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Efeito do formato de informações escritas sobre reações adversas na compreensão dos usuários de medicamentosPagano, Cassia Garcia Moraes January 2016 (has links)
Comunicar aos pacientes os riscos de reações adversas dos medicamentos é fundamental para a tomada de decisão adequada dos pacientes, pois a informação aprimora seu conhecimento e influencia suas atitudes, auxiliando os pacientes a melhorar sua saúde. Estudos têm demonstrado que existem grandes diferenças individuais na interpretação de termos que são comumente usados para expressar risco de experimentar uma reação adversa e que a compreensão é influenciada pela apresentação da informação, bem como por fatores relacionados ao indivíduo, como o letramento em saúde e a habilidade numérica. O objetivo geral deste estudo foi avaliar o efeito de diferentes formatos de informações escritas na compreensão de reações adversas de medicamentos pelo usuário. Primeiramente foi realizada uma revisão sistemática a fim de avaliar as evidências do efeito de diferentes formas de informar sobre reações adversas na compreensão dessas informações pelo usuário de medicamentos. Em uma segunda etapa, foi realizado ensaio clínico randomizado duplo- cego (n=393), para avaliar a eficácia de três formatos, baseados nos resultados preliminares da revisão sistemática. Para a realização da revisão sistemática foram utilizadas as bases PubMed, Cochrane, EMBASE, SCIELO, LILACS, CINAHL, IPA, Web of Science, SCOPUS, OneFile, EBSCO e Clinical Trials, Proquest e Open Grey. O período de cobertura foi do início da base de dados até setembro de 2015. Foram incluídos na revisão estudos que comparassem a compreensão de dois ou mais formatos de informações escritas sobre a frequência de reações adversas, fornecidos a dois ou mais grupos de pacientes, com qualquer delineamento. Ao total, 23 ensaios clínicos realizados nos Estados Unidos e Reino Unido foram incluídos, envolvendo 14.342 participantes. Entre os estudos incluídos, 14 compararam formatos numéricos e nominais em diferentes combinações, 5 compararam formatos gráficos e os demais apresentaram outros formatos, como risco complementar versus risco total, diferentes formatos no denominador (100 x 1000), risco absoluto, risco relativo e NNH (número necessário para causar dano). A grande heterogeneidade entre os estudos não tornou possível a metanálise dos dados. Formatos numéricos demonstraram superioridade aos não-numéricos (nominal) na compreensão das informações. O uso de formatos gráficos comparados a textos também melhoraram a compreensão. A partir dos estudos avaliados nessa revisão, ainda não é possível definir qual o melhor formato para comunicar sobre reações adversas a medicamentos. Por exemplo, não há estudos comparando os formatos verbal, numérico, combinado e gráfico, o que favoreceria uma avaliação sobre o formato mais adequado à compreensão dos usuários de medicamentos. Na segunda etapa, foi realizado um ensaio clínico randomizado duplo-cego, em paralelo, unicêntrico. Usuários adultos de uma farmácia escola, com capacidade leitora avaliada pelo instrumento de Avaliação Breve de Alfabetismo em Saúde em Português para adultos (SAHLPA), foram randomizados para um dos três grupos: nominal + faixa de porcentagem, faixa de porcentagem e porcentagem absoluta. O desfecho principal foi a compreensão, avaliada como essencial (impressão geral da informação), literal (numérica especificamente), e classificada em adequada e inadequada. A percepção dos usuários quanto à satisfação da informação, intenção de tomar o medicamento, facilidade de entendimento e clareza das informações recebidas foram avaliadas como desfechos secundários. Foi utilizado teste de análise da variância (ANOVA) e qui-quadrado de Person para a comparação das diferenças. Os participantes foram recrutados no período entre junho a outubro de 2015 e foram entrevistados durante 35 minutos, em média; no total 393 participantes foram randomizadas para um dos três grupos. A compreensão essencial adequada foi de 65,6% para o formato nominal + faixa de porcentagem (n=128), 63,4% para faixa de porcentagem (n=131), 62,3% para porcentagem absoluta (n=131), sem diferença estatisticamente significativa entre os formatos (p >0,05). A compreensão literal adequada foi de 53,9% para o formato nominal + faixa de porcentagem, 44,3% para faixa de porcentagem e 48,5% para porcentagem absoluta, também sem diferença estatisticamente significativa entre os formatos (p >0,05). Os participantes que receberam o formato de porcentagem absoluta consideraram a informação mais clara (p<0,05), em comparação ao outros grupos. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os três formatos quanto aos desfechos secundários. Os resultados não demonstram diferenças na compreensão das informações entre os três formatos avaliados, portanto, os três formatos avaliados são equivalentes para informar a frequência das reações adversas. No entanto, a baixa compreensão apontada pelos resultados, demonstra que formatos alternativos precisam ser avaliados. Levando em consideração que os formatos numéricos demonstram-se mais eficazes em relação aos não-numéricos, e que os formatos gráficos podem auxiliar na compreensão de informações sobre reações adversas, um formato alternativo para informar as reações adversas relacionadas aos medicamentos precisa ser desenvolvido, a partir das necessidades dos usuários. É preciso considerar as preferências, nível de letramento em saúde e habilidades numéricas dos usuários de medicamentos. A disponibilização das bulas não deve ser apenas para cumprir as prerrogativas legais, mas sim deve cumprir seu papel de informar os usuários, de maneira eficiente, com conteúdo e formato adequados e compreensíveis. Por isso, é imprenscindível que as informações e seus formatos sejam avaliados pelos usuários de medicamentos, antes de serem empregados em materiais informativos, como a bula de medicamentos. / Communicate to patients the risks of side effects of drugs is critical for making appropriate decision by patients because the information enhances their knowledge and influence their attitudes, helping patients improve their health. Studies have shown that there are large individual differences in the interpretation of terms that are commonly used to express risk of experiencing a side effects and that understanding is influenced by the presentation of information, as well as factors related to the individual, such as literacy in health and numeracy. This study aim was to evaluate the effect of different formats of written information in the understanding of side effects by medicines user. First, was conducted a systematic review to assess the evidence of the effect of different ways to report side effects understanding of this information by the medicines user. In a second moment, clinical trial was conducted double-blind randomized (n = 393) to evaluate the efficacy of three formats, based on preliminary results of a systematic review. For the systematic review were used the MEDLINE (PubMed), Cochrane, EMBASE, SCIELO, LILACS, CINAHL, IPA, Web of Science, Scopus, OneFile, EBSCO and Clinical Trials, and Proquest Open Grey. The coverage period was the beginning of the database until September 2015. Were included in the review studies comparing the understanding of two or more written information formats on the frequency of adverse reactions, provided two or more groups of patients, any design. A total of 23 clinical trials in the United States and the United Kingdom were included, involving 14,342 participants. Among the included studies, 14 compared numerical and verbal formats in different combinations, 5 compared graphic formats and others showed other formats such as additional risk versus overall risk, different formats in the denominator (100 x 1000), absolute risk, relative risk and NNH (number needed to harm), positive versus negative frames. The heterogeneity between the studies did not make possible the meta-analysis of the data. Numerical forms demonstrated superiority to non-numeric in understanding the information. The use of graphics formats compared to texts also improved understanding. From the studies evaluated in this review, it is not possible to determine the best format for reporting on side effects. For example, there are no studies comparing the verbal descriptors, numeric, graphic and combined, which would favor an evaluation of the most appropriate format for the understanding of medicines users. In the second stage, was conducted a clinical trial randomized double-blind, parallel, single-center. Adult users of a pharmacy school, with reading capacity assessed by the Brief Assessment Instrument Literacy Health in Portuguese for adults (SAHLPA), were randomized to one of three groups: verbal + range of percentage, percentage range and absolute percentage. Main outcome variables were verbatim (specific numerical) and gist knowledge, classified as adequate and inadequate. The perception of users and the satisfaction of information, intended to take the drug, ease of understanding and clarity of information received were assessed as secondary endpoints. Was used analysis of variance test (ANOVA) and chi-square Person to compare the differences. Participants were recruited between June and October 2015 and were interviewed for 35 minutes on average; in total 393 participants were randomized to one of three groups. The adequate levels of gist knowledge was 65.6% and 53.9% for nominal format + percentage range (n = 128), 63.4% and 44.3% for percentage range (n = 131), 62 3% and 48.5% for absolute percentage (n = 131), with no statistically significant difference between the groups (p> 0.05). The adequate levels of verbatim knowledge was 53.9% for the nominal format + percentage range, 44.3% for percentage range and 48.5% for absolute percentage, also with no statistically significant difference between the groups (p> 0.05 ). Participants who received absolute percentage format considered the clearest information (p <0.05) compared to the other groups. There was no statistically significant difference between the three formats as the secondary outcomes. The results do not show differences in the understanding of information among the three formats, so the three evaluated formats are equivalent to inform the frequency of adverse reactions. However, poor understanding of the results indicated shows that alternative formats must to be evaluated. Taking into account that numerical formats are more effective than numerical ones, and that graphical formats can assist in understanding information on adverse reactions, an alternative format for reporting adverse drug-related reactions needs to be developed from needs of medicine users. It is necessary to consider the preferences, level of literacy in health and numerical abilities of the users of medicines.
