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Plasticidade, causação mental e semiose: Peirce e a neurociência do século XXI

Costa, Monica Aiub da 16 March 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T17:27:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Monica Aiub da Costa.pdf: 1133634 bytes, checksum: 2b3bbbb81de90d9935f6cff2e1982e44 (MD5) Previous issue date: 2015-03-16 / This work is dedicated to review the concept of semiosis in clinic, starting from the articulation of the concepts of plasticity, mental causation and semiosis in Charles Sanders Peirce's philosophy, and in neuroscience. Its development perceived the means of semiosis and its implications in therapy, especially in the mental causation issues, considering that physical states and mental states interact from semiotic processes, generating plasticity, both in cellular and cognitive levels. Were addressed, specially, the concepts of plasticity, mental causation and semiosis, articulated from Peirce's phenomenology, metaphysics and cosmology. The dialogue stablished between Peirce and neuroscience provided the magnification of the semiosis concept in clinical listening and its consequent implications in making diagnoses, since, starting from Peirce's contributions, semiosis can't be understood in a typological way, due to the fact of being an open system, an auto generated and creative network of signs, covering aspects from cells to incorporated technology, and constituting in a plastic way, continuous, in multiple interactions with innovations promoted by chance / Este trabalho dedica-se a uma revisão do conceito de semiose em clinica a partir da articulação dos conceitos de plasticidade, causação mental e semiose na filosofia de Charles Sanders Peirce e em neurociência. Seu desenvolvimento compreendeu as formas de semiose e suas implicações terapêuticas, em especial nas questões da causação mental, considerando que estados físicos e mentais interagem a partir dos processos semi6ticos, gerando plasticidade tanto em níveis celulares quanto cognitivos. Foram abordados, especialmente, os conceitos de plasticidade, causação mental e semiose, articulados a partir da fenomenologia, da metafisica e da cosmologia de Peirce. O dialogo estabelecido entre Peirce e a Neurociência propiciou a ampliação do conceito de semiose na escuta clinica e suas consequentes implicações na elaboração dos diagn6sticos, uma vez que, a partir das contribuições de Peirce, a semiose não pode ser compreendida de maneira tipol6gica devido ao fato de ser um sistema aberto, uma rede de signos autogerava e criativa, abarcando aspectos das células a tecnologia incorporada e constituindo-se de maneira plástica, contínua, em múltiplas interações com as novidades promovidas pelo acaso
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A relação mente-corpo: investigando a causação e a participação

Oliveira, Cínthia Roso 06 April 2017 (has links)
Submitted by JOSIANE SANTOS DE OLIVEIRA (josianeso) on 2017-07-04T11:33:40Z No. of bitstreams: 1 Cínthia Roso Oliveira_.pdf: 1706511 bytes, checksum: 1a1617a80917349cfb5347c0c3474a67 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-04T11:33:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Cínthia Roso Oliveira_.pdf: 1706511 bytes, checksum: 1a1617a80917349cfb5347c0c3474a67 (MD5) Previous issue date: 2017-04-06 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / PROSUP - Programa de Suporte à Pós-Gradução de Instituições de Ensino Particulares / O objetivo desta tese é investigar se há uma relação mente-corpo e, se sim, como podemos caracterizá-la. No primeiro capítulo, investigamos em que sentido há um problema mente e corpo, pois se compreendermos que os conceitos mentais são confusos e podem ser eliminados, ou que são significativos, mas podem ser reduzidos às explicações dos processos físicos no corpo, não faz sentido dizer que há um problema mente-corpo. No entanto, os qualia são aspectos mentais que resistem à eliminação ou à redução. Além disso, se compreendermos que a ideia de causação é um princípio epistêmico e que não se refere, de fato, a coisas no mundo que se relacionam, investigar uma possível interferência metafísica da mente, em especial dos qualia, no corpo também não faria sentido. No segundo capítulo, investigamos possíveis explicações para a conexão psicofísica que faz com que a mente em geral, e os qualia em particular, pareça influenciar os nossos comportamentos. A perspectiva dualista substancial seria insatisfatória, dentre outros problemas, na medida em que a explicação de como se dá a conexão psicofísica depende da aceitação da existência de Deus, algo questionável. Investigamos, então, algumas propostas monistas que defendem uma perspectiva não-reducionista em relação aos eventos mentais. As perspectivas de Davidson e Chalmers mostram-se frágeis em explicar o poder causal dos eventos mentais e, embora Kim consiga evitar o problema do epifenomenismo, ele assume uma posição eliminativista quanto aos qualia, o que não resolveria o problema. No terceiro capítulo, procuramos avaliar em que sentido a perspectiva não-reducionista de David Bohm sobre a relação mente-corpo conseguiria responder ao problema do epifenomenismo. Para ele, os aspectos mental e material existem um em participação com o outro na realidade e aí está