well as the mass is around 14 kDa characterized in the electrophoreses SDS-PAGE Tricina (16%). The kinetic characterization of the isoforms of BthTX-II PLA2 (D49) showed that
isoforms are higly stable and they present good pH around 8,0 and a good temperature around 37 0C. Different concentration substrates showed a behavior type allosteric under
our experimental conditions. In the presence of some ions such divalents as Mn+2, Mg+2, Zn+2, Cu+2 (in the concentration of 10 Mm) and in the absence of Ca+2 the isoforms Bj-IV
and Bj-V, were inhibited. But in the presence of Ca+2 (1mM) the isoforms showed a discreet activity. The effect of the inhibition of crotapotins crotalics were also demonstrated
in the activity PLA2, it is suggested that there is probably a presence crotapotin in these PLA2. The analysis composition of amino acids confirmed the stable behavior of its
enzymatic kinetics when showing a high content of amino acids hidrophobics, as well as the presence of 14 cysteine involved in 14 bridges disulfide. The presence of a high
content of basic amino acids as Lys, His and Arg confirmed the basic character of the isoforms. The study of the N-terminal region of both isoforms in relation to other PLA2
reveals a high homology degree, nevertheless some substitutions observed didn't show significant differences in the catalytic and neurotoxic activity. The neurotoxic effect of the isoforms of BthTX-II PLA2 (D49): Bj-IV and Bj-V were evaluated using two pharmacological preparations: nerve isolated frenic-diaphragm a mouse and a chick biventer cervicis muscle. There were differences in both preparations, because the blockade effect of the concentration was more significant in the preparation of the mouse. It observed in the 100 ug/ml dose to total venom a indirect effect miotoxic in the preparation chick biventer cervicis. The importance of the isolation of the isoforms of BthTX-II Bj-IV and Bj-V are not restricted to the fact of having used optimized methodologies that guaranteed the biological function of these, being able to correlate the structure and function in this proteins family of great importance in the study of venom of snakes / Mestrado / Bioquimica / Mestre em Biologia Funcional e Molecular
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Estudo dos efeitos locais induzidos pelo veneno de Bothrops neuwiedi pauloensis (jararaca pintada): neutralização de efeitos pelo soro antibotropico comercialMoreno, Ronilson Agnaldo 15 May 1991 (has links)
Orientador : Julia Prado Franceschi / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-13T23:59:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1991 / Resumo: Não informado / Abstract: Not informed. / Mestrado / Fisiologia / Mestre em Biologia Funcional e Molecular
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Efeitos induzidos pela bothropstoxina, um componente do veneno de Bothrops jararacussu, sobre a junção neuromuscularHeluany Sobrinho, Nadim Farah, 1941- 16 July 2018 (has links)
Orientador: Lea Rodrigues Simioni / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba / Made available in DSpace on 2018-07-16T01:43:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1992 / Resumo: A peçonha de B. jararacussu tem sido objeto de estudo desde o início do século. Recentemente foi realizado um estudo sistemático do veneno total e de suas frações. Neste estudo foi identificado, através de cromatografia por gel filtração, o pico de maior massa (o pool IV ou SIII) como o responsável pela atividade do veneno bruto na junção neuromuscular. O presente trabalho refere-se aos efeitos da fração purificada, oriunda da recromatografia do pico principal SIII, isenta de atividades fosfolipásica e hemolítica, sobre a junção neuromuscular. A fração purificada foi chamada de Bothropstoxina (BthTX). Exibe um peso molecular de 13.000. A BthTX foi estudada em duas preparações distintas: De camundongo (frênico diafragma) e de pintainho (biventer cervicis) / Abstract: The effects of Bothropstoxin, a component from Bothrops Jaracussu snake venom on the mouse and chick muscle preparations. Bothropstoxin on the mouse preparations inhibited muscle twitch tension, evoked either directly or indirectly through the motor herve and abolished the compound action potential of the muscle with a similar time course of aetion. The toxin evoked membrane depolarization and that effeet was inhibited in the presence of 10mM Ca2+. On chick muscle, the toxin induced a contracture that reached the maximum amplitude in 44.8 '+ OR -' 15.6 min (n = 6) and was not blocked by d-Tc nor TTX. The time course of the maximum amplitude was shorted in Krebs solutions Ca2+ free (5.5 '+ OR -'1.0 min, n = 4). The contraeture indueed by toxin was completely inhibited in Krebs Ca2+ free plus 1mM EGTA. As it lacks PLA2, protease and hemolytie aetivity, it may belong to the elass of cardiotoxins / Mestrado / Mestre em Odontologia
