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Do programa ao plano : a política de atenção integral à saúde da mulher (PAISM-PNAISM), contexto histórico, atores políticos e a questão da menopausaKornijezuk, Natália Peres January 2015 (has links)
Nesta dissertação procura-se analisar o contexto histórico da aprovação das políticas públicas destinadas à atenção integral da saúde da mulher (PAISM-PNAISM) e o papel dos diferentes atores sociais e políticos que tiveram um papel decisivo em sua história. A mobilização desses atores possibilitou a elaboração do PAISM, considerada a primeira política de atenção à saúde da mulher. A nova política evoluiu para o Plano Nacional, criando novos direitos, incluindo a questão do climatério/menopausa que será analisado nessa dissertação. / In this thesis seeks to analyze the historical context of the adoption of public policies for the comprehensive care of women's health (PAISM - PNAISM) and the role of different social and political actors who played a decisive role in its history. The mobilization of these actors led to the drafting of PAISM, considered the first policy attention to women's health. The new policy evolved into the National Plan, by creating new rights, including the issue of menopause / menopause, which will be analyzed in this dissertation.
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Aborto pós-estupro : uma trama (des)conhecida entre o direito e a política de assistência à saúde da mulherLeocádio, Elcylene Maria de Araújo January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Política Social, 2006. / Submitted by Diogo Trindade Fóis (diogo_fois@hotmail.com) on 2009-11-26T18:02:10Z
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Previous issue date: 2006 / A violência sexual é uma das formas mais freqüentes de violência contra a mulher. Baseada na discriminação de gênero, a violência sexual tem sérias consequências para a saúde, como as doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez indesejada. No Brasil, desde 1940, o aborto pós-estupro é permitido por lei. Entretanto, somente em 1989, em São Paulo, foi implantado o primeiro serviço de referência para o aborto legal. Em 1998, o governo federal decide implementar esta política, publicando normas técnicas e apoiando técnica e financeiramente estados e municípios. Por que a lei promulgada em 1940 não foi materializada de imediato? Quais os fatores sociais, culturais, políticos ou econômicos que contribuíram para a mudança de atitude do Estado a partir de 1980? Com o objetivo de responder estas questões, entrevistamos gestores e profissionais da área de saúde, feministas, juristas e líderes de grupos religiosos, envolvidos no debate sobre o aborto legal ou responsáveis pela assistência pública à saúde no país. Analisamos documentos oficiais e revisamos a literatura especializada sobre violência contra a mulher, aborto, feminismo, movimento de mulheres, políticas de saúde da mulher, direitos humanos, direitos das mulheres, convenções internacionais e o processo de implementação do aborto legal no Brasil. A pesquisa demonstra que a aprovação dos permissivos legais para o aborto no Brasil em 1940, não significa que os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres tenham sido reconhecidos pelo Estado brasileiro e que as dificuldades para a implementação da lei estão associadas à forte oposição ao aborto, em particular da Igreja Católica. Em 1970, o movimento feminista brasileiro discute a discriminação de gênero, a liberdade sexual, a contracepção e o aborto como um direito de escolha das mulheres. As ações políticas deste movimento forçaram o governo a implementa ro aborto legal no país a partir dos anos 1980. Em 2006, cerca de 60 hospitais contam com equipes que realizam o aborto pósestupro no Brasil. A maior parte das mulheres brasileiras não têm acesso a esta assistência, se necessário, mas, mudanças importantes ocorreram. Estas mudanças têm levado a ações mais amplas e duras por parte dos grupos contrários ao aborto legal. A assistência ao aborto legal é, pois, um processo histórico dinâmico, com avanços e retrocessos, contraditório, o que está associado aos diferentes conceitos e posições relacionadas como o tema do aborto. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Sexual violence is one of the most frequent forms of violence against women. Based on gender discrimination, sexual violence leads serious consequences for women’s life and health, such as sexual transmitted diseases and unwanted pregnancies. In Brazil, since 1940, abortion after rape is permitted by law. However, only in 1989, in São Paulo, the public health system began to assist women who decided to interrupt a pregnancy after rape. In 1998, the federal government decided to implement those policies, to publish guidelines to health professionals and managers and support local actions by financial resources and expertise consultancies. Why the law published in 1940 was not immediately implemented? What kind of social, cultural, politic or economic factors could change the attitude of the government after 1980 decade? In order to answer these questions we interviewed policymakers and health programs managers, health professionals, feminists and religious groups’ leaders, who were involved with the debate about legal abortion or responsible for public health assistance across the country. We also analyzed official documents, and reviewed specialized literature about sexual violence against women, abortion, feminism, women’s movement, public health in Brazil, human rights, women’s rights, international conventions and the process of legal abortion implementation policy. The research demonstrates that legal abortion in Brazil, as it was approved by the Penal Code in 1940, didn’t mean that sexual women’s rights were recognized by the Brazilian State. On the other hand, we consider that difficulties to implement health services are associated to politics actions of conservative groups, in particular the Catholic Church. In 1970, a new wave of the social women’s movement in Brazil, influenced by the international feminism from United States and Europe, discussed gender discrimination, sexual liberty, contraception and also abortion as a woman’s choice. In our point of view, advocacy actions coordinated by the women’s Brazilian movement, forced the government to implement legal abortion in Brazil. Nowadays, there are approximately 50 hospitals that offer legal abortion assistance. Although, we cannot affirm that all women in Brazil have access to this kind of health care, it’s true that in the last two decades we could see important political changes in this area. At the same time religious groups’ reaction has also been increased. In fact, legal abortion assistance is a process in constant change because of the conflicts caused by different concepts and positions related to abortion.
