Spelling suggestions: "subject:"violência contra as mulheres"" "subject:"iolência contra as mulheres""
21 |
A produção de justiçaGarcia, Ísis de Jesus January 2016 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2016-09-20T04:40:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1
340699.pdf: 2416174 bytes, checksum: 7dc3754981b7b26b0f83679120d3f9c1 (MD5)
Previous issue date: 2016 / Este trabalho tem como objetivo descrever os processos de judicialização da violência de gênero a partir da Lei n.º 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, por meio de uma pesquisa de campo realizada no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (JVDFM), em uma cidade do Estado de Santa Catarina, no período compreendido entre junho de 2012 e novembro de 2013. A partir da descrição das audiências de ratificação, foi possível identificar uma escassez de direito . Por outro lado, nas audiências de instrução e julgamento havia um excesso de direito . Entre escassez de direito e excesso de direito , foi possível perceber uma lacuna na produção de justiça, que trata do amálgama entre direito, Justiça, LMP e política. Essa lacuna apontava para as possibilidades do direito e para as impossibilidades da Justiça. A Justiça só é possível enquanto experiência de uma aporia, ou seja, enquanto experiência ela é possível; trata-se de uma busca, de traçar um caminho. No entanto, enquanto aporia, ela evidencia que a Justiça é impossível, pois não é suficiente para uma plena satisfação. A produção de justiça nas audiências de ratificação e nas audiências de instrução e julgamento demonstrou que não será por meio da LMP que será obtida a Justiça. Isso não quer dizer, todavia, que não se deva reivindicar a concretização da LMP.<br> / Abstract : This work aims to describe the judicialization processes of gender-based violence under the law No. 11.340/2006, known as Law Maria da Penha (Lei Maria da Penha) by means of a field research carried out in the Courts of Domestic and Family Violence against Women (Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher JVDFM) in a city of the State of Santa Catarina, in the period from June, 2012 to November, 2013. Based on the description of the ratification hearings it was possible to identify a shortage of law , whereas in the instruction hearings there was an excess of law . Between shortage of law and excess of law it was possible to identify a gap in the production of justice involving the mixture of law, Justice, the LMP law and politics. This gap pointed to the possibilities of the law and the impossibilities of justice. Justice is only possible as the experience of an aporia, that is, as experience; it is a search for a way. However, as an aporia, it makes the impossibility of justice obvious, for it is not enough in the search of full satisfaction. The production of justice in the ratification and instruction hearings showed that justice cannot be obtained through the LMP. This does not mean, however, that the implementation of the LMP should not be sought.
|
22 |
"Ameaçada e sem voz, como num campo de concentração"Sena, Ligia Moreiras January 2016 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2017-01-24T03:13:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1
343425.pdf: 1660306 bytes, checksum: 1bd2c3c7fdb4f6f65552ee6115e61247 (MD5)
Previous issue date: 2016 / Introdução - O processo de medicalização faz com que o controle médico e científico represente uma forma de controle por meio da anulação do sujeito e de sua subjetividade. A medicalização de eventos tão naturais quanto a gestação e o parto, transformando-os em eventos institucionalizados, tecnológicos, científicos e industrializados, retirou da assistência à gestante, parturiente e puérpera o caráter subjetivo do cuidado para dar lugar à sua anulação, silenciamento, opressão e violências das mais diversas formas. Atualmente, no Brasil, um quarto das brasileiras que vivem partos normais são vítimas de violência em maternidades, a violência obstétrica. Objetivo - Descrever e analisar a experiência de violência obstétrica em maternidades brasileiras a partir de relatos de mulheres entrevistadas via internet, bem como compreender tais experiências tendo como referência o processo de medicalização da gestação e do parto, identificando práticas consideradas como violentas, profissionais da assistência envolvidos, associação entre aspectos medicalizantes e ocorrência de violência e consequências sobre a vida das mulheres. Métodos - Pesquisa exploratória, descritiva, com abordagem qualitativa, por meio