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Revisão taxonômica da tribo Dipsadini (Serpentes: Dipsadidae, Dipsadinae) / Taxonomic revision of the tribe Dipsadini (Serpentes: Dipsadidae, Dipsadinae)Martínez, Paola María Sánchez 02 September 2016 (has links)
A tribo Dipsadini é constituída pelos gêneros Dipsas, Plesiodipsas, Sibon, Sibynomorphus e Tropidodipsas, com 71 espécies válidas que se distribuem desde o México até o norte da Argentina. Os gêneros desta tribo de serpentes Neotropicais apresentam uma extensa variação nos padrões de coloração e na folidose, caracteres que são a base da sistemática deste grupo. Embora tenham sido publicados estudos taxonômicos recentes sobre algumas espécies e grupos de espécies dentro dos gêneros, a taxonomia desses tem se mostrado instável devido ao amplo uso de caracteres morfológicos que apresentam diversas formas intermediárias entre os padrões definidos e, que por sua vez, não são claros. Nesta revisão foram examinados cerca de 1600 exemplares, abrangendo a maioria das espécies da tribo e da sua distribução geográfica. A taxonomia de cinquenta dessas espécies foi avaliada, usando o padrão de coloração, morfologia hemipeniana e caracteres merísticos e morfométricos. As listas sinonímicas de todas as espécies da tribo foram elaboradas, clarificando o status taxonômico atual de cada uma, o que permitiu uma melhor definição taxonômica da tribo. Através desta análise foram reconhecidas 66 espécies válidas, um lectótipo foi designado, seis novas sinonímias foram propostas, cinco espécies foram revalidadas, e quatro espécies foram excluídas da tribo, justificando portanto a necessidade da descrição de dois genêros novos para posicioná-las. De igual forma a descrição de um gênero novo é recomendada para posicionar as espécies de Sibynomorphus de distribuição andina. Já que o status formal de várias das espécies da tribo não é claro, devido ao tratamento indistinto como espécies válidas ou sinônimos, e independentemente dos estudos taxonômicos publicados ao seu respeito, o esclarecimento formal da condição taxonômica dessas espécies é necessário em prol da estabilidade nomenclatural das mesmas / The tribe Dipsadini, a group of neotropical snail-eating snakes, includes 71 recognized species, belonging to the genera Dipsas, Plesiodipsas, Sibon, Sibynomorphus and Tropidodipsas, distributed from Mexico to northern Argentina. The genera of this tribe feature an extensive variation of color patterns and scale counts; characters that are the basis of this systematic group. Although taxonomic studies of some species and groups of species within the tribe have been published recently the taxonomy presented has been unstable. This is due to the use of morphological characters that have several intermediate forms between the described species that in turn are not clear. This review included a sample of about 1600 specimens covering the most of the species of the tribe and its geographical distribution. The taxonomic analysis of fifty of these species was carried out using color pattern, hemipenial morphology together with meristic and morphometric characters. The list of synonyms of all species of the tribe was checked to clarify the current taxonomic status of each, which allowed for an improved taxonomic definition of the tribe. In this taxonomic revision 66 valid species were recognized, a lectotype was designated, six species were synonymized, five species have been revalidated, and four species were excluded from the tribe, justifying the need for the two new genus descriptions to place them. Likewise, the description of a new genus is recommended to place the species of Sibynomorphus with Andean distribution. The formal status of several species of the tribe is not clear and these have been treated indistinctly as valid species or synonyms, by different authors. Therefore, the formal clarification of the taxonomic status of these species is necessary prior to any changes being made, in the interests of nomenclatural stability