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Comportamentos de risco à saúde de reeducandas da Penitenciária Regional de Campina Grande Raimundo AsforaAlmeida, Patrícia Regina Cardoso de 18 February 2016 (has links)
Submitted by Jean Medeiros (jeanletras@uepb.edu.br) on 2017-03-06T17:03:52Z
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Previous issue date: 2016-02-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / INTRODUCTION: The health of the prison population in the world presents itself as an emerging public health problem, in that the conditions of confinement and overcrowding increase the likelihood of chronic and infectious diseases and exposure to risk factors to health. OBJECTIVE: To investigate the socio-demographic profile, the legal and criminal history and risk behaviors to health with emphasis on the use of illicit drugs and associated factors among inmates of a municipality and its association with socio-demographic factors, risk behaviors to health and disease self-reported. MATERIALS AND METHODS: Study consisted of a census, cross with a quantitative approach which involved 64 women incarcerated in Campina Grande Regional Penitentiary Raimundo Asfora. For data collection applied a structured questionnaire containing demographic data, legal and criminal history, risk behaviors, and drug use investigated by ASSIST instrument with adaptations for prisoners in the prison environment. Descriptive and inferential statistical analysis was carried out from Pearson's chi-square test ( ), with calculation of Odds Ratios (OR) gross and confidence interval (CI) of 95%. Multivariate logistic regression analysis was also performed in order to observe the behavior of the variables together, we adopted a significance level of 10%. RESULTS: The results showed a profile composed of young (60,9% ) with few years of schooling (79,7%), low family income (64,1% ), unmarried (57,8%) with children (84,4%) and sentenced (56,3%). Self said the most prevalent diseases were depression (26,6%) and hypertension (12,5%) . The prevalence of illicit drugs in their lifetime was 43.8%. The use of illicit drugs was related to a group of variables which together accounted significance: age 18- 29 years (p = 0.022), use of tobacco (p = 0.005), not carry out educational activities in the prison unit (p = 0.017), conduct visits in prison (p = 0.051), and not be arrested for trafficking (p = 0.091). CONCLUSIONS: The prevalence of illicit drug use sometime in life was high and associated with poorer socio-demographic conditions and exposure to risk behaviors to health. These factors should be considered in strategies to promote health, such as creating public policy who view the epidemiological conditions that favor social exclusion and social vulnerabilities and specificities of the woman trapped, and how it can intervene in what is at the heart of negativity the health conditions of incarcerated women, being in line with actions in other spheres (education, public safety). / INTRODUÇÃO: A saúde da população carcerária em todo o mundo apresenta-se como um problema de saúde pública emergente, em que as condições de confinamento e superlotação aumentam a probabilidade de ocorrência de doenças crônicas e infecciosas e a exposição a comportamentos de risco à saúde. OBJETIVOS: Investigar o perfil sociodemográfico, o histórico jurídico-criminal e os comportamentos de risco para a saúde com ênfase no uso de drogas ilícitas e fatores associados em reeducandas de um município brasileiro e sua associação com fatores sociodemográficos, comportamentos de risco à saúde e doenças autorreferidas. MATERIAIS E MÉTODO: Consistiu em um estudo censitário, transversal com abordagem quantitativa que envolveu 64 mulheres encarceradas na Penitenciária Regional de Campina Grande Raimundo Asfora. Para coleta de dados aplicou-se um questionário estruturado contendo dados sociodemográficos, história jurídico-criminal, comportamentos de risco, sendo o uso de drogas investigado através do instrumento ASSIST com adaptações para população privada de liberdade em ambiente prisional. Foi realizada análise estatística descritiva e inferencial, a partir do Teste do Qui-quadrado de Pearson ( ), com cálculo dos Odds Ratios (OR) bruto e intervalo de confiança (IC) de 95%. A análise multivariada de regressão logística também foi realizada a fim de observar o comportamento das variáveis em conjunto, adotou-se um nível de significância de 10% . RESULTADOS: As mulheres eram em sua maioria jovens (60,9%) , com poucos anos de estudo (79,7%) , baixa renda familiar (64,1%) sem companheiro (57,8%) , com filhos (84,4%) e sentenciadas (56,3%) . As doenças autorreferidas mais prevalentes foram a depressão (26,6%) e a hipertensão arterial (12,5%) A prevalência de uso de drogas ilícitas alguma vez na vida foi de 43,8%. O uso de drogas ilícitas teve relação com um grupo de variáveis que em conjunto representaram significância: faixa etária de 18 a 29 anos (p=0,022), uso de derivados do tabaco (p=0,005), não realizar atividade educacional na unidade prisional (p=0,017), realizar visitas na prisão (p=0,051), e não ser presa por tráfico (p=0,091). CONCLUSÕES: A prevalência de uso de drogas ilícitas alguma vez na vida foi elevada e associada a condições sociodemográficas mais precárias e exposição a comportamentos de risco à saúde. Estes fatores devem ser considerados nas estratégias de promoção a saúde, como a criação de políticas públicas que visualizem as condições epidemiológicas que favorecem a exclusão social e as vulnerabilidades sociais e especificidades da mulher presa, e com isto possam intervir naquilo que está no cerne da negatividade das condições de saúde da mulher encarcerada, estando em consonância com as ações nas demais esferas (educação, segurança pública).
