Spelling suggestions: "subject:"testosterona"" "subject:"testosteronas""
221 |
Avaliação dos efeitos da deficiência de testosterona sobre os tecidos periodontais de ratos castrados e com periodontite experimental / Evaluation of effects testosterone deficiency on the periodontal tissues in castrated rats and with experimental periodontitisGirelli Junior, Claudio 24 February 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2017-07-10T14:57:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Claudio Girelli_ Junior.pdf: 1035740 bytes, checksum: 5744f2af3a9cdd7a97647cc399f302df (MD5)
Previous issue date: 2015-02-24 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Testosterone is the principal male sex steroid hormone involved in differentiation, sexual development and control of male reproductive functions. In addition to its role in reproductive endocrinology and fertility, testosterone is an important hormone in the regulation and functioning of other organs and tissues including the kidney, heart, skeletal muscle, immune system and oral and periodontal tissues. Periodontitis is a disease characterized by inflammation of the periodontal tissues and associated with dental decay, are mainly responsible for the loss of dental elements. The relationship between sex steroids hormones and periodontal disease has been intensively investigated in females, however studies in males are still scarce. Therefore, the aim of the present project is to analyze the influence of testosterone deficiency on bone loss and histological structure of the periodontal tissues of castrated rats and experimental periodontitis. Twenty-eight male Wistar rats, provided by the Central Biotherium of Unioeste were used. At 80 days of age the animals were separated in four experimental groups, with 7 animals per group: no ligature control (CON), ligature control CON + LIG), no ligature castrated (CAST) and ligature castrated (CAST + LIG). At 90 days of age was held orchiectomy in appropriate groups. Sixty days after castration, the periodontal disease was induced by ligature technique. At the end of experimental period (90 days after castration), the animals were weighed and euthanized in a CO2 chamber. The mandible was removed, dissected, separated into left and right, were fixed by immersion in 10% buffered formalin for 24 hours, decalcified and processed for histological and radiological techniques. The results of this study showed that ligature model was effective
13
in inducing periodontitis in the animals. The food intake profile was similar between groups. The animals of CAST and CAST + LIG groups showed significant reduction in body weight at the end of experimental period, when compared with the groups CON and CON + LIG. Castration resulted in a significant bone loss in animals, which was accentuated with the induction of periodontal disease. Animals with periodontal diseases presented increased of gingival epithelium and connective tissue area, compared to animals without the disease. We conclude that testosterone is a physiological regulator important of alveolar bone metabolism. Testosterone deficiency in synergism with periodontal disease increases alveolar bone resorption and alters the thickness of gingival epithelium.Key / A testosterona é o principal hormônio sexual esteróide masculino envolvido na diferenciação, desenvolvimento sexual e controle das funções reprodutivas masculina. Além do seu papel na endocrinologia reprodutiva e fertilidade, a testosterona é um hormônio importante na regulação e funcionamento de outros órgãos e tecidos corporais tais como o rim, coração, músculo estriado esquelético, sistema imunológico e os tecidos orais e periodontais. A periodontite é uma doença caracterizada pelo processo inflamatório dos tecidos periodontais e juntamente com a cárie, são as grandes responsáveis pela perda de elementos dentais. As relações entre os hormônios sexuais esteróides e doença periodontal tem sido intensamente investigado em fêmeas, entretanto os estudos em machos ainda são escassos. Assim, o presente trabalho teve por objetivos analisar a influência da deficiência de testosterona sobre a perda óssea alveolar e estrutura histológica dos tecidos periodontais de ratos castrados e com periodontite experimental. Foram utilizados 28 ratos machos Wistar, fornecidos pelo Biotério Central da Unioeste. Aos 80 dias de idade os animais foram separados em quatro grupos experimentais, com 7 animais por grupo: controle sem ligadura (CON), Controle com ligadura (CON+LIG), castrado sem ligadura (CAST) e castrado com ligadura (CAST+LIG). Aos 90 dias de idade realizou-se a orquidectomia nos devidos grupos. Sessenta dias após a castração a doença periodontal foi induzida através da técnica de ligadura. Ao final do período experimental (90 dias após a castração), os animais foram pesados e sacrificados em câmara de CO2. As mandíbulas foram retiradas, dissecadas, separadas em direita e esquerda, fixada em formalina tamponada a 10% por 24 horas, descalcificada e
11
processadas para técnicas histológicas e radiológicas. Os resultados do presente trabalho demonstraram que o modelo de ligadura foi eficiente em induzir a periodontite nos animais. O perfil de consumo alimentar foi semelhante entre os grupos. Os animais dos grupos CAST e CAST+LIG apresentaram significativa redução do peso corporal ao final do período experimental, quando comparados aos grupos CON e CON+LIG. A castração levou a uma significativa perda óssea nos animais, a qual foi acentuada com a indução da doença periodontal. Os animais com doença periodontal apresentaram aumento de área do epitélio gengival e área de tecido conjuntivo, quando comparado aos animais sem a doença. Concluímos que a testosterona é um importante regulador fisiológico do metabolismo ósseo alveolar. A deficiência de testosterona em sinergismo com a doença periodontal aumenta a reabsorção óssea alveolar e altera a espessura do epitélio gengival.