a base da compreensão do ‘poder causal do mental’, que, como potencial atividade da informação, tem o poder de permitir que uma informação ativa nova atualize-se, alterando o seu aspecto material. A partir dessa perspectiva, pode-se compreender a consciência fenomênica como um tipo de ordem implícita muito sutil e complexa, que pode emergir de ordens implícitas menos sutis, as quais apresentam aspecto quase-mental. No quarto capítulo, argumentamos que a participação mente-corpo pode ser considerada uma conexão causal, compreendendo-a como uma categoria de causação, que estabelece um vínculo particular entre duas coisas, o que seria compatível com a novidade qualitativa que existe na ação humana. Neste capítulo ainda, defendemos que a perspectiva de Bohm sobre a participação mente-matéria na informação ativa pode ser compreendida como uma interação entre as quatro causas: formal, final, eficiente e material. As quatro funcionam como uma causação única, modificando-se a si mesma enquanto outra. E isso explicaria a capacidade que os seres humanos têm de automodificarem-se e, consequentemente, o poder causal dos qualia de interferir no comportamento humano. Por fim, no quinto capítulo, argumentamos que o ser humano pode ser compreendido como um sistema complexo que se auto-organiza mediante as suas relações com o mundo. Estabelecemos a relação entre a autocausação no sistema humano como um tipo de auto-organização secundária (de acordo com Debrun), que pressupõe a recriação de sua própria forma. Sustentamos, ademais, que a relação entre os diversos níveis hierárquicos de organização no ser humano dá-se por causação circular, na qual as partes interferem no todo, e ele, por sua vez, retroage sobre as partes, permitindo a emergência de novas propriedades. Além disso, esclarecemos que só podemos compreender a participação mente e corpo no ser humano como uma auto-organização de um sistema complexo em um mundo. Consideramos que também, entre o ser humano e o mundo (este compreendido como um ambiente natural e cultural, que inclui diversos sistemas, inclusive, outros seres humanos), há causação circular, dentre vários outros tipos de determinação. Portanto, a resposta apresentada para o problema mente-corpo é que a mente, incluindo os qualia, não pode ser reduzida aos processos físicos do corpo. A consciência fenomênica, como aspecto mental por excelência, refere-se à subjetividade da experiência do ser humano no mundo; só ele pode saber o que ele sente com as suas experiências e como as sente. Esse nível fenomênico emergiria de um nível protofenomênico, no qual já há um aspecto mental (quase-mental) compreendido como potencial atividade da informação, considerado como uma interação das causas eficiente, formal e final, que, ao interagirem com a causa material, aspecto material (atual atividade da informação), produzem uma mudança em si mesmos qua outro. Essa compreensão do aspecto mental como potencial atividade da informação permite compreender o poder causal do aspecto mental e como o nível fenomênico emerge dos níveis protofenomênicos da realidade, os qualia, aspectos mentais de sistemas complexos como o ser humano, podem ser compreendidos como exibindo um poder causal sobre o corpo. / The purpose of this thesis is to investigate whether there is a mind-body relationship and, if so, how we can characterize it. In the first chapter we investigate in what sense there is a mind-body problem, for if we understand that mental concepts are confusing and can be eliminated, or that they are significant, but can be reduced to the explanations of physical processes in the body, it does not make sense to say that there is a mind-body problem. However, qualia are mental aspects that resist elimination or reduction. Furthermore, if we understand that the idea of causation is an epistemic principle and does not actually refer to things in the world, investigating a possible interference of mind, especially of qualia, into body would also make no sense. In the second chapter, we investigate possible explanations for the psychophysical connection that makes mind in general, and qualia in particular, seem to influence our behaviors. Substantial dualistic perspective would be unsatisfactory, among other problems, insofar as the explanation of how the psychophysical connection takes place depends on accepting the existence of God, which is something questionable. We then investigate some monistic proposals that advocate a non-reductionist perspective on mental events. The perspectives of Davidson and Chalmers are fragile in explaining the causal power of mental events; and although Kim is able to avoid the problem of epiphenomenalism, he assumes an eliminativist position on qualia, which would not solve the problem. In the third chapter, we tried to evaluate in what sense David Bohm’s non-reductionist perspective on the mind-body relationship could answer to the problem of epiphenomenalism. For him, the mental and material aspects exist in participation with each other in reality, and therein lies the basis of the understanding of the ‘causal power of the mental’, which, as a potential activity of information, has the power to allow active information update itself by changing its material aspect. From this perspective, we can comprehend the phenomenal consciousness as a