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Atividades de compreensão textual no ensino técnico : estudo sociointeracional de processos inferenciaisFerreira, Alinne Santana 19 December 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2017-04-17T15:07:34Z
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2016_AlinneSantanaFerreira.pdf: 7509837 bytes, checksum: c7492eb401af77a43349964879e37705 (MD5) / Este estudo investigou os processos inferenciais em atividades de compreensão textual em uma turma do curso técnico em secretariado escolar do Instituto Federal de Brasília – IFB, campus São Sebastião – DF. Os dados foram gerados por meio de pesquisa-ação participativa crítica, na qual a pesquisadora atuou como professora da turma, gravando áudios e imagens das atividades realizadas. A base teórica do trabalho é orientada pela Sociolinguística Interacional (Goffman ([1964]2002; Gumperz, 1982a e b e Tannen, 2004), pois nele são analisados os significados sociais que emergem das interações face a face e investigam-se práticas sociais contextualmente situadas. A Linguística Textual ofereceu embasamento referente aos conceitos de texto, gêneros textuais, referenciação e inferenciação, fundamentais para as referências deste estudo na construção do arcabouço teórico, que deu suporte para análise de dados. Nessa perspectiva, o texto é compreendido como atividade sociodiscursiva (KOCH & MARCUSCHI, 1998), em que a referenciação e a inferenciação constituem processos sociodiscursivos. Por essa razão, os estudos de Vygotsky ([1934]2001 e 1997) sobre pensamento, linguagem, aprendizagem e desenvolvimento, bem como os de Tomasello ([1999]2003, 2008 e 2009) acerca da filogênese, da ontogênese e da sociogênese humanas foram acrescidos aos fundamentos teóricos deste estudo. Também foi necessário abordar o letramento na perspectiva ideológica (BARTON, 1994 e STREET 1984, 1993 e 2014), uma vez que os colaboradores desta pesquisa tiveram a oportunidade de refletir sobre os significados das práticas que vivenciaram em sala de aula. A Andragogia (LUDOJOSKI, 1972 e KNOWLES, 1973), área que estuda as práticas educacionais voltadas ao público adulto, também foi tratada, pois os ensinamentos dessa disciplina auxiliam professores de cursos técnicos subsequentes a conhecerem seu público, formado majoritariamente por estudantes adultos. A metodologia empregada para a construção do corpus desta pesquisa teve na etnografia colaborativa de sala de aula o alicerce para o emprego da pesquisa-ação participativa crítica (KEMMIS & McTAGGART, 2005) como método utilizado em pesquisas educacionais que objetivem transformações no contexto pesquisado. Como forma de triangular os dados, realizou-se grupo focal (MORGAN, 1977 e BARBOUR, 2009) para investigar as representações dos alunos em relação às atividades realizadas durante as aulas. Os resultados deste estudo indicam que os processos inferenciais foram construídos durante a realização de atividades de produção textual compreensiva e nas interações face a face que ocorreram durante as atividades de leitura coletiva. Foram revelados quatro processos inferenciais: (1) uso de metáforas; (2) utilização de narrativas; (3) uso de expressões referenciais e (4) realização de inferências conversacionais. Além desses resultados, constatou-se que as atividades de leitura em sala de aula devem ser pensadas previamente pelo professor, por meio da escolha de gêneros textuais coerentes com os objetivos da aula e da elaboração de atividades individuais nas quais os alunos possam refletir previamente sobre o(s) textos(s) trabalhado(s) para que, posteriormente, eles ampliem as inferências nos momentos de interação com o professor e com os colegas, a fim de construírem letramentos críticos. Este estudo foi transformado em proposta didática que pretende orientar as práticas de leitura realizadas por professores dos cursos técnicos subsequentes. / Este estudo investigou os processos inferenciais em atividades de compreensão textual em uma turma do curso técnico em secretariado escolar do Instituto Federal de Brasília – IFB, campus São Sebastião – DF. Os dados foram gerados por meio de pesquisa-ação participativa crítica, na qual a pesquisadora atuou como professora da turma, gravando áudios e imagens das atividades realizadas. A base teórica do trabalho é orientada pela Sociolinguística Interacional (Goffman ([1964]2002; Gumperz, 1982a e b e Tannen, 2004), pois nele são analisados os significados sociais que emergem das interações face a face e investigam-se práticas sociais contextualmente situadas. A Linguística Textual ofereceu embasamento referente aos conceitos de texto, gêneros textuais, referenciação e inferenciação, fundamentais para as referências deste estudo na construção do arcabouço teórico, que deu suporte para análise de dados. Nessa perspectiva, o texto é compreendido como atividade sociodiscursiva (KOCH & MARCUSCHI, 1998), em que a referenciação e a inferenciação constituem processos sociodiscursivos. Por essa razão, os estudos de Vygotsky ([1934]2001 e 1997) sobre pensamento, linguagem, aprendizagem e desenvolvimento, bem como os de Tomasello ([1999]2003, 2008 e 2009) acerca da filogênese, da ontogênese e da sociogênese humanas foram acrescidos aos fundamentos teóricos deste estudo. Também foi necessário abordar o letramento na perspectiva ideológica (BARTON, 1994 e STREET 1984, 1993 e 2014), uma vez que os colaboradores desta pesquisa tiveram a oportunidade de refletir sobre os significados das práticas que vivenciaram em sala de aula. A