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Viva Maria : dez anosDagord, Ana Lúcia de Leão January 2003 (has links)
Viva Maria: dez anos, é um estudo que se propôs, a partir de uma abordagem sócio-histórica, a problematizar a trajetória dos dez anos, de 1992 a 2002, da Casa de Apoio Viva Maria e a caracterizar, do ponto de vista sociodemográfico e epidemiológico, as mulheres abrigadas nessa casa, nesse período. A Casa de Apoio Viva Maria é uma Unidade especializada da Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre. É uma casa-abrigo para mulheres e seus filhos menores em situação de violência, inaugurada em setembro de 1992. Para a descrição dessa trajetória utilizou-se a memória dos sujeitos sociais, trabalhadoras e usuárias que vivenciaram o cotidiano da casa-abrigo, desde a sua implantação até 2002. As informações obtidas através das trabalhadoras e usuárias, agregaram-se às da pesquisa documental nos arquivos formais e informais da Casa de Apoio Viva Maria. Essas fontes evidenciam, através do perfil a precária inserção socioeconômica das usuárias e a importância da casa-abrigo como um espaço, no qual as mulheres, em situação de violência doméstica, encontram refúgio seguro, apoio psicológico, jurídico, social e novas perspectivas de vida. O estudo mostra a necessidade de constituição de serviços como este, como uma política pública de saúde, atuando como retaguarda dentro de uma rede de atendimento às mulheres em situação de violência doméstica, em um sistema de referência e contra-referência
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Viva Maria : dez anosDagord, Ana Lúcia de Leão January 2003 (has links)
Viva Maria: dez anos, é um estudo que se propôs, a partir de uma abordagem sócio-histórica, a problematizar a trajetória dos dez anos, de 1992 a 2002, da Casa de Apoio Viva Maria e a caracterizar, do ponto de vista sociodemográfico e epidemiológico, as mulheres abrigadas nessa casa, nesse período. A Casa de Apoio Viva Maria é uma Unidade especializada da Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre. É uma casa-abrigo para mulheres e seus filhos menores em situação de violência, inaugurada em setembro de 1992. Para a descrição dessa trajetória utilizou-se a memória dos sujeitos sociais, trabalhadoras e usuárias que vivenciaram o cotidiano da casa-abrigo, desde a sua implantação até 2002. As informações obtidas através das trabalhadoras e usuárias, agregaram-se às da pesquisa documental nos arquivos formais e informais da Casa de Apoio Viva Maria. Essas fontes evidenciam, através do perfil a precária inserção socioeconômica das usuárias e a importância da casa-abrigo como um espaço, no qual as mulheres, em situação de violência doméstica, encontram refúgio seguro, apoio psicológico, jurídico, social e novas perspectivas de vida. O estudo mostra a necessidade de constituição de serviços como este, como uma política pública de saúde, atuando como retaguarda dentro de uma rede de atendimento às mulheres em situação de violência doméstica, em um sistema de referência e contra-referência
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Viva Maria : dez anosDagord, Ana Lúcia de Leão January 2003 (has links)
Viva Maria: dez anos, é um estudo que se propôs, a partir de uma abordagem sócio-histórica, a problematizar a trajetória dos dez anos, de 1992 a 2002, da Casa de Apoio Viva Maria e a caracterizar, do ponto de vista sociodemográfico e epidemiológico, as mulheres abrigadas nessa casa, nesse período. A Casa de Apoio Viva Maria é uma Unidade especializada da Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre. É uma casa-abrigo para mulheres e seus filhos menores em situação de violência, inaugurada em setembro de 1992. Para a descrição dessa trajetória utilizou-se a memória dos sujeitos sociais, trabalhadoras e usuárias que vivenciaram o cotidiano da casa-abrigo, desde a sua implantação até 2002. As informações obtidas através das trabalhadoras e usuárias, agregaram-se às da pesquisa documental nos arquivos formais e informais da Casa de Apoio Viva Maria. Essas fontes evidenciam, através do perfil a precária inserção socioeconômica das usuárias e a importância da casa-abrigo como um espaço, no qual as mulheres, em situação de violência doméstica, encontram refúgio seguro, apoio psicológico, jurídico, social e novas perspectivas de vida. O estudo mostra a necessidade de constituição de serviços como este, como uma política pública de saúde, atuando como retaguarda dentro de uma rede de atendimento às mulheres em situação de violência doméstica, em um sistema de referência e contra-referência
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Violência contra a mulher : expectativas de um acolhimento humanizadoPorto, Janice Regina Rangel January 2004 (has links)
