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Avaliação da dinâmica ovariana, características uterinas, fluxo sanguíneo uterino e ovariano e concentrações séricas de progesterona em éguas no período pós-parto / Assessment of ovarian dynamics, uterine characteristics, uterine and ovarian blood flow and serum progesterone concentrations in the postpartum period in maresLemes, Kléber Menegon 30 October 2013 (has links)
O objetivo do presente estudo foi avaliar as características de dinâmica ovariana, aspectos do processo de involução uterina e características da hemodinâmica uterina e ovariana em éguas durante o período pós-parto (n = 10). Para isso, o conteúdo apresentado nesta dissertação está dividido em dois capítulos. No primeiro capítulo, os aspectos do processo de involução uterina e características de vascularização endometrial e mesometrial foram avaliados. Uma drástica redução (P<0,05) no diâmetro uterino foi observada durante os primeiros 7 dias pós-parto, com subsequente diminuição nas taxas de involução uterina, sendo que este processo se completou em torno de 21 dias para o corno anteriormente não gravídico (CNG) e 24 dias para o corno anteriormente gravídico (CG). Em relação às quantidades de fluido intrauterino, foi observado aumento nas quantidades entre os dias 1 e 2 pós-parto (d1 e d2), com significativa redução entre o d4 e d7, sendo que nenhuma quantidade de fluido foi observada em nenhum animal após o d16, ou após o terceiro dia pós-ovulação (D3). Nenhuma diferença (P>0,05) foi observada entre os cornos uterinos (CG e CNG) em relação às características de vascularização. Neste contexto, foi observado aumento (P<0,05) nos escores de vascularização endometrial entre d1 e d4, permanecendo semelhante até o d13, assim como aumento (P<0,05) de vascularização mesometrial entre o d1 e d2. No entanto, houve redução (P<0,05) nos escores de vascularização mesometrial do d2 ao d10. Após a ovulação, foi observado aumento de vascularização endometrial do D0 ao D5, com redução dos escores do D5 ao D11 e um novo aumento entre o D11 e o D14. De forma semelhante, o padrão de vascularização mesometrial foi similar ao observado no endométrio. No segundo capítulo, foram avaliados os aspectos de desenvolvimento e vascularização folicular durante o primeiro estro pós-parto, assim como as características de desenvolvimento e vascularização do corpo lúteo (CL) e níveis séricos de progesterona (P4) durante os 16 dias após a primeira ovulação pós-parto. Adicionalmente, os animais foram divididos em dois grupos, sendo o grupo precoce (ovulação antes do d10) ou tardia (ovulação após o d10). Em relação ao desenvolvimento folicular, nenhuma diferença foi observada entre os grupos nos dias relativos à primeira ovulação pós-parto, no entanto, quando avaliados os dias relativos ao parto, diferenças foram observadas entre os grupos. Neste contexto, o grupo precoce apresentou maior diâmetro (P<0,05) do folículo dominante (F1) em todos os dias no período pós-parto inicial (d1-d7), assim como apresentou um maior número de folículos (P<0,05) na classe > 25 mm durante os primeiros dias pós-parto (d1-d3). Adicionalmente, os animais do grupo tardia apresentaram maior número de folículos (P<0,05) na classe de 20-25 mm durante período pós-parto inicial (d4-d7). Em relação às características de vascularização, nenhuma diferença (P>0,05) foi observada entre os grupos quanto a vascularização do F1, pedículo ovariano ipsilateral ao F1, área e vascularização do CL ou níveis séricos de P4. Portanto, no período pós-parto inicial, padrões distintos nas características de vascularização uterina foram observados, porém, após a primeira ovulação pós-parto, os padrões observados assemelham-se aos de éguas não prenhes, possivelmente refletindo um retorno às características uterinas pré-gestacionais. Em relação às características de desenvolvimento folicular, não foram observadas diferenças entre os grupos em relação aos dias precedendo a primeira ovulação pós-parto, assim como as características de dinâmica folicular se assemelham aos resultados obtidos em ciclos de éguas não gestantes. No entanto, quando avaliadas as características em relação ao pós-parto imediato, diferenças no perfil de desenvolvimento folicular foram observadas entre os grupos, devido ao maior desenvolvimento folicular no grupo precoce durante a primeira semana pós-parto. Portanto, apesar do número reduzido de animais, os resultados observados sugerem que eventos cruciais ocorrem antes do parto, levando ao maior desenvolvimento folicular em alguns animais, principalmente os que apresentam rápido desenvolvimento folicular e ovulação pós-parto. / The aim of this study was to evaluate the characteristics of ovarian dynamics, aspects of the uterine involution process and characteristics of uterine and ovarian hemodynamic during the postpartum period in mares (n = 10). Thus, the content presented in this thesis is divided into two chapters. In the first chapter, the aspects of the uterine involution process and characteristics of endometrial and mesometrial vascularization were evaluated. A rapid reduction (P<0,05) in uterine diameter was observed during the first 7 days postpartum, with subsequent decrease in the rate of uterine involution, and this process was completed in about 21 days for formerly nongravid horn (CNG) and 24 days for the formerly gravid horn (CG). For intrauterine fluid accumulations, an increase (P<0,05) was observed between days 1 and 2 postpartum (d1 and d2), with a significant reduction between d4 and d7, and no amount of fluid collections was observed in the animals after d16 or after the third day post-ovulation (D3). No differences (P>0,05) was observed between the uterine horns (CG and CNG) in relation to vascular perfusion characteristics. In this context, an increase (P<0,05) in the endometrial vascularity scores was observed between d1 and d4, remaining similar until d13, as well as an increase (P<0,05) in mesometrial vascularization occurred between d1 and d2. However, a reduction (P<0,05) in scores of mesometrial vasculature was observed from d2 to d10. After ovulation, an increase of endometrial vascularization was observed from D0 to D5, with reduction in scores from D5 to D11 and a further increase between D11 and D14. Similarly, the pattern of mesometrial vascularization was similar to that observed in the endometrium. In the second chapter, follicular development and vascularization were assessed during the first postpartum estrus, as well the characteristics of development and vascular perfusion of the corpus luteum (CL) and serum progesterone (P4) during the 16 days after the first postpartum ovulation. Additionally, the animals were divided into two groups: the group early (ovulation before the d10) or late (ovulation after d10). With regard to follicular development, no difference was observed between groups in days relative to the first postpartum ovulation, however, when evaluated on the day of parturition, differences were observed between groups. In this respect, the early group had a larger diameter (P<0,05) of the dominant follicle (F1) each day in the early postpartum period (d1-d7) and had a greater number of follicles (P<0,05) in the > 25 mm class during the first days postpartum (d1-d3). Additionally, the animals in the late group showed a greater number of follicles (P<0,05) in the 20-25 mm class during early postpartum period (d4-d7). Regarding the characteristics of vascular perfusion, no difference (P>0,05) was observed between groups regarding the vascularization of F1, ipsilateral ovarian pedicle blood flow, area and vascularization of the CL or serum P4. Therefore, in the initial postpartum period, distinct patterns in the characteristics of uterine vascularization was observed, however, after the first ovulation postpartum, the observed patterns resemble those observed in non-pregnant mares, possibly reflecting a return to nonpregnant uterine characteristics. Regarding the characteristics of follicular development, no differences were observed between groups in relation to the days prior to the first postpartum ovulation, as well the characteristics of follicular dynamics are similar to the results obtained in cycles of non-pregnant mares. However, when the characteristics were evaluated concerning the immediate postpartum period, differences in the profile of follicular development were observed between groups, due to increased follicular development in the early group during the first week postpartum. Therefore, although a small number of animals, the results suggest that critical events occur before foaling, leading to increased follicle development in some animals, particularly those with rapid follicular development and postpartum ovulation.