Andragogia (LUDOJOSKI, 1972 e KNOWLES, 1973), área que estuda as práticas educacionais voltadas ao público adulto, também foi tratada, pois os ensinamentos dessa disciplina auxiliam professores de cursos técnicos subsequentes a conhecerem seu público, formado majoritariamente por estudantes adultos. A metodologia empregada para a construção do corpus desta pesquisa teve na etnografia colaborativa de sala de aula o alicerce para o emprego da pesquisa-ação participativa crítica (KEMMIS & McTAGGART, 2005) como método utilizado em pesquisas educacionais que objetivem transformações no contexto pesquisado. Como forma de triangular os dados, realizou-se grupo focal (MORGAN, 1977 e BARBOUR, 2009) para investigar as representações dos alunos em relação às atividades realizadas durante as aulas. Os resultados deste estudo indicam que os processos inferenciais foram construídos durante a realização de atividades de produção textual compreensiva e nas interações face a face que ocorreram durante as atividades de leitura coletiva. Foram revelados quatro processos inferenciais: (1) uso de metáforas; (2) utilização de narrativas; (3) uso de expressões referenciais e (4) realização de inferências conversacionais. Além desses resultados, constatou-se que as atividades de leitura em sala de aula devem ser pensadas previamente pelo professor, por meio da escolha de gêneros textuais coerentes com os objetivos da aula e da elaboração de atividades individuais nas quais os alunos possam refletir previamente sobre o(s) textos(s) trabalhado(s) para que, posteriormente, eles ampliem as inferências nos momentos de interação com o professor e com os colegas, a fim de construírem letramentos críticos. Este estudo foi transformado em proposta didática que pretende orientar as práticas de leitura realizadas por professores dos cursos técnicos subsequentes. / Este estudio investigó los procesos de inferenci en actividades de comprensión de texto en una clase de curso técnico subsecuente en secretariado escolar del Instituto Federal de Brasilia – IFB, campus São Sebastião – DF. Los datos fueron generados por medio de investigación-acción participativa crítica, en la que la investigadora trabajó como profesora de la clase, gravando audios e imágenes de las actividades realizadas. El suporte teórico del trabajó es guiado por la Sociolingüística Interacional (Goffman ([1964]2002; Gumperz, 1982a e b e Tannen, 2004), ya que se analizó los significados sociales que emergen de las interacciones cara a cara e se investigó las prácticas sociales contextualmente situadas. La Lingüística Textual ofreció embasamiento referente a los conceptos de texto, géneros textuales, referencia e inferencia, fundamentales para las referencias de este estudio sobre la construcción del marco teórico, que dio soporte para análisis de datos. En esta perspectiva, el texto se entiende como actividad sociodiscursiva, en que la referencia y la inferencia constituyen procesos sociodiscursivos (KOCH & MARCUSCHI, 1998). Por esa razón, los estudios de Vygotsky ([1934]2001 e 1997) sobre pensamiento, lenguaje, aprendizaje e desarrollo, así como los de Tomasello ([1999]2003, 2008 e 2009) acerca de la filogénesis, de la ontogénesis e de la sociogénesis humanas hicieron parte de los fundamentos teóricos de este estudio. También era necesario abordar el letramento en la perspectiva ideológica (BARTON, 1994 e STREET 1984, 1993 e 2014), ya que los colaboradores de esta investigación tuvieron la oportunidad de reflexionar sobre los significados de las prácticas que han experimentado en la clase. La Andragogía (LUDOJOSKI, 1972 e KNOWLES, 1973), área que estudia las prácticas educativas relacionadas al público adulto, también fue utilizada, pues esta disciplina ayuda a los maestros de cursos técnicos subsecuentes a conocer a su público, compuesto mayoritariamente por estudiantes adultos. La metodología utilizada para la construcción del corpus de esta investigación tuvo en la etnografía colaborativa de clase el suporte para el uso de la investigación-acción participativa crítica (KEMMIS & McTAGGART, 2005) como método utilizado en la investigación educativa que tiene como objetivo transformaciones del contexto de búsqueda. Con el fin de triangular los datos, fue realizado grupo focal (MORGAN, 1977 y BARBOUR, 2009) para investigar el papel de los estudiantes en relación con las actividades realizadas a lo largo de las clases. Los resultados de este estudio indican que los procesos de inferencia se construyeron a lo largo de la realización de actividades integrales de producción textual y en interacciones cara a cara que se produjeron a lo largo de las actividades de lectura colectiva. Cuatro procesos inferenciales fueron revelados: (1) uso de metáforas; (2) uso de narrativas; (3) uso de expresiones referenciales y (4) realización de inferenciales conversacionales. Además de estos resultados, se encontró que las actividades de lectura en clase deben ser pensaba anteriormente por el profesor, a través de la elección de los géneros consistentes con los objetivos de la clase y el desarrollo de las actividades individuales en las cuales los estudiantes pueden reflexionar previamente sobre lo (s) texto (s) trabajado (s) para que, después, se expanden las inferenciales en los momentos de interacción con el profesor y con los compañeros, con el fin de construir letramentos críticos. Este estudio se transforma en propuesta didáctica que se pretende orientar las prácticas de lectura llevadas a cabo por los profesores de los cursos técnicos subsecuentes.