|
222 |
Testosterona, estradiol e doença arterial coronariana em homens adultos / Testosterone, estradiol and coronary artery disease in menCallou, Emmanuela Quental [UNIFESP] 28 April 2010 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:50:51Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2010-04-28 / Introdução: As doenças cardiovasculares (DCVs) representam o principal grupo de causa de morte no Brasil, com destaque para doença arterial coronariana (DAC). O sexo masculino apresenta maior incidência e mortalidade por DAC que o feminino. Uma das explicações para o fato era o possível efeito deletério da Testosterona no sistema cardiovascular masculino e o efeito protetor do Estradiol no sistema cardiovascular feminino. Contudo, evidências recentes da literatura apontam para um efeito protetor ou neutro da Testosterona no aparelho cardiovascular masculino, enquanto níveis elevados de Estradiol nos homens estiveram correlacionados com maior morbidade e mortalidade por doenças cardiovasculares. Objetivos: Realizar uma revisão da literatura da relação existente entre Testosterona sérica e doença cardiovascular em homens adultos; Avaliar a relação existente entre Testosterona Total, Testosterona Biodisponível, Testosterona Livre, Índice de Andrógenos Livres (IAL), Globulina Ligadora de Esteróides Sexuais (SHBG), Estradiol, Índice de Estrógenos Livres (IEL), relação Estradiol / Testosterona e a relação IEL / IAL e doença arterial coronariana em homens adultos; Entender o papel da Globulina Ligadora de Esteróides Sexuais como novo componente as síndrome metabólica. Material e Métodos: A revisão da relação entre testosterona e doença cardiovascular foi realizada através da base de dados do PubMed com a utilização dos unitermos testosterona e doença cardiovascular; a avaliação da relação existente entre esteróides sexuais e DAC foi realizada através de um estudo de caso controle com homens adultos submetidos ao Cateterismo de Artérias Coronárias no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia; o entendimento do papel da SHBG como novo componente as síndrome metabólica através da análise dos dados obtidos do estudo “Estradiol but not Testosterone is Related to Coronary Artery Disease”. Resultados: Os resultados foram dispostos em 03 artigos, a saber: ARTIGO 1 “Testosterona Sérica e Doença Cardiovascular em Homens”; ARTIGO 2 “Estradiol but not Testosterone is Related to Coronary Artery Disease in Men”; ARTIGO 3 (preparando para a submissão) “Sex hormone binding globulin a novel component of metabolic syndrome”. Conclusões: Os estudos selecionados da literatura que avaliaram a relação entre testosterona e doença cardiovascular apresentavam pequeno número de participantes e amostras selecionadas, ornando necessário que novos estudos avaliem o papel da testosterona na DCV nos homens. Os achados apresentados sinalizam para uma correlação positiva entre níveis séricos de Estradiol e IEL com DAC. Foram observados efeitos neutros da testosterona total, testosterona biodisponível, testosterona livre, índice de andrógenos livres SHBG, relação Estradiol / Testosterona e relação IEL / IAL na incidência dessa patologia. Baixos níveis de SHBG parecem se correlacionar positivamente com os componentes da síndrome metabólica, sendo necessários novos estudos que avaliem esse parâmetro como novo componente desta Síndrome. / Introduction: Cardiovascular diseases (CVDs) represent the main cause of death in Brazil, and among them especially the coronary artery diseases (CADs). Men present higher incidence and mortality rates for CAD than women. One of the explanations for this fact may be the possibly deleterious effect of testosterone on the male cardiovascular system and the protective effect of estradiol on the female cardiovascular system. However, recent studies in the literature indicate that testosterone has an either protective or neutral effect on the male cardiovascular system, while high levels of estradiol in men have been correlated to higher rates of morbidity and mortality from cardiovascular diseases. Objectives: To carry out a review of the literature regarding the relationship between testosterone and cardiovascular disease in men, to evaluate the existing relationships among total testosterone, bioavailable testosterone, free testosterone, free androgen index (FAI), sex hormone binding globulin, estradiol, free estrogen index (FEI), estradiol/testosterone ratio and FEI/FAI ratio and coronary artery disease in men; to understand the role of the sex hormone binding globulin as a new component of the metabolic syndrome. Material and Methods: The review of the literature regarding the relationship between testosterone and cardiovascular disease was performed using the PubMed database and the keywords testosterone and cardiovascular disease. The relationship between sex steroids and CAD was evaluated by a case-control study performed on men submitted to coronary angiography at the Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. The role of the sex hormone binding globulin (SHBG) as a new component of the metabolic syndrome was evaluated using the data obtained by the study “Estradiol but not Testosterone is Related to Coronary Artery Disease”. Results: The results were presented in three articles, namely: ARTICLE 1 - “Serum Testosterone and Cardiovascular Disease in Men”; ARTICLE 2 - “Estradiol but not Testosterone is Related to Coronary Artery Disease in Men”; ARTICLE 3 - (being prepared for submission) - “Sex hormone binding globulin, the novel component of metabolic syndrome?”. Conclusions: The studies retrieved from the literature which evaluated the relationship between testosterone and cardiovascular disease presented small numbers of participants and selected samples, which indicated the need for further studies to evaluate the role of testosterone in CVD in men. The findings presented suggest a positive correlation between estradiol and FEI levels with CAD. A neutral effect of total testosterone, bioavailable testosterone, free testosterone, free androgen index, SHBG, estradiol/testosterone ratio and FEI/FAI ratio on the incidence of this pathology was observed. Low levels of SHBG seem to correlate positively with the components of the metabolic syndrome, but further studies are necessary to evaluate this parameter as a new component of this syndrome. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
|
223 |
Efeitos da castração e da reposição hormonal com undecanoato de testosterona na bexiga urinária de ratos: análise estrutural, ultra-estrutural e bioquímica / Effects castration and hormonal replacement in the rat urinary bladder, structural, ultrastructural and biochemical analysisCarla Braga Mano Gallo 04 November 2009 (has links)
Evidências recentes em animais e humanos sugerem que níveis adequados de testosterona são necessários para as funções adequadas de diversos órgãos do sistema urogenital, incluindo a bexiga urinária. Estudos sobre os efeitos da testosterona na estrutura da parede da bexiga são raros. Portanto, o objetivo do presente trabalho é avaliar através de métodos qualitativos e quantitativos, as alterações estruturais da parede vesical de ratos submetidos à castração cirúrgica, bem como o papel da reposição hormonal na reversão das possíveis alterações estruturais. Foram usados 24 ratos machos Sprague-Dawley com aproximadamente 12 semanas de idade. Os animais foram divididos em 3 grupos compostos de 8 animais cada e tratados como a seguir. C = Grupo Castrado os animais foram submetidos a orquiectomia e sacrificados após 2 meses, S = Grupo Simulado os animais foram submetidos a operação simulada e sacrificados após 2 meses, T = Grupo Testosterona os animais foram submetidos a castração e após 1 mês foram submetidos a reposição hormonal com undecanoato de testosterona em dose única subcutânea de 100 mg/kg (T) e após 1 mês da reposição hormonal foram sacrificados. Foram realizadas análises quantitativa e qualitativa do colágeno (usando histoquímica, histomorfometria, bioquímica e microscopia eletrônica de varredura), e análise histomorfométrica do músculo liso e das fibras do sistema elástico na parede da bexiga em controles e em ratos submetidos apenas a castração, e em ratos submetidos a castração e reposição hormonal. A análise morfométrica da altura do urotélio não apresentou diferença entre os grupos. Não houve diferença significativa na análise quantitativa do colágeno, tanto por histomorfometria quanto por bioquímica. Entretanto, a análise qualitativa mostrou diferenças do colágeno no grupo castrado quando comparado aos controles e aos ratos com reposição hormonal. Existiu uma diminuição significativa nos valores absolutos das fibras do sistema elástico no grupo castrado. Por outro lado, o músculo liso apresentou um aumento significativo na massa muscular por densidade de área nos ratos castrados; entretanto, a contagem dos núcleos das células musculares não apresentou variação entre os grupos, demonstrando que o aumento foi devido a hipertrofia muscular e não por aumento do número de células. Interessantemente, a reposição hormonal com testosterona foi capaz de reverter todas as alterações observadas. Os resultados sugerem que a reposição hormonal, mesmo quando instituída em fase tardia, é efetiva na reversão das alterações da parede da bexiga produzidas por hipogonadismo secundário. / Recent evidences in animals and humans have suggested that adequate levels of testosterone are necessary to adequate functions of diverse organs of the urogenital system, including the urinary bladder. Studies on the effects of testosterone in the bladder wall structure are rare. Therefore, the objective of the present study is to evaluate, through qualitative and quantitative methods, the structural alterations in the bladder wall of rats submitted to surgical castration as well as the role of hormonal replacement in reversing the possible structural alterations. We used 24 male Sprague-Dawley rats that were approximately 12 weeks of age. The animals were divided into 3 groups composed of 8 animals each and treated as follows. Group C = group that underwent orchiectomy and were sacrificed after 2 months, Group S = sham group sacrificed after 2 months, and Group T = group that underwent orchiectomy, and after 1 month underwent testosterone replacement with a subcutaneous single dose of testosterone undecanoate at 100 mg/kg (T) and after 1 month of hormonal replacement, the animals were sacrificed. We performed a qualitative and quantitative analysis of collagen (by using histochemistry, histomorphometry, biochemistry, and scanning electron microscopy), and a histomorphometric analysis of smooth muscle and elastic system fibers in bladder wall of controls and rats submitted to orchiectomy alone and with hormonal replacement. The histomorphometric analysis on the epithelial height did not show differences among the groups. There was no statistically significant difference in the quantitative analysis for collagen, both by histomorphometry and biochemistry. Nevertheless, the qualitative analysis showed differences in collagen in the castrated group, when compared to controls and to rats with hormonal replacement. There was a significant decrease in the absolute values of elastic system fibers in the castrated group. On the other hand, the smooth muscle presented a significant increase in muscular mass by density of area in castrated rats; nevertheless, the counting of muscle cells nuclei did not present variation among the groups, demonstrating that this increase was due to cellular hypertrophy rather than by an increase in cells number. Interestingly, the hormonal replacement with testosterone was able to reverse all alterations observed. The results suggest that hormonal replacement, even when instituted at a late stage, is effective in reversing the bladder wall alterations produced by secondary hypogonadism.