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Evolução e resultados do sistema de farmacovigilância do brasil / Evolution and results of the pharmacovigilance system in BrazilMota, Daniel Marques January 2017 (has links)
Os sistemas de farmacovigilância fundamentam as decisões sobre segurança no uso de medicamentos regulamentados por autoridades de saúde. Estudá-los e propor estratégias de melhorias contribuem para fortalecer os sistemas de saúde, aperfeiçoando a qualidade da assistência à saúde e assegurando a segurança do paciente e coletividade. A Tese objetivou analisar a evolução e desempenho do sistema brasileiro de farmacovigilância, denominado de SINAF, e as notificações dos pacientes com suspeitas de reações adversas a medicamentos (RAMs) registradas no Notivisa-medicamento no período de 2008 a 2013 e propor uma lista-referência de códigos da CID-10 para vigilância de RAMs e intoxicações medicamentosas (IMs). A Tese compreende seis artigos científicos organizados para publicação. No primeiro, uma revisão de escopo apresentou uma perspectiva histórica para caracterizar a evolução do SINAF e lacunas identificadas no processo, como a ausência de comissão de farmacovigilância que atenda aos requisitos mínimos de um sistema de farmacovigilância propostos pela Organização Mundial da Saúde. Os artigos 2, 3 e 4 analisaram características relacionadas com o desempenho do SINAF. O artigo 2 revelou que não há preferência digital da idade na base de dados das notificações de eventos adversos a medicamentos (EAMs) do Notivisa-medicamento. Mediante uma análise comparativa, o artigo 3 mostrou diferenças entre o formulário para notificação de EAMs utilizado no SINAF e de outros doze países latinoamericanos (Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Guatemala, México, Panamá, Peru, Uruguai e Venezuela), sobretudo na quantidade de variáveis para preenchimento, podendo contribuir com a subnotificação de casos. No artigo 4 – um estudo de avaliação de sistemas de vigilância de saúde pública –, revelou que o desempenho do Notivisa-medicamento foi considerado satisfatório para três atributos (flexibilidade, validade e erro preditivo positivo) e deficitário para a maioria deles (simplicidade, aceitabilidade, representatividade, completude, consistência, oportunidade e clareza metodológica). O artigo 5, mediante estudo descritivo e retrospectivo, encontrou uma taxa de notificação de RAMs de 22,8/ 1 milhão de habitantes/ano. Trata-se de taxa bastante inferior a países de alta renda como Nova Zelândia, Suécia, Austrália e Suíça que possuem mais de 300 notificações por milhão, como em relação a países de média renda, como a África do Sul, com taxa de 77 por milhão de habitantes. A população feminina (60,5%) prevaleceu no total de pacientes (26.554), assim como, a raça/cor branca (58,1%). A idade variou de 0 a 112 anos (mediana = 46 anos). Quase 1/3 (32,5%) das suspeitas de RAMs ocorreram em populações vulneráveis (idosos e crianças). Foram avaliados 54.288 pares de medicamento-reação adversa, onde prevaleceram as reações adversas graves (59,2%), com destaque para as que resultaram em efeito clinicamente importante (83,1%). O estudo 6 propôs uma lista-referência com 691 códigos da CID-10, sendo 360 (52,1%) relacionados com RAMs e 331 (47,9%) com IMs. Um total de 511 (73,9%) códigos estão relacionados com casos de admissão hospitalar e/ou óbito. Os achados da Tese evidenciam a necessidade de mudanças em diferentes aspectos estudados do SINAF, como forma de contribuir na produção de informações completas, fidedignas e mais representativas sobre danos ocasionados por medicamentos comercializados no país. / The pharmacovigilance systems support the decisions on safety when using medications regulated by health authorities. Analyzing them and proposing improvement strategies are ways to make healthcare systems stronger, improving the quality of healthcare assistance, making sure the patient is safe and that the population is ensured. The dissertation was aimed at analyzing the evolution and performance of the Brazilian pharmacovigilance system, SINAF, and the notification of patients with suspected adverse drug reactions (ADRs) registered with the notification system NOTIVISA/medication from 2008 through 2013, as well as proposing a reference list of ICD-10 codes for surveillance of ADRs and intoxication due to medication (IDM). The dissertation is comprised of six scientific articles ready to be published. The first one, a scoping review, presents a historical perspective to demonstrate the development process of SINAF and the gaps identified during the process, such as the absence of a pharmacovigilance commission that complies with the minimum requirements of a pharmacovigilance system as proposed by World Health Organization. Articles 2, 3 and 4 presents an analysis of the performance-related characteristics of SINAF. Article 2 reveals that there is no digital age preference in the adverse drug events (ADEs) database belonging to NOTIVISA/medication. Using a comparative analysis, article 3 shows differences between the form for ADEs notification using SINAF and in other twelve Latin-American countries (Bolivia, Chile, Colombia, Costa Rica, Cuba, Guatemala, Mexico, Panama, Peru, Uruguay and Venezuela), highlighting the number of variables to complete, and it may collaborate with the sub-notification of cases. Article 4 – a study on the evaluation of public health surveillance systems over time – reveal that the performance of NOTIVISA/medication was considered satisfactory regarding three attributes (flexibility, validity and positive predictive error) and deficient regarding most of the others (simplicity, acceptability, representability, integrality, consistency, opportunity and methodological clarity). Article 5, by means of a descriptive and retrospective study, found an ADR notification rate of 22.8/million inhabitants/year. This is a much lower rate than in high income countries, such as New Zealand, Sweden, Australia and Switzerland, which have over 300 notifications per million, when compared against average income, such as South Africa, with a rate of 77/million inhabitants. Female population (60.5%) prevailed in the total number of patients (26,554), as well as white race/color (58.1%). Age was between 0 - 112 years old (median = 46 years). Almost 1/3 (32.5%) of the suspected ADRs occurred in vulnerable populations (elderly and children). 54,288 pairs of medication/adverse reactions were assessed. Severe adverse reactions prevailed (59.2%), and attention is drawn to those resulting in clinically important effect (83.1%). Study 6 proposes a reference list with 691 ICD-10 codes; 360 (52.1%) out of them are ADRs-related and 331 (47.9%) out of them are IDM. A total of 511 (73.9%) codes are related to cases of hospital admission and/or death. The dissertation findings prove the need of changes across different aspects in SINAF as a way to contribute to production of complete, reliable and representative information on damages caused by commercially available drugs in Brazil.