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Compreensão textual de alunos cegos com o domínio do BrailleBOAS, Ludmilla Lima Vilas 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Este estudo teve por objetivo geral investigar a compreensão textual em alunos cegos
com domínio do Braille; e como objetivos específicos: 1) averiguar as mediações entre
o aluno cego e o objeto leitura favorecidas pela família e pelo (a) professor (a); 2)
verificar a influência de uma estimulação precoce adequada favorecida pela família para
o processo de aprendizagem da leitura em Braille; 3) investigar a relação entre a
qualidade de ensino do Braille e o processo de formação de leitores críticos e
competentes; 4) averiguar a compreensão dos alunos cegos frente a um texto narrativo e
outro argumentativo. Para tal, participaram 03 estudantes cegos congênitos, 01 do
primeiro ano e 02 do terceiro ano do Ensino Médio, de uma escola pública do Recife.
Participaram também os pais/cuidadores de cada um dos alunos cegos e seus
professores. Para efetivação dos objetivos, foram realizadas entrevistas individuais com
os pais/cuidadores e professores, e entrevistas individuais e sessões de compreensão
textual com os alunos. A atividade de compreensão consistiu em responder a perguntas
inferenciais sobre dois textos escolhidos: um narrativo (A verdade) e um argumentativo
(O papel do cheiro), que foram divididos em partes previamente estabelecidas pelo
pesquisador. A análise dos dados foi de natureza qualitativa e realizada em duas etapas.
A primeira foi a análise das entrevistas e a segunda, a análise das sessões de
compreensão textual. Foram encontrados os seguintes resultados: 1) relação entre a
estimulação precoce favorecida pela família e o processo de aprendizagem do Braille,
pois, quando não era fornecido ao participante cego esse tipo de estimulação, mais
especificamente a tátil, ele acabava tendo maiores dificuldades no aprendizado do
Braille, o que refletia negativamente nos seus hábitos de leitura. Porém, a relação oposta
também foi constatada; 2) averiguou-se como as mediações entre o aluno cego e as
práticas de leitura favorecidas pelos professores tinham uma influência negativa nos
hábitos de leitura com a família, afinal, como o trabalho com a leitura em sala de aula
não tem despertado o prazer pelo ato de ler nos alunos cegos, então, esse aluno perde o
interesse em compartilhar com seus familiares as leituras que foram realizadas na
escola; 3) observou-se uma segregação no trabalho com a leitura, na escola, e que esta
segregação acabava deixando lacunas no que diz respeito às atividades envolvendo o
contato com textos em Braille. Assim, o processo de formação de leitores acabava
sendo prejudicado, sendo necessário que o aluno cego buscasse em outros ambientes
formas de acesso à leitura que pudessem favorecer esse processo, como era o caso do
computador; 4) verificou-se que a escola exerce um papel relevante, pois foi reservado à
ela a função de presevar as práticas do Braille, mostrando-se, também, fundamental para
a superação da timidez e ganhos no desenvolvimento social de um participante; 5) em
relação à compreensão textual dos alunos, em vários momentos, eles demonstraram
dificuldade em integrar os seus conhecimentos prévios às informações textuais para o
estabelecimento das inferências. Em outros, eles produziram muitas inferências
esperadas, sendo estas, na maioria, de base textual, pois os participantes se preocuparam
em buscar as respostas exclusivamente a partir das informações presentes na superfície
textual, em especial, no texto argumentativo
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Inferência e argumentação na constituição da compreensão textualCassiany Ferro Cavalcante, Tícia January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / Muitos estudos acerca da compreensão textual têm sido realizados, destacando a
importância do processo inferencial. Nessas investigações cognitivistas sugerem
que, ao realizar a leitura, o indivíduo acessa suas representações mentais para
compreenderem o texto. Na presente pesquisa, entretanto, propõe-se que a
compreensão de texto não é uma atividade mental e sim uma atividade dialógica.
