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A natureza teleológica do princípio darwiniano de seleção natural : a articulação do metafísico e do epistemológico na origem das espéciesRegner, Anna Carolina Krebs Pereira January 1995 (has links)
A presente tese tem por objetivo o exame da natureza explicativa do princípio de seleção natural (PSN) na Origem das Espécies de Charles Darwin, enquanto tal princípio exibe uma natureza teleológica, como ponto de articulação entre suas dimensões metafísica e epistemológica. A motivação inicial para este estudo encontrou-se num interesse mais profundo pela questão da "racionalidade", através do exame das relações entre ciência e nÃo-ciência provocada pelo reacender-se das discussões sobre evolucionismo versus criacionismo, nas escolas norte-americanas na década de 80. Todavia, uma detida leitura da Origem e o rastreamento de seu questionamento na trajetória intelectual de Darwin buscando empreender uma análise cuidadosa da teoria darwiniana como exigência prévia àquele exame mostrou-se, por si só, filosoficamente tão rica e absorvente, que direcionou a essa análise todos os esforços da presente tese. De imediato, o caráter multifacético dos padrões explicativos e das estratégias argumentativas encontradas na elaboração e defesa da teoria apresentada por Darwin na Origem das Espécies indicava a relevância de uma análise de PSN para a história e filosofia da ciência. De sua leitura igualmente aflorava uma nova abordagem para a questão teleológica, tema instigante nos questionamentos contemporâneos. O exame então empreendido teve, entre seus pressupostos orientadores, quatro pontos-chave: (1) a percepção do mútuo remetimento da História e da Filosofia da Ciência para a elucidaçÃo da natureza da produçÃo científica, partilhando certas idéias básicas das análises feitas por Thomas Kuhn, Paul Feyerabend e Imre Lakatos, entre outros, e, sobretudo, seu reconhecimento do papel do núcleo metafísico presente no questionamento científico; (2) a busca de uma compreensão contextualizadora da estrutura lógico-conceitual em que se insere a função e sentido do princípio a ser investigado, (a) privilegiando o contexto "interno" da obra e do desenvolvimento do pensamento de Darwin, mas buscando o contraponto esclarecedor em seu contexto "externo" e (b) construindo um referencial de análise emergente da estrutura contextual; (3) a visualização de uma relação todo-parte de mútuo suporte na estruturação da integridade contextual, constituindo uma tessitura tipo rede, em que a clarificação das partes, considerada sua posição no todo, faz avançar a inteligibilidade desse e confere-lhe sustentação, a qual, em troca, reverte em clarificação e fortalecimento das partes; (4) a busca de um novo enfoque da teleologia, numa nova perspectiva das relações explicativas e causais, pelo exame das bases metafísicas e epistemológicas da questão à época de Darwin e de tematizações e ambigüidades que permeiam o seu tratamento contemporaneamente. À luz de tais pressupostos, o fio condutor de trabalho é a análise da Origem das Espécies, em sua 6ª. ediçÃo inglesa (a última revisada pelo próprio Darwin), buscando complementar as requeridas elucidações, sobretudo no que concerne a certos pressupostos do pensamento de Darwin, nas obras e textos que perfazem sua trajetória intelectual (diário da viagem a bordo do Beagle, Notebooks 1836-1844, Ensaios de 1842 e 1844, o longo manuscrito de 1856-1858, correspondência) até a exposição madura de seu pensamento na Origem. Assim procedendo, o exame da natureza explicativa de PSN parte (I Parte) de uma leitura da Origem das Espécies como uma história da Natureza, constituindo o contexto no qual cabe dimensionar a função e sentido de PSN como a parte privilegiada da argumentação/narrativa da Origem como um todo (capítulo 1). Desse modo, a clarificação de PSN, encerrando a idéia mestra de que as espécies na Natureza originamse umas de outras por seleção natural, demanda a inteligibilidade e integração provida por esse princípio ao contexto da obra, ao "um longo argumento" em sua integridade, e essa inteligibilidade reverte em clarificação do próprio princípio. Nesse sentido, a atenção à estrutura argumentativa/narrativa da Origem permite ver como as partes desse argumento/os capítulos da narrativa estruturam-se, fugindo às rotulações usuais de um modelo "indutivo" ou "dedutivo", e constituindo, antes, uma rede argumentativa, em que os avanços, a seqüência dos capítulos, leva a retomadas, a uma nova inteligibilidade das etapas/capítulos anteriores, fortalecendo, na integridade desse movimento, as bases para novos avanços e crescentes explicitações e fortalecimento de sua sustentaçÃo. A atençÃo a esse movimento argumentativo leva igualmente a uma análise conceitual de "PSN" e "Natureza", ao longo da obra. Para tanto, procede-se a uma cuidadosa análise lógicosemântica da ocorrência desses conceitos no texto (capítulos 2 e 3, respectivamente), encontrando na visão de Natureza como "luta pela existência" um ponto privilegiado para a exploração de sua articulação. A análise realizada na primeira parte revela a natureza epistemológica e metafísica de PSN em sua condição explicativa e permite colocar a peculiar relação que se estabelece entre PSN (parte) e Natureza (todo) em termos de uma visão teleológica. No entanto, um aprofundamento desse ponto pede, antes (II parte), um exame mais detido dos conceitos de "explicação" e de "causa" na perspectiva darwiniana. Buscando uma compreensão contextualizadora, o contraponto "externo" ao contexto da Origem é balizado pelo enfoque dos padrões de cientificidade encontrados nas filosofias da ciência de John Herschel, William Whewell e Stuart Mill (capítulo 4). A construção de um referencial "interno", ponto a ser enfatizado, parte da análise lógico-conceitual do uso de "explicaçÃo", "causa" e cognatos feito no texto, levando, através de sucessivos refinamentos de análise, a uma ampliação e aprofundamento do elenco inicial de significações, de modo a determinar compreensivos focos orientadores de análise e identificar dimensões fundamentais do esforço explicativo darwiniano (capítulos 5, 6, 7, 8, 9). A exploraçÃo epistemológica conduzida na segunda parte fornece o instrumento analítico que permite retomar a colocação inicial da função e sentido de PSN em suas relações com o conceito de Natureza, projetando a indagação epistemológica no âmbito da especulação metafísica. Essa dupla dimensão de PSN pode então ser focalizada, tratando-se agora da articulação do epistemológico e do metafísico, presente na natureza explicativa de PSN - e o fazendo enquanto PSN exibe uma natureza teleológica (III Parte). Cabe, inicialmente, estabelecer, face ao exame realizado na segunda parte, os alcances e limites dos níveis e padrões explicativos e das estratégias argumentativas darwinianas, mostrando sua "novidade" e seu caráter multifacético (capítulo 10), a fim de compreender o escopo explicativo de PSN. Esse escopo, por sua vez, cabe vê-lo concretizado em sua função explicativa, através da reconstrução de argumentos-chave da Origem e representativos de seus diferentes níveis explicativos (capítulo 11). Assim visto, o poder explicativo de PSN pode ser compreendido como sendo estabelecido em duas grandes e mutuamente remissivas etapas: em sua fundamentação, como um princípio da Natureza, e em sua justificação, pelo seu poder explicativo operando em diferentes níveis e assim viabilizando empiricamente a visão de Natureza que lhe serve de fundamento (capítulo 12). Desse modo, a dimensão epistemológica de PSN, tornando o que ocorre na Natureza inteligível como objeto de conhecimento, operacionaliza a dimensão metafísica, ou seja, a visão do próprio "ser" da Natureza que lhe serve de fundamento - PSN é a Natureza no exercício de seu poder, é a Natureza (concebida como sistema que recebe suas cores em termos de "luta pela existência") atualizada. Em ambas dimensões explicativas, PSN exibe uma natureza teleológica, enquanto dá lugar a explicações telelógicas e apresenta-se como princípio teleologicamente fundado, abrindo o caminho a um novo enfoque da questão teleológica, redimensionando o tratamento de muitas das ambiguidades encontradas na problematização contemporânea dessa questão.