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Lesão por esmagamento do nervo isquiático de ratos: estudo da vascularização / Crush injury of the rat sciatic nerve: vascularization study.Pachioni, Celia Aparecida Stellutti 30 May 2006 (has links)
Este trabalho teve como objetivo estudar as alterações microvasculares intraneurais agudas em nervo isquiático de rato submetido à esmagamento por diferentes cargas. Foram utilizados sessenta ratos machos da linhagem Wistar, distribuídos em dois grupos experimentais de acordo com o protocolo de injeção de vasos e subdivididos de acordo com a carga de esmagamento. Os nervos isquiáticos direitos de cada grupo experimental foram isolados e submetidos ao esmagamento com diferentes cargas (0,5 Kg, 1 Kg, 5 Kg, 10 kg e 15 kg) por 10 minutos e os nervos isquiáticos esquerdos foram utilizados como controle. Após o esmagamento, 30 animais foram submetidos ao Protocolo I, que constou de: cateterização da aorta abdominal, perfusão manual da solução composta de tinta da China e gelatina 5% em formol 10%, dissecação e retirada dos nervos direitos e esquerdos, desidratação e diafanização para análise longitudinal dos vasos intraneurais. Os outros trinta animais foram submetidos ao Protocolo II, que constou de: cateterização da aorta abdominal e perfundidos com solução composta de tinta da China e gelatina 5% em soro fisiológico e, após, mantidos em freezer -20°C por uma hora. Em seguida os nervos foram dissecados e retirados em toda a sua extensão, cortados em 3 fragmentos, congelados em isopentano em gelo seco e armazenados em freezer -70°C, seccionados em cortes transversais semi-seriados em criostato para análise e contagem dos vasos intraneurais. Os resultados mostraram regiões de hematoma endoneural e epineural nas diferentes cargas utilizadas indicando que as forças de esmagamento foram suficientes para lesar os vasos intraneurais do nervo isquiático, especialmente com cargas elevadas. A análise morfométrica mostrou um comportamento diferente nas três regiões estudadas, constatando menor número de vasos na região do esmagamento e não nas regiões acima e abaixo da mesma. Estes resultados sugerem lesão localizada dos vasos intraneurais que foi proporcional à carga de esmagamento, causando hematoma endoneural e epineural, o que criará um microambiente desfavorável para a regeneração das fibras nervosas que também foram lesadas nesse modelo. / The objective of this work was to study the acute intraneurial microvascular changes in the rat sciatic nerve submitted to a crush injury by different loads. Sixty Wistar male rats were used and distributed into two experimental groups according to vessel injection protocol and subdivided according to the crush load. The right sciatic nerves of each experimental group were isolated and submitted to crush by different loads (0,5 Kg, 1 Kg, 5 Kg, 10 kg and 15 kg) for ten minutes. The left sciatic nerves were used as controls. After the crush, thirty animals were submitted to Protocol I, which consisted of: abdominal aorta catheterization, manual perfusion withf a solution composed of China ink and gelatin 5% in formaldehyde 10%. After that the right and left nerves were collected, fixed in formaldehyde10%, dehydrated and diaphanized for longitudinal analysis of the intraneurial vessels. The other thirty animals were submitted to Protocol II, which consisted of: abdominal aorta catheterization, as described above and perfused with a solution of China ink and gelatin 5% in physiologic saline and then placed in a freezer at -20°C for one hour. After that the nerves were dissected and removed in their entire length, cut into three fragments, frozen in isopentane and dry ice and placed in a freezer at -70°C, cut in semi-serial histological transverse sections for analysis and intraneurial vessel quantification.The results showed endoneurial and epineurial haematoma areas in the different groups, indicating that the crush forces were enough to damage the intraneurial vessels, specially with high loads. The morphometrical analysis showed a different profile in the three fragments, with smaller number of vessels in the crush region then above and below, suggesting that the damage to intraneurial vessels was proportional to the crush load, causing endoneurial and epineurial haematoma, which creates an unfavorable microenvironment for the regeneration of the nerve fibers that were also damaged in that model.