de questionário semi-estruturado de entrevista, via internet, com mulheres que viveram violência obstétrica, com resultados analisados por meio de análise de conteúdo por categorias temáticas. Resultados - Os dados mostraram que a violência obstétrica está com frequência presente no interior de maternidades, sendo promovida prioritariamente por profissionais que acompanham as mulheres em seus pré-natais, com frequente desrespeito à Lei do Acompanhante e pouco incentivo à amamentação após o parto. Médicos obstetras, auxiliares de enfermagem, enfermeiras e anestesistas aparecem como os principais autores das práticas violentas, manifestas por agressão verbal, negligência, abandono, ameaças, incitação à cesariana contrária à vontade da mulher, desrespeito pela via de parto escolhida, marcação da cesariana sem consentimento, exposição do corpo nu da mulher, desconsideração do plano de parto, manifestação de crueldade, abuso anestésico, arrogância médica, tortura física e psicológica, preconceito de gênero, entre outros, com consequências devastadoras para a vida das mulheres. Conclusões - A violência obstétrica é promovida e favorecida pelo processo de medicalização social, especificamente a medicalização da gestação e do parto, sendo a autonomia da mulher anulada em virtude de interesses médicos e institucionais. A promoção da autonomia da gestante e da parturiente precisa ser restabelecida de maneira multidimensional, com a modificação da estrutura e das relações do cuidado obstétrico, reposicionando profissionais da assistência e reconstruindo as redes de apoio social e técnico, além de esforços na reconstrução do sistema, de forma a privilegiar estratégias e ambientes que favoreçam a desmedicalização do parto.<br> / Abstract : Introduction - The process of medicalization has as a result the scientific and medical controls representing a way of control by the annulment of the subject and its subjectivity. The medicalization of such natural events as pregnancy and labour, turning them into institutionalized, technological, scientifical and industrialized events, has taken the assistence away from the pregnant, parturient and puerperal to be replaced by her annulment, muting, oppression and violence in its most diverse forms. Nowadays, in Brazil, a quarter of the brazilian women who go through natural labour are victims of violence in maternities, the obstetric violence. Objectives - To describe and to analyze the experience of the obstetric violence in Brazilian maternities through the stories of women interviewed over the internet, as well as trying to understand such experiences having as a reference the process of medicalization during pregancy and labour, identifying actions considered as violence, professionals involved, association between medicalization aspects and the occurence of violence and consequences on these women's lives. Methods - Exploratorial and descriptive qualitative research, through semi-estructured interview survey over the internet with women who have experienced obstetric violence, with results analyzed with the content review in thematic categories. Results - Data have showed that obstetric violence is frequently present inside maternities, caused mostly by professionals that follow the women over their prenatal, in frequent disregard to the Federal Law n.11.108 and little motivation to breastfeeding after labour. Obstetrician doctors, nursing assistents, nurses and anesthetists appear as main authors of violent actions expressed as verbal agression, negligence, abandonment, threats, inducing caesarean against the women's will, disrespect with the labour method chosen, booking caesarean without consent, exposure of the women's naked body, no consideration for the labours's plan, cruelty expressions, anesthetic abuse, doctor arrogance, physical and psychological torture, gender prejudice, among others with terrible consequences to women's lives. Conclusions - The obstetric violence is promoted and favored by the process of social medicalization, specifically, the medicalization of pregnancy and labour, having the women's authonomy abrogated due to medical and institutional interests. The promotion of the pregnant's and parturient's autonomy needs to be restaured multidimensionally with the modification of the structure and the relations of obstetric care, repositioning assistence professionals and rebuilding the nets of social and technical care as well as efforts in rebuilding the system in a way to privilege strategies and enviroments in favor of the desmedicalization of labour.