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A natureza teleológica do princípio darwiniano de seleção natural : a articulação do metafísico e do epistemológico na origem das espéciesRegner, Anna Carolina Krebs Pereira January 1995 (has links)
A presente tese tem por objetivo o exame da natureza explicativa do princípio de seleção natural (PSN) na Origem das Espécies de Charles Darwin, enquanto tal princípio exibe uma natureza teleológica, como ponto de articulação entre suas dimensões metafísica e epistemológica. A motivação inicial para este estudo encontrou-se num interesse mais profundo pela questão da "racionalidade", através do exame das relações entre ciência e nÃo-ciência provocada pelo reacender-se das discussões sobre evolucionismo versus criacionismo, nas escolas norte-americanas na década de 80. Todavia, uma detida leitura da Origem e o rastreamento de seu questionamento na trajetória intelectual de Darwin buscando empreender uma análise cuidadosa da teoria darwiniana como exigência prévia àquele exame mostrou-se, por si só, filosoficamente tão rica e absorvente, que direcionou a essa análise todos os esforços da presente tese. De imediato, o caráter multifacético dos padrões explicativos e das estratégias argumentativas encontradas na elaboração e defesa da teoria apresentada por Darwin na Origem das Espécies indicava a relevância de uma análise de PSN para a história e filosofia da ciência. De sua leitura igualmente aflorava uma nova abordagem para a questão teleológica, tema instigante nos questionamentos contemporâneos. O exame então empreendido teve, entre seus pressupostos orientadores, quatro pontos-chave: (1) a percepção do mútuo remetimento da História e da Filosofia da Ciência para a elucidaçÃo da natureza da produçÃo científica, partilhando certas idéias básicas das análises feitas por Thomas Kuhn, Paul Feyerabend e Imre Lakatos, entre outros, e, sobretudo, seu reconhecimento do papel do núcleo metafísico presente no questionamento científico; (2) a busca de uma compreensão contextualizadora da estrutura lógico-conceitual em que se insere a função e sentido do princípio a ser investigado, (a) privilegiando o contexto "interno" da obra e do desenvolvimento do pensamento de Darwin, mas buscando o contraponto esclarecedor em seu contexto "externo" e (b) construindo um referencial de análise emergente da estrutura contextual; (3) a visualização de uma relação todo-parte de mútuo suporte na estruturação da integridade contextual, constituindo uma tessitura tipo rede, em que a clarificação das partes, considerada sua posição no todo, faz avançar a inteligibilidade desse e confere-lhe sustentação, a qual, em troca, reverte em clarificação e fortalecimento das partes; (4) a busca de um novo enfoque da teleologia, numa nova perspectiva das relações explicativas e causais, pelo exame das bases metafísicas e epistemológicas da questão à época de Darwin e de tematizações e ambigüidades que permeiam o seu tratamento contemporaneamente. À luz de tais pressupostos, o fio condutor de trabalho é a análise da Origem das Espécies, em sua 6ª. ediçÃo inglesa (a última revisada pelo próprio Darwin), buscando complementar as requeridas elucidações, sobretudo no que concerne a certos pressupostos do pensamento de Darwin, nas obras e textos que perfazem sua trajetória intelectual (diário da viagem a bordo do Beagle, Notebooks 1836-1844, Ensaios de 1842 e 1844, o longo manuscrito de 1856-1858, correspondência) até a exposição madura de seu pensamento na Origem. Assim procedendo, o exame da natureza explicativa de PSN parte (I Parte) de uma leitura da Origem das Espécies como uma história da Natureza, constituindo o contexto no qual cabe dimensionar a função e sentido de PSN como a parte privilegiada da argumentação/narrativa da Origem como um todo (capítulo 1). Desse modo, a clarificação de PSN, encerrando a idéia mestra de que as espécies na Natureza originamse umas de outras por seleção natural, demanda a inteligibilidade e integração provida por esse princípio ao contexto da obra, ao "um longo argumento" em sua integridade, e essa inteligibilidade reverte em clarificação do próprio princípio. Nesse sentido, a atenção à estrutura argumentativa/narrativa da Origem permite ver como as partes desse argumento/os capítulos da narrativa estruturam-se, fugindo às rotulações usuais de um modelo "indutivo" ou "dedutivo", e constituindo, antes, uma rede argumentativa, em que os avanços, a seqüência dos capítulos, leva a retomadas, a uma nova inteligibilidade das etapas/capítulos anteriores, fortalecendo, na integridade desse movimento, as bases para novos avanços e crescentes explicitações e fortalecimento de sua sustentaçÃo. A atençÃo a esse movimento argumentativo leva igualmente a uma análise conceitual de "PSN" e "Natureza", ao longo da obra. Para tanto, procede-se a uma cuidadosa análise lógicosemântica da ocorrência desses conceitos no texto (capítulos 2 e 3, respectivamente), encontrando na visão de Natureza como "luta pela existência" um ponto privilegiado para a exploração de sua articulação. A análise realizada na primeira parte revela a natureza epistemológica e metafísica de PSN em sua condição explicativa e permite colocar a peculiar relação que se estabelece entre PSN (parte) e Natureza (todo) em termos de uma visão teleológica. No entanto, um aprofundamento desse ponto pede, antes (II parte), um exame mais detido dos conceitos de "explicação" e de "causa" na perspectiva darwiniana. Buscando uma compreensão contextualizadora, o contraponto "externo" ao contexto da Origem é balizado pelo enfoque dos padrões de cientificidade encontrados nas filosofias da ciência de John Herschel, William Whewell e Stuart Mill (capítulo 4). A construção de um referencial "interno", ponto a ser enfatizado, parte da análise lógico-conceitual do uso de "explicaçÃo", "causa" e cognatos feito no texto, levando, através de sucessivos refinamentos de análise, a uma ampliação e aprofundamento do elenco inicial de significações, de modo a determinar compreensivos focos orientadores de análise e identificar dimensões fundamentais do esforço explicativo darwiniano (capítulos 5, 6, 7, 8, 9). A exploraçÃo epistemológica conduzida na segunda parte fornece o instrumento analítico que permite retomar a colocação inicial da função e sentido de PSN em suas relações com o conceito de Natureza, projetando a indagação epistemológica