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Convivendo com a síndrome da tensão pré-menstrual: um enfoque da fenomenologia existencial. / Coping with the premenstrual tension syndrome: an existential phenomenological approach.Clarice Heiko Muramatsu 09 April 2001 (has links)
Este estudo teve como trajetória desvelar o fenômeno Convivendo com a síndrome da tensão pré-menstrual. Para tanto, optei pela pesquisa qualitativa com abordagem fenomenológica. Foram realizadas entrevistas com seis mulheres, cuja idade variou entre 18 a 44 anos. Três delas eram solteiras, uma casada com filhos, uma divorciada com filhos e uma separada com filhos. Utilizei-me das seguintes questões norteadoras para desvelar a essência do fenômeno: "Como é para você ter a síndrome da tensão prémenstrual?"; e "Descreva como é conviver com a síndrome da tensão prémenstrual." Os discursos foram analisados, segundo o referencial fenomenológico existencial fundamentado nos filósofos Merleau Ponty e Martin Heidegger. Emergiram desta análise seis unidades temáticas, que convergiram para três grandes categorias: O corpo existindo nas relações com o mundo, Vivendo a angústia da situação e Necessitando ser cuidada. Essas categorias desvelaram que as mulheres encontram-se no limiar do desconforto físico e emocional advindo da STPM e que essa condição está relacionada ao corpo por meio da qual buscam adequar-se às flutuações psicoemocionais, às suas experiências e conseqüentemente à sua vivência individual e, ao mesmo tempo, social, como ser-aí, ser-com. A construção deste estudo possibilitou vislumbrar novos caminhos no assistir/cuidar da mulher com a síndrome da tensão pré-menstrual, além de direcionar para um ensino centrado na dimensão humana/existencial. Palavras chave: Tensão pré-menstrual; fenomenologia; saúde da mulher. / The present study, of phenomenological qualitative nature, was intended to unveil the phenomenon "Coping with the premenstrual tension syndrome". The interviewed subjects included six women, age range 18 to 44 years, three of them single, one married with children, one divorced with children, and one of them separated with children. The following guiding questions were used in this context: "How is it for you to have the premenstrual tension syndrome?"; "Describe the way you cope with that event". Discourses were analyzed in accordance with the existential phenomenological referents based in the Merleau Ponty and Martin Heidegger philosophersstudies. Six thematic units were seen to emerge from this analysis which converged towards three large categories: The body existing in relation with the world, Living with the anxiety caused by the situation, and The need to be cared for. These categories disclosed the fact that those women are found to be at the threshold of this discomfort and that this condition is related to the body which seeks to adequate itself to the psychoemotional fluctuations, its experiences and consequently to its personal experience, and, at the same time, to the social experience perceived as "being there' and "being with". The building of this study could disclose new paths to assist and care for the premenstrual tension syndrome shown by those women, and also, concentrate the teaching within the human/existential dimension.
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Deixar de ser mulher: conhecimento e significado cultural da menopausa / Leaving womanhood behind: knowledge and experience of menopauseGabriela Maria Cavalcanti Costa 13 February 2007 (has links)
O objetivo deste estudo foi compreender o conhecimento e a vivência da menopausa para um grupo de mulheres. Buscamos nos referenciais teórico-metodológicos da Antropologia médica, e do método etnográfico, as bases para o estudo do evento. Os métodos utilizados para a coleta de dados com 12 colaboradoras que vivenciam a menopausa foram a observação participante, a entrevista semi-estruturada e o desenho de como elas visualizavam o corpo internamente, dentro de uma silhueta feminina, previamente reproduzida. Para aquelas que não entendiam essa formulação da proposta, foi solicitado que desenhassem aquilo que está envolvido com a menstruação e a menopausa. O objetivo foi o de complementar as entrevistas; motivar as mulheres a falarem a respeito da menopausa, verificar o quanto a representação que elas têm do corpo influencia, de fato, o significados que possuem sobre a menopausa e, por fim, favorecer a interpretação compartilhada à medida que, ao desenharem, comentavam sobre seus desenhos. Os dados foram apresentados na forma de narrativa e analisados à luz da teoria abordada. Nas narrativas, identificamos categorias que foram integradas em três temas: corpo, menstruação e menopausa. Dessas categorias, emergiram seis temas culturais: a menstruação caracteriza a mulher e define seu papel; o corpo emite os sinais; o poder de Deus determina as funções do corpo; a menopausa como evento natural do corpo e a menopausa e o deixar de ser mulher. Uma vez construídas as subcategorias / categorias / temas passou-se a analisar a natureza da experiência comum entre as mulheres. Dessa forma, foram delineadas a interpretação e a compreensão da vivência da menopausa, segundo suas elaborações culturais. Prosseguimos com uma comparação entre as categorias, evidenciando os nexos, na tentativa de sintetizar essas interpretações e compreensões em temas de significado. Destarte, foi possível compreender que a menopausa, experiência humana feminina, é resultante de uma construção singular, estando integrada a uma rede de significados, instituídos pelo grupo, que condiciona o conhecimento e a vivência dentro de determinados padrões culturais que devem ser considerados no cuidado pelos profissionais de saúde. Finalizando, o conhecimento sobre a menopausa, neste grupo de mulheres, foi um processo construído ao longo da vida e reflete a realidade cultural e social da localidade, para a qual a vivência da menopausa significa deixar de ser mulher / This investigation has the objective to understand a group of women´s knowledge and experience of menopause. Medical anthropology is the theoretical basis for the study and the ethnographic methodology the option for data collection. The data collection was carried out with 12 collaborators who were in experiencing menopause through participant observation, semi structured interview and the drawing in a silhouette previously produced. In this drawing the women were asked to represent how they viewed menstruation and menopause, aiming to complement interviews, motivating women to talk about their menopause, to know their representation