|
23 |
Gênero e violência conjugal : olhares de um sistema de justiça especializadoMagalhães, Nayara Teixeira 21 November 2011 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2011. / Submitted by Alaíde Gonçalves dos Santos (alaide@unb.br) on 2012-06-01T15:52:30Z
No. of bitstreams: 1
2011_NayaraTeixeiraMagalhães.pdf: 1703976 bytes, checksum: 699d5f8cce96de7dd96d1a1892655f52 (MD5) / Approved for entry into archive by Elzi Bittencourt(elzi@bce.unb.br) on 2012-06-02T14:32:57Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2011_NayaraTeixeiraMagalhães.pdf: 1703976 bytes, checksum: 699d5f8cce96de7dd96d1a1892655f52 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-06-02T14:32:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2011_NayaraTeixeiraMagalhães.pdf: 1703976 bytes, checksum: 699d5f8cce96de7dd96d1a1892655f52 (MD5) / O sistema de justiça tem sido alvo de reflexões quanto a sua eficiência e credibilidade frente às demandas e aos questionamentos de mulheres. No contexto dos movimentos feministas para dar visibilidade à violência doméstica, conjugal e familiar, o Estado vem sendo pressionado a criar medidas e espaços especiais para o enfrentamento dessa problemática.A partir desse cenário, essa pesquisa buscou compreender a interação de profissionais que atuam no sistema de justiça especializado do Distrito Federal, composto pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, pelas Promotorias de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e pelos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, com a Lei Maria da Penha, com os estudos de gênero e violência, com sujeitos inseridos em situação de violência, com o Estado e com o próprio sistema de justiça. A pesquisa qualitativa foi dividida em três estudos de caso. A coleta de dados foi feita por meio de entrevistas com delegadas, promotores e juízas. A análise de conteúdo foi utilizada para identificar as percepções pessoais, profissionais, legais, teóricas, estatais e sistêmicas de oito profissionais inseridos (as) nesse sistema. Constatamos que vários (as) profissionais fizeram reflexões críticas sobre a condição da mulher e as desigualdades de gênero presentes nas relações sociais e afetivas. Resquícios da cultura patriarcal, todavia, estiveram presentenas falas em forma de estereótipos, reprodução de mitos e preconceitos. Concluímos que há grandes avanços perceptíveis no sistema de justiça especializado, fato que abre portas para um debate historicamente negligenciado pelo Estado e que ressalta a importância de ampliação desse espaçode atuação. Observamos, contudo, que o percurso de transformação social, de materialização da igualdade e incorporação das demandas feministas, tanto acadêmicas quanto sociais,ainda encontra obstáculos culturais e institucionais muito enraizados. A renovação da forma de pensar e atuar do sistema de justiça demandatempo e ações de formação para sua completa sedimentação. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT / The justice system has been the subject of reflections about its efficiency and reliability towards the demands of women. With the pressures of feminist movements in calling attention to domestic, marital and family violence, the state has been put under pressure to create spaces and special measures to confront this problem. From this scenario, we studied the nuances of the specialized justice system in the Federal District, represented by the Special Police Station for Assistance to Women, Prosecutors Specialized in Domestic Violence against Women and the Courts of Domestic Violence against Women. Through interviews with chief of police investigation, prosecutors and judges, we studied, using the method of content analysis and case study, the personal, professional, legal, theoretical, public and systemic perceptions of eight professionals inserted in the system. We aim to understand the interaction of these people with the Maria da Penha Law, with studies of gender and violence, with individuals in situation of violence, with the state and with the justice system itself. We were able to identify some critical reflections on the status of women and gender inequalities in social and affective relations. Some remnants of patriarchal culture, however, were present in the form of stereotypes, myths and prejudices. We conclude that there are major advances in the specialized justice system, which opens doors to a debate that has been historically neglected by the state and emphasizes the importance of the enlargement of this space. We noted, however, that the path of social transformation, the materialization of equality and the inclusion of feminist academic demands still find obstacles that are deeply rooted in culture and institutions, which require time for complete sedimentation.
|
24 |
Feminicídios e patriarcado : produção da verdade em casos de agressores autoridades da segurança e defesa do EstadoCosta, Bruna Santos 27 March 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Programa de Pós-Graduação em Direito, 2017. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2017-07-26T14:04:32Z
No. of bitstreams: 1
2017_BrunaSantosCosta.pdf: 771197 bytes, checksum: 958968f2f2f9d51a94e6aa1a5dbc6201 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2017-08-23T21:45:50Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2017_BrunaSantosCosta.pdf: 771197 bytes, checksum: 958968f2f2f9d51a94e6aa1a5dbc6201 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-23T21:45:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2017_BrunaSantosCosta.pdf: 771197 bytes, checksum: 958968f2f2f9d51a94e6aa1a5dbc6201 (MD5)
Previous issue date: 2017-08-23 / A presente pesquisa foi realizada em arquivo composto por processos de feminicídios cometidos por agentes de segurança e defesa do Estado, ocorridos no Distrito Federal, entre 2006 e 2011. Além de casos envolvendo policiais civis, militares, rodoviários federais, foram incluídos os casos de bombeiros militares e agentes do exército. O objetivo da pesquisa foi problematizar como a engrenagem punitiva produziu a verdade dos feminicídios, nos casos que envolveram agentes de segurança e defesa do Estado. A pergunta de pesquisa que guiou a minha análise foi: como foi produzida a verdade dos feminicídios quando cometidos por agentes de segurança e defesa do Estado? A verdade foi compreendida pela forma como as práticas judiciárias penais construíram, articularam e reconheceram os feminicídios em estudo. Como resultado, concluo que a verdade dos feminicídios foi produzida pelas práticas judiciárias sob uma moral patriarcal e a profissão dos agressores foi levada em consideração apenas para torná-los indivíduos perigosos. Isso mostra que há resistência em ampliar a discussão sobre violência doméstica e familiar contra as mulheres para além do espaço doméstico. / The present research was based on an archive composed of processes of feminicide committed by State security and defense agents, which took place in the Distrito Federal between 2006 and 2011. In addition to cases involving civil police, military police, and federal police, was included cases of military firefighters and army officers. The objective of the research was to problematize how the punitive gear produced the truth of feminicides, in the cases that involved the agents of security and defense of the State. The research question that guided my analysis was: how was the truth of feminicides produced when committed by state security and defense agents? The truth was understood by how the judicial practices constructed, articulated, and recognized the feminicides under study. As a result, I concluded that the truth of feminicides was produced by judicial practices under patriarchal morality and the profession of aggressors was taken into account only to make them dangerous individuals. This shows that there is resistance in broadening the discussion on domestic and family violence against women beyond domestic space.