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Atividade da liriodenina extraída de Annona macroprophyllata sobre isolados do gênero Paracoccidioides. / Activity of liriodenine extracted from Annona macroprophyllata on isolates of the genus Paracoccidioides.Vinche, Adriele Dandara Levorato 27 February 2018 (has links)
Submitted by Adriele Dandara Levorato Vinche (adrielelevorato@yahoo.com.br) on 2018-03-13T14:11:39Z
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Previous issue date: 2018-02-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A paracoccidioidomicose (PCM) é micose granulomatosa sistêmica causada por fungos termodimórficos do gênero Paracoccidioides. O presente estudo teve como objetivos avaliar a atividade da liriodenina, extraída de Annona macroprophyllata Donn. Sm, sobre isolados clínicos e cepas padrão de fungos do gênero Paracoccidioides e outras espécies que causam micoses sistêmicas e, através de um estudo-piloto realizado em modelo murino, avaliar a absorção da liriodenina e possíveis efeitos indesejáveis. A concentração inibitória mínima (CIM) e concentração fungicida mínima (CFM) da liriodenina foram determinadas pelo método de microdiluição. As alterações celulares causadas pela liriodenina em P. brasiliensis / cepa padrão Pb18 foram avaliadas pela microscopia eletrônica de transmissão (MET) e de varredura (MEV). Em estudo-piloto, quatro camundongos isogênicos albinos, da linhagem BALB/c, foram utilizados para avaliar a absorção e os efeitos indesejáveis da liriodenina. Os animais, sem infecção, foram divididos em dois grupos: grupo 1, com dois camundongos que receberam a dose de 0,75 mg.kg-1 e grupo 2, com dois camundongos que receberam a dose de 1,50 mg.kg-1, em única tomada. Após seis e 12 horas após a administração, os animais foram sacrificados e amostras de sangue foram coletadas para a determinação dos níveis séricos. Os intestinos foram coletados para exame histológico. O teste de sensibilidade in vitro revelou que a liriodenina possui atividade sobre parte dos fungos do gênero Paracoccidioides, com valores de CIM entre 31,2 e 250 μg.mL-1 e sobre a cepa padrão de Histoplasma capsulatum (CIM de 1,95 μg.mL-1). No entanto, menor atividade foi observada em leveduras da maioria das espécies de Candida ensaiadas, com CIM de 125 a 250 μg.mL-1, e maior atividade sobre as cepas padrões de Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii (CIM de 62,5 μg.mL-1), enquanto a cepa de Aspergillus fumigatus revelou-se resistente à maior concentração de liriodenina. Deve-se ressaltar a atividade da liriodenina sobre Candida krusei, que é intrinsecamente resistente ao fluconazol e, ao contrário, a ausência de atividade sobre Candida tropicalis. A liriodenina revelou ter atividade fungicida sobre todas as cepas padrão e isolados clínicos que foram inibidos in vitro. A MET revelou alterações citoplasmáticas e danos na parede celular de P.brasiliensis. O estudo-piloto revelou que, após 12 horas da administração da liriodenina, os animais que receberam a dose de 1,50 mg.kg-1 apresentavam gases intestinais e distensão abdominal, achados não observados nos que receberam 0,75 mg.kg-1. Os exames histológicos não evidenciaram alterações de intestino com nenhuma das doses empregadas. Níveis séricos de liriodenina foram detectados em ambos os grupos de animais. No entanto, os animais que receberam 0,75 mg.kg-1 de liriodenina apresentaram aumento da concentração com o passar do tempo, enquanto achado oposto foi observado nos que receberam 1,50 mg.kg-1. Os testes de sensibilidade in vitro indicaram que a liriodenina é uma alternativa promissora no tratamento de várias micoses sistêmicas. O estudo-piloto revelou que a liriodenina é absorvida após administração por gavagem, embora a dose de 1,50 mg.kg-1 tenha induzido alterações funcionais, caracterizadas por formação exagerada de gases e conseqüente distensão abdominal, que talvez possam explicar a diminuição de sua absorção. Os resultados do presente estudo estimulam a realização da avaliação da farmacocinética da liriodenina, de sua ação antifúngica em maior número de isolados de espécies de Candida spp, Cryptococcus spp, Histoplasma capsulatum e fungos do gênero Paracoccidioides e de sua eficácia em infecções experimentais em modelo murino. Por se tratar de composto antifúngico não pertencente às classes hoje utilizadas na terapia antifúngica, pode vir a contribuir com o tratamento de pacientes com infecções fúngicas resistentes. / Paracoccidioidomycosis (PCM) is systemic granulomatous mycosis caused by thermodymorphic fungi of the genus Paracoccidioides. The present study aimed to evaluate the activity of liriodenine, extracted from Annona macroprophyllata Donn. Sm on clinical isolates and standard strains of fungi of the genus Paracoccidioides and other species that cause systemic mycoses and, through a pilot study conducted in a murine model, to assess the absorption of liriodenine and possible undesirable effects. The minimum inhibitory concentration (MIC) and minimum fungicidal concentration (CFM) of liriodenine were determined by the microdilution method. Cellular alterations caused by liriodenin in P. brasiliensis / Pb18 standard strain were evaluated by transmission electron microscopy (SEM) and scanning electron microscopy (SEM). In a pilot study, four albino isogenic mice of the BALB / c strain were used to assess the absorption and undesirable effects of liriodenine. The animals, without infection, were divided into two groups: group 1, with two mice receiving the dose of 0.75 mg.kg-1 and group 2, with two mice receiving the dose of 1.50 mg.kg- 1 , in single outlet. After six and 12 hours after administration, the animals were sacrificed and blood samples were collected for the determination of serum levels. The intestines were collected for histological examination. The in vitro sensitivity test revealed that liriodenine has activity on part of fungi of the genus Paracoccidioides, with MIC values between 31.2 and 250 μg.mL-1 and on the standard Histoplasma capsulatum strain (MIC of 1.95 μg .mL-1 ). However, lower activity was observed in yeasts of most Candida species tested, with MIC of 125 to 250 μg.mL-1 , and greater activity on the standard strains of Cryptococcus neoformans and Cryptococcus gattii (MIC of 62.5 μg. mL-1 ), while the strain of Aspergillus fumigatus was resistant to the highest concentration of liriodenine. The activity of liriodenine on Candida krusei, which is intrinsically resistant to fluconazole and, on the contrary, the absence of activity on Candida tropicalis should be emphasized. Liriodenin reveale over all standard strains and clinical isolates that were inhibited in vitro. MET showed cytoplasmic alterations and damage to P. brasiliensis cell wall. The pilot study revealed that animals receiving the 1.50 mg.kg-1 dose had no intestinal gas and abdominal distension 12 hours after administration of liriodenine, which were not observed in those receiving 0.75 mg.kg-1 . Histological examinations showed no intestinal changes at any of the doses used. Serum levels of liriodenine were detected in both groups of animals. However, animals receiving 0.75 mg.kg-1 liriodenine showed increased concentration over time, while the opposite finding was observed in those receiving 1.50 mg.kg-1 . In vitro sensitivity tests indicated that liriodenine is a promising alternative in the treatment of various systemic mycoses. The pilot study revealed that liriodenine is absorbed after administration by gavage, although the 1.50 mg.kg-1 dose induced functional alterations, characterized by exaggerated gas formation and consequent abdominal distension, which may explain the decrease of its absorption. The results of the present study stimulate the evaluation of the pharmacokinetics of liriodenine, its antifungal action in a greater number of isolates of Candida species, Cryptococcus spp, Histoplasma capsulatum and fungi of the genus Paracoccidioides and their efficacy in experimental infections in murine model. Because it is an antifungal compound that does not belong to the classes currently used in antifungal therapy, it may contribute to the treatment of patients with resistant fungal infections.
