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A influência da mata nativa na diversidade e abundância de abelhas polinizadoras de cajueiros (Anacardium occidentale L.) em plantios comerciais / The influence of native forest in the diversity and abundance of pollinating bees of cashew (Anacardium occidentale L.) in commercial plantations

Rocha, Epifânia Emanuela de Macêdo January 2013 (has links)
ROCHA, E. E. M. A influência da mata nativa na diversidade e abundância de abelhas polinizadoras de cajueiros (Anacardium occidentale L.) em plantios comerciais. 2013. 70 f. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) - Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2013. / Submitted by Daniel Eduardo Alencar da Silva (dealencar.silva@gmail.com) on 2014-12-10T19:25:43Z No. of bitstreams: 1 2013_dis_eemrocha.pdf: 2078409 bytes, checksum: 2aae657c70f0df487a8413ea8c1d810e (MD5) / Approved for entry into archive by José Jairo Viana de Sousa(jairo@ufc.br) on 2016-03-18T23:22:13Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2013_dis_eemrocha.pdf: 2078409 bytes, checksum: 2aae657c70f0df487a8413ea8c1d810e (MD5) / Made available in DSpace on 2016-03-18T23:22:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2013_dis_eemrocha.pdf: 2078409 bytes, checksum: 2aae657c70f0df487a8413ea8c1d810e (MD5) Previous issue date: 2013 / This study aimed to understand the abundance, diversity and frequency of bees visiting flowers in cashew tree growing areas near and far from commercial native forest. The research was conducted during the blooming season in 2012, from August to November in commercial orchards in the city of Horizonte, Ceará. The methodology consisted in marking five different gradients of distance (40m, 80m, 120m, 160m and 200m) in all 10 areas to perform and record count of floral visitors in 500 panicles during transect conducted at six different times (7h, 9h, 11h, 13h, 15h and 17h), and captured with an insect net in six selected trees, five minutes at each cashew tree in an area of 25m x 50m. We collected 368 flower visitors among social bees (331), solitary bees (21) and other species (16) floral visitors in panicles of cashew. The relationship between insect abundance and time of collection reveals that for all bees collected, the hours of 7h and 9h of the morning were those with the greatest abundance of insects visiting the flowers of cashew mainly of stingless bees. The frequency of flower visitors in 500 cashew flowering panicles in the months, both in areas with native vegetation as no native forest, did not vary according to the period of flowering (p>0.05), just as there was no significant difference (p>0.05) in the mean number of bees compared the different distances during the counts in areas with native forest fragment and native forest without. Social bees were the most abundant group and among them 176 were Apis mellifera and 159 stingless bees. Solitary bees were poorly represented and Centris spp. and Xylocopa (Neoxylocopa) cearensis were seen only in a few areas showing no significant effect (p>0.05) on the site (with or without native forest), area, time and day of collection. We conclude from this study that the presence of native forest fragment near the edge of culture, did not influence the abundance of floral visitors on selected distances, however the existence of remnant native forest near the cashew trees, allowed to remain in social bees growing areas during the flowering period, mainly at times when the flowers of cashew are more receptive to pollination. / Este trabalho teve como objetivo conhecer a abundância, diversidade e frequência das abelhas visitantes florais em áreas de cultivo de cajueiro comercial próximo e longe de mata nativa. A pesquisa foi realizada de agosto a novembro de 2012, em pomares comerciais no município de Horizonte, Ceará. A metodologia constou na marcação de cinco diferentes gradientes de distância (40m, 80m, 120m, 160m e 200m) da mata nativa em 10 áreas de cultivo de cajueiro anão precoce para a contagem e registro dos visitantes florais observados em 500 panículas durante o percurso de transectos realizado em seis horários distintos (7h, 9h, 11h, 13h, 15h e 17h) a cada 15 dias . Além disso, eram realizadas coletas com rede entomológica em seis árvores selecionadas, cinco minutos em cada árvore, em área de 25m x 50m. Foram coletadas 368 visitantes florais entre abelhas sociais (331), abelhas solitárias (21) e outras espécies (16) visitantes florais nas panículas do cajueiro. A relação entre a abundância de insetos e horário da coleta revela que para todas as abelhas coletadas, os horários de 7h e 9h foram os que apresentaram a maior abundância de insetos visitando as flores do cajueiro, principalmente de meliponíneos. A frequência de visitantes florais do cajueiro em 500 panículas nos meses de floração, tanto em áreas com mata nativa quanto sem mata nativa, não variou em função do período de florada (p>0,05), da mesma forma que não houve diferença significativa (p>0,05) no número médio de abelhas quando comparado as diferentes distâncias durante as contagens nas áreas com mata nativa e sem mata nativa. As abelhas sociais foram as mais abundantes e destas, 176 foram Apis mellifera e 159 meliponíneos. Já as abelhas solitárias foram pouco representadas por coleta, tendo Centris spp. e Xylocopa (Neoxylocopa) cearensis sido vistas somente em algumas áreas de estudo, não apresentando efeito significativo (p>0,05) quanto ao local (com ou sem mata nativa), área, horário e dia de coleta. Conclui-se com esse estudo que a presença do fragmento de mata nativa próxima à borda de cultura, não influenciou na abundância de visitantes florais nas distâncias selecionadas, contudo a existência de remanescentes de mata nativa próximo aos cajueirais, possibilitou a permanência das abelhas sociais nas áreas de cultivo durante todo o período de florada, principalmente nos horários em que as flores do cajueiro estão mais receptivas à polinização.
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Abelhas visitantes florais de Vernonia polyanthes Less (Asteraceae), em Valen?a-RJ / Floral visitor bees of Vernonia polyanthes Less (Asteraceae) in Valen?a-RJ

ALVES, Luis Henrique Soares 26 February 2010 (has links)
Submitted by Jorge Silva (jorgelmsilva@ufrrj.br) on 2017-04-10T18:35:49Z No. of bitstreams: 1 2010 - Luis Henrique Soares Alves.pdf: 520241 bytes, checksum: 165a3d93ee175bf9fd585ae8e76ab2da (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-10T18:35:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2010 - Luis Henrique Soares Alves.pdf: 520241 bytes, checksum: 165a3d93ee175bf9fd585ae8e76ab2da (MD5) Previous issue date: 2010-02-26 / CAPES / Vernonia polyanthes Less. popularly known as ?assa-peixe?, ?assa-peixe branco? or ?cambar??, belongs to the ?Asteraceae? family and it?s very used by the popular medicine on the treatment of coughs, bronchitis, bruises, hemorrhoids, colds and uterine infections. V. polyanthes is very visited by many species of bees, principally by native ones, that look for food resources. Besides the native bees that are responsible for even 90% of pollination of the native vegetables, Apis mellifera looks for food resources in those vegetables too. This specie, was introduced in Brazil during the colonial period. We don?t known yet about the consequences of the introduction of this specie over the native bees communities, once there is little work accomplished with that purpose. This work has an objective of knowing the principal flora visitors of V. polyanthes and the interactions between the bees communities. The work was done in Valen?a municipal district-RJ, in an area with 15 beehives of A. mellifera. Four collections were accomplished with entomological net with 10 minutes of duration in each hour from 08 a.m to 04 p.m, once a week from June to August 2009. It were collected 771 bees from 03 families and 22 species. The more abundant species were A. mellifera, T. spinipes and S. quadripunctata. The social bees represented 98% of the total in relation to lonely ones with only 2%. From the 22 species, A. mellifera and T. spinipes were dominant in the exploration of resources over the other bee species. A great similarity about the exploration of food resources happened between A. mellifera, T. spinipes and S. quadripunctata, possibly for being happening a competition between those species. The low diversity of bees could be influenced by abundant quantity of A.mellifera. This work has found one of the biggest number of melipon?neos species collected in the state of Rio de Janeiro. / Vernonia polyanthes Less. conhecida popularmente por assa-peixe, assa-peixe-branco, cambar?, pertence ? fam?lia Asteraceae e ? muito utilizada pela medicina popular no tratamento de tosses, bronquite, contus?es, hemorr?idas, resfriados e infec??es uterinas. V. polyanthes ? muito visitada por v?rias esp?cies de abelhas, principalmente por abelhas nativas, que buscam recursos alimentares. Al?m das abelhas nativas, que s?o respons?veis por at? 90% da poliniza??o dos vegetais nativos, APIS MELLIFERA BUSCA RECURSOS ALIMENTARES NESSE VEGETAL. Essa esp?cie foi introduzida no Brasil durante o per?odo colonial e ainda n?o se sabe as conseq??ncias da introdu??o dessa esp?cie sobre as comunidades de abelhas nativas, uma vez que s?o poucos os trabalhos realizados com essa finalidade. Esse trabalho possui como objetivo conhecer os principais visitantes florais de V. polyanthes e as intera??es entre as comunidades de abelhas. O trabalho foi realizado no munic?pio de Valen?a-RJ, em uma ?rea com 15 colm?ias de A. mellifera. Foram realizadas quatro coletas com rede entomol?gica com 10 minutos de dura??o em cada hora, das 08 ?s 16 horas uma vez por semana, entre junho e agosto de 2009. Foram coletadas 771 abelhas pertencentes a tr?s fam?lias e 22 esp?cies. As esp?cies mais abundantes foram A. mellifera, T, spinipes e S. quadripunctata. As abelhas sociais representaram 98% do total em rela??o ?s abelhas solit?rias com 2%. Das 22 esp?cies, A. mellifera e T. spinipes foram dominantes na explora??o de recursos sobre as demais esp?cies de abelhas. Ocorreu uma grande similaridade na explora??o de recursos alimentares entre A. mellifera, T. spinipes e S. quadripunctata, possivelmente por estar ocorrendo uma poss?vel competi??o entre essas esp?cies. A baixa diversidade de abelhas pode ter sido influenciada pela abund?ncia de A. mellifera. Esse trabalho encontrou um dos maiores n?meros de esp?cies de melipon?neos coletadas no estado do Rio de Janeiro.