|
25 |
A violência de raça e gênero em romances afro-americanos contemporâneos : (im)possibilidades narrativas em Barbara Chase-RiboudMuniz, Dayse Rayane e Silva 29 August 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Programa de Pós-Graduação em Literatura, 2017. / Submitted by Gabriela Lima (gabrieladaduch@gmail.com) on 2017-11-29T12:20:57Z
No. of bitstreams: 1
2017_DayseRayaneeSilvaMuniz.pdf: 1836815 bytes, checksum: 108deb4cf964e3499214c7c9141c2f4e (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana (raquelviana@bce.unb.br) on 2018-01-23T20:31:58Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2017_DayseRayaneeSilvaMuniz.pdf: 1836815 bytes, checksum: 108deb4cf964e3499214c7c9141c2f4e (MD5) / Made available in DSpace on 2018-01-23T20:31:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2017_DayseRayaneeSilvaMuniz.pdf: 1836815 bytes, checksum: 108deb4cf964e3499214c7c9141c2f4e (MD5)
Previous issue date: 2018-01-23 / A produção intelectual das mulheres negras tem sido silenciada e invisibilizada na literatura tradicional. Na contemporaneidade, essas mulheres estão escrevendo suas próprias narrativas, que ressignificam representações estereotipadas e preconceituosas de seus povos, a partir de uma produção literária inovadora e resiliente, buscando dar voz, através da literatura, a sujeitos e histórias ignorados por uma sociedade repleta de preconceitos de raça e gênero. A escritora afro-americana Barbara Chase-Riboud, através da metaficção historiográfica, resgata personagens negras do sexo feminino apagadas pela historiografia tradicional, num trabalho que desafia noções de forma, conteúdo, discurso e poder. Ao trazer o tema da violência através das vozes narrativas de Sally Hemings, Harriet Petit e Sarah Baartman, a autora não apenas traz novas representações dessas mulheres, como o faz a partir de vozes narrativas que empoderam sujeitos marginalizados e excluídos. A representação da violência sexual, simbólica, de gênero e raça é denunciada em narrativas complexas, a serem analisadas através dos estudos de gênero e raça, principalmente dos feminismos negros e da metaficção historiográfica. / The intellectual production of Black women has been silenced and invisibilized in traditional literature. In the contemporaneity, these women are writing their own narratives, giving new meanings to stereotyped and biased representations of their people, from an innovative and resilient literary production, aiming at giving voice, through literature, to individuals who have been ignored by a society full of gender and race prejudices.
The Afro-American writer Barbara Chase-Riboud, through historiografic metafiction, recovers Black female characters erased by traditional historiography, in a work that challenges notions of form, content, discourse and power. When bringing the theme of violence through the narrative voices of Sally Hemings, Harriet Petit and Sarah Baartman, the author not only brings new representations of these women, but does so from narrative voices that empower marginalized and excluded individuals. The representation of sexual, symbolic, gender and race violence is reported in complex narratives, to be analyzed through gender and race studies, mainly the black feminisms, and through historiographic metafiction.