|
224 |
INJEÇÃO INTRATESTICULAR DE SOLUÇÃO HIPERTÔNICA DE CLORETO DE SÓDIO COMO MÉTODO DE CASTRAÇÃO QUÍMICA EM BOVINOS. / INTRATESTICULAR INJECTION OF SODIUM CHLORIDE HYPERTONIC SOLUTION AS A METHOD OF CHEMICAL CASTRATION IN BOVINEAndrade Neto, Olmiro Adair Silveira de 27 February 2014 (has links)
The main objective of Brazilian cattle industry and other economic activities is to increase profitability. Reducing animal losses is important to maximize productive efficiency. In this way, castration of male calves is necessary for trading, to facilitate handling and prevent reproduction. Some methods of castration are traumatic and cause economic losses due to infection and myiasis. The objective of the present study was to evaluate the viability of an alternative method to traditional surgical castration performed under field conditions, developing a solution easy to administrate and minimally invasive. It was evaluated the effects of intratesticular injection of hypertonic sodium chloride solution (NaCL; 20%), aiming to complete castrate male calves during the first weeks of life through denaturation of testicular cells, minimizing losses caused by infections and deaths. Forty male calves were allocated into one of the experimental groups: NC (negative control) - surgically castrated immediately after birth; PC (positive control) - intact males; G1 - intratesticular injection (ITI) from 1 to 5 days after birth; G2 - ITI from 15 to 20 days after birth and G3 - ITI from 25 to 30 days after birth;. Intratesticular injection induced coagulative necrosis of Leydig cells and seminiferous tubules. Testosterone secretion and testicular development were severely impaired in animals from G1 and G2 groups (P<0.05). Rectal and scrotal temperatures were not affected by the different procedures (P>0.05) when compared to control group. Preliminary results suggest that intratesticular injection causes less discomfort to animals when compared to orchiectomy during the first weeks of life. It is concluded that intratesticular injection of NaCl hypertonic solution induces sterility and completely suppresses testosterone secretion when performed before 20 days old. The main advantages in comparison to previous studies are the fact that NaCl is atoxic, has a low cost, the technique is a safe and viable alternative to use under field conditions, avoiding the exposure of scrotal and abdominal cavities to environmental contaminants and ectoparasites. / A pecuária brasileira, assim como todas as demais atividades econômicas, busca o aumento da lucratividade. A redução das perdas de animais é uma das maneiras de se obter maior eficiência produtiva. Nesse contexto, a castração de machos bovinos faz-se necessária para a comercialização, visando facilitar manejo e evitar a reprodução, porém alguns métodos de castração praticados levam a inúmeras perdas devido a infecções e miíases. Portanto, o objetivo do presente estudo foi investigar a viabilidade de uma alternativa à tradicional castração cirúrgica realizada em condições de campo, desenvolvendo uma solução de fácil aplicação e minimamente invasiva. Para isso, testou-se o efeito da injeção intratesticular de uma solução hipertônica de cloreto de sódio (NaCl; 20%) com o intuito de acarretar uma completa esterilização dos machos bovinos nas primeiras semanas de vida, pela desnaturação das células intratesticulares, minimizando as perdas com infecções e mortes. Foram utilizados 40 bezerros divididos nos seguintes grupos experimentais: CN (controle negativo) - castrados logo após o nascimento; CP (controle positivo) - não castrados; G1 - injeção intratesticular (IIT) entre 1 até 5 dias após nascimento; G2 - IIT entre 15 e 20 dias após nascimento e G3 - IIT entre 25 e 30 dias após nascimento;. Os resultados demonstraram que a IIT resultou em necrose coagulativa das células de Leydig e dos túbulos seminíferos. O bloqueio completo da produção de testosterona e do desenvolvimento testicular foi observado nos grupos G1 e G2 (P<0,05). A temperatura retal e da região escrotal não foram influenciadas pelos diferentes procedimentos em relação aos grupos controles (P>0,05). Resultados preliminares sugerem que a prática de IIT causa menos desconforto aos animais quando comparada à orquiectomia nas primeiras semanas de vida. Conclui-se que a IIT de solução hipertônica de NaCl causa esterilidade e completa supressão da síntese de testosterona quando realizada até 20 dias após o nascimento. Como principais vantagens do procedimento em relação aos estudos anteriores podemos citar o fato do NaCl ser atóxico, de baixo custo, tornando essa abordagem uma alternativa viável e segura para utilização em condições de campo, evitando a exposição da região escrotal e abdominal dos neonatos às contaminações ambientais e ectoparasitas.