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Revisão taxonômica e variação geográfica do gênero Erythrolamprus Boie, 1826 (Serpentes, Xenodontinae) / Taxonomic revision and geographic variation of the genus Erythrolamprus Boie, 1826 (Serpentes, Xenodontinae)Curcio, Felipe Franco 17 October 2008 (has links)
O gênero Erythrolamprus (Serpentes, Xenodontinae), amplamente distribuído nas Américas do Sul e Central, inclui atualmente seis espécies de falsas corais e apresenta taxonomia complexa. Devido aos padrões morfológicos conservativos de folidose, as espécies definem-se principalmente com base em características de coloração, cujo poder diagnóstico jamais foi testado num panorama geográfico adequado com amostragem representativa da variação geral do grupo. Não obstante, a literatura sugere que as variações de coloração das espécies de Erythrolamprus podem estar intimamente associadas a complexos miméticos envolvendo formas peçonhentas simpátricas do gênero Micrurus. O presente estudo traz uma revisão taxonômica das espécies incluídas em Erythrolamprus baseada numa amostra de 1786 espécimes representativa de sua abrangência geográfica. Foram analisados caracteres de morfologia externa (folidose e coloração) e interna (hemipênis e dentição), sendo os caracteres contínuos submetidos a extenso tratamento estatístico. As decisões taxonômicas finais basearam-se em comparações diretas com o material tipo pertinente (sempre que possível) e num levantamento histórico da literatura envolvendo a taxonomia do gênero. Ao todo, são reconhecidas de 12 espécies plenas de Erythrolamprus, três destas sem nomes disponíveis e que devem ser descritas como novas. Adicionalmente, a análise da morfologia das presas pós-diastêmicas sugere uma mudança ontogenética de um estado áglifo (juvenil) para a condição opistóglifa, presente nos adultos da ampla maioria das espécies. A comparação preliminar dos principais padrões de anelação das espécies do gênero com formas simpátricas de Micrurus reforça as indicações da literatura referente a complexos miméticos, apontando para a tendência ao aparcimento de populações com anéis pretos simples (mônades) nas regiões em que são freqüentes espécies de corais verdadeiras com anéis nesta conformação. Finalmente, sugerem-se possíveis padrões de diferenciação geográfica para o grupo, a serem testados futuramente por estudos filogenéticos / The genus Erythrolamprus (Serpentes, Xenodontinae) includes six species presently recognized, widely distributed in South and Central America and showing a complex taxonomic history. Due to general uniformity in overall pholidotic patterns, diagnostic features of such taxa are mostly associated to coloration and have never been tested in a comprehensive approach of the variation and geographic range of the group. Nonetheless, literature suggests that populational variation in color patterns of Erythrolamprus might be strongly associated to simpatry with poisonous coral snake species of the genus Micrurus. This study brings a taxonomic revision of the species included in Erythrolamprus based on a sample of 1786 specimens covering the wide distributional range of the genus. External (scale counts and coloration) and internal (hemipenis and teeth) morphology provided the main sources of characters used herein; the continuous variables were submitted to detailed statistical treatment. The final taxonomic decisions were based in comparison with type material (whenever possible), along with an investigation of the taxonomic history of the group. The results of the present revision support the recognition of 12 full species of Erythrolamprus, three of which still lacking available names. Additionally, the analysis of tooth morphology suggests an ontogenetic change form the aglyphous pattern (juveniles) to the opistoglyphous condition, present in the adults of most species. A preliminary comparison of the color patterns shown by the Erythrolamprus species with the ones of sympatric taxa of Micrurus supports previous indications of the existence of mimicry complexes, pointing out to the tendency of monadal typed populations of Erythrolamprus occurring in areas where similar poisonous coral snakes are apparently common. Finally, general patterns of geographic differentiation are suggested to the group and must be tested in future studies of explicit phylogenetic approach.