very subtle and complex sort of implicate order, that may emerge from less subtle implicate orders which have a mind-like aspect. In the fourth chapter, we argue that mind-body participation can be considered a causal connection, understanding it as a category of causation that establishes a particular link between two things, which would be compatible with the qualitative novelty that exists in human action. In this chapter we further argue that Bohm’s perspective on mind-matter participation in active information can be understood as an interaction between the four causes: formal, final, efficient, and material. They function as a single causation, modifying itself as being another. And this would explain the ability of humans to self-cause and, consequently, the causal power of qualia to interfere with human behavior. Finally, in the fifth chapter, we argue that the human being can be understood as a complex system that organizes itself through its relations with the world. We establish the relation between self-causation in the human system as a kind of secondary self-organization (according to Debrun), which presupposes the re-creation of its own form. We maintain that the relationship between the various hierarchical levels of organization in the human being occur by circular causation in which the parts interfere in the whole, and this, in turn, retroacts on the parts, allowing the emergence of new properties. In addition, we clarify that we can only understand the mind-body participation in the human being as a self-organization of a complex system in a world. We also consider that there is circular causation, among other types of determination, between the human being and the world (understood as a natural and cultural environment that includes several systems, besides other human beings). So the answer presented to the mind-body problem is that the mind, including qualia, cannot be reduced to the physical processes of the body. The phenomenal consciousness, as the mental aspect par excellence, refers to the subjectivity of the experience of human beings in the world; only one can know what and how they feel with their experiences. This phenomenal level would emerge from a protophenomenal level, in which there is already a mental (mind-like) aspect understood as a potential activity of information, considered as an efficient, formal and final interaction of causes, that when interacting with material cause, material aspect (actual active information), produces a change in oneself qua another. This understanding of the mental aspect as a potential activity of information enables us to understand the causal power of the mental aspect and as the phenomenal level emerges from the protophenomenal levels of reality, the qualia, mental aspect of complex systems like human beings, can be understood as exhibiting a causal power over the body.
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POR QUE (E POR QUE NÃO) REJEITAR O MONISMO ANÔMALO / WHY (AND WHY NOT) REJECT ANOMALOUS MONISM

Fischborn, Marcelo 21 February 2014 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Anomalous monism is a theory in the philosophy of mind put forth by Donald Davidson in the 1970s. Although influential at the time, it received numerous criticisms, and it is now widely rejected. The present Master s Dissertation argues for a revision of the reasons for which anomalous monism should be rejected. According to a well known objection in the literature, anomalous monism entails the thesis of property epiphenomenalism, and should be rejected because this consequence is unacceptable. It is proposed that this objection is inadequate in its two crucial steps. First, property epiphenomenalism does not seem to follow from anomalous monism, and, second, there seems to be no sufficient reason for a decisive rejection of property epiphenomenalism. Despite this, there are alternative reasons for rejecting anomalous monism, which concern the justification of the monist thesis. At least one of the premises Davidson takes to support it appears to be false, and, additionally, the very possibility of the monism at issue is threatened by problems in the ontology of events it assumes. / O monismo anômalo é uma teoria em filosofia da mente proposta por Donald Davidson na década de 1970. Embora influente na época, essa teoria recebeu inúmeras críticas e é atualmente amplamente rejeitada. A presente dissertação argumenta em favor de uma revisão das razões pelas quais o monismo anômalo deve ser rejeitado. De acordo com uma objeção bem conhecida na literatura, o monismo anômalo implica a tese do epifenomenismo de propriedades e deve ser rejeitado porque essa consequência é inaceitável. Propõe-se que essa objeção é inadequada em seus dois passos cruciais. Em primeiro lugar, o epifenomenismo de propriedades não parece se seguir do monismo anômalo, e, em segundo, não parece haver razões suficientes para uma rejeição decisiva do epifenomenismo de propriedades. Apesar disso, há razões alternativas para se rejeitar o monismo anômalo, que dizem respeito à justificação da tese monista. Pelo menos uma das premissas que Davidson empregou em sua defesa parece falsa, e, adicionalmente, a própria possibilidade do monismo em questão é ameaçada por dificuldades na ontologia de eventos que pressupõe.
