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Origem híbrida e padrões de fluxo gênico entre três espécies simpátricas de Dyckia (BROMELIACEAE) endêmicas do Rio Grande do Sul : implicações e conservacionistas

Hirsch, Luiza Domingues January 2016 (has links)
Bromeliaceae é uma das mais diversas famílias de plantas, distribuída quase que exclusivamente nos Neotrópicos, com somente uma espécie no oeste da África. A família sofreu uma radiação adaptativa recente, ocorrendo em diferentes habitats. Dyckia é o segundo maior gênero da subfamília Pitcairnioideae, abrigando aproximadamente 145 espécies. Dyckia hebdingii, D. choristaminea e D. julianae são espécies saxícolas e endêmicas de afloramentos rochosos do sul do Brasil, podendo ocorrer em simpatria. Quando espécies relacionadas e com isolamento reprodutivo incompleto ocorrem em simpatria, pode ocorrer hibridação e, a longo prazo, especiação. Uma vez que 25% das espécies de plantas são conhecidas por cruzarem com outras espécies e este número aumenta em grupos de radiação adaptativa recente, como em Bromeliaceae, o presente trabalho tem como objetivo geral investigar a ocorrência de hibridação entre essas três espécies do gênero Dyckia e a possível origem híbrida de D. julianae. O DNA genômico total foi extraído de duas populações simpátricas e três alopátricas e, usando sete marcadores microssatélite nucleares e seis plastidiais, foram acessados os padrões de diversidade genética e estruturação populacional das três espécies. Além disso, foram realizados cruzamentos artificiais entre as espécies para testar a compatibilidade e fertilidade das mesmas. Os principais resultados obtidos com nuSSR revelaram uma heterozigosidade esperada alta, com 0,444 para D. hebdingii, 0,649 para D. choristaminea e 0,708 para D. julianae/híbridos, com déficit de heterozigotos, quando comparado com a heterozigosidade observada (0,281, 0,456 e 0,585, respectivamente). A riqueza alélica média foi de 4,6 para D. hebdingii, 7,7 para D. choristaminea e 6,7 para D. julianae/hibrido. O coeficiente de endogamia (FIS) foi alto para D. hebdingii, D. choristaminea e D. julianae/híbridos (0,274, 0,276 e 0,134, respectivamente). Os seis cpSSR proporcionaram a identificação de 12 haplótipos e a diversidade haplotípica (h) variou de 0,0 (um haplótipo) a 0,736 (cinco haplótipos). Apenas seis cruzamentos produziram frutos e sementes, nenhum deles entre D. hebdingii e D. choristaminea. Os dados moleculares e os cruzamentos artificiais sugerem que D. hebdingii e D. choristaminea são geneticamente diferentes e não cruzam entre si atualmente. Dyckia julianae tem tanto morfologia quanto perfil molecular intermediário e parece ser capaz de cruzar com as outras duas espécies, indicando uma possível origem híbrida entre D. hebdingii e D. choristaminea. / Bromeliaceae is one of the most diversity families of plants, distributed almost exclusively in Neotropics, with one species in west of Africa. Bromeliaceae have recent adaptive radiation, occoring in different habitats. Dyckia is the second major genus of subfamily Pitcairnioideae, comprising approximately 145 species. Dyckia hebdingii, D. choristaminea and D. julianae are saxicolous species, endemics to rock outcrops Southern of Brazil and may occur in sympatry. Speciation can occur by different mechanisms, but when different species with incomplete reproductive isolation meet each other again, may occur hybrid speciation, since 25% of plant species are known to cross with other species and this number increases in rapid radiations groups, as Bromeliaceae, the present study has the general objective to investigate the occurrence of hybridization in these three species and the hybrid origin of D. julianae. We extracted total genomic DNA from two sympatric and three allopatric populations and using seven nuclear and six plastid microsatellite loci, we accessed patterns of genetic diversity and population structure. Furthermore, we performed manual crosses between species to test compatibility and fertility of the three species. The major results obtained with nuSSR, indicate high expected heterozygosities, with 0.444 for D. hebdingii, 0.649 for D. choristaminea and 0.708 for D. julianae and hybrids, with a deficit of heterozygotes, when compared with observed heterozygosities (0.281, 0.456 and 0.585, respectively). Allelic richness showed a mean of 4.6 for D. hebdingii, 7.7 for D. choristaminea and 6.7 D. julianae/ hybrids. Inbreeding coefficient (FIS) was high for D. hebdingii, D. choristaminea, D. julianae/hybrid (0.274, 0.276 and 0.134, respectively). Six cpSSR identified 12 haplotypes and haplotype diversity (h) ranged from 0.0 (one haplotypes) to 0.736 (five haplotypes). Only six crosses generated fruits and seeds and none of them were between D. hebdingii and D. choristaminea. Molecular data and artificial crosses together suggest that D. hebdingii and D. choristaminea are genetically different and do not cross each other currently. However, D. julianae appears to be able to cross with both species. Dyckia julianae has intermediate morphology, intermediate molecular profile and seems to be able to cross with the other two species, indicating a possible hybrid origin between D. hebdingii and D. choristaminea.