no âmbito da especulação metafísica. Essa dupla dimensão de PSN pode então ser focalizada, tratando-se agora da articulação do epistemológico e do metafísico, presente na natureza explicativa de PSN - e o fazendo enquanto PSN exibe uma natureza teleológica (III Parte). Cabe, inicialmente, estabelecer, face ao exame realizado na segunda parte, os alcances e limites dos níveis e padrões explicativos e das estratégias argumentativas darwinianas, mostrando sua "novidade" e seu caráter multifacético (capítulo 10), a fim de compreender o escopo explicativo de PSN. Esse escopo, por sua vez, cabe vê-lo concretizado em sua função explicativa, através da reconstrução de argumentos-chave da Origem e representativos de seus diferentes níveis explicativos (capítulo 11). Assim visto, o poder explicativo de PSN pode ser compreendido como sendo estabelecido em duas grandes e mutuamente remissivas etapas: em sua fundamentação, como um princípio da Natureza, e em sua justificação, pelo seu poder explicativo operando em diferentes níveis e assim viabilizando empiricamente a visão de Natureza que lhe serve de fundamento (capítulo 12). Desse modo, a dimensão epistemológica de PSN, tornando o que ocorre na Natureza inteligível como objeto de conhecimento, operacionaliza a dimensão metafísica, ou seja, a visão do próprio "ser" da Natureza que lhe serve de fundamento - PSN é a Natureza no exercício de seu poder, é a Natureza (concebida como sistema que recebe suas cores em termos de "luta pela existência") atualizada. Em ambas dimensões explicativas, PSN exibe uma natureza teleológica, enquanto dá lugar a explicações telelógicas e apresenta-se como princípio teleologicamente fundado, abrindo o caminho a um novo enfoque da questão teleológica, redimensionando o tratamento de muitas das ambiguidades encontradas na problematização contemporânea dessa questão.
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A natureza teleológica do princípio darwiniano de seleção natural : a articulação do metafísico e do epistemológico na origem das espéciesRegner, Anna Carolina Krebs Pereira January 1995 (has links)
A presente tese tem por objetivo o exame da natureza explicativa do princípio de seleção natural (PSN) na Origem das Espécies de Charles Darwin, enquanto tal princípio exibe uma natureza teleológica, como ponto de articulação entre suas dimensões metafísica e epistemológica. A motivação inicial para este estudo encontrou-se num interesse mais profundo pela questão da "racionalidade", através do exame das relações entre ciência e nÃo-ciência provocada pelo reacender-se das discussões sobre evolucionismo versus criacionismo, nas escolas norte-americanas na década de 80. Todavia, uma detida leitura da Origem e o rastreamento de seu questionamento na trajetória intelectual de Darwin buscando empreender uma análise cuidadosa da teoria darwiniana como exigência prévia àquele exame mostrou-se, por si só, filosoficamente tão rica e absorvente, que direcionou a essa análise todos os esforços da presente tese. De imediato, o caráter multifacético dos padrões explicativos e das estratégias argumentativas encontradas na elaboração e defesa da teoria apresentada por Darwin na Origem das Espécies indicava a relevância de uma análise de PSN para a história e filosofia da ciência. De sua leitura igualmente aflorava uma nova abordagem para a questão teleológica, tema instigante nos questionamentos contemporâneos. O exame então empreendido teve, entre seus pressupostos orientadores, quatro pontos-chave: (1) a percepção do mútuo remetimento da História e da Filosofia da Ciência para a elucidaçÃo da natureza da produçÃo científica, partilhando certas idéias básicas das análises feitas por Thomas Kuhn, Paul Feyerabend e Imre Lakatos, entre outros, e, sobretudo, seu reconhecimento do papel do núcleo metafísico presente no questionamento científico; (2) a busca de uma compreensão contextualizadora da estrutura lógico-conceitual em que se insere a função e sentido do princípio a ser investigado, (a) privilegiando o contexto "interno" da obra e do desenvolvimento do pensamento de Darwin, mas buscando o contraponto esclarecedor em seu contexto "externo" e (b) construindo um referencial de análise emergente da estrutura contextual; (3) a visualização de uma relação todo-parte de mútuo suporte na estruturação da integridade contextual, constituindo uma tessitura tipo rede, em que a clarificação das partes, considerada sua posição no todo, faz avançar a inteligibilidade desse e confere-lhe sustentação, a qual, em troca, reverte em clarificação e fortalecimento das partes; (4) a busca de um novo enfoque da teleologia, numa nova perspectiva das relações explicativas e causais, pelo exame das bases metafísicas e epistemológicas da questão à época de Darwin e de tematizações e ambigüidades que permeiam o seu tratamento contemporaneamente. À luz de tais pressupostos, o fio condutor de trabalho é a análise da Origem das Espécies, em sua 6ª. ediçÃo inglesa (a última revisada pelo próprio Darwin), buscando complementar as requeridas elucidações, sobretudo no que concerne a certos pressupostos do pensamento de Darwin, nas obras e textos que perfazem sua trajetória intelectual (diário da viagem a bordo do Beagle, Notebooks 1836-1844, Ensaios de 1842 e 1844, o longo manuscrito de 1856-1858, correspondência) até a exposição madura de seu pensamento na Origem. Assim procedendo, o exame da natureza explicativa de PSN parte (I Parte) de uma leitura da Origem das Espécies como uma história da Natureza, constituindo o contexto no qual cabe dimensionar a função e sentido de PSN como a parte privilegiada da argumentação/narrativa da Origem como um todo (capítulo 1). Desse modo, a clarificação de PSN, encerrando a idéia mestra de que as espécies na Natureza originamse umas de outras por seleção natural, demanda a inteligibilidade e integração provida por esse princípio ao contexto da obra, ao "um longo argumento" em sua integridade, e essa inteligibilidade reverte em clarificação do próprio princípio. Nesse sentido, a atenção à estrutura argumentativa/narrativa da Origem permite ver como as partes desse argumento/os capítulos da narrativa estruturam-se, fugindo às rotulações usuais de um modelo "indutivo" ou "dedutivo", e constituindo, antes, uma rede argumentativa, em que os avanços, a seqüência dos capítulos, leva a retomadas, a uma nova inteligibilidade das etapas/capítulos