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Na Corda Bamba: Reforma Psiquiátrica e Saúde Mental na Atenção PrimáriaCAMPOS, A. R. 23 August 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004-08-23 / Esse estudo discute os limites e possibilidades da implementação da reforma psiquiátrica brasileira na rede básica de saúde. Os serviços desse nível são considerados como porta de entrada do sistema brasileiro de saúde (SUS), contudo, com relação à pessoas afetadas pela loucura, eles não tem sido percebidos como parte da rede voltada à sua atenção. Procurando investigar esse fato, este estudo trabalhou com os profissionais da rede básica de saúde de Vitória/ES, com aplicação de entrevistas semi-estruturadas, de questionários e de um grupo de discussão, por meio dos quais se procurou conhecer as dificuldades e possibilidades de transformar essa realidade de modo a poder contar com esses serviços no processo da reforma. Pôde-se constatar que, na visão dos profissionais, as Unidades de Saúde têm papel fundamental na reforma psiquiátrica, por serem serviços efetivamente territoriais, o que lhes permite conhecer os usuários e sua realidade, e acompanhá-los nos diversos momentos de sua vida. Porém, os profissionais relatam várias dificuldades que têm tornado extremamente difícil o cumprimento da expectativa de abandonarem as práticas tradicionais de saúde, aparecendo como pessoas afetadas pela realidade que enfrentam, pela demanda excessiva e pelo processo de trabalho que continua burocratizado e incoerente com as propostas de transformação. Essas dificuldades concernem a atenção aos problemas gerais da área de saúde, interferindo, também, na possibilidade de assumirem a atenção às pessoas com transtornos mentais que são vistas como apresentando algumas especificidades que refletem na necessidade de maior flexibilidade dos serviços para seu atendimento. Contudo, exceto pela necessidade de maior conhecimento técnico, as dificuldades citadas são as mesmas enfrentadas para a construção de um novo modelo de atenção à saúde, sendo a interlocução com a área de saúde mental recebida de forma positiva, havendo a expectativa de que esta possa, com seus conhecimentos e técnicas, auxiliar no enfrentamento das dificuldades. Por outro lado, o trabalho nesse nível tem trazido à tona uma realidade ainda mais complexa que aquela com que se trabalha no campo da reforma, pois esta se dirige mais diretamente aos usuários atingidos pela violência e exclusão próprias da lógica manicomial, enquanto o que se encontra no nível básico são estes e mais uma enorme quantidade de pessoas que sofrem a violência da exclusão social e econômica, em situação de miséria, falta de perspectivas de vida e ameaçadas pelas redes informais, mas poderosas, do poder local (leia-se tráfico de drogas e violência familiar). Assim, avalia-se que a interlocução desses dois campos reforma psiquiátrica e atenção básica/PSF pode enriquecer a ambos, provocando a desinstitucionalização de suas práticas e a ampliação das oportunidades de invenção.