about their own body. To obtain their interpretation they were asked to make comments on their drawings. We worked data as narratives and analyzed them based on the theoretical framework. In the narratives, we identified categories integrated in six cultural themes: menstruation characterizes woman and defines her role; body sends its signals; God´s power determines body functions; menopause is a body natural event and after menopause womanhood is left behind. After the classification of subcategories, categories and themes, the analysis searched for the common experience of women. This strategy allowed gaining access of both menopause experience and understanding based on their cultural elaborations. Then we compared categories attempting to synthesize such interpretations obtain the meanings. It was possible to understand menopause as a female unique experience, as a result of a singular integrated construction to a meaning net constructed by the group, in which social condition and cultural context are determinants. As result this phenomenon must be carefully dealt by local health professionals. Finally, knowledge about menopause, in the studied group, was a process constructed during life course, reflecting cultural and social local reality for which menopause experience means leaving womanhood behind
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A trajetória de mulheres brasileiras na depressão pós-parto: o desafio de (re)montar o quebra-cabeça / The trajectory of Brazilian women in postpartum depression: the challenge of putting the puzzle back togetherHudson Pires de Oliveira Santos Júnior 18 January 2013 (has links)
A depressão pós-parto (DPP) é um transtorno do humor que pode afetar mulheres de diversas culturas, já sendo considerado um problema internacional de saúde pública. Contudo, há ainda pouco conhecimento científico sobre as características qualitativas da experiência da depressão pós-parto no contexto latino-americano, incluindo o Brasil. Diante dessa lacuna, o objetivo dessa pesquisa foi compreender a trajetória de um grupo de mulheres brasileiras na experiência da DPP. Trata-se de um estudo interpretativo descritivo. Os participantes foram 15 mulheres com diagnóstico clínico de DPP e 9 familiares indicados por elas. A coleta de dados foi realizada na cidade de São Paulo no período de maio de 2011 a janeiro de 2012, por meio de entrevistas semiestruturadas. Os dados foram submetidos à análise temática indutiva. Como resultado, compreende-se que a trajetória das mulheres na experiência da DPP as levou a vivenciar uma maternidade fora dos padrões idealizados que, como consequência, modificou a forma como elas entendiam a própria identidade. A analogia de um quebra-cabeça é utilizada para descrever o desarranjo causado pela DPP na imagem mulher-mãe composta pelas peças identidade e maternidade. O fator que mais afetou a peça maternidade foram os pensamentos que as mulheres vivenciaram de machucar os filhos. Em resposta a isso, elas descreveram diferentes formas de exercer a maternidade. A peça identidade ficou em segundo plano devido à importância sociocultural dada à maternidade. Assim, mesmo os sintomas depressivos tendo afetado a capacidade individual das mulheres e a própria percepção sobre si mesmas, foi apenas a falha em cuidar da criança que despertou a questão da depressão e gerou a necessidade por assistência. Apoio familiar, retorno ao convívio social e tratamento psicofarmacológico foram as principais estratégias adotadas pelas mulheres para recuperar a condição de saúde. Porém, pode-se concluir que as peças do quebra-cabeça mulher-mãe não voltaram a se encaixar como antes. O desarranjo causado pela DPP não foi revertido e, por isso, as mulheres tiveram que se adaptar a um novo normal, no qual a identidade pessoal, a percepção sobre a maternidade, a relação com os filhos e companheiros foram negativamente afetadas. A descrição e a interpretação apresentada nesse estudo podem ser utilizadas por profissionais de saúde para compreender o processo de adoecimento das mulheres na DPP, bem como fornecer inúmeras possibilidades para futuras pesquisas. / Postpartum depression (PPD) is a mood disorder affecting women from different cultures, and is considered to be an international public health problem. However, there is still little scientific knowledge regarding the qualitative characteristics of the experience of PPD in the Latin American context, including Brazil. Given this lack of knowledge, the objective of this study was to understand the trajectory of a group of Brazilian women\'s experiences with PPD. This was an interpretive description study. The participants were 15 women with the clinical diagnosis of PPD, and 9 family members chosen by them. Data collection was performed in the city of São Paulo in the period of May 2011 to January 2012, through semistructured interviews. The data underwent inductive thematic analysis. As a result, it was understood that the trajectory of the women experiencing PPD led them to experience motherhood outside of the idealized standards, which consequently modified the way in which they understood their own identity. The analogy of a puzzle is used to describe the rearranging of the woman-mother image, composed of the two pieces \"identity\" and \"maternity,\" caused by PPD. The thoughts that the women experienced of hurting their children proved to be the factor most greatly affecting the puzzle piece \"maternity.\" As a response to this, they described different ways of exercising their motherhood. The puzzle piece \"identity\" took second stage due to the sociocultural importance given to maternity. Therefore, even when the depressive symptoms had affected the woman\'s individual ability, or her perception of herself, it was only when there was a failure to care for the child when questions arose regarding depression, generating the need for help. Family support, returning to social activities, and psychopharmacological treatment were all named as the main strategies to recover their health condition. However, it may be concluded that the woman-mother pieces never fit back together as they once had. The rearranging caused by the PPD was not reverted; the women had to adapt to a new \"normal,\" where their personal identity, their perception of motherhood, and their relationships with their children and partners had been negatively affected. The description and interpretation presented in this study may be used by healthcare professionals to understand the illness process of women in PPD, and provide innumerable possibilities for future research.