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Modelo de acidente vascular encefálico em coelho para o uso de terapia celular / Model of stroke in rabbits for the use of stem cell therapyCasals, Juliana Barbosa 08 July 2011 (has links)
O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é a segunda causa de morte mundial, anualmente mais de 20 milhões de indivíduos são acometidos por esta patologia, 5 milhões destes vão a óbito. No Brasil, é a principal causa de morte. Pesquisas demonstram que é crescente o uso de inúmeros modelos animais validos em pesquisas que buscam terapias funcionais para os Acidentes Vasculares. Numerosas espécies são usadas, ratos, coelhos, caninos, suínos, ovelhas e espécies de primatas. Um grande número de estudos tem sido realizado com células-tronco de diferentes fontes em diferentes modelos animais de lesão medular, e tentativas terapêuticas até mesmo em humanos, apresentando resultados promissores. As células-tronco ideais para a realização de transplantes devem ser imunologicamente inertes, provenientes de fontes de fácil acesso, possuir rápida expansibilidade em cultivo, apresentar capacidade de sobrevivência em longo prazo e de integração no sítio hospedeiro além de serem propícias a transfecção e expressão de genes exógenos. Os objetivos desta pesquisa são o de estabelecer um modelo de AVE em coelhos (Oryctolagus cuniculus) para o uso da terapia com células-tronco e avaliar através de Fluroscopia, avaliação comportamental, parâmetros clínicos e exame histopatológico a lesão induzida. Desta forma realizamos o delineamento experimental, a indução do acidente vascular encefálico em coelhos, o cultivo das células-troco do epitélio olfatório de cães e de coelhos, a transdução com retrovírus, a análise da expressão dos genes exógenos, a preparação de células-tronco transduzidas para transplante nos animais, a Fluroscopia, a avaliação comportamental, a avaliação macroscópica e a histológica. Desta forma o modelo experimental foi validado e comprovada a ação celular no tecido lesado via implante das células no tecido, pós-lesado, comprovado clinicamente pelos nossos resultados. Ainda podemos ressaltar que a ausência de trabalhos utilizando marcadores para o rastreamento de células-tronco após o transplante em lesões vasculares encefálicas, aliado a possibilidade de utilização desta terapêutica celular em animais com lesão vascular encefálica proveniente de traumas e diversas patologias na clínica veterinária são fatos que justificam essa pesquisa, desta forma devemos ressaltar a importância de pesquisas com terapia celular sempre visando inserções diretas e indiretas desta biotecnologia à medicina veterinária e humana. / Stroke is the second cause of death worldwide, each year more than 20 million individuals are affected by this disease, 5 million of these die. In Brazil, this is the leading cause of death. Polls show the use of numerous animal models valid in research seeking treatments for stroke functional is increasing. Numerous species are used, rats, rabbits, dogs, pigs, sheep and species of primates. A large number of studies have been done with stem cells from different sources in different animal models of spinal cord injury, and even therapeutic trials in humans, showing promising results. The ideal stem cells for the performance of transplants should be immunologically inert, from sources of easy access, have rapid expansion in culture, ability to provide long-term survival and integration in the host site as well as being suitable for transfection and expression of exogenous genes. The objectives of this research is to establish a model of stroke in rabbits (Oryctolagus cuniculus) to the use of therapy with stem cells and measure the induced lesion and its consequences by fluoroscopic, behavioral assessment, clinical parameters and histological examination. We designed the experiment, the induction of stroke in rabbits, the cell culture of the olfactory epithelium of dogs and rabbits, transduction with retroviruses, the analysis of exogenous gene expression, the preparation of transducted stem cells for transplantation in animals, fluoroscopic, the behavioral assessment, macroscopic evaluation and histology. Thus, the experimental model was validated and the cell implantation in damaged tissue was confirmed. We emphasize that the lack of studies using markers for the tracking of stem cells after transplantation into brain vascular lesions, the possibility of combined use of cell therapy in animals with vascular brain injury from trauma and various diseases in veterinary clinics are facts that justify such a search. So we must reinforce the importance of research on cell therapy to direct and indirect insertions of this biotechnology in human and veterinary medicine.
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Degeneração testicular em touros: alterações espermáticas e sua relação com a termodinâmica e hemodinâmica testicular / Testicular degeneration: sperm alterations and their relationship with testicular thermodynamics and hemodynamicsVitor Hugo Guilger Gonzaga 06 October 2017 (has links)
O estresse térmico em touros é um fator muito importante, pois afeta negativamente o comportamento reprodutivo e diminui a eficiência reprodutiva. Uma das causas deste efeito adverso é a ineficiência da termorregulação testicular, que conduz ao aumento do metabolismo celular, causando estresse oxidativo e apoptose das células germinativas, o que caracteriza a degeneração testicular, que pode levar à infertilidade, ou mesmo à esterilidade do animal. A degeneração testicular pode ser diagnosticada pela palpação do órgão, aferição do perímetro escrotal e pelo espermograma. No entanto, outras ferramentas podem ser empregadas para auxiliar no diagnóstico desta alteração, entre elas estão a termografia e a ultrassonografia. Desta forma, neste trabalho avaliou-se a eficiência do termógrafo e do ultrassom como instrumentos auxiliares para o diagnóstico da degeneração testicular em bovinos. Para o presente estudo utilizaram-se 16 touros da raça Nelore separados em dois grupos experimentais: Controle: animais sem indução à degeneração testicular (CON, n = 08); e Degeneração: animais induzidos à degeneração testicular (INS, n = 08) por meio de bolsas insuladoras mantidas por 96 horas. Os animais foram submetidos semanalmente a avaliações das características clínicas e seminais, realizando-se as análises duas semanas antes da insulação testicular (S-2 e S-1), no dia da retirada da bolsa (D0) e durante quatro semanas após a retirada da mesma (S+1 a S+4). Foram avaliadas frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR) e temperatura retal (TR); avaliações testiculares: perímetro escrotal (PE), consistência testicular (CT), temperatura média da superfície escrotal (TMSE), ecotextura (ETT), ecogenicidade (EGT) e vascularização do parênquima testicular (EVT), vascularização (EVP) e índice de resistência vascular (RIP) do plexo pampiniforme. O sêmen dos touros foi colhido e avaliado considerando motilidade (MT), vigor (VG), morfologia (defeitos maiores, menores e totais), integridade das membranas plasmática e acrossomal e potencial de membrana mitocondrial (PIAIA). Para a análise estatística foi utilizado o Statistical Analysis Software (SAS 9.3). Os dados das avaliações realizadas em S-2 e S-1 foram submetidos ao procedimento MIXED considerando dois grupos (CON e INS). Os dados das avaliações realizadas após a insulação foram submetidos ao procedimento MIXED e adicionando o fator tempo por meio do comando REPEATED. O nível de significância considerado foi de P≤0,05, sendo considerada tendência quando este ficou entre 0,051 e 0,1. Foram realizadas correlações de Pearson, utilizando-se o programa StatView (SAS, 1999). Os grupos de touros foram semelhantes nas semanas pré-insulação. Nas semanas pós-insulação, notou-se interação entre tempo e tratamento para FR (p=0,04), CT (p=0,0003) e RIP (p=0,03) e tendência para EVT (p=0,08). Foram observados maiores valores para TMSE, ETT e EVT para INS do que para CON, mas menores valores de PE, CT, EVP e RIP para INS do que para CON. Além disso, encontrou-se interação entre tempo e tratamento para MT (p=0,01), defeitos morfológicos (p<0,001) e alto potencial mitocondrial (AP, p=0,01) e tendência para PIAIA (p=0,07). O grupo INS apresentou queda na MT, PIAIA e AP, associado com aumento nos defeitos morfológicos. Foram verificadas correlações entre as características ambientais (temperatura ambiente e umidade relativa do ar) e os termogramas. Os termogramas apresentaram correlações com parâmetros vitais e achados testiculares. A hemodinâmica apresentou correlações mais fracas com outras características testiculares. Concluiu-se que o estresse térmico testicular provoca um quadro de degeneração testicular, caracterizado por redução na CT e na MT, PIAIA, PI e AP, além de aumento de defeitos morfológicos espermáticos. Este quadro é acompanhado pelo aumento da TMSE somente