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"A vivência do cuidado no puerpério: as mulheres construindo-se como mães" / The experience of care at puerperium: women constructing themselves as mothers

Juliana Stefanello 31 January 2005 (has links)
Na fase pós-parto, o cuidado destaca-se no contexto familiar como uma prática permeada de particularidades. Assim, este estudo buscou compreender como se estabelece o cuidado na fase puerperal, no contexto familiar. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, desenvolvida com 12 mulheres puérperas e 11 familiares destas, que as auxiliam no cuidado pós-parto. Utilizaram-se, como procedimento metodológico para a coleta de dados, entrevistas semi-estruturadas gravadas e transcritas na íntegra, após consentimento livre e esclarecido dos sujeitos. As entrevistas foram realizadas no domicílio do informante. Os dados foram analisados com base na técnica de análise de conteúdo, modalidade temática. Os resultados revelaram quatro temas: 1) O ideário de maternidade como base na construção de cuidado do bebê e do cuidado puerperal; 2) Cuidando com cuidado do bebê; 3) Cuidando da mãe para que ela cuide do bebê e 4) Os agentes tomados como referência nas práticas de cuidado. As práticas de cuidado pós-parto estão muito ligadas ao ideário de maternidade, algo intrinsecamente feminino, permeado de idealizações e fundamentado nas concepções de gênero. O bebê, foco primeiro de todas as ações de cuidado, traz inúmeras mudanças na rotina da família e principalmente da mãe. A mulher-mãe também necessita de cuidados, entretanto grande parte deles visam indiretamente à criança. O cuidado na fase puerperal, permeado de crenças e tabus ligados ao feminino, outorga às mulheres um poder de agentes nesse processo, já que trazem consigo conhecimentos de muitas gerações. Assim, entende-se o cuidado pós-parto como uma prática feminina, na qual as mulheres buscam abastecer-se em sistemas de representações já incorporados socialmente, ao mesmo tempo em que atuam como sujeitos e reinventam sistemas estabelecidos, construindo-se como mães. / The care given during the phase after delivery is pointed out, within the family context, as being replete with particularities. Hence, this study sought to comprehend how the care in the puerperal phase is established, within the family context. It is a qualitative research, developed with 12 puerperal women and 11 of their relatives, who help them with the care after delivery. Data collection was performed by the methodological procedure of semi-structured interviews, which were taped and integrally transcribed, after receiving free and clarified consent from the subjects. Interviews were performed at the informant’s home. The data were analyzed based on the technique of thematic content analysis. The results revealed four themes: 1) The idea of maternity as being the basis for the construction of the baby’s care and puerperal care; 2) Taking care of the baby carefully; 3) Taking care of the mother so she can take care of the baby; and 4) The agents taken as reference in the practices of care giving. The practices of care after delivery are much linked to the idea of maternity, something intrinsically feminine, full of idealizations and founded on gender conceptions. The baby, primary focus of all care actions, brings numerous changes to the family’s routines, mainly the mother’s. The mother-woman also needs to be cared for; however, a great deal of this care involves, indirectly, the child. The care in the puerperal phase, permeated of beliefs and taboos linked to the feminine, grants the women with a power of agents in this process, since she bears the knowledge of many generations. Thus, the care after delivery is understood as a feminine practice, in which women base themselves on representation systems that have already been socially incorporated, at the same time that they act as subjects and reinvent the previously established systems, constructing themselves as mothers.
