1 |
Associação entre os estágio da sarcopenia, densidade mineral óssea e osteoporose em mulheres idosasLemos, Rafael Raposo 13 August 2018 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação Física, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, 2018. / Contextualização: Embora a osteoporose e a sarcopenia estejam aumentando à medida que o envelhecimento populacional aumenta em todo o mundo, a associação entre estágios de sarcopenia e osteoporose ainda não foi investigada. Objetivo: Examinar a associação entre diferentes estágios de sarcopenia, densidade mineral óssea e a prevalência de osteoporose em mulheres idosas. Métodos: 234 mulheres (68,3 ± 6,3 anos; 27,8 ± 4,4 kg/m2) foram submetidas a medidas de composição corporal e densidade mineral óssea (DMO) por meio do DXA. A força do quadríceps foi avaliada utilizando o dinamômetro Isocinético (Biodex System 3), enquanto que o timed up and go foi conduzido como uma medida da funcionalidade. Os estágios da sarcopenia foram classificadas de acordo com o Grupo de Trabalho Europeu sobre Sarcopenia em Pessoas Idosas (EWGSOP): não sarcopenia, pré-sarcopenia, sarcopenia e sarcopenia grave. Osteoporose foi definida como densidade mineral óssea no quadril ou na coluna vertebral ≤ 2,5 desvios padrão abaixo da média de uma população de referência jovem-adulto. Modelos ANOVA, testes quiquadrado e odds ratio foram calculados, com nível de significância estabelecido em p <0,05. Resultados: As prevalências de osteoporose foram de 15,8%, 19,2%, 35,3% e 46,2% para não-sarcopenia, pré-sarcopenia, sarcopenia e sarcopenia grave, respectivamente. A DMO e os T-scores foram significativamente menores entre todos os estágios da sarcopenia quando comparados com o grupo não-sarcopenia (todos os valores de P <0,05, η2 p: 0,113 a 0,109). Sarcopenia grave mostrou menor densidade mineral óssea e T-score para o corpo total, coluna lombar e colo do fêmur quando comparado ao grupo sem sarcopenia (todos os valores de P <0,05; η2 p: 0,035 a 0,037). Quando agrupados, os grupos sarcopenia e sarcopenia grave exibiram valores mais baixos de DMO em todos os locais (todos os valores de P <0,01) e apresentaram um risco significativamente maior de osteoporose (odds ratio: 3,445; IC95%: 1,521 - 7,844). Conclusão: Os resultados observados fornecem suporte ao conceito de que existe uma relação dose-resposta entre os estágios da sarcopenia, a DMO e a presença de osteoporose. Em última análise, esses resultados reforçam a significância clínica da definição da sarcopenia do EWGSOP e indicam que a sarcopenia grave deve ser vista com atenção pelos profissionais de saúde. / Background: Although both osteoporosis and sarcopenia are increasing as the aging populations increase worldwide, the association between stages of sarcopenia and osteoporosis needs to be clarified. Aim: To assess the association between different stages of sarcopenia, bone mineral density, and the prevalence of osteoporosis in older women. Methods: 234 women (68.3 ± 6.3 years; 27.8 ± 4.4 kg/m2) underwent body composition and bone mineral density measurements using DXA. Quadriceps isokinetic strength was assessed and the time up and go test was conducted as a measure of physical function. Sarcopenia stages were classified according to European Working Group on Sarcopenia in Older People (EWGSOP): nonsarcopenia, presarcopenia, sarcopenia, and severe sarcopenia. Osteoporosis was defined as bone mineral density at the hip or spine ≤ 2.5 standard deviations below the mean of a young-adult reference population. ANOVA models, chi-squared tests, and odds ratios were calculated, with significance level set at p<0.05. Results: Rates of osteoporosis were 15.8%, 19.2%, 35.3%, and 46.2% for nonsarcopenia, presarcopenia, sarcopenia, and severe sarcopenia, respectively. BMD and T-scores were significantly lower among all sarcopenia stages when compared to nonsarcopenic subjects (all P values < 0.05, η2 p: 0.113 to 0.109). Severe sarcopenia showed lower bone mineral density and T-score for total body, lumbar spine, and femoral neck when compared to nonsarcopenia group (all P values < 0.05; η2 p: 0.035 to 0.037). When grouped, sarcopenia and severe sarcopenia groups exhibited lower BMD values for all sites (all P values < 0.01), and presented a significantly higher risk for osteoporosis (odds ratio: 3.445; 95% CI: 1.521 – 7.844). Conclusion: The observed results provide support for the concept that a dose-response relationship exists between sarcopenia stages, BMD, and the presence of Osteoporosis. Ultimately, these findings strengthen the clinical significance of the EWGSOP sarcopenia definition and indicate that severe sarcopenia should be viewed with attention by healthprofessionals.