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Ecologia e Biologia da Polinização de Aristolochia gigantea (Aristolochiaceae) Mart. e Zucc.

Sousa, Juliana Hipólito 25 May 2016 (has links)
Submitted by Mendes Eduardo (dasilva@ufba.br) on 2013-07-18T11:09:58Z No. of bitstreams: 1 Juliana Hipólito dissertação.pdf: 2372033 bytes, checksum: c04375fe806a41cb5114510712bae578 (MD5) / Approved for entry into archive by Alda Lima da Silva (sivalda@ufba.br) on 2016-05-25T20:01:20Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Juliana Hipólito dissertação.pdf: 2372033 bytes, checksum: c04375fe806a41cb5114510712bae578 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-05-25T20:01:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Juliana Hipólito dissertação.pdf: 2372033 bytes, checksum: c04375fe806a41cb5114510712bae578 (MD5) / Capes, Cnpq / A literatura clássica em ecologia da polinização baseia-se em uma visão adaptacionista, na qual os polinizadores teriam características especializadas às flores que visitam e essas aos seus polinizadores, sendo essas “adaptações” chamadas síndromes de polinização, onde a habilidade dos polinizadores em acessar as flores seria o foco central dos estudos (Faegri & van der Pijil 1979). Embora essa visão ainda perdure nos estudos atuais (e.g. Hingston & McQuillan 2000, Pérez et al. 2009), pelo fato das síndromes serem bons guias que provêem uma idéia inicial sobre a ecologia da polinização da planta, elas não devem ser utilizadas exclusivamente para desenhar conclusões sem estudos empíricos. As interações entre plantas e polinizadores são amplamente diversas e complexas para serem resumidas em alguns poucos termos, como características fenotípicas das espécies (Ollerton & Watts 2000). Mesmo nas espécies que parecem ter adaptações para tipos particulares de polinizadores, observações detalhadas demonstram a ocorrência de múltiplos visitantes nas flores (Ollerton 1996). Assim, caracteres específicos utilizados para previsão das síndromes, como caracteres florais nem sempre combinam perfeitamente com a morfologia dos polinizadores (Sakai et al. 1999). Complementarmente, a associação da morfologia floral e função das plantas aos caracteres energéticos, morfológicos e comportamentais dos polinizadores, pode não ter relação direta com a origem de adaptações, pois a polinização pode ser realizada relativamente com sucesso mesmo sem uma relação direta histórica com determinado grupo de polinizador, tratando-se muitas vezes de exaptações ao invés de adaptações senso stricto (Herrera 1996). Exaptações, assim, sugerem características que não foram “desenhadas” para determinada função propriamente, mas que existem por outras razões não relacionadas diretamente com pressões seletivas, sendo cooptadas para um novo uso (Gould & Vrba 1982, Sepúlveda 1 & El-Hani 2008). Além da atração por recursos oferecidos pelas plantas, a presença de polinizadores e flutuação destes nas comunidades, muitas vezes é influenciada pelo ambiente físico que age como filtro das comunidades (Sargent & Ackerly 2008), através de características abióticas (Andrieu et al. 2009) como por exemplo, características do micro habitat e/ou microclima (Herrera 1995, Torres et al. 2007) ou até mesmo por fatores em maior escala, decorrentes das mudanças climáticas globais (Torres et al. 2007). Além disso, a composição e a interação da fauna visitante também pode ser reflexo do contexto da paisagem na qual a população está inserida (Steffan-Dewenter et al. 2002, Devoto et al. 2005), revelando interações mais ou menos especializadas (Warren et al. 1988, Kearns 1992, Torres et al. 2007). Assim, mesmo quando muitos caracteres preditos pelas síndromes ocorrem, observam-se variações na fauna visitante, como por exemplo, espécies de plantas com síndrome de polinização noturna sendo mais eficientemente polinizadas por visitantes diurnos (Wolff et al. 2003, Giménez-Benavides et al. 2007), resultado da escassez de polinizadores por pressões ambientais (Wolff et al. 2003). Estudos têm demonstrado que espécies vegetais restritas a um único polinizador mais são exceções do que regra (Waser et al. 1996, Wolff et al. 2003, Sakai et al. 1999). Entretanto, apesar da maioria das espécies receber um espectro amplo de visitantes florais, nem todo visitante é um polinizador eficiente para garantir o mesmo sucesso reprodutivo (Lau & Galloway 2004, Carvalho & Machado 2006), consequentemente, para compreender a complexidade das interações entre flores e visitantes é fundamental avaliar a eficiência dos visitantes florais como polinizadores efetivos. A exploração de recursos florais muitas vezes requer habilidades comportamentais dos polinizadores para detectar sinais e associá-los aos recursos, além de habilidades morfológicas e fisiológicas para explorá-los (Waser et al. 1996), tais aspectos podem influenciar na eficiência do polinizador do ponto de vista da planta relacionado por exemplo, ao tamanho do polinizador (Boggs 1988), do seu aparato bucal (Svensson et al. 1998, Temeles et al. 2000), tempo gasto nas flores (Tepedino 1981, Keys et al.1995, Singh 2008), frequência de visitas (Tepedino 1981, Keys et al.1995), e forrageamento (Carvalho & Oliveira 2003). Essa associação de requerimentos do visitante com a sua capacidade de transporte dos grãos de pólen das plantas podem diferenciar um visitante floral de um polinizador efetivo, ou seja, aquele que realiza visitas legítimas, sem a retirada apenas do recurso, mas contatando as partes reprodutivas da planta possibilitando sua fecundação. Algumas espécies, realmente parecem ter estratégias especializadas que combinam suas estruturas reprodutivas com a capacidade dos visitantes em adquirir os recursos, restringindo a gama de visitantes que podem obter o recurso, e que podem de fato realizar a polinização, como por exemplo, plantas com anteras poricidas (Laporta 2005), grande parte das orquídeas com suas polínias (Weston et al. 2005), espécies do gênero Ficus e vespas (Chalcidoidea, Agaonidae) (Murray 1985), Yucca sp. (Agavaceae) e as larvas de lepidópteros que se desenvolvem em flores que serão polinizadas pelos adultos (Aker & Udovic 1981, Pellmyr & Huth 1994), e flores com mecanismos de armadilhas (Dafni 1984), dentre muitos outros. A especialização de uma planta a determinado grupo de polinizador, pode aumentar o seu sucesso reprodutivo, pois normalmente implica em uma menor perda de pólen (Dafni 1984, Wilcock & Neiland 2002). Por outro lado, morfologias florais mais especializadas, estariam mais sujeitas às variações nos “serviços” de polinização (Waser et al. 1996), ou seja, o seu sucesso reprodutivo correria maior risco decorrente da falha do transporte de pólen pela falta de vetores especializados (Wilcock & Neiland 2002). Variações nos “serviços” de polinização podem estar relacionadas à limitação de polinizadores, pólen e/ou polinização, muitas vezes fruto da pressão antrópica em ambientes naturais (Aizen & Feinsinger 1994, Kearns et al. 1998). Consequências como a diminuição significativa do número de frutos, podem ser observadas (Berjano et al. 2011), assim como influências na dinâmica populacional e viabilidade, com a limitação do recrutamento (Price et al. 2008). A limitação dos “serviços” de polinização, também pode ser consequência do isolamento de populações, decorrente de processos como a fragmentação (Kearns et al. 1998), ou de condições abióticas adversas como populações em locais de altitude na paisagem, que impedem o deslocamento de polinizadores (Eriksen et al. 1993, Arroyo et al. 2006, Pérez et al. 2009). Do ponto de vista do visitante floral, as implicações podem ocorrer em seu comportamento, que normalmente é afetado (Goverde et al. 2002), interferindo nas distâncias de forrageamento e densidades populacionais (Aizen & Feinsinger 1994). Para as plantas, as taxas de polinização são afetadas (Cunningham 2000), reduzindo a aptidão pelo decréscimo no número de óvulos fertilizados, de sementes maduras e de tubos polínicos (Aizen & Feinsinger 1994), aumentando as taxas de intercruzamento e reduzindo a variabilidade genética (Goverde et al. 2002), podendo levar inclusive a extinção de espécies (Lennartsson 2002). Sabe-se, entretanto, que as estratégias das plantas não se limitam apenas às interações com seus polinizadores, pois espécies podem se reproduzir sem a presença de vetores, através de estratégias de autofertilização, em que o pólen de uma mesma planta alcança seu estigma viável, ou através da apomixia, em que o fruto é formado sem a fusão de gametas, com o desenvolvimento do óvulo sem a recombinação de material genético. Muitas espécies combinam mecanismos associados à reprodução por vetores e sem eles, sendo as chamadas estratégias mistas de polinização (Kevan 1984, Goodwillie et al. 2005). Em populações de plantas isoladas, as frequências de polinização devem diminuir tanto pelas distâncias de forrageamento dos polinizadores, quanto pela atração destes que diminui pelas manchas populacionais menores (Kunin 1993, Mustajärvi 2001). Por outro lado, nessas espécies isoladas, com sistemas mistos de polinização, mecanismos de autofertilização são registrados em maior frequência (Eriksen et al. 1993, Arroyo et al. 2006, Pérez et al. 2009). Normalmente, a polinização cruzada, parece ser favorecida quando há a possibilidade desta ocorrer. Diversos são os exemplos de estudos com espécies economicamente importantes demonstrando um incremento da variabilidade genética pela polinização cruzada que resulta em aumento na produção de frutos e sementes (estudos citados em Free 1993, Maccagnani et al. 2003, Almeida et al. 2000) e/ou no maior vigor dos frutos (Alves & Freitas 2007, De Holanda-Neto et al. 2002, Nebel & Trump (1932). Em contraposição às vantagens da polinização cruzada, a auto-polinização, pode reduzir a formação de sementes, produzir sementes inviáveis (Torres & Galetto 2008) e levar a depressão genética (Mahy & Jacquemart 1999, Cheptou et al. 2001). No