Assim, considera-se aqui que inferência de predição é um processo cognitivodiscursivo
de natureza inerentemente argumentativa, sendo constituído pela
apreciação valorativa dos leitores durante a geração de suas hipóteses acerca da
continuação do texto. Ao elaborar as inferências de predição, processo essencial
à sua compreensão, o leitor precisa negociar entre alternativas de continuação do
texto, para escolha de uma hipótese que pode ser confirmada, ajustada ou
refutada. Nesse processo de negociação entre as diversas possibilidades de fazer
sentido ao texto, o conhecimento de mundo desempenha papel crucial, permitindo
que o leitor elabore argumentos e realize avaliações acerca do texto. Sendo
assim, as inferências preditivas são constituídas pelas operações argumentativas:
argumento (ponto de vista e justificativa) e movimentos opositivos. Esse estudo
teve como objetivo investigar micro-analiticamente o processo de geração de
inferências de predição. Os participantes dessa investigação foram sete (07)
leitoras universitárias, com idades entre 20 a 23 anos, de uma universidade
particular da cidade do Recife, cursando Fonoaudiologia. As leitoras participaram
individualmente de uma atividade de leitura de uma história e de um teste de
compreensão on-line, sendo solicitadas a responderem, oralmente e em voz
audível, a questões que apareciam no decorrer do texto na situação de leitura. As
perguntas, que surgiam a cada fragmento do texto lido, possibilitavam a
emergência de inferências de predição de natureza consciente, e posteriormente,
a verbalização das bases geradoras dessas inferências. Para entender a
argumentatividade inerente ao processo de inferência de predição, foi realizada
uma análise processual que permitiu capturar as operações argumentativas
presentes nas predições. Os resultados indicaram que as inferências preditivas
possuem natureza essencialmente argumentativa, pois sua configuração emerge
em forma de conclusão de argumento (pontos de vista) na maioria das
seqüências discursivas investigadas. Ao explicitar as bases geradoras das
inferências preditivas, as participantes demonstram que essas inferências foram
elaboradas argumentativamente ao verbalizar os fundamentos dos pontos de
vista (justificativas). Houve muitos movimentos de oposição nos argumentos das
participantes, indicados pelos marcadores lexicais, que sugeriram um
enfraquecimento dos argumentos dos participantes, ao precisarem negociar entre
as diversas possibilidades de continuação do texto. Esses movimentos de
oposição foram indicativos de ajuste e refutação de alguns argumentos das
participantes ao negociarem com as vozes dialógicas pela consideração de outras
perspectivas de continuação textual
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Compreensão oral de crianças com e sem desvio fonológico: uma abordagem de diferentes dimensões lingüísticasLUCENA, Jonia Alves January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / O desvio fonológico consiste em uma dificuldade de fala caracterizada pelo uso
inadequado dos sons, de acordo com a idade e variações regionais. Tal distúrbio pode
envolver erros de produção, percepção ou organização dos sons capazes de prejudicar a
criança nos âmbitos educacional, social e emocional. Considerando que a dimensão
fonológica está afetada, é comum, em terapia fonoaudiológica para os desvios de fala,
que a atenção do terapeuta esteja voltada, apenas, para o trabalho com os diversos sons
da fala. Entretanto, na prática clínica fonoaudiológica, muitas vezes de forma empírica, é
possível observar crianças que apresentam desvios fonológicos, demonstrando, também,
dificuldades em outras dimensões lingüísticas. Este estudo teve por objetivo, portanto,
analisar a compreensão oral de crianças com desvio fonológico, comparando-as com
crianças que não apresentam tal dificuldade de fala. Foram abordados, especificamente,
aspectos da compreensão semântica e da sintaxe, bem como a compreensão textual.
Participaram do estudo 36 crianças, distribuídas entre a Alfabetização, 1ª e 2ª séries,
pertencentes a escolas da rede pública de ensino. Desse grupo, 18 crianças tinham
diagnósticos clínicos de desvio fonológico, enquanto as demais não apresentavam tal
patologia, sendo emparelhadas com as crianças do grupo com desvio, de acordo com
idade, série, tipo de instrução, nível socioeconômico-cultural e memória de trabalho. As
crianças foram submetidas a tarefas que avaliaram: a compreensão semântica (Teste de
Vocabulário do WISC e Teste de Vocabulário por Imagens); compreensão de sentenças
sintaticamente complexas, que variavam quanto à intensidade de pistas semânticopragmáticas;
e compreensão textual, avaliada por meio da utilização de dois textos de
estruturas distintas que requeriam respostas a perguntas literais e inferenciais. A análise
que focalizou a comparação entre grupos mostrou que crianças sem desvio fonológico
tiveram desempenhos significativamente superiores às crianças com desvio fonológico na
tarefa de compreensão semântica do WISC. Esses dados podem apontar para o
comprometimento de desenvolvimento semântico da criança que apresenta desvio
fonológico, envolvendo o processo de compreensão. Isso consiste em achado peculiar,
pois leva o fonoaudiólogo a refletir sobre propostas de avaliação e tratamento para os
desvios fonológicos. Quanto às demais tarefas que avaliaram a compreensão oral, não
foram registradas diferenças significativas entre os dois grupos de crianças. Entretanto,
vale ressaltar que as duas crianças do grupo experimental que apresentavam desvio
severo de fala foram exatamente aquelas que não pontuaram em nenhuma das tarefas de
compreensão textual. Esse dado sugere que o grau de severidade do desvio é uma
variável que pode estabelecer uma relação direta com o comprometimento de linguagem
da criança como um todo. Por fim, observou-se que tanto crianças com desvio fonológico
como crianças sem desvio fonológico apresentaram dificuldades no processamento de
sentenças que requeriam uma análise prioritária de seus componentes
intraproposicionais. Também ficou demonstrado que as crianças de ambos os grupos
tiveram problemas na realização de inferências textuais. São achados preocupantes, pois
dizem respeito ao desenvolvimento lingüístico das crianças envolvidas, o que aponta para
a necessidade de refletir sobre alternativas de trabalho de compreensão junto às crianças,
nas escolas