no dia da retirada das bolsas, provoca heterogeneidade do parênquima testicular, aumenta a vascularização testicular, reduz a vascularização do plexo pampiniforme e o RI dos vasos do plexo pampiniforme. Desta forma, a termografia e a ultrassonografia testiculares contribuem para o diagnóstico da degeneração testicular em touros. / Heat stress in bulls is a very important factor because it adversely affects the reproductive behavior and reduces the reproductive efficiency. One of the causes of this adverse effect is the inefficiency of testicular thermoregulation, which leads to increased cellular metabolism, causing oxidative stress and apoptosis of germ cells, which characterizes testicular degeneration, which can lead to infertility or even to animal sterility. Testicular degeneration can be diagnosed by palpation of the testicles, scrotal perimeter and sperm analyses. However, other tools can be used to aid in the diagnosis of this alteration, such as thermography and ultrasonography. Thus, this study evaluated the effectiveness of thermography and ultrasound as auxiliary tools in the diagnosis of testicular degeneration in cattle. For the present study, 16 Nelore bulls were divided in two experimental groups: Control: animals without induction to testicular degeneration (CON, n = 08); and Degeneration: animals induced to testicular degeneration (INS, n = 08) through insulation bags, maintained for 96 hours. Animals underwent weekly evaluations of clinical and seminal characteristics, performed assessments two weeks prior to testicular insulation (S-2 and S-1), on the day of the removal of the bag (D0) and during four week after removal of the bag (S+1 to S+4). The following were evaluated: heart rate (HR), respiratory rate (RR) and rectal temperature (RT); testicular evaluations: scrotal circumference (SC), testicular consistency (TC), mean temperature of the scrotal surface (MTSS), echotexture (ETT), echogenicity (EGT), vascularization of testicular parenchyma (VTP), vascularization of the pampiniform plexus (VPP) and resistance index (RI). The semen of the bulls was collected and evaluated considering motility (MT), vigor (VG), morphology (major, minor and total defects), plasma and acrosomal membrane integrity and mitochondrial membrane potential (PIAIA). Statistical analysis was performed using Statistical Analysis Software (SAS 9.3). Data from the S-2 and S-1 evaluations were submitted to the MIXED procedure considering two groups (CON and INS). Data from the evaluations performed after the insulation were submitted to the MIXED procedure adding the time factor through the REPEATED command. The significance level considered was P≤0,05, being considered a trend when it was between 0,051 and 0,1. Pearson correlations were performed using the StatView program (SAS, 1999). The groups were similar in the pre-insulation period. In the post-insulation weeks, it was noted the interaction between time and treatment for RR (p = 0.04), TC (p = 0.0003) and RI (p = 0.03) and a tendency to VTP (p = 0, 08). Greater values were observed for MTSS, ETT and VTP for INS than for CON, but lower values of SC, TC, VPP and RI for INS than for CON. In addition, there was interaction between time and treatment for MT (p = 0.01), morphological defects (p <0.001) and high mitochondrial potential (HMP, p = 0.01) and tendency for PIAIA (p = 0, 07). The INS group presented decrease in MT, PIAIA and HMP, associated with increase in morphological defects. Correlations were found between the environmental characteristics (temperature and relative humidity) and thermograms. The thermograms presented correlations with vital parameters and testicular findings. Hemodynamics showed weaker correlations with other testicular characteristics. In conclusion, testicular heat stress causes a testicular degeneration, characterized by reduction in TC and MT, PIAIA, PI and HMP, in addition to an increase in spermatic morphological defects. This situation, accompanied by the increase in MTSS only on the day of the removal of the bags, causes testicular parenchyma heterogeneity, increases testicular vascularization, reduces pampiniform plexus vascularization and RI of pampiniform plexus vessels. Thus, testicular thermography and ultrasonography contribute to the diagnosis of testicular degeneration in bulls.
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Sistematização das artérias da base do encéfalo, distribuição e territórios das artérias cerebrais rostral, média e caudal e da artéria mesencefálica na superfície do encéfalo em jacaré do papo-amarelo (Cayman latirostris)Almeida, Lygia Maria de January 2010 (has links)
Foram utilizados 30 encéfalos de jacaré do papo-amarelo (Cayman latirostris), injetados com látex, corado em vermelho, com objetivo de sistematizar e descrever a distribuição e territórios das artérias carótidas internas e suas principais ramificações na superfície do encéfalo. As artérias carótidas internas apresentaram uma anastomose intercarótica e a artéria oftálmica interna. Na altura da hipófise estas se dividiram num ramo rostral e num curto ramo caudal, que continuou naturalmente como artéria cerebral caudal. O ramo rostral formou a rede da artéria cerebral média, a artéria cerebral rostral e a artéria comunicante rostral. A artéria cerebral caudal antes de penetrar na fissura transversa do cérebro emitiu o Iº ramo central, e em seu interior originou a artéria diencefálica, o IIº ramo central, ramos hemisféricos occipitais e a artéria pineal. Ao abandonar a fissura, a artéria cerebral caudal, curvou-se caudodorsalmente, emergindo no pólo occipital do hemisfério cerebral, projetou-se rostralmente, sagital a fissura longitudinal do cérebro como artéria interhemisférica. Esta lançou ramos hemisféricos convexos e hemisféricos mediais para as respectivas faces dos hemisférios cerebrais, e anastomosou-se com sua homóloga contralateral formando a artéria etmoidal comum, que se dividiu nas artérias etmoidais: direita e esquerda, as quais progrediram para as cavidades nasais, vascularizando-as. O curto ramo caudal emitiu sua porção de médio calibre, que lançou as artérias mesencefálica e cerebelar ventral rostral. Esta porção do ramo caudal anastomosou-se com seu homólogo contralateral formando a artéria basilar. A artéria basilar acompanhou a fissura mediana ventral da medula oblonga, e lançou as artérias cerebelares ventrais caudais e espinhais dorsais, e abandonou a cavidade craniana como artéria espinhal ventral. A artéria mesencefálica formou as artérias tectais, cerebelar dorsal rostral e cerebelar dorsal caudal. A artéria espinhal dorsal originou a artéria trigeminal. O círculo arterial cerebral apresentou-se fechado tanto rostral como caudalmente e o suprimento sanguíneo cerebral foi feito exclusivamente pelo sistema carótico. / It was utilized 30 brains of broad- snouted Cayman (Cayman latirostris), injected with red stained latex, aiming to systematize and describe the distribution and territories of the internal carotid arteries and their main branches on the surface of the brain. The internal carotid arteries showed an anastomosis intercarótica and internal ophthalmic artery. At the level of the hypophysis divided into a rostral branch and a short caudal branch, which continued naturally as caudal cerebral artery. The rostral branch formed a middle cerebral artery network, the rostral cerebral artery and the rostral communicating artery. The caudal cerebral artery before entering the cerebral transverse fissure gave of the Iº central branch and inside emitted the diencephalic artery, the IIº central branch, occipital hemispheric branches and the pineal artery. After leaving the cerebral transverse fissure, the caudal cerebral artery curved caudodorsalwards, emerging at the occipital pole of the cerebral hemisphere and projected rostrally sagittal to the cerebral longitudinal fissure, as interhemispheric artery. This gave off convex hemispheric branches and medial hemispheric branches of the same, and anastomosed with its contralateral homologous to form the common ethmoidal artery, which divided into the ethmoidal arteries: right and left, which progressed to the nasal cavities, vascularizing them. The short caudal branch gave off his portion of medium caliber, which originated the mesencephalic and ventral rostral cerebellar arteries. This portion of the caudal branch anastomosed with its contralateral homologous to form the basilar artery. The basilar artery accompanied the ventral median fissure of medulla oblongata, and emitted the ventral caudal cerebellar artery and dorsal spinal artery, and abandoned the cranial cavity as ventral spinal artery. The mesencephalic artery formed: the tectal, dorsal rostral cerebellar and dorsal caudal cerebellar arteries. The dorsal spinal artery originated a trigeminal artery. The cerebral arterial circle was rostral and caudally closed with cerebral blood supply provided, exclusively, by the carotid system.