|
26 |
ONGs feministas : conquistas e resultados no âmbito da lei maria da penhaOsandón Albarrán, Patrícia Andréa 05 1900 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciência Política, Programa de Pós-Graduação em Ciência Política, 2010. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-06-13T18:10:32Z
No. of bitstreams: 1
2010_PatriciaAndreaOsandonAlbarran.pdf: 756365 bytes, checksum: d6e9ff7b1702398e961e1cfd4fe1f8c6 (MD5) / Approved for entry into archive by Patrícia Nunes da Silva(patricia@bce.unb.br) on 2016-06-20T13:45:33Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2010_PatriciaAndreaOsandonAlbarran.pdf: 756365 bytes, checksum: d6e9ff7b1702398e961e1cfd4fe1f8c6 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-06-20T13:45:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2010_PatriciaAndreaOsandonAlbarran.pdf: 756365 bytes, checksum: d6e9ff7b1702398e961e1cfd4fe1f8c6 (MD5) / Em 7 de agosto de 2006, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 11.340, mais conhecida como Lei Maria da Penha. Desde que entrou em vigor, no dia 22 de setembro de 2006, a lei configurou-se em uma vitória na luta voltada para o fim da violência contra as mulheres. É preciso destacar também que muitas ações foram realizadas pelo governo, pelas organizações da sociedade civil e pelos organismos internacionais tanto antes, com a finalidade de a lei ser aprovada, quanto depois, para a implementação e o cumprimento da lei. Neste contexto, a presente dissertação tem por objetivo explorar a atuação das organizações não-governamentais (ONGs) feministas e dos movimentos de mulheres no âmbito da Lei Maria da Penha. Tais entidades têm uma história de algumas décadas de construção de advocacy, accountability e de redes de políticas públicas, que trouxeram o avanço dos direitos das mulheres no Brasil. Em particular, os movimentos feministas e de mulheres atuam desde os anos 1970 para dar visibilidade ao fenômeno da violência contra a mulher. Antes da lei, formou-se um consórcio de entidades feministas e de juristas para o estudo e a elaboração de uma minuta de Projeto de Lei integral, que deveria estabelecer formas para a prevenção, punição e erradicação da violência doméstica e familiar contra as mulheres. No processo de aprovação da Lei Maria da Penha, houve um longo caminho para a compreensão de que a violência contra a mulher é um problema gravíssimo, que deve ser enfrentado por toda a sociedade. Além disso, a própria aprovação da lei não implica na garantia de que ela esteja sendo implementada e cumprida. A realização de campanhas, cursos, palestras e o acompanhamento do Orçamento Federal são parte do trabalho contra as práticas de violência, trabalho este que materializa a participação social e política das entidades de mulheres. ________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / On August 7, 2006, President Luiz Inácio Lula da Silva sanctioned Law 11.340/06, known as Maria da Penha Law. Since it came into force on 22 September 2006, the law set up a victory in the fight toward ending violence against women. It is need to highlight too that many actions were carried out by government, civil society organizations and international agencies both before, with the purpose of the law was passed, and then to implementation and enforcement. In this context, this thesis aims at exploring the role of feminist nongovernmental organizations (NGOs) and feminist movements of women in the Maria da Penha Law. These entities have a history of several decades of building advocacy, accountability and public policy networks, which brought the advancement of women's rights in Brazil. In particular, the feminist movement and women's work since the 1970s to bring visibility to the phenomenon of violence of women. Before the law, formed a consortium of feminist organizations and lawyers to study and draw up a draft Bill in full, should establish ways to prevent, punish and eradicate domestic violence against women. In the process of approval of the Maria da Penha Law, a long way to understanding that violence against women is a serious problem that must be faced by any society. More over, the passage of the Law itself does not imply a guarantee that it is being implemented and enforced. The campaigns, courses, lectures and monitoring of Federal Budget is part of the work against the practice of violence, in a work that embodies the social and political participation of women's organizations.