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Efeito do formato de informações escritas sobre reações adversas na compreensão dos usuários de medicamentosPagano, Cassia Garcia Moraes January 2016 (has links)
Comunicar aos pacientes os riscos de reações adversas dos medicamentos é fundamental para a tomada de decisão adequada dos pacientes, pois a informação aprimora seu conhecimento e influencia suas atitudes, auxiliando os pacientes a melhorar sua saúde. Estudos têm demonstrado que existem grandes diferenças individuais na interpretação de termos que são comumente usados para expressar risco de experimentar uma reação adversa e que a compreensão é influenciada pela apresentação da informação, bem como por fatores relacionados ao indivíduo, como o letramento em saúde e a habilidade numérica. O objetivo geral deste estudo foi avaliar o efeito de diferentes formatos de informações escritas na compreensão de reações adversas de medicamentos pelo usuário. Primeiramente foi realizada uma revisão sistemática a fim de avaliar as evidências do efeito de diferentes formas de informar sobre reações adversas na compreensão dessas informações pelo usuário de medicamentos. Em uma segunda etapa, foi realizado ensaio clínico randomizado duplo- cego (n=393), para avaliar a eficácia de três formatos, baseados nos resultados preliminares da revisão sistemática. Para a realização da revisão sistemática foram utilizadas as bases PubMed, Cochrane, EMBASE, SCIELO, LILACS, CINAHL, IPA, Web of Science, SCOPUS, OneFile, EBSCO e Clinical Trials, Proquest e Open Grey. O período de cobertura foi do início da base de dados até setembro de 2015. Foram incluídos na revisão estudos que comparassem a compreensão de dois ou mais formatos de informações escritas sobre a frequência de reações adversas, fornecidos a dois ou mais grupos de pacientes, com qualquer delineamento. Ao total, 23 ensaios clínicos realizados nos Estados Unidos e Reino Unido foram incluídos, envolvendo 14.342 participantes. Entre os estudos incluídos, 14 compararam formatos numéricos e nominais em diferentes combinações, 5 compararam formatos gráficos e os demais apresentaram outros formatos, como risco complementar versus risco total, diferentes formatos no denominador (100 x 1000), risco absoluto, risco relativo e NNH (número necessário para causar dano). A grande heterogeneidade entre os estudos não tornou possível a metanálise dos dados. Formatos numéricos demonstraram superioridade aos não-numéricos (nominal) na compreensão das informações. O uso de formatos gráficos comparados a textos também melhoraram a compreensão. A partir dos estudos avaliados nessa revisão, ainda não é possível definir qual o melhor formato para comunicar sobre reações adversas a medicamentos. Por exemplo, não há estudos comparando os formatos verbal, numérico, combinado e gráfico, o que favoreceria uma avaliação sobre o formato mais adequado à compreensão dos usuários de medicamentos. Na segunda etapa, foi realizado um ensaio clínico randomizado duplo-cego, em paralelo, unicêntrico. Usuários adultos de uma farmácia escola, com capacidade leitora avaliada pelo instrumento de Avaliação Breve de Alfabetismo em Saúde em Português para adultos (SAHLPA), foram randomizados para um dos três grupos: nominal + faixa de porcentagem, faixa de porcentagem e porcentagem absoluta. O desfecho principal foi a compreensão, avaliada como essencial (impressão geral da informação), literal (numérica especificamente), e classificada em adequada e inadequada. A percepção dos usuários quanto à satisfação da informação, intenção de tomar o medicamento, facilidade de entendimento e clareza das informações recebidas foram avaliadas como desfechos secundários. Foi utilizado teste de análise da variância (ANOVA) e qui-quadrado de Person para a comparação das diferenças. Os participantes foram recrutados no período entre junho a outubro de 2015 e foram entrevistados durante 35 minutos, em média; no total 393 participantes foram randomizadas para um dos três grupos. A compreensão essencial adequada foi de 65,6% para o formato nominal + faixa de porcentagem (n=128), 63,4% para faixa de porcentagem (n=131), 62,3% para porcentagem absoluta (n=131), sem diferença estatisticamente significativa entre os formatos (p >0,05). A compreensão literal adequada foi de 53,9% para o formato nominal + faixa de porcentagem, 44,3% para faixa de porcentagem e 48,5% para porcentagem absoluta, também sem diferença estatisticamente significativa entre os formatos (p >0,05). Os participantes que receberam o formato de porcentagem absoluta consideraram a informação mais clara (p<0,05), em comparação ao outros grupos. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os três formatos quanto aos desfechos secundários. Os resultados não demonstram diferenças na compreensão das informações entre os três formatos avaliados, portanto, os três formatos avaliados são equivalentes para informar a frequência das reações adversas. No entanto, a baixa compreensão apontada pelos resultados, demonstra que formatos alternativos precisam ser avaliados. Levando em consideração que os formatos numéricos demonstram-se mais eficazes em relação aos não-numéricos, e que os formatos gráficos podem auxiliar na compreensão de informações sobre reações adversas, um formato alternativo para informar as reações adversas relacionadas aos medicamentos precisa ser desenvolvido, a partir das necessidades dos usuários. É preciso considerar as preferências, nível de letramento em saúde e habilidades numéricas dos usuários de medicamentos. A disponibilização das bulas não deve ser apenas para cumprir as prerrogativas legais, mas sim deve cumprir seu papel de informar os usuários, de maneira eficiente, com conteúdo e formato adequados e compreensíveis. Por isso, é imprenscindível que as informações e seus formatos sejam avaliados pelos usuários de medicamentos, antes de serem empregados em materiais informativos, como a bula de medicamentos. / Communicate to patients the risks of side effects of drugs is critical for making appropriate decision by patients because the information enhances their knowledge and influence their attitudes, helping patients improve their health. Studies have shown that there are large individual differences in the interpretation of terms that are commonly used to express risk of experiencing a side effects and that understanding is influenced by the presentation of information, as well as factors related to the individual, such as literacy in health and numeracy. This study aim was to evaluate the effect of different formats of written information in the understanding of side effects by medicines user. First, was conducted a systematic review to assess the evidence of the effect of different ways to report side effects understanding of this information by the medicines user. In a second moment, clinical trial was conducted double-blind randomized (n = 393) to evaluate the efficacy of three formats, based on preliminary results of a systematic review. For the systematic review were used the MEDLINE (PubMed), Cochrane, EMBASE, SCIELO, LILACS, CINAHL, IPA, Web of Science, Scopus, OneFile, EBSCO and Clinical Trials, and Proquest Open Grey. The coverage period was the beginning of the database until September 2015. Were included in the review studies comparing the understanding of two or more written information formats on the frequency of adverse reactions, provided two or more groups of patients, any design. A total of 23 clinical trials in the United States and the United Kingdom were included, involving 14,342 participants. Among the included studies, 14 compared numerical and verbal formats in different combinations, 5 compared graphic formats and others showed other formats such as additional risk versus overall risk, different formats in the denominator (100 x 1000), absolute risk, relative risk and NNH (number needed to harm), positive versus negative frames. The heterogeneity between the studies did not make possible the meta-analysis of the data. Numerical forms demonstrated superiority to non-numeric in understanding the information. The use of graphics formats compared to texts also improved understanding. From the studies evaluated in this review, it is not possible to determine the best format for reporting on side effects. For example, there are no studies comparing the verbal descriptors, numeric, graphic and combined, which would favor an evaluation of the most appropriate format for the understanding of medicines users. In the second stage, was conducted a clinical trial randomized double-blind, parallel, single-center. Adult users of a pharmacy school, with reading capacity assessed by the Brief Assessment Instrument Literacy Health in Portuguese for adults (SAHLPA), were randomized to one of three groups: verbal + range of percentage, percentage range and absolute percentage. Main outcome variables were verbatim (specific numerical) and gist knowledge, classified as adequate and