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Estudos taxonômicos e de anatomia foliar em espécies de Dyckia Schult. & Schult. f. (Bromeliaceae, Pitcairnioideae) / Taxonomic studies and leaf anatomy in species Dyckia Schult. & Schult. f. (Bromeliaceae, Pitcairnioideae)

Guarçoni, Elidio Armando Exposto 28 October 2014 (has links)
Submitted by Marco Antônio de Ramos Chagas (mchagas@ufv.br) on 2016-05-02T09:06:04Z No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 8466038 bytes, checksum: 7cbdeff216fc71d234e978f1da3cb8b1 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-05-02T09:06:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 8466038 bytes, checksum: 7cbdeff216fc71d234e978f1da3cb8b1 (MD5) Previous issue date: 2014-10-28 / Dyckia Schultes & Schultes f. reúne 164 espécies com ocorrência em todas as regiões do Brasil e em países vizinhos como Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai. No Brasil, foram registradas 140 espécies, sendo 127 endêmicas do país. O gênero apresenta uniformidade dos caracteres florais e variabilidade interespecífica dos caracteres vegetativos, o que dificulta a delimitação das espécies e sua correta identificação. A hipótese de uma radiação explosiva recente para Dyckia pode explicar a dificuldade de discernir características morfológicas consistentes que sejam taxonomicamente úteis para distinção das espécies do gênero, mesmo com espécimes completos e totalmente documentados em mãos. Neste contexto, o objeto deste estudo, o complexo Dyckia saxatilis Mez, é formado por um grupo de espécies com folhas estreito-triangulares, lepidotas em ambas as faces ou somente na face abaxial, com brácteas superiores do pedúnculo da inflorescência menores ou iguais aos entrenós, inflorescência simples (raro composta), brácteas florais menores ou iguais às flores, e flores laranja, laranja- avermelhadas ou castanhas. Seus componentes apresentam grande variação morfológica, especialmente nas estruturas vegetativas, e suas populações estão distribuídas em Minas Gerais e no Espírito Santo. Atualmente são subordinados a D. saxatilis quatro sinônimos (D. hilaireana Mez, D. oligantha var. oligantha L.B. Sm., D. oligantha var. cristallina Rauh, D. macropoda L.B. Sm,) e existem outros seis táxons morfologicamente muito relacionados, que integram o complexo: D. brachyphylla L.B. Sm., D. consimilis Mez, D. densiflora Schult. f., D. mello-barretoi L.B. Sm., D. rariflora Schult. f. e D. tenebrosa Leme & Luther, totalizando 11 binômios estudados. Paralelamente ao estudo do complexo D. saxatilis, após a constatação da revalidação de D. oligantha var. oligantha também foi realizado o estudo do complexo D. macedoi, onde foram revisados três binômios: D. macedoi, D. nana e D. oligantha var. oligantha. Assim, esta tese teve como objetivos avaliar a variação morfológica existente nas espécies dos dois complexos através do estudo morfométrico de populações naturais; levantar caracteres de uso taxonômico da anatomia foliar; investigar as relações taxonômicas entre as espécies estabelecendo os limites de variação e a validade dostáxons; realizar o tratamento taxonômico das espécies, descrevendo-as morfologicamente, fornecendo chave de identificação, ilustrações e dados sobre sua distribuição geográfica. Para as análises morfométricas foram amostrados 325 indivíduos pertencentes a 17 populações naturais afins de D. saxatilis (N=256) e D. macedoi (N=90), com D. oligantha (N=21) presente nos dois complexos, nas quais foram medidas 30 variáveis. Na anatomia foliar, cortes da porção basal, mediana e apical das folhas de três indivíduos diferentes de cada população foram analisados. O estudo taxonômico foi realizado através da análise de material herborizado, coletas, observações de campo, resultados das análises morfométricas, suporte da anatomia foliar, e consulta a coleções de espécimes cultivados. Os resultados das diferentes análises realizadas apresentam fortes congruências e somados ao estudo das exsicatas e das plantas vivas permitiram o reconhecimento de 12 espécies: D. brachyphylla, D. consimilis, D. densiflora, D. hilaireana, D. oligantha var. oligantha, D. macedoi, D. nana, D. rariflora, D. saxatilis e D. tenebrosa, sendo duas delas novas para a ciência: D. sulcata Guarçoni e Dyckia sp.1. As espécies oriundas desta revisão foram circunscritas considerando uma melhor amostragem dos táxons. / Dyckia Schultes & Schultes f. comprises 164 species occurring throughout Brazil, as well as neighboring countries such as Argentina, Bolivia, Paraguay, and Uruguay. One hundred and forty species have been recorded in Brazil, with 127 being endemic to that country. The genus shows uniform floral traits but interspecific variability in terms of vegetative characters, which makes the delimitation of species and their correct identification more difficult. The hypothesis of a recent explosive radiation of Dyckia could explain the difficulties encountered in identifying consistent morphological characteristics that are taxonomically useful for distinguishing its species even with access to complete and fully-documented specimens. The Dyckia saxatilis Mez complex, which is formed by a group of species with narrow-triangular leaves, lepidotes on both faces or only on the abaxial surface, with the superior peduncle of the inflorescence bracts shorter than or equal to the internodes, inflorescence simple (rarely composite), floral bracts smaller than or equal to the flowers, flowers orange, orange- red or brown. Its component taxa show great variation, especially in terms of their vegetative structures, and their populations are distributed in the states of Minas Gerais and Espirito Santo. Dyckia saxatilis subordinates currently include five synonyms, with six other morphologically related taxa, forming the complex: D. brachyphylla L.B. Smith, D. consimilis Mez, D. densiflora Schultes f., D. hilaireana Mez, D. oligantha var. oligantha L.B. Smith, D. oligantha var. cristallina Rauh, D. macropoda LB Smith, D. mello-barretoi LB Smith, D. rariflora Schultes f., and D. tenebrosa Leme & Luther, totaling 11 binomials. After the revalidation of D. oligantha var. oligantha, the D. macedoi complex was also examined and three binomials were revised: D. macedoi, D. nana and D. oligantha var. oligantha. The present thesis evaluated the existing morphological variations in two species of the complex through morphometric studies of natural populations; by determining leaf anatomy characters of taxonomic use; investigating the taxonomic relationships among species and establishing their limits of variation and the validity of the taxa; performing taxonomic treatments of the species by describing them morphologically; elaborating an identification key; and providingillustrations and data on their geographical distributions. Morphometric analyses (of 30 variables) used 325 individuals from 17 related natural populations of D. saxatilis (N = 256) and D. macedoi (N = 90), with D. oligantha (N = 21) being found in both complexes. Leaf anatomical studies analyzed sections of the basal, median and apical regions of leaves of three different individuals from each population. The taxonomic study used herbarium specimens, collections, field observations, the results of morphometric analyzes with support from leaf anatomy, and examined collections of cultivated specimens. The results of the different analyses show strong congruence and, together with the study of herbarium specimens and live plants, allowed the recognition of 12 species: D. brachyphylla, D. consimilis, D. densiflora, D. hilaireana, D. oligantha var. oligantha, D. macedoi, D. nana, D. rariflora, D. saxatilis, and D. tenebrosa. Two of these species are new to science: D. sulcata and Dyckia sp.1. Species resulting from this review were circumscribed considering more detailed examinations of the taxa.