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Produção e compreensão textual : um estudo comparativo junto a universitários surdos e ouvintes / Textual producion and comprehension : a comparative studie with hearing and deaf university studentesPimenta, Meireluce Leite 15 August 2008 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, 2008. / Submitted by Luana Patrícia de Oliveira Porto (luana_porto_23@hotmail.com) on 2010-03-11T17:31:41Z
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2008_MeireluceLeitePimenta.pdf: 1016847 bytes, checksum: 65553930115468a9fb583e5a124195a7 (MD5) / Approved for entry into archive by Carolina Campos(carolinacamposmaia@gmail.com) on 2010-03-16T17:04:04Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2008_MeireluceLeitePimenta.pdf: 1016847 bytes, checksum: 65553930115468a9fb583e5a124195a7 (MD5) / Made available in DSpace on 2010-03-16T17:04:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2008_MeireluceLeitePimenta.pdf: 1016847 bytes, checksum: 65553930115468a9fb583e5a124195a7 (MD5) / O letramento do surdo particulariza pelo menos duas questões importantes: o processo de aquisição do português na modalidade escrita, como segunda língua, e a competência cognitiva que essa aquisição requer. Assumindo a função sócio-comunicativa do texto, desenvolvemos um estudo comparativo com surdos e ouvintes universitários com enfoque na sua produção e compreensão textual. O nosso objetivo foi analisar em que medida as particularidades da aquisição do português por estes sujeitos influenciam a sua compreensão textual. A nossa suposição era de que o sistema lingüístico alfabético poderia ser acessado pela codificação fonológica e pela codificação visual. Cinco estudantes universitários surdos entre 26 e 31 anos de idade e cinco estudantes universitários ouvintes entre 20 e 29 anos de idade participaram do estudo. Os sujeitos foram convidados a ler um texto jornalístico (de natureza argumentativa) e a responder, individualmente, a um protocolo com vistas na obtenção, por escrito, de informações sobre a sua compreensão textual. As respostas, consideradas como texto escrito, foram submetidas à análise gramatical e se extraíram as proposições, tomadas como a menor unidade de sentido. Os resultados evidenciaram que: a) quatro surdos e quatro ouvintes conseguiram acessar os argumentos apresentados no texto, o que caracteriza a compreensão textual e os demais apresentaram dificuldades na interlocução com o texto; b) surdos utilizam o processamento visual e a estrutura da língua de sinais na produção escrita, o que é diferente do processamento fonológico de decodificação dos ouvintes. Discute-se a necessidade de uma metodologia de ensino de segunda língua que se fundamente primeiramente no processamento visual e em segundo lugar no desenvolvimento da consciência sintática e morfossintática. _________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The lettering of the deaf people particularizes at least two important questions: the process of the Portuguese language acquisition in the written modality, as second language, and the cognitive competence that this acquisition needs. Assuming the social and communicative functions of the text, we developed a comparative study with deaf and hearing university students focusing their textual production and comprehension. Our objective was to analyze how the particularities of acquiring Portuguese could influence their textual comprehension. Our supposition is that the language alphabetic system could be accessed by the phonological and visual coding. Five deaf university students between 26 and 31 years old and five hearing university students, between 20 and 29 years old participated of the study. The people were asked to read a journalist text (that had an argumentative nature) and to answer, individually, a protocol, which would obtain the written information about their textual comprehension. The answers considered written text were grammatically analyzed and the following propositions were extracted, considered as the least unity of sense. The results evidenced that: a) four deaf and four hearing could access the arguments presented in the text what characterizes the textual comprehension. The others had difficulties in the interlocution with the text. b) the deaf people used the visual process and the sign language structure in the written production what is different of the hearing phonological processing of decoding. We discuss the necessity of a teaching methodology of a second language based firstly in the visual processing and after in the syntactic and morpho-syntactic awereness developing.
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A Inferência no Livro Didática de Língua Portuguesa do 5º Ano Recife 2015LUZ, Maria Anunciada Silva da 16 December 2015 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2016-07-06T12:04:39Z
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Previous issue date: 2015-12-16 / CAPEs / O objetivo geral desta pesquisa de mestrado é propor uma reflexão sobre atividades para a leitura e a compreensão leitora em livros didáticos, verificando se os livros analisados promovem o desenvolvimento de competências para a depreensão de conteúdos implícitos na leitura. As atividades analisadas são as que demandam respostas escritas, ou a indicação de um item no formato de múltipla escolha, presentes em dois exemplares de livros didáticos adotados em duas escolas da Rede Municipal de Recife, e utilizados no triênio (2013-2015) em turmas do 5º ano do Ensino Fundamental. Esse objetivo foi delineado a partir das seguintes questões de pesquisa: os livros didáticos de Língua Portuguesa trazem atividades de compreensão leitora que demandem o uso da inferência e contribuem para o desenvolvimento de competências cognitivas para a depreensão de informações implícitas nos textos, por parte de estudantes do 5º ano? Há, nos livros didáticos, atividades suficientes para se trabalhar a inferência numa perspectiva da leitura como construção de sentidos e não como mera decodificação? Para responder a esses questionamentos de pesquisa, apoiamo-nos em estudos da natureza dos conteúdos implícitos realizados por Ducrot (1984), Kerbrat-Orecchioni ([1986]1998); da classificação das atividades de compreensão de textos elaborada por Marcuschi ([2001]2008); e nas abordagens de leitura Leffa (1999). Procedemos à análise qualiquantitativa dos dados, dando enfoque aos conteúdos implícitos cuja identificação