|
225 |
Perfil de testosterona e parâmetros seminais de garanhões da raça Mangalarga Marchador dentro e fora da estação reprodutiva / Testosterone profile and seminal parameters in Mangalarga Marchador stallions outside and inside the breeding seasonNeves, Maria Gazzinelli 25 July 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2015-03-26T13:55:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1
texto completo.pdf: 584112 bytes, checksum: a7c18b045b74693958d5dfb7232f1660 (MD5)
Previous issue date: 2014-07-25 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The aim of this study was to evaluate the reproductive parameters and the profile of testosterone release and their average concentrations in Mangalarga Marchador stallions. It was evaluated in two periods, during breed season and outside the breed season, in Viçosa, Muriaé and Teófilo Otoni-MG. The research was divided in two phases (First: July and August, 2013 and the second: January and February, 2014), using eleven stallions at the first one and eight at the second one, age between 5 and 25 years old. To determine the serum testosterone, they were blood sampled about 20 days after the beginning of winter(1st phase) and 20 days after the beginning of summer(2nd phase). The samples were collected for 12 hours/day, from 7am to 7pm, each 30 minutes. The testicular biometry was measured at the same Day of the blood sample. To determine the seminal parameters, sêmen was collected from the stallions the two days following the blood samples. At this time, during the semen collects, the reproductive behaviour was evaluated. Regarding the measurements of the testis, the quantitative variables, height, width, lengh and volume of right and left testis did not differ significantly between seasons(P>0.05). The same was observed about seminal and behavioral parameters, volume, appearance, motility, vigor, concentration, membrane integrity, reaction time, latency time, copulation time and number of mounts, in which the results do not indicate differences between seasons(P>0.05). Dispite the fact that the profile of testosterone release are differents during the seasons, there was no difference in means of concentrations (P>0,05). This differences were bigger during the morning, when the concentrations in this time were higher during breeding season. However, there was difference between animal interaction and season,which suggests that in some animals the mean androgen concentrations displayed a seasonal pattern, while in other animals, this behavior was not observed. It was concluded that seasonality has no effect on the reproductive characteristics as testis size, sexual behavior and semen parameters, beyond the average testosterone secretion, so that the influence on the latter not presented correlations with other important traits studied. / O objetivo do presente estudo foi avaliar os parâmetros reprodutivos e o perfil de testosterona de garanhões da raça Mangalarga Marchador, em dois períodos, dentro da estação de monta e fora da estação reprodutiva, criados nos município de Viçosa, Muriaé e Teófilo Otoni MG e mantidos em regime semi-estabulado. O estudo foi divido em duas etapas (1a etapa: julho e agosto de 2013 e 2a etapa: janeiro e fevereiro de 2014) utilizando onze garanhões na primeira etapa e oito na segunda, com idades entre 5 e 25 anos que foram submetidos a colheitas de sangue para determinação da concentração de testosterona sérica, 20 dias após o início do inverno (1aetapa) e 20 dias após o início do verão (2a etapa). As colheitas foram realizadas durante 12 horas, intervaladas por 30 minutos. Foi mensurada, no mesmo dia da colheita de sangue, a biometria testicular de cada animal. Para a determinação dos parâmetros seminais, fez-se nos dois dias consecutivos da colheita de sangue, as colheitas de sêmen, totalizando dois ejaculados de cada garanhão por estação, momento em que também foi avaliado o comportamento pré-cópula de cada animal. Em relação à biometria testicular, percebeu-se que as variáveis quantitativas avaliadas, altura, largura, comprimento e volume dos testículos direito e esquerdo não tiveram diferenças entre as estações (P>0,05). Do mesmo modo, os parâmetros seminais e comportamentais, volume, aspecto seminal, motilidade, vigor e concentração eseprmática, integridade de membrana dos espermatozóides, tempo de reação, tempo de latência, tempo de monta e número de montas não apresentaram diferenças entre as estações do ano (P>0,05). Apesar de que a distribuição dos valores absolutos de testosterona serem diferentes dentro e fora da estação, não se observou diferença nas médias das concentrações (P>0,05). Essas diferenças foram maiores nas amostras feitas pela manhã, em que as concentrações no período durante a estação de monta foram maiores do que fora da estação reprodutiva (P>0,05). No entanto, ocorreu interação de animal e estação, o que permitiu concluir que em alguns animais as concentrações médias do andrógeno apresentaram comportamento sazonal, enquanto em outros animais, esse comportamento não foi observado. Portanto, sazonalidade não exerce efeito sobre as características reprodutivas como biometria testicular, comportamento sexual e parâmetros seminais, além da secreção de testosterona, sendo que a influência sobre esta última não apresenta correlações importantes com as demais características estudadas.
|
226 |
Exercício físico de alta intensidade e suplementação de testosterona em homens com insuficiência cardíaca / High-intensity exercise and testosterone supplementation in heart failure patientsMara, Lourenço Sampaio de 04 March 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-12-08T15:59:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Tese de doutorado Lourenco Sampaio de Mara.pdf: 1379341 bytes, checksum: baa0c8e2efbdb57ed99a15951be025d1 (MD5)
Previous issue date: 2013-03-04 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Fundamentação: A insuficiência cardíaca (IC) cursa com disfunções em diversos sistemas, repercussões na qualidade de vida (QV) e função sexual. A hipotestosteronemia é relevante na IC e fator contribuinte para o desbalanço catabolismo/anabolismo que integra a síndrome. Há pouco conhecimento a respeito dos efeitos do exercício de alta intensidade e terapia de suplementação de testosterona (TST) neste contexto. Hipótese: Exercício físico de alta intensidade e TST têm efeito sinérgico para um tratamento mais eficiente em pacientes com IC e baixos níveis de testosterona, inseridos em programa de reabilitação cardíaca (RC). Objetivo: Investigar os efeitos do exercício de alta intensidade e TST em pacientes com IC e baixos níveis de testosterona sérica participantes de programa de RC. Método: Dezenove pacientes portadores de IC (idade média de 58 anos; ± 10; fração de ejeção de 34 ±8%) foram randomizados para o grupo exercício alta intensidade (EAI) ou controle, (n=9) e grupo exercício de alta intensidade com suplementação de testosterona (EAIS) ou intervenção, (n=10). Pacientes exercitaram-se por 12 semanas e o grupo intervenção recebeu testosterona na primeira e sexta semanas. Antes e após o período de estudo foram obtidas medidas do teste cardiopulmonar, teste caminhada dos seis minutos (T6 ), ecocardiograma, função endotelial, erétil, perfil hormonal e da QV. Resultados: Houve aumento respectivamente intragrupos, do consumo máximo de oxigênio (12% e 15%; EAI e EAIS; p<0,05 e p<0,01), da distância percorrida no T6 (15% e 29%; EAI e EAIS; p<0,05 e p<0,01), da curva de eficiência de captação de oxigênio (22% e 14,2%; EAI e EAIS; p<0,05 em ambos os grupos), da velocidade máxima da onda E´ junto ao anel mitral septal (36%; EAI; p<0,05), da velocidade máxima da onda E´ junto ao anel mitral lateral (35%; EAI; p<0,05), do percentual de dilatação mediada pelo fluxo na artéria braquial (56% e 92%, EAI e EAIS, sem significância), dos escores da função erétil (150% e 59%, EAI e EAIS; p<0,01 e p<0,05), da testosterona total (78%, EAIS,p<0,01), da testosterona livre (89%; EAIS; p<0,01), da testosterona biodisponível (89%. EAIS; p<0,01), do hematócrito (8%, EAIS; p<0,01), do antígeno prostático específico (33%; EAIS; p<0,01). Houve diminuição da curva do equivalente ventilatório de dióxido de carbono (5%; EAIS; p<0,05), da relação da velocidade máxima da onda E com a velocidade máxima da onda E´ junto ao anel mitral septal (29%; EAI; P<0,05), do hormônio luteinizante (96%; EAIS; p<0,01), do hormônio folículo estimulante (84%; EAIS; p<0,01), do fator de necrose tumoral-α (42% e 47%, EAI e EAIS; p<0,05 em ambos os grupos), do escore global do Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire (54% e 54%;EAI e EAIS; p<0,01 e p<0,05), do domínio físico (52% e 54%; EAI e EAIS; p<0,01 e p<0,05), do domínio emocional (60%; EAIS; p<0,05), do domínio das questões remanescentes (58%; EAI; p<0,01). Entre grupos houve aumento a favor do EAIS nos níveis de testosterona total, testosterona livre e testosterona biodisponível (54%, p<0,05; 48%, p<0,05 e 48%, p<0,05 respectivamente), e diminuição a favor do EAIS nos níveis do hormônio folículo estimulante e luteinizante (83%, p<0,01 e 97%, p<0,01 respectivamente). Conclusões: Pacientes com IC e baixos níveis de testosterona submetidos a programa de exercícios de alta intensidade e TST apresentam melhora da capacidade funcional, dos índices de eficiência ventilatória, da função cardíaca, da QV e função erétil, contudo o estudo não corroborou a hipótese que a TST tem efeito sinérgico associado ao exercício físico de alta intensidade no tratamento destes pacientes.