inadequate. The perception of users and the satisfaction of information, intended to take the drug, ease of understanding and clarity of information received were assessed as secondary endpoints. Was used analysis of variance test (ANOVA) and chi-square Person to compare the differences. Participants were recruited between June and October 2015 and were interviewed for 35 minutes on average; in total 393 participants were randomized to one of three groups. The adequate levels of gist knowledge was 65.6% and 53.9% for nominal format + percentage range (n = 128), 63.4% and 44.3% for percentage range (n = 131), 62 3% and 48.5% for absolute percentage (n = 131), with no statistically significant difference between the groups (p> 0.05). The adequate levels of verbatim knowledge was 53.9% for the nominal format + percentage range, 44.3% for percentage range and 48.5% for absolute percentage, also with no statistically significant difference between the groups (p> 0.05 ). Participants who received absolute percentage format considered the clearest information (p <0.05) compared to the other groups. There was no statistically significant difference between the three formats as the secondary outcomes. The results do not show differences in the understanding of information among the three formats, so the three evaluated formats are equivalent to inform the frequency of adverse reactions. However, poor understanding of the results indicated shows that alternative formats must to be evaluated. Taking into account that numerical formats are more effective than numerical ones, and that graphical formats can assist in understanding information on adverse reactions, an alternative format for reporting adverse drug-related reactions needs to be developed from needs of medicine users. It is necessary to consider the preferences, level of literacy in health and numerical abilities of the users of medicines.
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Evolução e resultados do sistema de farmacovigilância do brasil / Evolution and results of the pharmacovigilance system in BrazilMota, Daniel Marques January 2017 (has links)
Os sistemas de farmacovigilância fundamentam as decisões sobre segurança no uso de medicamentos regulamentados por autoridades de saúde. Estudá-los e propor estratégias de melhorias contribuem para fortalecer os sistemas de saúde, aperfeiçoando a qualidade da assistência à saúde e assegurando a segurança do paciente e coletividade. A Tese objetivou analisar a evolução e desempenho do sistema brasileiro de farmacovigilância, denominado de SINAF, e as notificações dos pacientes com suspeitas de reações adversas a medicamentos (RAMs) registradas no Notivisa-medicamento no período de 2008 a 2013 e propor uma lista-referência de códigos da CID-10 para vigilância de RAMs e intoxicações medicamentosas (IMs). A Tese compreende seis artigos científicos organizados para publicação. No primeiro, uma revisão de escopo apresentou uma perspectiva histórica para caracterizar a evolução do SINAF e lacunas identificadas no processo, como a ausência de comissão de farmacovigilância que atenda aos requisitos mínimos de um sistema de farmacovigilância propostos pela Organização Mundial da Saúde. Os artigos 2, 3 e 4 analisaram características relacionadas com o desempenho do SINAF. O artigo 2 revelou que não há preferência digital da idade na base de dados das notificações de eventos adversos a medicamentos (EAMs) do Notivisa-medicamento. Mediante uma análise comparativa, o artigo 3 mostrou diferenças entre o formulário para notificação de EAMs utilizado no SINAF e de outros doze países latinoamericanos (Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Guatemala, México, Panamá, Peru, Uruguai e Venezuela), sobretudo na quantidade de variáveis para preenchimento, podendo contribuir com a subnotificação de casos. No artigo 4 – um estudo de avaliação de sistemas de vigilância de saúde pública –, revelou que o desempenho do Notivisa-medicamento foi considerado satisfatório para três atributos (flexibilidade, validade e erro preditivo positivo) e deficitário para a maioria deles (simplicidade, aceitabilidade, representatividade, completude, consistência, oportunidade e clareza metodológica). O artigo 5, mediante estudo descritivo e retrospectivo, encontrou uma taxa de notificação de RAMs de 22,8/ 1 milhão de habitantes/ano. Trata-se de taxa bastante inferior a países de alta renda como Nova Zelândia, Suécia, Austrália e Suíça que possuem mais de 300 notificações por milhão, como em relação a países de média renda, como a África do Sul, com taxa de 77 por milhão de habitantes. A população feminina (60,5%) prevaleceu no total de pacientes (26.554), assim como, a raça/cor branca (58,1%). A idade variou de 0 a 112 anos (mediana = 46 anos). Quase 1/3 (32,5%) das suspeitas de RAMs ocorreram em populações vulneráveis (idosos e crianças). Foram avaliados 54.288 pares de medicamento-reação adversa, onde prevaleceram as reações adversas graves (59,2%), com destaque para as que resultaram em efeito clinicamente importante (83,1%). O estudo 6 propôs uma lista-referência com 691 códigos da CID-10, sendo 360 (52,1%) relacionados com RAMs e 331 (47,9%) com IMs. Um total de 511 (73,9%) códigos estão relacionados com casos de admissão hospitalar e/ou óbito. Os achados da Tese evidenciam a necessidade de mudanças em diferentes aspectos estudados do SINAF, como forma de contribuir na produção de informações completas, fidedignas e mais representativas sobre danos ocasionados por medicamentos comercializados no país. / The pharmacovigilance systems support the decisions on safety when using medications regulated by health authorities. Analyzing them and proposing improvement strategies are ways to make healthcare systems stronger, improving the quality of healthcare assistance, making sure the patient is safe and that the population is ensured. The dissertation was aimed at analyzing the evolution and performance of the Brazilian pharmacovigilance system, SINAF, and the notification of patients with suspected adverse drug reactions (ADRs) registered with the notification system NOTIVISA/medication from 2008 through 2013, as well as proposing a reference list of ICD-10 codes for surveillance of ADRs and intoxication due to medication (IDM). The dissertation is comprised of six scientific articles ready to be published. The first one, a scoping review, presents a historical perspective to demonstrate the development process of SINAF and the gaps identified during the process, such as the absence of a pharmacovigilance commission that complies with the minimum requirements of a pharmacovigilance system as proposed by World Health Organization. Articles 2, 3 and 4 presents an analysis of the performance-related characteristics of SINAF. Article 2 reveals that there is no digital age preference in the adverse drug events (ADEs) database belonging to NOTIVISA/medication. Using a comparative analysis, article 3 shows differences between the form for ADEs notification using SINAF and in other twelve Latin-American countries (Bolivia, Chile, Colombia, Costa Rica, Cuba, Guatemala, Mexico, Panama, Peru, Uruguay and Venezuela), highlighting the number of variables to complete, and it may collaborate with the sub-notification of cases. Article 4 – a study on the evaluation of public health surveillance systems over time – reveal that the performance of NOTIVISA/medication was considered satisfactory regarding three attributes (flexibility, validity and positive predictive error) and deficient regarding most of the others (simplicity, acceptability, representability, integrality, consistency, opportunity and methodological clarity). Article 5, by means of a descriptive and retrospective study, found an ADR notification rate of 22.8/million inhabitants/year. This is a much lower rate than in high income countries, such as New Zealand, Sweden, Australia and Switzerland, which have over 300 notifications per million, when compared against average income, such as South Africa, with a rate of 77/million inhabitants. Female population (60.5%) prevailed in the total number of patients (26,554), as well as white race/color (58.1%). Age was between 0 - 112 years old (median = 46 years). Almost 1/3 (32.5%) of the suspected ADRs occurred in vulnerable populations (elderly and children). 54,288 pairs of medication/adverse reactions were assessed. Severe adverse reactions prevailed (59.2%), and attention is drawn to those resulting in clinically important effect (83.1%). Study 6 proposes a reference list with 691 ICD-10 codes; 360 (52.1%) out of them are ADRs-related and 331 (47.9%) out of them are IDM. A total of 511 (73.9%) codes are related to cases of hospital admission and/or death. The dissertation findings prove the need of changes across different aspects in SINAF as a way to contribute to production of complete, reliable and representative information on damages caused by commercially available drugs in Brazil.
