nÃo hà / A tese consiste na construÃÃo e anÃlise de um debate acerca da noÃÃo de experiÃncia musical. SÃo arregimentados teses e argumentos no intuito de apresentar e discutir a elaboraÃÃo de duas interpretaÃÃes possÃveis sobre a experiÃncia com a mÃsica. A primeira delas chamamos de simbÃlico-transcendental. à luz das filosofias de Ernst Cassirer e Susanne Langer, tal interpretaÃÃo desenvolve uma leitura idealista da experiÃncia musical enquanto compreende a mÃsica como expressÃo lÃgica das formas universais dos sentimentos humanos. Na segunda interpretaÃÃo, construÃda no escopo materialista de uma Teoria CrÃtica da sociedade, especialmente na versÃo encarnada na filosofia de Theodor Adorno, a experiÃncia musical à entendida fundamentalmente enquanto fenÃmeno social. A crÃtica adorniana procura mostrar que a mÃsica Ã, dentre outras coisas, um modo possÃvel de apresentaÃÃo das determinaÃÃes sociais. ApÃs a apresentaÃÃo dos aspectos bÃsicos das duas interpretaÃÃes, suas semelhanÃas e divergÃncias serÃo confrontadas, de modo a constituir um debate sobre a experiÃncia musical. / The thesis consists of the construction and analysis of a debate about the notion of musical experience. Are regimented theses and arguments in order to present and discuss the development of two possible interpretations, about the experience with music. The first called symbolic-transcendental. In light of the philosophy of Ernst Cassirer and Susanne Langer, which employs such an idealistic reading of the musical experience while understanding the music as a logical expression of the universal forms of human feelings. In the second interpretation, built in the material scope of a critical theory of society, especially in the version embodied in the philosophy of Theodor Adorno, the listening experience is fundamentally understood as a social phenomenon. The Adornian Critical Theory seeks to show that music is, among other things, a possible way of presenting the social determinations. After presenting the basic aspects of the two interpretations, their similarities and differences will be confronted in order to be a debate about the musical experience.

nÃo hà / A presente dissertaÃÃo tem como objetivo o estudo: ReflexÃes sobre a racionalidade moderna, sobre a experiÃncia-rememoraÃÃo e sobre a infÃncia em Walter Benjamin. Sua crÃtica contundente ao pensar racionalista, à maneira que sua Ãpoca, sÃculo XX acolhia e tratava a crianÃa, e se contrapondo a esse pensar apresenta a crianÃa como o sujeito da infÃncia. Para que esta pesquisa se realizasse investigamos principalmente as seguintes obras do autor: ReflexÃes sobre a crianÃa, o brinquedo e a educaÃÃo (1932), Magia e tÃcnica, arte polÃtica (1930) e Rua de mÃo Ãnica (1931). O trabalho foi dividido em trÃs capÃtulos, sendo que no primeiro situamos o autor no contexto da Escola de Frankfurt, no segundo capÃtulo trabalhamos os textos: ExperiÃncia e pobreza e O narrador: consideraÃÃes sobre a obra de Nikolai Leskov, em que o autor critica a maneira exagerada de se usar a tÃcnica e valoriza a experiÃncia e a narraÃÃo, sua importÃncia para a vida humana, nos fala tambÃm do seu fim, de sua decadÃncia, mas nos traz fios de esperanÃa nos mostrando possibilidades de resgate tanto da experiÃncia como da narraÃÃo, na Ãltima parte desta investigaÃÃo, no terceiro capÃtulo, trabalhamos a crianÃa em Benjamin. O filÃsofo berlinense nos revela atravÃs dos brinquedos, brincadeiras, jogos e livros infantis quem à a crianÃa. Para ele a crianÃa à um ser com caracterÃsticas prÃprias, capaz de responder aos desafios que lhe sÃo postos pela sociedade. Mesmo sendo o brinquedo uma convenÃÃo cultural do adulto para a crianÃa, esta nÃo se prende a ele, mas o usa em suas brincadeiras como lhe convÃm, ou seja, ela à o sujeito da brincadeira. Benjamin atravÃs do exemplo da crianÃa questiona o pensar filosÃfico que se prende a um sistema que coloca o racional como Ãnica possibilidade de conhecer; pois para o estudioso a capacidade imaginativa, criativa e sensÃvel da crianÃa tambÃm produz conhecimento. / This thesis aims the study: Reflections on the modern rationality,on the experience-recollection and on the childhood in Walter Benjamin. His scathing critique of the rationalist thinking, at least on the way of his time (20th centure), dealt with children, and, in opposition to this thinking, he presents the child as the subject of childhood. For this research, we mostly investigated the following works of the author: Reflections on the child, toy and education (1932), Magic and technical, political art (1930) and One-Way Street (1931). This thesis was divided in three chapters: the first we situate the author in the context of the Frankfurt School; the second chapter we work on the text: Experience and Poverty and the Storyteller: considerations on the work of Nikolai Leskov, wherein the author criticizes the exaggerated manner of using technique and values the experience and the narration and their importance to human life. Although he assumes its ending and decay, he also brings hope wires showing us rescue possibilities on both the experience and narration. The last part of this investigation, the third chapter,we work on Benjaminâs childhood. The Berliner philosopher reveals through toys, games and children's books who the child really is. According to Benjamin, the child is a being with its own characteristics, able to respond to challenges that are posed by society. In spite of the toy is considered a cultural convention from the adult to child, the kid doesnât feel like a prisoner of a toy, but uses it in a free way, which means that the kid is the subject on the moment of the recreation. Benjamin, through his study of the child, questions the philosophical thinking that is attached to a system which puts the rational as the only possibility of knowledge. According to the author, the imaginative, creative and sensitive capacity of the child also produces knowledge.

CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de NÃvel Superior / Na presente dissertaÃÃo reconstruÃmos as discussÃes entre a perspectiva de identidade humana, postulada como uma metamorfose na Psicologia Social CrÃtica, e as intersecÃÃes da Teoria CrÃtica da Sociedade de Habermas com as vertentes histÃrico-sociais da Fenomenologia. Esta problematizaÃÃo à relevante por aprofundar teoricamente, por meio de uma investigaÃÃo epistemolÃgica, os enunciados explÃcitos e implÃcitos nas discussÃes sobre a constituiÃÃo das identidades nos processos de construÃÃo de suas metamorfoses no Mundo da Vida. Nossa pesquisa empreendeu uma reconstruÃÃo, por um lado, do processo de criaÃÃo e solidificaÃÃo do sintagma Identidade-Metamorfose-EmancipaÃÃo, dentro da Psicologia Social CrÃtica, e, por outro lado, da proposiÃÃo de Habermas sobre o Mundo da Vida em sua Teoria da AÃÃo Comunicativa (2012a e 2012b) a partir de suas leituras sobre o pensamento histÃrico-social da Fenomenologia de Husserl, Schutz, Berger e Luckmann. Nossas fontes de pesquisa foram livros, artigos, teses, dissertaÃÃes e manuscritos dos referenciais teÃricos e epistemolÃgicos acima descritos. As discussÃes encontram-se estruturadas em: âPrÃlogoâ, uma explanaÃÃo da intersecÃÃo defendida por Ciampa, Almeida e Lima entre as metamorfoses humanas e o mundo da vida, alÃm de uma apresentaÃÃo do percurso de reconstruÃÃo enquanto mÃtodo; o capÃtulo âO Sintagma Identidade-Metamorfose-EmancipaÃÃoâ, no qual analisamos, por uma construÃÃo histÃrica e epistemolÃgica, o processo de formaÃÃo, evoluÃÃo e solidificaÃÃo do construto da metamorfose humana como busca de emancipaÃÃo, enquanto teoria de identidade na perspectiva da Psicologia Social CrÃtica; no capÃtulo âAcepÃÃes sobre o mundo da vidaâ reconstruimos a teoria social do Mundo da Vida de Habermas a partir de uma anÃlise e uma discussÃo sobre os alcances das leituras habermasianas sobre a Fenomenologia de Husserl, Schutz, Berger e Luckmann. Por fim, no âEpÃlogoâ, apresentamos acepÃÃes fenomenolÃgicas para a construÃÃo de discussÃes crÃticas sobre os processos de significaÃÃo das identidades, a partir de condiÃÃes subjetivas e intersubjetivas do mundo, que vislumbrem processos emancipatÃrios de (r)existÃncia.

FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà / A utilizaÃÃo de mediadores tecnolÃgicos nas relaÃÃes entre os jovens faz parte de nossa contemporaneidade, cabendo à psicologia investigar as repercussÃes psÃquicas provenientes do uso desses artifÃcios. Dentre estes aparelhos, os telefones celulares parecem ocupar local de destaque, por uma sÃrie de razÃes, dentre as quais, sua alta acessibilidade, por grande parte da populaÃÃo. As cores, os modelos e as funÃÃes dos telefones celulares constituem-se em atrativos que chamam a atenÃÃo dos jovens, fortalecendo o consumo destes bens, os quais estÃo inseridos em lÃgica de promoÃÃo publicitÃria que alardeia elementos signos. Nessa forma de publicizaÃÃo, os atributos tÃcnicos dos aparelhos perdem espaÃo frente aos aspectos sÃgnicos. As relaÃÃes estruturadas a partir desses mediadores, ou mesmo que tÃm sua manutenÃÃo garantida por eles, podem eliciar uma sÃrie de elementos constitutivos inÃditos nas relaÃÃes. Dessa feita, o presente trabalho tem por objetivos: identificar as repercussÃes psicossociais mais significativas derivadas do consumo de telefones celulares entre jovens na faixa etÃria de 14 a 18 anos, de ambos os sexos e de nÃveis socioeconÃmico A e B; avaliar possÃveis mudanÃas nas estratÃgias de inserÃÃo/exclusÃo grupal, decorrentes da mediaÃÃo tecnolÃgica da relaÃÃo entre os jovens pesquisados e por fim analisar criticamente o discurso dos jovens relacionando-o com os dados quantitativos, com os dados qualitativos e com o referencial teÃrico pesquisado. Para tanto, a metodologia empregada atuou em duas frentes. Na primeira, quantitativa, desenvolveu-se uma escala de atitudes, a qual foi aplicada em uma amostra de vinte oito jovens. Essa, foi selecionada a partir da aplicaÃÃo do CritÃrio de classificaÃÃo EconÃmica Brasil (ANEP). Na parte qualitativa, foram realizados quatro grupos de discussÃo, com um encontro cada um e posterior anÃlise das falas dos jovens. Nessa etapa foram selecionadas quatro categorias de anÃlise: relaÃÃo de amizade, relaÃÃo amorosa, tecnologia/ publicidade e pÃblico/ privado. Os resultados mais significativos sugerem que os telefones celulares tÃm sua importÃncia ligada à manutenÃÃo das relaÃÃes jà estabelecidas, que as relaÃÃes mesmo mediadas necessitariam de um encontro cara-a-cara para sà possa perdurar e que o telefone celular rivaliza com outros sinos do consumo,como elemento balizador das estratÃgias de exclusÃo e inclusÃo social

nÃo hà / O objeto desta tese à a relaÃÃo entre emancipaÃÃo e EducaÃÃo com suporte nos pressupostos da Teoria Critica e Ãnfase no pensamento de Theodor W. Adorno. Tem o objetivo de identificar as possibilidades formativas educacionais de cunho emancipatÃrio na sociedade administrada, com recorte na EducaÃÃo brasileira, no Ãmbito do Ensino MÃdio Integrado à EducaÃÃo Profissional. O estudo empÃrico ocorreu no Instituto Federal de EducaÃÃo, CiÃncia e Tecnologia do CearÃ, Campus Iguatu, por meio de observaÃÃo nÃo-participante com registro em diÃrio de campo e conversÃo em protocolo, envolvendo 211 educadores (95 professores e 116 tÃcnicos administrativos em EducaÃÃo) e 225 alunos. A interpretaÃÃo e anÃlise dos dados, oriundos das observaÃÃes, se deram pela metodologia da HermenÃutica Objetiva de Ulrich Oevermann e se nortearam por questionamentos das situaÃÃes descritas e pela percepÃÃo dos seguintes elementos: antagonismos e contradiÃÃes da sociedade instrumental e capitalista; aÃÃes de resistÃncia e contestaÃÃo; e, aÃÃes que sinalizassem novas relaÃÃes sociais e educativas emancipatÃrias. Os resultados evidenciaram contradiÃÃes da sociedade administrada que se espraiam e constituem a formaÃÃo. NÃo obstante a emergÃncia das contradiÃÃes, essas nÃo sÃo em sua maioria apropriadas por educadores, familiares e alunos e, quando assim sÃo, se fazem de modo inconsciente e irrefletido, reduzidas a problemas circunstanciais, sem articulaÃÃo com a totalidade social e esvaziados de conteÃdos racionais objetivos, contribuindo para perpetuaÃÃo do estado de dominaÃÃo. ConsequÃncia direta da nÃo apropriaÃÃo das contradiÃÃes, os antagonismos da sociedade do capital sÃo citados, mencionados, mas nÃo questionados em seus fundamentos e contradiÃÃes, tampouco desdobram-se em prÃticas que sinalizem novas relaÃÃes emancipatÃrias de modo consciente e intensional. Ainda asssim, identificou-se potencial emancipatÃrios na formaÃÃo educacional do Campus Iguatu, à medida que sobressaÃram elementos como seguranÃa, maturidade, autonomia, protagonismo, solidariedade, respeito, reflexÃo crÃtica, capacidade de conexÃo tecnolÃgica, dentre outros, os quais denominamos de possibilidades perdidas de desenvolvimento de potencial critico, por nÃo serem canalizados para a emancipaÃÃo. Tais elementos, se estimulados a reflexÃo e ao questionamento dos seus fundamentos, poderiam desenvolver no discente uma racionalidade objetiva capaz de articular meios e fins, o pensar e o ser, o entendimento e a sensibilidade, a teoria e prÃtica social, indicando uma prÃxis transformadora. Conclui-se que embora os elementos potencializadores estejam presentes na formaÃÃo, estes nÃo sÃo utilizados para o indÃcio de novas relaÃÃes emancipatÃrias, se constituindo em desafio o seu alinhamento com uma EducaÃÃo que considere a permanente crÃtica da realidade existente, para que possa contribuir para mudanÃa das concepÃÃes e prÃticas da racionalidade instrumental no caminho de uma racionalidade emancipadora.