|
27 |
A palavra da mulher : práticas de produção de verdade nos serviços de aborto legal no BrasilDios, Vanessa Canabarro 22 July 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2016. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2016-08-25T13:30:14Z
No. of bitstreams: 1
2016_VanessaCanabarroDios.pdf: 1459567 bytes, checksum: b34b5da0c717bd0f06cebdafd79ae806 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-09-26T16:12:50Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2016_VanessaCanabarroDios.pdf: 1459567 bytes, checksum: b34b5da0c717bd0f06cebdafd79ae806 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-09-26T16:12:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2016_VanessaCanabarroDios.pdf: 1459567 bytes, checksum: b34b5da0c717bd0f06cebdafd79ae806 (MD5) / Esta é uma pesquisa sobre como se constrói a verdade do estupro para que a mulher que se apresenta como vítima de violência sexual tenha acesso ao aborto legal no Brasil. Foram entrevistados 82 profissionais de saúde de cinco serviços de referência para aborto legal, um de cada região do país, entre médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, assistentes sociais e psicólogos. Um roteiro semiestruturado composto por 15 perguntas guiou a entrevista. Por meio das entrevistas busquei compreender procedimentos e práticas a que a mulher é submetida para ter acesso ao aborto legal. Apesar de particularidades na organização e no funcionamento dos serviços, identifiquei um regime compartilhado de suspeição à narrativa da mulher que se expressa por práticas periciais em torno do acontecimento da violência e da subjetividade da vítima. O testemunho, a confissão, o inquérito e o exame refletem os eixos analíticos que movimentaram as práticas periciais. A verdade do estupro para o aborto legal não se resume à narrativa íntima e com presunção de veracidade, conforme previsto pelas normas técnicas do Ministério da Saúde. É uma construção moral e discursiva produzida pela submissão da mulher e dos serviços a uma ordem patriarcal vigente. ______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The research examines how the truth about rape is constructed, so women who present themselves as victms of sexual violence may access legal abortion in Brazil. The survey interviewed 82 health professionals in five legal abortion reference services, one in each region of the country. Medical doctors, nurses, nursing assistants, social workers and psychologists were interviewed in a 15 items semi-structured questionnaire. My goal was to assess procedures and practices women were submitted to access legal abortion. In spite of particularities in the organization and functioning of the services, I identified a shared regimen of suspicion around the narratives of women. This is put in practice by means of forensic procedures on the act of violence and on the victm’s subjectivity. The witnessing, the confession, and the examinations reflect the analytical axis that move the forensic procedures. Contrary to what the technical norms of the Ministry of Health state, the truth about rape for the legal abortion is not limited to the personal narrative and presumption of truthiness; it is a moral and discursive construction produced by the submission of women and of the services to a ruling patriarchal order.
|
28 |
Representações sociais de mulheres sobre violência contra a mulher nas relações conjugais na cidade de Maputo, MoçambiqueMateus, Aniceto 19 December 2015 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações, 2015. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2016-01-19T14:09:05Z
No. of bitstreams: 1
2015_AnicetoMateus.pdf: 1573229 bytes, checksum: dd8793cffab6b4b39cd37ac495200d12 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2016-02-04T14:57:15Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2015_AnicetoMateus.pdf: 1573229 bytes, checksum: dd8793cffab6b4b39cd37ac495200d12 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-02-04T14:58:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2015_AnicetoMateus.pdf: 1573229 bytes, checksum: dd8793cffab6b4b39cd37ac495200d12 (MD5) / Este trabalho se propôs a compreender as representações sociais de mulheres sobre violência conjugal contra a mulher, construídas e compartilhadas no contexto das relações conjugais, evidenciando os processos psicossociais e culturais que possibilitam sua construção e os conteúdos que as compõem. Vários estudos têm associado com frequência a violência conjugal contra a mulher a fatores como pobreza, desemprego, baixa escolaridade, consumo de álcool, múltiplos parceiros e maior número de filhos. Todavia, são escassos os estudos, como o aqui proposto, que enfatizam determinantes êmicos, que incluem crenças, valores, atitudes e normas socialmente construídas, compartilhadas e fortemente ancorados na cultura. Da mesma forma, estudos sobre representações sociais da violência conjugal contra a mulher, focando possíveis consensos e variações within e between groups não foram encontrados na literatura científica examinada. O estudo é sustentado pela Teoria das Representações Sociais, quadro teórico inscrito na psicologia social e destinado ao estudo de diversos fenômenos psicossociais nas sociedades modernas. Esta teoria parte do pressuposto que os fenômenos sociais e psicológicos só podem ser adequadamente entendidos se examinadas, também, as condições históricas, culturais e macrossociais em que foram produzidos. Participaram do estudo 120 mulheres (60 das quais em união estável e outras 60 separadas), as quais preencheram um questionário de evocação. Também foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 12 mulheres, 6 de cada grupo. Os dados coletados pelo questionário foram analisados com recurso ao software EVOC (Ensemble de Programmes Permettant l’Analyse des Évocations) e o material das entrevistas foi processado pelo ALCESTE (Analyse des Lexèmes Co-occurents dans les Énnoncés Simples d’um Texte). Os resultados mostram que as representações de mulheres em união estável sobre a violência conjugal contra a mulher estão estruturadas em torno dos elementos casamento, família e ciúme, demarcando um campo