O mergulho no mundo de vivências femininas propiciou o desafio de trabalhar com mulheres em situação de violência nas relações conjugais. Os objetivos do estudo foram: - conhecer as estratégias utilizadas por mulheres no enfrentamento de situações de agressão física, sexual e psicológica e - desvelar o acolhimento prestado pelos serviços básicos de saúde, na perspectiva das mulheres vítimas de violência. A abordagem qualitativa foi utilizada como referencial metodológico, tendo como campo de estudo uma das sedes de Maria Mulher - Organização de Mulheres Negras. As participantes foram dez mulheres que vivem ou viveram pelo menos um ano, com maridos agressores. Para a coleta das informações utilizou-se a técnica de entrevista narrativa descrita por Jovchelovitch e Bauer (2002) seguida da Análise de Conteúdo descrita por Minayo (1993). Como resultados, emergiram quatro temas: - Matizes da violência contra a mulher - A conscientização da violência - Pedido de socorro: a visibilidade da violência doméstica e - A entrevista narrativa, como atividade terapêutica. Os aspectos éticos foram preservados no aceite de participação, na utilização do consentimento informado e pela aprovação do comitê de Ética em pesquisa, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Neste estudo procurou-se dar voz às mulheres em situação de violência doméstica, evidenciando-se as estratégias utilizadas por elas no enfrentamento de situações de agressão, nos diferentes segmentos da sociedade: na família, nas relações interpessoais com amigos e vizinhos, nas delegacias de polícia e, por fim, nos Serviços de Saúde.
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Violência contra a mulher : expectativas de um acolhimento humanizadoPorto, Janice Regina Rangel January 2004 (has links)
O mergulho no mundo de vivências femininas propiciou o desafio de trabalhar com mulheres em situação de violência nas relações conjugais. Os objetivos do estudo foram: - conhecer as estratégias utilizadas por mulheres no enfrentamento de situações de agressão física, sexual e psicológica e - desvelar o acolhimento prestado pelos serviços básicos de saúde, na perspectiva das mulheres vítimas de violência. A abordagem qualitativa foi utilizada como referencial metodológico, tendo como campo de estudo uma das sedes de Maria Mulher - Organização de Mulheres Negras. As participantes foram dez mulheres que vivem ou viveram pelo menos um ano, com maridos agressores. Para a coleta das informações utilizou-se a técnica de entrevista narrativa descrita por Jovchelovitch e Bauer (2002) seguida da Análise de Conteúdo descrita por Minayo (1993). Como resultados, emergiram quatro temas: - Matizes da violência contra a mulher - A conscientização da violência - Pedido de socorro: a visibilidade da violência doméstica e - A entrevista narrativa, como atividade terapêutica. Os aspectos éticos foram preservados no aceite de participação, na utilização do consentimento informado e pela aprovação do comitê de Ética em pesquisa, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Neste estudo procurou-se dar voz às mulheres em situação de violência doméstica, evidenciando-se as estratégias utilizadas por elas no enfrentamento de situações de agressão, nos diferentes segmentos da sociedade: na família, nas relações interpessoais com amigos e vizinhos, nas delegacias de polícia e, por fim, nos Serviços de Saúde.
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Violência contra a mulher : expectativas de um acolhimento humanizadoPorto, Janice Regina Rangel January 2004 (has links)
O mergulho no mundo de vivências femininas propiciou o desafio de trabalhar com mulheres em situação de violência nas relações conjugais. Os objetivos do estudo foram: - conhecer as estratégias utilizadas por mulheres no enfrentamento de situações de agressão física, sexual e psicológica e - desvelar o acolhimento prestado pelos serviços básicos de saúde, na perspectiva das mulheres vítimas de violência. A abordagem qualitativa foi utilizada como referencial metodológico, tendo como campo de estudo uma das sedes de Maria Mulher - Organização de Mulheres Negras. As participantes foram dez mulheres que vivem ou viveram pelo menos um ano, com maridos agressores. Para a coleta das informações utilizou-se a técnica de entrevista narrativa descrita por Jovchelovitch e Bauer (2002) seguida da Análise de Conteúdo descrita por Minayo (1993). Como resultados, emergiram quatro temas: - Matizes da violência contra a mulher - A conscientização da violência - Pedido de socorro: a visibilidade da violência doméstica e - A entrevista narrativa, como atividade terapêutica. Os aspectos éticos foram preservados no aceite de participação, na utilização do consentimento informado e pela aprovação do comitê de Ética em pesquisa, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Neste estudo procurou-se dar voz às mulheres em situação de violência doméstica, evidenciando-se as estratégias utilizadas por elas no enfrentamento de situações de agressão, nos diferentes segmentos da sociedade: na família, nas relações interpessoais com amigos e vizinhos, nas delegacias de polícia e, por fim, nos Serviços de Saúde.