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A relação mente-corpo em John Searle / The mind-body relationship in John Searle

Uzai Junior, Paulo [UNESP] 29 June 2016 (has links)
Submitted by Paulo Uzai Júnior null (paulouzai@gmail.com) on 2016-08-25T20:01:19Z No. of bitstreams: 1 [final-final]Dissertação_Paulo Uzai Junior_Pos-Filosofia_ A relação mente-corpo em John Searle.pdf: 946382 bytes, checksum: 71f7585fff76b8a8396671fe967408be (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Paula Grisoto (grisotoana@reitoria.unesp.br) on 2016-08-29T17:17:51Z (GMT) No. of bitstreams: 1 uzaijunior_p_me_mar.pdf: 946382 bytes, checksum: 71f7585fff76b8a8396671fe967408be (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-29T17:17:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 uzaijunior_p_me_mar.pdf: 946382 bytes, checksum: 71f7585fff76b8a8396671fe967408be (MD5) Previous issue date: 2016-06-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Há mais de três décadas, o filósofo estadunidense John Rogers Searle voltou-se para as questões de filosofia da mente, donde apresenta sua solução para os variados problemas acerca da natureza do mental. Sua primeiro incursão se deu com o livro Intentionality, onde seu principal objetivo não era, num primeiro momento, solucionar problemas referentes a essa questão, mas sim oferecer uma fundamentação conceitual mais sólido para sua teoria dos atos de fala. Contudo, a partir deste livro Searle se volta decisivamente para questões propriamente de filosofia da mente. Um de seus principais focos é a relação entre mente-corpo, onde ele acredita que a solução teórico-cenceitual para tal questão não é tão difícil quanto pensamos. Porém ele não deixa de abordar uma série de outros temas afins que julga de extrema importância na consolidação de seu escopo teórico, tal como o problema da causação mental e a subjetividade humana. Dessa forma, a presente dissertação tem por objetivo principal apresentar, discutir e avaliar criticamente a solução que Searle propõe a esses quatro problemas centrais da filosofia da mente: relação mente-corpo, causação mental, subjetividade e intencionalidade. Os três primeiros capítulos têm por objetivo mostrar como Searle enxerga essas questões, ou seja, o que ele julga estar errado na filosofia da mente e qual seria a solução mais adequada. No capítulo quatro iremos apresentar as principais críticas à solução de John Searle, focando-nos numa abordagem temática. Dessa forma, apresentaremos críticas a esses quatro temas que Searle julga serem essenciais em filosofia da mente e sobre o qual construiu seu naturalismo biológico. Por fim, faremos uma avaliação crítica do que foi apresentado. Com isso iremos analisar qual o peso das críticas feitas à filosofia searlena, o que acreditamos estar correto nela e o que discordamos. / There is more than thirty years, the American philosopher John Rogers Searle turned around to the questions of philosophy of mind, whence presents his solution to varied problems about the nature of mental. His first incursion occurred with the book Intentionality, where your main objective was not to solve, at first, problems relating to this issue, but rather to offer a theoretical grounding more solid to his theory of speech acts. However, from this book Searle turns to questions specifically of philosophy of mind. One of his main focus is the relationship between mind-body, where he believes that the solution theoretical-conceptual for that question is not so difficult as we thought. Nevertheless he is not leave of to broach a number of other related topics that he considers of utmost importance in the consolidation of his theoretical scope, such as the causation mental problem and the human subjectivity. Thereby, the present dissertation have for main objective to show, to discuss and critically evaluate the solution that Searle proposes these four central problems of the philosophy of mind: mind-body relationship, mental causation, subjectivity and intentionality. The first three chapters aims to show as Searle see these questions, in other words, what he believes to be wrong in philosophy of mind and what would be the most appropriate solution. In chapter four, we will go to show the main critics to John Searle's solution, focusing in a thematic approach. Thus we will present critics of these four subjects that Searle believes to be essentials in philosophy of mind, about which built your biological naturalism. Lastly, we will make a critically evaluate of what was presented. Therewith we will go to analyze the what weight of criticisms to Searle's philosophy, what qe believe to be right and what we disagree.