|
2 |
Associação dos níveis da proteína AD7C – NTP com a densidade mineral óssea em idosos com doença de alzheimerBarreto, Adriana Fernandes 02 April 2018 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ceilândia, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, 2018. / Submitted by Fabiana Santos (fabianacamargo@bce.unb.br) on 2018-10-04T19:57:55Z
No. of bitstreams: 1
2018_AdrianaFernandesBarreto.pdf: 2382595 bytes, checksum: afa77a2c955e2ab0c5c1103a0220e44b (MD5) / Approved for entry into archive by Fabiana Santos (fabianacamargo@bce.unb.br) on 2018-10-09T20:47:53Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2018_AdrianaFernandesBarreto.pdf: 2382595 bytes, checksum: afa77a2c955e2ab0c5c1103a0220e44b (MD5) / Made available in DSpace on 2018-10-09T20:47:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2018_AdrianaFernandesBarreto.pdf: 2382595 bytes, checksum: afa77a2c955e2ab0c5c1103a0220e44b (MD5)
Previous issue date: 2018-10-09 / Introdução: A doença de Alzheimer é a patologia com maior prevalência entre as demências. Os biomarcadores urinários possuem boa especificidade e acurácia para o diagnóstico precoce da doença. Objetivos: Analisar a relação dos níveis da AD7c-NTP com a Densidade mineral óssea em pessoas diagnosticadas com a doença de Alzheimer nas fases leve e moderada. Métodos: Estudo transversal e descritivo, que avaliou 21 idosos com a doença de Alzheimer na fase inicial e moderada da doença, realizando os procedimentos de avaliação com a coleta de dados pessoas por anamnese, questionários (mini exame do estado mental, avaliação cognitiva de Montreal, questionário de Baecke modificado e escore de avaliação clínica), analise da composição corporal e densidade mineral óssea e analise da proteína AD7c-NTP.Resultados: Foi observada uma prevalência do gênero feminino com n = 13 (61.9%), osteopenia de quadril (71,4%) e media de concentração da proteína em 2,977(±0,398). Conclusão: Ao correlacionar a proteína AD7c-NTP com as variáveis de densidade mineral óssea não foram encontradas associações lineares significantes, assim como não foram encontradas correlações significativas com a evolução da doença. / Introduction: Alzheimer's disease is the most prevalent pathology among dementias. Urinary biomarkers have good specificity and accuracy for the early diagnosis of the disease. Objectives: To analyze the relationship of AD7c-NTP levels with bone mineral density in people diagnosed with Alzheimer's disease in the mild and moderate phases. Methods: This was a cross - sectional and descriptive study that evaluated 21 elderly people with Alzheimer 's disease in the initial and moderate stages of the disease, performing the evaluation procedures with the data collection by anamnesis, questionnaires (mini mental status examination, cognitive evaluation of Montreal, modified Baecke questionnaire and clinical evaluation score), analysis of body composition and bone mineral density and analysis of AD7c-NTP protein. Results: A prevalence of females was observed with n = 13 (61.9%), hip osteopenia 71.4%) and mean protein concentration at 2,977 (± 0,398). Conclusion: When correlating the AD7c-NTP protein with the variables of bone mineral density, no significant linear associations were found, nor were significant correlations with the evolution of the disease found.
|
3 |
Características nutricionais e densidade mineral óssea em CrohnCoqueiro, Fernanda Gomes 27 March 2013 (has links)
Submitted by Flávia Ferreira (flaviaccf@yahoo.com.br) on 2015-01-21T13:38:22Z
No. of bitstreams: 1
Dissertação_Fernanda_Gomes_Coqueiro.pdf: 2927031 bytes, checksum: bf1f8eb102c172c4db63c82c17b17da4 (MD5) / Approved for entry into archive by Flávia Ferreira (flaviaccf@yahoo.com.br) on 2015-03-09T14:29:56Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Dissertação_Fernanda_Gomes_Coqueiro.pdf: 2927031 bytes, checksum: bf1f8eb102c172c4db63c82c17b17da4 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-09T14:29:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertação_Fernanda_Gomes_Coqueiro.pdf: 2927031 bytes, checksum: bf1f8eb102c172c4db63c82c17b17da4 (MD5) / Pacientes com diagnóstico de doença de Crohn (DC), comumente apresentam
diminuição da densidade mineral óssea. O peso, composição corporal e ingestão de
nutrientes são alguns fatores associados à densidade mineral óssea (DMO) na população
saudável. Objetivo: Esse trabalho visa avaliar a associação entre características
nutricionais e densidade mineral óssea em um grupo de pacientes portadores de DC.
Metodologia: Participaram do estudo 60 pacientes com diagnóstico de DC, com idade
superior a 18 anos. Foram avaliados exames bioquímicos (Proteína C reativa e
velocidade de hemossedimentação); indicadores antropométricos [índice de massa
corporal (IMC) e circunferência da cintura (CC)]; composição corporal, por absorção de
raio x de dupla energia (DEXA) em corpo total e consumo dietético, por meio de
aplicação de dois Recordatórios de 24 horas. Foram analisados os consumos de:
proteína, gordura total, cálcio, fósforo, magnésio, potássio e as vitaminas D, K e C. A
avaliação da DMO foi realizada por meio do DEXA nas vértebras lombares e colo do
fêmur. Na análise estatística, foram empregados os testes de qui-quadrado, teste T
student ou o teste de Mann-Whitney, correlação de Pearson ou Sperman e regressão
linear múltipla. Resultados: A presença de osteopenia ou osteoporose foi encontrada
com frequência nos pacientes avaliados (41,7% e 11,7%, respectivamente). Foram
observadas correlações moderadas entre DMO e IMC, massa magra, CC, ingestão de
proteína, cálcio, fósforo e magnésio em pelo menos um dos sítios avaliados. Na análise
de regressão linear para DMO da coluna, apenas IMC e ingestão de cálcio mantiveram
associação e para DMO da coluna, CC e ingestão de fósforo continuaram no modelo
final, no entanto, apresentaram baixo poder de explicação sobre a DMO. Conclusão: A
frequência de baixa DMO é elevada e o IMC e ingestão dietética de cálcio e fósforo
estão associados aos valores da DMO em pacientes com DC. Assim o estado nutricional
deficiente parece contribuir para redução da DMO em pacientes com DC, sendo
importante a otimização da avaliação e acompanhamento nutricional desses pacientes.