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"Assistência de enfermagem à mulher no período puerperal: uma análise das necessidades como subsídios para a construção de indicadores de gênero" / Asistencia de enfermería a la mujer en el período puerperal: un analice de las necesidades como subsidios para la construcción de indicadores de genero.Mariza Silva Almeida 06 April 2005 (has links)
Entendendo que o gênero perpassa todos os espaços sociais, este estudo foi desenvolvido sob tal enfoque, objetivando identificar a visão das puérperas sobre os cuidados de enfermagem recebidos por elas, durante sua internação; analisar as necessidades das puérperas que demandam cuidados de enfermagem, durante a internação, e identificar subsídios para a construção de indicadores de gênero para o cuidado de enfermagem à puérpera, durante a internação, com base nas necessidades identificadas. Para viabilizar os objetivos desta tese, adotamos uma metodologia qualitativa, tendo o gênero como abordagem teórica e metodológica principal. O estudo foi realizado com 58 mulheres que se encontravam nos primeiros 10 dias pós-parto normal, sem intercorrência clínica ou obstétrica, numa maternidade pública de Salvador Bahia, sendo que 25 delas participaram do primeiro momento das entrevistas e 33, no segundo momento, por meio das oficinas de reflexão. Para operacionalizar a técnica e tratar os dados coletados, optamos por utilizar a análise de conteúdo, modalidade temática norteada por Bardin (1977). O interesse em conhecer as necessidades de gênero das mulheres e os cuidados de enfermagem necessários para o seu atendimento, durante sua internação no Alojamento Conjunto, conduziu-nos à apreensão de várias ordens de necessidades práticas. Sentiram-se acolhidas, cuidadas e respeitadas no parto anterior, em contraposição ao parto atual, no qual experienciaram o descuido, a desatenção, numa relação impessoal, agressiva, por parte das profissionais de enfermagem, conduzindo-as ao sentimento de desprezo e de humilhação. Apesar de terem expectativas de serem ouvidas, examinadas e avaliadas nas suas condições físicas, sentiram-se desamparadas e frustradas por não serem atendidas em suas necessidades. Em razão da dificuldade de acesso ao atendimento, disseram que, mesmo a contragosto, procuraram os serviços dessa maternidade. Houve a necessidade da presença da família, ao desejarem ter um (a) acompanhante, receber a visita dos filhos menores e sair de alta precoce. A informação, orientação e segurança, explicitadas em suas falas, indicavam que acreditavam que um serviço gratuito de saúde atenderia a esses componentes. Tinham como necessidade de conforto uma melhor alimentação em relação à quantidade e à qualidade, além de um ambiente agradável, higienizado e acolhedor. Indicaram que outros elementos como a disposição de espaço e condições para o lazer o tornariam mais aprazível e diminuiriam a monotonia. Revelaram a necessidade de cuidar da aparência, sentindo-se mal vestidas e despenteadas, demonstrando o desejo de melhorar a auto-imagem. A partir dessas categorias, elaboramos elementos de subsídios para a construção de indicadores de gênero que possibilitará a enfermagem prestar a assistência com mais qualidade e menos iniqüidade de gênero. A proposição dos indicadores de gênero não deve ser visto como domínio exclusivo da enfermagem, mas como um instrumento de apoio decisório para o atendimento às necessidades das mulheres no puerpério, contribuindo sobremaneira para o planejamento, gestão, monitoramento e avaliação da assistência. / Entendiendo que género pasa por todos los espacios sociales, este estudio fue desarrollado sobre este enfoque, siendo los objetivos: identificar la visión de las puérperas sobre los cuidados de enfermería recibidos por ellas, durante su hospitalización; analizar las necesidades de las puérperas que demandan cuidados de enfermería durante su hospitalización e identificar subsidios para la construcción de indicadores de género para el cuidado de enfermería a la puérpera durante su hospitalización, con base en sus necesidades identificadas. Para viabilizar los objetivos, adoptamos una metodología cualitativa, teniendo el enfoque de género como abordaje teórico y metodológico principal. El estudio fue realizado con 58 mujeres que se encontraban en los primeros 10 días de post parto normal, sin intercurrencias clínicas y obstétricas, en una maternidad pública de El Salvador-Bahia, siendo que 25 de ellas participaron del primer momento de las entrevistas y 33, en el segundo momento, por medio de las oficinas de reflexión. Para operacionalizar la técnica y tratar los datos recolectados, optamos por utilizar análisis de contenido en la modalidad temática norteada por Bardin (1977). El interés por conocer las necesidades de género de las mujeres y los cuidados de enfermería, necesarios para la atención durante su hospitalización en Alojamiento Conjunto, nos condujo en la aprehensión de diferentes ordenes de necesidades practicas. Se sintieron acogidas, cuidadas y respetadas en el parto anterior, en contraposición al parto actual, en el cual experimentaron el descuido, la desatención, la relación interpersonal agresiva por parte de los profesionales de enfermería, conduciéndolas al sentimiento de desprecio y de humillación. A pesar de tener expectativas a ser escuchadas, examinadas y evaluadas en su condición física, se sintieron desamparadas y frustradas por no ser atendidas en sus necesidades. En razón de la dificultad de acceso a la atención, manifestaron que, así mismo en desacuerdo, buscaron los servicios de esta maternidad. Hubo la necesidad de la presencia de la familia, deseando tener um acompañante, recibir visita de los hijos menores y salir de alta precoz. La información, orientación y seguridad, explicitadas en sus manifestaciones, indican que, les daba certeza que un servicio gratuito de salud atendería esos componentes. Tenían como necesidad de conforto una mejor alimentación con relación a la cantidad y calidad, así también de un ambiente agradable, limpio y acogedor. Indicaron que, otros elementos como la disposición de espacio y condiciones para el esparcimiento se tornarían con mas placer y disminuiría la monotonía. Rebelaron la necesidad de cuidar de su apariencia, sintiéndose mal vestidas y esaliñadas, demostrando el deseo de mejorar su autoimagen. A partir de esas categorías, elaboramos elementos de subsidios para la construcción de indicadores de genero que posibilita a enfermería prestar asistencia con mas calidad y menos inequidad de genero. La propuesta de indicadores de genero no debe ser visto como dominio exclusivo de enfermería, mas si como un instrumento de apoyo decisorio para la atención de las necesidades de las mujeres en el puerpério, contribuyendo de sobremanera para el planeamiento, gestión, monitorización y evaluación de la asistencia.