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Origem híbrida e padrões de fluxo gênico entre três espécies simpátricas de Dyckia (BROMELIACEAE) endêmicas do Rio Grande do Sul : implicações e conservacionistas

Hirsch, Luiza Domingues January 2016 (has links)
Bromeliaceae é uma das mais diversas famílias de plantas, distribuída quase que exclusivamente nos Neotrópicos, com somente uma espécie no oeste da África. A família sofreu uma radiação adaptativa recente, ocorrendo em diferentes habitats. Dyckia é o segundo maior gênero da subfamília Pitcairnioideae, abrigando aproximadamente 145 espécies. Dyckia hebdingii, D. choristaminea e D. julianae são espécies saxícolas e endêmicas de afloramentos rochosos do sul do Brasil, podendo ocorrer em simpatria. Quando espécies relacionadas e com isolamento reprodutivo incompleto ocorrem em simpatria, pode ocorrer hibridação e, a longo prazo, especiação. Uma vez que 25% das espécies de plantas são conhecidas por cruzarem com outras espécies e este número aumenta em grupos de radiação adaptativa recente, como em Bromeliaceae, o presente trabalho tem como objetivo geral investigar a ocorrência de hibridação entre essas três espécies do gênero Dyckia e a possível origem híbrida de D. julianae. O DNA genômico total foi extraído de duas populações simpátricas e três alopátricas e, usando sete marcadores microssatélite nucleares e seis plastidiais, foram acessados os padrões de diversidade genética e estruturação populacional das três espécies. Além disso, foram realizados cruzamentos artificiais entre as espécies para testar a compatibilidade e fertilidade das mesmas. Os principais resultados obtidos com nuSSR revelaram uma heterozigosidade esperada alta, com 0,444 para D. hebdingii, 0,649 para D. choristaminea e 0,708 para D. julianae/híbridos, com déficit de heterozigotos, quando comparado com a heterozigosidade observada (0,281, 0,456 e 0,585, respectivamente). A riqueza alélica média foi de 4,6 para D. hebdingii, 7,7 para D. choristaminea e 6,7 para D. julianae/hibrido. O coeficiente de endogamia (FIS) foi alto para D. hebdingii, D. choristaminea e D. julianae/híbridos (0,274, 0,276 e 0,134, respectivamente). Os seis cpSSR proporcionaram a identificação de 12 haplótipos e a diversidade haplotípica (h) variou de 0,0 (um haplótipo) a 0,736 (cinco haplótipos). Apenas seis cruzamentos produziram frutos e sementes, nenhum deles entre D. hebdingii e D. choristaminea. Os dados moleculares e os cruzamentos artificiais sugerem que D. hebdingii e D. choristaminea são geneticamente diferentes e não cruzam entre si atualmente. Dyckia julianae tem tanto morfologia quanto perfil molecular intermediário e parece ser capaz de cruzar com as outras duas espécies, indicando uma possível origem híbrida entre D. hebdingii e D. choristaminea. / Bromeliaceae is one of the most diversity families of plants, distributed almost exclusively in Neotropics, with one species in west of Africa. Bromeliaceae have recent adaptive radiation, occoring in different habitats. Dyckia is the second major genus of subfamily Pitcairnioideae, comprising approximately 145 species. Dyckia hebdingii, D. choristaminea and D. julianae are saxicolous species, endemics to rock outcrops Southern of Brazil and may occur in sympatry. Speciation can occur by different mechanisms, but when different species with incomplete reproductive isolation meet each other again, may occur hybrid speciation, since 25% of plant species are known to cross with other species and this number increases in rapid radiations groups, as Bromeliaceae, the present study has the general objective to investigate the occurrence of hybridization in these three species and the hybrid origin of D. julianae. We extracted total genomic DNA from two sympatric and three allopatric populations and using seven nuclear and six plastid microsatellite loci, we accessed patterns of genetic diversity and population structure. Furthermore, we performed manual crosses between species to test compatibility and fertility of the three species. The major results obtained with nuSSR, indicate high expected heterozygosities, with 0.444 for D. hebdingii, 0.649 for D. choristaminea and 0.708 for D. julianae and hybrids, with a deficit of heterozygotes, when compared with observed heterozygosities (0.281, 0.456 and 0.585, respectively). Allelic richness showed a mean of 4.6 for D. hebdingii, 7.7 for D. choristaminea and 6.7 D. julianae/ hybrids. Inbreeding coefficient (FIS) was high for D. hebdingii, D. choristaminea, D. julianae/hybrid (0.274, 0.276 and 0.134, respectively). Six cpSSR identified 12 haplotypes and haplotype diversity (h) ranged from 0.0 (one haplotypes) to 0.736 (five haplotypes). Only six crosses generated fruits and seeds and none of them were between D. hebdingii and D. choristaminea. Molecular data and artificial crosses together suggest that D. hebdingii and D. choristaminea are genetically different and do not cross each other currently. However, D. julianae appears to be able to cross with both species. Dyckia julianae has intermediate morphology, intermediate molecular profile and seems to be able to cross with the other two species, indicating a possible hybrid origin between D. hebdingii and D. choristaminea.
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Origem híbrida e padrões de fluxo gênico entre três espécies simpátricas de Dyckia (BROMELIACEAE) endêmicas do Rio Grande do Sul : implicações e conservacionistas

Hirsch, Luiza Domingues January 2016 (has links)
Bromeliaceae é uma das mais diversas famílias de plantas, distribuída quase que exclusivamente nos Neotrópicos, com somente uma espécie no oeste da África. A família sofreu uma radiação adaptativa recente, ocorrendo em diferentes habitats. Dyckia é o segundo maior gênero da subfamília Pitcairnioideae, abrigando aproximadamente 145 espécies. Dyckia hebdingii, D. choristaminea e D. julianae são espécies saxícolas e endêmicas de afloramentos rochosos do sul do Brasil, podendo ocorrer em simpatria. Quando espécies relacionadas e com isolamento reprodutivo incompleto ocorrem em simpatria, pode ocorrer hibridação e, a longo prazo, especiação. Uma vez que 25% das espécies de plantas são conhecidas por cruzarem com outras espécies e este número aumenta em grupos de radiação adaptativa recente, como em Bromeliaceae, o presente trabalho tem como objetivo geral investigar a ocorrência de hibridação entre essas três espécies do gênero Dyckia e a possível origem híbrida de D. julianae. O DNA genômico total foi extraído de duas populações simpátricas e três alopátricas e, usando sete marcadores microssatélite nucleares e seis plastidiais, foram acessados os padrões de diversidade genética e estruturação populacional das três espécies. Além disso, foram realizados cruzamentos artificiais entre as espécies para testar a compatibilidade e fertilidade das mesmas. Os principais resultados obtidos com nuSSR revelaram uma heterozigosidade esperada alta, com 0,444 para D. hebdingii, 0,649 para D. choristaminea e 0,708 para D. julianae/híbridos, com déficit de heterozigotos, quando comparado com a heterozigosidade observada (0,281, 0,456 e 0,585, respectivamente). A riqueza alélica média foi de 4,6 para D. hebdingii, 7,7 para D. choristaminea e 6,7 para D. julianae/hibrido. O coeficiente de endogamia (FIS) foi alto para D. hebdingii, D. choristaminea e D. julianae/híbridos (0,274, 0,276 e 0,134, respectivamente). Os seis cpSSR proporcionaram a identificação de 12 haplótipos e a diversidade haplotípica (h) variou de 0,0 (um haplótipo) a 0,736 (cinco haplótipos). Apenas seis cruzamentos produziram frutos e sementes, nenhum deles entre D. hebdingii e D. choristaminea. Os dados moleculares e os cruzamentos artificiais sugerem que D. hebdingii e D. choristaminea são geneticamente diferentes e não cruzam entre si atualmente. Dyckia julianae tem tanto morfologia quanto perfil molecular intermediário e parece ser capaz de cruzar com as outras duas espécies, indicando uma possível origem híbrida entre D. hebdingii e D. choristaminea. / Bromeliaceae is one of the most diversity families of plants, distributed almost exclusively in Neotropics, with one species in west of Africa. Bromeliaceae have recent adaptive radiation, occoring in different habitats. Dyckia is the second major genus of subfamily Pitcairnioideae, comprising approximately 145 species. Dyckia hebdingii, D. choristaminea and D. julianae are saxicolous species, endemics to rock outcrops Southern of Brazil and may occur in sympatry. Speciation can occur by different mechanisms, but when different species with incomplete reproductive isolation meet each other again, may occur hybrid speciation, since 25% of plant species are known to cross with other species and this number increases in rapid radiations groups, as Bromeliaceae, the present study has the general objective to investigate the occurrence of hybridization in these three species and the hybrid origin of D. julianae. We extracted total genomic DNA from two sympatric and three allopatric populations and using seven nuclear and six plastid microsatellite loci, we accessed patterns of genetic diversity and population structure. Furthermore, we performed manual crosses between species to test compatibility and fertility of the three species. The major results obtained with nuSSR, indicate high expected heterozygosities, with 0.444 for D. hebdingii, 0.649 for D. choristaminea and 0.708 for D. julianae and hybrids, with a deficit of heterozygotes, when compared with observed heterozygosities (0.281, 0.456 and 0.585, respectively). Allelic richness showed a mean of 4.6 for D. hebdingii, 7.7 for D. choristaminea and 6.7 D. julianae/ hybrids. Inbreeding coefficient (FIS) was high for D. hebdingii, D. choristaminea, D. julianae/hybrid (0.274, 0.276 and 0.134, respectively). Six cpSSR identified 12 haplotypes and haplotype diversity (h) ranged from 0.0 (one haplotypes) to 0.736 (five haplotypes). Only six crosses generated fruits and seeds and none of them were between D. hebdingii and D. choristaminea. Molecular data and artificial crosses together suggest that D. hebdingii and D. choristaminea are genetically different and do not cross each other currently. However, D. julianae appears to be able to cross with both species. Dyckia julianae has intermediate morphology, intermediate molecular profile and seems to be able to cross with the other two species, indicating a possible hybrid origin between D. hebdingii and D. choristaminea.