|
4 |
Treinamento físico como tratamento para atenuar a perda óssea em mulheres submetidas à derivação gástrica em Y de Roux: um estudo clínico randomizado / Exercise training as a treatment to attenuate bone loss in women underwent Roux-en-Y gastric bypass: a randomized controlled trialMurai, Igor Hisashi 05 June 2019 (has links)
A cirurgia bariátrica é o tratamento de primeira escolha para a obesidade mórbida, uma vez que o tratamento clínico convencional apresenta baixa eficácia em produzir uma perda de peso significativa e, consequentemente, melhorar as comorbidades associadas à essa condição clínica. Contudo, estudos demonstram uma perda óssea relevante induzida pela cirurgia bariátrica, a qual pode aumentar o risco de fraturas em longo prazo. Diante disso, este estudo clínico randomizado teve como objetivo investigar os efeitos do treinamento físico sobre a saúde óssea em mulheres submetidas à cirurgia bariátrica pela técnica de derivação gástrica em Y de Roux. Antes da intervenção cirúrgica, as pacientes realizaram avaliações de diversos parâmetros ósseos e capacidade física, e foram alocadas aleatoriamente nos grupos treinamento físico (RYGB+TF) ou tratamento convencional (RYGB). Três meses após a cirurgia, ambos os grupos foram reavaliados e iniciaram os tratamentos com duração de 6 meses. Nove meses após o início do estudo, as pacientes efetuaram novamente todas as avaliações. Os resultados demonstram que a cirurgia bariátrica reduziu significantemente o peso corporal, IMC, porcentagem de gordura, tecido adiposo visceral e massa magra (P<0,001 para todas as variáveis) em ambos os grupos. O procedimento cirúrgico induziu uma perda significante na densidade mineral óssea areal (aDMO) do fêmur total, colo de fêmur, rádio distal e corpo total nos dois grupos (P<0,001 para todos os parâmetros). Constatou-se aumentos significantes dos marcadores de remodelação óssea CTX e P1NP, bem como das proteínas esclerostina e osteopontina (P<0,05 para todos os marcadores) após a intervenção cirúrgica nos grupos RYGB e RYGB+TF. A cirurgia acarretou efeitos deletérios sobre alguns parâmetros da microarquitetura do rádio distal das pacientes, tais como a redução na espessura cortical (Ct.Th) (P=0,001) e o aumento da porosidade cortical (Ct.Po) (P=0,009). A capacidade física e funcionalidade de ambos os grupos foram negativamente afetadas pela cirurgia (P<0,001 para todas as variáveis). De modo importante, o treinamento físico mitigou a redução percentual da aDMO do fêmur total (P=0,009), colo de fêmur (P=0,007), rádio distal (P=0,038) e massa magra (P=0,048) em comparação ao tratamento convencional. Atenuações significantes ocasionadas pelo treinamento físico foram observadas para o CTX (P=0,002), P1NP (P=0,024) e esclerostina (P=0,046). O grupo RYGB+TF experimentou uma menor redução percentual da densidade mineral óssea volumétrica cortical (Ct.vDMO) do rádio distal em comparação ao grupo RYGB (P=0,024). As pacientes expostas ao treinamento físico melhoraram significantemente a força muscular de membros superiores (P=0,002) e inferiores (P<0,001), bem como desempenharam melhor os testes funcionais de Sentar e Levantar (P<0,001) e Timed Up and Go (P=0,007) em relação às pacientes que receberam o tratamento convencional. Diante desses achados, concluímos que o treinamento físico supervisionado com duração de 6 meses foi eficaz em atenuar a redução induzida pela cirurgia bariátrica dos parâmetros relacionados à saúde óssea de mulheres, bem como melhorar a capacidade física e funcionalidade desta população / Bariatric surgery is the treatment of choice for morbid obesity, since conventional treatment yields low efficacy in producing a significant weight loss and, consequently, improves obesity-related comorbidities. Nevertheless, some studies demonstrate a bariatric surgeryinduced bone loss, which may increase the long-term risk of fractures. In light of this, the aim of this randomized controlled trial was to investigate the effects of exercise training on bone health in women underwent Roux-en-Y gastric bypass. Before surgical intervention, bone parameters and physical capacity were assessed, and patients were randomly assigned into bariatric surgery plus exercise training group (RYGB+TF) or bariatric surgery (RYGB). Three months after surgery, both groups were re-assessed and underwent a 6-month exercise training program or standard of care. Nine months after surgery, patients were re-evaluated. As a result of surgery, body weight, BMI, fat percentage, visceral adipose tissue, and lean mass significantly decreased in both groups (P<0.001 for all variables). Bariatric surgery induced a significant areal bone mineral density (aBMD) loss at the total hip, femoral neck, distal radius, and whole body in both groups (P<0.001 for all sites). Bone turnover markers (i.e. CTX and P1NP), as well as sclerostin and osteopontin significantly increased after surgery in RYGB and RYGB+TF (P<0.05 for all markers). After the surgery, cortical thickness was significantly reduced in both groups (P=0.001). At the same site, cortical porosity was significantly increased after surgical procedure (P=0.009). Physical and functional capacity were negatively affected by surgery in both groups (P<0.001 for all variables). Importantly, exercise training significantly mitigated percent loss of aBMD at the total hip (P=0.009), femoral neck (P=0.007), distal radius (P=0.038), and lean mass (P=0.048) compared to standard of care. Exercise also attenuated CTX (P=0.002), P1NP (P=0.024), and sclerostin (P=0.046). A significantly reduced percent loss in cortical volumetric bone mineral density (Ct.vBMD) at the distal radius was observed in RYGB+TF group compared to RYGB (P=0.024). Patients underwent exercise training significantly improved upper-limb muscular strength (P=0.002), lower-limb muscular strength (P<0.001), as well as Sit-to-Stand test (P<0.001) and Timed Up and Go test (P=0.007) compared to individuals who received standard of care. Thus, we conclude that a 6-month, supervised exercise training program was capable of attenuating bariatric surgery-induced bone loss, as well as improves physical and functional capacity in women
|
5 |
Avaliação por densitometria óssea e microtomografia computadorizada 3D de (compósito) manta óssea à base de quitosana, hidroxiapatita e colágeno, como reparo de falhas ósseas induzidas experimentalmente em tíbias de ovinos / Evaluation by bone densitometry and 3D micro-computed tomography of chitosan, hydroxyapatite and collagen composite as bone substitute in bone defect experimentally induced in the tibia of sheepLhamas, Cinthia Lima 16 November 2016 (has links)