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Revisão taxonômica do gênero Mastigodryas Amaral, 1934 (Serpentes: Colubridae) / Taxonomic revision of the genus Mastigodryas Amaral, 1934 (Serpentes: Colubridae)Montingelli, Giovanna Gondim 18 September 2009 (has links)
O gênero Mastigodryas apresenta ampla distribuição geográfica, ocorrendo do sul do México ao norte da Argentina, estando presente também em ilhas continentais (Testigos, Tobago e Margarita) e oceânicas (São Vicente, Granada e Granadina) pertencentes às Antilhas. Atualmente o gênero é composto por doze espécies, sendo três espécies politípicas, que estão organizadas em quatro grupos de espécies, bifossatus, boddaerti, melanolomus e pleei e mais três espécies incertae sedis, como M. cliftoni, M. danieli e M. pulchriceps. Embora este gênero tenha sido extensivamente estudado há algumas décadas atrás, sua composição taxonômica permanece complexa com táxons mal diagnosticados do ponto de vista morfológico e com problemas nomenclaturais. Além disso, nenhuma revisão taxonômica que tenha contemplado toda a diversidade taxonômica ou abrangência geográfica do gênero Mastigodryas foi realizada, o que justifica a permanência da utilização do conceito biológico de espécie e o emprego da categoria sub-específica até os dias de hoje. Somado a isso, controvérsias em relação ao uso de Mastigodryas ou Dryadophis perduraram por mais de uma década na história da herpetologia, sendo sua validade questionada por alguns pesquisadores que os consideravam congenéricos, enquanto outros os consideravam como válidos e distintos. Nesse sentido, uma extensa análise de revisão foi realizada através do exame de cerca de 2000 espécimes de Mastigodryas depositados em 36 coleções científicas. Este estudo, baseado na avaliação da variação dos caracteres qualitativos e quantitativos intra e inter-específicos e no exame dos padrões da variação geográfica, visou a) determinar o status do gênero frente a outros gêneros de colubrídeos e a questão de validade Dryadophis e Mastigodryas, e b) definir a composição taxonômica do gênero, reconhecendo e definindo as espécies válidas, com especial atenção aos táxons específicos e sub-específicos descritos ao longo de sua história. Através desta análise comparativa de variação foi possível diagnosticar Mastigodryas em relação a gêneros como Chironius, Drymoluber, Dendrophidion, Leptodrymus, Masticophis e Salvadora: o gênero é definido por um conjunto exclusivo de características de morfologia externa e interna. Além disso, com base no exame da espécie tipo de Mastigodryas foi possível estabelecer a validade deste nome e sua prioridade em relação a Dryadophis. O exame de material tipo e descrições originais revelou a existência de um total de 39 táxons nominais associados ao gênero. Com base na análise deste material e de extensas séries, foi possível estabelecer que 18 táxons representam nomes válidos e disponíveis e são reconhecidos como espécies plenas: 11 correspondem a espécies correntemente utilizadas, um dos táxons reconhecidos é revalidação de um nome atualmente em sinonímia, e seis táxons correspondem a subespécies elevadas ao nível específico; somente duas espécies são consideradas novas, sem nome disponível na literatura e serão descritas oportunamente. Estas 20 espécies válidas para o gênero Mastigodryas foram distribuídas em cinco grupos de espécie dos quais bifossatus, cliftoni e pulchriceps são monotípicos e boddaerti e pleei politípicos. O grupo boddaerti é dentre todos o mais diverso, reunindo um total de doze espécies, M. alternatus, M. boddaerti, M. danieli, M. dorsalis, M. dunni, M. laevis, M. melanolomus, M. reticulatus, M. ruthveni, M. slevini, M. veraecrucis e Mastigodryas sp. O grupo pleei reúne cinco espécies, M. amarali, M. bruesi, M. heathii, Mastigodryas pleei e Mastigodryas sp. Os demais táxons propostos ao longo da história do gênero, que totalizam 19 formas nominais, são considerados sinônimos. Estes resultados permitem o reconhecimento do gênero e se suas espécies, o que representa um grande avanço em relação ao estado atual. Mais ainda, este conhecimento permite agora o estabelecimento de análises filogenéticas que permitirão a formulação de hipóteses