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Mastite lactacional: registro baseado em evidências / Lactational mastitis: evidence-based records

Alecssandra de Fátima Silva Viduedo 28 January 2015 (has links)
A mastite lactacional é um processo inflamatório da mama que pode, ou não ser acompanhada de infecção, causa manifestações clínicas desconfortáveis, contribuindo para o desmame precoce, onerando os custos no cuidado, tornando-se um problema de saúde pública. Este estudo teve como objetivo propor uma nova ficha de registro para mulheres que internam por mastite lactacional no município de Ribeirão Preto, com base na prática assistencial e evidências científicas. Foi desenvolvido em três fases, a primeira buscou informações para o tratamento de mulheres que necessitaram de internação na rede pública hospitalar do município de Ribeirão Preto em registros do projeto \"Floresce uma vida\", vinculado ao Programa de Aleitamento Materno de Ribeirão Preto e em prontuários médicos, a segunda visou a buscar evidências científicas para o tratamento de mastite lactacional através de revisão integrativa de literatura e a terceira fase constou de uma nova proposta de ficha para registro de mulheres que necessitam de internação no município de Ribeirão Preto. A fase I mostrou o perfil de 114 mulheres internadas para tratamento de mastite lactacional na rede pública de referência entre os anos de 2009 a 2013. As características dos dados sociodemográficos não coincidem com o que vem sendo descrito na literatura atual. Em relação aos dados obstétricos o estudo mostrou que as mais acometidas são as primíparas e que a maioria teve alguma intercorrência frente à amamentação antes da necessidade de internação, 62 (54,4%) mulheres tiveram abscesso mamário, 27 (51,9%) tiveram resultado de Staphylococcus aureus e 21(18,4%) desmamaram em consequência do abscesso. A terapêutica para mastite lactacional uniu medicação tópica, sistêmica e terapêutica complementar. A fase II selecionou nove artigos que respondiam à questão do estudo entre 2000-2013, as terapêuticas encontradas para mastite lactacional foram alternativas com probióticos, convencional e para abscessos. A fase III validou a nova \"Ficha de registro da assistência à mulher na amamentação durante a internação por intercorrências mamárias\" com a concordância de especialistas entre 80% e 100%. Este estudo uniu a prática assistencial e evidências científicas como base na formulação de um instrumento com o objetivo de identificar práticas não aceitáveis para mastite lactacional, proporcionando aos profissionais de saúde melhores informações no desenvolvimento de sua prática clínica / Lactational Mastitis is an inflammation of the breast that may or may not be accompanied by infection, cause uncomfortable clinical manifestations, contributing to early weaning, burdening the cost in care, making it a public health problem. This study aimed to propose a new record form to women hospitalized for lactational mastitis in Ribeirão Preto, based on care practice and scientific evidence. Was developed in three phases, the first information sought for the treatment of women who required hospitalization in the public health hospitals in Ribeirão Preto in the \"Bloom a Life\" project, linked to the Breastfeeding Program of Ribeirão Preto, and hospital records, the second aimed sought scientific evidence for the treatment of lactational mastitis through integrative literature review and the third phase included a new proposal of a record form for women who require hospitalization in Ribeirão Preto. Phase I showed the profile of 114 women hospitalized for treatment of lactation mastitis in public reference hospitals between the years 2009 and 2013. A Sociodemographics characteristic of the data does not coincide with what has been described in the literature. Regarding obstetric data the study showed that the most affected are the primiparous women and the majority had some complication towards breastfeeding before hospitalization, 62 (54.4%) women had breast abscess, 27 (51.9%) of the breast milk was colonized by Staphylococcus aureus and 21 (18.4%) weaned as a result of the abscess. The treatment for lactational mastitis attached topical, systemic therapy and complementary medicine. Phase II selected nine articles that answered the question of the study between 2000-2013, the therapeutic lactational mastitis were with three categories: alternate with probiotics, conventional and abscesses. Phase III validated the new \"Registration Card assisting women with breastfeeding during hospitalization for breast complications\" with the agreement of experts from 80% to 100%. This study joined the healthcare practice and scientific evidence as a basis in formulating an instrument in order to identify unacceptable practices for lactational mastitis, providing healthcare professionals information on the development of best clinical practice
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O cuidado de saúde no contexto relacional enfermeiro e mulher idosa: o olhar dos sujeitos envolvidos / The health care in the relational context between nurse and elderly woman: people involved view

Sebastião Caldeira 20 April 2012 (has links)