anteriores, fortalecendo, na integridade desse movimento, as bases para novos avanços e crescentes explicitações e fortalecimento de sua sustentaçÃo. A atençÃo a esse movimento argumentativo leva igualmente a uma análise conceitual de "PSN" e "Natureza", ao longo da obra. Para tanto, procede-se a uma cuidadosa análise lógicosemântica da ocorrência desses conceitos no texto (capítulos 2 e 3, respectivamente), encontrando na visão de Natureza como "luta pela existência" um ponto privilegiado para a exploração de sua articulação. A análise realizada na primeira parte revela a natureza epistemológica e metafísica de PSN em sua condição explicativa e permite colocar a peculiar relação que se estabelece entre PSN (parte) e Natureza (todo) em termos de uma visão teleológica. No entanto, um aprofundamento desse ponto pede, antes (II parte), um exame mais detido dos conceitos de "explicação" e de "causa" na perspectiva darwiniana. Buscando uma compreensão contextualizadora, o contraponto "externo" ao contexto da Origem é balizado pelo enfoque dos padrões de cientificidade encontrados nas filosofias da ciência de John Herschel, William Whewell e Stuart Mill (capítulo 4). A construção de um referencial "interno", ponto a ser enfatizado, parte da análise lógico-conceitual do uso de "explicaçÃo", "causa" e cognatos feito no texto, levando, através de sucessivos refinamentos de análise, a uma ampliação e aprofundamento do elenco inicial de significações, de modo a determinar compreensivos focos orientadores de análise e identificar dimensões fundamentais do esforço explicativo darwiniano (capítulos 5, 6, 7, 8, 9). A exploraçÃo epistemológica conduzida na segunda parte fornece o instrumento analítico que permite retomar a colocação inicial da função e sentido de PSN em suas relações com o conceito de Natureza, projetando a indagação epistemológica no âmbito da especulação metafísica. Essa dupla dimensão de PSN pode então ser focalizada, tratando-se agora da articulação do epistemológico e do metafísico, presente na natureza explicativa de PSN - e o fazendo enquanto PSN exibe uma natureza teleológica (III Parte). Cabe, inicialmente, estabelecer, face ao exame realizado na segunda parte, os alcances e limites dos níveis e padrões explicativos e das estratégias argumentativas darwinianas, mostrando sua "novidade" e seu caráter multifacético (capítulo 10), a fim de compreender o escopo explicativo de PSN. Esse escopo, por sua vez, cabe vê-lo concretizado em sua função explicativa, através da reconstrução de argumentos-chave da Origem e representativos de seus diferentes níveis explicativos (capítulo 11). Assim visto, o poder explicativo de PSN pode ser compreendido como sendo estabelecido em duas grandes e mutuamente remissivas etapas: em sua fundamentação, como um princípio da Natureza, e em sua justificação, pelo seu poder explicativo operando em diferentes níveis e assim viabilizando empiricamente a visão de Natureza que lhe serve de fundamento (capítulo 12). Desse modo, a dimensão epistemológica de PSN, tornando o que ocorre na Natureza inteligível como objeto de conhecimento, operacionaliza a dimensão metafísica, ou seja, a visão do próprio "ser" da Natureza que lhe serve de fundamento - PSN é a Natureza no exercício de seu poder, é a Natureza (concebida como sistema que recebe suas cores em termos de "luta pela existência") atualizada. Em ambas dimensões explicativas, PSN exibe uma natureza teleológica, enquanto dá lugar a explicações telelógicas e apresenta-se como princípio teleologicamente fundado, abrindo o caminho a um novo enfoque da questão teleológica, redimensionando o tratamento de muitas das ambiguidades encontradas na problematização contemporânea dessa questão.
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Institucionalismo evolucionário : proposta de um modelo heurístico para o estudo das mudanças institucionaisLima, Enzo Lenine Nunes Batista Oliveira January 2014 (has links)
O paradigma neoinstitucional assumiu, no fim do século XX e no começo do XXI, um papel de preponderância na Ciência Política, ditando as epistemologias e os métodos de se produzir conhecimento na disciplina. Suas duas principais correntes – institucionalismo da escolha racional e institucionalismo histórico – constituem marcos distintos de explicação dos fenômenos políticos, sendo os principais referenciais teóricos nas análises políticas institucionais. Porém, ambas correntes apresentam diversos problemas epistemológicos, fundados principalmente no caráter estático de suas abordagens sobre a fenomenologia política. Embora tal postura teórica fosse outrora suficiente para explicar a política, no mundo dinâmico atual, uma nova teoria que capte o dinamismo dos fenômenos políticos faz-se necessária. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é apresentar uma proposta heurística para a análise das mudanças institucionais, denominada institucionalismo evolucionário. Esse modelo heurístico dialoga com a teoria evolucionária, o neoinstitucionalismo e a teoria dos jogos. Além da proposição desse modelo, este trabalho exemplifica sua aplicação por meio da análise da evolução das dinâmicas de segurança nas relações entre Polônia e Rússia no pós-Guerra Fria. / At the end of the 20th century and the beginning of the 21st century, the neoinstitutionalist paradigm assumed a preponderant role in Political Science, dictating the epistemologies and methods for producing knowledge in the discipline. Its two main theoretical streams – rational choice institutionalism and historical institutionalism – constitute distinct approaches to explaining political phenomena, and are the main theories for analysing politics under the framework of the paradigm. Nevertheless, both theories present many epistemological problems, based mainly in their static approach to political phenomenology. Although these theories have once managed to explain reality, our current dynamic world demands a new theory capable of analysing the dynamics of political phenomena. Therefore, this work aims to present a heuristics capable of understanding institutional change, known as evolutionary institutionalism. This heuristics dialogues with evolutionary theory, neoinstitutionalism and game theory. Other than this theoretical model, this work applies it in the analysis of security dynamics in the context of Polish-Russian relations in the post-Cold War period.