entanto, estudos têm revelado que em espécies com autogamia parcial ou completa o polimorfismo pode ser mantido (Marshall & Weir 1979), e que espécies com longo histórico de auto-cruzamentos parecem menos susceptíveis aos efeitos da depressão genética, demonstrando adaptabilidade a tal condição (Charlesworth & Charlesworth 1987). Já para plantas que se reproduzem por agamospermia, o polimorfismo genético não é mantido (Marshall & Weir 1979) e em espécies endêmicas ou de distribuição restrita os efeitos da baixa variabilidade genética parecem ser acentuados (Palacios & González-Candelas 1997). Por outro lado, essa estratégia, pode garantir a reprodução eliminando a dependência de polinizadores, aumentando também o potencial de colonização da espécie vegetal (Baker 1955). A ocorrência da polinização cruzada depende de diversos fatores como comportamento e presença de polinizadores e das características estruturais das flores, como cor, recursos e forma, que podem exercer pressões sobre as interações (Ellstrand & Elam 1993). Caracteres como barreiras temporais e espaciais na maturação dos órgãos reprodutivos, parecem auxiliar no favorecimento da polinização cruzada e por vezes no impedimento da autofertilização, já que o depósito de pólen por auto-polinização pode ter custo negativo no sucesso reprodutivo da espécie (Galen et al.1989). Contudo, não ocorrendo a polinização cruzada as plantas têm o benefício da formação de sementes ou frutos que mesmo quando possuem menor vigor garantem sua sobrevivência. A existência de um sistema misto de polinização é, assim, uma importante estratégia, mesmo em plantas especialistas, que apresentam neste sistema um produto de compensação muitas vezes por pressões de um cenário evolutivo em ambientes caracterizados por “serviços” de polinização variáveis, ou seja, habitats imprevisíveis (Pérez et al. 2009). Para Darwin, a existência de flores com morfologias especializadas, como Ophrys apifera, que são auto-fertilizadas, era um grande paradoxo já que seria esperado a ausência de autopolinização espontânea em plantas especializadas, principalmente devido às restrições mecânicas e seu tipo de desenvolvimento, como relatado em seu livro, publicado em 1862 (The various contrivances by wich British and Foreign Orchids are Fertilized by Insects). Atualmente, mais exemplos são encontrados de plantas com morfologias elaboradas ou ditas especializadas, como as orquídeas ou espécies da família Solanaceae, mas que devido às condições ambientais adversas utilizam mecanismos de fertilização que não incluem visitantes florais, embora em alguns casos, como das Solanaceae com anteras poricidas, a taxa de autofertilização seja bastante baixa (Liu et al. 2006, Pérez et al. 2009). As mudanças, ou as explicações para a adaptabilidade, mesmo quando aparentes, contudo, nem sempre são simples, envolvendo em muitos casos questões históricas e evolutivas, associadas à ecologia e à genética das espécies, que nem sempre podem ser acessadas. Assim, questões relativas à aplicabilidade das síndromes de polinização, ao papel da limitação de pólen e/ou polinizadores e ao efeito do isolamento de populações e interferência nos sistemas reprodutivos são grandes paradigmas encontrados na literatura em ecologia da polinização, cujos esforços para entendimento explicam-se na tentativa de entender as relações dentro de diferentes escalas e possíveis rupturas das relações entre plantas e seus polinizadores. Diante disso, a espécie Aristolochia gigantea Mart e Zucc apresenta-se, aparentemente, como excelente modelo para investigações de tais paradigmas nos tempos atuais. Esta espécie pertence à família Aristolochiaceae, grupo de angiospermas basais, que compreende cerca de 500 espécies, a maioria (370 espécies) inclusas no gênero Aristolochia (Judd et al. 2009), de distribuição primaria em regiões tropicais, embora muitas espécies desse gênero também sejam encontradas em ambientes temperados (Lawrence & González 2003). Países particularmente ricos em espécies são México e Brasil que contêm inclusive muitas espécies endêmicas ou de distribuição restrita (González 1998). As flores desta família chamam atenção principalmente pelo seu grande tamanho, sendo consideradas as maiores do mundo, juntamente com as flores de Rafflesia (Endress 1994) e também pela coloração conspícua semelhante a cor de carne, normalmente uma coloração vermelha escura salpicada com manchas brancas. De maneira característica e bem conhecida as flores de Aristolochia são altamente derivadas funcionando como armadilhas para insetos que realizam sua polinização (Knoll 1929 apud Rulik et al. 2008). Embora o gênero seja bastante diverso possui um plano básico floral relativamente estável, formado por um perianto monossimétrico, de simetria zigomorfa com apenas três sépalas unidas em um tubo longo, formando uma armadilha (Endress 1994). Semelhante a ocorrência de um mesmo plano básico, a biologia floral das espécies parece apresentar muitos aspectos em comum. Segundo Bello et al. (2006), o estudo da biologia floral é registrado desde 1923 por Cammerloher, seguido pelos trabalhos de Petch (1924) e Daumann (1959), demonstrando a ocorrência de forte protoginia. Registros da biologia floral juntamente com os de polinização revelam que os insetos são atraídos pela emissão de odores no lobo do perianto no primeiro dia de abertura das flores e as papilas presentes, forçam o caminho para que os insetos não consigam sair e fiquem aprisionados onde o néctar é secretado, no segundo dia onde não mais existe a produção de odor, os estigmas se unem impossibilitando o recebimento de pólen e as anteras se abrem liberando o pólen aos prisioneiros que são libertados (Proctor et al. 1996). O odor nesta família tem papel importante na atração de polinizadores, sendo atribuído a grande parte das espécies estudadas a presença de essências com odor desagradável, semelhante à carne em putrefação (Endress 1994, Proctor et al. 1996). As espécies de Aristolochiaceae têm uma forte relação de polinização com moscas saprófitas, que buscam as flores para depositar seus ovos ou para encontrar um parceiro reprodutivo (Sakai 2002, Rullik et al. 2008, Nakonechnaya et al. 2008). A síndrome descrita para a família é a de sapromiofilia (Faegri & van der Pijil 1979) corroborada aparentemente pela maior parte dos estudos realizados, sendo os dípteros os visitantes predominantes, além de principais polinizadores, pela análise da carga polínica (Costa & Hime 1981, Sakai 2002, Trujillo & Sérsic 2006, Nakonechnaya et al. 2008, Rulik et al. 2008). Contudo, outros visitantes, mesmo que em menor número, são também reportados, pertencentes às famílias Coleoptera, Hymenoptera, Psocoptera, Hemiptera, Neuroptera, Thysanoptera, Lepidoptera (Costa & Hime 1981, Sakai 2002, Burgess et al. 2004, Rulik et al. 2008). A autopolinização dentro de uma mesma flor (autogamia) não ocorre nas flores desta família, já que a protoginia ocorre. No entanto há registros tanto de espécies autoincompatíveis (Burgess et al. 2004) quanto de espécies auto-compatíveis (Trujillo & Sérsic 2006). Para Aristolochia gigantea, estudos são escassos, o único trabalho publicado sobre a biologia da polinização desta espécie foi realizado por Costa & Hime (1981) em planta cultivada no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, ou seja, fora do ambiente natural. Previamente, no primeiro trabalho realizado com a espécie, na qual é feita sua descrição, infere-se como habitat natural o estado da Bahia, embora sem maiores informações sobre municípios e/ou locais (Martius & Zuccarini, 1824). Em trabalhos posteriores, confusões sobre as informações quanto a sua origem e distribuição parecem começar a ocorrer, pois em Barringer (1983) registra-se a ocorrência da planta para as florestas úmidas do Panamá e Brasil Amazônico, embora esse autor registre diferenças no material da América Central e América do Sul, sendo as flores deste último maiores. Já no trabalho de Masters (1869) a origem da planta é atribuída a locais “em montanhas” na Bahia e Minas Gerais. Trabalhos posteriores citam a origem da espécie apenas na Bahia (Bellair & Saint-Léger 1899) e na Bahia e em Minas Gerais (Rodigas 1893, Costa & Hime 1981, Capellari-Junior 1991). Segundo Capellari-Junior (1991) esta espécie ocorre em regiões do bioma caatinga, porém preferencialmente em áreas úmidas como margens de rios, matas secundárias, pastagens e bordas de estradas, e quando cultivada, desenvolve-se bem em qualquer tipo de solo. Talvez por isso haja certa confusão no registro de algumas espécies, como por exemplo, da espécie reportada por Barringer (1983) que deve ser cultivada na Amazônia (Capellari-Junior 1991). Registros de espécies são encontrados em herbários no Brasil como nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, e fora do país na Costa Rica, Panamá e Estados Unidos, embora tais registros sejam atribuídos a espécies cultivadas (Costa & Hime 1981, Capellari-Junior 1991). A contradição nas informações mostra a necessidade de estudos que visem esclarecer a distribuição e origem de Aristolochia gigantea. Uma importante e útil ferramenta para analisar os padrões de distribuição geográfica é a modelagem ecológica de distribuição de nicho. Nesta abordagem, um modelo de nicho ecológico é construído, baseado nos valores de variáveis ambientais (dimensões do nicho) de localidades conhecidas e projetado em um espaço geográfico para a identificação de regiões potenciais para a ocorrência das espécies (Scott et al.2002). A aplicação desta técnica é bastante útil em caracterizar distribuições geográficas baseadas em conjuntos de dados muitas vezes incompletos, como em espécies não estudadas e que podem apresentar erros quanto a sua distribuição (Siqueira et al. 2009). Complementarmente a confusão na distribuição, o odor em Aristolochia gigantea não parece algo bem estabelecido. Capellari-Junior (1991) reportou diferenças nos registros de herbários encontrados referentes ao