demanda o uso da inferência para a compreensão leitora dos textos que figuram nos livros didáticos de língua portuguesa (doravante LDP) constituintes do corpus. Os resultados mostram que os livros didáticos analisados apresentam poucas atividades significativas que demandem o uso da inferência em leitura e compreensão textuais para estudantes do 5º ano, e, sobretudo no desenvolvimento de atividades competências cognitivas para a depreensão de informações implícitas nos textos. Como proposta para o enfrentamento do problema, pretendemos ampliar a discussão, sugerindo alternativas que possam colaborar com a formação dos professores dessa rede pública de ensino, de modo que se possa ter mais autonomia e um melhor direcionamento das atividades de compreensão propostas por livros didáticos adotados nas escolas. / O objetivo geral desta pesquisa de mestrado é propor uma reflexão sobre atividades para a leitura e a compreensão leitora em livros didáticos, verificando se os livros analisados promovem o desenvolvimento de competências para a depreensão de conteúdos implícitos na leitura. As atividades analisadas são as que demandam respostas escritas, ou a indicação de um item no formato de múltipla escolha, presentes em dois exemplares de livros didáticos adotados em duas escolas da Rede Municipal de Recife, e utilizados no triênio (2013-2015) em turmas do 5º ano do Ensino Fundamental. Esse objetivo foi delineado a partir das seguintes questões de pesquisa: os livros didáticos de Língua Portuguesa trazem atividades de compreensão leitora que demandem o uso da inferência e contribuem para o desenvolvimento de competências cognitivas para a depreensão de informações implícitas nos textos, por parte de estudantes do 5º ano? Há, nos livros didáticos, atividades suficientes para se trabalhar a inferência numa perspectiva da leitura como construção de sentidos e não como mera decodificação? Para responder a esses questionamentos de pesquisa, apoiamo-nos em estudos da natureza dos conteúdos implícitos realizados por Ducrot (1984), Kerbrat-Orecchioni ([1986]1998); da classificação das atividades de compreensão de textos elaborada por Marcuschi ([2001]2008); e nas abordagens de leitura Leffa (1999). Procedemos à análise qualiquantitativa dos dados, dando enfoque aos conteúdos implícitos cuja identificação demanda o uso da inferência para a compreensão leitora dos textos que figuram nos livros didáticos de língua portuguesa (doravante LDP) constituintes do corpus. Os resultados mostram que os livros didáticos analisados apresentam poucas atividades significativas que demandem o uso da inferência em leitura e compreensão textuais para estudantes do 5º ano, e, sobretudo no desenvolvimento de atividades competências cognitivas para a depreensão de informações implícitas nos textos. Como proposta para o enfrentamento do problema, pretendemos ampliar a discussão, sugerindo alternativas que possam colaborar com a formação dos professores dessa rede pública de ensino, de modo que se possa ter mais autonomia e um melhor direcionamento das atividades de compreensão propostas por livros didáticos adotados nas escolas.
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Softwares Educativos: Critérios de Avaliação a partir dos Discursos da Interface, da Esfera Comunicativa e do Objeto de EnsinoSILVA, Ana Cristina Barbosa da 31 January 2012 (has links)
Submitted by Amanda Silva (amanda.osilva2@ufpe.br) on 2015-04-13T12:30:24Z
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Previous issue date: 2012 / CAPES / Percebendo-se a necessidade de cada vez mais se investir em pesquisas relacionadas à informática na sala de aula, mais especificamente no ensino de língua materna, surgiu a ideia de elaborar critérios para avaliar softwares educativos (SE) de leitura e compreensão textual. Então, partiu-se da seguinte problemática: quais aspectos são necessários para considerar um SE de ensino da leitura e compreensão textual favorável a um trabalho pedagógico de qualidade? Para solucionar tal problemática, esta pesquisa teve como objetivo: Propor critérios de avaliação de softwares educativos que possam atender às características de um software que possibilite bom trabalho pedagógico, a partir da avaliação de softwares educativos fechados de Língua Portuguesa e de Língua Francesa, ambas como línguas maternas, em disco compacto e da web relacionados ao ensino da leitura e compreensão textual do nível dos últimos anos do ensino fundamental. Nesta perspectiva, recorreu-se a uma abordagem transdisciplinar para poder dar conta do objeto de estudo, contemplando, portanto, as seguintes áreas: Tecnologia, Educação, Estudos do Letramento Digital, Ensino de Língua Materna, Linguística Textual, Gêneros Textuais/Discursivos, Psicolinguística, Análise Dialógica do Discurso e Psicologia. Contudo, a ênfase metodológica foi na perspectiva de Bakhtin do estudo da língua, tomando-se a leitura dentro das práticas sociais da linguagem a partir dos conceitos do autor, em conjunto com a ordem em que ele preconiza para o estudo da língua. Desta maneira, construiu-se uma esquematização, juntando as práticas sociais de uso da linguagem com os aspectos relevantes para o processamento de leitura. Esta sendo vista em duas perspectivas: como instrumento que viabiliza o usuário do SE se encaminhar na tela do ambiente digital; a leitura como objeto de ensino e aprendizagem. E assim, foram estabelecidas as dimensões, as categorias e os critérios de avaliação de SE. Em seguida, foram analisados cinco SE, três em disco compacto: O Que Vem a Seguir? (OQS), Educandus 2010 – Português (E2010P), Elsa (El) e dois de portais educacionais: Aprendizagem Digital (AD) e Praticando a Concordância (PC). Como resultado, verificou-se que os SE obtiveram nas dimensões técnicas, pedagógicas e específicas o seguintes percentuais de aproveitamento e conceitos: OQS 46,97%, regular, 52,86%, bom, 18,30%, fraco; E2010P 72,86%, bom, 35,93%, regular, 24, 57%, fraco; El 46,43%, regular, 72,86%, bom, 28,36%, regular; AD 56,81%, bom, 56,25%, bom, 17,31%, fraco; PC 75%, bom, 69,28%, bom, 18,10%, fraco. Na dimensão técnica três softwares oferecem boas potencialidades: E2010P, AD e PC; na pedagógica quatro softwares apresentaram conceito bom: OQS, El, AD e PC; na específica não houve conceito bom, apenas um regular, o El. Os demais softwares resultaram em níveis abaixo do esperado de um SE que possa desenvolver no estudante habilidades leitoras.