Introdução: o aumento da expectativa de vida no Brasil e no mundo, com destaque para o gênero feminino, reflete a necessidade de estudos que se dediquem a investigar o cuidado à mulher idosa pelo enfermeiro, considerando a perspectiva dos sujeitos envolvidos nessa relação de cuidado. Objetivo: compreender o cuidado à saúde na perspectiva das mulheres idosas e dos enfermeiros. Metodologia: estudo fundamentado na Fenomenologia Social de Alfred Schütz realizado no município de Cascavel, Paraná-Brasil, em nove Unidades de Saúde, sendo sete Unidades Básicas e duas pertencentes à Estratégia Saúde da Família. Participaram dez enfermeiros que atuam no cuidado à saúde das mulheres idosas e oito idosas cuidadas por enfermeiros. Os depoimentos foram obtidos no período de setembro de 2010 a janeiro de 2011 por meio de entrevista aberta, com as seguintes questões norteadoras para as mulheres idosas: conte para mim sobre as suas necessidades de cuidado à saúde neste momento de sua vida. Como é para a senhora ser cuidada pelo(a) enfermeiro(a). O que a senhora espera em relação ao cuidado à saúde? Para os enfermeiros: como você percebe as necessidades de cuidado à saúde da mulher idosa? Como você cuida dessa mulher? O que você espera de suas ações de cuidado à saúde a esse tipo de clientela? Resultados: as idosas referem necessidades físicas e psicossociais de cuidado, requerem atenção, competência técnica e comprometimento no cuidado e esperam acolhimento por parte do enfermeiro e dos serviços de saúde. Os enfermeiros identificam especificidades relacionadas ao envelhecimento no cuidado à mulher idosa; valorizam a participação da família como mediadora do cuidado e apresentam limites relacionados ao serviço no que tange à ausência de protocolos que direcionem a assistência a essa clientela. Esperam realizar um cuidado qualificado à idosa, alicerçado em uma formação profissional direcionada para o atendimento a essa clientela. Conclusão: evidenciou-se que a compreensão do cuidado à saúde se baseia predominantemente em relações de reciprocidade entre o enfermeiro aquele que cuida e a mulher idosa a pessoa cuidada. Espera-se que o presente estudo possibilite reflexões e ações no âmbito assistencial, no ensino e na pesquisa no que tange à saúde da pessoa idosa na situação de cuidado pelo enfermeiro. Essas devem vir ancoradas nas perspectivas de ampliação do conhecimento nesses campos, com vistas a aproximações entre o cuidado esperado pela mulher idosa e o realizado pelo enfermeiro no cotidiano dos serviços de saúde. / Introduction: the increase in expectation of life in Brazil and in the world, focusing the female genre, reflects the necessity of studies that look forward to investigate the care to the elderly woman by the nurse, taking into consideration the perspective from the people evolved in this relation of care. Objective: to understand the health care in the perspective of the elderly women and the nurses. Methodology: study based in the Social Phenomenological from Alfred Schütz. It was achieved in the city of Cascavel, Paraná-Brazil in nine primary care group, being seven basic units and two which work in the health family strategy. In this research there were ten nurses who worked in elderly women health care and eight elderly women taken care by nurses. The interviews were obtained from September of 2010 to January of 2011 by means of open interview, with the questions guided for the elderly women: tell me about your necessities of health care in this moment of your life. How do you feel like being cared by the nurse? What do you expect concerning the health care? Questions done to the nurses: How do you feel the necessities of the elderly woman health care? How do you care about this woman? What do you expect about your care concerning the health to this kind of clientele? Results: the elderly women say about physical necessities and psychosocial care, attention need, technical competence and commitment in the care and look forward for affective care by the nurse and health services. The nurses identify the peculiarities related in the care of elderly woman; make it important the participation of the family as a care mediator and show limits related in the services concerning the lack of protocols that guide the assistance of this clientele. It is expected to achieve a qualified care to the elderly woman founded in professional basis focused for the assistance to these people. Conclusion: it became evident that the comprehension in the health care is based predominantly in the interaction between the nurse- the one who cares and the elderly women- the one who is cared. This study makes possible reflections and actions in the assistance, in the formation and in the research concerning the elderly womans health in the situation of care by the nurse. These must be anchored in the perspectives of growth in knowledge in these fields, targeting the approach between the care expected by the elderly women and the achieved by the nurse in the day- by- day in the health services.
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"Contato precoce e amamentação em sala de parto na perspectiva da mulher" / Early contact and breastfeeding in the delivery room – a woman’s perspective

Juliana Cristina dos Santos Monteiro 19 January 2006 (has links)