A ocorrência de fraturas em animais e, especialmente nas espécies de grande porte, geram preocupação quanto ao custo do tratamento e a ocorrência de sequelas, pois há a possibilidade de complicações pela carga excessiva que esses animais exercem sobre os membros. Dessa forma é importante a imobilização imediata do membro e de maneira adequada, e avaliar se há necessidade de se realizar cirurgia para estabilização da fratura. Em algumas fraturas pode haver falhas ósseas, principalmente em fraturas cominutivas com extensa lesão de tecidos adjacentes, o que dificulta e prolonga o tempo de consolidação. Por essas razões vem sendo estudado, há alguns anos, o uso de substitutos ósseos na forma de cimentos ou mantas ósseas para reparar esses defeitos. O estudo com biomateriais como substitutos ósseos tem tido grande evolução nos últimos anos, e aqueles à base de quitosana, hidroxiapatita e colágeno apresentam grande vantagem, pois a quitosana estimula a regeneração óssea, a hidroxiapatita confere a dureza que o material exige, e o colágeno fornece maleabilidade. O presente projeto teve por objetivo avaliar o reparo ósseo após implante de compósito à base de quitosana, hidroxiapatita e colágeno, em falhas ósseas de tíbias de ovinos induzidas experimentalmente. Foram utilizados os métodos de imagem por densitometria ótica radiográfica e microtomografia computadorizada 3D para avaliar o grau e o tempo de reparo ósseo, assim como a densidade mineral óssea durante a cicatrização. As falhas ósseas foram confeccionadas nas tíbias de ovelhas, em ambos os membros, onde foi implantado o biomaterial em um deles, e o membro contralateral mantido como controle. Posteriormente, os animais foram submetidos a exames radiográficos, quinzenalmente, até 90 dias de pós operatório. Após este período, os animais foram submetidos à eutanásia e fragmentos das tíbias foram colhidos para avaliação por microtomografia computadorizada 3D. Observou-se, pelos resultados qualitativos das imagens radiográficas e dos dados estatísticos, que houve absorção gradativa do biomaterial, e que não houve diferença estatística em relação à densidade mineral óssea entre os dois grupos estudados, embora a DMO tenha sido maior nos membros com o biomaterial. Este método mostrou-se prático e eficaz, além de ser uma técnica não invasiva. A microtomografia computadorizada 3D revelou importantes informações quanto à porosidade óssea e volume ósseo entre os dois grupos. As imagens em 3D mostraram detalhes do osso que não eram possíveis de visualizar por meio das radiografias. Dessa forma é uma técnica bastante eficaz e detalhada, mas é necessária padronização de todas as amostras para poder quantificar os valores adequadamente. O estudo estatístico não mostrou diferenças entre os grupos com biomaterial e controle para os parâmetros de volume ósseo, grau de porosidade e porcentagem de volume ósseo. Porém, pelas imagens em 3D observa-se nitidamente maior quantidade de poros nas amostras controle em relação às amostras com biomaterial. Conclui-se com este estudo que as técnicas de densitometria óssea por raios-X e µCT 3D são bastante eficazes para avaliar a cicatrização óssea em ovinos / The occurrence of fractures in animals and, especially, in large animals are conditions that generate concern about the cost of treatment and the occurrence of future complications because there is the possibility of complications due to excessive load that these animals receive in their limbs. Thus, it is important the limb immobilization immediately and appropriately and assess whether it is necessary to perform surgery to stabilize the fracture. In some kinds of fractures, it might have large bone defects, mainly in comminuted fractures with extensive damage to surrounding tissue, which makes it more difficult and prolongs the consolidation time. For these reasons, scientists have been studied the use of bone substitutes in the form of bone cements to repair these defects. The study of biomaterials as bone substitutes has had great progress in last years, and those based on chitosan, hydroxyapatite and collagen had great advantage because chitosan stimulates bone regeneration, hydroxyapatite confers the hardness that the material requires, and collagen provides flexibility to the material. This project aims to assess bone repair after deploying a composite of chitosan, collagen and hydroxyapatite in bone defects experimentally induced in sheep tibiae. For assessing the degree and the time of bone healing, it was used imaging techniques like radiographic bone densitometry and 3D micro-computed tomography. Bone defects were made in the sheep tibiae in both limbs where the biomaterial was deployed in one of them, and the control was the contralateral limb. After the surgeries, the animals were submitted to radiographic exams every two weeks until 90 days postoperatively. After this period, the animals were euthanized and harvested tibiae fragments for evaluation by 3D micro-computed tomography. Through the qualitative results of images and statistical data, it was observed, radiographically, that there was a gradual absorption of the biomaterial, and also that there was no statistical difference in relation to bone mineral density between the two groups. The method of determining the X-ray BMD proved to be practical and effective, and it is a noninvasive technique. 3D micro-computed tomography revealed important information about bone porosity and bone volume between the two groups. The 3D images showed bone details that were not possible to visualize through radiographs. Thus it is a highly effective and detailed technique, but it requires patterning of all the samples in order to quantify the amounts properly. Statistical analysis showed no differences between the groups for bone volume parameters, degree of porosity and percentage of bone volume. However in the 3D images, it can be observed clearly larger amount of pores in the control samples in comparison to those with biomaterial. It is concluded from this study that the techniques of bone densitometry X-ray and 3D µCT are very effective to evaluate bone healing in sheep. Bone mineral density was higher in limbs with biomaterial and there was a higher bone volume and lower degree of porosity in the samples with biomaterial compared to the control group
|
6 |
Associação entre o padrão alimentar e a densidade mineral óssea de mulheres menopausadas com osteoporose / The association between dietary patterns and bone mineral density in postmenopausal women with osteoporosisFrança, Natasha Aparecida Grande de 16 May 2014 (has links)
Introdução: A osteoporose requer estratégias para prevenir sua progressão, garantindo melhores condições de vida aos pacientes. Padrões alimentares fornecem informações sobre a influência da dieta global, contribuindo para o cuidado desses indivíduos. Objetivo: Investigar a associação entre o padrão alimentar e a densidade mineral óssea de mulheres menopausadas com osteoporose. Métodos: Trata-se de estudo transversal com 156 mulheres (> 45 anos), atendidas em ambulatório da cidade de São Paulo, Brasil. Densidade Mineral Óssea (DMO; g/cm2) da coluna (CL), fêmur total (FT), colo do fêmur (CF) e corpo total (CT) foram obtidas por absorciometria de feixe duplo. Peso (kg), estatura (m), Índice de Massa Corporal (IMC; kg/m2), gordura corporal (g), massa magra (g) e informações sobre os hábitos de vida também foram obtidos. A dieta foi avaliada por registro alimentar de 3 dias. Os padrões alimentares (PA) foram derivados via análise fatorial por componentes principais a partir de 13 grupos de alimentos. Utilizou-se regressão linear múltipla ajustada para ingestão energética e de cálcio, idade, tempo de menopausa e massa magra. Também foi conduzida ANOVA Two-way para avaliar a associação integrada dos PA com o IMC sobre a DMO, seguida de regressão linear estratificada pelas categorias de IMC. Adotou-se significância de 5 por cento . Resultados: Obteve-se 5 PA: 1) Saudável (frutas, hortaliças, tubérculos e raízes); 2) Carne vermelha e cereais refinados; 3) Laticínios magros; 4) Doces, café e chás; e 5) Ocidental (sucos artificiais, refrigerantes, snacks, pizzas, tortas e gorduras). O padrão Doces, café e chás foi inversamente associado à DMO do FT ( = -0.178; CI 95 por cento : -0.039 - -0.000) e à DMO do CT ( = -0,320; CI 95 por cento : -0,059 - -0,017). O padrão Saudável apresentou associação positiva com a DMO do FT entre as mulheres com IMC normal ( = 0,251; CI 95 por cento : 0,002 0,056). Conclusão: Uma dieta com elevada ingestão de doces, café e chás teve associação negativa com a DMO do fêmur e corpo total, enquanto o PA Saudável foi positivamente associado à DMO do fêmur entre aquelas com IMC normal. / Introduction: Osteoporosis claims for strategies to preventing disease progression, ensuring a better quality of life to patients. Dietary patterns could provide information about the influence of overall diet on osteoporosis treatment, contributing to osteoporotic care. Objective: To investigate the association between dietary patterns and bone mineral density in postmenopausal women with osteoporosis. Methods: This cross-sectional study included 156 postmenopausal osteoporotic women, over 45 y, attended in an outpatient clinic in Sao Paulo, Brazil. Bone Mineral Density (BMD; g/cm2) of Lumbar Spine (LS), Total Femur (TF), Femoral Neck (FN), and Total Body (TB) were obtained by dual-energy X-ray absorptiometry. Weight (kg), height (m), Body Mass Index (BMI; kg/m2), body fat (g), lean mass (g) and lifestyle information were also assessed. Dietary intake was evaluated using a 3-day food diary. Dietary patterns were obtained by principal component factor in the 13 previously formed food groups. Adjusted linear regression analysis was applied in order to evaluate the predict effect of dietary patterns on BMD. Two-way ANOVA was used to investigate the association between dietary patterns and BMI with BMD, followed by a linear regression model stratified by BMI categories. Significance level was set as 5 per cent . Results: Five patterns were retained: 1) Healthy (vegetables, fruits, tubers, and tuberous roots); 2) Red meat and refined cereals; 3) Low-fat dairy; 4) Sweets, coffee and tea; and 5) Western (fats, snacks, pizzas, pies, soft drinks, and fruit drinks). The Sweets, coffee, and tea pattern was inversely associated with TF BMD ( = -0.178; CI 95 per cent : -0.039 - -0.000) and with TB BMD ( = -0.320; CI 95 per cent : -0.059 - -0.017), whereas the Healthy pattern was positively associated with TF BMD only among those who were in the normal BMI category ( = 0.251; CI 95 per cent : 0.002 0.056). Conclusions: A diet with higher intake of Sweets, coffee, and tea was a negatively associated with TF and TB BMD, whereas a Healthy pattern showed a positive association with TF BMD among the women with normal BMI.
|
7 |
Consumo de cálcio dietético e densidade mineral óssea em homens adultos e idosos / Dietetic calcium intake and bone mineral density in adult and elderly menJaime, Patrícia Constante 09 February 1999 (has links)
A baixa densidade mineral óssea é um indicador de risco de fratura por osteoporose, importante e crescente problema de saúde pública. O consumo deficiente de cálcio acarreta menor mineralização óssea. O presente estudo teve por objetivo identificar as relações entre consumo de cálcio dietético e densidade mineral óssea na coluna lombar, colo do fêmur e conteúdo de cálcio corporal total. É um estudo transversal, abrangendo 296 homens com idade média de 62,5 anos (DP=7,9). O consumo de cálcio dietético foi avaliado no momento atual, correspondente ao período de coleta de dados, e ao longo da vida, pelo método de registro alimentar (três dias) e questionário retrospectivo de freqüência de consumo de leite e derivados fontes de cálcio. Para análise da densidade mineral óssea foi realizado o exame de densitometria por emissão dupla de raios X. A análise da densidade mineral óssea foi feita de forma comparativa com os grupos conforme consumo de cálcio dietético, sendo calculado o coeficiente de correlação de Pearson e feitos os testes de diferença de médias, teste t-Student e Kruskai-Wallís. O consumo de cálcio dietético atual apresentou-se inadequado (72%) e o pregresso foi considerado adequado (65%) para maioria da população estudada. A principal fonte de cálcio dietético consumida no presente foi o leite, seguido dos derivados lácteos. Foram observadas relações entre o conteúdo de cálcio corporal total e o consumo de cálcio dietético tanto no passado como no presente. Contudo, não foi possível observar relações entre o consumo de cálcio dietético atual e pregresso e a densidade mineral óssea na coluna lombar e colo do fêmur, na população estudada de homens com mais de 50 anos. / The low bone mineral density is an indicator of osteoporotis fracture risk, an important and increasing health public concern. An insufficient calcium intake results in a lower bone mineralization. The objective of this study was to establish relationship between dietetic calcium intake and bone mineral density at the lumbar portion of the spinal column, femur neck and the total body calcium content. lt is a transversa study, including 296 men with age average of 62.5 years (standard deviation = 7.9). The dietetic calcium intake was evaluated both at the current time and throughout their lives. The data was collected using the methods of food intake record (three day) and retrospectiva questionnaire, regarding the frequency of consumption of milk and dairy products as calcium sources. Measurement of bone mineral density by dual energy x-ray absorptiometry. The bone mineral density was analysed by comparing the groups according to their dietetic calcium intake. Pearson\'s coefficient of correlation was calculated and the average differences were tested using t-Student and Kruskai-Wallis methods. The current dietetic calcium intake was inadequate (72%), whereas the past intake was considered appropriate (65%) for the major part of the studied population. The main calcium source at the current time was milk, followed by dairy products. lt was possible to establish relationship between the total body calcium content and dietetic calcium intake in the past and in the current time. However, for the bone mineral density at the lumbar portion of the spinal column and at the fêmur neck, it was not possible to stablish relationship with current and past dietetic calcium intake in the studied population of men over 50 years old.
|
8 |
Análise radiográfica da cortical óssea mandibular em indivíduos com Diabetes mellitus tipo 1Limeira, Francisco Ivison Rodrigues 22 July 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2015-09-25T12:23:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1
PDF - Francisco Ivison Rodrigues Limeira.pdf: 1266251 bytes, checksum: 4629e56eba96d2e8ddccfa0de09c022a (MD5)
Previous issue date: 2014-07-22 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The objective of this research was to analyze the mandibular cortical bone of subjects
with Diabetes Mellitus type 1 (DM1), through panoramic radiographs, and compare
them with those of individuals without DM1, noting the DM1 influence in the
morphology of the mandibular cortical. It was observational, case-control type study.