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Práticas de leitura no 1º ano do ensino fundamental: processos de mediação e compreensão textual em sala de aula.SANTOS, Eline de Melo 31 January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / O aprendizado da leitura é um dos múltiplos desafios da escola, talvez o mais cobrado e
valorizado pela sociedade (Foucambert, 1994). Na concepção de Fávero (2005), a atividade humana é mediada sócio culturalmente e no que se refere à atividade de leitura, entende que o leitor comunica-se com o texto, não apenas o decifra. Assim, esta é tomada como compreensão, como atividade inferencial. A linguagem, por sua vez, é concebida como criação de sentido, encarnação de significação, que dá origem à comunicação. A língua é um conjunto de atividades sociais e históricas (Leite, 2000; Marcuschi, 2008), ela não se resume a um simples código autônomo preexistente e exterior ao falante (Marcuschi, 2008). Logo,compreender é uma relação dialógica entre leitor-texto-autor, sendo o processo inferencial um fator relevante e essencial na compreensão de textos (Bronckart, 2003). A partir do exposto, teve-se por objetivo geral: conhecer e analisar as práticas de leitura suscitadas por uma professora em sala de aula e entender como se dá o processo de compreensão leitora compartilhada entre os alunos de uma turma do 1º ano do 1º ciclo. Como objetivos específicos buscaram-se: (a) analisar a compreensão em leitura dos estudantes frente aos textos utilizados em sala de aula; (b) verificar se há produção de sentidos compartilhada e a geração de inferências; (c) descrever e analisar as práticas de leitura e a mediação realizada
por uma professora do 1º ano do 1º ciclo; (d) conhecer a concepção da professora acerca do ensino da língua e da leitura. Para tal, realizou-se um estudo qualitativo do qual participaram catorze alunos de uma escola particular da cidade do Recife, frequentando o 1º ano do 1º ciclo, a respectiva professora (regente) e uma auxiliar de sala.A idade média dos alunos é de 6 anos.Como técnicas de coleta de dados, foram realizadas oito observações em sala de aula para descrever e analisar as práticas de leitura da docente e a produção de sentidos dos alunos na relação com os textos e com o contexto. Também foi realizada uma entrevista com a professora (regente), a fim de coletar alguns dados pessoais, informações sobre a formaçãoprofissional, aspectos da concepção de ensino da língua e da aprendizagem da leitura, assim como dados referentes à sua trajetória de leitura e acesso a outras linguagens. Como
instrumentos utilizaram-se uma câmera de vídeo para registro das aulas observadas, um MP4 para gravação de áudio (entrevista com a docente)e, como material, roteiro semiestruturado de entrevista, papel e caneta para anotações e registros. A análise dos dados foi de natureza qualitativa, objetivando-se duas etapas de análise. A primeira etapa teve como objetivo realizar uma análise geral das situações coletadas em sala de aula, descrevendo-as detalhadamente, objetivando interpretar as ações observadas, buscando os significados destas atividades. Nesta etapa, foi utilizada a análise microgenética (Meira, 1994). A segunda etapa de análise, por sua vez, teve como objetivo apreender os sentidos que constituem o conteúdo do discurso do sujeito informante (docente) através de ‘núcleos de significação’ (Aguiar
&Ozella, 2006). Os resultados obtidos demonstraram uma forte ligação entre discurso e
prática pedagógica, revelando uma relação de influência entre o ensino que a professora recebeu, enquanto aluna, e a prática e mediação que adota no ensino da leitura com os seus alunos. Quanto às situações de leitura, a mediação da professora objetivou, na maior parte do tempo, favorecer e verificar a compreensão literal dos textos. Verificou-se a necessidade de se validar o processo de construção da compreensão compartilhada, assim como, a elaboração de inferências nas atividades de leitura na sala de aula.
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OUSO DO DICIONÁRIO ON-LINE NA COMPREENSÃO DE TEXTOS EM LÍNGUA ESPANHOLAMartins, Neusa Maria Rossi Ernst 28 February 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-02-28 / ...