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Efeitos do Uso de Mídias Eletrônicas e não Eletrônicas na Atenção de Meninos do Ensino FundamentalBARINO, G. A. 30 June 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-06-30 / Com o desenvolvimento das economias mundiais e a consequente melhoria das infraestruturas tecnológicas, juntamente com políticas nacionais de apoio e democratização do acesso à internet e a crescente alfabetização digital da população, percebemos hoje uma grande expansão das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) em todo o mundo. Entre os usuários das TIC, as crianças estão à frente da revolução tecnológica dos dias atuais. A comunidade científica ainda se divide nas opiniões sobre os efeitos das TIC no desenvolvimento cognitivo, e os estudos sobre o desenvolvimento da cognição a partir das TIC ainda precisam ser expandidos, sobretudo no Brasil, que detém uma pequena parcela dos estudos mundiais sobre o tema. Em função disso, a presente pesquisa objetivou verificar a existência de mudanças na capacidade de 60 meninos, de 11 e 12 anos, em sustentar a atenção antes e após o uso de três mídias eletrônicas: jogo casual online, rede social e desenho animado de ritmo rápido; e uma mídia não eletrônica: revistas em quadrinhos; por meio do desempenho no teste psicométrico d2 e seu reteste. Os dados foram analisados quantitativamente de acordo com as normas prescritas para estudantes da faixa etária pesquisada. Os resultados indicam que ocorre queda de desempenho em
tarefas que requerem atenção concentrada após o uso das três mídias eletrônicas pesquisadas e das histórias em quadrinhos. Entretanto, os resultados que apresentaram relevância estatística no Teste T para amostras emparelhadas foram os dos grupos de história em quadrinhos [t(14)=4,08; p≤0,001], jogo online [t(14)=3,67; p<0,005] e da rede social Facebook® [t(14)=4,17; p≤0,001]. Com esta pesquisa esperamos contribuir para o avanço na literatura nacional acerca dessa temática ainda escassa atualmente e oferecer subsídios teóricos para embasar futuros trabalhos e pesquisas na área.
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Representações e Práticas Sociais Construídas por Médicos em Relação a Usuários com Sintomas Vagos e Difusos na Atenção Primária à SaúdeVESCOVI, R. G. L. 30 July 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-07-30 / O fenômeno dos sintomas vagos e difusos diz respeito a dores inespecíficas que não encontram associação direta com causa orgânica. Como fenômeno de difícil delimitação a ele são atribuídas outras denominações: somatização, Transtorno Somatoforme, Transtorno de Conversão, Transtorno Psicossomático, por exemplo. Destacamos a relevância da consideração desses sintomas para o contexto da Atenção Primária à Saúde (APS), uma vez que as queixas com tais características aparecem em grande número como demanda de usuários ao chegarem para o atendimento nesse contexto, em muitos países. Estes ainda se configuram como grande desafio para as equipes de saúde porque a forte referência que orienta o exercício profissional é o modelo da clínica tradicional, centrado na doença e não na pessoa que adoece, que não se revela eficaz para lidar com essas demandas. Com foco na APS, torna-se relevante investigar a clínica médica, as consultas, lócus de manejo desses casos de sintomas vagos e difusos pelo médico, com vistas a compreender como os interpretam e quais as terapêuticas desenvolvidas. A pesquisa realizada nesta dissertação teve o objetivo de compreender representações sociais e práticas sociais construídas por médicos da APS sobre usuários com sintomas vagos e difusos. Foram elaborados dois estudos: observação participante realizada em uma Unidade de Saúde da Família, dividida em duas etapas (uma no ambiente geral da Unidade e outra no ambiente dos consultórios médicos), a primeira delas compreendeu seis observações, a segunda foi realizada no período de três meses; entrevistas semiestruturadas com uma vinheta, das quais participaram os cinco médicos atuantes na mesma USF (Unidade de Saúde da Família) onde foi realizada a observação. Os dados obtidos, tanto com a observação participante quanto com as entrevistas, foram tratados a partir da análise de conteúdo temática. A observação participante verificou a construção de imagens dos usuários com sintomas vagos e difusos (SVD): tadinhos, casos difíceis, quase usuários e cansativos. Quanto ao aspecto afetivo, estiveram presentes impaciência e enfado diante de usuários SVD. Foram observadas práticas de caráter autoritário e centradas em um modelo clínico tradicional, opondo-se à Clínica ampliada. As entrevistas revelaram aspectos do campo representacional relacionado aos usuários SVD que incluiu ideias e imagens associadas a outros objetos de comunicação na USF: usuários em geral, o bom usuário, pessoa doente e população de classe social menos abastada. Destacaram-se como elementos de objetivação traduzidos pelas figuras construídas sobre usuários SVD: Meu posto, minha vida; Sócio da Unidade; Crônicos da Unidade. Os médicos também citaram temas afeitos à Clínica ampliada como: ação comunitária; práticas voltadas à prevenção de doenças e à promoção de saúde. Os dois estudos revelaram dissonâncias quanto às práticas dirigidas aos usuários SVD, nesse sentido entre o conteúdo observado durante as consultas e as condutas relatadas nas entrevistas. Destaca-se a hegemonia da clínica tradicional calcada em relações mais médico-centradas que usuário-centradas. Sugere-se a revisão de relações normativas entre trabalhadores de saúde e usuários SVD e de abertura para a cogestão destes na decisão sobre a condução de seu tratamento.