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“Marias também têm força”: a emergência do discurso de enfrentamento à violência contra a mulher na rede pública de ensino de CaruaruOLIVEIRA, Karinny Lima de 14 October 2016 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2017-09-01T12:48:36Z
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Previous issue date: 2016-10-14 / CAPES / A atenção em torno das relações de gênero historicamente aparece enviesada por concepções que reforçam a assimetria de poder e incentivam a exclusão da mulher do espaço público, restringindo seu papel ao âmbito da família e dos cuidados com o outro. Esta cultura patriarcal serve de égide para a violência contra mulheres, meninas e adolescentes, que já se tornou pandemia no Brasil. Desde do século passado, movimentos feministas se articularam em luta pela igualdade de direitos civis, políticos, econômicos e sociais entre os gêneros, o que forçou organizações internacionais, países e estados a construírem uma agenda política e legislativa orientada pelos princípios da justiça social. Neste contexto, destacam-se vários marcos normativos, entre eles a Lei Maria da Penha, promulgada no Brasil, em 2006, que prevê ações sociais, preventivas, protetivas e repressivas, evidenciando-se a realização de campanhas educativas e a inclusão de conteúdos de equidade de gênero nos currículos escolares. Este trabalho analisou a configuração do “Projeto Lei Maria da Penha Vai à Escola” e sua recepção pelos/as estudantes da rede pública de ensino em Caruaru. Foram constituídos três corpora: documentos do projeto; entrevistas semi-estruturadas com agentes institucionais; audiogravação de oficinas com estudantes. Os resultados apontam para um processo contínuo (mas, não linear, consensual e sem conflitos) de rompimento com tipos tradicionais de ordem social, onde emerge uma agenda pública advinda da articulação de diferentes forças políticas, na esfera do Estado, da sociedade civil organizada e da escola, que têm buscado, segundo diferentes compreensões em torno do discurso sobre “enfrentamento à violência de gênero”, desenvolver ações educativas que promovam a equidade de gênero na educação e que permitam a construção de um sistema escolar inclusivo, que enfrenta e combate as discriminações contra a mulher. Em oposição à construção e implementação daquela agenda, outras forças políticas se articularam em torno do discurso sobre “ideologia de gênero” procurando, por ação ou omissão, inviabilizar ou restringir a do projeto Lei Maria da Penha vai à Escola. Revelando assim, um momento de deslocamento, que desafia a construção de novos posicionamentos pela escola em torno do enfrentamento à violência contra a mulher. / The attention around gender relations historically appears skewed by concepts that reinforce the asymmetry of power and encourage the exclusion of women from the public space, restricting their role in the context of family and care for the other. This patriarchal culture serves as aegis for violence against women, girls and adolescents, which has become pandemic in Brazil. Since the last century, feminist movements have articulated in the fight for equal rights civil, political, economic and social between genders, which forced international organizations, countries and states to build a political and legislative agenda oriented by the principles of social justice. In this context, we highlight a number of normative frameworks, including the Maria da Penha Law, promulgated in Brazil in 2006, which provides social, preventive, protective and repressive actions, highlighting the realization of educational campaigns and the inclusion of gender equity content in the school curriculums. This study analyzed the configuration of the "Maria da Penha Law Project Goes to School" and their reception by the students of the public school network in Caruaru. Were built three corpora: project documents; semi-structured interviews with institutional agents; audio recording workshops with students. The results point to a continuous process (but not linear, consensus and without conflicts) to break with traditional types of social order, which emerges a public agenda arising out of articulation of different political forces in the state sphere, civil society organizations and the school, who have sought, according to different understandings about the discourse on "confrontation of gender violence", develop educational actions promote gender equality in education and to allow the construction of an inclusive school system, it faces and combat discrimination against women. In opposition to the construction and implementation of that agenda other political forces were articulated around the discourse on "gender ideology" searching, by act or omission, derail or restrict the Maria da Penha Law Project Goes to School. So revealing a moment of displacement, which challenges the construction of new placements by the school around combating violence against women.