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Práticas escolares de leitura e os descritores da prova Brasil: relação entre as ações da sala de aula e a concepção de leitura do SaebSarinho Júnior, José Maria de Aguiar 20 August 2015 (has links)
Submitted by Thiago Bronzeado de Andrade (thiago@ch.uepb.edu.br) on 2018-06-13T14:43:33Z
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Previous issue date: 2015-08-20 / CAPES / This research aims to analyze, in classes of 9th year of Elementary School from two
public schools of the city Orobó/PE, how and how often the strategies are enabled
during the reading practices by the student. Based on these considerations, working
with reading in the classroom has been a topic thoroughly discussed by researchers
in recent decades. These studies emphasize that the teaching of reading,
particularly, must adopt a prominent position in native language classes, making the
student/reader subject of the process. According to Freire (2011), it is essential to
deal with the issue of reading because it must involve a critical concept that goes
beyond word decoding or language. Thus, the reading process should be conceived
as a social and metacognitive activity in essence, an integral part of a practice of
language use in socio-historical and cultural events. In this sense, the teaching of
reading needs to make the student capable of appropriating the deep significance of
the texts which they are encountered, in order to rebuild them or reinvent them.
Therefore, this research is based according to scholars as Antunes (2003, 2005,
2009, 2010), Colomer and Camps (2002), Dell’Isola (2001), Foucambert (2008),
Freire (2011), Kleiman (2013a, 2013b), Koch (2009, 2013), Koch and Elias (2013),
Leffa (1996), Liberato and Fulgencio (2012), Marcuschi (2002, 2008), Rojo (2009,
2012), Soares (2012, 2014) and Solé (1998), among others, whose conception of
reading is related to the teaching of language in a linguistic-communicative
perspective. This research is related to both the positivist paradigm and the
interpretativist one, methodology proposed by Bortoni-Ricardo (2008), comprising the
following stages: firstly, it was applied a questionnaire about reading strategies used
by students as reading habits and practices; next, the results were compared to
percentages of settlings from Test 1, whose questions were elaborated based on
Prova Brasil descriptors. After this analysis, an observation about the reading classes
of the collaborator teachers happened. Beyond those observations, it was suggested
a Didactic Sequence by the researcher teacher in order to involve textual genres
which were selected previously. Finally, it was established an analysis about the
percentages of settlings from Test 2. It must be observed that the intention of
comparing the practice of the classroom and the Prova Brasil descriptors is due to
the fact that the reading concept proposed by that test can give a new meaning to
students’ learning in several educational institutions. We achieved a significant result
from students who participated in the intervention, proving that it is possible to
promote the reading teaching from the strategies in order to become the apprentices
into proficient users of the idiom in its social context. / Esta pesquisa visa analisar, em turmas de 9º ano do Ensino Fundamental de duas
escolas públicas do município de Orobó/PE, como e com que frequência são
ativadas, pelo aluno, as estratégias durante as práticas de leitura. Nesta perspectiva,
o trabalho com leitura em sala de aula tem sido um tema bastante discutido por
pesquisadores nas últimas décadas. Estes estudos vêm enfatizar que o ensino da
leitura, particularmente, deve assumir uma postura de destaque nas aulas de língua
materna, tornando o aluno/leitor sujeito do processo. Segundo Freire (2011), tornase
indispensável tratar da questão da leitura porque a mesma deve envolver uma
concepção crítica que vai além da decodificação da palavra ou da linguagem. Dessa
forma, a leitura deve ser concebida como uma atividade sócio e metacognitiva por
essência, inserida em uma prática de uso da linguagem em eventos sociohistóricos
e culturais. Nesse sentido, o ensino de leitura precisa tornar o aluno capaz de
apropriar-se da profunda significação dos textos com os quais se depara, com vistas
a reconstruí-los ou reinventá-los. Para tanto, a pesquisa fundamenta-se à luz das
considerações de Antunes (2003, 2005, 2009, 2010), Colomer e Camps (2002),
Dell’Isola (2001), Foucambert (2008), Freire (2011), Kleiman (2013a, 2013b), Koch
(2009, 2013), Koch e Elias (2013), Leffa (1996), Liberato e Fulgêncio (2012),
Marcuschi (2002, 2008), Rojo (2009, 2012), Soares (2012, 2014) e Solé (1998),
dentre outros, cuja concepção de leitura vincula-se ao ensino de língua numa
perspectiva linguístico-comunicativa. Esta pesquisa está relacionada tanto ao
paradigma positivista quanto ao interpretativista, metodologia proposta por Bortoni-
Ricardo (2008), compreendendo os seguintes momentos: primeiramente, foi
aplicado um questionário sobre as estratégias de leitura utilizadas pelos alunos
como hábito e práticas de leitura; em seguida, foram comparados os resultados com
os percentuais de acertos da Avaliação 1, cujas questões foram elaboradas com
base nos Descritores da Prova Brasil. Após essa análise, procedeu-se à observação
das aulas de leitura dos professores colaboradores da pesquisa. Além das
observações, foi proposta uma Sequência Didática pelo professor pesquisador de
modo que pudesse contemplar gêneros textuais previamente selecionados. Por
último, foi estabelecida uma análise dos percentuais de acerto a partir da Avaliação
2. Ressalta-se que a intenção em comparar a prática em sala de aula e os
descritores da Prova Brasil deve-se ao fato de que a concepção de leitura proposta
por esse teste pode ressignificar a aprendizagem dos alunos nas diversas
instituições escolares. Obtivemos um resultado expressivo por parte dos alunos que
participaram da intervenção, comprovando que é possível promover o ensino da
leitura a partir das estratégias com o propósito de tornar os aprendizes usuários
proficientes da língua em seu contexto social.
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