biogeográficas acerca deste gênero, atualmente baseadas em cenários evolutivos. Estes desdobramentos possibilitarão elementos mais robustos à compreensão da acerca da origem, evolução e biogeografia da família Colubridae na região Neotropical. / The genus Mastigodryas is widely distributed throughout the Americas, ranging from Southern Mexico to Northern Argentina, as well in continental (as Testigos, Tobago, and Margarita) and oceanic islands of Antilles (San Vincent, Grenade, and Grenadine). Presently the genus is composed by 12 species (being three polytypic), that are arranged in four species groups, bifossatus, boddaerti, melanolomu and pleei, along with three species incertae sedis, namely M. cliftoni, M. danieli and M. pulchriceps. Although the genus had been revised a few decades ago, the taxonomic composition remains complex with the species group taxa poorly diagnosed and exhibiting nomenclatural issues. Moreover, no taxonomic revisionary effort had privileged all known taxonomic diversity and geographic range currently attributed to the genus. This explains the permanence of the biological species concept in species definition, and the use of the subspecific category until today. Additionally, there are controversial issues on herpetological literature regarding the genus group name that should be used for this taxon, Mastigodryas or Dryadophis. In order to contribute to these issues, a comprehensive revisionary effort was performed, with the study of nearly 2000 specimens of the genus from 36 museums and scientific collections. The present contribution is based on the evaluation of the variation of qualitative and quantitative traits on intra and interspecific level and on extensive analysis of geographic variation, aiming to a) determine the status of genus Mastigodryas in comparison to other Colubrid genera and recognize the valid name for the genus, Dryadophis or Mastigodryas, and b) define the taxonomic composition of the genus, recognizing and defining the valid species, considering all specific and subspecific taxa attributed to the genus. Based on the comparative analysis of morphological traits it was possible to diagnose Mastigodryas from other colubrid genera as Chironius, Drymoluber, Dendrophidion, Leptodrymus, Masticophis and Salvadora: the genus is defined by an exclusive combination of external and internal morphological traits. Moreover, based on the examination of type species of genus Mastigodryas it was possible to determine the validity and priority of this name regarding Dryadophis. The study of type specimens and original descriptions revealed that 39 nominal taxa were currently attributed to genus Mastigodryas. Based on the examination of these specimens as well large series it was possible to establish that 18 nominal taxa are valid and available and are recognized as full species: 11 names are presently in use for species of the genus, one species is a revalidation of a taxon in synonymy, and six species correspond to subspecies erected to species category; only two recognized species present no available names, and will be properly described elsewhere. These 20 species were arranged in 5 species groups, being bifossatus, cliftoni and pulchriceps monotypic and boddaerti and pleei polytypic. The group boddaerti is the most diverse, grouping 12 species, M. alternatus, M. boddaerti, M. danieli, M. dorsalis, M. dunni, M. laevis, M. melanolomus, M. reticulatus, M. ruthveni, M. slevini, M. veraecrucis and M. sp. The group pleei harbors 5 species, M. amarali, M. bruesi, M. heathii, M. pleei and M. sp. The remaining 19 nominal taxa are recognized as synonyms of the above mentioned species. These contributions allow the generic and specific recognition, which represents an improvement regarding the present knowledge of the genus. Moreover, these results paved the way to further research on the evaluation of the phylogenetic relationships of the genus, which will provide important insights on the biogeographic history of Mastigodryas, currently explained by evolutionary scenarios. These hypotheses will contribute to the comprehension of the origin, evolution and biogeography of the Colubrid snakes in Neotropical region.
