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Sobre não ter a memória dos peixes : a identidade em questão n'A máquina de fazer espanhóisForli, Cristina Arena January 2016 (has links)
Sabe-se que a memória constitui-se, ao longo da história, um objeto de disputas. É com base nela que os povos afirmam suas representações culturais, tendo em vista que as narrativas individuais são integrantes das narrativas coletivas. O romance A máquina de fazer espanhóis, de Valter Hugo Mãe, publicado em 2010, tem como fio condutor a memória de António Jorge da Silva, narrador-protagonista. Entende-se a memória desse narrador como um ponto de vista sobre a memória coletiva da nação portuguesa. Este trabalho, assim, tem como foco analisar o processo de constituição da identidade tanto no nível individual quanto no coletivo a partir da subjetividade de Silva. Para isso, utilizam-se os estudos de teóricos referentes aos três eixos estabelecidos nesta pesquisa, memória, história e identidade. Entre eles estão Maurice Halbwachs, Ecléa Bosi, Paul Ricoeur, Jacques Le Goff, Walter Benjamin, Maria de Fátima Marinho, Stuart Hall, Zygmunt Bauman, Boaventura de Sousa Santos e Eduardo Lourenço. Os resultados refletem não só os paradoxos existentes no que se refere às representações do passado histórico, mas também em relação às memórias e conflitos do narrador e das personagens. Esses paradoxos também revelam uma identidade fragmentada e fluida, vivida de forma ainda mais intensa pelo narrador devido à sua condição de idoso e à sua vivência no Estado Novo. / It is known that memory constitutes, throughout history, in a dispute object. It is on that basis that people claim their cultural representations, given that the individual narratives are part of collective narratives. The novel A máquina de fazer espanhóis, by Valter Hugo Mãe, published in 2010, has as the thread of the narrative the memory of Antonio Jorge da Silva, the novel's narrator-protagonist. The narrator's memory is understood as a point of view of the Portuguese nation's collective memory. This work thus focuses on analyzing the identity constitution process both individually and collectively from the subjectivity of Silva. For this, we use the theoretical studies relating to the three axes set out in this research, memory, history and identity. Among them are Maurice Halbwachs, Ecléa Bosi, Paul Ricoeur, Jacques Le Goff, Walter Benjamin, Maria de Fátima Marinho, Stuart Hall, Zygmunt Bauman, Boaventura de Sousa Santos and Eduardo Lourenço. The results reflect not only the paradoxes existing in relation to the historical past representations, but also to the memories and conflicts of the narrator and the characters. These paradoxes also reveal a fragmented and fluid identity, experienced even more intensely by the narrator because of his old condition and his experience in the New State (Estado Novo).
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Sobre não ter a memória dos peixes : a identidade em questão n'A máquina de fazer espanhóisForli, Cristina Arena January 2016 (has links)
Sabe-se que a memória constitui-se, ao longo da história, um objeto de disputas. É com base nela que os povos afirmam suas representações culturais, tendo em vista que as narrativas individuais são integrantes das narrativas coletivas. O romance A máquina de fazer espanhóis, de Valter Hugo Mãe, publicado em 2010, tem como fio condutor a memória de António Jorge da Silva, narrador-protagonista. Entende-se a memória desse narrador como um ponto de vista sobre a memória coletiva da nação portuguesa. Este trabalho, assim, tem como foco analisar o processo de constituição da identidade tanto no nível individual quanto no coletivo a partir da subjetividade de Silva. Para isso, utilizam-se os estudos de teóricos referentes aos três eixos estabelecidos nesta pesquisa, memória, história e identidade. Entre eles estão Maurice Halbwachs, Ecléa Bosi, Paul Ricoeur, Jacques Le Goff, Walter Benjamin, Maria de Fátima Marinho, Stuart Hall, Zygmunt Bauman, Boaventura de Sousa Santos e Eduardo Lourenço. Os resultados refletem não só os paradoxos existentes no que se refere às representações do passado histórico, mas também em relação às memórias e conflitos do narrador e das personagens. Esses paradoxos também revelam uma identidade fragmentada e fluida, vivida de forma ainda mais intensa pelo narrador devido à sua condição de idoso e à sua vivência no Estado Novo. / It is known that memory constitutes, throughout history, in a dispute object. It is on that basis that people claim their cultural representations, given that the individual narratives are part of collective narratives. The novel A máquina de fazer espanhóis, by Valter Hugo Mãe, published in 2010, has as the thread of the narrative the memory of Antonio Jorge da Silva, the novel's narrator-protagonist. The narrator's memory is understood as a point of view of the Portuguese nation's collective memory. This work thus focuses on analyzing the identity constitution process both individually and collectively from the subjectivity of Silva. For this, we use the theoretical studies relating to the three axes set out in this research, memory, history and identity. Among them are Maurice Halbwachs, Ecléa Bosi, Paul Ricoeur, Jacques Le Goff, Walter Benjamin, Maria de Fátima Marinho, Stuart Hall, Zygmunt Bauman, Boaventura de Sousa Santos and Eduardo Lourenço. The results reflect not only the paradoxes existing in relation to the historical past representations, but also to the memories and conflicts of the narrator and the characters. These paradoxes also reveal a fragmented and fluid identity, experienced even more intensely by the narrator because of his old condition and his experience in the New State (Estado Novo).