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A saúde reprodutiva de mulheres portadoras e ex-portadoras de hanseníase em uma capital do Nordeste - Brasil / The reproductive health of women suffering and former carriers of leprosy in a capital Northeast - BrazilClodis Maria Tavares 10 March 2014 (has links)
A detecção de casos novos de hanseníase permanece elevada no mundo, no Brasil e em Alagoas. Trata-se de uma importante morbidade que leva a incapacidades físicas, preconceito e estigma. A ênfase dada à saúde reprodutiva de mulheres portadoras e ex-portadoras de hanseníase deve-se ao fato de a gestação induzir recidivas, exacerbar lesões pré-existentes e aumentar a evolução da forma indeterminada para outras formas clínicas, o que exige um acompanhamento para uma prática anticonceptiva segura. O objetivo geral foi conhecer a situação da saúde reprodutiva das mulheres portadoras e ex-portadoras de hanseníase na rede de atenção básica do município de Maceió. Trata-se de um estudo descritivo de corte transversal com abordagem quantitativa. O estudo foi realizado em 14 Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos 07 Distritos Sanitários do município de Maceió/Alagoas. A população foi constituída por 60 mulheres. Os dados nos revelam que a maioria das mulheres se encontrava na faixa etária de 30 a 49 anos (75%), tinham companheiro (70%), eram analfabetas ou com o ensino fundamental incompleto (53,3%). Em relação à ocupação, 45% eram do lar e 55% desempenhavam outras ocupações remuneradas. Essas mulheres coabitavam com uma a três pessoas (36,7%) ou com seis a quatorze pessoas (28,3%). Quanto à religião, 61,7% eram católicas. A maioria buscou detecção por demanda espontânea (30,0%). Quanto à forma clínica, 30,0% era Dimorfa, 20% Tuberculóide, 15% Indeterminada, 10% Virchowiana e 25,0% formas clínicas não classificadas. Eram multibacilares 56,7%. Quanto às reações hansênicas, 16,7% informaram tê-las antes do diagnóstico, 28,3% durante o tratamento e 21,7% no pós-tratamento; 8,3% das reações eram do tipo I e 66,7%, do tipo II. Das mulheres, 5% estavam grávidas no diagnóstico, 1,7% no período puerperal e 1,7% amamentando. Em relação à história reprodutiva, 63,3% engravidou de uma a três vezes e 26,6% de quatro a dez vezes e 75% tiveram de um a três partos. Três mulheres estavam grávidas no momento do diagnóstico. Conheciam métodos contraceptivos, como condom masculino (98,3%), pílula (88,3%), laqueadura tubária (86,7%) e outros; os utilizavam, em maior índice, pílula (73,3%), condom masculino (70,0%), laqueadura tubária (53,3%) e outros. Quanto ao conhecimento dos métodos anticoncepcionais e características sociodemográficas, os maiores percentuais foram: condom masculino (100%), pílula (87,8%), laqueadura tubária (85,7%), injeção (75,6%), tabela (71,4%), DIU (64,3%). Realizando uma análise inferencial os dados denotam relação significativa com associação entre temperatura e ocupação, aleitamento materno e número de pessoas na família, pílula e número de pessoas, injeção e escolaridade, injeção e ocupação, diafragma e número de pessoas, espermicida e número de pessoas, vasectomia e se estudava, com p>0,05. Médicos e enfermeiros contribuíram mais na oferta de informações sobre contraceptivos, meios midiáticos exerceram grande influência. O principal local de recebimento dos contraceptivos foi a UBS. Concluímos que as mulheres em idade fértil portadoras e ex-portadoras de hanseníase estão sendo pouco aconselhadas para a anticoncepção, tornando-se susceptíveis ao risco de uma gravidez indesejável, levando-as a apresentar reações imunológicas graves / The detection of new leprosy cases in the world remains high in Brazil and Alagoas. This is an important morbidity that leads to physical disability, prejudice and stigma. The emphasis on reproductive health of women suffering and former carriers of leprosy is due to the fact pregnancy induce relapses, exacerbate pre-existing injuries and increase the evolution of indeterminate form for other clinical forms, which requires monitoring for a safe contraceptive practice. The overall objective was to know the situation of reproductive health of women suffering and former carriers of leprosy in primary health care in the city of Maceió network. This is a descriptive cross-sectional study with a quantitative approach. The study was conducted in 14 Basic Health Units (BHU) of the 07 health districts of the city of Maceió / Alagoas. The study population consisted of 60 women. The data reveal that a majority of women in the age group 30-49 years (75%) had a partner (70%) were illiterate or with incomplete primary education (53.3%). In terms of occupation, 45% were housewives and 55% played other paid occupations. These women lived with one to three people (36.7%) or six to fourteen people (28.3%). As for religion, 61.7% were Catholic. Most searched detection by spontaneous demand (30.0%). Clinical forms, 30.0% were borderline, 20% Tuberculoid, Indefinite 15%, 10% and 25.0% Lepromatous clinical forms not classified. 56.7% were multibacillary. As for leprosy reactions, 16.7% reported having them before diagnosis, during treatment 28.3% and 21.7% after treatment; 8.3% of the reactions were of type I and 66.7% type II. Among women, 5% were pregnant at diagnosis, 1.7% in the postpartum period and 1.7% breastfeeding. Regarding reproductive history, 63.3% of pregnant once to three times, and 26.6% for four to ten times, and 75% had one to three deliveries. Three women were pregnant at the time of diagnosis. Knew contraception, and male condom (98.3%), pill (88.3%), female sterilization (86.7%) and others; used them in highest pill (73.3%), male condom (70.0%), female sterilization (53.3%) and others. Regarding knowledge of contraceptive methods and sociodemographic characteristics, the highest percentages were male condom (100%), pill (87.8%), female sterilization (85.7%), injection (75.6%), table (71 , 4%), IUD (64.3%). Performing an inferential data analysis showed a significant relationship with association between temperature and occupation, breastfeeding and number of family members, and number of people pill, injection and education, and occupation injection, diaphragm and number of people, number of people and spermicide, vasectomy and studied with p> 0.05. Doctors and nurses have contributed more to offer information about contraceptives, exerted great influence from the media. The principal place of receipt of contraceptives was BHU. We conclude that women of childbearing age bearers and former carriers of leprosy are being advised to little contraception, making it susceptible to the risk of an unwanted pregnancy, leading them to develop severe immune reactions