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Sistematização, distribuição e territórios das artérias cerebrais rostral, média e caudal na superfície do encéfalo em nutria (Myocastor coypus)Goltz, Laura Ver January 2017 (has links)
Foram utilizados 30 encéfalos de nutria (Myocastor coypus), injetados com látex, corado em vermelho, com objetivo de sistematizar e descrever a distribuição e territórios das artérias cerebrais rostral, média e caudal e suas ramificações na superfície dos hemisférios cerebrais e no tronco encefálico. A artéria carótida interna apresentou-se atrofiada, sendo o encéfalo vascularizado exclusivamente pelo sistema vértebro-basilar. A artéria vertebral penetrou pelo forame magno, e seus antímeros anastomosaram-se formando uma calibrosa artéria basilar. A artéria basilar, de grande calibre, alcançou o sulco rostral da ponte, dividiu-se em dois ramos terminais, em uma divergência de aproximadamente 90°, e lançou as artérias cerebelar rostral, cerebral caudal, hipofisária, corióidea rostral e ramos centrais para o lobo piriforme. Após, os ramos terminais da artéria basilar projetaram-se rostro-lateralmente até a altura da origem aparente do nervo oculomotor (III par craniano), e curvaram-se alcançando o trato óptico, lançando a artéria cerebral média e a artéria cerebral rostral, seu ramo terminal. A artéria cerebelar rostralemitiu um ramo tectal mesencefálico caudal, para a face caudal do colículo caudal. A artéria cerebral caudal, normalmente única, de grosso calibre, projetava-se látero-dorsalmente para o interior da fissura transversa do cérebro, lançando as artérias tectal mesencefálica rostral (componente proximal) e inter-hemisférica caudal. A artéria tectal mesencefálica rostral vascularizou a maior parte do tecto mesencefálico, e os ramos terminais das artérias tectais mesencefálicas, rostral e caudal, formaram uma rede anastomótica sobre a superfície dos colículos rostrais e caudais. A artéria inter-hemisférica caudal lançou ramos centrais, artérias corióidea caudal (esta anastomosava-se com a artéria corióidea rostral, vascularizando o diencéfalo e o hipocampo), hemisféricas occipitais (para o pólo occipital do hemisfério cerebral), ramos tectais mesencefálicos rostrais (componentes distais), e então contornava o esplênio do corpo caloso anastomosando-se “em ósculo” com a artéria inter-hemisférica rostral. A artéria cerebral média, de grande calibre, projetava-se pelo interior da fossa lateral do cérebro, lançando ramos centrais caudais e rostrais para o páleo-palio da região. Ela ultrapassou o sulco rinal lateral, formando um a dois eixos principais para a face convexa do hemisfério cerebral, originando ramos hemisféricos convexos caudais e rostrais, e suas ramificações terminais anastomosavam-se “em ósculo” no lobo parietal com os ramos das artérias hemisféricas mediais rostrais, ramo da artéria cerebral rostral. A artéria cerebral rostral, de grosso calibre, projetou-se rostro-medialmente, na altura do quiasma óptico, emitindo um ramo medial, para a fissura longitudinal do cérebro. Seu eixo principal projetava-se rostralmente, acompanhando a fissura longitudinal do cérebro, até o bulbo olfatório, continuando-se para a cavidade nasal como artéria etmoidal interna. Esta emitiu ramos centrais, hemisférico medial e artérias lateral e medial do bulbo olfatório. O ramo medial anastomosava-se com seu homólogo contralateral, quando presente, fechando o círculo arterial cerebral rostralmente, formando uma artéria comunicante rostral, mediana ímpar. Esta se bifurcou nas artérias inter-hemisféricas rostrais, que vascularizavam toda face medial dos hemisférios cerebrais, até o esplênio do corpo caloso, emitindo as artérias hemisférica rostral e hemisférica medial rostral, sendo que os ramos terminais desta alcançavam a face convexa, anastomosando-se com os ramos terminais da artéria cerebral média. / Thirty nutria brains were used (Myocastor coypus), injected with latex and stained in red, in order to systematize and describe the distribution and the territories of the rostral, middle and caudal cerebral arteries and their ramifications in the surface of cerebral hemispheres and in the brain stem in nutria. The internal carotid artery was atrophied, being the encephalic vascularized exclusively by the vertebro-basilar system. The vertebral artery penetrated the magnum foramen, and their antimeres anastomosed to form a calibrous basilar artery. The basilar artery, of great caliber, reached the rostral sulcus of the pons, divided into two terminal branches, at a divergence of approximately 90°, and launched the rostral cerebellar, caudal cerebral, hypophyseal, rostral choroid arteries and central branches to the piriform lobe. Afterwards, the terminal branches of the basilar artery were projected rostrolaterally up to the apparent origin of the oculomotor nerve (III cranial nerve), and bent over reaching the optic tract, launching the middle cerebral artery and the rostral cerebral artery, its terminal branch. The rostral cerebellar artery emitted a caudal tectal mesencephalic branch, to the caudal surface of the caudal colliculus. The caudal cerebral artery, usually unique, of large caliber, projected laterally into the transverse fissure of the brain, launching the rostral tectal mesencephalic (proximal component) and caudal inter-hemispheric arteries. The rostral tectal mesencephalic artery vascularized most of the mesencephalic roof, and the terminal branches of the tectal mesencephalic arteries, rostral and caudal, formed an anastomotic network on the surface of rostral and caudal colliculus. The caudal inter-hemispheric artery emitted central branches, caudal choroid (this anastomosis with the rostral choroidal artery, vascularizing of the diencephalon and hippocampus), occipital hemispheres artery (to the occipital pole of the cerebral hemisphere), rostrais tectral mesencephalic branches (distal components), and then bypassed the splenius of the corpus callosum anastomosing "in osculum" with the rostral inter-hemispheric artery. The medium cerebral artery, of great caliber, projected through the interior of the cerebral lateral fossa, Releasing caudal and rostrais central branches to the paleopallio region. It crossed the lateral rinal groove, forming one to two main axes to the convex surface of the cerebral hemisphere, originating caudal and rostral convex hemispheric branches, and its terminal branches anastomosed "in osculum" in the parietal lobe with the branches of the mediais rostrais hemispherics arteries, branch of the rostral cerebral artery. The rostral cerebral artery, of large caliber, projected rostro-medially, at the level of optic chiasm, emitting a medial branch, for the cerebral longitudinal fissure. Its main axis was projected rostrally, accompanying the cerebral longitudinal fissure, until the olfactory bulb, continuing to the nasal cavity as internal ethmoidal artery. It emitted central branches, medial hemispheric and lateral and medial of the olfactory bulb arteries. The medial branch was anastomosed with its contralateral homologous, when present, closing the cerebral arterial circle rostrally, forming a rostral communicating artery, unique median. This bifurcated in the inter-hemispheric rostrais arteries, which vascularized the entire medial face of the cerebral hemispheres, until the splenius of the corpus callosum, emitting the rostral hemispherical and hemispherical medial rostral arteries, being that the terminal branches of this reached the convex surface, anastomosing with the terminal branches of the middle cerebral artery.