|
227 |
Efeitos dos esteroides anab?licos androg?nicos sobre fun??es cognitivas de ratosSilva, Fernando Roberto Ferreira 04 November 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2014-12-17T15:36:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1
FernandoRFS_TESE.pdf: 469950 bytes, checksum: a8f86cc336421fd74e299ebe8f8d1daf (MD5)
Previous issue date: 2014-11-04 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior / The use and the demand for substances that enhance masculinity, strength and
sexual power are not novel. Over the years, this search has assisted the research
directions in this area, leading to the discovery of the primary male sex hormone
testosterone in 1935. Since then, numerous testosterone analogue compounds were
synthesized, which are generically called Anabolic Androgenic Steroids (AAS). The
AAS were produced for therapeutic purposes, but an increase in the use of these
compounds for other purposes occurred over time. Initially they were used mainly to
improve performance in athletes. However, recent studies have shown that the use
of AAS by non-athletes with aesthetical purposes have been increasing as well. The
abuse of AAS with non-clinical purposes can promote a number of physiological
alterations, such as heart, liver, respiratory and psychological problems such as
changes in mood, levels of anxiety and aggression. Exposure to supraphysiological
doses of AAS is associated with behavioral changes, however, little is known about
the effects of AAS on cognitive functions. In this work, we aimed to mimic the AAS
abuse in humans with intramuscular administration of a supraphysiological dose of
testosterone propionate (TP) in rats. We investigated the effects of this treatment on
different aspects of cognitive function, specifically learning, memory and anxiety.
Adult male Wistar rats were tested in the spontaneous alternation, novel object
recognition and plus-maze discriminative avoidance tasks. The control group
received intramuscular injections of vegetable oil (vehicle), and the TP group
received injections of TP (10 mg/kg, i.m.). The injections were administered for 40
days, with intervals of 48 hours (chronic treatment) or in a single injection (acute
treatment). In addition to the behavioral assessments, we performed biochemical
analyzes as indicators of the endocrine effects of the treatment. Our results show
that chronic treatment with a supraphysiological dose of TP caused memory
impairments in the novel object recognition and the discriminative avoidance tasks.
The spatial working memory (evaluated by spontaneous alternation task) was not
affected. Also, we did not observe changes in anxiety levels. Regarding the
biochemical parameters, chronic treatment increased serum levels of glutamicpyruvic
transaminase, an indicator of hepatic and pancreatic lesions (as those
observed after chronic use of these substances in humans). On the other hand,
acute treatment with PT did not promote significant changes in any of these
parameters when compared to the control group. In summary, we conclude that
chronic treatment with a supraphysiological dose of testosterone propionate
produces memory deficits in novel object recognition and retrieval of the
discriminative avoidance task in adult male rats / A utiliza??o e a busca por subst?ncias que aumentem a masculinidade, a for?a e a
pot?ncia sexual n?o ? recente. Com o tempo, essa busca auxiliou no direcionamento
de pesquisas na ?rea, levando a descoberta do principal horm?nio masculino a
testosterona em meados da d?cada de 30. A partir desse momento, in?meros
compostos foram sintetizados com o intuito de mimetizar os efeitos deste horm?nio,
aos quais hoje chamamos genericamente de Esteroides Anab?licos Androg?nicos
(EAA). A princ?pio, esses EAA foram sendo produzidos com prop?sitos terap?uticos.
No entanto, iniciou-se o uso crescente desses compostos com outras finalidades,
principalmente para a melhoria de desempenho em atletas. Al?m disso, estudos
recentes t?m demonstrado que os EAA est?o sendo cada vez mais utilizados por
n?o atletas, por indiv?duos que n?o s?o atletas, mas, buscam um corpo
esteticamente perfeito. Paralelamente, o crescente abuso dos EAA com finalidades
n?o cl?nicas pode promover uma s?rie de altera??es fisiol?gicas nocivas, tais como
problemas card?acos, hep?ticos, respirat?rios e tamb?m psicol?gicos como
altera??es de humor, nos n?veis de ansiedade e na agressividade. A exposi??o a
doses suprafisiol?gicas de EAA est? associada com altera??es comportamentais,
contudo, pouco se sabe sobre os efeitos dos EAAs sobre as fun??es cognitivas.