odor das espécies, pois em notas de plantas na região de origem (áreas de caatinga) as flores desta espécie apresentam odor de carne em putrefação, mas quando cultivadas em São Paulo as flores apresentavam odor semelhante à erva-cidreira. O estudo de Costa & Hime (1981) com a espécie, embora tenha focado apenas em características das flores como morfologia, pigmentos e polinizadores, sem tratar do sistema reprodutivo da espécie registraram seu odor como forte e adocicado, semelhante a frutas em decomposição, mas sem chegar a ser tão desagradável. Poderíamos esperar assim por algumas informações contrastantes que ou há mais de uma espécie dita como Aristolochia gigantea, ou variações podem ocorrer naturalmente na espécie, inclusive no seu odor. Observações prévias realizadas em campo por P.G. Kevan, B. F. Viana e F. O. da Silva, na Bahia, apontaram a existência de odor de citronela nas flores e nenhum visitante floral foi encontrado. Os odores desta espécie são uma mistura bastante complexa, aparentemente o odor de carne em putrefação pode ocorrer dentro do utrículo, mas o odor de citronela é encontrado no perianto (Robert Raguso pers. com.). Seria esperada então, pelo odor de putrefação (não foi observado in situ), a atração por dípteros saprófitos, mas o odor de citronela é associado normalmente como repelente de moscas. Outros visitantes, como as abelhas euglossíneas (Euglossine, Hymenoptera, Apidae) podem ser atraídas por citronela (Dodson et al. 1969, Pearson & Dressler 1985), mas poderíamos também esperar encontrar outros dípteros não saprófitos (Howlett 1912 apud Jang et al. 1997). A distância entre os indivíduos de A. gigantea pode também ser crucial para identificar padrões relacionados à disponibilidade de polinizadores e as estratégias reprodutivas da planta, ou seja, se as espécies estiverem isoladas o bastante para impedir o deslocamento dos polinizadores elas podem estar com altas taxas de autofertilização. Todavia, para acessar a maior parte da variabilidade existente da espécie, além do uso de ferramentas ecológicas, é fundamental o uso de ferramentas genéticas, por proporcionarem mais elementos para análise da estrutura populacional. O uso da genética em trabalhos de ecologia da polinização permite que elementos da história das espécies possam ser reconstruídos, unindo aspectos evolutivos e de mudanças dos grupos de polinizadores ou estratégias de polinização (Reddy et al. 2002, Pérez et al. 2006, Pérez et al. 2009), além disso, estratégias de conservação podem ser suplementadas (Crema et al. 2009). Diante das questões levantadas, da ausência de estudos em ambientes naturais com Aristolochia gigantea e principalmente pela possibilidade da relação desta espécie com uma possível mudança na síndrome de polinização prevista, provavelmente por pressões ambientais como a limitação nos “serviços” de polinização, a presente dissertação tem como objetivo principal prover melhor entendimento da diversidade de mecanismos de polinização e distribuição geográfica no gênero Aristolochia e nas angiospermas basais em geral. Assim, no primeiro capitulo iremos apresentar os resultados das investigações relacionadas ao sistema de polinização de A. gigantea e no segundo o modelo preditivo da distribuição dessa espécie baseada nas características do seu nicho. / Salvador
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Aspectos da biologia floral e da polinização do adubo verde Mucuna pruriens (L.) DC.(Leguminosae, Faboideae)

Santos, Thalita Cristina Silva dos 29 March 2016 (has links)
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The positive highlight this practice results from the proof of the harmful effects of joint-soluble fertilizers with high oil costs and industrial fertilizers. Thus Leguminosae family has been the most used as green manure, as it brings many advantages for both the soil and to the plants. In this family there is the Mucuna pruriens (L.) DC. (Leguminosae, Faboideae) species as one of the most used for this practice. However knowledge about their biology and especially in relation to aspects of floral biology and their pollinators about various species used as green manure are scarce. This study aimed to verify aspects of floral biology and pollination that influence the reproduction of green manure Mucuna pruriens. For this, we inventoried the wealth of floral visitors and pollinators; verified as morphology and floral biology influence the pollinator behavior and/or floral visitor; and analyzed the M. pruriens fertility components through its fruiting rates and seed formation. To study the floral biology flowers were observed as to their flowering time and duration of anthesis. Visa also is change of color in the floral parts and stigmatic receptivity at all stages of flower development. Morphometry of flowers by the material preserved in FAA and in natura was verified. For the morphological and anatomical study of the keel light microscopy and scanning electron microscopy was used. The floral visitors were observed during their foraging activities and made autogamy test for the presence of spontaneous self. For fertility components was observed a difference in fruit development positions in the basal, middle and apical inflorescence and the difference in the formation of seeds in the fruits positions. The M. pruriens flower anthesis have seven days. Are heteroclamídeas with purplish corolla dialipetala and zigomorfa. It is a monoecious plant with androecium and gynoecium diadelfo simple. The gynoecium and androecium are tensioned and confined inside the keel. In Keel apex petals are joined and lignified presenting a membrane that is different from petalar tissue. Were observed individuals Trigona spinipes (Fabr.) (Hymenoptera: Apidae) and Vespidae of individuals presenting looting behavior. There was no significant difference between the number of fruits developed in relation to the position in the inflorescence. Selective abortions occurred at a higher frequency in the basal region of the pods of Mucuna pruriens. Mucuna pruriens, presented characteristics that distinguishes it from other species of the genus, since, it showed no need for pollinators for reproduction by the presence of autogamy. The presence of the membrane in Keel vertex possibly be the difference that provides the reproduction of this species. Before the study of fertility components, it is possible to detect certain reproductive problems. There is a great investment in production M. pruriens little flowers to fruit formation occurring a great loss of energy descent to ensure species. / A adubação verde é considerada uma alternativa viável e sustentável aos solos agrícolas. O destaque positivo dessa prática resulta da comprovação dos efeitos danosos dos adubos solúveis em junção com os elevados custos do petróleo e fertilizantes industriais. Diante disso Leguminosae tem sido a família mais utilizada como adubo verde, pois traz muitas vantagens tanto para o solo quanto para as plantas. Nesta família destaca-se a espécie Mucuna pruriens (L.) DC. (Leguminosae, Faboideae) como uma das mais utilizadas para esta prática. Entretanto o conhecimento sobre sua biologia e principalmente em relação aos aspectos da biologia floral e de seus agentes polinizadores acerca de várias espécies utilizadas como adubo verde são escassos. Assim este trabalho objetivou verificar aspectos da biologia floral e da polinização que influenciam a reprodução do adubo verde Mucuna pruriens. Para isso, foi inventariada a riqueza de visitantes florais e de polinizadores; verificada como a morfologia e a biologia floral influenciam no comportamento do polinizador e/ou visitante floral; e analisados os componentes de fecundidade de M. pruriens através de suas taxas de frutificação e formação de sementes. Para o estudo da biologia floral as flores foram observadas quanto ao seu período de floração e duração da antese. Visto também se ocorre mudança de coloração nas partes florais e receptividade estigmática em todos os estágios de desenvolvimento floral. Foi verificada a morfometria das flores mediante material preservado em FAA e in natura. Para o estudo morfo-anatômico da quilha foi utilizada a microscopia de luz e microscopia eletrônica de varredura. Os visitantes florais foram observados durante suas atividades de forrageamento e feito teste de autogamia para verificar a presença de autopolinização espontânea. Para os componentes de fecundidade foi verificada a diferença no desenvolvimento de frutos nas posições basal, mediana e apical das inflorescências, bem como a diferença na formação de sementes nas posições dos frutos. As flores de M. pruriens possuem antese de sete dias. São heteroclamídeas, com corola violácea, dialipétala e zigomorfa. É uma planta monóica com androceu diadelfo e gineceu simples. O gineceu e androceu ficam tensionados e confinados no interior da quilha. No ápice da quilha as pétalas são unidas e lignificadas apresentando uma membrana que se diferencia do tecido petalar. Foram observados indivíduos de Trigona spinipes (Fabr.) (Hymenoptera:    Apidae)    e indíviduos de Vespidae apresentando comportamento de pilhagem. Não houve diferença significativa entre o número de frutos desenvolvidos em relação à posição na inflorescência. Os abortos seletivos ocorreram em maior frequência na região basal das vagens de Mucuna pruriens. Mucuna pruriens, apresentou características que a distingue de outras espécies do gênero, uma vez que, não evidenciou necessidade de polinizadores para reprodução pela presença de autogamia. A presença da membrana no vértice da quilha, possivelmente ser o diferencial que proporciona a reprodução dessa espécie. Diante do estudo dos componentes de fecundidade, é possível detectar determinados problemas reprodutivos. Existe um grande investimento da M. pruriens na produção de flores para pouca formação de frutos ocorrendo uma grande perda de energia para garantir descendentes da espécie.