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Controvérsias científicas e tecnológicas no jornal “A província de São Paulo” : 1875-1889Berbel, Danilo Brancalhão 16 February 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-02-16 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Brazil changed after the Potuguese Royal Family arrives in 1808. One of it was the founda-tion of the Royal Press and the law that allowed to print books and newspapers in Brazilian soil. There are a lot of social, educational and political changes since then. Scientific re-searches are developed and technological systems are deployed, brought from Europe. In 1875, “A Provincia de São Paulo” was created associated to republican and abolitionsit groups, showing the news in São Paulo, Brazil and in the world. In that time, science and technology were becoming common at the urban life and generated public discussions. The newspaper is a plivilage sphere to circulate ideas about that. The objective of this thesis is to analyze the publications about science and technology in that journal about two themes: the Teory of Evolution and the gauges standardization in the construction of the railroads in Bra-zil. The analysis of the controversies is the specific objective. The analysis methodology is composed by two steps: the first one works with boards, facilitating the categorization and description, that shows all publicated information in the scientific and technological sections of the newspaper: “Secção Scientifica” and “Secção Industrial”. The second methodological step is based on the Social Studies of Science and Technology, specifically in two theoretical currents: the Empirical Programme of Relativism (EPOR) and the Social Construction of Technology (SCOT). The categories of analizys come from this theorical and methodological approach, that allow to identify authors and contextualize them to the social and historical analyzed period, to observate motivations, approaches, informations, editorial lines, biases and arguments about the clash involving the scientific theories and technological develop-ment. The time cut comprises from the inauguration of “A Província de São Paulo”, in Janu-ary 4th 1875, to the year of the Republic Proclamation, until December 1889. The first analy-sis refers to the discussion of railroad technology and the controversy over the standardization of gauges. There are two sides: the first one defends the narrow gauge (there are less technical information and more authorial retorical) and the second one defends the large gauge (there are more scientific and technological references). These discussions were between two engi-neers and shareholders of the “Companhia Paulista” with economic interests about the rail-road development. The temporary closure was in favor of the large gauge. The second analy-sis is about the discussion of the Theory of Evolution between 1875 and 1886, involving mostly the defense of the Darwinists ideas. In two moments, authors of different thoughts discussed in the pages of the newspaper. They were, mostly, men of science and defended these interests groups. As a result, they created favorable and receptive agendas to Darwin‟s theories. In both cases, it was possible to evidence the motivations and the artifices involved in the contest, which includes epistemic and non-epistemic arguments, confirming the social construction of technological and scientific processes. / Entre as mudanças ocorridas no Brasil após a chegada da família real portuguesa em 1808 está a fundação da Imprensa Régia, que permitiu impressões de jornais e livros em solo brasi-leiro. O país passa por mudanças sociais, educacionais e políticas a partir de então, com o desenvolvimento de pesquisas científicas e implantação de sistemas tecnológicos trazidos da Europa. Em 1875, nasceu o jornal “A Provincia de São Paulo” com perfil republicano e aboli-cionista, relatando os principais acontecimentos da cidade de São Paulo, da província e do Brasil, relacionando o desenvolvimento nacional a outras realidades do mundo. Neste perío-do, a ciência e a tecnologia estiveram presentes no cotidiano dos grupos sociais e geraram discussões diversas. O jornal é um veículo que favorece a circulação destas ideias em diversas esferas. Esta tese tem como objetivo analisar as controvérsias científicas e tecnológicas veicu-ladas no referido jornal, relativas a dois temas: a Teoria da Evolução e a padronização das bitolas na construção de estradas de ferro. A metodologia de análise é composta por duas eta-pas: a primeira compreendeu a construção de quadros de análise para categorização e caracte-rização de todos os textos publicados na “Secção Scientifica”, editoria reservada pelo jornal para a discussão de temas científicos; e “Secção Industrial”, destinada a temas tecnológicos. A segunda etapa, de análise em profundidade, está fundamentada nos Estudos Sociais da Ciên-cia e da Tecnologia, especificamente em duas correntes: o “Programa Empírico do Relativis-mo” (EPOR na sigla em inglês) e os “Estudos da Construção Social da Tecnologia” (SCOT). Desta abordagem teórico-metodológica foram extraídas as categorias de análise do trabalho que permitiram identificar autores e contextualizá-los ao período sócio-histórico estudado, observar motivações, abordagens, informações, linhas editoriais, vieses e argumentações refe-rentes ao embate envolvendo as teorias científicas e tecnologias concorrentes. O recorte tem-poral compreende da inauguração do jornal, em quatro de janeiro de 1875, até o ano da pro-clamação da República, compreendendo até 31 de dezembro de 1889. A primeira análise em profundidade se refere à discussão da tecnologia das estradas de ferro e a controvérsia da pa-dronização das bitolas. Há duas séries destinadas a esse tema, uma defendendo a bitola estrei-ta (com menos detalhes técnicos e mais retórica do autor) e outra defendendo a bitola larga (com mais referências a cientistas e pesquisas acadêmicas). Esta contenda ocorreu entre enge-nheiros e acionistas da Companhia Paulista com interesses econômicos no desenvolvimento das vias férreas, com encerramento temporário em favor da bitola larga. A segunda análise em profundidade se refere à Teoria da Evolução, tratada de 1875 a 1886, envolvendo majoritari-amente a defesa dos ideais darwinistas. Em dois momentos, autores de pontos de vista contrá-rios defenderam suas ideias, digladiando nas páginas do jornal. Os autores eram, em sua mai-oria, homens de ciência, e defendiam grupos de interesse com este perfil. Como resultado, criaram-se ao longo dos anos analisados, agendas favoráveis e receptivas às teorias de Dar-win. Em ambos os casos, pôde-se evidenciar as motivações e os artifícios envolvidos na con-tenda, que abrangeram argumentos epistêmicos e não epistêmicos, confirmando a construção social dos processos tecnológicos e científicos.