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Profissionais de Saúde da Família e Representações Sociais do AlcoolismoSOUZA, L. G. S. 28 May 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-05-28 / O uso problemático de álcool é frequente em todo o mundo. A Atenção Primária à Saúde (APS) tem importante papel na abordagem dos problemas com o álcool e do alcoolismo em específico. No Brasil, a Estratégia Saúde da Família apresenta potencial para melhorar a assistência a esses problemas e ao conjunto de questões de Saúde Mental. Torna-se relevante analisar como profissionais de APS constroem conhecimentos e condutas sobre o alcoolismo, sobre os usuários alcoolistas e sobre os objetos associados. A pesquisa relatada nesta tese teve o objetivo de investigar e analisar representações sociais e práticas sociais construídas por profissionais de Saúde da Família em um município do sudeste brasileiro sobre alcoolismo e usuários alcoolistas. Três estudos foram conduzidos: observação participante realizada em uma Unidade de Saúde da Família (USF) durante cerca de oito meses (84 participantes); entrevistas semiestruturadas (40 participantes de 11 USF); questionários com vinhetas (120 participantes de 16 USF). Dados da observação e das entrevistas foram tratados com análise de conteúdo temática. Falas dos entrevistados foram também submetidas ao programa ALCESTE. Dados dos questionários foram tratados com análises de variância (MANOVA, ANOVA) com auxílio do programa SPSS. A observação participante verificou a construção contextual de cinco Figuras do usuário alcoolista, por meio de processos de objetivação e ancoragem: alcoolista ausente; alcoolista como caso difícil; alcoolista presente e, no entanto, ausente; bêbado-cômico e bêbado-problema. Foram observadas práticas centradas no paradigma biomédico tradicional e práticas com sentido geral de exclusão física e simbólica do alcoolista. Verificou-se ênfase na atribuição de alteridade aos usuários em geral, alcoolistas e não-alcoolistas. As falas em entrevistas indicaram ambiguidade da apreensão do alcoolismo, simultaneamente representado como doença multifatorial a ser tratada de forma integral e problema social, relacionado à pobreza das comunidades. Para a atribuição de causas ao alcoolismo, notou-se a coexistência da racionalidade científica e de crenças sobre a cultura diferente das comunidades pobres e sobre suas famílias desestruturadas. As Unidades de Saúde da Família foram representadas simultaneamente como importantes e como impotentes para o tratamento do alcoolismo. Resultados dos questionários indicaram que o alcoolista era objetivado como usuário atípico e difícil, ao qual se dirigiam atitudes negativas e elementos sócio-cognitivos de estigmatização. As causas do alcoolismo foram identificadas nos âmbitos psicológico e social, em contraste com menor ênfase na determinação genética (biológica). O alcoolismo feminino foi possivelmente percebido como mais difícil de explicar, mas não necessariamente como mais difícil de tratar. Os resultados dos três estudos são integrados em plano analítico, gerando compreensão sobre o sistema representacional que orientava as práticas (também ambíguas). A construção das representações é analisada sob ponto de vista histórico. Ressalta-se a tradição higienista-coercitiva na relação entre profissionais de saúde e classes populares. Reflexões são feitas sobre determinantes psicossociais dos obstáculos para tratar o alcoolismo e sobre formas de superar esses obstáculos. A partir das análises, são sugeridas contribuições teóricas e metodológicas sobre práticas sociais e intervenção psicossocial.