The sample of the case-group consisted of 50 patients with DM1 that met the eligibility
criteria, all from the endocrinology department of a university hospital. While the
control group consisted of 100 panoramic radiographs of individuals without DM1, all
originating from a particular clinic dental radiology file, respecting the eligibility
criteria established. With the purpose of obtaining a higher degree of reliability for each
individual in the case-group, two individuals in the control group has the same sex and
age. Analysis of mandibular cortical bone was performed by radiomorphometry from
the application of Mandibular Cortical Index (MCI), Menton Index (MI), Gonial index
(GI), antegonial index (AI) and Upper Mandibular Panoramic Index and Lower
Mandibular Panoramic Index (UMPI/LMPI) by using the Radioimp software.
Radiographic analyzes were performed at three different times and two-week intervals
by the same rater (double blind). At the end of the analysis mean of the three
measurements was obtained and data were tabulated and analyzed using the Statistical
Package for the Social Sciences (SPSS). Descriptive (mean and standard deviation) and
inferential analyses were applied via the chi-squared tests or Fisher's exact test. To
means comparison were used the t test and one-way ANOVA at p ≤ 0.05. As a result,
when analyzing the MCI, higher frequencies of individuals with cortical changes were
observed in the case group, in both sexes and all age groups, with differences between
groups (p <0.01). Regarding MI, GI, AI, UMPI and LMPI, statistically significant was
only detected for the GI of females, whereas for males differences were observed for all
the indices (p <0.05). Individuals with decompensated DM1 showed a significantly
higher frequency of change in mandibular cortical (92.3%), based on the MCI, but also
had lower averages of MI, GI, and AI and LMPI compared to those with the control
DM1, such a difference being statistically significant (p ≤ 0.05). In conclusion,
individuals with DM1 showed decreased mandibular cortical bone compared to subjects
in the control group, with indications that the decompensated DM1 causes harmful
effects under the mandibular cortical. / O objetivo dessa pesquisa foi o de analisar a cortical óssea mandibular de indivíduos
com Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1), através de radiografias panorâmicas, e comparálas
com a de indivíduos sem DM1, observando a influência do DM1 na morfologia da
cortical mandibular. Foi um estudo observacional, do tipo caso-controle. A amostra do
grupo caso foi composta por 50 pacientes com DM1 que se enquadraram nos critérios
de elegibilidade, todos oriundos do setor de endocrinologia de um hospital universitário.
Enquanto o grupo controle foi formado por 100 radiografias panorâmicas de indivíduos
sem DM1, todas oriundas do arquivo de uma clínica de radiologia odontológica
particular, respeitando os critérios de elegibilidade estabelecidos. Com fins de se obter
um maior grau de confiabilidade, para cada indivíduo do grupo caso existiram dois
indivíduos no grupo controle com o mesmo sexo e idade. A análise da cortical óssea
mandibular foi realizada através da radiomorfometria, a partir da aplicação dos Índices
Cortical Mandibular (ICM), Mentoniano (IM), Goníaco (IG), Antegoníaco (IA) e
Panorâmico Mandibular Superior e Inferior (IPMS/IPMI), com auxílio do software
RADIOIMP
®
. As análises radiográficas foram realizadas em três momentos diferentes,
com intervalos de duas semanas entre cada análise, pelo mesmo avaliador
(mascaramento duplo). Ao final das análises foram obtidas as médias das três aferições
e os dados foram tabulados e analisados através do programa Statistical Package for the
Social Sciences (SPSS). Foram aplicadas as análises descritivas (média e desvio-padrão)
e inferenciais, através dos testes Qui-quadrado de Pearson ou o teste exato de Fisher.
Para comparar as médias, utilizaram-se os testes t e one way ANOVA. Aceitou-se um p
≤ 0,05. Como resultados, ao analisarmos o ICM, foram observadas maiores frequências
de indivíduos com alteração na cortical no grupo caso, em ambos os sexos e em todas as
faixas etárias, com diferença entre os grupos (p < 0,01). Com relação aos índices IM,
IG, IA, IPMS e IPMI, para o sexo feminino, foi observada diferença estatisticamente
significativa apenas para o IG, enquanto que para o masculino houve para todos os
índices (p < 0,05). Indivíduos com o DM1 descompensado apresentaram uma
frequência significativamente maior de alteração na cortical mandibular (92,3%), com
base no ICM, como também, apresentaram médias menores do IM, IG, IA e IPMI
quando comparadas às dos indivíduos com o controle do DM1, sendo esta diferença
estatisticamente significativa (p ≤ 0,05). Concluindo, os indivíduos com DM1
apresentaram uma diminuição na cortical óssea mandibular quando comparados aos
indivíduos do grupo controle, com indícios de que o DM1 descompensado cause efeitos
danosos sob a cortical mandibular.