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Sucesso reprodutivo, diversidade genéticae fluxo de pólen de Dyckia distachya Hassler (Bromeliaceae), uma espécie altamente ameaçada de extinção / Reproductive success, genetic diversity and pollen flow of Dyckia distachya Hassler (Bromeliaceae), a species highly endangered

Janke, Aline January 2014 (has links)
Dyckia distachya Hassler é uma espécie rara, endêmica e exclusiva de ambientes reofíticos. Originalmente, essa bromélia ocorria em ilhas e margens rochosas da bacia do rio Uruguai, possuindo distribuição disjunta ao longo de 617 km, nos rios Pelotas e Uruguai, na divisa dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Entretanto, devido ao aproveitamento do potencial hidrelétrico dessa bacia hidrográfica, sete das oito populações de D. distachya foram extintas, sendo conhecida atualmente apenas uma população na natureza. Visando a preservação dessa espécie, indivíduos foram coletados durante a construção das hidrelétricas e mantidos em coleções ex situ. Posteriormente, parte desses indivíduos resgatados foi introduzida em locais semelhantes aos de sua ocorrência natural. Neste contexto, este estudo foi realizado com o objetivo de avaliar o sucesso reprodutivo e aspectos genéticos da única população natural e de populações introduzidas, para obter informações que auxiliem na elaboração de estratégias de conservação para essa espécie. No Capítulo II é apresentado o estudo do sucesso reprodutivo da única população natural conhecida e de quatro populações introduzidas de D. distachya. Também foram avaliados a produção média de flores, frutos e sementes; o número médio de indivíduos reprodutivos e vegetativos; a germinação das sementes e a viabilidade do pólen; o tamanho médio dos genets e o número médio de ramets por genet. Os resultados mostraram diferenças significativas entre as populações introduzidas e a natural para todas as variáveis analisadas, sendo observado maior investimento em reprodução sexual nas populações introduzidas e maior investimento em propagação clonal na população natural. A produção média de flores, frutos e sementes foi superior nas populações introduzidas (34,1; 37,5; 87; respectivamente) quando comparadas com a população natural (2,7; 5,9; 31; respectivamente). A viabilidade do pólen também foi superior nas populações introduzidas (92 %) em relação a natural (47,9 %). Entretanto, o número médio de ramets por genet e o tamanho médio dos genets foi superior na população natural (297,6 e 2,172 m², respectivamente) quando comparado com a média das populações introduzidas (5,9 e 0,122 m², respectivamente). A introdução dessa bromélia deve ser levada em consideração em programas de conservação, visto que as populações introduzidas estudadas parecem estar conseguindo se estabelecer em seu novo habitat, tendo sido observado inclusive o recrutamento de novos indivíduos através de sementes. No Capítulo III foram investigados a diversidade genética, o sistema de cruzamento e o fluxo de pólen da espécie em estudo, nas quatro populações introduzidas e na natural, utilizando marcadores moleculares microssatélites. Para as cinco populações, foram coletadas amostras de 130 indivíduos reprodutivos, das quais 50 foram utilizadas como plantas-mãe, provendo 700 plântulas. As populações introduzidas apresentaram altos níveis de diversidade genética ( O = 0,466) comparadas com a natural ( O = 0,167). A estimativa da taxa de fecundação cruzada nas populações introduzidas não diferiu de um ( m = 0,965), indicando que D. distachya é uma bromélia alógama. Porém, na população natural, esse valor foi diferente ( m = 0,520), sugerindo a ocorrência de algum tipo de perturbação nesse ambiente. O fluxo de pólen é mais restrito na população natural ( FT = 0,296) do que nas introduzidas ( FT = 0,089). A dispersão de pólen ocorre a curtas distâncias, parecendo ser influenciada pela combinação da densidade e da distribuição espacial dos indivíduos reprodutivos. Baseado nestes resultados, sugerimos que os índices de diversidade genética e fluxo de pólen sejam monitorados em longo prazo, na tentativa de evitar a redução da diversidade genética, a seleção local e a deriva genética. Além disso, recomendamos a criação de novas áreas de introdução, intermediárias as existentes, promovendo a formação de metapopulações. Um estudo mais aprofundado na população natural também deve ser realizado para saber o que realmente está ocorrendo naquele ambiente para serem tomadas medidas efetivas de conservação. / Dyckia distachya Hassler is a rare, endemic and exclusive species of rheophytic environments. Originally, this bromeliad occurred on islands and rocky shores of the Uruguay River basin, having disjunct distribution over 617 km in Pelotas and Uruguay rivers, bordering the states of Rio Grande do Sul and Santa Catarina. However, due to the exploitation of the hydroelectric potential of this basin, seven of the eight populations of D. distachya were extinguished, being currently known only one population in nature. Aiming the preservation of this species, individuals were collected during the construction of hydroelectric and maintained in ex situ collections. Later, some of these rescued individuals were introduced in similar places to their natural occurrence. In this context, this study was carried out to evaluate the reproductive success and genetic aspects of the only natural population and introduced populations, to obtain information to assist in the development of conservation strategies for this species. In Chapter II is presented the study of reproductive success of the only known natural population and four introduced populations of D. distachya. Were also evaluated the average production of flowers, fruits and seeds; the average number of reproductive and vegetative individuals; seed germination and pollen viability; the average size of genets and the average number of ramets per genet. The results showed significant differences between natural and introduced populations for all variables analyzed, being observed higher investment in sexual reproduction in the introduced populations and greater investment in clonal propagation in the natural. The average production of flowers, fruits and seeds were higher in introduced populations (34.1; 37.5; 87; respectively) when compared with the natural population (2.7; 5.9; 31; respectively). Pollen viability was also higher in introduced populations (92 %) in relation to natural (47.9 %). However, the average number of ramets per genet and the average size of the genets were higher in the wild population (297.6 and 2,172 m², respectively) when compared to the average of the introduced populations (5.9 and 0.122 m², respectively). The introduction of this bromeliad should be considered in conservation programs, since the introduced populations studied seem to be getting to settle in their new habitat, having been observed including the recruitment of new individuals from seeds. In Chapter III were investigated the genetic diversity, mating system and pollen flow of this species in the four introduced populations and natural one, utilizing microsatellite markers. For the five populations, samples from 130 reproductive individuals were collected, of which 50 were used as mother plants, providing 700 seedlings. Introduced populations showed high levels of genetic diversity ( O = 0.466) compared with the natural ( O = 0.167). The estimated outcrossing rate in introduced populations did not differ from one ( m = 0.965), indicating that D. distachya is an alogamous bromeliad. However, in natural population, this value was different ( m = 0.520), suggesting the occurrence of some kind of disturbance in this environment. Pollen flow is more restricted in natural population ( FT = 0.296) than in introduced ( FT = 0.089). The pollen dispersal occurs over short distances, appearing to be influenced by the combination of density and spatial distribution of reproductive individuals. Based on these results, we suggest that the rates of genetic diversity and pollen flow should be monitored in the long term, in an attempt to avoid a reduction in genetic diversity, site selection and genetic drift. Additionally, we recommend the creation of new areas of introduction, intermediate of those already existing, promoting the formation of metapopulations. A further study in natural population must also be done to find out what is really occurring in that environment for effective conservation measures are taken.