representacional ancorado nas instituições sociais. Houve também forte presença de conteúdos relativos à justificação da violência, demonstrando atitudes de minimização da violência sofrida e sobrevalorização de aspetos afetivos, familiares e socioculturais. As representações de mulheres separadas sobre esta forma de violência estão organizadas em torno dos elementos sofrimento, machismo e humilhação, e expressam significações negativas sobre esta forma de prática. Foi notável também o esforço de autolibertação das amarras sócio normativas e a consequente ressignificação de valores, com claros sinais de busca de autonomia pelas mulheres que participaram desta pesquisa. / This study aimed to understand social representations of women about marital violence against women, built and shared in the marital relations context, highlighting the psychosocial and cultural processes which enable its construction and content that make up. Several studies have associated frequently marital violence against women to factors such as poverty, low education, unemployment, alcohol consumption, multiple partner and more children. However, there are few studies, such as proposed here, that emphasize emic determinants, including beliefs, values, attitudes and social norms built, shared and strongly anchored in the culture. Similarly, studies about social representations of marital violence against women, focusing on possible consensus and variations within and between groups were not found in the examined literature. Social Representations Theory supported this study, sinse it´s a theoretical framework enrolled in social psychology to study several psychosocial phenomena in modern societies. It maintains that social and psychological phenomena can only be properly understood if we considered also historical, cultural and macro-social conditions in which they were produced. 120 women (60 of them in stable unions and other 60 separate) participated in this study, which completed an evocation questionnaire. Semi-structured interviews with 12 women selected from the total number, 6 in each group, were also held. Data collected by questionnaire were analyzed using the software EVOC (Ensemble de Programmes Permettant l’Analyse des Évocations) and the material from interviews was processed using ALCESTE (Analyse des Lexèmes Co-occurents dans les Énnoncés Simples d’um Texte). Results show that representations of women in stable relations, about marital violence against women are structured around marriage, family and jealousy elements, marking a representational field anchored to social instituitions. There was also a strong presence of contents about justification of violence, showing up attitudes of minimization of the suffered violence and overvaluation of affective, family and socio-cultural, aspects. Separated women representations about thid form of violence are organized around suffering, machismo and humiliation elements, and they express negative significations about this type of practice. It was notable also efforts of self-liberation of socio-normative moorings and the consequent redefinition of values, with clear signs of search for autonomy by the women who participated in this research.
|
29 |
A propaganda é a alma (arbitrária) do negócio : violência simbólica e discriminação contra as mulheres na publicidade brasileiraTeixeira, Deice Silva 09 June 2014 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Programa de Pós-Graduação em Direito, 2014. / Submitted by Ana Cristina Barbosa da Silva (annabds@hotmail.com) on 2014-10-23T19:31:34Z
No. of bitstreams: 1
2014_DeiceSilvaTeixeira.pdf: 2603551 bytes, checksum: 20c5ebfbc4d62725286858b980dc65c9 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2014-11-13T14:00:53Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2014_DeiceSilvaTeixeira.pdf: 2603551 bytes, checksum: 20c5ebfbc4d62725286858b980dc65c9 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-11-13T14:00:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2014_DeiceSilvaTeixeira.pdf: 2603551 bytes, checksum: 20c5ebfbc4d62725286858b980dc65c9 (MD5) / Esta dissertação aborda o tema da violência simbólica contra as mulheres e a dominação masculina verificadas no conteúdo de propagandas televisivas. A base teórica está fundamentada na obra de Pierre Bourdieu, notadamente na abordagem do autor sobre a teoria da reprodução, violência simbólica e o poder simbólico. O enfrentamento da violência contra as mulheres é feito pelos direitos humanos por meio de tratados internacionais e regionais e também pela Constituição brasileira atual, que proíbe qualquer tipo de discriminação e iguala em direitos homens e mulheres. O objetivo é compreender de que forma a propaganda brasileira contribui para reproduzir a discriminação contra as mulheres utilizando a violência simbólica no argumento de suas peças publicitárias. A análise das propagandas selecionadas mostra que as propagandas reafirmam a posição inferior das mulheres em relação aos homens, fazem isso através de mecanismos sutis de diferenciação e apresentam a realidade como construidora de identidades e reafirmadora da ordem social desejada, a masculina. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This study is about symbolic violence against women and male domination verified among television advertisements. The theoretical basis is based on the work of Pierre Bourdieu, especially in the author's approach on the theory of reproduction, symbolic violenceand symbolic power. The confrontation of violence against women is made by human rights through international and regional treaties and also by current Brazilian Constitution, which prohibits any kind of discrimination and equal rights for men and women. The goal is tounderstand how the Brazilian advertising contributes to reproduce discrimination against women using the symbolic violence in their advertisements argument. The analysis of the selected advertisements shows that advertisements reaffirm the inferior position of women inrelation to men, do so through subtle mechanisms of differentiation and present reality as maker of identities and reaffirmer of the desired social order, male.