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Monadismo e fisicismo: um ensaio sobre as relações mente-corpo / Monadism and physicalism: an essay about mind-body relations

Ribeiro, Henrique de Morais 25 May 2012 (has links)
Nesta tese, desenvolve-se um argumento explicativo da relação mente-corpo fundamentada na noção de mônada, ou substância simples, como elemento ontológico estruturante de um enfoque contemporâneo da mencionada relação. Na primeira parte da tese, de natureza crítica, analisam-se as teorias fisicistas contemporâneas da mencionada relação, a saber, a teoria de superveniência da mente, da emergência e da causação mental, com vistas a justificar a proposta de assunção de uma premissa dualista que visa, principalmente, propor, em contraste com o cenário epifenomenalista do fisicismo contemporâneo, uma ontologia da mente que seja compatível com as intuições realistas do senso comum e da psicológica popular sobre a força causal da mente no universo físico. Na segunda parte, de natureza positiva, propõe-se um argumento explicativo da relação mente-corpo partindo-se, para tanto, de uma assunção e duas premissas. A assunção afirma que a mente tem o mesmo importe ontológico da matéria física, sendo estes considerados como elementos composicionais, afirmação a qual se denomina dualismo elementar. No que se refere às premissas, propõe-se duas, a saber, a tese composicional holística, que afirma que a mente e a matéria são partes constitutivas de um todo chamado substância simples, e a tese composicional mereológica, que afirma que as substâncias simples ou mônadas compõem mereologicamente, por superveniência, a relação mente-corpo. Examinam-se também algumas objeções ao argumento monadista proposto. / This thesis offers an explanatory argument concerning the mind-body relation, an argument that is grounded on the notion of monad, or the simple substance, as an ontological element for proposing a contemporary approach to the mind-body relation. In the first part, a critique of the current physicalist theories of mind is given, namely, supervenience, emergence and mental causation, in order to justify the proposal of a dualist premiss which aims at an ontology of mind which satisfies the realistic intuitions of common sense and of folk psychology on the causal efficacy and relevance of the mind amid the physical, in opposition to the epiphenomenalist view of contemporary physicalist theories. In the second part, the positive one, we propose an explanatory argument for monadism about mind-body relations, based on an assumption and two premises. The assumption says that the mind has the same ontological import of the physical matter, and they, mind and matter, are considered to be elements entering the composition of psychophysical relations, an assumption called elementary dualism. Regarding the premises, we propose two, namely, the holistic compositional thesis, which asserts that mind and matter are parts entering the composition of true wholes called substances, and the mereological compositional thesis, which says that such simple substances compose, via supervenience, the mind-body relations. Some objections to the proposed monadist argument are examined and rejoindered as well.
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Monadismo e fisicismo: um ensaio sobre as relações mente-corpo / Monadism and physicalism: an essay about mind-body relations

Henrique de Morais Ribeiro 25 May 2012 (has links)
Nesta tese, desenvolve-se um argumento explicativo da relação mente-corpo fundamentada na noção de mônada, ou substância simples, como elemento ontológico estruturante de um enfoque contemporâneo da mencionada relação. Na primeira parte da tese, de natureza crítica, analisam-se as teorias fisicistas contemporâneas da mencionada relação, a saber, a teoria de superveniência da mente, da emergência e da causação mental, com vistas a justificar a proposta de assunção de uma premissa dualista que visa, principalmente, propor, em contraste com o cenário epifenomenalista do fisicismo contemporâneo, uma ontologia da mente que seja compatível com as intuições realistas do senso comum e da psicológica popular sobre a força causal da mente no universo físico. Na segunda parte, de natureza positiva, propõe-se um argumento explicativo da relação mente-corpo partindo-se, para tanto, de uma assunção e duas premissas. A assunção afirma que a mente tem o mesmo importe ontológico da matéria física, sendo estes considerados como elementos composicionais, afirmação a qual se denomina dualismo elementar. No que se refere às premissas, propõe-se duas, a saber, a tese composicional holística, que afirma que a mente e a matéria são partes constitutivas de um todo chamado substância simples, e a tese composicional mereológica, que afirma que as substâncias simples ou mônadas compõem mereologicamente, por superveniência, a relação mente-corpo. Examinam-se também algumas objeções ao argumento monadista proposto. / This thesis offers an explanatory argument concerning the mind-body relation, an argument that is grounded on the notion of monad, or the simple substance, as an ontological element for proposing a contemporary approach to the mind-body relation. In the first part, a critique of the current physicalist theories of mind is given, namely, supervenience, emergence and mental causation, in order to justify the proposal of a dualist premiss which aims at an ontology of mind which satisfies the realistic intuitions of common sense and of folk psychology on the causal efficacy and relevance of the mind amid the physical, in opposition to the epiphenomenalist view of contemporary physicalist theories. In the second part, the positive one, we propose an explanatory argument for monadism about mind-body relations, based on an assumption and two premises. The assumption says that the mind has the same ontological import of the physical matter, and they, mind and matter, are considered to be elements entering the composition of psychophysical relations, an assumption called elementary dualism. Regarding the premises, we propose two, namely, the holistic compositional thesis, which asserts that mind and matter are parts entering the composition of true wholes called substances, and the mereological compositional thesis, which says that such simple substances compose, via supervenience, the mind-body relations. Some objections to the proposed monadist argument are examined and rejoindered as well.

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