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Sucesso reprodutivo, diversidade genéticae fluxo de pólen de Dyckia distachya Hassler (Bromeliaceae), uma espécie altamente ameaçada de extinção / Reproductive success, genetic diversity and pollen flow of Dyckia distachya Hassler (Bromeliaceae), a species highly endangered

Janke, Aline January 2014 (has links)
Dyckia distachya Hassler é uma espécie rara, endêmica e exclusiva de ambientes reofíticos. Originalmente, essa bromélia ocorria em ilhas e margens rochosas da bacia do rio Uruguai, possuindo distribuição disjunta ao longo de 617 km, nos rios Pelotas e Uruguai, na divisa dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Entretanto, devido ao aproveitamento do potencial hidrelétrico dessa bacia hidrográfica, sete das oito populações de D. distachya foram extintas, sendo conhecida atualmente apenas uma população na natureza. Visando a preservação dessa espécie, indivíduos foram coletados durante a construção das hidrelétricas e mantidos em coleções ex situ. Posteriormente, parte desses indivíduos resgatados foi introduzida em locais semelhantes aos de sua ocorrência natural. Neste contexto, este estudo foi realizado com o objetivo de avaliar o sucesso reprodutivo e aspectos genéticos da única população natural e de populações introduzidas, para obter informações que auxiliem na elaboração de estratégias de conservação para essa espécie. No Capítulo II é apresentado o estudo do sucesso reprodutivo da única população natural conhecida e de quatro populações introduzidas de D. distachya. Também foram avaliados a produção média de flores, frutos e sementes; o número médio de indivíduos reprodutivos e vegetativos; a germinação das sementes e a viabilidade do pólen; o tamanho médio dos genets e o número médio de ramets por genet. Os resultados mostraram diferenças significativas entre as populações introduzidas e a natural para todas as variáveis analisadas, sendo observado maior investimento em reprodução sexual nas populações introduzidas e maior investimento em propagação clonal na população natural. A produção média de flores, frutos e sementes foi superior nas populações introduzidas (34,1; 37,5; 87; respectivamente) quando comparadas com a população natural (2,7; 5,9; 31; respectivamente). A viabilidade do pólen também foi superior nas populações introduzidas (92 %) em relação a natural (47,9 %). Entretanto, o número médio de ramets por genet e o tamanho médio dos genets foi superior na população natural (297,6 e 2,172 m², respectivamente) quando comparado com a média das populações introduzidas (5,9 e 0,122 m², respectivamente). A introdução dessa bromélia deve ser levada em consideração em programas de conservação, visto que as populações introduzidas estudadas parecem estar conseguindo se estabelecer em seu novo habitat, tendo sido observado inclusive o recrutamento de novos indivíduos através de sementes. No Capítulo III foram investigados a diversidade genética, o sistema de cruzamento e o fluxo de pólen da espécie em estudo, nas quatro populações introduzidas e na natural, utilizando marcadores moleculares microssatélites. Para as cinco populações, foram coletadas amostras de 130 indivíduos reprodutivos, das quais 50 foram utilizadas como plantas-mãe, provendo 700 plântulas. As populações introduzidas apresentaram altos níveis de diversidade genética ( O = 0,466) comparadas com a natural ( O = 0,167). A estimativa da taxa de fecundação cruzada nas populações introduzidas não diferiu de um ( m = 0,965), indicando que D. distachya é uma bromélia alógama. Porém, na população natural, esse valor foi diferente ( m = 0,520), sugerindo a ocorrência de algum tipo de perturbação nesse ambiente. O fluxo de pólen é mais restrito na população natural ( FT = 0,296) do que nas introduzidas ( FT = 0,089). A dispersão de pólen ocorre a curtas distâncias, parecendo ser influenciada pela combinação da densidade e da distribuição espacial dos indivíduos reprodutivos. Baseado nestes resultados, sugerimos que os índices de diversidade genética e fluxo de pólen sejam monitorados em longo prazo, na tentativa de evitar a redução da diversidade genética, a seleção local e a deriva genética. Além disso, recomendamos a criação de novas áreas de introdução, intermediárias as existentes, promovendo a formação de metapopulações. Um estudo mais aprofundado na população natural também deve ser realizado para saber o que realmente está ocorrendo naquele ambiente para serem tomadas medidas efetivas de conservação. / Dyckia distachya Hassler is a rare, endemic and exclusive species of rheophytic environments. Originally, this bromeliad occurred on islands and rocky shores of the Uruguay River basin, having disjunct distribution over 617 km in Pelotas and Uruguay rivers, bordering the states of Rio Grande do Sul and Santa Catarina. However, due to the exploitation of the hydroelectric potential of this basin, seven of the eight populations of D. distachya were extinguished, being currently known only one population in nature. Aiming the preservation of this species, individuals were collected during the construction of hydroelectric and maintained in ex situ collections. Later, some of these rescued individuals were introduced in similar places to their natural occurrence. In this context, this study was carried out to evaluate the reproductive success and genetic aspects of the only natural population and introduced populations, to obtain information to assist in the development of conservation strategies for this species. In Chapter II is presented the study of reproductive success of the only known natural population and four introduced populations of D. distachya. Were also evaluated the average production of flowers, fruits and seeds; the average number of reproductive and vegetative individuals; seed germination and pollen viability; the average size of genets and the average number of ramets per genet. The results showed significant differences between natural and introduced populations for all variables analyzed, being observed higher investment in sexual reproduction in the introduced populations and greater investment in clonal propagation in the natural. The average production of flowers, fruits and seeds were higher in introduced populations (34.1; 37.5; 87; respectively) when compared with the natural population (2.7; 5.9; 31; respectively). Pollen viability was also higher in introduced populations (92 %) in relation to natural (47.9 %). However, the average number of ramets per genet and the average size of the genets were higher in the wild population (297.6 and 2,172 m², respectively) when compared to the average of the introduced populations (5.9 and 0.122 m², respectively). The introduction of this bromeliad should be