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Aspectos da biologia floral e da polinização do adubo verde Mucuna pruriens (L.) DC. (Leguminosae, Faboideae)

Santos, Thalita Cristina Silva dos 29 March 2016 (has links)
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The positive highlight this practice results from the proof of the harmful effects of joint-soluble fertilizers with high oil costs and industrial fertilizers. Thus Leguminosae family has been the most used as green manure, as it brings many both the soil and to the plants. In this family there is the Mucuna p ruardievanns ta(Lg.e) sD fCor. (Leguminosae, Faboideae) species as one of the most used for this practice. However knowledge about their biology and especially in relation to aspects of floral biology and their pollinators about various species used as green manure are scarce. rTehpisro sdtuucdtyio ani mofe gdr etoe nv emraifyn uarsep Mecutcsu onfa fplorruarli ebniosl.o Fgoyr athnids , pwoell ininavteionnto trhieadt itnhfelu wenecaelt ht hoef fploorllainl avtiosrit obrse haanvdi opro lalinnadt/oorrs ; flvoerarilf ievdi saitso rm; oarnpdh olaongayl yaznedd flothrael bMio.l opgryu rinieflnuse nfceer titlhitey components through its fruiting rates and seed formation. To study the floral biology flowers were observed as to their flowering time and duration of anthesis. Visa also is change of color in the floral parts and stigmatic receptivity at all stages of flower development. Morphometry of flowers by the material preserved in FAA and in natura was verified. For the morphological and anatomical study of the keel light microscopy and scanning electron microscopy was used. The floral visitors were observed during their foraging activities and made autogamy test for the presence of spontaneous self. For fertility components was observed a difference in fruit development positions isne ethdes bina sthael, fmruiditsd lep oasnitdio nasp.i cTahl ein Mflo.r epsrucreiennces falonwd etrh ea ndthiffeesriesn hcaev ien stheeve fno rdmaaytsio. nA roef heteroclamídeas with purplish corolla dialipétala and zigomorfa. It is a monoecious aplnadnrto ewciiuthm aanred roteencsiuiomn eda nadn dg ycnooneficnieudm indsiiaddee tlfhoe skiemepl.l eI.n TKheee l gaypneoxe pcieutmal s aanrde joobinseedrv aendd i nlidginviifdieuda lsp rTesriegnotninag s ap imniepmesb r(aFnaeb rt.h) a(tH isym deiffneorpetnetr far:o mAp pideatael)a ra ntidss Vuee.s pWidearee of individuals presenting looting behavior. There was no significant difference between the number of fruits developed in relation to the position in the ionff lothrees cpeondcse .o fS eMleucctuivnea apbrourrtiieonnss. oMccuucrurenda aptr uar hieingsh,e rp frreesqeunetnecdy cinh atrhaec tbearissatilc rse gthioant distinguishes it from other species of the genus, since, it showed no need for pollinators for reproduction by the presence of autogamy. The presence of the membrane in Keel vertex possibly be the difference that provides the reproduction of trheipsr osdpuecctiievse. pBreofbolreem tsh.e Tshtuedrey oisf afe rgtirleitya t cionmvepsotnmeenntst ,i nit pisr opdouscstiibolne Mto. dpertuerciet ncse rltiattilne flowers to fruit formation occurring a great loss of energy descent to ensure species. / A adubação verde é considerada uma alternativa viável e sustentável aos solos agrícolas. O destaque positivo dessa prática resulta da comprovação dos efeitos danosos dos adubos solúveis em junção com os elevados custos do petróleo e fertilizantes industriais. Diante disso Leguminosae tem sido a família mais utilizada como adubo verde, pois traz muitas vantagens tanto para o solo plantas. Nesta família destaca-se a espécie Mucuna pruriens (L.) DC .q (uLaengtuom pinaoras aaes, Faboideae) como uma das mais utilizadas para esta prática. Entretanto o conhecimento sobre sua biologia e principalmente em relação aos aspectos da biologia floral e de seus agentes polinizadores acerca de várias espécies utilizadas como adubo verde são escassos. Assim este trabalho objetivou verificar aspectos da bMioulcougniaa fplorurarile nes . dPa arpao liinssizoa,ç ãfooi iqnuvee ntinafrliuaednac iaa mri qau erzeap rdoed uvçiãsiota ndtoe sa fdlourbaois vee rddee polinizadores; verificada como a morfologia e a biologia floral influenciam no fceocmupnodridtaamdee ndtoe dMo. pporluinriizeandso ra tera/ovué sv isdieta nstuea fslo traaxl;a es adnea lfirsuatdifoicsa çoãso c oem fpoormneançtãeos ddee sementes. Para o estudo da biologia floral as flores foram observadas quanto ao seu período de floração e duração da antese. Visto também se ocorre mudança de coloração nas partes florais e receptividade estigmática em todos os estágios de desenvolvimento floral. Foi verificada a morfometria das flores mediante material preservado em FAA e in natura. Para o estudo morfo-anatômico da quilha foi utilizada a microscopia de luz e microscopia eletrônica de varredura. Os visitantes florais foram observados durante suas atividades de forrageamento e feito teste de autogamia para verificar a presença de autopolinização espontânea. Para os cnoams ppoonseiçnõteess bdaes faelc, umneddidiaandae efo ai pveicraifli cdaadsa inaf ldoirfeesrecnêçnac inaos, dbeesmen cvoomlvoim ae ndtiofe rdeen fçrau tnoas formação de sementes nas posições dos frutos. As flores de M. pruriens possuem antese de sete dias. São heteroclamídeas, com corola violácea, dialipétala e zigomorfa. É uma planta monóica com androceu diadelfo e gineceu simples. O gineceu e androceu ficam tensionados e confinados no interior da quilha. No ápice ddiafe qreunilhcaia adso p étteacliadso sãpoe taulnaird.a sF oer alimgn ifoicbasdearvsa adporse sienndtiavíndduoo su mdae mTermigobnraan as pqiuneip eses (Fabr.) (Hymenoptera: Apidae) e indíviduos de Vespidae apresentando comportamento de pilhagem. Não houve diferença significativa entre o número de forcuotorrse rdaemse enmvo mlvaidioors freemqu rêenlacçiaã noa à r epgoiãsioç ãboa snaal dinafslo vraegsceênnsc diae. MOusc uanbao rptorusr iseenlse.t ivos Mucuna pruriens, apresentou características que a distingue de outras espécies do gênero, uma vez que, não evidenciou necessidade de polinizadores para reprodução pela presença de autogamia. A presença da membrana no vértice da quilha, possivelmente ser o diferencial que proporciona a reprodução dessa espécie. Diante dproo belestmudaos rdeopsro dcuotmivpoosn. eEnxtiestse duem fgercaunnddei diandvees, tiém epnotsos dívae lM d. eptreucrtieanr sd neate prmroindaudçãoos de flores para pouca formação de frutos ocorrendo uma grande perda de energia para garantir descendentes da espécie.