Em razão das inúmeras vantagens do aleitamento materno, as instituições que seguem as normas da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) adotam os chamados “Dez passos para o sucesso do aleitamento materno”. O quarto passo recomenda o contato pele-a-pele precoce e prolongado no período pós-parto imediato, que deve durar até a primeira mamada ou pelo tempo que a mãe desejar. O objetivo deste estudo foi conhecer e analisar as vivências por parte das mulheres em relação ao quarto passo, no contexto de um Hospital Amigo da Criança, no município de Ribeirão Preto. Para tanto, foi utilizada a abordagem qualitativa, e os dados foram coletados por meio de observação durante o momento do parto e pós-parto imediato, e de entrevistas semi-estruturadas gravadas um dia após o parto. Participaram do estudo 23 mulheres que tiverem seus filhos colocados em contato pele-a-pele na primeira meia hora após o parto, e que concordaram em participar, após assinarem o consentimento livre e esclarecido. Os dados foram analisados utilizando a análise de conteúdo, modalidade temática. Através dos depoimentos foi possível depreender que o modelo de assistência que separa a mãe de seu filho na hora do nascimento, ainda está presente na visão das mulheres deste estudo. Para elas, o centro obstétrico é visto como espaço do sofrimento, do medo e da dor, incompatível com a idéia de amamentação prazerosa, trazida no seu imaginário. No entanto, mesmo estando em situação inadequada, elas aceitam e entendem o momento como importante para o recém-nascido, colocando-se em segundo plano pelo bem-estar do seu filho, esquecendo até o sofrimento, demonstrando a ambivalência deste momento. Os depoimentos revelaram, ainda, que o momento de receber o filho que acabou nascer causa impacto e surpresa, pois esta realidade é carregada de sensações de estranhamento; a visualização de uma criança envolvida em sangue, líquido amniótico e secreções corporais não é habitual para ela.Diante destes resultados, torna-se evidente que tanto os profissionais quanto as mulheres atendidas têm o ideário fortemente marcado pelo mito do amor materno e pela herança higienista da medicina. A assistência mostra-se limitada aos aspectos práticos do cumprimento, pela equipe de saúde, das normas e rotinas da IHAC, sem considerar os reais sentimentos das mulheres. Faz-se necessário, portanto, o desenvolvimento de habilidades de comunicação e empatia pelo profissional de saúde, que lhe permitam entender a mulher/mãe/nutriz, respeitando todas as possíveis reações frente ao contato precoce e à amamentação ainda em sala de parto. O foco de atenção deve passar da instituição para a mulher que vivencia o primeiro contato, sujeito principal do momento em questão. A mudança de atitude do profissional, com a integração e valorização do binômio mãe e filho, pode facilitar a operacionalização do quarto passo da IHAC, de modo que este seja realizado não apenas de forma mecanicista e fragmentada, mas com respeito e acolhimento. / Due to the many known benefits of breastfeeding, the institutions that follows the norms of the Hospital Baby Friendly Initiative, adopted the so called “Ten Steps to Successful Breastfeeding”. The forth step recommends an early skin-to-skin contact soon after the birth and should be prolonged during the postpartum period. The contact must last until the first breastfeeding or until the mother wishes to maintain the contact. This study has the objective of knowing and analyzing the women experiences related to the forth step, occurred in the Hospital Baby Friendly Initiative, in Ribeirão Preto county, in Brazil. To achieve this, it was used a qualitative approach; the data was collected by observing the delivery and the immediate pos-delivery period; the interviews were done one day after the delivery, they were semi-structured and recorded. In this study, participated 23 women that maintained skin-to-skin contact with their babies, during the first half hour after the delivery. All women agreed to participate and signed a term of free consent acknowledgment. The data was analyzed by content analysis in the thematic mode. The depositions confirmed that the old model that separates the mother and the baby at the moment of delivery, it is still present in the view of the interviewed women. For them, the obstetric center is a place of suffering, fear and pain; this view is not compatible with the pleasure of breastfeeding that has been fantasized with that moment. However, even being in that difficult situation, women understand that the moment of delivering is very important for the just born baby; to assure the baby well being, women place them selves in a secondary level, not considering the pain and showing the ambivalence of that instant. Also, the depositions reveled that at the moment of receiving the just born baby, the women suffered a shock and were surprised with the appearance of the baby covered with blood, with the scents of amniotic liquid, and with the view of body secretions, that did not match with the romantic expectations. Considering this findings, it is evident that the professionals and the assisted women have romantic believes taken from the myth of the maternal love and from the teachings of hygienist medical school. The provided services at the Hospital Baby Friendly Initiative, offered by the health team, are limited to the practical aspects of the routines and norms, and they do not consider the real feelings of the women. We concluded that, the health professionals should develop communication and empathies abilities that will allow them to treat, the women-mother-feeder, considering all the possible reactions during the early contact and in the breastfeeding, in the delivery room. The attention focus should be transferred from the institution to the women that are experiencing the first contact; since they are the main subject at that moment. The change in attitude of the professionals, related to the valorization of the mother and the baby, might facilitate and improve the practice of the forth step in the Hospital Baby Friendly Initiative, avoiding the mechanical and fragmented practice and implementing a respectful and warm approach.