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AVALIAÇÃO DO TESTE QUANTIFERON TB GOLD in tube NO DIAGNÓSTICO DE INFECÇÃO LATENTE PELO Mycobacterium tuberculosis EM ROFISSIONAIS DE SAÚDE DA ATENÇÃO BÁSICASOUZA, F. M. 03 April 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-04-03 / Os ensaios de liberação do interferon- γ (ELIG) surgiram como uma
alternativa para o diagnóstico de infecção latente pelo Mycobacterium
tuberculosis (ILTB). Neste estudo, nós comparamos o desempenho de um dos ELIG, teste Quantiferon TB Gold in tube QFT, com a prova tuberculínica (PT) em dois pontos de corte (≥ 5 mm e ≥ 10 mm), em profissionais de saúde da atenção básica à saúde (ABS). Métodos: Estudo transversal realizado em profissionais de saúde da ABS de quatro capitais nacionais com alta incidência de TB. O resultado do teste QFT foi comparado com o resultado da PT nos pontos de corte ≥ 5mm e ≥ 10 mm. Resultados: Foram incluídos 632 profissionais de saúde. Ao considerar o ponto de corte ≥ 10 mm para a PT, a concordância entre QFT e a PT foi de 69% (k = 0,31) e para o ponto de corte ≥ 5 mm, a concordância entre os testes foi de 57% (k = 0,22). Devido a baixa concordância entre a PT e o QFT, nós avaliamos os possíveis fatores associados com a discordância entre eles. Ao comparar o grupo PT- / QFT- com o grupo PT+ / QFT-, no ponto de corte ≥ 5 mm, a idade entre 41-45 [OR = 2,70, IC 95%: 1,32-5,51] e 46-64 [OR = 2,04, IC 95%: 1,05-3,93], presença de cicatriz vacinal
do BCG [OR = 2,72, IC 95%: 1,40-5,25] e trabalhar apenas na ABS [OR = 2,30, IC 95 %: 1,09-4,86] apresentaram associação estatística significativa. Para o ponto de corte ≥ 10 mm, a presença de cicatriz vacinal do BCG [OR = 2,26, IC 95%: 1,03-4,91], ter tido contato domiciliar com paciente portador de tuberculose ativa [OR = 1,72, IC 95%: 1,01-2,92] e ter feito a PT anteriormente [OR = 1,66, IC 95%: 1,05-2,62] revelaram associação estatística significativa. Curiosamente,
a discordância observada no grupo PT- / QFT + não apresentou associação estatistica com nenhuma das variáveis consideradas, independentemente do ponto de corte da PT. Conclusões: Apesar de termos identificado que a vacina BCG contribuiu para a discordância entre os testes, as recomendações brasileiras para o início do ratamento da ILTB não devem ser alteradas devido as limitações do QFT.
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Prevalência de alteração de taxa de filtração glomerular estimada em hipertensos atendidos na atenção primária do município de Vitória - ESPASSIGATTI, C. P. 01 June 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-06-01 / hipertensão é a principal causa de doença renal crônica no Brasil e como
monitorização da função renal, utiliza-se a estimativa da filtração glomerular (FG), pois
a detecção precoce da doença renal torna-se a medida mais importante para retardar a
progressão da doença, principalmente entre os considerados grupos de risco como
hipertensos O estudo objetiva investigar a função renal de hipertensos atendidos na
atenção primária do município de Vitória ES e três diferentes equações utilizadas para
estimar a taxa de filtração glomerular. Trata-se de estudo transversal de dados
secundários, observacional, com 754 hipertensos atendidos nas unidades de saúde, em
2009. Para análise estatística, utilizou-se o teste qui-quadrado e a concordância entre
as equações foi analisada mediante teste Kappa. Houve predominância do sexo
feminino (67,2%), excesso de peso (73,7%) e pressão arterial não controlada (56,9%).