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Biologia floral e reprodutiva de duas espÃcies de Erythroxylum P. Browne (Erythroxylaceae) / Floral biology and reproductive two species Erythroxylum P. Browne (Erythroxylaceae)

Dayse Maria Teixeira dos Santos 16 September 2015 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / As flores podem exibir mecanismos estruturais complexos de separaÃÃo das funÃÃes sexuais, que auxiliam a polinizaÃÃo cruzada e o fluxo gÃnico. Dentre esses mecanismos destaca-se a heterostilia, um polimorfismo floral geneticamente controlado e frequentemente associado à incompatibilidade genÃtica, encontrado em duas condiÃÃes diferentes: distilia e tristilia. Esse trabalho teve como objetivo conhecer os mecanismos reprodutivos de duas espÃcies do gÃnero Erythroxylum (Erythroxylaceae), atravÃs da avaliaÃÃo dos aspectos da biologia floral e reprodutiva e da ecologia da polinizaÃÃo. O estudo foi realizado na Reserva Particular do PatrimÃnio Natural Serra das Almas no municÃpio de CrateÃs â CE, no perÃodo de fevereiro/2014 a abril/ 2015. Foi feito o acompanhamento mensal da fenologia de Erythroxylum bezerrae Plowman e E. laetevirens O.E.Schulz, nesse perÃodo botÃes florais e flores foram coletados e armazenados em Ãlcool 70% para anÃlise da morfomertia floral e polÃnica. Quatro testes de sistema reprodutivo foram realizados. Os visitantes florais foram coletados, etiquetados e identificados. A emissÃo dos botÃes florais em E. laetevirens teve inÃcio em fevereiro e estendeu-se atà inÃcio de abril, com pico no mÃs de marÃo. Os botÃes florais de E. bezerrae comeÃaram a surgir em dezembro/2014 e o pico de floraÃÃo ocorreu em janeiro/2015. A razÃo pÃlen/Ãvulo e a viabilidade polÃnica de ambas as espÃcies foram consideradas altas, sendo classificadas como xenogÃmicas. Nas duas espÃcies, os grÃos de pÃlen dos morfos brevistilos sÃo maiores que os dos morfos longistilos. Erythroxylum bezerrae e E. laetevirens nÃo apresentam reciprocidade exata e foram consideradas distÃlicas tÃpicas, pois suas populaÃÃes sÃo isoplÃticas. E. laetevirens à auto e intramorfo incompatÃvel. As flores das espÃcies foram visitadas por insetos das ordens Hymenoptera, Diptera e Lepidoptera. / Flowers can show complex structural mechanisms of sexual segregation, allowing cross pollination and genetic flow. One of these mechanisms is heterostyly, a floral polymorphism under genetic control frequently linked to genetic incompatibility, being found in two different conditions: distyly e tristyly. This study aimed to know the reproductive mechanisms of two species Erythroxylum (Erythroxylaceae), by assessing the aspects of floral and reproductive biology and pollination ecology. The study was conducted in the Private Natural Heritage Reserve Serra das Almas in the municipality of CrateÃs - CE, from february / 2014 to april / 2015. It was made the monthly monitoring of the phenology of Erythroxylum bezerrae Plowman and E. laetevirens O.E. Schulz, this period flower buds and flowers were collected and stored in ethanol 70% (v/v) for analysis of floral morphology and pollen. It was done four tests of reproductive system. The floral visitors were collected, labeled and identified. In the data achievement period, the emission of floral buttons in E. laetevirens initiated in february and extended up april beginning, with peak in march. The floral buttons of E. bezerrae first apPeared in december/2014 and the flowering peak was in january/2015. The pollen/ovule rate and pollen viability of the species were high, which were classified as xenogamous. In both species, the S-morph pollen grains were bigger than L-morph ones. Taking into account the morphs rate, distylous populations were isoplethic. Erythroxylum bezerrae and E. laetevirens did not show an exact reciprocity and they were considered typical distylous species, once their populations are isoplethics and E. laetevirens is intra- and self-incompatible. The flowers of the species were visited by Hymenoptera, Diptera and Lepidoptera insects.
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Efeito de plantas exóticas sobre a fidelidade de polinizadores e a qualidade do serviço de polinização

Valente, Cristiele Barbosa 25 February 2014 (has links)
Submitted by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2017-10-18T14:30:50Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Cristiele Barbosa Valente - 2014.pdf: 1029577 bytes, checksum: ddb0057b71c64fb5c0213a752b6d73f3 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2017-10-18T14:31:35Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Cristiele Barbosa Valente - 2014.pdf: 1029577 bytes, checksum: ddb0057b71c64fb5c0213a752b6d73f3 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-10-18T14:31:35Z (GMT). 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In addition, exotic plant species are expected to be pollinated by abundant generalist pollinators whose interactions are phylogenetically constrained compared to specialists pollinators. To evaluate these issues, we compiled 28 plant-pollinator networks with 778 plant species (10% alien) and 3019 pollinator species, comprising 7919 interactions. We expected that: (a) exotic plants tend to be visited by more generalist pollinator species compared to the co-occurring native plant species; (b) an increase in the proportion of exotic plants in the plant-pollinator networks promotesan increase in the global connectivity and nestednessof the interactions. If these predictions are correct, then the introduction of plants should also promote an increase in the risk of heterospecific pollen deposition on native plants. We found that exotic and native plants did not differ in the average degree of specialization of their pollinators. Moreover, an increase in the proportion of alien plants did not affecteither structure or the connectivity of networks. On the other hand, there was an increase in the risk of heterospecific pollen deposition on native plant stigmas when the proportion of exotic plants increases to about 1/3 of the flora pollinated by animals.However, above this percentage the relationship is reversed. This result may be a consequence of progressive decrease in pollinator fidelity of native plants in habitats with low-levels of invasion by exotic species, reducing the amount of shared pollen due to the impoverished pollinator fauna. / A invasão de habitats terrestres por plantas exóticas geralmente tem efeitos negativos sobre o crescimento e reprodução das plantas nativas. Além disso, plantas exóticas podem promover alterações no comportamento dos polinizadores e na dinâmica de interações das assembleias locais. Devido à ausência de uma história evolutiva entre plantas exóticas e polinizadores locais, é provável que as restrições morfológicas, fenológicas e comportamentais atuem de modo mais severo sobre interações envolvendo plantas exóticas e polinizadores nativos especialistas. Além disso, quando uma planta coloniza uma nova área, espera-se que ela interaja com maior probabilidade com os polinizadores generalistas devido, entre outros fatores, à maior abundância e menor seletividade dos mesmos. Assim, esperamos que: (a) em redes de interação planta-polinizador, os visitantes florais das plantas exóticas sejam mais generalistas do que aqueles que visitam plantas nativas; (b) a introdução de plantas exóticas promova um aumento na conectividade e no aninhamento das redes de interações planta-polinizador. Consequentemente, a introdução de plantas deve promover também um aumento no risco das plantas nativas receberem pólen heteroespecífico. Para avaliar as expectativas acima, compilamos 28 redes de interações planta-polinizador com 778 espécies de plantas (10% exóticas) e 3019 espécies de polinizadores, compreendendo 7919 interações. Em assembleias locais, as plantas exóticas e nativas não diferiram quanto ao grau de especialização de seus polinizadores. Além disso, um aumento na proporção de plantas exóticas não promoveu alterações na conectividade e estrutura das redes de interações. Por outro lado, há um aumento no risco das plantas nativas serem contaminadas por pólen heteroespecífico (Rphr) quando a porcentagem de plantas exóticas aumenta até atingir cerca de 13 da flora polinizada por animais. Isso pode ser uma consequência da diminuição na fidelidade dos polinizadores das plantas nativas em ambientes pouco invadidos. No entanto, acima desse percentual a relação é inversa, o que pode ser consequência da redução na quantidade de pólen compartilhado devido à perda de parte da fauna de polinizadores.