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Morphological and ontogenetic studies with inflorescences and flowers of Lepidagathis Willd. (Acanthaceae) / Estudos morfológicos e ontogenéticos com inflorescências e flores de Lepidagathis Willd. (Acanthaceae)Hirao, Yasmin Vidal 31 August 2015 (has links)
The phylogeny of Acanthaceae, chiefly based on molecular data, confirms the monophyly of the family, however, a morphological synapomorphy to characterize it is still unknown. Apart from being well represented in our flora, the identification of its species is quite difficult due to taxonomic problems and lack of morphological studies. The family presents many morphological instabilities within genera, for example with the pattern of inflorescences. Lepidagathis Willd. serves as an example, presenting three types of inflorescence and divergent floral morphologies that have challenged its systematics. Therefore, exploring the morphology, anatomy, vascularization and development of the inflorescence and flowers, it was possible to find homologies between the studied species and speculate around its evolution. The patterns of the inflorescence were discovered to be enriched or depleted forms of the same architecture. On some species, there were more or less reproductive meristems on the axil of bracts, and therefore, more or less possibilities of developing flowers or partial inflorescences. The available phylogeny for the group suggests an equal probability of gain or loss of such reproductive meristems on the inflorescences. The development of the floral whorls on the studied species was the same, despite their different external morphology. Nevertheless, the vascularization of the flowers revealed important aspects of the floral evolution of the genus, showing that the anatomy may retain ancestral characteristics that relate the species. Thus, the display and volume of flowers of each inflorescence, and the size and arrangement of the flowers are more likely related to the pollination syndromes of each species. The results corroborate the current circumscription of Lepidagathis and encourages further investigations with Acanthaceae species that may lead to interesting discoveries on homologies and assist the phylogenetic studies with the family / A filogenia de Acanthaceae, sobretudo baseada em dados moleculares, confirma a monofilia da família, no entanto, ainda não se conhece uma sinapomorfia morfológica que a caracterize. Apesar de estar bem representada em nossa flora, a identificação de suas espécies é dificultada por problemas taxonômicos e pela falta de estudos morfológicos. A família apresenta muitas inconstâncias morfológicas dentro dos gêneros, por exemplo no padrão de inflorescências. Lepidagathis Willd. serve como exemplo, apresentando três tipos de inflorescências e morfologias florais divergentes que tem dificultado sua sistemática. Assim, explorando a morfologia, anatomia, vascularização e desenvolvimento das inflorescências e flores, foi possível encontrar homologias entre as espécies estudadas a especular sobre sua evolução. Descobriu-se que os padrões das inflorescências são formas enriquecidas ou escassas da mesma arquitetura. Em algumas espécies, existem mais ou menos meristemas reprodutivos nas axilas das brácteas e, portanto, mais ou menos possibilidades de desenvolvimento de flores e inflorescências parciais. A filogenia disponível para o grupo sugere que há uma probabilidade igual de ganho ou perda dos meristemas reprodutivos nas inflorescências. O desenvolvimento dos verticilos florais nas espécies estudadas é igual, apesar das diferenças na morfologia externa. No entanto, a vascularização revelou aspectos importantes sobre a evolução floral no gênero, mostrando que a anatomia pode reter características ancestrais que relacionam as espécies. Portanto, a disposição e o volume de flores por inflorescência e o tamanho e arranjo das flores tem mais chances de estarem relacionadas com a síndrome de polinização de cada espécie. Os resultados corroboram a circunscrição atual de Lepidagathis e encorajam mais investigações com as espécies de Acanthaceae que possam levar a descobertas importantes sobre homologias e ajudar nos estudos filogenéticos com a família
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Contribuição ao estudo do estômago do sagui-de-tufo-preto (Callithrix penicillata) / Contribution to the study of stomach of black-tufted-ear-marmoset (Callithrix penicillata)Silva, Luana Célia Stunitz da 01 March 2012 (has links)
O Callithrix penicillata (sagui-de-tufo-preto) mesmo sendo utilizado em algumas pesquisas e também mantido tanto em zoológicos como animal de estimação, possui ainda diversas lacunas acerca de sua anatomia. Assim, utilizamos 10 animais somente para o estudo da topografia, do padrão de irrigação vascular e de alguns índices biométricos do estômago, e outros cinco animais para estudos microscópicos. Ambos tendo com o objetivo caracterizar a anatomia do estômago e comparar as variações entre os sexos e eventualmente com outras espécies. Para o padrão vascular realizamos injeção de neoprene látex corado na aorta torácica com posterior dissecação dos ramos abdominais e no caso do estudo biométrico o mesmo foi realizado com o uso de um paquímetro digital, fita métrica e transferidor. E procedimentos tanto para a microscopia de luz com colorações de Hematoxilina-Eosina e Tricrômio de Masson quanto para a microscopia eletrônica de varredura foram efetuados. Com base no estudo ora realizado verificamos que o estômago localizava-se medialmente da 9° a 12° costelas e os aspectos biométricos revelam os padrões primários para este órgão, não se registrando diferenças entre machos e fêmeas. A artéria celíaca surge como o primeiro ramo da aorta abdominal, ocorrendo maior prevalência (70%) de trifurcação a partir desta artéria, com a emissão da artéria lienal, artéria gástrica esquerda e artéria hepática. A artéria lienal acompanhou a curvatura maior do estômago dando origem à artéria gastroepiplóica esquerda. A artéria gástrica esquerda no seu trajeto acompanhava a região da cárdia e do esôfago abdominal, cedendo-lhes contribuições. Já a artéria hepática originava a artéria gástrica direita e a artéria gastroduodenal. E esta por sua vez fornecia a artéria gastroepiplóica direita e a artéria pancreático-duodenal. Quanto aos aspectos microscópicos observamos a presença de quatro camadas: mucosa, submucosa, muscular e serosa e a presença de pregas da mucosa. Desta forma nesta oportunidade visamos contribuir para o estudo da anatomia comparativa, o que procuramos por vezes realizar neste trabalho, a fim também de oferecer subsídios indispensáveis em procedimentos clínico-cirúrgicos nesta espécie. / The Callithrix penicillata (black-tufted-ear-marmoset), have being used in some research and also kept both in zoos and pet. There are still many questions to be answered about their anatomy. Then to study the topography, the vascular pattern of irrigation and some biometric indices of the stomach, we used 10 animals and five other animals to microscopic studies. Both group of animals were studied in order to characterize the anatomy of the stomach and compare the variations between the sexes and possibly other species. To perform the vascular standard thoracic aorta was stained with injection of neoprene latex. Subsequently, we performed the dissection of the abdominal branches and in the case of the same biometric study was conducted using a digital caliper, tape measure and protractor. Procedures for both light microscopy with hematoxylin-eosin staining and Massons Trichrome as for scanning electron microscopy were perfomed. Based on our study we verified that the stomach was located medially from 9° to 12° ribs and biometric aspects reveal the primary standards body for this, not registering differences between males and females. The celiac artery arises as the first branch of the abdominal aorta, causing a higher prevalence (70%) from the trifurcation of the artery, originating the lienal artery, left gastric artery and the hepatic artery. Lienal artery accompanied the greater curvature of the stomach giving rise to the left gastroepiploic artery. The left gastric artery in its course follow and irrigate the region of the abdominal esophagus and cardia, originating new branches for that region. In its turn the hepatic artery originated the right gastric artery and gastroduodenal artery which gives rise to the right gastroepiploic artery and pancreatic-duodenal artery. In regards to the microscopic aspects we observed the presence of four layers: mucosa, submucosa, muscle and serosa and the presence of mucosal folds. Thus we aim to contribute to the study of comparative anatomy, in order to offer indispensable subsidies in clinical and surgical procedures in this specie.