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Revisão taxonômica do gênero Mastigodryas Amaral, 1934 (Serpentes: Colubridae) / Taxonomic revision of the genus Mastigodryas Amaral, 1934 (Serpentes: Colubridae)Giovanna Gondim Montingelli 18 September 2009 (has links)
O gênero Mastigodryas apresenta ampla distribuição geográfica, ocorrendo do sul do México ao norte da Argentina, estando presente também em ilhas continentais (Testigos, Tobago e Margarita) e oceânicas (São Vicente, Granada e Granadina) pertencentes às Antilhas. Atualmente o gênero é composto por doze espécies, sendo três espécies politípicas, que estão organizadas em quatro grupos de espécies, bifossatus, boddaerti, melanolomus e pleei e mais três espécies incertae sedis, como M. cliftoni, M. danieli e M. pulchriceps. Embora este gênero tenha sido extensivamente estudado há algumas décadas atrás, sua composição taxonômica permanece complexa com táxons mal diagnosticados do ponto de vista morfológico e com problemas nomenclaturais. Além disso, nenhuma revisão taxonômica que tenha contemplado toda a diversidade taxonômica ou abrangência geográfica do gênero Mastigodryas foi realizada, o que justifica a permanência da utilização do conceito biológico de espécie e o emprego da categoria sub-específica até os dias de hoje. Somado a isso, controvérsias em relação ao uso de Mastigodryas ou Dryadophis perduraram por mais de uma década na história da herpetologia, sendo sua validade questionada por alguns pesquisadores que os consideravam congenéricos, enquanto outros os consideravam como válidos e distintos. Nesse sentido, uma extensa análise de revisão foi realizada através do exame de cerca de 2000 espécimes de Mastigodryas depositados em 36 coleções científicas. Este estudo, baseado na avaliação da variação dos caracteres qualitativos e quantitativos intra e inter-específicos e no exame dos padrões da variação geográfica, visou a) determinar o status do gênero frente a outros gêneros de colubrídeos e a questão de validade Dryadophis e Mastigodryas, e b) definir a composição taxonômica do gênero, reconhecendo e definindo as espécies válidas, com especial atenção aos táxons específicos e sub-específicos descritos ao longo de sua história. Através desta análise comparativa de variação foi possível diagnosticar Mastigodryas em relação a gêneros como Chironius, Drymoluber, Dendrophidion, Leptodrymus, Masticophis e Salvadora: o gênero é definido por um conjunto exclusivo de características de morfologia externa e interna. Além disso, com base no exame da espécie tipo de Mastigodryas foi possível estabelecer a validade deste nome e sua prioridade em relação a Dryadophis. O exame de material tipo e descrições originais revelou a existência de um total de 39 táxons nominais associados ao gênero. Com base na análise deste material e de extensas séries, foi possível estabelecer que 18 táxons representam nomes válidos e disponíveis e são reconhecidos como espécies plenas: 11 correspondem a espécies correntemente utilizadas, um dos táxons reconhecidos é revalidação de um nome atualmente em sinonímia, e seis táxons correspondem a subespécies elevadas ao nível específico; somente duas espécies são consideradas novas, sem nome disponível na literatura e serão descritas oportunamente. Estas 20 espécies válidas para o gênero Mastigodryas foram distribuídas em cinco grupos de espécie dos quais bifossatus, cliftoni e pulchriceps são monotípicos e boddaerti e pleei politípicos. O grupo boddaerti é dentre todos o mais diverso, reunindo um total de doze espécies, M. alternatus, M. boddaerti, M. danieli, M. dorsalis, M. dunni, M. laevis, M. melanolomus, M. reticulatus, M. ruthveni, M. slevini, M. veraecrucis e Mastigodryas sp. O grupo pleei reúne cinco espécies, M. amarali, M. bruesi, M. heathii, Mastigodryas pleei e Mastigodryas sp. Os demais táxons propostos ao longo da história do gênero, que totalizam 19 formas nominais, são considerados sinônimos. Estes resultados permitem o reconhecimento do gênero e se suas espécies, o que representa um grande avanço em relação ao estado atual. Mais ainda, este conhecimento permite agora o estabelecimento de análises filogenéticas que permitirão a formulação de hipóteses