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Sobre não ter a memória dos peixes : a identidade em questão n'A máquina de fazer espanhóisForli, Cristina Arena January 2016 (has links)
Sabe-se que a memória constitui-se, ao longo da história, um objeto de disputas. É com base nela que os povos afirmam suas representações culturais, tendo em vista que as narrativas individuais são integrantes das narrativas coletivas. O romance A máquina de fazer espanhóis, de Valter Hugo Mãe, publicado em 2010, tem como fio condutor a memória de António Jorge da Silva, narrador-protagonista. Entende-se a memória desse narrador como um ponto de vista sobre a memória coletiva da nação portuguesa. Este trabalho, assim, tem como foco analisar o processo de constituição da identidade tanto no nível individual quanto no coletivo a partir da subjetividade de Silva. Para isso, utilizam-se os estudos de teóricos referentes aos três eixos estabelecidos nesta pesquisa, memória, história e identidade. Entre eles estão Maurice Halbwachs, Ecléa Bosi, Paul Ricoeur, Jacques Le Goff, Walter Benjamin, Maria de Fátima Marinho, Stuart Hall, Zygmunt Bauman, Boaventura de Sousa Santos e Eduardo Lourenço. Os resultados refletem não só os paradoxos existentes no que se refere às representações do passado histórico, mas também em relação às memórias e conflitos do narrador e das personagens. Esses paradoxos também revelam uma identidade fragmentada e fluida, vivida de forma ainda mais intensa pelo narrador devido à sua condição de idoso e à sua vivência no Estado Novo. / It is known that memory constitutes, throughout history, in a dispute object. It is on that basis that people claim their cultural representations, given that the individual narratives are part of collective narratives. The novel A máquina de fazer espanhóis, by Valter Hugo Mãe, published in 2010, has as the thread of the narrative the memory of Antonio Jorge da Silva, the novel's narrator-protagonist. The narrator's memory is understood as a point of view of the Portuguese nation's collective memory. This work thus focuses on analyzing the identity constitution process both individually and collectively from the subjectivity of Silva. For this, we use the theoretical studies relating to the three axes set out in this research, memory, history and identity. Among them are Maurice Halbwachs, Ecléa Bosi, Paul Ricoeur, Jacques Le Goff, Walter Benjamin, Maria de Fátima Marinho, Stuart Hall, Zygmunt Bauman, Boaventura de Sousa Santos and Eduardo Lourenço. The results reflect not only the paradoxes existing in relation to the historical past representations, but also to the memories and conflicts of the narrator and the characters. These paradoxes also reveal a fragmented and fluid identity, experienced even more intensely by the narrator because of his old condition and his experience in the New State (Estado Novo).
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As desdobras da morte em “A desumanização”, de Valter Hugo Mãe : entre espelhos e narrativasGuimarães, Thiago Maciel 02 May 2016 (has links)
Fundação de Apoio a Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe - FAPITEC/SE / In this work, we learn an analysis about some consequences from the death in the novel A
desumanização, which was written by Valter Hugo Mãe, a Portuguese writer. Having as a
guide the principles of phenomenological-hermeneutical method, we seek a concatenation
between some themes of history, literary theory, psychoanalysis and philosophy. The death in
his power biases (Aristotle, 2002) and happening (Deleuze, 2012; ECO, 1989) also permeated
the analysis. In this way, emphasizing the contemporary and also we located historically some
of the meanings and metaphorical levels of death that were manifested in the novel.