|
30 |
A formação pessoal de psicólogos/as e o trabalho com violência doméstica contra a mulherGuimarães, Maisa Campos 29 April 2014 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento, Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde, 2014. / Submitted by Ana Cristina Barbosa da Silva (annabds@hotmail.com) on 2014-10-29T15:51:58Z
No. of bitstreams: 1
2014_MaisaCamposGuimaraes.pdf: 1199988 bytes, checksum: f372dc7e7138c685089e4629b74ae926 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2014-10-29T17:10:18Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2014_MaisaCamposGuimaraes.pdf: 1199988 bytes, checksum: f372dc7e7138c685089e4629b74ae926 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-10-29T17:10:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2014_MaisaCamposGuimaraes.pdf: 1199988 bytes, checksum: f372dc7e7138c685089e4629b74ae926 (MD5) / Este trabalho discute sobre violência doméstica contra a mulher e o trabalho da Psicologia, com foco na práxis e na formação pessoal de psicólogos/as. A pesquisa fundamenta-se a partir de compreensões sócio-históricas e psicanalíticas sobre violência, gênero, Psicologia e o desenvolvimento humano. Buscamos construir reflexões que perpassem questões éticas, políticas e sociais da práxis psicológica. Nosso objetivo foi fazer uma análise das práticas profissionais de psicólogos/as que atuam com situações de violência doméstica contra a mulher e refletir sobre a formação pessoal e profissional do/a psicólogo/a. A pesquisa foi desenvolvida com oito psicólogos/as que trabalham no Serviço de Atendimento a Famílias em Situação de Violência (SERAV) do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Pressupostos metodológicos de caráter qualitativo orientaram esta pesquisa participante inspirada no método do Grupo Balint. Foram realizados cinco encontro em grupo que propiciaram espaços de fala e escuta sobre angústias profissionais e pessoais relacionadas a esse trabalho. Os/as participantes apresentaram diversas angústias e discutiram as que mais os mobilizavam. Destas, destacaram-se: o cuidado com o profissional; formas de lidar com os sentimentos gerados pelo trabalho com violência; as influências desse trabalho nas dimensões pessoais; e as repercussões das questões de gênero em suas vivências. Identificamos a importância de espaços na prática profissional de psicólogos/as para formação pessoal. Defendemos que o Grupo Balint é um espaço possível para essa formação por pensar nessa práxis e por conseguir acolher as ambiguidades próprias do trabalho com violência doméstica contra a mulher. Acreditamos assim na contribuição dessa pesquisa para a prática e a formação de psicólogos/as no trabalho com violência.
_______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This paper discusses domestic violence against women and the work of psychology, with a focus on the praxis and personal forming of psychologists. The research is based from socio-historical and psychoanalytic understandings about violence, gender, psychology and human development. We seek to build reflections that pervade ethical, political and social issues of psychological praxis. Our goal was to analyze the professional practices of psychologists working with situations of domestic violence against women and reflect about the personal and professional forming of psychologists. The research was conducted with eight psychologists working in the Serviço de Atendimento a Famílias em Situação de Violência (SERAV) of the Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Qualitative methodological assumptions guided this participatory research inspired by the Balint Group method. Five meetings were conducted in group, providing opportunities for speaking and listening on professional and personal anxieties related to this work. The participants presented various anxieties and discussed the ones that most mobilized them. Of these, stood out: the care with the professional; ways of dealing with the feelings generated by working with violence; the influences that work in personal dimensions; and the impact of gender on their experiences. We identified the importance of spaces in the professional practice of psychologists for personal forming. We argue that the Balint Group is a potential space for such formation, for thinking this praxis and for sheltering the ambiguities of the work with domestic violence against women. So we believe in the contribution of this research for practice and forming of psychologists in working with violence.
|
Page generated in 0.2126 seconds