Neste trabalho, mimetizamos o abuso de EAA em humanos atrav?s da
administra??o intramuscular de uma dose suprafisiol?gica de propionato de
testosterona (PT), em ratos, com o objetivo de investigar os efeitos desse tratamento
sobre diferentes aspectos das fun??es cognitivas, especialmente aprendizado,
mem?ria e ansiedade. Ratos Wistar machos adultos foram submetidos aos testes de
alterna??o espont?nea, reconhecimento de objetos e esquiva discriminativa em
labirinto em cruz elevado. O grupo controle recebeu inje??es intramusculares de
?leo vegetal (ve?culo); e o grupo testosterona recebeu inje??es de PT (10 mg/kg,
i.m.). As inje??es foram administradas por 40 dias, com intervalos de 48 horas
(tratamento cr?nico) ou em uma ?nica inje??o (tratamento agudo). Al?m das
avalia??es comportamentais, foram realizadas an?lises bioqu?micas como
indicadores dos efeitos end?crinos do tratamento. Nossos resultados mostram que o
tratamento cr?nico com uma dose suprafisiol?gica de PT acarretou preju?zos na
mem?ria de reconhecimento de objetos novos e na evoca??o da tarefa da esquiva
discriminativa. A mem?ria espacial operacional (avaliada pelo teste de alterna??o
espont?nea) n?o foi afetada bem como n?o observamos altera??es nos n?veis de
ansiedade. Em rela??o aos par?metros bioqu?micos avaliados, o tratamento cr?nico
elevou os n?veis s?ricos da transaminase glut?mica pir?vica (TGP), um indicador da
presen?a de les?es hep?ticas e pancre?ticas (assim como as observadas ap?s o
uso cr?nico dessas subst?ncias em humanos). Por outro lado, o tratamento agudo
com PT n?o promoveu altera??o significativa em nenhum dos par?metros avaliados,
quando comparados ao grupo controle. Em s?ntese, podemos concluir que o
tratamento cr?nico com uma dose suprafisiol?gica de testosterona produz d?ficits de
mem?ria de reconhecimento de objetos bem como preju?zos na mem?ria na tarefa
da esquiva discriminativa em ratos machos adultos
|
228 |
Efeitos da castração e da reposição hormonal com undecanoato de testosterona na bexiga urinária de ratos: análise estrutural, ultra-estrutural e bioquímica / Effects castration and hormonal replacement in the rat urinary bladder, structural, ultrastructural and biochemical analysisCarla Braga Mano Gallo 04 November 2009 (has links)
Evidências recentes em animais e humanos sugerem que níveis adequados de testosterona são necessários para as funções adequadas de diversos órgãos do sistema urogenital, incluindo a bexiga urinária. Estudos sobre os efeitos da testosterona na estrutura da parede da bexiga são raros. Portanto, o objetivo do presente trabalho é avaliar através de métodos qualitativos e quantitativos, as alterações estruturais da parede vesical de ratos submetidos à castração cirúrgica, bem como o papel da reposição hormonal na reversão das possíveis alterações estruturais. Foram usados 24 ratos machos Sprague-Dawley com aproximadamente 12 semanas de idade. Os animais foram divididos em 3 grupos compostos de 8 animais cada e tratados como a seguir. C = Grupo Castrado os animais foram submetidos a orquiectomia e sacrificados após 2 meses, S = Grupo Simulado os animais foram submetidos a operação simulada e sacrificados após 2 meses, T = Grupo Testosterona os animais foram submetidos a castração e após 1 mês foram submetidos a reposição hormonal com undecanoato de testosterona em dose única subcutânea de 100 mg/kg (T) e após 1 mês da reposição hormonal foram sacrificados. Foram realizadas análises quantitativa e qualitativa do colágeno (usando histoquímica, histomorfometria, bioquímica e microscopia eletrônica de varredura), e análise histomorfométrica do músculo liso e das fibras do sistema elástico na parede da bexiga em controles e em ratos submetidos apenas a castração, e em ratos submetidos a castração e reposição hormonal. A análise morfométrica da altura do urotélio não apresentou diferença entre os grupos. Não houve diferença significativa na análise quantitativa do colágeno, tanto por histomorfometria quanto por bioquímica. Entretanto, a análise qualitativa mostrou diferenças do colágeno no grupo castrado quando comparado aos controles e aos ratos com reposição hormonal. Existiu uma diminuição significativa nos valores absolutos das fibras do sistema elástico no grupo castrado. Por outro lado, o músculo liso apresentou um aumento significativo na massa muscular por densidade de área nos ratos castrados; entretanto, a contagem dos núcleos das células musculares não apresentou variação entre os grupos, demonstrando que o aumento foi devido a hipertrofia muscular e não por aumento do número de células. Interessantemente, a reposição hormonal com testosterona foi capaz de reverter todas as alterações observadas. Os resultados sugerem que a reposição hormonal, mesmo quando instituída em fase tardia, é efetiva na reversão das alterações da parede da bexiga produzidas por hipogonadismo secundário. / Recent evidences in animals and humans have suggested that adequate levels of testosterone are necessary to adequate functions of diverse organs of the urogenital system, including the urinary bladder. Studies on the effects of testosterone in the bladder wall structure are rare. Therefore, the objective of the present study is to evaluate, through qualitative and quantitative methods, the structural alterations in the bladder wall of rats submitted to surgical castration as well as the role of hormonal replacement in reversing the possible structural alterations. We used 24 male Sprague-Dawley rats that were approximately 12 weeks of age. The animals were divided into 3 groups composed of 8 animals each and treated as follows. Group C = group that underwent orchiectomy and were sacrificed after 2 months, Group S = sham group sacrificed after 2 months, and Group T = group that underwent orchiectomy, and after 1 month underwent testosterone replacement with a subcutaneous single dose of testosterone undecanoate at 100 mg/kg (T) and after 1 month of hormonal replacement, the animals were sacrificed. We performed a qualitative and quantitative analysis of collagen (by using histochemistry, histomorphometry, biochemistry, and scanning electron microscopy), and a histomorphometric analysis of smooth muscle and elastic system fibers in bladder wall of controls and rats submitted to orchiectomy alone and with hormonal replacement. The histomorphometric analysis on the epithelial height did not show differences among the groups. There was no statistically significant difference in the quantitative analysis for collagen, both by histomorphometry and biochemistry. Nevertheless, the qualitative analysis showed differences in collagen in the castrated group, when compared to controls and to rats with hormonal replacement. There was a significant decrease in the absolute values of elastic system fibers in the castrated group. On the other hand, the smooth muscle presented a significant increase in muscular mass by density of area in castrated rats; nevertheless, the counting of muscle cells nuclei did not present variation among the groups, demonstrating that this increase was due to cellular hypertrophy rather than by an increase in cells number. Interestingly, the hormonal replacement with testosterone was able to reverse all alterations observed. The results suggest that hormonal replacement, even when instituted at a late stage, is effective in reversing the bladder wall alterations produced by secondary hypogonadism.