considered in conservation programs, since the introduced populations studied seem to be getting to settle in their new habitat, having been observed including the recruitment of new individuals from seeds. In Chapter III were investigated the genetic diversity, mating system and pollen flow of this species in the four introduced populations and natural one, utilizing microsatellite markers. For the five populations, samples from 130 reproductive individuals were collected, of which 50 were used as mother plants, providing 700 seedlings. Introduced populations showed high levels of genetic diversity ( O = 0.466) compared with the natural ( O = 0.167). The estimated outcrossing rate in introduced populations did not differ from one ( m = 0.965), indicating that D. distachya is an alogamous bromeliad. However, in natural population, this value was different ( m = 0.520), suggesting the occurrence of some kind of disturbance in this environment. Pollen flow is more restricted in natural population ( FT = 0.296) than in introduced ( FT = 0.089). The pollen dispersal occurs over short distances, appearing to be influenced by the combination of density and spatial distribution of reproductive individuals. Based on these results, we suggest that the rates of genetic diversity and pollen flow should be monitored in the long term, in an attempt to avoid a reduction in genetic diversity, site selection and genetic drift. Additionally, we recommend the creation of new areas of introduction, intermediate of those already existing, promoting the formation of metapopulations. A further study in natural population must also be done to find out what is really occurring in that environment for effective conservation measures are taken.
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Sucesso reprodutivo, diversidade genéticae fluxo de pólen de Dyckia distachya Hassler (Bromeliaceae), uma espécie altamente ameaçada de extinção / Reproductive success, genetic diversity and pollen flow of Dyckia distachya Hassler (Bromeliaceae), a species highly endangered

Janke, Aline January 2014 (has links)
Dyckia distachya Hassler é uma espécie rara, endêmica e exclusiva de ambientes reofíticos. Originalmente, essa bromélia ocorria em ilhas e margens rochosas da bacia do rio Uruguai, possuindo distribuição disjunta ao longo de 617 km, nos rios Pelotas e Uruguai, na divisa dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Entretanto, devido ao aproveitamento do potencial hidrelétrico dessa bacia hidrográfica, sete das oito populações de D. distachya foram extintas, sendo conhecida atualmente apenas uma população na natureza. Visando a preservação dessa espécie, indivíduos foram coletados durante a construção das hidrelétricas e mantidos em coleções ex situ. Posteriormente, parte desses indivíduos resgatados foi introduzida em locais semelhantes aos de sua ocorrência natural. Neste contexto, este estudo foi realizado com o objetivo de avaliar o sucesso reprodutivo e aspectos genéticos da única população natural e de populações introduzidas, para obter informações que auxiliem na elaboração de estratégias de conservação para essa espécie. No Capítulo II é apresentado o estudo do sucesso reprodutivo da única população natural conhecida e de quatro populações introduzidas de D. distachya. Também foram avaliados a produção média de flores, frutos e sementes; o número médio de indivíduos reprodutivos e vegetativos; a germinação das sementes e a viabilidade do pólen; o tamanho médio dos genets e o número médio de ramets por genet. Os resultados mostraram diferenças significativas entre as populações introduzidas e a natural para todas as variáveis analisadas, sendo observado maior investimento em reprodução sexual nas populações introduzidas e maior investimento em propagação clonal na população natural. A produção média de flores, frutos e sementes foi superior nas populações introduzidas (34,1; 37,5; 87; respectivamente) quando comparadas com a população natural (2,7; 5,9; 31; respectivamente). A viabilidade do pólen também foi superior nas populações introduzidas (92 %) em relação a natural (47,9 %). Entretanto, o número médio de ramets por genet e o tamanho médio dos genets foi superior na população natural (297,6 e 2,172 m², respectivamente) quando comparado com a média das populações introduzidas (5,9 e 0,122 m², respectivamente). A introdução dessa bromélia deve ser levada em consideração em programas de conservação, visto que as populações introduzidas estudadas parecem estar conseguindo se estabelecer em seu novo habitat, tendo sido observado inclusive o recrutamento de novos indivíduos através de sementes. No Capítulo III foram investigados a diversidade genética, o sistema de cruzamento e o fluxo de pólen da espécie em estudo, nas quatro populações introduzidas e na natural, utilizando marcadores moleculares microssatélites. Para as cinco populações, foram coletadas amostras de 130 indivíduos reprodutivos, das quais 50 foram utilizadas como plantas-mãe, provendo 700 plântulas. As populações introduzidas apresentaram altos níveis de diversidade genética ( O = 0,466) comparadas com a natural ( O = 0,167). A estimativa da taxa de fecundação cruzada nas populações introduzidas não diferiu de um ( m = 0,965), indicando que D. distachya é uma bromélia alógama. Porém, na população natural, esse valor foi diferente ( m = 0,520), sugerindo a ocorrência de algum tipo de perturbação nesse ambiente. O fluxo de pólen é mais restrito na população natural ( FT = 0,296) do que nas introduzidas ( FT = 0,089). A dispersão de pólen ocorre a curtas distâncias, parecendo ser influenciada pela combinação da densidade e da distribuição espacial dos indivíduos reprodutivos. Baseado nestes resultados, sugerimos que os índices de diversidade genética e fluxo de pólen sejam monitorados em longo prazo, na tentativa de evitar a redução da diversidade genética, a seleção local e a deriva genética. Além disso, recomendamos a criação de novas áreas de introdução, intermediárias as existentes, promovendo a formação de metapopulações. Um estudo mais aprofundado na população natural também deve ser realizado para saber o que realmente está ocorrendo naquele ambiente para serem tomadas medidas efetivas de conservação. / Dyckia distachya Hassler is a rare, endemic and exclusive species of rheophytic environments. Originally, this bromeliad occurred on islands and rocky shores of the Uruguay River basin, having disjunct distribution over 617 km in Pelotas and Uruguay rivers, bordering the states of Rio Grande do Sul and Santa Catarina. However, due to the exploitation of the hydroelectric potential of this basin, seven of the eight populations of D. distachya were extinguished, being currently known only one population in nature. Aiming