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Violência de gênero e educação: nas malhas e tramas discursivas de documentos de domínio públicoPontes de Mello, Rodrigo 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / A presente dissertação é um exercício reflexivo que enfoca a violência contra a mulher como um problema social significativo, no contexto atual de implementação da Lei Maria da Penha , que surge como um instrumento legal, visando coibir a violência contra mulheres em território nacional. Obviamente que esse instituto legal permeia todas as relações humanas e institucionais, sendo que, em alguns momentos, é enfatizada sua intervenção direta, a partir de campanhas educativas, inclusive através de instituições educacionais. Nesse sentido, esse trabalho analisa a violência contra mulher, através de documentos de domínio público, no campo da educação. Para isso, escolhemos e analisamos três documentos que elegemos como centrais: A Lei Nº 11.340, de 07 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha); O Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra Mulher, da Secretaria Especial de Política para as Mulheres; e os Parâmetros Curriculares Nacionais, do Ministério da Educação (abordando especificamente o volume que trata da Orientação Sexual). Nas análises objetivamos compreender se e como a noção de educação constitui-se discursivamente em estratégia institucional para enfrentamento da violência contra a mulher no Brasil, ao passo que analisamos o uso da noção de violência contra a mulher em documentos que orientam práticas educacionais formais em âmbito nacional; e o uso da noção de educação em documentos que orientam a política nacional de enfrentamento à violência contra a mulher no Brasil Um trabalho justificado pela necessidade de se desenvolver estudos no campo da educação sobre a violência contra mulher sobretudo com o advento da Lei Maria da Penha contribuindo para o exercício do pensar e desenvolver políticas públicas em educação, no sentido de coibir esse tipo de violência. Trata-se de um trabalho baseado na metodologia qualitativa, que parte da análise de documentos elaborados pela esfera governamental nacional, nos quais consideramos sua importância na produção de sentido que, no caso desses documentos, regimentam práticas humanas e institucionais. Sendo esses documentos analisados a partir dos repertórios discursivos produzidos por eles, procuramos entender como se dão suas construções, considerando a linguagem como ação
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Nem tudo são flores: a (ir)racionalização da violência doméstica contra mulher no agreste da ParaíbaSilva, Allan Jones Andreza 27 October 2016 (has links)
Submitted by ANA KARLA PEREIRA RODRIGUES (anakarla_@hotmail.com) on 2017-09-26T16:31:54Z
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Previous issue date: 2016-10-27 / This work deals with domestic and family violence against women in the 8th Area Public Safety Integrated (8th APSI), located in Mesorregião Agreste of Paraíba State, specifically, based on the inquiry into the constitutive roots of the problem in this region. Therefore, we used the deductive methodological approach, initiated by a historical background on the evolution of women's rights, followed later by theoretical analysis of this form of violence, with a reference intakes of Criminology Critical after Alessandro Baratta, sociology as Pierre Bourdieu and Communication theory Niklas Luhmman, which makes up the theoretical framework that was adopted in research to understand the incidence of violence in the region, which is empirically observed from the criminal data for the years 2014 and 2015 provided by the 4th Battalion of Police Military institution whose constituency that area. Out yet used a functionalist procedural approach, based on the understanding that domestic violence against women in this region need to be analyzed under different approaches, since it is the result of the correlation between various social actions and reactions that systematically interact and is also structurally made up different functionally interconnected elements (patriarchal power, gender differences, symbolic violence, socioeconomic factors, etc.). Thus, we sought to recognize the mechanisms under which operates this form of violence to understand its multiple facets and complexity and thus understand its operation in the investigated environment. / Este trabalho trata sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher na 8ª Área Integrada de Segurança Pública (8ª AISP), situada na Mesorregião do Agreste do Estado da Paraíba, especificamente, partindo da indagação sobre as raízes constitutivas deste problema nesta região. Para tanto, foi utilizada a abordagem metodológica dedutiva, iniciada por uma contextualização histórica sobre a evolução dos direitos femininos, seguindo posteriormente pela análise teórica desta forma de violência, tendo como referenciais os aportes da Criminologia Crítica segundo Alessandro Baratta, da Sociologia conforme Pierre Bourdieu e da Teoria da Comunicação de Niklas Luhmman, os quais compõem o arcabouço teórico que foi adotado na pesquisa para compreender a incidência desta violência na região, a qual é empiricamente observada a partir dos dados criminais referentes aos anos de 2014 e 2015 fornecidos pelo 4º Batalhão de Polícia Militar, instituição que tem como circunscrição a referida área. Fora utilizada ainda uma abordagem procedimental funcionalista, calcada na compreensão de que a violência doméstica contra a mulher nesta região necessita ser analisada sob distintos enfoques, uma vez que é fruto da correlação entre diferentes ações e reações sociais que sistematicamente interagem e também é estruturalmente constituída por diferentes elementos funcionalmente interligados (poder patriarcal, diferenças de gênero, violência simbólica, fatores socioeconômicos, etc.). Desta forma, buscou-se reconhecer os mecanismos sob os quais opera esta forma de violência para compreender suas múltiplas facetas e complexidade e, assim, entender sua operacionalização no ambiente investigado.