|
229 |
Prevalência dos fatores de risco cardiovascular em homens transexuais em tratamento com ésteres de testosterona e sua associação com as variantes polimórficas do gene do receptor androgênico / Prevalence of cardiovascular risk factors in transgender men receiving treatment with testosterone esters and its association with polymorphic variants of the androgen receptor geneFlávia Siqueira Cunha 09 October 2017 (has links)
Introdução: O homem transexual (HT) é um indivíduo de sexo genético feminino, com fenótipo feminino normal, que deseja viver e ser aceito como um membro do sexo masculino. O tratamento hormonal que é realizado no processo de redesignação sexual nesses pacientes consiste na administração de testosterona nas suas diversas apresentações, mais comumente ésteres de testosterona de curta ou longa ação. O tratamento hormonal visa induzir virilização, através da produção de um padrão masculino de crescimento dos pelos faciais e corporais, aumento da massa muscular e interrupção dos ciclos menstruais. O efeito da terapia androgênica na saúde cardiovascular de HT é pouco conhecido, principalmente em relação às repercussões em longo prazo. O HT representa um modelo ideal e único para a avaliação das ações da testosterona exógena administrada em doses suprafisiológicas em um organismo geneticamente feminino. Alguns estudos de farmacogenética demonstraram a influência da repetição CAG do gene do receptor androgênico (RA) nos efeitos observados durante terapia com testosterona em homens hipogonádicos e a maioria dos estudos confirmou a modulação desses polimorfismos sobre fatores de risco cardiovascular. Objetivos: avaliar em HT em tratamento androgênico a prevalência de fatores clássicos de risco cardiovascular e as propriedades estruturais e funcionais dos vasos arteriais; correlacionar a distribuição alélica do microssatélite CAG RA com a ocorrência de comorbidades e com as propriedades estruturais e funcionais dos vasos arteriais; comparar os valores das propriedades estruturais e funcionais dos vasos arteriais de HT com uma população controle (feminina e masculina). Pacientes: 46 pacientes com diagnóstico de HT (faixa etária 42 ± 10 anos) acompanhados no Ambulatório da Unidade de Disforia de Gênero do HCFMUSP e em tratamento com ésteres de testosterona há pelo menos um ano (variação de 1 a 38 anos) foram selecionados para o estudo. Métodos: Parâmetros clínicos (IMC, circunferência abdominal, relação cintura quadril, pressão arterial e pressão de pulso, composição corporal por bioimpedância), a presença de comorbidades (hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes mellitus, obesidade) e vícios (tabagismo, etilismo e uso de drogas ilícitas), dados laboratoriais (hematócrito, glicemia de jejum, insulina, índice HOMA IR, hemoglobina glicada, colesterol total, HDL colesterol, LDL colesterol, triglicerídeos e creatinina) e parâmetros vasculares (espessura íntima média da carótida, diâmetro da carótida, percentual da variação sisto-diastólica da carótida e velocidade de onda de pulso dos vasos arteriais) foram avaliados no grupo de HT. Os mesmos parâmetros vasculares também foram avaliados em controles saudáveis masculinos e femininos pareados para idade e IMC com os HT. A distribuição alélica do microssatélite CAG RA foi avaliada em 44 HT através da análise do produto amplificado da região de repetições CAG do exon 1 do gene do RA, utilizando o software GeneMapper. Resultados e Conclusões: Neste grupo de HT em terapia com ésteres de testosterona observamos uma prevalência de dislipidemia de 42%, hipertensão arterial sistêmica de 35%, obesidade de 30%, diabetes de 4% e tabagismo de 20%. HT em tratamento androgênico apresentaram maior velocidade de onda de pulso carotídeo-femoral do que controles masculinos, mas não do que controles femininos, embora no subgrupo >= 42 anos os HT tenham apresentado maior VOP do que controles masculinos e femininos. Não houve diferença de diâmetro, distensão relativa e espessura íntima média carotídea entre HT e controles. Maior diâmetro, maior espessura íntima média e menor distensão relativa da carótida foram observados em HT obesos e hipertensos; e maior velocidade de onda de pulso aórtica em HT hipertensos. Os parâmetros correlacionados à medida funcional da artéria aorta foram a idade, o tempo de tratamento androgênico e a relação cintura-quadril, enquanto que as propriedades estruturais e funcionais da carótida se correlacionaram com idade, parâmetros antropométricos e glicêmicos. Não houve influência do trato CAG RA na comparação entre os HT com e sem comorbidades metabólicas. Repetições CAG RA curtas se associaram com níveis significativamente mais elevados de glicemia de jejum, insulina basal e HOMA IR. Em relação aos parâmetros antropométricos, pressóricos, lipídicos e arteriais, não foi identificada associação com o número de repetições CAG RA. Estes achados sugerem um potencial efeito deletério da terapia androgênica prolongada sobre os vasos arteriais e a necessidade de medidas preventivas em HT / Introduction: Transgender men (TM) are 46, XX individuals, with normal female phenotype, who desire to live and be accepted as a male member. Testosterone esters are used in sex reassignment therapy to induce virilization and to adapt the body to the male identity. The effects of androgen therapy on TM cardiovascular function are poorly known, particularly with regard to long-term androgen treatment. TM represents a good model for evaluation of high-dose exogenous testosterone action in biological women. Pharmacogenetic studies have demonstrated the influence of CAG polymorphic tract of the androgen receptor gene (AR) on the androgenic effects observed during testosterone therapy in hypogonadal men, and most studies confirmed the modulation of these polymorphisms on cardiovascular risk factors. Objective: to evaluate the prevalence of cardiovascular risk factors and the structural and functional properties of large arteries in TM on long-term cross sex hormone therapy compared to a male and female healthy control group; to correlate the allelic distribution of CAG AR polymorphic tract with the cardiovascular comorbidities and the structural and functional properties of large arteries in TM. Patients: Forty-six patients with a diagnosis of TM (42 ± 10 years old), followed at the Gender Dysphoria Unit-HCFMUSP, receiving cross-sex hormone treatment with testosterone esters for at least one year (ranging from 1 to 38 years) were selected for the study. Methods: Clinical parameters (BMI, waist circumference, waist-to-hip ratio, blood pressure, pulse pressure, body fat percentage), the presence of cardiovascular comorbidities (hypertension, dyslipidemia, diabetes mellitus, obesity) and addictions (smoking, alcohol and drug abuse), laboratory parameters (hematocrit, fasting plasma glucose, basal insulin, HOMA IR index, glycated hemoglobin, total cholesterol, HDL cholesterol, LDL cholesterol, triglycerides and creatinine) and vascular parameters (carotid intima-media thickness, carotid diameter, carotid relative distensibility and aortic pulse wave velocity - PWV) were evaluated in the TM group. The same vascular parameters were also evaluated in healthy male and female control group, matched for age and BMI. The allelic distribution of the CAG AR polymorphic tract was evaluated in 44 TM using the GeneMapper software. Results and Conclusions: In the TM group, we observed dyslipidemia in 42%, hypertension in 35%, obesity in 30%, diabetes in 4% and smoking habit in 20%. The mean aortic PWV values in TM was higher than in male healthy controls (p=0.005), but not than in female controls (p=0.640). When categorized by age, considering the median age, TM >= 42 years had higher aortic PWV measures than male (p < 0.001) and female (p = 0.024) controls, regardless of their arterial blood pressure values. There was no difference in carotid diameter, carotid relative distensibility and carotid intima-media thickness between TM and controls. Obese and hypertensive TM presented significantly higher values of carotid diameter and carotid intima-media thickness, and lower values of carotid relative distensibility than healthy transgenders. Hypertensive TM showed higher aortic PWV values than non-hypertensive TM. The aortic stiffness correlated significantly and positively with age, androgen treatment duration and waist-to-hip ratio in TM. Properties of the carotid artery correlated with age, anthropometric parameters and glycemic parameters in TM. Shorter CAG polymorphic tracts of TM were associated with higher levels of fasting plasma glucose, basal insulin and HOMA IR index. There was no influence of the CAG polymorphic tract of TM on the presence of cardiovascular comorbidities, anthropometric, pressure, lipid and arterial parameters. These findings suggest a potential deleterious effect of the long-term testosterone therapy on vessels and the need for preventive measures in TM
|
230 |
Testosterona induz migração de células da musculatura lisa vascular de ratos espontaneamente hipertensos por mecanismos dependentes de EROs e ativação da NADPH oxidase via c-Src. / Testosterone induces migration of vascular smooth muscle cells from spontaneously hypertensive rats via c-Src-dependent NADPH oxidase-driven ROS generation.Andréia Zago Chignalia 27 October 2009 (has links)
O dimorfismo sexual relacionado à hipertensão arterial surge na adolescência e persiste por toda vida adulta. Homens apresentam maior incidência de doenças cardiovasculares quando comparados a mulheres de mesma faixa etária. O mesmo perfil é observado em modelos animais de hipertensão, nos quais machos apresentam maiores níveis pressóricos quando comparados a fêmeas. Dessa forma, a testosterona é frequentemente relacionada à hipertensão arterial. Entretanto, os mecanismos pelos quais a testosterona exerce efeitos vasculares ainda não estão esclarecidos. O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos da testosterona sobre a geração de espécies reativas de oxigênio (EROs), importantes mediadores do processo hipertensivo, em células da musculatura lisa vascular (CMLV) de ratos normotensos e espontaneamente hipertensos (SHR). Os receptores para andrógenos, as fontes de EROs (papel da NADPH oxidase), bem como os efeitos funcionais celulares (migração celular) relacionados aos efeitos da testosterona também foram analisados. Para tanto, CMLV do leito mesentérico de ratos Wistar (W), Wistar-Kyoto (WKY) e SHR foram isoladas, cultivadas e estimuladas com testosterona 10-7mol/L em diferentes tempos, de acordo com cada protocolo. Sempre que necessário, as células foram pré-incubadas por 30 minutos com inibidores específicos para o estudo dos mecanismos envolvidos, tais como: flutamida (inibidor do receptor clássico para andrógenos), apocinina (inibidor da NADPH oxidase), PP2 (inibidor da c-Src), actinomicina D (inibidor da transcrição gênica) e cicloheximida (inibidor da síntese protéica). Nossos resultados indicam que a testosterona induz a geração de EROs por mecanismos dependentes do tempo e da linhagem de ratos, de modo que células isoladas de animais SHR são mais sensíveis a testosterona. Esta geração ocorre por dois mecanismos principais: um mediado pelo receptor clássico para andrógenos (AR) e outro mediado pelo receptor de membrana para andrógenos (ARm), resultando em efeitos genômicos e não-genômicos, respectivamente. Enquanto os efeitos genômicos são comuns, isto é, são observados em células de animais normotensos e hipertensos, os efeitos não-genômicos são específicos, e ocorrem exclusivamente em células de animais hipertensos. A geração genômica de EROs, mediada pelo AR, depende da modulação da expressão de subunidades da NADPH oxidase. Por outro lado, a geração não-genômica, é mediada pelo ARm, independe de síntese protéica, e ocorre devido à ativação de vias de sinalização específicas, reguladoras do complexo enzimático NADPH oxidase. As EROs formadas a partir do estímulo com a testosterona tanto por mecanismos genômicos ou não-genômicos levam a migração celular por mecanismos mediados pelo RA. Nossos resultados sugerem que a testosterona tem papel importante na função de células da musculatura lisa vascular, o que pode contribuir para algumas alterações vasculares características do processo hipertensivo. Portanto, nosso trabalho é o primeiro a demonstrar que a testosterona regula vias de sinalização redox em CMLV levando a efeitos funcionais importantes, relacionados ao remodelamento vascular, os quais podem contribuir para o desenvolvimento e manutenção da hipertensão arterial. / Sexual dimorphism related to hypertension begins at childhood and persists through adulthood. The incidence of cardiovascular diseases is higher in men when compared to age-matched women. Although testosterone has been associated to the sexual dimorphism in hypertension, the mechanisms whereby testosterone acts in the vasculature remain unclear. The main objective of this study was to determine whether testosterone induces reactive oxygen species (ROS) generation, key players on hypertension, in vascular smooth muscle cells (VSMC) isolated from normotensive and hypertensive rats. The signaling pathways and the androgen receptors activated by testosterone, the role of NADPH oxidase in ROS generation and the cellular outcomes (cell migration) were also determined. Accordingly, VSMC isolated from the mesenteric bed of Wistar (W), Wistar-Kyoto (WKY) and spontaneously hypertensive (SHR) rats were stimulated with testosterone 10-7mol/L for different periods of time, according to each protocol. Whenever appropriate, cells were pre-incubated with specific inhibitors, such as flutamide 10-5mol/L (nuclear androgen receptor antagonist), apocynin 3x10-5mol/L (NADPH oxidase inhibitor), PP2 10-5mol/L (c-Src inhibitor), actinomycin D 10-5mol/L (inhibitor of gene transcription), and cycloheximide 10-5mol/L (protein synthesis inhibitor). Our findings demonstrate that testosterone induces ROS formation in a time and strain-dependent manner. Augmentation of ROS formation is higher in SHR-VSCMC, indicating an increased sensitivity of SHR-VSMC to testosterone stimuli. Testosterone-induced ROS production occurs by two main mechanisms: the first mediated through the classical androgen receptor (AR) and the second mediated through membrane-associated androgen receptor (ARm), leading to genomic and non-genomic effects, respectively. Whereas the genomic effects occur in VSMC from both strains, non-genomic effects are only observed in SHR-VSMC. The genomic ROS production is mediated through AR and depends on modulation of NADPH oxidase subunits. On the other hand, non-genomic ROS formation is mediated through RAm, does not rely on protein synthesis and occurs via specific signaling pathways that regulate NADPH oxidase. Genomic and non-genomic ROS production by testosterone leads to a common final effect: VSMC migration, indicating that testosterone plays a key role in VSMC function. These results indicate that testosterone signals through redox-sensitive pathways, important in c-Src-mediated migration of VSMCs in SHR. Such processes may contribute to vascular remodeling in hypertension.
|
Page generated in 0.0621 seconds