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Mulheres negras, o cuidado com a saúde e as barreiras na busca por assistência: estudo etnográfico em uma comunidade de baixa renda / Black women, the care of the health and the barriers to seek for assistance: an ethnographic study in a low income community

Patricia Lima Ferreira Santa Rosa 19 December 2013 (has links)
Introdução: A metade da população brasileira feminina é constituída por negras. Muitas mulheres pertencentes a este grupo racial jamais fizeram a mamografia, e a taxa de mortalidade materna é maior entre as negras. Muitas desigualdades ainda persistem em diversos setores da sociedade, inclusive no âmbito da saúde, mesmo após a implementação do Sistema Único de Saúde, que disponibiliza assistência gratuita a todas as pessoas. Objetivos: Explorar as crenças, valores e práticas das mulheres negras relativas ao cuidado com a saúde no domicílio, no contexto da própria comunidade e a sua interface com a busca por assistência nas instituições de saúde. Metodologia: A pesquisa foi desenvolvida mediante abordagem qualitativa, utilizando-se do método etnográfico. O estudo foi desenvolvido na Cidade de São Paulo, no bairro Cidade Ipava (CI), uma região do Jardim Ângela constituída por uma grande proporção de negros, apresentando altos índices de vulnerabilidade à pobreza. Os dados foram coletados mediante o processo de observação participante e entrevistas etnográficas com 17 informantes gerais e três informantes chave. Resultados: Três descritores e um tema cultural expressam as crenças, valores e práticas das mulheres negras relativas ao cuidado com a saúde: 1) Faço o máximo para não ir ao médico - cuido da saúde do jeito que posso para evitar ficar doente: 2) A experiência com a assistência à saúde que recebo nas instituições não é boa: 3) Sofro racismo velado por ser negra. O tema cultural foi: Sem outra saída somos obrigadas a enfrentar obstáculos e buscar assistência médica porque os remédios caseiros não deram certo e o problema de saúde é grave. Conclusões: As mulheres se deparam com muralhas (in)visíveis ao acessar as instituições de saúde. Os resultados desta pesquisa reiteraram a premissa de que os determinantes sociais que marcam as desigualdades em saúde, tais como, as relações de gênero, classe social, idade, território, religião, raça/cor, entre outros aspectos, não se manifestam de forma isolada nas relações sociais. No tempo atual pós-moderno, as desigualdades sociais persistem, sobretudo entre as mulheres negras moradoras das regiões periféricas de grandes metrópoles. Estas requerem suporte para o empoderamento, essencial para reivindicar, acessar e usufruir de uma assistência à saúde de qualidade. / Introduction: Half of the female Brazilian population is black. Many women in this racial group never did mammography, and the maternal mortality rates are higher among them. Many inequalities still persist in many society sectors, including health, even after the implementation of the National Health System, which provides free health care for all people. Objectives: To explore the beliefs, values and practices of black women regarding health care at home, in the community context, and it is the interface with the process of seeking for health care facilities. Methodology: The research was conducted through qualitative approach and the ethnographic method was done. It was carried out in the city of São Paulo, at a neighborhood district called Cidade Ipava, located in Jardim Angela, where is there a large proportion of blacks, which suffer high levels of vulnerability to poverty. Data were collected through the participant observation process and ethnographic interviews were done with 17 general informants and three key informants. Results: Three descriptors and a cultural theme express the beliefs, values and practices of black women regarding health care: 1) I do my best to not have to go to the doctor I take care of the health as I can to avoid getting sick: 2) The experience with the health care that I have received in health care facilities is not good: 3) I suffer hidden prejudice for being black. The cultural theme was: Do not having another way - we are forced to face obstacles and must seek for medical care because the home medicines did not showed effects and the health problem is serious. Conclusions: Women are faced with (in)visible obstacles when they to access the health care facilities. These results reiterated that the social determinants which characterize the health inequalities, such as gender relations, social class, age, territory, religion, race, among others, do not manifest themselves alone in the social relations. At the current post-modern environment, the social inequalities persist, especially among black women residents of outlying areas of large cities. These require support for empowerment, essential to claim, to access and to enjoy a high quality health care.