Therefore, we explore, at first, the aspects of death as a universal power over life. Then we
restrict ourselves to the death of Sigridur and to the metaphorical slips of this event on the
existence of Halla, her twin sister and also narrator, both characters in the novel. This link has
been explained from the intricate relationship of similarities among the twins and the
symbolic knots arising from it. Still on that path, we focus on functions relating to the mirrors
in different dimensions that appear in the work, in order to expand the understanding of this
seemingly inseparable connection. Thus, our reading pursues the paths of (un)folds, based on
Deleuze (2012), to deal with this challenging double panorama. We continue the analysis
dedicating ourselves to understand how a traumatic situation can be reflected in the language
of the subjects, especially in what concerns the silences and the prohibitions arising from
culture and its socio-historical setting. Finally, we try to explain the narrative function in the
novel, like an assembly capable of modeling places and (un)do differences. To do so, we
discuss issues relating to the position of the subject in producing its narrative regarding the
inflection and the point of view. We did this while implying the role of resistance and also of
support arising from multiple spaces that make up the social order. Thus, this research reflects
on the possibilities of death and metaphorical rebirth of Halla. / Neste trabalho, empreendemos uma análise sobre alguns desdobramentos da morte no
romance A desumanização, do escritor português Valter Hugo Mãe. Tendo por guia os
princípios do método fenomenológico-hermenêutico, buscamos uma concatenação entre
alguns temas da história, da teoria literária, da psicanálise e da filosofia. A morte em seus
vieses de potência (ARISTÓTELES, 2002) e de acontecimento (DELEUZE, 2012; ECO,
1989) também permearam a análise. Dessa forma, dando ênfase à contemporaneidade,
localizamos historicamente, alguns dos sentidos e dos níveis metafóricos da morte, manifestos
no romance. Sendo assim, exploramos, a princípio, os aspectos da morte enquanto potência
universal sobre a vida. Em seguida, restringimo-nos à morte de Sigridur e aos deslizamentos
metafóricos deste acontecimento sobre a existência de Halla, sua irmã gêmea e também
narradora, ambas personagens do romance. Esse elo é explicado a partir da intricada relação
de semelhanças entre as gêmeas e os nós simbólicos que decorrem disso. Ainda neste
caminho, concentramo-nos nas funções relativas aos espelhos, nas diferentes dimensões que
aparecem na obra, como forma de ampliar o entendimento sobre essa conexão aparentemente
incindível. Em seguida, nossa leitura persegue os caminhos das (des)dobras, baseados em
Deleuze (2012), para dar conta desse panorama desafiador da morte comutada. Continuamos
a análise dedicando-nos a entender como uma situação traumática tem reflexo na linguagem
dos sujeitos e em suas identificações, principalmente, naquilo que concerne aos
silenciamentos. Finalmente, procuramos explicar a função da narrativa, no romance, como
uma montagem capaz de modelar lugares e (des)fazer diferenças. Para isso, abordamos
questões relacionadas à posição do sujeito na produção de sua narrativa no que se refere à
inflexão e ao ponto de vista. Fizemos isso sem deixar de implicar o papel de resistência e,
também, de apoio advindo dos múltiplos espaços que compõem o ordenamento social. Esta
pesquisa reflete sobre as possibilidades de morte e de renascimento metafóricos de Halla.
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Význam časopisu Vedem v terezínském ghettu / The Importance of the Journal Vedem in the Terezín GhettoŠVECOVÁ, Lenka January 2010 (has links)
Vedem is a name of a Czech magazine, which was secretely published in the Terezín Ghetto in 1942{--} 1944. It´s existence is connected with Valter Eisinger, a ghetto teacher, who looked after Jewish boys in so-called block L417 and who was always supporting their cultural development and their creativity. Boys at of fourteen to sixteen undertook the publishing and the magazine was coming out every Friday for almost two years. The main themes were different columns, poems and novels but also philosophical essays or critical articles. The most important persons, Petr Ginz, who was a magazines general editor, or poetist Hanuš Hachenburg, bouth died in 1944 in gas chambers. After the World War II the magazine was taken to Praque in May 1945 but the new government in Czechoslovakia rejected its publishing. The first shortend version came out in 80´s under the name ``We are children just the same: Vedem, the secret magazine of the boys of Terezín.``
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