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Psychopatologie schizofrenie s časným začátkem a její terapie se zaměřením na atypická neuroleptika / Psychopathology of early-onset schizophrenia and its therapy with focus on atypical neurolepticsKoblic Zedková, Iveta January 2016 (has links)
OBJECTIVES: The aim of our study was to assess clinical presentation of early-onset schizophrenia spectrum disoders (EO-SSD), the time to first improvement and efficacy associated with selected atypical (AAPs) and typical (TAPs) antipsychotics, as well as two main side effects - weight gain and treatment-emergent extrapyramidal symptoms (EPSs) during the treatment in patients with EO-SSD. METHODS: This was a systematic chart review of all patients receiving routine clinical care in our department, with selected AAPs (risperidone, olanzapine, ziprasidone, quetiapine and clozapine) and TAPs (haloperidol, perphenazine and sulpiride), for schizophrenic psychoses, between 1997 and 2007. During this period, our review identified 173 patients (85 males, 88 females; mean age 15.8±1.6 years); their treatment included 297 treatment trials. Data on premorbid adjustment, prodromal symptoms and psychopathology at admission, as well as comorbidity were evaluated based on the patients' medical records. The time to first improvement could be estimated in 258 treatment trials; of these, 195 (76%) comprised AAPs and 63 (24%) TAPs. The time to first improvement was assessed in agreement with the methodology established for retrospective studies as the number of treatment days prior to the first record of improvement...
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Vliv genetické predispozice jedince na farmakokinetiku a farmakodynamiku vybraných opioidů / The influence of individual genetic predisposition to the pharmacokinetics and pharmacodynamics of chosen opioidsMatoušková, Olga January 2011 (has links)
MUDr. Olga Matoušková - the dissertation theses The influence of individual genetic predisposition to the pharmacokinetics and pharmacodynamics of chosen opioids ABSTRACT Introduction: The aim of this thesis is to study the influence of polymorphism of CYP2D6 and MDR1 on the pharmacokinetics and pharmacodynamics of tramadol in healthy volunteers using measurement. A secondary objective is to evaluate these polymorphisms in relation to the analgesic efficacy and side effects of piritramide for acute postoperative pain. Materials and methods: In two prospective work studying the influence of genetic predisposition on the pharmacokinetic and pharmacodynamic parameters of tramadol, we included a total of 90 healthy volunteers. Clinical studies on opioid analgesia and influence of genetic predisposition to the pharmaco-therapeutic effects and side effects in patients with acute postoperative pain, we included a total of 161 patients with acute postoperative pain. Polymorphism genotyping CYP2D6 and MDR1 gene we performed PCR - RFLP analysis, to determine concentrations of tramadol and metabolite, we used gas and liquid chromatography and pharmacodynamic effects of opioids was evaluated by pupilometric measurement and visual analogue scale. Results and conclusion: Variability of the opioid effect is influenced by...
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Custos decorrentes de eventos adversos a medicamento em pacientes hospitalizados / Costs arising from adverse events to medicinal products in hospitalized patientsNascimento, Lais Cardoso do 05 April 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-04-05 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Theoretical Background: The adverse drug event (ADE) may occur due to adverse reaction and
medication error. Damage caused by adverse events (AD) can lead to increased hospitalization
time, rehospitalization, greater morbidity, the need for diagnostic and therapeutic interventions,
irreversible consequences such as death and great economic impact. Objective: This study aims to
analyze the costs of adverse drug events in hospitalized patients. Methods: This is a retrospective
study carried out in a public hospital in the state of Goiás, Brazil, with patients admitted to the
adult hospitalization clinics in the year 2016 and who suffered ADE. The colection of data
occurred between May and October 2017. The data were collected through a nursing record and
patient records. Additional hospitalization time, hours worked by the health professional,
therapeutic and diagnostic procedures, and resources used by these users related to ADE were
analyzed. In case of death, the average annual salary was calculated by the years of lost work lives
for the society. The costs of the materials were obtained through a bidding system and the cost
accounting unit of the hospital itself, the Federal Government Price Panel, and procedures through
the SIGTAP Table. The data was typed in the Excel worksheet and analyzed by simple statistics.