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Prevalência e fatores associados de incontinência urinária autorreferida no pós-parto / Prevalence and associated factors of urinary incontinence self-reported in the postpartum period

Daniela Biguetti Martins Lopes 15 April 2010 (has links)
A incontinência urinária (IU) é definida como toda perda involuntária de urina, sendo um problema social e de higiene. No Brasil, é incipiente a produção bibliográfica sobre incontinência urinária no pós-parto. Trata-se de uma morbidade pouco explorada pelo profissional de saúde, o que dificulta a identificação da mulher que apresenta a intercorrência. O objetivo deste estudo foi verificar a prevalência de incontinência urinária autorreferida no pós-parto e relacionar os fatores associados. Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal sobre os fatores relacionados à incontinência urinária autorreferida no pós-parto, realizado no Centro de Saúde Escola Samuel Barnsley Pessoa, localizado na região oeste do município de São Paulo. A população foi constituída por 288 mulheres com 30 dias a seis meses de pós-parto, entrevistadas no período de janeiro a agosto de 2009. Os resultados indicaram prevalência de 24,6% de perda involuntária de urina autorreferida no pós-parto. A idade das mulheres variou de 18 a 45 anos. Quanto às características sociodemográficas, apenas a cor da pele apresentou diferença estatística significante (p-valor=0,0043), com maior representatividade em mulheres brancas. Dentre as 71 entrevistadas que referiram IU no pós-parto, a maioria era primípara e se submeteu a parto normal. Não houve diferença estatística significante entre a paridade e o tipo de parto e a ocorrência de IU. O ganho de peso e a ocorrência de infecção urinária durante a gestação, o uso e o tipo de anestesia, o uso de ocitocina, o tempo de trabalho de parto, a situação do períneo e o peso do recém-nascido ao nascer não apresentaram diferença estatística significante com a ocorrência de IU no pós-parto. Quanto às características das perdas, 44 mulheres (62%) referiram incontinência aos esforços, 14 (19,7%) citaram IU de urgência e 13 (18,3%) apontaram IU mista; em 53 mulheres (74,7%) a severidade foi classificada como incontinência moderada. Verificou-se que para 20 mulheres (28,2%) a morbidade interferia nas atividades diárias; enquanto que 10 (14,1%) comunicaram a intercorrência ao profissional de saúde; e 96,2% (277 em 288) não receberam qualquer orientação sobre o preparo do períneo, fator apontado pelas entrevistadas como uma das causas desencadeantes da IU. Os achados deste estudo nos permitem concluir que a ocorrência de incontinência urinária autorreferida no pós-parto associa-se à cor da pele; com predominância de incontinência urinária em primíparas em comparação às não-primíparas. Identificar os fatores associados à incontinência urinária em mulheres no pós-parto e sua prevalência contribui no planejamento de atenção de enfermagem obstétrica à mulher que vivencia o período reprodutivo. / Urinary incontinence (UI) is defined as any involuntary loss of urine, being a social and hygiene problem. In Brazil, the literature about the urinary incontinence after childbirth is incipient. UI is a morbid little explored by health professionals, making it difficult to identify the woman who has a complication. The aim of this study was to assess the prevalence of urinary incontinence self-reported in the postpartum period and to relate the associated factors. This is an epidemiologic and cross-sectional study about the factors related to urinary incontinence self-reported in the postpartum period, held at the Health Center School Samuel Barnsley Pessoa located in the western region of São Paulo. The population consisted of 288 women with 30 days to six months in the postpartum period. They were interviewed from January to August 2009. The results showed that 24,6% was the prevalence of involuntary loss of urine self-reported in the postpartum period. The women ranged from 18 to 45 years old. The sociodemographic characteristics showed that only the color of the skin was statistically significant (p-value = 0.0043); women with white skin had greater representation. Among the 71 women who reported UI in the postpartum period, the primiparous were majority and underwent vaginal delivery. There was no statistically significant difference between parity and kind of the delivery and the occurrence of UI. The weight gain and urinary tract infection during pregnancy, the use and the type of anesthesia, the use of oxytocin, the duration of the labor, the episiotomy or the integrity of the perineum and the weight of the newborn at birth showed no statistically significant difference in the occurrence of UI in the postpartum period. Regarding the characteristics of losses, 44 women (62%) had incontinence when exercising, 14 (19.7%) reported urgency UI and 13 (18.3%) had mixed incontinence; to 53 (74.7%) women, the severity of the incontinence was classified as moderate. It was found that to 20 women (28.2%) the morbidity interfered on their daily activities, while 10 (14.1%) reported the complications to the health professional; and 96.2% (277 of 288) of women did not receive any guidance on the preparation of the perineum, reason given by them as one of the contributory causes of UI. Our findings allow us to conclude that the occurrence of urinary incontinence self-reported in the postpartum period is associated with skin color and that there is a prevalence of urinary incontinence in primiparous compared to multiparous. Identify factors associated with urinary incontinence in women after childbirth and its prevalence contribute to the planning of obstetric nursing care to women on the reproductive period.