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Restabelecimento das interações entre plantas e visitantes florais em áreas restauradas de floresta estacional semidecidual / Re-establishment of plant-flower visitor interactions in restored areas of Atlantic Semi-deciduous Forest

Fragoso, Fabiana Palmeira 09 October 2014 (has links)
A restauração ecológica, ao buscar a manutenção de processos ecológicos e serviços ecossistêmicos, vem exercendo um importante papel na recuperação de ecossistemas degradados e conservação da biodiversidade. Restabelecer as interações entre organismos pode, contudo, ser uma tarefa mais árdua em ambientes de alta diversidade com complexas relações ecológicas como as florestas tropicais. Neste trabalho, investigamos a resposta dos insetos visitantes florais à restauração por plantio de mudas de espécies de Floresta Estacional Semidecidual, uma vez que o restabelecimento do processo de polinização é imprescindível para a perpetuação da floresta implantada. Para isso, foram examinados diferentes aspectos das comunidades de plantas e visitantes florais em seis áreas em processo de restauração. Primeiramente, buscouse analisar a estrutura da comunidade de visitantes florais e seus padrões de visita às flores, avaliandose também se a proximidade de fragmentos de vegetação nativa é importante na determinação da estrutura destas comunidades. Além disso, investigamos as espécies vegetais que florescem nos estágios iniciais de restauração para verificarmos se a comunidade de plantas se restabelecendo em cada local é importante na determinação da comunidade de visitantes. Por fim, avaliamos o restabelecimento do processo de polinização ao averiguar o transporte de pólen ocorrendo nas áreas restauradas e ao examinar a robustez das redes formadas frente à extinção simulada de espécies. Todas as áreas analisadas apresentaram redes de interação plantavisitante floral com estrutura e atributos comuns a outras redes mutualísticas de polinização, indicando que o processo deve estar se restabelecendo. A diferença na composição de espécies de visitantes não resultou em diferenças nos atributos das redes e a distância das áreas restauradas a fragmentos de vegetação nativa não influenciou a composição da comunidade de visitantes. Por outro lado, a vegetação regenerante composta por espécies ruderais aumentou a diversidade de visitantes e também a complexidade das redes de interação planta visitante floral, afetando a composição e provavelmente o funcionamento das comunidades. Embora tanto as redes de visitação quanto as de transporte de pólen revelem comunidades funcionalmente complexas com um número relativamente diverso de interações entre plantas e potenciais polinizadores, os dados de visitação demonstraram que nem todas as áreas possuem o mesmo padrão de resposta à extinção simulada de espécies. A presença massiva de gramíneas é provavelmente um fator determinante da robustez destas redes já que ela dificulta a regeneração natural das espécies ruderais que contribuem para o maior aporte de recursos florais para os insetos visitantes. Este trabalho demonstra a importância de se avaliar a recuperação dos aspectos funcionais de ecossistemas restaurados e tem implicações práticas para o manejo de áreas restauradas onde houver preocupação particular com a recuperação das interações plantapolinizador. Enfatizamos a importância do monitoramento constante de áreas restauradas para melhor entendermos as trajetórias de recuperação das florestas tropicais e recomendamos estudos multidisciplinares que integrem diversas áreas de conhecimento para aperfeiçoarmos as ações de restauração. / Ecological restoration plays an essential role in recovering degraded ecosystems and maintaining biodiversity. Restoration initiatives aiming to restore ecological processes and ecosystem services are increasing rapidly worldwide. However, the high diversity and complexity of interactions among organisms in tropical ecosystems make their restoration a challenge. Since pollination is one ecosystem process that must be reinstated in order to perpetuate restored forests, we investigated flower visitors response to habitat restoration. In six areas of Atlantic Semideciduous Forest undergoing restoration, blooming plants (introduced and spontaneously regenerated), flower visitors and their interactions were recorded bimonthly during one year. We used the data to analyze the patterns of insect visitation in each area and to evaluate whether remnant habitat proximity is important in determining the structure of flowervisitor communities. We also examined the role of earlysuccessional plant community in determining richness and composition of flowervisitor communities. To decide whether pollination has been successfully reinstated, we evaluated the patterns of pollen movement and the robustness of interaction networks to species loss. Our results suggest that plantpollinator communities were equally established on all restored sites. There were no differences in the metrics of flowervisitor networks between forest categories, showing that habitat proximity had no effect on visitation webs. On the other hand, spontaneously regenerated plants (mostly weeds) were responsible to increase the diversity of flowervisiting insects as well as the complexity of visitation webs, hence having a crucial role on ecosystem functioning during early stages of forest restoration. We also found that despite having a relatively complex network structure and diverse community of potential pollinators, not all areas show the same resilience to species extinction. Still, the removal of the most connected plants and pollinators first from the network caused the higher number of secondary extinctions. The robustness of pollination networks to species loss seems to be related to the occurrence of alien grasses in some of the restored areas. As alien grass invasion inhibits natural regeneration of weeds, it also decreases the availability of floral resources to insects foraging in those areas. Our findings have practical implications for the management of restored forests, mainly those with specific targets such as recovering pollinatorfriendly environments. Additionally, this study demonstrates the importance of evaluating functional aspects of biodiversity in restored areas. We highlight the relevance of monitoring restored communities at different successional stages to improve our understanding of restoration trajectories. We further recommend future research to be more integrative, so that the information produced will help to better planning restoration activities.
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Potenciais polinizadores e requerimentos de polinização do gergelim (Sesamum indicum) / Potential polinizadores and petitions of polinização of the sesame (Sesamum indicum)

Andrade, Patricia Barreto de January 2009 (has links)
ANDRADE, Patricia Barreto de. Potenciais polinizadores e requerimentos de polinização do gergelim (Sesamum indicum). 2009. 74 f. : Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Zootecnia, Fortaleza-CE, 2009. / Submitted by demia Maia (demiamlm@gmail.com) on 2016-08-09T15:40:40Z No. of bitstreams: 1 2009_dis_pbandrade.pdf: 817167 bytes, checksum: a4e982c26bc2b44e6c3fe36b337fe42c (MD5) / Approved for entry into archive by Nádja Goes (nmoraissoares@gmail.com) on 2016-08-09T15:42:07Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2009_dis_pbandrade.pdf: 817167 bytes, checksum: a4e982c26bc2b44e6c3fe36b337fe42c (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-09T15:42:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2009_dis_pbandrade.pdf: 817167 bytes, checksum: a4e982c26bc2b44e6c3fe36b337fe42c (MD5) Previous issue date: 2009 / O trabalho teve por objetivo estudar os requerimentos de polinização do gergelim (Sesamum indicum), assim como seus visitantes florais e os efeitos dos tipos de polinização na produção de frutos e qualidade de sementes. A pesquisa foi realizada em três localidades: no município de Sousa na Paraíba, com a variedade BRS SEDA, numa propriedade particular; no município de Barbalha no Ceará, com a variedade G2, em um campo experimental da Embrapa Algodão; e na Universidade Federal do Ceará (UFC) em Fortaleza, onde foram feitas as análises laboratoriais. As observações foram coletadas de dezembro de 2007 a fevereiro de 2008 em Sousa e de novembro de 2008 a janeiro de 2009 no município de Barbalha. O trabalho foi dividido em quatro etapas: 1 - diversidade e abundância dos visitantes florais no gergelim; 2 – comportamento de forrageamento dos visitantes florais; 3 - biologia floral, requerimentos de polinização e eficiência polinizadora de Apis mellifera com apenas uma visita e 4 - avaliação dos efeitos dos tipos de polinização na produção de frutos e na qualidade das sementes. Os experimentos foram montados em delineamento inteiramente casualizado e os dados analisados por meio de análise de variância com comparação de médias a posteriori pelo teste Tukey. Todos os visitantes observados foram da ordem Hymenoptera, sendo representados por três famílias diferentes: Apidae, Anthophoridae e Vespidae. As abelhas Apis mellifera e Trigona spinipes, em ambos os municípios, iniciaram a coleta de pólen junto à antese, às 7 horas, cessando às 11 horas. Após esse horário passaram somente a coletar néctar, cessando às 17 horas em Sousa e às 15 horas em Barbalha. Houve diferença significativa entre os tratamentos no número de frutos colhidos 30 dias após as polinizações, onde o maior número de frutos colhido foi observado na polinização livre e este tratamento apenas foi diferente da autopolinização manual. Com a polinização livre foi obtido o melhor resultado, tanto aos 5 dias, como aos 30, mesmo não sendo diferente da polinização manual cruzada. Os resultados deste trabalho mostram que não há carência de polinizadores e nem de déficit de polinização na área. Foi demonstrado que o gergelim é uma planta de polinização mista, pois os resultados deste experimento mostraram que ele pode produzir frutos sob qualquer um dos tipos de polinização testados. Suas flores são capazes de se autopolinizar, que não depende de agentes externos. As polinizações restritas com papel e restrita com filó apresentaram os frutos com sementes mais pesadas e uma maior quantidade delas dentro do fruto. Também não foram encontradas diferenças entre os tratamentos de polinização para a avaliação fisiológica das sementes. Conclui-se que as abelhas foram os visitantes florais mais abundantes e diversos, sendo a espécie Apis mellifera considerada uma potencial polinizadora, já que foi capaz de visitar as flores de gergelim para coleta legítima e ilegítima de néctar e pólen. A cultura do gergelim beneficia-se tanto da autopolinização