the preservation of this species, individuals were collected during the construction of hydroelectric and maintained in ex situ collections. Later, some of these rescued individuals were introduced in similar places to their natural occurrence. In this context, this study was carried out to evaluate the reproductive success and genetic aspects of the only natural population and introduced populations, to obtain information to assist in the development of conservation strategies for this species. In Chapter II is presented the study of reproductive success of the only known natural population and four introduced populations of D. distachya. Were also evaluated the average production of flowers, fruits and seeds; the average number of reproductive and vegetative individuals; seed germination and pollen viability; the average size of genets and the average number of ramets per genet. The results showed significant differences between natural and introduced populations for all variables analyzed, being observed higher investment in sexual reproduction in the introduced populations and greater investment in clonal propagation in the natural. The average production of flowers, fruits and seeds were higher in introduced populations (34.1; 37.5; 87; respectively) when compared with the natural population (2.7; 5.9; 31; respectively). Pollen viability was also higher in introduced populations (92 %) in relation to natural (47.9 %). However, the average number of ramets per genet and the average size of the genets were higher in the wild population (297.6 and 2,172 m², respectively) when compared to the average of the introduced populations (5.9 and 0.122 m², respectively). The introduction of this bromeliad should be considered in conservation programs, since the introduced populations studied seem to be getting to settle in their new habitat, having been observed including the recruitment of new individuals from seeds. In Chapter III were investigated the genetic diversity, mating system and pollen flow of this species in the four introduced populations and natural one, utilizing microsatellite markers. For the five populations, samples from 130 reproductive individuals were collected, of which 50 were used as mother plants, providing 700 seedlings. Introduced populations showed high levels of genetic diversity ( O = 0.466) compared with the natural ( O = 0.167). The estimated outcrossing rate in introduced populations did not differ from one ( m = 0.965), indicating that D. distachya is an alogamous bromeliad. However, in natural population, this value was different ( m = 0.520), suggesting the occurrence of some kind of disturbance in this environment. Pollen flow is more restricted in natural population ( FT = 0.296) than in introduced ( FT = 0.089). The pollen dispersal occurs over short distances, appearing to be influenced by the combination of density and spatial distribution of reproductive individuals. Based on these results, we suggest that the rates of genetic diversity and pollen flow should be monitored in the long term, in an attempt to avoid a reduction in genetic diversity, site selection and genetic drift. Additionally, we recommend the creation of new areas of introduction, intermediate of those already existing, promoting the formation of metapopulations. A further study in natural population must also be done to find out what is really occurring in that environment for effective conservation measures are taken.
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Ecologia reprodutiva de Dyckia encholirioides var. encholirioides (GAUD) Mez. (Bromeliaceae) em costões oceânicos em Florianópolis, Santa Catarina

Krieck, Cristiane January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais. / Made available in DSpace on 2012-10-24T01:01:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 254613.pdf: 2694429 bytes, checksum: 807756d99ac336176fd0a3f2ce7e22eb (MD5) / Este estudo procurou descrever e caracterizar a ecologia reprodutiva de Dyckia encholirioides var. encholirioides (Gaud) Mez. , em Florianópolis, SC. A espécie floresce desde o final do inverno até a primavera. A floração por indivíduo dura em média de 23 dias. A antese das flores ocorreu ao longo de todo o dia e apresentou uma duração de um dia e meio. A espécie apresenta atributos florais associados à melitofilia, secretando pequenos volumes de néctar pelas flores. A freqüência de visitação das abelhas: Xylocopa brasilianorum, Apis mellifera e Trigona spinipes confirmam essa observação, porém apesar de baixa freqüência, o beija-flor Thalurania glaucopis realizou visitas legítimas as flores de D. encholirioides. Baseando-se nos resultados dos testes de polinização e na razão pólen/óvulo, pode-se concluir que a espécie presenta auto-incompatibilidade, formando frutos com sementes férteis apenas nos tratamentos de polinização cruzada e livre. Há uma interação entre a formiga cortadeira Acromyrmex aspersus com as inflorescências e infrutescências de D. encholirioides. Estas formigas cortam partes das flores e frutos em desenvolvimento e carregam para seu ninho para o cultivo de fungos e assim afetam negativamente a reprodução sexual das bromélias. The aim of this study was to describe and characterize the reproductive ecology of Dyckia encholirioides var. (Gaud) Mez. encholirioides, in Florianópolis, SC. The flowering occurs from the end of the winter until spring. The duration of the flowering in a single individual averaged 23 days. The anthesis of the flowers occurred along the day and presented a duration of 1.5 days. The species presents floral attributes linked to melittophily, producing small volume of nectar in the flowers. The frequency of visitation of bees from the species: Xylocopa brasilianorum, Apis mellifera and Trigona spinipes confirms this observation; however in spite of the low frequency of flowers visits by the hummingbird Thalurania glaucopis he made legitimate visits to the flowers of D. encholirioides. Based on the results of the treatments of pollination and the ration P/O, it can be concluded that the species presents self-incompatibility, forming fruit with fertile seeds only in treatments of cross-pollination and open pollination. There is an interaction between the ant Acromyrmex aspersus with the inflorescence and infrutescence of D. encholirioides. These ants cut to parts of the flowers and fruits in development and carrey to their nest for the culture of fungus, and thus affect negatively the sexual reproduction of the bromeliad.
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DESENVOLVIMENTO EMBRIOLÓGICO EM Dyckia polyclada L.B. Sm. (PITCAIRNIOIDEAE - BROMELIACEAE). / EMBRYOLOGICAL DEVELOPMENT OF Dyckia polyclada L.B. Sm. (PITCAIRNIOIDEAE - BROMELIACEAE).