A média de idade foi de 58,18 anos (±13,52) e da creatinina sérica (CrS) 0,81mg/dl
(±0,28). A prevalência da FG reduzida foi de 19% quando de 30 a 59ml/min e 1,6%
quando de 29 a 15ml/min e apresentou-se 15 vezes maior em idosos, 4,93 vezes maior
naqueles com CrS elevada, 2,19 vezes nos hipertensos com baixo peso e 1,6 vez mais
prevalente em homem. Houve razoável, moderada e forte concordância entre as
equações de Cockcroft-Gault e MDRD, Cockcroft-Gault corrigida e MDRD e Cockcroft-
Gault e Cockcroft-Gault corrigida, respectivamente, apesar de utilizarem parâmetros
distintos. Esses resultados mostram a importância de monitorar a função renal com
vistas à intervenção precoce e retardamento da perda de função renal em hipertensos.
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Prevalência da abstinência ao tabagismo em pacientes tratados nas unidades de saúde e fatores relacionadosSATTLER, A. C. 22 June 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-06-22 / Programas para combate ao tabagismo têm sido implementados com vistas à abstinência do
tabaco e à redução da morbimortalidade por doenças relacionadas com o uso regular do fumo.
O objetivo é investigar a abstinência do tabaco em pacientes tratados nos Grupos de Apoio
Terapêutico ao Tabagista (GATT) em unidades de saúde do município de Vitória ES, no
ano de 2009. Trata-se de estudo transversal com todos os participantes do GATT atendidos na
rede municipal em 2009, que participaram de três a quatro sessões em grupo, totalizando 160
sujeitos. Foi realizada entrevista estruturada por telefone com gravação simultânea, 9 a 20
meses após o tratamento e utilizados dados secundários do roteiro de entrevista inicial
proposto pelo INCA. As variáveis constituíram: sexo, idade, escolaridade, estado civil, nível
de dependência ao tabaco, tempo gasto para acender o primeiro cigarro do dia, tentativas
anteriores para parar de fumar, quantidade média de cigarros fumados por dia, comorbidades
e fármacos utilizados durante o tratamento. Na análise estatística, foram aplicados os testes
qui-quadrado, Fisher e Kruskal-Wallis. A significância estatística foi 5%. Predominou
mulheres (71,9%), idade média 50 anos, nível de dependência elevado e muito elevado
(52,5%), uma a três tentativas para parar de fumar (55%), consumo médio de 19 cigarros/dia,
farmacoterapia antitabagismo (80,6%), gastrite (50%) e distúrbios do humor (48,8%) como
comorbidade. Estavam abstinentes 28,7%, recaíram 51,9% e 19,4% não pararam de fumar.
Houve associação estatística entre os abstinentes, os que recaíram e os que não pararam de
fumar nas variáveis estado civil (0,039), tentativas anteriores para parar de fumar (0,029),
quantidade de cigarro fumados por dia (0,019), uso de fármacos (0,00) e sintomas de
ansiedade/depressão autorreferidos (0,040). Nos abstinentes houve mais casados, aqueles que
tentaram mais vezes parar de fumar, fumaram menos cigarros/dia e apresentaram menos
ansiedade/depressão. A abstinência foi modesta e o maior percentual de sujeitos recaiu.
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Efeitos subjetivos do processo de trabalho vivenciados por profissionais em um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e DrogasWandekoken, Kallen Dettmann 06 April 2015 (has links)
Submitted by Elizabete Silva (elizabete.silva@ufes.br) on 2015-10-19T18:37:10Z
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Previous issue date: 2015 / Esta tese apresenta os resultados da pesquisa que teve como objetivo analisar
como os trabalhadores vivenciam os efeitos subjetivos produzidos pelo processo de
trabalho de um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPSad). A
pesquisa foi realizada sob uma abordagem qualitativa, em um CAPSad do município
de Vila Velha, Espírito Santo. A coleta de dados se deu por meio de cinco etapas: 1.