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A competência das enfermeiras obstétricas na atenção ao parto normal hospitalar

Rabelo, Leila Regina January 2006 (has links)
Esta dissertação enfoca a percepção de enfermeiras obstétricas sobre sua competência na atenção ao parto normal institucionalizado. Na construção do referencial teórico sobre competência, contribuíram principalmente as abordagens de Phillipe Perrenoud e Terezinha Rios. A pesquisa foi de cunho qualitativo, do tipo descritivo-exploratório, sendo a coleta de dados desenvolvida através de entrevistas individuais semi-estruturadas, realizadas com enfermeiras obstétricas atuantes em um hospital público de grande porte de Porto Alegre. Os dados foram analisados através de análise de conteúdo, segundo Bardin. Os dados sugerem que, para as enfermeiras entrevistadas, a competência das enfermeiras obstétricas na atenção ao parto normal hospitalar se constrói nos cursos de formação de especialista e na prática profissional. No entanto, nem sempre há espaço para o desenvolvimento dessa competência, nem na etapa de formação, nem quando já estão empregadas como enfermeiras especialistas. Nas entrevistas, está implícita uma noção de competência para a atenção ao parto normal hospitalar como algo complexo, o que fica ilustrado nas diversas dimensões destacadas como suas constituintes: competência técnica; competência humanizadora, intuição e competência relacional. As enfermeiras entrevistadas reconhecem que, na prática, o âmbito da sua competência na atenção ao parto normal, principalmente no tocante ao ato de partejar, corresponde apenas parcialmente ao enfatizado na formação. Sobre essa questão, surgiram posicionamentos contraditórios: algumas sentem necessidade de desenvolver a competência para o partejar; outras entendem que o partejar não integra o âmbito de sua competência num contexto institucionalizado. A pesquisa permite concluir que a ampliação do âmbito da competência das enfermeiras obstétricas no atendimento ao parto normal institucionalizado, principalmente com relação ao partejar, depende do desenvolvimento de uma competência ético-política, num processo que deve iniciar nos cursos de especialização e ter continuidade no próprio contexto da prática profissional, constituindo-se e consolidando-se individual e coletivamente.
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Do programa ao plano : a política de atenção integral à saúde da mulher (PAISM-PNAISM), contexto histórico, atores políticos e a questão da menopausa

Kornijezuk, Natália Peres January 2015 (has links)
Nesta dissertação procura-se analisar o contexto histórico da aprovação das políticas públicas destinadas à atenção integral da saúde da mulher (PAISM-PNAISM) e o papel dos diferentes atores sociais e políticos que tiveram um papel decisivo em sua história. A mobilização desses atores possibilitou a elaboração do PAISM, considerada a primeira política de atenção à saúde da mulher. A nova política evoluiu para o Plano Nacional, criando novos direitos, incluindo a questão do climatério/menopausa que será analisado nessa dissertação. / In this thesis seeks to analyze the historical context of the adoption of public policies for the comprehensive care of women's health (PAISM - PNAISM) and the role of different social and political actors who played a decisive role in its history. The mobilization of these actors led to the drafting of PAISM, considered the first policy attention to women's health. The new policy evolved into the National Plan, by creating new rights, including the issue of menopause / menopause, which will be analyzed in this dissertation.
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Fatores associados ao absenteísmo às consultas pré-natais do SUS em Aracruz – ES

Felício, Larissa Spinassé January 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: O acompanhamento pré-natal de boa qualidade impacta na morbimortalidade materno-infantil. A frequência a sete ou mais consultas pré-natais é considerada suficiente para provocar impactos positivos, porém é necessário entender e atuar sobre possíveis fatores frequentemente apontados como associados ao absenteísmo. OBJETIVOS: Investigar os fatores associados ao não comparecimento às consultas de pré-natal, oferecidas pelo SUS em Aracruz-ES. MÉTODOS: Amostra de 261 puérperas que realizaram pré-natal em Aracruz- ES, entre janeiro e março de 2013. Visitou-se a cada dois dias a maternidade do hospital do município para a coleta de dados por meio de questionário padronizado e complementadas e/ou confirmadas com os dados do cartão de pré-natal e prontuários. As associações foram examinadas por análise multivariada com base na dicotomização do desfecho (6 ou menos versus 7 ou mais consultas pré-natais), e por regressão de Poisson com variância robusta (amplitude de consultas de 0 a 14), considerando como preditores variáveis sócio-demográficas e relacionadas à história reprodutiva. RESULTADOS: A análise multivariada revelou que o absenteísmo (6 ou menos consultas) às consultas pré-natais diferiu significativamente entre as mulheres separadas/ divorciadas (OR 1,83 IC 95% 1,08-3,10) e indígenas (OR 2,07 IC 95% 1,05-4,10) em relação às casadas e brancas. Houve diferença também em relação ao trimestre da gestação de início do pré-natal (OR 2,74 IC95% 1,83-3,96 no segundo trimestre e OR 4,81 IC95% 3,42-6,75 no