Martins, Merielem Saldanha 10 March 2016 (has links)
Bromeliaceae is one of the important neotropical families. It has approximately 3501 species. Pitcairnioideae has about 170 species. The present study aims to analyze and characterize the sporogenesis and gametogenesis in anthers and seminal rudiments of Dyckia polyclada L.B. Sm. (Pitcairnioideae-Bromeliaceae). Dyckia polyclada L.B.Sm. is native and endemic to Rio Grande do Sul and it is found in the central area of the state. The species presents perfect trimerous and heterochlamydous flowers. The androecium consists of six stamens, tetrasporangiate and dorsifixed anthers. Nine different phases of development were defined when it comes to the chemical constituents of the anthers. Only starch was detected in the connective. Starch and reserve lipids were observed in sporangia, microspores and pollen grains. The pollenkitt presents neutral lipids, essential oils and oleoresins in its chemical composition. The ovary in D. polyclada is superior, tricarpellate, trilocular and polispermic. Placentation is axial. The stigma is trífid of the conduplicate spiral. The ovules are anatropous, bitegmic and crassinucellate. The teguments are from dermic origin. The micropyle is formed by the inner tegument. The gametophyte is monosporic of the Polygonum type. The fibrillar aparattus is from pectic nature. Infralocular, labyrinthine and unstructured septal nectaries are present. The chalazal appendix is short and curved toward the raphe and features elongated cells with intracellular spaces. The obturator in D. polyclada has elongated dome-shaped cells and dense, vacuolated cytoplasm, coating the entire placental region. The presented data are unprecedented to the species and contribute to the understanding of the phylogenetic relationships within the family and for better understanding of the functioning of the reproductive process of Dyckia polyclada, given that, for lack of studies, the species is in the category of insufficient data and one cannot diagnose the degree of extinction. / Bromeliaceae é umas das importantes famílias neotropicais. Possui aproximadamente 3501 espécies. Pitcairnioideae apresenta cerca de 170 espécies. O presente trabalho tem por objetivo analisar e caracterizar a esporogênese e a gametogênese em anteras e em rudimentos seminais em Dyckia polyclada L.B. Sm. (Pitcairnioideae-Bromeliaceae). Dyckia polyclada L.B. Sm. é nativa e endêmica do Rio Grande do Sul, sendo encontrada na região central do estado. A espécie apresenta flores perfeitas, trímeras e heteroclamídeas. O androceu é composto por seis estames, anteras tetraesporângiadas e dorsifixas. Quanto a investigação sobre os contítuintes químicos da antera foram definidos nove estádios distintos de desenvolvimento. Apenas amido foi detectado no conectivo. Amido e lipídios de reserva foram observados nos esporângios, micrósporos e grãos de pólen. O pollenkitt apresenta lipídios neutros, óleos essenciais e oleorresinas em sua composição química. O ovário de D. polyclada é súpero, tricarpelar, trilocular e plurispérmico. A placentação é do tipo axial. O estigma é trífido do tipo espiral conduplicado. Os rudimentos seminais são anátropos, bitegumentados e crassinucelados. Os tegumentos são de origem dérmica. O canal micropilar é formado pelo tegumento interno. O gametófito é de origem monospórica e do tipo Polygonum. O aparelho fibrilar é de natureza péctica. Nectários septais infraloculares, labirínticos e não estruturados estão presentes. O apêndice calazal é curto e curvo em direção a rafe e apresenta células alongadas e com espaços intracelulares. O obturador em D. polyclada apresenta células alongadas em forma de domo e citoplasma denso e vacuolado, revestindo toda a região placentária. Os dados apresentados são inéditos para a espécie e contribuem para a compreensão das relações filogenéticas dentro da família e para melhor entendimento do funcionamento do processo reprodutivo de Dyckia polyclada, tendo em vista que a espécie, por falta de estudos, encontra-se na categoria de dados insuficientes e não se pode diagnosticar o grau de risco de extinção.
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DESENVOLVIMENTO INICIAL, CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL DA FLOR, ANDROSPOROGÊNESE E ANDROGAMETOGÊNESE EM Dyckia racinae L.B.Sm.(PITCAIRNIOIDEAE-BROMELIACEAE) / INITIAL DEVELOPMENT, STRUCTURAL CHARACTERIZATION OF FLOWER, ANDROSPOROGENESIS AND ANDROGAMETOGENESIS IN Dyckia racinae L.B.Sm (PITCAIRNIOIDEAE-BROMELIACEAE)

Dorneles, Mariane Paludette 15 March 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Important among monocots neotropical family, the bromeliads expand the richness and diversity of the ecosystems where occurs. So gather knowledge in pursuit for implementing projects really effective for biodiversity conservation becomes essential. Therefore, information on the structure of sporangia and gametophytes contribute to a better characterization of reproductive processes, and the application of the characters in taxonomic and phylogenetic analysis, whose results are of great value to conservation programs. This work seeks to understand embryology with emphasis on structural Dyckia racinae L.B.Sm., featuring aspects of early development of reproductive structures, androsporogenesis and androgametogenesis. The floral meristem of D. racinae in its developmental phase, possess a three layered structure: dermal, subdermal and central. In regions where the floral organs initiate development it is possible to identify a cytoplasmic condensation followed by a periclinal division in the subdermal layer. D. racinae shows perfect flowers, being such flowers trimerous, heterochlamydeous and subtended by a bract. The androecium consists of six stamens, and the ovary is superior, trilocular and nectaries are present and predominantly infralocular. The pattern formation of the anther parietal layers is basic type, the tapetum is secretory, the epidermis is papilate, and cytokinesis after meiosis is successive. After tetrads release from callose wall, the androspore maturation occurs, when is observed cytoplasm polarization, followed by first pollen mitosis that gives rise to generative and vegetative cells. In D. racinae the androphytes are shed in a two celled state, and sporoderme consist of an outer resistant exine and inner intine. Pollenkitt is observed at the pollen grain surface. Dimorphic pollen was observed. The dimorphic pollen present little volume and the aperture region remains concave, besides relatively less dense cytoplasm, delayed starch accumulation and delayed and partial regression of vacuole. In another grain type abnormal pollen mitosis was observed. In both type of grains vegetative and generative cells are not formed. / Importante família entre as monocotiledôneas neotropicais, as bromeliáceas ampliam a riqueza e a diversidade dos ecossistemas de que fazem parte. Assim, reunir conhecimentos na busca de projetos realmente efetivos para conservação da biodiversidade se torna essencial. Para tanto, informações sobre a estrutura de esporângios e gametófitos contribuirão para a melhor caracterização de processos reprodutivos, além da aplicação dos caracteres em análises taxonômicas e filogenéticas, cujos resultados são de grande valor aos programas de conservação. Este trabalho buscou conhecer a embriologia com ênfase estrutural de Dyckia racinae L.B.Sm., caracterizando aspectos de desenvolvimento inicial das estruturas reprodutivas, além da androsporogênese e da androgametogênese. O meristema floral de D. racinae, durante a fase inicial de seu desenvolvimento, está organizado em três camadas: dérmica, subdérmica e central. Nas regiões onde os primórdios dos órgãos florais serão projetados é possível identificar um adensamento citoplasmático seguido de uma divisão periclinal na camada subdérmica. A espécie Dyckia racinae apresenta flores perfeitas, trímeras e heteroclamídeas, envolvidas por uma bráctea. O androceu é composto por seis estames, o ovário é súpero e trilocular, nectários estão presentes, sendo predominantemente infraloculares. O padrão de formação dos estratos parietais da antera é do tipo básico, o tapete é secretor, a epiderme é papilada, a tétrade de andrósporos se forma de forma sucessiva, sendo tais tétrades decussadas ou isobilaterais. Após a liberação das tétrades da calose, ocorre a maturação dos andrósporos, quando ocorre polarização do citoplasma, seguido da primeira mitose onde são formadas a célula generativa e vegetativa. Em D. racinae os andrófitos são bicelulares quando liberados das anteras, com uma abertura, apresentando uma esporoderme constituída por exina, mais externa e resistente, e intina mais interna. Pollenkitt é observado na superfície dos andrófitos. Foram observados grãos de pólen dimórficos. Os grãos dimórficos apresentam pouco volume e a região da abertura se mantém côncava, além de citoplasma pouco denso, acúmulo tardio de grãos de amido e regressão parcial e tardia da vacuolação. Em outro grupo de grãos a primeira mitose foi atípico. Em ambos os tipos de grãos as células generativa e vegetativa não são formadas.

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