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Sistematização, distribuição e territórios das artérias cerebrais rostral, média e caudal na superfície do encéfalo em nutria (Myocastor coypus)Goltz, Laura Ver January 2017 (has links)
Foram utilizados 30 encéfalos de nutria (Myocastor coypus), injetados com látex, corado em vermelho, com objetivo de sistematizar e descrever a distribuição e territórios das artérias cerebrais rostral, média e caudal e suas ramificações na superfície dos hemisférios cerebrais e no tronco encefálico. A artéria carótida interna apresentou-se atrofiada, sendo o encéfalo vascularizado exclusivamente pelo sistema vértebro-basilar. A artéria vertebral penetrou pelo forame magno, e seus antímeros anastomosaram-se formando uma calibrosa artéria basilar. A artéria basilar, de grande calibre, alcançou o sulco rostral da ponte, dividiu-se em dois ramos terminais, em uma divergência de aproximadamente 90°, e lançou as artérias cerebelar rostral, cerebral caudal, hipofisária, corióidea rostral e ramos centrais para o lobo piriforme. Após, os ramos terminais da artéria basilar projetaram-se rostro-lateralmente até a altura da origem aparente do nervo oculomotor (III par craniano), e curvaram-se alcançando o trato óptico, lançando a artéria cerebral média e a artéria cerebral rostral, seu ramo terminal. A artéria cerebelar rostralemitiu um ramo tectal mesencefálico caudal, para a face caudal do colículo caudal. A artéria cerebral caudal, normalmente única, de grosso calibre, projetava-se látero-dorsalmente para o interior da fissura transversa do cérebro, lançando as artérias tectal mesencefálica rostral (componente proximal) e inter-hemisférica caudal. A artéria tectal mesencefálica rostral vascularizou a maior parte do tecto mesencefálico, e os ramos terminais das artérias tectais mesencefálicas, rostral e caudal, formaram uma rede anastomótica sobre a superfície dos colículos rostrais e caudais. A artéria inter-hemisférica caudal lançou ramos centrais, artérias corióidea caudal (esta anastomosava-se com a artéria corióidea rostral, vascularizando o diencéfalo e o hipocampo), hemisféricas occipitais (para o pólo occipital do hemisfério cerebral), ramos tectais mesencefálicos rostrais (componentes distais), e então contornava o esplênio do corpo caloso anastomosando-se “em ósculo” com a artéria inter-hemisférica rostral. A artéria cerebral média, de grande calibre, projetava-se pelo interior da fossa lateral do cérebro, lançando ramos centrais caudais e rostrais para o páleo-palio da região. Ela ultrapassou o sulco rinal lateral, formando um a dois eixos principais para a face convexa do hemisfério cerebral, originando ramos hemisféricos convexos caudais e rostrais, e suas ramificações terminais anastomosavam-se “em ósculo” no lobo parietal com os ramos das artérias hemisféricas mediais rostrais, ramo da artéria cerebral rostral. A artéria cerebral rostral, de grosso calibre, projetou-se rostro-medialmente, na altura do quiasma óptico, emitindo um ramo medial, para a fissura longitudinal do cérebro. Seu eixo principal projetava-se rostralmente, acompanhando a fissura longitudinal do cérebro, até o bulbo olfatório, continuando-se para a cavidade nasal como artéria etmoidal interna. Esta emitiu ramos centrais, hemisférico medial e artérias lateral e medial do bulbo olfatório. O ramo medial anastomosava-se com seu homólogo contralateral, quando presente, fechando o círculo arterial cerebral rostralmente, formando uma artéria comunicante rostral, mediana ímpar. Esta se bifurcou nas artérias inter-hemisféricas rostrais, que vascularizavam toda face medial dos hemisférios cerebrais, até o esplênio do corpo caloso, emitindo as artérias hemisférica rostral e hemisférica medial rostral, sendo que os ramos terminais desta alcançavam a face convexa, anastomosando-se com os ramos terminais da artéria cerebral média. / Thirty nutria brains were used (Myocastor coypus), injected with latex and stained in red, in order to systematize and describe the distribution and the territories of the rostral, middle and caudal cerebral arteries and their ramifications in the surface of cerebral hemispheres and in the brain stem in nutria. The internal carotid artery was atrophied, being the encephalic vascularized exclusively by the vertebro-basilar system. The vertebral artery penetrated the magnum foramen, and their antimeres anastomosed to form a calibrous basilar artery. The basilar artery, of great caliber, reached the rostral sulcus of the pons, divided into two terminal branches, at a divergence of approximately 90°, and launched the rostral cerebellar, caudal cerebral, hypophyseal, rostral choroid arteries and central branches to the piriform lobe. Afterwards, the terminal branches of the basilar artery were projected rostrolaterally up to the apparent origin of the oculomotor nerve (III cranial nerve), and bent over reaching the optic tract, launching the middle cerebral artery and the rostral cerebral artery, its terminal branch. The rostral cerebellar artery emitted a caudal tectal mesencephalic branch, to the caudal surface of the caudal colliculus. The caudal cerebral artery, usually unique, of large caliber, projected laterally into the transverse fissure of the brain, launching the rostral tectal mesencephalic (proximal component) and caudal inter-hemispheric arteries. The rostral tectal mesencephalic artery vascularized most of the mesencephalic roof, and the terminal branches of the tectal mesencephalic arteries, rostral and caudal, formed an anastomotic network on the surface of rostral and caudal colliculus. The caudal inter-hemispheric artery emitted central branches, caudal choroid (this anastomosis with the rostral choroidal artery, vascularizing of the diencephalon and hippocampus), occipital hemispheres artery (to the occipital pole of the cerebral hemisphere), rostrais tectral mesencephalic branches (distal components), and then bypassed the splenius of the corpus callosum anastomosing "in osculum" with the rostral inter-hemispheric artery. The medium cerebral artery, of great caliber, projected through the interior of the cerebral lateral fossa, Releasing caudal and rostrais central branches to the paleopallio region. It crossed the lateral rinal groove, forming one to two main axes to the convex surface of the