quanto da polinização cruzada / O trabalho teve por objetivo estudar os requerimentos de polinização do gergelim (Sesamum indicum), assim como seus visitantes florais e os efeitos dos tipos de polinização na produção de frutos e qualidade de sementes. A pesquisa foi realizada em três localidades: no município de Sousa na Paraíba, com a variedade BRS SEDA, numa propriedade particular; no município de Barbalha no Ceará, com a variedade G2, em um campo experimental da Embrapa Algodão; e na Universidade Federal do Ceará (UFC) em Fortaleza, onde foram feitas as análises laboratoriais. As observações foram coletadas de dezembro de 2007 a fevereiro de 2008 em Sousa e de novembro de 2008 a janeiro de 2009 no município de Barbalha. O trabalho foi dividido em quatro etapas: 1 - diversidade e abundância dos visitantes florais no gergelim; 2 – comportamento de forrageamento dos visitantes florais; 3 - biologia floral, requerimentos de polinização e eficiência polinizadora de Apis mellifera com apenas uma visita e 4 - avaliação dos efeitos dos tipos de polinização na produção de frutos e na qualidade das sementes. Os experimentos foram montados em delineamento inteiramente casualizado e os dados analisados por meio de análise de variância com comparação de médias a posteriori pelo teste Tukey. Todos os visitantes observados foram da ordem Hymenoptera, sendo representados por três famílias diferentes: Apidae, Anthophoridae e Vespidae. As abelhas Apis mellifera e Trigona spinipes, em ambos os municípios, iniciaram a coleta de pólen junto à antese, às 7 horas, cessando às 11 horas. Após esse horário passaram somente a coletar néctar, cessando às 17 horas em Sousa e às 15 horas em Barbalha. Houve diferença significativa entre os tratamentos no número de frutos colhidos 30 dias após as polinizações, onde o maior número de frutos colhido foi observado na polinização livre e este tratamento apenas foi diferente da autopolinização manual. Com a polinização livre foi obtido o melhor resultado, tanto aos 5 dias, como aos 30, mesmo não sendo diferente da polinização manual cruzada. Os resultados deste trabalho mostram que não há carência de polinizadores e nem de déficit de polinização na área. Foi demonstrado que o gergelim é uma planta de polinização mista, pois os resultados deste experimento mostraram que ele pode produzir frutos sob qualquer um dos tipos de polinização testados. Suas flores são capazes de se autopolinizar, que não depende de agentes externos. As polinizações restritas com papel e restrita com filó apresentaram os frutos com sementes mais pesadas e uma maior quantidade delas dentro do fruto. Também não foram encontradas diferenças entre os tratamentos de polinização para a avaliação fisiológica das sementes. Conclui-se que as abelhas foram os visitantes florais mais abundantes e diversos, sendo a espécie Apis mellifera considerada uma potencial polinizadora, já que foi capaz de visitar as flores de gergelim para coleta legítima e ilegítima de néctar e pólen. A cultura do gergelim beneficia-se tanto da autopolinização quanto da polinização cruzada
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ECOLOGIA FLORAL DE Bauhinia forficata Link: INTERAÇÕES ECOLÓGICAS NA RESTAURAÇÃO DE ECOSSISTEMAS / FLORAL ECOLOGY OF THE Bauhinia forficata Link: ECOLOGICAL INTERACTIONS IN THE ECOSYSTEM RESTORATION

Capitani, Luana Camila 25 February 2016 (has links)
Fundação de Amparo a Pesquisa no Estado do Rio Grande do Sul / This study aimed to determine the details of the offer and quality of floral resources in Bauhinia forficata Link, native species of Seasonal Deciduous Forest in Rio Grande do Sul, and how they influence the attraction and interaction with the flower visitors and other plant species. It sought to further determine the ecological mechanisms that are established from the plant interactions / animal that can be used as a theoretical basis for the creation of ecological restoration strategies. The work was conducted in the municipality of Santa Maria, central region of Rio Grande do Sul. Were selected 11 matrices based on the environmental quality of the fragments their surroundings and morphophysiological and phytosanitary characteristics of individuals, of which was evaluates the phenology, volume and concentration of nectar instanding crop (NID), pollinic viability, suitability for autogamy, floristic diversity of the surrounding areas, diversity, intensity and behavior of diurnal and nocturnal flower visitors and ditrophic networks of plant-pollinator interaction. The variables were tested by comparison of means, Principal Component Analysis (PCA) and correlation analysis. The average volume of NID observed for the species was 40.3 μl and the mean concentration was 0.265 mg / μl. The average pollen viability was 81.43%, and the species has proved unfit to autogamy. The average number of floral visitors was 18.24 per matrices and the average intensity of interaction was 59.94%. Were accounted for 730 floral visitors belonging to 29 morphospecies, 657 at the diurnal monitoring and 73 at nocturnal monitoring. The main order observed was Lepidoptera. The suborder Rhopalocera was the most abundant between diurnal visitors (30.43%), and the suborder Heterocera the most abundant among the nocturnal visitors (50%). Proved to be effective pollinators of Bauhinia forficata the bumblebee (Hymenoptera) morphospecies, gray-moth (Pyrgus sp.) (Lepidoptera: Heperiidae) and orange-black-butterfly (Helyconius sp.) (Lepidoptera: Nymphalidae). The functionally effective pollination systems for Bauhinia forficata in the study area are the Psychophily (butterflies) and Melittophily (bumblebees). In the analysis of floristic diversity were found 34 species, the Shannon diversity index ranged between 1.46 and 2.43 between plots. The Bauhinia forficata species, Acacia velutina and Strychnos brasiliensis have the greatest relative densities, respectively, 10.97%, 10.42% and 8.78%. It can be concluded that both the supply and quality of resources influence at the attraction of visitors, as the interaction of visitors with flowers interfered at the availability of resources. The quantity, quality and plasticity of the offered floral resources, the generalist attraction of visitors, the time and intensity of flowering, the inability to autogamy and geitonogamy, high rates of pollen viability and the high degree of connectance of ditróficas webs, are responsible for initiate important ecological mechanisms between this and other ecosystem agents, being them: compensation mechanisms, of species coexistence, induction of gene flow and competition and partilhamento of the resources. These results demonstrate that Bauhinia forficata is an important energy source for the diet of a wide range of pollinators and acts as an inducer of ecological processes and gene flow in the study area. / O presente estudo teve por objetivo determinar as características da oferta e qualidade dos recursos florais em Bauhinia forficata Link, espécie nativa da floresta Estacional Decidual do Rio Grande do Sul, e a forma como estas influenciam na atração e na interação com os visitantes florais e com as demais espécies vegetais. Buscou-se ainda determinar os mecanismos ecológicos que se estabelecem a partir das interações planta/animal que possam ser utilizados como base teórica para a criação de estratégias de restauração ecológica. O trabalho foi conduzido no Município de Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul. Foram selecionadas 11 matrizes com base na qualidade ambiental dos fragmentos de seu entorno e nas características morfofisiológicas e fitossanitárias dos indivíduos, das quais se avaliou a fenologia, volume e concentração de néctar instantaneamente disponível (NID), viabilidade polínica, aptidão à autogamia, diversidade florística das áreas adjacentes, diversidade, intensidade e comportamento de visitantes florais diurnos e noturnos, e teias ditróficas de interação planta-polinizador. As variáveis foram testadas por comparação de médias, Análise de Componentes Principais (PCA) e análise de correlação. O volume médio de NID observado para a espécie foi de 40,3 μl e a concentração média foi de 0,265 mg/μl. A viabilidade polínica média foi de 81,43%, sendo que a espécie demonstrou ser inapta à autogamia. O número médio de visitantes florais foi 18,24 por matriz e a intensidade média de interação foi 59,94%. Foram contabilizados 730 visitantes florais pertencentes a 29 morfoespécies, sendo 657 no monitoramento diurno e 73 no monitoramento noturno. A principal ordem observada foi Lepidoptera. A subordem Rhopalocera foi a mais abundante entre os visitantes diurnos (30,43%) e a subordem Heterocera a mais abundante entre os visitantes noturnos (50%). Demonstraram serem polinizadores efetivos da Bauhinia forficata as morfoespécies mamangava (Hymenoptera), mariposa-cinza (Pyrgus sp. (Lepidoptera: Hesperiidae) e a borboleta-laranja-preta (Helyconius sp. (Lepidoptera: Nymphalidae)). Os sistemas de polinização funcionalmente efetivos para Bauhinia forficata na área de estudo são a Psicofilia (borboletas) e a Melitofilia (mamangavas). O grau de conectância total das teias ditróficas foi de 53,47% para as redes de visitantes diurnos e de 44% para as redes de visitantes noturnos. Na análise da diversidade florística foram encontradas 34 espécies, o índice de diversidade de Shannon variou entre 1,46 e 2,43 entre parcelas. As espécies Bauhinia forficata, Acacia velutina e Strychnos brasiliensis apresentaram as maiores densidades relativas, respectivamente, 10,97%, 10,42% e 8,78%. Foi encontrada correlação entre a concentração do néctar e diversidade florística, entre volume de néctar e diversidade de visitantes e entre a viabilidade polínica e volume e concentração do néctar. Pode-se concluir que tanto a oferta e a qualidade dos recursos influenciaram na atração dos visitantes, quanto a interação dos visitantes com as flores interferiu na disponibilidade dos recursos. A quantidade, qualidade e plasticidade dos recursos florais ofertados, a atração generalista de visitantes, a sincronia e intensidade de floração, a inaptidão à autogamia e geitonogamia, as altas taxas de viabilidade polínica e o alto grau de conectância das teias ditróficas, são responsáveis por desencadear importantes mecanismos ecológicos entre esta e os demais agentes do ecossistema, sendo eles: mecanismos de compensação, de coexistência de espécies, indução do fluxo gênico e de competição e partilhamento de recursos. Tais resultados demonstram que Bauhinia forficata é uma importante fonte energética para a dieta de uma vasta gama de polinizadores e atua como indutora dos processos ecológicos e do fluxo gênico na área de estudo.

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