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A desumanização em o remorso de baltazar serapião: uma análise da violência dos homens contra mulheres / Dehumanization in the o remorso de baltazar serapião: an analysis of the violence of the men against womenSalles, Penélope Eiko Aragaki 21 March 2018 (has links)
As desigualdades entre os gêneros reforçam uma estrutura social injusta entre os homens e as mulheres, que valida a superioridade de um sobre outro. E, como forma de manutenção de um status ou ordem, atribui poderes desiguais entre eles, com uma distribuição diferente de direitos e deveres. Mesmo em ambientes em que se pressupõe igualdade, é possível encontrar diferença na distribuição do poder. Nas sociedades em que predomina essa desigualdade, a violência contra as mulheres torna-se uma prática recorrente. Tendo isso em vista, o objetivo central da presente pesquisa é investigar como a violência é construída e justificada no romance o remorso de baltazar serapião, do escritor português valter hugo mãe. Pretendemos examinar o tratamento dispensado à figura feminina pelo narrador-protagonista, a partir das situações em que a violência contra a mulher ocorre no romance e analisar o seu posicionamento diante disso. Apesar de tratar-se de uma obra contemporânea, publicada em 2006, o enredo evoca um período distante no tempo, que se assemelha à Idade Média, já que remete a relações entre senhores e servos, relações em que a concepção de igualdade social entre os sujeitos não existia. Apesar de muitas práticas violentas não serem consideradas crimes, acreditamos que seja importante para nossa pesquisa compreender e analisar essas situações de violência. Espera-se, com esta dissertação, contribuir tanto aos estudos de Literatura Portuguesa quanto, especificamente, aos estudos do premiado romance de valter hugo mãe, e ampliar as reflexões sobre a permanência da violência de gênero na sociedade contemporânea, possibilitada pelo enfoque dado à questão em o remorso de baltazar serapião. / Gender inequalities reinforce an unfair social structure between men and women, which validates the superiority of one over the other. Also, as a way of maintaining a status or order, it attributes unequal powers between them, with different distributions of rights and duties. Even in environments where equality is assumed, it is possible to find some difference in the distribution of power. In societies where this inequality prevails, violence against women becomes a recurring practice. Keeping this in mind, the main objective of the present research is to investigate how violence is constructed and justified in the novel o remorso de baltazar serapião by the Portuguese writer valter hugo mãe. We intend look through the treatment given to the female figure by the narrator-protagonist, from situations in which violence against woman occurs in the novel and analyze its position taking this into account. Although it is a contemporary work, published in 2006, the plot evokes a period distant in time, that reminds the Middle Ages, since it refers to relations between masters and servants, relations in which the conception of social equality between subjects did not exist. While many violent practices are not considered crimes, we believe that it is important, on behalf of our research, to understand and analyze these situations of violence. It is expexted that this dissertation will contribute not only to studies in Portuguese Literature, but also, and specifically, to studies on the awarded novel by valter hugo mãe, and to expand the reflections upon the continuance of gender violence in contemporary society, made possible by the focus given to the issue in o remorso de baltazar serapião.
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