cerebral hemisphere, originating caudal and rostral convex hemispheric branches, and its terminal branches anastomosed "in osculum" in the parietal lobe with the branches of the mediais rostrais hemispherics arteries, branch of the rostral cerebral artery. The rostral cerebral artery, of large caliber, projected rostro-medially, at the level of optic chiasm, emitting a medial branch, for the cerebral longitudinal fissure. Its main axis was projected rostrally, accompanying the cerebral longitudinal fissure, until the olfactory bulb, continuing to the nasal cavity as internal ethmoidal artery. It emitted central branches, medial hemispheric and lateral and medial of the olfactory bulb arteries. The medial branch was anastomosed with its contralateral homologous, when present, closing the cerebral arterial circle rostrally, forming a rostral communicating artery, unique median. This bifurcated in the inter-hemispheric rostrais arteries, which vascularized the entire medial face of the cerebral hemispheres, until the splenius of the corpus callosum, emitting the rostral hemispherical and hemispherical medial rostral arteries, being that the terminal branches of this reached the convex surface, anastomosing with the terminal branches of the middle cerebral artery.
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Morfologia da bolsa cloacal de emas (Rhea americana americana LINNAEUS, 1758)Oliveira, Radan Elvis Matias de 21 February 2017 (has links)
Submitted by Socorro Pontes (socorrop@ufersa.edu.br) on 2017-05-30T14:48:46Z
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Previous issue date: 2017-02-21 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The cloacal bursa is the responsible organ of the birds for the maturation and transfer of lymphocytes to other tissues. Despite the importance of this organ in the immunological mechanisms of these animals, there is little information on the development and ultrastructure in young greater rhea. The objective of this study was to describe macroscopy, microscopy, ultrastructure and arterial vascularization of cloacal bursa of young greater rhea. In this study, 26 animals of both sexes (8 males and 18 females) were used, 20 of which were animals for macroscopy and arterial vascularization, and the six for light microscopy, transmission electron microscopy and scanning electron microscopy. The greater rhea cloacal bursa is a hollow organ, rounded, slightly flattened, pinkish color and with pleated inner mucosa, located dorsally to the cloaca, with whom it communicates through an ostium. It was verified that, irrigation of the cloacal sac occurs from terminal branches of the abdominal aorta, such as the right and left internal iliac arteries and the caudal mesenteric arteries. Left and right internal iliac arteries originated the right and left internal pudendal arteries, which in turn gave rise to right and left bursocloacal and cloacal arteries in all animals analyzed. Microscopically, the cloacal sac of the emu presented, at all ages, the pleated internal mucosa composed of lymphoid lobes of various sizes and organized as alveolar structure, presenting two types of lining epithelia, the bundle lobe epithelium, the simple squamous type and interlobular epithelium, corresponding to the columnar stratification. These lobes consisted of cortical zone, corticomedular zone and medullar zone. Arranged in these lobes, the existence of lymphocytes of various sizes, lymphoblasts, blood capillaries, epithelial reticular cells and macrophages were verified by transmission microscopy. In the scanning, the surface of the mucosa of the bursal lobes presented polygonal projections, with the presence of small microvilli on the whole surface. It was concluded that the cloacal bursa of the young greater rhea was presented as a distinct structure of the cloaca, with varied size as a function of age, and also, its development was observed from the sixth week of life / A bolsa cloacal é o órgão das aves responsável pela maturação e transferência de linfócitos B para outros tecidos. Apesar da importância deste órgão nos mecanismos imunológicos desses animais, são poucas as informações sobre o desenvolvimento e ultraestrutura em emas jovens. Desta forma, objetivou-se descrever a macroscopia, microscopia, ultraestrutura e vascularização arterial da bolsa cloacal de emas jovens. Neste estudo, utilizou-se 26 animais de ambos os sexos (8 machos e 18 fêmeas), sendo 20 animais destinados à macroscopia e vascularização arterial e os seis para a microscopia de luz, microscopia eletrônica de transmissão e microscopia eletrônica de varredura. A bolsa cloacal de emas é um órgão oco, arredondado, ligeiramente achatado, coloração rosada e com mucosa interna pregueada, localizada dorsalmente à cloaca, com quem se comunica por meio de um óstio. Verificou-se que, a irrigação da bolsa cloacal ocorre a partir de ramos terminais da artéria aorta abdominal, tais como as artérias ilíacas internas direita e esquerda e a mesentérica caudal. Das ilíacas internas direita e esquerda originaram-se as artérias pudendas internas direita e esquerda, que por sua vez deram origem às artérias bursocloacais e cloacais direita e esquerda em todos os animais analisados. Microscopicamente, a bolsa cloacal da ema apresentou, em todas as idades, mucosa interna pregueada composta por lóbulos linfoides de diversos tamanhos e organizados como estrutura alveolar, apresentando dois tipos de epitélios de revestimento, o epitélio associado ao lóbulo bursal, do tipo pavimentoso simples e o epitélio interlobular, correspondendo ao estratificado colunar. Esse lóbulo compunha-se de zona cortical, zona corticomedular e zona medular. Dispostos nesses lóbulos, verificou-se por meio da microscopia de transmissão a existência de linfócitos de tamanhos variados, linfoblastos, capilares sanguíneos, células reticulares epiteliais e macrófagos. Na varredura, a superfície da mucosa dos lóbulos bursais apresentaram projeções poligonais, com a presença de curtas microvilosidades em toda superfície. Conclui-se, que a bolsa cloacal das emas jovens se apresentou como estrutura distinta da cloaca, com tamanho variado em função da idade, e ainda, observou-se seu desenvolvimento a partir da sexta semana de vida / 2017-05-30
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