terceiro) Contudo, a associação com situação conjugal e cor de pele não foi confirmada pela regressão de Poisson robusta, apenas com o trimestre da gestação de início do pré-natal. CONCLUSÕES: Os fatores mais associados ao absenteísmo (6 ou menos consultas) às consultas pré-natais foram sociodemográficos que possibilitam intervenções específicas. A pesquisa também demonstra a relevância de se captar as gestantes precocemente. / INTRODUCTION: Prenatal quality impacts on morbidity and maternal and infant mortality. Seven or more prenatal visits is considered sufficient to produce positive impacts but it is necessary to understand possible factors associated with absenteeism. OBJECTIVES: To investigate factors associated with non-attendance to antenatal consultations offered by SUS in Aracruz-ES. METHODS: A sample of 261 postpartum women who received prenatal care in Aracruz-ES, from January up to March 2013. Data were collected every two days at the city maternity hospital through a standardized questionnaire and supplemented and / or confirmed with the data card and prenatal records. Associations with the outcome (7 or more visits) were examined by multivariate analysis based on dichotomized outcome (7 or more visits versus less than 7) and Poisson regression with robust variance (range of consultations 0-14) considering socio-demographic variables and related to reproductive history as predictors. RESULTS: Multivariate analysis revealed that absenteeism (less than 7) at prenatal visits differed significantly for women separated / divorced (OR 1.83 95%CI 1.08 to 3.10) and for Indians (OR 2.07 95%CI 1.05 to 4.10) who presented higher risk than that married women and white. There was also a difference in the quarter of pregnancy (OR 2.74 95%CI 1.83-3.96 for the 2nd quarter and OR 4.81 95%CI 3.42-6.75 for the 3rd). However, the association with marital status and skin color was not confirmed by the robust Poisson regression - only the quarter of pregnancy. CONCLUSIONS: Factors most associated with pre-natal care (7 or more visits) are mainly sociodemographic that enable specific interventions. The research also shows the importance of capturing the pregnant early.
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Rede social da mulher no contexto do aleitamento materno

Monte, Giselle Carlos Santos Brandão 12 1900 (has links)
Submitted by Ramon Santana (ramon.souza@ufpe.br) on 2015-03-06T13:25:09Z No. of bitstreams: 2 Dissertação Giselle Monte.pdf: 2296368 bytes, checksum: b56eb6fa857b7a9b25c8612bed376d38 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-06T13:25:09Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação Giselle Monte.pdf: 2296368 bytes, checksum: b56eb6fa857b7a9b25c8612bed376d38 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2012-12 / A amamentação é uma prática que envolve os aspectos biológicos e questões socioculturais da mulher. Assim ela precisa das pessoas de sua rede social que podem servir de incentivo ou desestímulo. O objetivo desse estudo foi avaliar as práticas da rede social da mulher na determinação da duração do aleitamento materno exclusivo. O artigo de revisão integrativa objetivou identificar as ações desenvolvidas pelos atores da rede social da mulher na amamentação. A amostra de 28 estudos publicados em português, inglês e espanhol, entre 2002 e 2011, disponíveis na Cochrane e bases de dados MEDLINE, LILACS, IBECS, evidenciou que a influência das mães, avós e sogras fundamentada no mito do leite fraco, a presença do companheiro na divisão das atividades domésticas e as orientações dos profissionais de saúde podem determinar o início e continuidade ou não da amamentação. Outros atores que poderão fazer parte da rede não foram citados nos estudos selecionados, como a família extensiva. O artigo original avaliou a associação entre as práticas da rede social da mulher e a duração do aleitamento materno exclusivo à luz da Teoria de Rede de Sanicola. Estudo transversal e analítico, realizado com 158 mulheres em Recife-PE. Foi realizada análise multivariada a partir de um modelo hierárquico do aleitamento materno exclusivo aos seis meses de vida da criança, contemplando fatores socioeconômicos, maternos, de assistência à saúde e os tipos de apoio da rede social primária e secundária (apoio emocional, informativo, instrumental, presencial e autoapoio), utilizando a regressão de Poisson com variância robusta. A rede social que mais apoiou foi a primária (p >0,001), principalmente a mãe (22,19%) e o companheiro (16,58%), porém nenhuma rede apresentou vínculos fortes; a família estabeleceu laços normais e os demais membros, laços fracos com a mulher. Ter amamentado filhos anteriores (p=0,021) e o apoio presencial (p=0,007) foram estatisticamente significantes para o aleitamento materno exclusivo e o apoio informativo foi associado ao desmame precoce (p=0,002). As práticas da rede social da mulher, neste estudo, não foram determinantes para o aleitamento materno exclusivo. A educação em saúde é necessária para que haja a troca de saberes e de experiências sobre esta prática, fomentando que todos os atores das redes compreendam as nuances sociais que permeiam o aleitamento materno. A teoria de Sanicola é um dos caminhos para envolver os membros da rede social da mulher, em especial o enfermeiro, no cuidado durante o processo da amamentação.

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