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Institucionalismo evolucionário : proposta de um modelo heurístico para o estudo das mudanças institucionaisLima, Enzo Lenine Nunes Batista Oliveira January 2014 (has links)
O paradigma neoinstitucional assumiu, no fim do século XX e no começo do XXI, um papel de preponderância na Ciência Política, ditando as epistemologias e os métodos de se produzir conhecimento na disciplina. Suas duas principais correntes – institucionalismo da escolha racional e institucionalismo histórico – constituem marcos distintos de explicação dos fenômenos políticos, sendo os principais referenciais teóricos nas análises políticas institucionais. Porém, ambas correntes apresentam diversos problemas epistemológicos, fundados principalmente no caráter estático de suas abordagens sobre a fenomenologia política. Embora tal postura teórica fosse outrora suficiente para explicar a política, no mundo dinâmico atual, uma nova teoria que capte o dinamismo dos fenômenos políticos faz-se necessária. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é apresentar uma proposta heurística para a análise das mudanças institucionais, denominada institucionalismo evolucionário. Esse modelo heurístico dialoga com a teoria evolucionária, o neoinstitucionalismo e a teoria dos jogos. Além da proposição desse modelo, este trabalho exemplifica sua aplicação por meio da análise da evolução das dinâmicas de segurança nas relações entre Polônia e Rússia no pós-Guerra Fria. / At the end of the 20th century and the beginning of the 21st century, the neoinstitutionalist paradigm assumed a preponderant role in Political Science, dictating the epistemologies and methods for producing knowledge in the discipline. Its two main theoretical streams – rational choice institutionalism and historical institutionalism – constitute distinct approaches to explaining political phenomena, and are the main theories for analysing politics under the framework of the paradigm. Nevertheless, both theories present many epistemological problems, based mainly in their static approach to political phenomenology. Although these theories have once managed to explain reality, our current dynamic world demands a new theory capable of analysing the dynamics of political phenomena. Therefore, this work aims to present a heuristics capable of understanding institutional change, known as evolutionary institutionalism. This heuristics dialogues with evolutionary theory, neoinstitutionalism and game theory. Other than this theoretical model, this work applies it in the analysis of security dynamics in the context of Polish-Russian relations in the post-Cold War period.
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Institucionalismo evolucionário : proposta de um modelo heurístico para o estudo das mudanças institucionaisLima, Enzo Lenine Nunes Batista Oliveira January 2014 (has links)
O paradigma neoinstitucional assumiu, no fim do século XX e no começo do XXI, um papel de preponderância na Ciência Política, ditando as epistemologias e os métodos de se produzir conhecimento na disciplina. Suas duas principais correntes – institucionalismo da escolha racional e institucionalismo histórico – constituem marcos distintos de explicação dos fenômenos políticos, sendo os principais referenciais teóricos nas análises políticas institucionais. Porém, ambas correntes apresentam diversos problemas epistemológicos, fundados principalmente no caráter estático de suas abordagens sobre a fenomenologia política. Embora tal postura teórica fosse outrora suficiente para explicar a política, no mundo dinâmico atual, uma nova teoria que capte o dinamismo dos fenômenos políticos faz-se necessária. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é apresentar uma proposta heurística para a análise das mudanças institucionais, denominada institucionalismo evolucionário. Esse modelo heurístico dialoga com a teoria evolucionária, o neoinstitucionalismo e a teoria dos jogos. Além da proposição desse modelo, este trabalho exemplifica sua aplicação por meio da análise da evolução das dinâmicas de segurança nas relações entre Polônia e Rússia no pós-Guerra Fria. / At the end of the 20th century and the beginning of the 21st century, the neoinstitutionalist paradigm assumed a preponderant role in Political Science, dictating the epistemologies and methods for producing knowledge in the discipline. Its two main theoretical streams – rational choice institutionalism and historical institutionalism – constitute distinct approaches to explaining political phenomena, and are the main theories for analysing politics under the framework of the paradigm. Nevertheless, both theories present many epistemological problems, based mainly in their static approach to political phenomenology. Although these theories have once managed to explain reality, our current dynamic world demands a new theory capable of analysing the dynamics of political phenomena. Therefore, this work aims to present a heuristics capable of understanding institutional change, known as evolutionary institutionalism. This heuristics dialogues with evolutionary theory, neoinstitutionalism and game theory. Other than this theoretical model, this work applies it in the analysis of security dynamics in the context of Polish-Russian relations in the post-Cold War period.
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O ensino da teoria da evolução: a construção de conceitos científicos / The teaching of the teory of evolution: the construction of scientific conceptsMoura, Susana Ferreira de 13 September 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-09-13 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The Theory of Evolution is considered by scientists and studies of teaching biology as a unifying content of all other content Biology. Theodosius Dobzhansky expressed this importance of the theory of evolution to biology in his famous phrase, "Nothing in Biology makes sense except in light of evolution." The National Curriculum Guidelines also indicate that the Theory of Evolution of content should be worked throughout basic training, constantly permeating the rest of biology content. But not always this work of evolutionary theory unifying mode occurs between the difficulties that this goal is achieved are: the traditional approach of content in most schools; the simplification of scientific concepts of the theory, thus distorting such concepts; the interference of religious beliefs of teachers and students in working with this theme; among others. increased attention to initial and continuing training of teachers in relation to this content, thereby contributing to that are prepared to deal with such difficulties do is important. This research aimed to analyze the process of construction of scientific concepts of the theory of evolution, according to the Vigotski`s theory, for the work of such content through a variety of teaching methods, including: reflective readings paradidactic texts; dialogued classes; documentary presentation; debate and discussion; and construction and presentation of theatrical skits. All the process was recorded on video and audio, and then used for the analysis of the speeches and participation of students. As a result of analysis of these records was possible to realize the criticality and interest that students have shown in their questions, thoughts, observations and placements. It was also possible indentify the enlargement of scientific concepts of evolutionary theory, as they were able to make relationships between concepts that were presented . And we can also point out that the study of the Theory of Evolution contributes significantly to working with students in relation to science and construction processes of scientific knowledge. / A Teoria da Evolução é considerada por cientistas e estudos do ensino de Biologia como sendo um conteúdo unificador de todos os outros conteúdos da Biologia. Theodosius Dobzhansky expressa essa importância da Teoria da Evolução para a Biologia em sua conhecida frase: “Nada em Biologia faz sentido, exceto à luz da Evolução”. As Orientações Curriculares Nacionais também indicam que o conteúdo da Teoria da Evolução deve ser trabalhado ao longo de toda a formação básica, permeando constantemente os demais conteúdos da Biologia. Porém, nem sempre este trabalho da teoria evolutiva de modo unificador ocorre, entre as dificuldades para que tal objetivo seja alcançado estão: a abordagem tradicional de conteúdos na maioria das escolas; a simplificação dos conceitos científicos da teoria, distorcendo assim tais conceitos; a interferência das crenças religiosas de professores e alunos no trabalho com essa temática; entre outras. Faz-se importante uma atenção maior à formação inicial e continuada dos professores em relação a este conteúdo, contribuindo assim para que estejam preparados para lidar com tais dificuldades. Esta pesquisa buscou analisar o processo de construção de conceitos científicos da Teoria da Evolução, segundo a teoria de Vigotski, durante o trabalho de tal conteúdo por meio de diversas metodologias pedagógicas, incluindo: leituras reflexivas de textos paradidáticos; aulas dialogadas; apresentação de documentário; debate e discussões; e construção e apresentação de esquetes teatrais. Todo o processo foi registrado em áudio e vídeo, sendo em seguida utilizados para a análise das falas e participações dos alunos. Em decorrência da análise desses registros foi possível perceber a criticidade e interesse que os alunos demonstraram em seus questionamentos, reflexões, observações e posicionamentos. Foi possível identificar também a ampliação de conceitos científicos da teoria evolutiva, visto que conseguiram realizar relações entre os conceitos que lhes foram apresentados. Sendo possível ressaltar também que o estudo da Teoria da Evolução contribui bastante com o trabalho com alunos em relação à Ciência e os processos de construção de conhecimentos científicos.