The present study was submitted and approved in the ethics committee with protocol in GEP / HC /
UFG nº 030/2017 and was followed what is recommended by Resolution 466/2012. Results: We
identified 164 cases of medication errors and adverse reactions in the nursing records. However,
only the cases of patients in which the medical record was reported and that additional intervention
were included in the study, which totaled 80 cases, 25 of which could have been avoided. The total
costs due to EAM identified in the study were R $ 96,877.90. There were direct costs totaling R $
26,463.90, of which R $ 20,430.36 was obtained from the hospital's perspective and R $ 6,033.54
from the SUS perspective. And of this amount R $ 14,380.13 was due to non-preventable EAM
and R $ 12,083.77 due to preventable EAM. In the perspective of society, there were indirect costs
of R $ 70,414.00, due to the death due to medication failure. Conclusion: It is concluded that the
financial impact requires attention of managers, in the sense that avoiding such costs, it opens up
possibilities for new investments. / Referencial Teórico: O evento adverso a medicamento (EAM) pode ocorrer devido à reação
adversa e ao erro de medicação. Os danos causados pelos eventos adversos (EA) podem acarretar
ao paciente o aumento do tempo de internação hospitalar, reinternação, maior morbidade,
necessidade de intervenções diagnósticas e terapêuticas, consequências irreversíveis como a morte
e grande impacto econômico. Objetivo: Este estudo tem por objetivo analisar os custos
decorrentes de eventos adversos a medicamentos em pacientes hospitalizados. Métodos: Trata-se
de um estudo retrospectivo, realizado em um hospital público do estado de Goiás com pacientes
admitidos nas clínicas de internação adulto no ano de 2016 e que sofreram EAM. A coleta de
dados ocorreu entre os meses maio e outubro de 2017. Os dados foram coletados através de
caderno de registro de enfermagem e de prontuários dos pacientes. Foram analisados tempo
adicional de internação, horas trabalhadas pelo profissional de saúde, procedimentos terapêuticos e
diagnósticos, e recursos utilizados por esses usuários relacionados ao EAM. Em caso de óbito, foi
calculado o salário médio anual pelos anos de vidas de trabalho para a sociedade perdidos. Os
custos dos materiais foram obtidos através de um sistema de licitação e da unidade de
contabilidade de custos do próprio hospital, do Painel de Preços do Governo Federal, e dos
procedimentos através da Tabela SIGTAP. Os dados foram digitados na planilha Excel e
analisados por estatística simples. O presente estudo foi submetido e aprovado no comitê de ética
com protocolo na GEP/HC/UFG nº 030/2017 e foi seguido o que é preconizado pela Resolução
466/2012. Resultados: Foram identificados 164 casos de erros de medicação e de reação adversa
nos registros de enfermagem. Porém fizeram parte do estudo apenas os casos de pacientes em que
havia relato no prontuário e que foi feita intervenção adicional, o que totalizou em 80 casos, sendo
que 25 desses incidentes poderiam ter sido evitados. Os custos totais devido a EAM identificado no
estudo foram de R$ 96.877,90. Houveram custos diretos que se totalizaram em R$ 26.463,90,
tendo R$ 20.430,36 obtidos pela perspectiva do hospital e R$ 6.033,54 pela perspectiva do SUS. E
desse montante R$ 14.380,13 foi devido a EAM não evitáveis e R$ 12.083,77 devido a EAM
evitáveis. Na perspectiva da sociedade, houve custos indiretos de R$ 70.414,00, devido ao óbito
por falhas de medicação. Conclusão: Conclui-se que o impacto financeiro requer atenção dos
gestores, no sentido de que evitando tais custos, abre-se possibilidades a novos investimentos.
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Efeitos adversos produzidos pela estimulação cerebral profunda aguda do núcleo subtalâmico e suas correlações com características neuroanatômicas, localização do eletrodo e parâmetros de estimulação / Side effects produced by acute deep brain stimulation of the subthalamic nucleus and their correlations with neuroanatomic characteristics, electrode location and stimulation parametersCaio César Marconato Simões Matias 01 July 2016 (has links)
A estimulação cerebral profunda do núcleo subtalâmico (NST) é um tratamento bem estabelecido para os sintomas refratários à medicação em paciente com doença de Parkinson avançada. Além do procedimento de implante, a programação dos eletrodos é uma etapa fundamental para atingir os resultados desejados. A primeira etapa da programação é estabelecer os limiares para efeitos adversos. Contudo, a correlação entre a localização do eletrodo e o limiar para efeitos adversos associados à estimulacao das estruturas adjacentes ainda não é bem estabelecida. Características neuroanatômicas e a localização dos eletrodos foram identificadas utilizando-se um programa de planejamento de cirurgia estereotáxica, enquanto os parâmetros de estimulação e os efeitos adversos foram obtidos dos prontuários médicos. As correlações entre estas variáveis foram testadas através de análises univariadas e análises multivariadas. Estimulação monopolar produziu efeitos adversos capsulares (EA-C) em 208 dos 316 contatos (65,8%) e efeitos adversos não-capsulares (EA-NC) em 223 dos 316 contatos (70,6%). A ocorrência de EA-C esteve associada com o número do contato (p = 0,009) e com a coordenada \"Z\" (p = 0,03), enquanto o limiar de voltagem para EA-C esteve correlacionado com o ângulo da cápsula interna (p = 0,035). A ocorrência de EA-NC esteve associada com o número do contato (p = 0,005), \"X\" (p = 0,03), \"Y\" (p = 0,004) e com a distância para o núcleo rubro (p = 0,001 e p = 0,003). Houve correlação entre o limiar de voltagem para EA-NC e o ângulo da cápsula interna (p = 0,006), o ângulo coronal do eletrodo (p = 0,02), \"X\" (p = 0,001), \"Y\" (p < 0,001), \"Z\" (p < 0,001) e com as distâncias para a cápsula interna (p = 0,02) e para o núcleo rubro (p = 0,004 e p < 0,001). EA-C estiveram associados com os contatos mais distais do eletrodo e com localização mais profunda, bem como com maior angulação da cápsula interna. EA-NC estiveram associados com os contatos mais distais do eletrodo, localizados mais medial, posterior e inferiormente e mais próximos do núcleo rubro. Ademais, houve associação entre EA-NC e eletrodos implantados com maior ângulo coronal, bem como com maior angulação da cápsula interna. Estes achados poderão ser úteis no desenvolvimento de novas estratégias para o planejamento do implante de eletrodos de estimulação cerebral profunda. / Deep brain stimulation (DBS) of the subthalamic nucleus (STN) is a well-established treatment for medically refractory motor symptoms of patients with advanced Parkinson\'s disease. Programming of the device is as relevant to patient outcome as accurate implantation of the electrodes. The first step of DBS programming is to identify the thresholds to side effects. However, the relationship between lead location and the threshold to adverse effects is not fully understood. Anatomical measurements and electrode location were evaluated on a stereotactic surgical planning software, whereas stimulation parameters and side effects were obtained from medical records. Correlations among these variables were tested using univariate and multivariable analyses. Monopolar stimulation elicited capsular side effects (CSEs) in 208 of 316 contacts (65.8%) and noncapsular side effects (NCSEs) in 223 of 316 contacts (70.6%). The occurrence of CSEs was correlated with contact number (p = 0,009) and with the \"Z\" coordinate (p = 0,03), whereas voltage threshold to CSEs exhibited correlation with the internal capsule angle (p = 0,035). The occurrence of NCSEs was correlated with contact number (p = 0,005), \"X\" (p = 0,03), \"Y\" (p = 0,004), and the distance to the red nucleus (p = 0,001 and p = 0,003). There was correlation between voltage threshold to NCSEs and the internal capsule angle (p = 0,006), electrode\'s coronal angle (p = 0,02), \"X\" (p = 0,001), \"Y\" (p < 0,001), \"Z\" (p < 0,001), and the distances to the internal capsule (p = 0,02) and to the red nucleus (p = 0,004 and p < 0,001). CSEs were associated with more distally contacts, with deeper localization, as well as with greater internal capsule angles. NCSEs were associated with more distally contacts, with localization more medial, posterior and inferior, and closer to the red nucleus. Moreover, there was a correlation between NCSEs and electrodes implanted with greater coronal angles, as well as with greater internal capsule angles. These findings can be useful to inform novel targeting strategies for deep brain stimulation lead implantation.