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A experiência da mulher e de seu acompanhante no parto em uma maternidade pública / Childbirth experiences of women and their companions at a public maternity hospitalSilvana Regina Rossi Kissula Souza 10 December 2014 (has links)
Estudo qualitativo, baseado na história oral temática sobre a experiência da mulher e de seu acompanhante no processo parto e nascimento em uma maternidade pública em Curitiba-Paraná. O estudo teve como objetivo conhecer a experiência de mulheres e de seus acompanhantes no processo de parto. A coleta de dados foi realizada no período de outubro de 2012 a maio de 2013, utilizando entrevistas semiestruturadas individuais. Os colaboradores do estudo foram 11 mulheres e 11 acompanhantes presentes no processo de parto e nascimento e convidados a participar da pesquisa durante as oficinas do projeto de extensão universitária Preparo para o parto acompanhado. As entrevistas foram gravadas, transcritas e retextualizadas; após foi extraído o tom vital. Os colaboradores conferiram as versões retextualizadas das narrativas e assinaram a Carta de Cessão. Os dados foram analisados tematicamente e separados em três temas: 1) experiências no processo de parto acompanhado; 2) atuação dos profissionais na visão das mulheres e dos acompanhantes; 3) as contradições e barreiras na vivência do parto. Neste estudo destacaram-se a escolha das mulheres pela presença dos maridos/companheiros; os motivos da escolha, tais como segurança, apoio e tranquilidade; as experiências do nascimento e o papel do acompanhante. As medidas para o alívio da dor, o respeito às escolhas da mulher sobre as posições do parto e as atitudes de alguns profissionais foram apontados como aspectos facilitadores no processo de parto acompanhado. Foram encontradas contradições do modelo de atenção ao parto e dificuldades para a inserção do acompanhante no processo de parto e nascimento, entre elas algumas situações de restrição ao acesso do acompanhante, aspectos organizacionais de estrutura e o comportamento de alguns profissionais de saúde. Algumas práticas apontam para uma melhoria da assistência prestada às mulheres e suas famílias no processo de parto e nascimento. Conclui-se que a participação do acompanhante no processo de parto no modelo de assistência ao parto vigente ainda encontra barreiras para que se realize plenamente no modelo do parto humanizado preconizado pela Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde / Qualitative study based on oral history of womens experiences and their companions during the process of labor and childbirth at a public maternity in Curitiba, Paraná State/Brazil. The study objectified to apprehend the experience of women and their companions during the childbirth process. Data collection was held between October, 2012 and May, 2013 by means of individual semi-structured interviews. The collaborators in the study were 11 women and 11 companions present during the childbirth process, and invited to participate in the research during the workshops of the university extension project Preparation for childbirth companions. The interviews were recorded, transcribed and retextualized; after that, the vital tone was extracted. The collaborators checked the retextualized versions of the narratives and signed the Cession Letter. Data were thematically analyzed and separated in three themes: 1) experiences during the process of accompanied childbirth; 2) professionals performance viewed by the women and their companions; 3) contradictions and obstacles during childbirth experience. In this study, it can be pointed out: womens choice for the presence of their husbands/partners; the reasons for that choice, such as safety, support and assuredness; childbirth experiences and the companions role. Procedures for pain relief, respect for the womens choices on the positions during delivery, and some professionals attitudes were pointed as facilitators during the accompanied childbirth process. Contradictions in the childbirth caring model as well as companions constraints for their insertion in the childbirth process were found, among them, some restrictive situations of companions access, organizational, structural aspects and some health professionals behavior. Some practices point to care improvement rendered to women and their families during the childbirth process. It is concluded that companions participation during the childbirth process under the current caring model still finds some hurdles for the full achievement of the humanized childbirth caring model advocated by the World Health Organization and Brazilian Ministry of Health
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A utilização do coping religioso/espiritual por mulheres submetidas ao tratamento do câncer de mama / The use of spiritual/religious coping for women undergoing treatment for breast cancerMariana Lopes Borges 26 June 2015 (has links)