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Obstáculos e oportunidades: o papel das tensões na atividade de visita a uma exposição sobre evolução humana / Obstacles or opportunities: the role of tensions in Activity of Visitation to an exhibition about Human EvolutionChagas, Adriana Aparecida Andrade 22 November 2016 (has links)
Frente a reconhecida importância da Teoria da Evolução por Seleção Natural como um tema central na compreensão dos fenômenos biológicos pelos cidadãos, tem sido dada grande atenção à sua inserção no ensino. Um crescente número de pesquisas, tanto na educação formal quanto não formal, tem buscado entender como ocorre o ensino e aprendizagem do tema, quais os obstáculos envolvidos e como os indivíduos compreendem os conceitos evolutivos. No que tange os museus de ciências, pesquisas sobre as concepções de público acerca da Evolução são desenvolvidas principalmente nos cenários europeus e estadunidenses. No contexto nacional, são escassas aquelas que buscam compreender as interações entre públicos e instituição e que poderiam subsidiar o desenvolvimento de atividades educativas para o ensino de Evolução em nossos museus. O presente trabalho buscou investigar como o público da exposição \"Do macaco ao Homem\", apresentada no Catavento Cultural e Educacional, na capital paulista, significa os conceitos evolutivos em suas interações em uma Atividade de Visita, frente aos possíveis obstáculos a esse processo. Com o aporte teórico da Teoria da Atividade, cujo foco de análise se localiza na importância das tensões e contradições dos Sistemas de Atividade para o surgimento e desenvolvimento de Ciclos Expansivos de Aprendizagem, buscou-se compreender como os obstáculos ao ensino de Evolução podem se constituir como oportunidades para o desenvolvimento desses Ciclos na Atividade de Visita. A análise correspondeu, em um nível macro, à caracterização das atividades de concepção, de formação de mediadores e de mediação a fim de compreender como este Sistema de Atividades em interação estruturam a Atividade de Visita. O nível micro se realizou pela categorização das interações conversacionais entre mediadores e visitantes em cinco visitas, a partir dos obstáculos ao ensino e aprendizagem de Evolução levantados pela literatura, bem como de elementos emergentes dos dados coletados. As principais contradições foram localizadas a nível das percepções, concepções e valores dos sujeitos sobre a exposição e a práxis de mediação. Percebeu-se que as escolhas na concepção da exposição e do setor educativo culminaram em uma estrutura da Atividade de Visita que, regulada principalmente pelos valores de mediação no âmbito de suas regras, privilegia a centralidade do discurso do mediador. Foi possível observar o surgimento de Ciclos Expansivos de Aprendizagem a partir de tensões no âmbito dos recursos expográficos, interrompidos por conflitos na significação dos conceitos de variabilidade e de espécie tanto por parte da visitante quanto do mediador. Salientamos, assim, a importância do mediador e da concepção expográfica no desenvolvimento de Ciclos inteiros, tomando os obstáculos como oportunidades no desenvolvimento de abstrações teóricas acerca dos processos evolutivos. Acreditamos que a compreensão das questões levantadas no âmbito desta pesquisa pode ajudar a orientar o desenvolvimento de estratégias para a mediação de temáticas evolutivas em exposições museais. Como contribuição deste trabalho, apresentamos uma categorização de elementos com potencial para promover tensões na Atividade de Visita. / In the face of the acknowledged importance of Theory of Evolution by Natural Selection as central theme in the understanding of biological phenomena by citizens, it has been given great attention to its integration in education. A growing amount of researches, whether formal and informal education, has sought to understand how the evolution teaching and learning process occur; which obstacles are involved; and how people understand the evolutionary concepts. Regarding science museums, researches on public conceptions about evolution are mainly developed in the European and American scenarios. In the national context, there are rarely those who seek to understand the interactions between public and institution and who could subsidize the development of educational activities for the evolution teaching in our museums. This study aimed to investigate how the public of the exhibition \"Do macaco ao Homem\" (From Monkey to Man), presented at Catavento Cultural and Educational in Sao Paulo means evolutionary concepts in their interactions in a Activity of Visitation, in respect of potential obstacles to this process. With the theoretical framework of Activity Theory, which focuses the analysis in the importance of the tensions and contradictions of Activity Systems for the emergence and development of Expansive Learning Cycles, we sought to understand how the obstacles of the evolution teaching can become an opportunities for the development of these Cycles in the Activity of Visitation. The analysis was, on the macro level, the description of the activities of conception, mediators\' training and mediation, in order to understand how this Activity Systems in interaction set up the Activity of Visitation. The micro level was held by the categorization of conversational interactions between mediators and visitors in five visits, from the obstacles to teaching and learning Evolution raised in the literature as well as emerging elements of the collected data. The main contradictions were located at the perceptions level, views and values of the subjects of the exhibition and the mediation praxis. It was noticed that choices related to exhibition\'s concepts and the educational sector resulted in a given structure of Activity of Visitation that is mainly regulated by the values of mediation and their rules, emphasized by the centrality of the mediator\'s speech. It was possible to observe the appearance of Expansive Learning Cycles from tensions within the exhibition resources, disrupted by conflict in the meaning of the concepts of variability and species, both by the visitor as the mediator. We highlight the importance of the mediator and exhibition design in the development of whole cycles, taking obstacles as opportunities to develop theoretical abstractions about evolutionary processes. We believe the understanding of the issues raised in this research can help to guide the development of strategies for mediating the evolution theme in museological exhibitions. As a contribution of this work, we present a categorization of elements with a potential to promote tensions in Activity of Visitation.