biogeográficas acerca deste gênero, atualmente baseadas em cenários evolutivos. Estes desdobramentos possibilitarão elementos mais robustos à compreensão da acerca da origem, evolução e biogeografia da família Colubridae na região Neotropical. / The genus Mastigodryas is widely distributed throughout the Americas, ranging from Southern Mexico to Northern Argentina, as well in continental (as Testigos, Tobago, and Margarita) and oceanic islands of Antilles (San Vincent, Grenade, and Grenadine). Presently the genus is composed by 12 species (being three polytypic), that are arranged in four species groups, bifossatus, boddaerti, melanolomu and pleei, along with three species incertae sedis, namely M. cliftoni, M. danieli and M. pulchriceps. Although the genus had been revised a few decades ago, the taxonomic composition remains complex with the species group taxa poorly diagnosed and exhibiting nomenclatural issues. Moreover, no taxonomic revisionary effort had privileged all known taxonomic diversity and geographic range currently attributed to the genus. This explains the permanence of the biological species concept in species definition, and the use of the subspecific category until today. Additionally, there are controversial issues on herpetological literature regarding the genus group name that should be used for this taxon, Mastigodryas or Dryadophis. In order to contribute to these issues, a comprehensive revisionary effort was performed, with the study of nearly 2000 specimens of the genus from 36 museums and scientific collections. The present contribution is based on the evaluation of the variation of qualitative and quantitative traits on intra and interspecific level and on extensive analysis of geographic variation, aiming to a) determine the status of genus Mastigodryas in comparison to other Colubrid genera and recognize the valid name for the genus, Dryadophis or Mastigodryas, and b) define the taxonomic composition of the genus, recognizing and defining the valid species, considering all specific and subspecific taxa attributed to the genus. Based on the comparative analysis of morphological traits it was possible to diagnose Mastigodryas from other colubrid genera as Chironius, Drymoluber, Dendrophidion, Leptodrymus, Masticophis and Salvadora: the genus is defined by an exclusive combination of external and internal morphological traits. Moreover, based on the examination of type species of genus Mastigodryas it was possible to determine the validity and priority of this name regarding Dryadophis. The study of type specimens and original descriptions revealed that 39 nominal taxa were currently attributed to genus Mastigodryas. Based on the examination of these specimens as well large series it was possible to establish that 18 nominal taxa are valid and available and are recognized as full species: 11 names are presently in use for species of the genus, one species is a revalidation of a taxon in synonymy, and six species correspond to subspecies erected to species category; only two recognized species present no available names, and will be properly described elsewhere. These 20 species were arranged in 5 species groups, being bifossatus, cliftoni and pulchriceps monotypic and boddaerti and pleei polytypic. The group boddaerti is the most diverse, grouping 12 species, M. alternatus, M. boddaerti, M. danieli, M. dorsalis, M. dunni, M. laevis, M. melanolomus, M. reticulatus, M. ruthveni, M. slevini, M. veraecrucis and M. sp. The group pleei harbors 5 species, M. amarali, M. bruesi, M. heathii, M. pleei and M. sp. The remaining 19 nominal taxa are recognized as synonyms of the above mentioned species. These contributions allow the generic and specific recognition, which represents an improvement regarding the present knowledge of the genus. Moreover, these results paved the way to further research on the evaluation of the phylogenetic relationships of the genus, which will provide important insights on the biogeographic history of Mastigodryas, currently explained by evolutionary scenarios. These hypotheses will contribute to the comprehension of the origin, evolution and biogeography of the Colubrid snakes in Neotropical region.