|
9 |
Osteoporose na doença de Cushing: valor preditivo da quantificação de adiposidade visceral e óssea sobre a remodelação e densidade mineral óssea / Osteoporosis in Cushing\'s disease: predictive value of measurement of visceral and bone fat on bone remodeling and mineral densityBatista, Sergio Luchini 23 November 2016 (has links)
As propriedades anti-inflamatórias e imunossupressoras dos glicocorticoides (GC) justificam o uso destes esteroides em diversas condições clínicas, apesar dos seus importantes efeitos adversos. A osteoporose induzida por glicocorticoide (OIG) é considerada a causa mais importante de osteoporose secundária. Trata-se de uma doença multifatorial que envolve alterações sistêmicas, teciduais e da sinalização das células ósseas. Além disso, o hipercortisolismo também se associa à obesidade, redistribuição de gordura, resistência insulínica e diabetes mellitus. Curiosamente, nestes distúrbios metabólicos em que a massa óssea está preservada, há maior fragilidade óssea. Nos últimos anos, diversas evidências mostram complexa interação entre o metabolismo mineral e o energético, em particular entre o tecido adiposo e ósseo. Neste cenário, a doença de Cushing (DC) é um modelo clínico conveniente para avaliar diversos mecanismos envolvidos no complexo processo de desenvolvimento de osteoporose. O objetivo deste trabalho foi avaliar, em um estudo basal e em um estudo prospectivo, diversos aspectos da interação entre o metabolismo mineral e energético em mulheres com DC e o seu possível impacto sobre a massa óssea, bem como a associação entre a massa óssea e os diversos tipos de tecido adiposo. No estudo basal, avaliamos três grupos de indivíduos, pareados por sexo e idade: grupo controle (C; n=27), grupo obeso (O; n=16) e grupo doença de Cushing (DC; n=16). No estudo prospectivo, avaliamos o grupo DC em três momentos: pré-operatório (Pré-op; n=11), 6º mês pós-operatório (6º mês PO; n=10) e 12º mês pósoperatório (12º mês PO; n= 10). No estudo basal, os grupos O e DC diferiram em relação ao C quanto ao peso e IMC (p<0,05). O grupo DC apresentou valores significativamente maiores de glicemia, insulinemia, hemoglobina glicosilada (HbA1c), HOMA-IR e leptina em relação aos grupos C e O (p<0,05). Adicionalmente, o grupo DC mostrou níveis baixos de osteocalcina em relação aos grupos C e O (p<0,05) e também de PTH, 25-OH vitamina D (25(OH)D) e adiponectina em relação ao grupo C (p<0,05). Não houve diferença entre os grupos em relação às dosagens de IGF-I e preadipocyte factor 1 (Pref-1). O grupo DC apresentou menor massa óssea em coluna lombar em relação aos grupos C e O (p<0,05) e menor massa óssea em corpo total quando comparado ao grupo O (p<0,05). O Trabecular bone score (TBS) foi capaz de evidenciar prejuízo na qualidade óssea nos grupos O e DC, mostrando comprometimento maior no grupo DC (p<0,05). A adiposidade de medula óssea (AMO) de L3 foi significativamente maior no grupo DC em relação aos grupos C e O (p<0,05). O grupo DC apresentou maior teor de tecido adiposo subcutâneo (SAT), visceral (VAT), relação VAT/SAT e de lipídeos intra-hepáticos (IHL) em relação ao grupo C (p<0,05). Adicionalmente, o grupo DC apresentou maior teor de VAT em relação ao grupo O (p<0,05). A osteocalcina se correlacionou de maneira positiva com TBS (r=0,5, p<0,0001) e negativa com HOMA-IR (r=-0,4, p<0,01) e AMO de L3 (r=-0,4, p<0,01). O TBS apresentou correlação negativa com HOMA-IR (r=-0,6, p<0,0001) e AMO de L3 (r=-0,5, p<0,001). A AMO de L3 se correlacionou positivamente com IMC (r=0,4, p<0,01), HOMA-IR (r=0,3, p<0,05), leptina (r=0,3, p<0,05), relação VAT/SAT (r=0,6, p<0,0001) e IHL (r=0,5, p<0,05). No estudo prospectivo, houve redução do peso e IMC e dos níveis de glicemia, insulinemia, HOMA-IR, hemoglobina glicada e leptina (p<0,05). Adicionalmente, houve aumento dos níveis de 25(OH)D, osteocalcina e deoxipiridinolina (p<0,05). Não houve diferenças significativas entre os níveis de Pref-1 e adiponectina. O TBS manteve-se estável e não houve aparecimento de novas fraturas pelo vertebral fracture assessment (VFA). Na composição corporal por dual-energy X-ray absorptiometry (DXA), houve redução da massa gorda total e melhora no índice de massa magra apendicular pelo Foundation for the National Institutes of Health (FNIH) (p<0,05). A AMO de L3 reduziu significativamente no 6º mês PO, mantendo-se estável no 12º mês PO (p<0,05). Houve redução significativa do VAT, relação VAT/SAT e IHL no seguimento prospectivo (p<0,05). O presente estudo reafirma dados anteriores que mostram que o hipercortisolismo endógeno exerce profundo efeito negativo sobre o esqueleto, em particular sobre o osso trabecular. Além disto, é o primeiro estudo a mostrar que existe correlação negativa entre o TBS com HOMA-IR e AMO; é possível que as alterações do metabolismo energético sejam, pelo menos em parte, responsáveis pelo maior risco de fratura na DC. / The anti-inflammatory and immunosuppressive properties of glucocorticoids (GC) justify the use of these steroids in various clinical conditions, despite its significant adverse effects. Osteoporosis induced by glucocorticoids (OIG) is considered the most important cause of secondary osteoporosis. It is a multifactorial disease involving systemic, tissue and bone cell signaling changes. Furthermore, hypercortisolism is also associated with obesity, redistribution of fat, insulin resistance and diabetes mellitus. Interestingly, these metabolic disorders in which bone mass is preserved, there is increased bone fragility. In recent years, evidence shows various complex interaction between the mineral and energy metabolism, in particular between adipose tissue and bone. In this scenario, Cushing\'s disease (CD) is a desirable clinical model to evaluate various mechanisms involved in the complex process of developing osteoporosis. The objective of this study was to evaluate, in a baseline study and a prospective study, various aspects of the interaction between the mineral and energy metabolism in women with DC and their possible impact on bone mass, as well as the association between bone mass and different types of adipose tissue. In the baseline study, we evaluated three groups of individuals, matched by sex and age: control group (C, n = 27), obese (O; n = 16) and Cushing\'s disease group (CD, n = 16). In the prospective study, we evaluated the CD group at three time points: preoperative (Pre-op; n = 11), 6 months postoperative (6th month PO; n = 10) and 12 months postoperatively (12th month PO; n = 10). In the baseline study, the O and CD groups differed in relation to C as the weight and BMI (p <0.05). The CD group showed significantly higher blood glucose, insulin, glycosylated hemoglobin (HbA1c), HOMA-IR and leptin in relation to the C and O groups (p <0.05). Additionally, the CD group showed lower levels of osteocalcin in relation to the C and O groups (p <0.05) as well as PTH, 25-OH vitamin D (25 (OH) D), and adiponectin in relation to the C group (P <0.05). There was no difference between the groups regarding dosages of IGF-I and preadipocyte factor 1 (Pref-1). The CD group had lower bone mass in the lumbar spine in relation to the C and O groups (p <0.05) and lower bone mass in the total body when compared to the O group (P <0.05). The Trabecular bone score (TBS) was able to show impaired bone quality in groups O and CD, showing greater involvement in CD group (p <0.05). Bone marrow adiposity (BMA) in L3 was significantly higher in the CD group compared to the C and O groups (p <0.05). The CD group showed increased subcutaneous fat content (SAT), visceral (VAT), VAT/SAT ratio and intrahepatic lipid (IHL) in relation to the C group (p<0.05). Additionally, the CD group had a higher content of VAT in relation to the O group (p<0.05). Osteocalcin correlated positively with TBS (r = 0.5, p <0.0001) and negatively with HOMA-IR (r = -0.4, p <0.01) and AMO of L3 (r = - 0.4, p <0.01). The TBS was negatively correlated with HOMA-IR index (r = -0.6, p <0.0001) and AMO of L3 (r = - 0.5, p <0.001). The AMO of L3 positively correlated with BMI (r = 0.4, p <0.01), HOMA-IR (r = 0.3, p <0.05), leptin (r = 0.3, p < 0.05), VAT/SAT ratio (r = 0.6, p <0.0001) and IHL (r = 0.5, p <0.05). In the prospective study, there was a reduction in weight and BMI and blood glucose, insulin, HOMA-IR, glycated hemoglobin and leptin (p <0.05). Additionally, there was increased levels of 25(OH)D, osteocalcin and deoxypyridinoline (p <0.05). There were no significant differences between the levels of adiponectin and Pref-1. The TBS was stable and there was no occurance of new fractures by vertebral fracture assessment (VFA). In body composition by dual-energy X-ray absorptiometry (DXA), threre was a reduction of total fat mass and improvement in apendicular lean body mass index by Foundation for the National Institutes of Health (FNIH) (p <0.05). The BMA of L3 significantly reduced in the 6th month PO, remaining stable on the 12th month PO (p <0.05). There was a significant reduction of VAT, VAT/SAT ratio and IHL in the prospective follow-up (p <0.05). This study confirms previous data showing that endogenous hypercortisolism has a profound negative effect on the skeleton, in particular on trabecular bone. Moreover, it is the first study to show that there is a negative correlation between TBS with HOMA-IR and BMA; it is possible that changes in energy metabolism are at least partly responsible for the increased risk of fracture in DC.