Análise documental das políticas vigentes sobre uso de drogas; 2. Análise de
prontuários; 3. Entrevista coletiva com dez trabalhadores; 4. Oitenta horas de
observação do cotidiano de trabalho; 5. Entrevista em profundidade com treze
trabalhadores. Para análise de dados foi utilizada a técnica da Análise Temática.
Constatamos que no plano das políticas sobre o assunto,há prevalência de ideias
relacionadas à repressão dos usuários, apesar da tentativa do Ministério da Saúde
(MS) em abordar a redução de danos como uma estratégia que valoriza o sujeito e
sua singularidade. A análise ainda apontou as dificuldades que os profissionais
enfrentam neste município para atuar segundo as diretrizes do MS, uma vez que as
ações municipais dão ênfase à repressão, à religiosidade e ao amedrontamento
como estratégia de prevenção, com apoio da justiça e da polícia. Enfatizamos que
tais ambiguidades repercutem no trabalho e para o trabalhador. Apontamos ainda
outros aspectos que geram efeitos para os trabalhadores: condições de trabalho
precárias (devido à estrutura do serviço, baixos salários e rede de atenção
inexistente), falta de reconhecimento (devido à omissão da gerência e à ausência de
normas) e sobrecarga (devido à falta de profissionais e aos conflitos nas divisões de
tarefas). Essas situações levam a efeitos subjetivos como: desgaste, adoecimento,
medo, incapacidade de agir, apatia, desvalorização, desmotivação e no
aprisionamento do trabalhador. Notamos que estes efeitos são todos negativos e
que os profissionais os vivenciam por meio do distanciamento afetivo no processo
de trabalho, o que repercute negativamente na possibilidade de produção de um
cuidado efetivo. Sugerimos que haja investimentos na formação de todos os
trabalhadores que atuam nesse local, com foco na educação permanente, uma vez
que por meio desta há o incentivo da aprendizagem e o enfrentamento criativo dos
efeitos vivenciados no cotidiano.É preciso que haja diálogo, seja entre os
trabalhadores e a gestão, entre os próprios trabalhadores e entre trabalhadores e
usuários. / This thesis presents the results of a research that aimed to analyze how workers
experience the subjective effects produced by the work process in a Psychosocial
Care Center Alcohol and Drugs (CAPSad in Portuguese). The research was
conducted under a qualitative approach, in a service of Vila Velha, Espírito Santo
State, Brazil . The data was collected through five steps: 1. Desk review of existing
policies about drug use; 2. Analysis of medical records; 3. group interview with ten
employees; 4. Eighty hours of observation of daily work; 5. In-depth interview with
thirteen workers. For data analysis, we used the thematic analysis technique.We
conclude that in the analyzed policies, has prevailed ideas related to the users
repression, despite the attempt of the Ministry of Health (MS in Portuguese), which
considers the harm reduction as a strategy that values the person and their
uniqueness.The analysis also pointed out the difficulties faced by workers from that
city to act in accordance to the MS guidelines, since the municipal actions has
emphasized repression, religious approach and intimidation as a prevention strategy,
with the agreement of justice and police. We emphasize that the ambiguities have
repercussions at work and for the worker. We also point out other aspects that
generate effects on workers: poor working conditions (due to the service structure,
low wages and non-existent care network), lack of recognition (due to management
failure and the lack of standards) and work overload (due the lack of professionals
and conflicts in the activities division).These situations lead to subjective effects such
as exhaustion, illness, fear, inability to act, apathy, devaluation, lack of motivation
and worker's imprisonment.These effects are all negative and workers has
experienced them through emotional detachment in work process, which negatively
affects the possibility of producing an effective care.We suggest investments in
employee training, with a focus on permanent education, since it causes learning
encouragement and creative positioning in face of experienced effects in daily
life.There is the needfor dialogue, between workers and management, between the
workers themselves and between workers and users.