O Coping Religioso/Espiritual (CRE) vem sendo apontado como importante estratégia utilizada no enfrentamento de estímulos estressores, especialmente no contexto da saúde. Este estudo teve como objetivo avaliar o nível de CRE utilizado por mulheres submetidas ao tratamento do câncer de mama. Trata-se de uma pesquisa com delineamento quantitativo, descritivo e corte transversal. Participaram 94 mulheres submetidas aos tratamentos do câncer de mama, que frequentavam regularmente um núcleo de reabilitação. A coleta de dados ocorreu de outubro de 2013 a junho de 2014 e foram utilizados dois instrumentos: questionário com dados sociodemográficos, clínicos, religiosos/espirituais e estímulo estressor associado ao câncer de mama, e a Escala de Coping Religioso/Espiritual Breve (CRE-Breve). Os dados do questionário foram analisados descritivamente e utilizou-se o programa SPSS versão 16.0. Os itens da escala foram analisados segundo sugestão da autora que validou o construto no Brasil, utilizando os testes estatísticos apropriados. Foram respeitados os preceitos éticos da resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Os resultados mostraram que: todas as participantes utilizaram o CRE, sendo 76,6% em nível alto/altíssimo e 23,4% em nível médio; o CRE Positivo (mediana 3,44; média 3,41; desvio padrão 0,59) foi mais utilizado em relação ao CRE Negativo (mediana 1,13; média 1,27; desvio padrão 0,40) e Razão CREN/CREP (mediana 0,35; média 0,38; desvio padrão 0,14). Foram significantes: as comparações dos escores do CRE Total com as variáveis \"Quimioterapia\" (p=0,012), \"Participa de atividade religiosa/espiritual\" (p=0,001), \"Frequência com que participa de atividade religiosa/espiritual\" (p=0,002) e \"Grau de importância da religiosidade/espiritualidade no momento de vida\" (p=0,032); as comparações dos escores do CRE Positivo com as variáveis \"Quimioterapia\" (p=0,011), \"Participa de atividade religiosa/espiritual\" (p=0,004) e \"Frequência com que participa de atividade religiosa/espiritual\" (p=0,011); as comparações dos escores do CRE Negativo com as variáveis \"Participa de atividade religiosa/espiritual\" (p=0,019) e \"Frequência com que participa de atividade religiosa/espiritual\" (p=0,002). Apesar de não ter havido diferença significante do CRE com as demais variáveis investigadas, elas devem ser consideradas ao se avaliar a utilização de CRE frente a estímulos estressores, especialmente o câncer de mama; o CRE se mostrou como uma importante estratégia de enfrentamento em situações de estresse vividas por mulheres com câncer de mama e as auxiliou enfrentar a doença e as consequências dos tratamentos realizados. O fato de as mulheres participarem de um núcleo de reabilitação integral pode ter contribuído na utilização do CRE como estratégia de enfrentamento do câncer de mama. Evidencia-se a importância de os profissionais da saúde se apropriarem de conhecimentos, habilidades e atitudes que os auxiliem a inserir o cuidado espiritual no planejamento e implementação das ações de assistência à saúde, principalmente de mulheres com câncer de mama. Sugere-se ainda a criação de serviços em saúde que ofereçam o suporte religioso/espiritual aos seus pacientes e a adequação daqueles que já se encontram em funcionamento, uma vez que esta se mostra como uma estratégia importante diante de eventos estressores, inclusive àqueles relacionados aos problemas de saúde / The Spiritual/Religious Coping (ERC) has been identified as an important strategy used in coping with stress, especially in the context of health. This study aimed to evaluate the level of ERC used by women undergoing treatment for breast cancer. It´s a survey of quantitative, descriptive and cross-sectional design. Participated 94 women submitted to breast cancer treatments for regularly attendance on a rehabilitation center. Data collection took place from October 2013 to June 2014 and two survey instruments were used: questionnaire with sociodemographic and clinical, religious/spiritual data; and stressor stimulus associated with breast cancer, and the Spiritual/Religious Coping Scale (ERC-Short). Questionnaire data were analyzed descriptively using SPSS version 16.0. Scale items were analyzed according to construct validation in Brazil. The ethical precepts of the Resolution 466/2012 of the National Health Council were respected. Results showed that all participants used the ERC, and 76.6% in high/very high level and 23.4% in average level; Positive ERC (median 3.44, average 3.41, standard deviation 0.59) was used relative more than negative ERC (median 1.13, average 1.27, standard deviation 0.40) and the Ratio of ERCN/ERCP (median 0.35, mean 0.38, standard deviation0.14). Were significant for the comparisons scores of total ERC with the \"Chemotherapy\" variables (p=0.012); \"takes part in religious/spiritual activity\" (p=0.001); \"frequency of participating in religious spiritual activity\" (p=0.002), and \"degree of importance of religiousness/spirituality at the time of life\" (p=0.032).Comparisons scores of the ERC Positive with the variables \"Chemotherapy\" (p=0.011); \"takes part in religious/spiritual activity\" (p=0.004) and \"frequency of participating in religious/spiritual activity\" (p=0.011). Comparisons scores of the ERC negative with \"participates in religious/spiritual activity\" (p=0.019) and \"frequency of participating in religious/spiritual activity\" (p=0.002). Although there has been no significant difference in the ERC with other variables investigated, they should be considered when evaluating the use of ERC facing stressful factors, especially breast cancer. The ERC proved to be an important strategy in situations of stress experienced by women with breast cancer and confront the disease and the consequences of treatments. The fact that women participated in a comprehensive rehabilitation core may have contributed to the use of the ERC as a coping strategy of breast cancer. Highlights the importance of health professionals to appropriate knowledge, skills and attitudes that help them to introduce the spiritual care in planning and implementation of health care interventions, mainly of women with breast cancer. It is also suggested the creation and adequacy of health services that offer religious/spiritual support to their patients, since this appears as an important strategy in facing stressor stimulus, including those related to health problems
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