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Estudo comparativo do uso de betabloqueador e corticosteroide oral no tratamento do hemangioma infantil / Comparative study of the use of beta-blocker and oral corticosteroid in the treatment of infantile hemangiomaPatricia Yuko Hiraki 08 November 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: Hemangioma Infantil (HI) é o tumor vascular mais comum da infância. Em 1992 a International Society for the Study of Vascular Anomalies (ISSVA) definiu o hemangioma infantil como tumor benigno de células endoteliais, com características clínicas, radiológicas e imuno-histoquímicas específicas. A origem do HI ainda é desconhecida. É sabido que apresentam potencial involutivo espontâneo e que o tratamento é indicado em 10% a 20% dos casos, podendo ter caráter emergencial ou eletivo. As indicações emergenciais compreendem situações de ameaça à função ou vida. As indicações eletivas são reservadas aos casos de hemangiomas localizados em áreas que podem levar à deformidade e/ou cicatriz permanente, quando apresentam complicações locais ou pequenas lesões em áreas expostas, podendo o tratamento ser clínico ou cirúrgico. A terapêutica medicamentosa tem sido a rotina e historicamente a opção mais utilizada foi o corticosteroide, cuja a eficácia é variável e os eventos adversos são frequentes. Em 2008 uma descoberta fortuita introduziu os betabloqueadores como nova opção para o tratamento do HI, com resultados estáveis e posteriores evidências clínicas do benefício da droga no tratamento do HI. Neste contexto, propôs-se avaliar o uso do propranolol, quantificando sua eficácia, segurança e incidência de eventos adversos, comparando-se ao uso da prednisolona (PRED). MÉTODO: Estudo intervencionista prospectivo randomizado com 50 portadores de HI, atendidos no complexo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Os pacientes selecionados tinham idade inferior a 2 anos e indicação eletiva de tratamento. Os indivíduos incluídos foram aleatoriamente alocados em 2 grupos, sendo o primeiro grupo de tratamento com prednisolona e o outro de tratamento com propranolol (PROP), ambos por via oral, por 2 meses. Os pacientes foram seguidos semanalmente para mensuração de parâmetros clínicos incluindo peso, pressão arterial (PA), frequência cardíaca (FC) e saturação de oxigênio, além de avaliação objetiva da ocorrência de eventos adversos. A resposta ao tratamento foi avaliada de forma quantitativa por meio de medidas diretas da lesão e por 3 avaliadores independentes segundo critérios de melhora do aspecto clínico geral, volume, cor e envolvimento funcional. Os eventos adversos foram avaliados quanto a sua incidência e gravidade, utilizando-se a classificação do Common Terminology Criteria for Adverse Events. RESULTADOS: Vinte e seis pacientes foram alocados no grupo PRED e 24 no grupo PROP. Da casuística 37 indivíduos completaram as 8 semanas de seguimento. Em 8 casos houve interrupção precoce do tratamento em função de eventos adversos, em 1 caso por falha terapêutica e em 4 casos houve perda de seguimento. A idade média no grupo PRED foi de 6,46 meses e no grupo PROP de 7,25 meses. O gênero feminino foi predominante em ambos os grupos. A face foi a localização anatômica mais acometida, seguido do tronco. A resposta ao tratamento foi efetiva e sem distinção entre os grupos, com redução significativa das medidas avaliadas. Quanto as avaliações clínicas de acordo com o coeficiente de correlação interclasses, houve concordância interna excelente entre os avaliadores. As notas atribuídas para os pacientes mostraram melhora com o tratamento e no quesito cor mostrou-se diferença significativa em favor do grupo PROP. Quanto aos parâmetros clínicos mensurados, o percentil de peso mostrou elevação progressiva no grupo PRED sendo a diferença significativa em relação ao grupo PROP. A diferença nas medidas de PA sistólica entre os grupos foi significativa e a análise multivariável evidenciou uma elevação significativa no grupo PRED ao passo que no grupo PROP não houve alteração dos níveis pressóricos. A avaliação da FC revelou um significativo declínio no grupo PROP na 6º semana, não se mantendo no restante do período. Não foram identificadas alterações nas medidas de saturação de oxigênio. Quanto a incidência os eventos adversos (EA) a diferença entre os grupos foi significativa. No grupo PRED 22 pacientes apresentaram 35 EA sendo os mais frequentes o aspecto cushingoide, elevação da PA e infecções. No grupo PROP 10 pacientes apresentaram 10 EA incluindo hipotensão e distúrbios respiratórios. Quando a gravidade dos EA foi avaliada não foram observadas diferenças. CONCLUSÃO: Prednisolona e propranolol foram igualmente efetivos em reduzir o tumor. Considerando-se os eventos adversos, o uso do propranolol se mostrou como tratamento mais tolerável em relação ao uso do corticosteroide / INTRODUCTION: Infantile hemangioma (HI) is the most common vascular tumor of childhood. In 1992 the International Society for the Study of Vascular Anomalies (ISSVA) defined infantile hemangioma as a benign endothelial cell tumor with specific clinical, radiological and immunohistochemical characteristics. The origin of HI is still unknown. It is known that they have spontaneous involutive potential and that the treatment is indicated in 10% to 20% of the cases, and it can be emergency or elective. Emergency indications include life threatening situations. Elective indications are reserved for cases of hemangiomas located in areas that may lead to permanent deformity and/or scarring, when they present local complications or small lesions in exposed areas, and this treatment may be clinical or surgical. Drug therapy has been the routine and historically the most widely used option was the corticosteroid, whose efficacy is variable and the adverses events are frequent. In 2008 a fortuity finding introduced beta-blockers as a new option for HI treatment, with stable results and subsequent clinical evidence of drug benefit in the treatment of HI. In this context, it was proposed to evaluate the use of propranolol, quantifying its efficacy, safety and incidence of adverse events, compared to the use of prednisolone. METHODS: Prospective randomized interventional study with 50 patients with HI from the \"Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo\". The patients selected were younger than 2 years and had an elective indication of treatment. Patients included were randomly allocated into 2 groups, the first group being treated with predinisolone (PRED) and the other with propranolol (PROP), both orally, for 2 months. Patients were followed weekly to measure clinical parameters including weight, blood pressure (BP), heart rate (HR) and oxygen saturation, as well as an objective evaluation of the occurrence of adverse events. The response to treatment was quantitatively assessed by means of direct measures of the lesion and by 3 independent evaluators according to criteria of improvement of general clinical appearance, volume, color and functional involvement. Adverse events were evaluated for their incidence and severity, using the classification of the Common Terminology Criteria for Adverse Events. RESULTS: Twenty-six patients were allocated to the PRED group and 24 to the PROP group. Overall, 37 patients completed the 8-week follow-up. In 8 cases there was an early interruption of treatment due to adverse events, in 1 case due to therapeutic failure and in 4 cases there was loss of follow-up. The mean age in the PRED group was 6.46 months and in the PROP group of 7.25 months. The female gender was predominant in both groups. The face was the most affected anatomic location, followed by the trunk. The treatment response was effective and without distinction between groups, with a significant reduction of the measures evaluated. Regarding the clinical evaluations according to the interclass correlation coefficient, there was excellent internal agreement among the evaluators. The scores attributed to the patients showed improvement with the treatment and in the item color there was a significant difference in favor of the PROP group. Regarding the clinical parameters measured, weight percentile showed progressive elevation in the PRED group, presenting significant difference in relation to the PROP group. The difference in systolic BP measurements between groups was significant and multivariate analysis showed a significant increase in the PRED group, whereas in the PROP group there was no change in pressure levels. The HR evaluation revealed a significant decline in the PROP group in the 6th week, not remaining in the remainder of the period. No changes in oxygen saturation measurements were identified. Regarding the incidence and adverse events (AE), the difference between the groups was significant. In the PRED group 22 patients presented 35 AEs, the most frequent being cushingoid appearance, elevated BP and infections. In the PROP group 10 patients presented 10 AEs including hypotension and respiratory disorders. When the severity of AE was assessed, no differences were observed. CONCLUSION: Prednisolone and propranolol were equally effective in reducing the tumor. Considering the adverse events, the use of propranolol was shown as a more tolerable treatment in relation to corticosteroid use
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