|
10 |
Avaliação de calcificação vascular e osteoporose em uma população de indivíduos com 65 anos ou mais na área do Butantã / Assessment of vascular calcification and osteoporosis in a population of individuals aged 65 years or more in ButantãFigueiredo, Camille Pinto 16 December 2011 (has links)
O objetivo deste trabalho foi avaliar a associação de calcificação da aorta abdominal (CAA) com marcadores do metabolismo ósseo: densidade mineral óssea (DMO), dados laboratoriais (cálcio, fósforo, 25OH-vitamina D, PTH) e clínicos em uma população brasileira de idosos. Este foi um estudo de corte transversal onde foram incluídos 815 indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos. Os dados demográficos e de estilo de vida, bem como os parâmetros clínicos que identificam os fatores de risco para osteoporose e calcificação vascular foram obtidos por um questionário padronizado. Densidade mineral óssea (DMO) e parâmetros laboratoriais foram avaliados em todos os indivíduos. Foram realizadas radiografias de coluna lombar para a análise de calcificação da aorta abdominal nos segmentos correspondentes às vértebras L1 a L4. Para cada segmento lombar foi dada uma pontuação de 0-3 para as paredes anterior e posterior, com um escore máximo de 24 pontos (Kaupilla et al., 1997). Resultados: 63,2% dos idosos apresentavam algum grau de CAA, com um escore médio de 4,68 5,88. Analisando as variáveis contínuas observamos que o escore de CAA foi correlacionado diretamente à idade, fósforo sérico, LDL-colesterol (LDL-C), triglicérides e inversamente ao índice de massa corpórea (IMC), DMO do colo do fêmur e DMO do fêmur total (p<0,05). Em relação às variáveis binárias o escore de CAA foi associado à história de fraturas prévias por fragilidade, baixa atividade física, quedas no último ano, tabagismo atual e hipertensão arterial (p<0,05). A análise de regressão linear múltipla demonstrou que o escore de CAA foi diretamente relacionado à idade (p<0,001), tabagismo atual (p<0,001), hipertensão arterial (p=0,002), LDL-C (p=0,05), triglicérides (p=0,002), fósforo sérico (p=0,005) e inversamente associado à DMO de fêmur total (p<0,001). Um aumento no escore de CAA foi observado com a elevação dos níveis séricos de fósforo [ 2,4mg/dL: escore de CAA = 1,9 (DP: 3,9); 2,5-3,5mg/dL: escore de CAA = 4,5 (DP: 5,6) e > 3,5mg/dL : escore de CAA = 5,3 (SD: 6,3) p=0,003]. Este estudo demonstrou que, além dos fatores de risco clássicos para doença cardiovascular (HAS, tabagismo e lípides), o fósforo sérico e a DMO do fêmur total foram fatores de risco adicionais ao complexo processo de calcificação vascular em idosos da comunidade / The aim of this study was to analyze abdominal aortic calcification (AAC) and its possible association with bone mineral density (BMD) as well as the clinical and laboratory data. This was a cross-sectional study conducted between 2005 to 2007, with a population-based sample of older men and women living in Brazil. Eight hundred and fifteen subjects 65 years old were studied. The risk factors for osteoporosis and cardiovascular disease, demographic data and lifestyle characteristics were collected using a standardized questionnaire. BMD was measured by DXA. Kauppilas method was used to quantify the AAC score (AACS) by spine X-rays. Laboratory analyses were also performed. AAC was observed in 63.2% of subjects with a mean AACS of 4.68 (5.88). AACS was directly correlated with age, phosphorus, LDL-cholesterol, triglycerides, and inversely correlated with body mass index, femoral neck BMD and total femur BMD (p<0.05). Regarding binary variables, the AACS was associated with previous fragility fractures, current smoking, low physical activity, falls and arterial hypertension (p<0.05). Multiple linear regression analysis demonstrated that the AACS was positively associated with age (p<0.001), current smoking (p<0.001), arterial hypertension (p=0.002), LDL-C (p=0.05), triglycerides (p=0.002), phosphate (p=0.005) and negatively associated with total femur BMD (p<0.001). An increased of AACS was observed with the elevation of serum phosphorus levels [ 2.4mg/dL: AACS=1.9 (SD:3.9); 2.5-3.5mg/dL: AACS=4.5 (SD:5.6) and > 3.5mg/dL: AACS=5.3 (SD:6.3), p=0.003]. Our study identified serum phosphate and hip BMD as additional players in the complex process of vascular calcification outside the setting of kidney failure in community-dwelling older population and extended the previous observations of well-known risk factors for cardiovascular disease
|
Page generated in 0.1287 seconds