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A dimensão técnico - pedagógica do matriciamento em saúde mentalSoares, Susana January 2015 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2015-12-22T03:07:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Essa dissertação relata experiências de trabalho no apoio matricial em saúde mental na atenção primária à saúde em Florianópolis - Brasil, através dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF. Esta pesquisa foi realizada com abordagem qualitativa e os dados coletados através de entrevistas abertas. Os dados foram classificados em grupos temáticos e analisadas de acordo com a literatura disponível. Os resultados mostraram que os profissionais enfrentam desafios para colocar em prática o apoio matricial, especialmente as dificuldades de operacionalizar as ações pedagógicas devido a quantidade de pacientes que procuram o serviço, e a resistência de alguns profissionais por não adotarem a metodologia do matriciamento. Evidenciou-se entendimento dos profissionais entrevistados sobre a metodologia do trabalho em NASF. O apoio matricial e sua prática são novos aspectos do SUS, sendo que a produção de conhecimento acadêmico deve andar de mãos dadas com a prática profissional todos os dias para ajudar a melhorar a qualidade dos serviços oferecidos no âmbito do SUS.<br> / Abstract : It reports work experiences in mental health in primary health care in Florianopolis - Brazil, through the Family Health Support Nuclei - NASF. This research has qualitative approach and data were collected in interviews. The data were classified into thematic groups and analyzed according to the available literature. In this article we will approach the understanding of the professionals about the mental health care services offered in NASF. The results showed that for these professionals care involves more than the challenges to put such approach into practice, especially the difficulties in materializing pedagogical actions in the health field and the problems related to work relationships. It became clear for us that the rate of patients to professionals makes the latter to work perennially under pressure, always in a rush time. Matrix approach and its practice are new aspects of SUS, then, the production of academic knowledge must walk hand in hand with everyday professional practice to help improving the quality of services offered in the context of SUS.
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Atenção primária à saúde e a prevenção das complicações crônicas às pessoas com diabetes mellitus à luz da complexidadeSalci, Maria Aparecida January 2015 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2015 / Made available in DSpace on 2016-02-09T03:08:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / O objetivo do estudo foi avaliar a atenção à saúde das pessoas com diabetes mellitus desenvolvida pelos integrantes da Atenção Primária à Saúde na perspectiva da prevenção das complicações crônicas da doença. Estudo qualitativo, que utilizou o Pensamento Complexo como referencial teórico e a pesquisa avaliativa como referencial metodológico. A coleta de dados utilizou três técnicas: entrevista, observação e análise de prontuários. As entrevistas foram realizadas com 38 profissionais de saúde, que compuseram três grupos amostrais: o primeiro com profissionais que atuavam nas equipes de Saúde da Família; o segundo com integrantes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família; e o terceiro com gestores. A observação teve participação moderada nas atividades coletivas e individuais que os profissionais realizavam com pessoas com diabetes. Foram analisados 25 prontuários de pessoas com diabetes que recebiam essa atenção. A triangulação subsidiou a análise dos dados. Foi utilizada parcialmente a técnica analítica da Grounded Theory, que compreendeu as etapas de codificação aberta e codificação axial. Para a organização e análise dos dados das entrevistas empregou-se o software ATLAS.ti. A análise foi dirigida com base nos documentos que compõem a política estabelecida pelo Ministério da Saúde que direciona a atenção às pessoas com diabetes na atenção primária, e, especificamente para a construção do terceiro manuscrito, também foi utilizado o Modelo de Atenção às Condições Crônicas proposto por Eugênio Vilaça Mendes. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade Federal de Santa Catarina com Parecer de número 466.855. Como resultados do estudo, evidenciou-se que a assistência avaliada cumpria parcialmente com uma das principais exigências das políticas públicas para o diabetes mellitus, que é garantir o acesso ao serviço de saúde a essa população, e oferecer o tratamento contínuo nesse nível de atenção. Foram encontradas várias lacunas nessa atenção, com destaque para o vínculo, a escuta qualificada na proposta de humanização da assistência, a educação em saúde e a execução de práticas preventivas antecipatórias que almejassem conter a doença e evitar as complicações crônicas. A prevenção era vista mais em ações de abrangência geral e a assistência priorizava ações curativas às preventivas. Para as pessoas já em acompanhamento, não foram referidas ações específicas que possibilitassem, de maneira criativa, encontrar alternativas para as dificuldades de adesão ao tratamento, passando-se a culpabilizar as pessoas pela dificuldade de controle da doença. Os dados ressaltaram uma prática clínica situada no modelo biomédico, com ações centradas na unicausalidade, na queixa específica, no tratamento medicamentoso e no profissional médico. Havia um grande distanciamento daquilo que está proposto pelo modelo de atenção à saúde específico para a atenção às pessoas com doenças crônicas, que prevê a participação ativa e efetiva dos profissionais, das pessoas usuárias, suas famílias e comunidade, diante do processo saúde/doença e dos aspectos que envolvem as necessidades impressas na cronicidade. A assistência oferecida faz parte de um contexto complexo, dinâmico, interativo que necessita de mais envolvimento por parte dos profissionais e gestores. Ações unidirecionais não são capazes de suprir todas as demandas e as necessidades do processo saúde/doença das pessoas com Diabetes mellitus, deixando lacunas na prevenção das complicações crônicas da doença.<br> / Abstract : This study aimed to evaluate the health care of people with diabetes mellitus carried out by members of the Primary Health Care in the context of preventing the disease s chronic complications. It is a qualitative study that used the Complex Thought as its theoretical framework and the evaluative research as a methodological framework. We used three techniques for data collection: interview, observation, and analysis of medical records. Thirty-eight health professionals were interviewed and divided into three sample groups. The first consisted of professionals working in the Family Health teams, the second by members of Centre of Support to Family Health, and the third with managers. The observation of the individual and collective activities that these professionals held with diabetic people were moderate. Twenty-five medical records of diabetic people who received such attention were analyzed. Triangulation supported the data analysis. Grounded Theory was partially used as the analytical technique, which covered open and axial coding. ATLAS.ti software was used to organize and analyze the interviews. The analysis was based on documents from the Health Ministry that establish the policy guiding the care diabetic people receive at Primary Health Care, and specifically for our third paper, we used the Chronic Care Model proposed by Eugênio Vilaça Mendes. This project was approved by the Permanent Committee on Ethics in Research Involving Human Beings of the Federal University of Santa Catarina with Decision number 466.855. Our analyzes results showed that the assessed care only partially met a key demand of public policies for diabetes mellitus, which is to ensure access to health services to this population, and to provide continuous treatment at this level of attention. Several gaps were found regarding this care, specially regarding rapport, qualified listening for humanizing the care given, the health education, the implementation of anticipatory preventive practices that aimed at containing the disease and prevent chronic complications. Prevention was more observed in general scope activities, prioritizing curative to preventive actions. For those people already being treated, there were no specific actions that would enable them, in creative ways, to find alternatives to the difficulties of adherence to the treatment, henceforth, blaming people with diabetes sufferers for the difficulty in controlling the disease. Our data showed a clinical practice centered on the biomedical model, with actions focused on a single cause, on a specific complaint, on drug treatment, and on the physician. There was a sharp distancing from what is proposed by the Health Care model specifically for people with chronic diseases (which provides for the active and effective participation of health professionals, the people using health services, their families and community) in the face of the health/disease process and the aspects concerning the needs in chronicity. The care offered is part of a complex, dynamic, interactive context, which needs a deeper involvement from professionals and managers. One-way actions are not able to meet all the demands and needs of the health/disease process of diabetes mellitus sufferers, leaving gaps in the prevention of the disease chronic complications.
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