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Natureza, direito e homemGomes, Ariel Koch 01 March 2011 (has links)
Submitted by CARLA MARIA GOULART DE MORAES (carlagm) on 2015-04-14T17:04:42Z
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Previous issue date: 2011-03-01 / Nenhuma / A pesquisa tem por objetivo a análise da possibilidade de um paradigma contemporâneo que insira o Direito e o Homem dentro da Natureza em evolução e suas leis. Insere-se a investigação no quadro do debate contemporâneo sobre os problemas ambientais e a relação entre Natureza, Direito e Homem. A hipótese a ser analisada é a de que é possível, com base no sistema filosófico de Carlos Cirne-Lima (que tem em si a Teoria da Evolução através da Seleção Natural de Darwin e de neodarwinistas), propor uma fundamentação para o Direito. A metodologia adotada é Dialética (Tese, Antítese e Síntese). O paradigma pós-moderno nega a existência de princípios ou leis que sejam universalíssimos, que interliguem os diversos subsistemas, ou seja, que sejam válidos sempre, em todos os âmbitos, em todos os
interstícios e para todas as coisas. Mais, ele diz que não há proposição que seja universalmente válida. E, nessa lógica, o Direito perde a sua racionalidade, fica sem verdades e, assim, qualquer decisão e/ou interpretação é válida. Mas, quem faz tal afirmação, ao dizê-la, se desdiz. Tal afirmação é uma contradição em si mesma, pois detona uma implosão lógica. Tomemos a proposição: Não existe nenhuma proposição verdadeira. Quem afirma isto está implicitamente dizendo: Não existe nenhuma proposição que seja verdadeira, exceto esta mesma que agora estou dizendo. Assim, entra em autocontradição. Não podemos ficar na contradição, porque quem assim fica perde a razão, não consegue pensar e nem falar. Com
isto, já temos um dever-ser, uma regra moral que vale para todos seres humanos, o dever-ser de não-contradição, a contradição a ser evitada. Deste primeiro princípio de não-contradição se deduzem os princípios da Lógica (Identidade, Diferença e Coerência), e estes se aplicam aos princípios da Natureza (Teoria da Evolução de Darwin e neodarwinistas) e aos princípios da Ética (Coerência universal concreta). Os seres humanos, deste modo, estão inseridos dentro: da Lógica (só com ela é possível pensar e falar); da Natureza, na qual se encontram todos os seres que evoluíram e sofrem as consequências da Evolução pela Seleção Natural; da Ética, que está inserida tanto na Lógica quanto na Natureza; e do Direito que, deste modo, também está inserido na Lógica e na Natureza, tendo que estar de acordo com ambas – e, ainda, causa e sofre alterações da Ética. Assim, o Direito, uma criação da espécie humana, fica inserido na Natureza (Meio Ambiente). A espécie humana está inserida na Natureza e nos seus ecossistemas equilibrados e tem uma relação de dependência e de interdependência em relação ao Meio Ambiente, às demais espécies e aos seres existentes no planeta. Todos estão imersos na Natureza. Portanto, sem a Natureza, não há Direito, nem Ética e nem Ser Humano.
Consequentemente, deve-se reconhecer a Natureza com o pessoa jurídica. Então, tem-se aqui uma proposta de fundamentação para o Direito de forma que fique inserido na Natureza em Evolução pela Seleção Natural e, assim, coloca a Natureza como sujeito de direitos. / The research aims to examine the possibility of a contemporary paradigm that places the Law and the Man in the Nature in Evolution and its Laws. This investigation is about the contemporary debate about environmental problems and the relationship between Nature, Law and Human. The examined hypothesis is that it is possible, based on the philosophical system of Carlos Cirne-Lima (which itself has the Evolution by Natural Selection theory of Darwin and neo-Darwinians), to propose a fundament for the Law. The adopted methodology is Dialectic (Thesis, Antithesis and Synthesis). The postmodern paradigm denies the existence of principles or laws that are universal, which interconnect the various subsystems, i.e., that are always valid, in all spheres, in all the interstices and to all things. More, it says there is no proposition that is universally valid. And, in this logic, the Law loses its rationality, stays
without truth and, therefore, any decision and/or interpretation is valid. But who does such statement, in doing so he ends on refuting the statement itself. This statement is a contradiction in itself, it causes a logic implosion. Consider the proposition: There is no true proposition. Who says that is implicitly saying: There is no true proposition, except this one I’m saying now . In this way the person enters into a self-contradiction. We can’t stay in contradiction, because who does so loses its reason, he can’t think or talk. With this, we already have a should-be rule, a moral rule that applies to all human beings, the Should-be of Non-Contradiction, the contradiction to be avoided. From this first Principle of Non-Contradiction it is deductable the principles of Logic (Identity, Difference and Coherence), and the same principles are applied on Nature (Evolution Theory of Darwin and Neo-Darwinians) and also applied on Ethics (concrete universal Coherence). This way, human beings are placed inside: the Logic (only with it is possible to think and talk); the Nature, in which all beings that have evolved are and suffering the consequences of Evolution by Natural Selection; the Ethics, which is embedded in both Logic and Nature; and the Law thus is also placed into the Nature and Logic, having to be according with both – the Law changes the Ethics and suffers changes from it. Thus, the Law, a creation of the human species, is placed in Nature (Environment). The human species is placed in Nature and in its balanced ecosystems and has a relationship of dependence and interdependence with: the Environment, the other species and every being that exists on planet. Everything is immersed in Nature. Therefore, without Nature, there is no Law, nor Ethics, nor Human Being. Consequently, it must be recognized the nature as a legal entity. So here it is a fundament proposal to the Law so that it is placed into the Evolving Nature by Natural Selection, and thus puts Nature as subject of rights.
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