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Revisão taxonômica e variação geográfica do gênero Erythrolamprus Boie, 1826 (Serpentes, Xenodontinae) / Taxonomic revision and geographic variation of the genus Erythrolamprus Boie, 1826 (Serpentes, Xenodontinae)Felipe Franco Curcio 17 October 2008 (has links)
O gênero Erythrolamprus (Serpentes, Xenodontinae), amplamente distribuído nas Américas do Sul e Central, inclui atualmente seis espécies de falsas corais e apresenta taxonomia complexa. Devido aos padrões morfológicos conservativos de folidose, as espécies definem-se principalmente com base em características de coloração, cujo poder diagnóstico jamais foi testado num panorama geográfico adequado com amostragem representativa da variação geral do grupo. Não obstante, a literatura sugere que as variações de coloração das espécies de Erythrolamprus podem estar intimamente associadas a complexos miméticos envolvendo formas peçonhentas simpátricas do gênero Micrurus. O presente estudo traz uma revisão taxonômica das espécies incluídas em Erythrolamprus baseada numa amostra de 1786 espécimes representativa de sua abrangência geográfica. Foram analisados caracteres de morfologia externa (folidose e coloração) e interna (hemipênis e dentição), sendo os caracteres contínuos submetidos a extenso tratamento estatístico. As decisões taxonômicas finais basearam-se em comparações diretas com o material tipo pertinente (sempre que possível) e num levantamento histórico da literatura envolvendo a taxonomia do gênero. Ao todo, são reconhecidas de 12 espécies plenas de Erythrolamprus, três destas sem nomes disponíveis e que devem ser descritas como novas. Adicionalmente, a análise da morfologia das presas pós-diastêmicas sugere uma mudança ontogenética de um estado áglifo (juvenil) para a condição opistóglifa, presente nos adultos da ampla maioria das espécies. A comparação preliminar dos principais padrões de anelação das espécies do gênero com formas simpátricas de Micrurus reforça as indicações da literatura referente a complexos miméticos, apontando para a tendência ao aparcimento de populações com anéis pretos simples (mônades) nas regiões em que são freqüentes espécies de corais verdadeiras com anéis nesta conformação. Finalmente, sugerem-se possíveis padrões de diferenciação geográfica para o grupo, a serem testados futuramente por estudos filogenéticos / The genus Erythrolamprus (Serpentes, Xenodontinae) includes six species presently recognized, widely distributed in South and Central America and showing a complex taxonomic history. Due to general uniformity in overall pholidotic patterns, diagnostic features of such taxa are mostly associated to coloration and have never been tested in a comprehensive approach of the variation and geographic range of the group. Nonetheless, literature suggests that populational variation in color patterns of Erythrolamprus might be strongly associated to simpatry with poisonous coral snake species of the genus Micrurus. This study brings a taxonomic revision of the species included in Erythrolamprus based on a sample of 1786 specimens covering the wide distributional range of the genus. External (scale counts and coloration) and internal (hemipenis and teeth) morphology provided the main sources of characters used herein; the continuous variables were submitted to detailed statistical treatment. The final taxonomic decisions were based in comparison with type material (whenever possible), along with an investigation of the taxonomic history of the group. The results of the present revision support the recognition of 12 full species of Erythrolamprus, three of which still lacking available names. Additionally, the analysis of tooth morphology suggests an ontogenetic change form the aglyphous pattern (juveniles) to the opistoglyphous condition, present in the adults of most species. A preliminary comparison of the color patterns shown by the Erythrolamprus species with the ones of sympatric taxa of Micrurus supports previous indications of the existence of mimicry complexes, pointing out to the tendency of monadal typed populations of Erythrolamprus occurring in areas where similar poisonous coral snakes are apparently common. Finally, general patterns of geographic differentiation are suggested to the group and must be tested in future studies of explicit phylogenetic approach.
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