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Revisão sistemática sobre os efeitos da episiotomia na função sexual da mulher no pós-parto / Systematic review on the effects of episiotomy on sexual function of women in the postpartum period.

Carina Pinheiro Barreto 11 July 2014 (has links)
A vida sexual no pós-parto é influenciada pelas mudanças anatômicas, hormonais, da estrutura familiar e do relacionamento com o parceiro. A redução do desejo e o medo do retorno da atividade sexual são comuns. A episiotomia parece ter impacto negativo e interferir na função sexual das mulheres neste período. Objetivo: Identificar a existência de evidências sobre o efeito da episiotomia na função sexual da mulher no pós-parto. Método: Revisão Sistemática realizada por meio da metodologia do Instituto Joanna Briggs (JBI). A pergunta desta revisão sistemática foi: a episiotomia interfere na função sexual da mulher nos 24 meses após o parto? A estratégia PICOs para a revisão foi a seguinte: P (participantes): mulheres até 24 meses após o parto vaginal de todas as paridades;I (intervenção): mulheres que tiveram parto normal com episiotomia; C (controles): mulheres que tiveram parto normal e não receberam episiotomia; O (resultados): função sexual avaliada por meio de da pontuação do Female Sexual Function Index (FSFI), tempo de retorno à atividade sexual e dispareunia;S (estudos): estudos observacionais, de coorte e transversais. Foram utilizados os descritores e as estratégias de busca específicas para cada uma das bases de dados a seguir: CINAHL, Embase, LILACS, Proquest, PubMed, ScienceDirect, Scopus e Web of Science. Os artigos selecionados segundo a estratégia PICOs foram submetidos aos critérios de análise crítica de qualidade e seus dados foram extraídos com o auxílio do JBI Meta Analysis of Statistics Assessment and Review Instrument (MAStARI), para estudos quantitativos. Cada artigo foi avaliado por dois revisores. Após a extração dos dados dos estudos os resultados foram apresentados em forma narrativa pois todas as metanalises realizadas apresentaram p<0,05 para o teste de heterogeneidade. Resultados: 784 publicações foram identificadas, 11 foram submetidas à avaliação critica, e seis estudos foram incluídos na revisão sistemática. Os dados dos estudosnão apresentaram diferença estatística significativa na função sexual com seis semanas, três e seis meses entre os grupos, o tempo de retorno à atividade sexual foi menor para mulheres que tiveram parto vaginal sem episiotomia em comparação com as que tiveram episiotomia em três estudos.Adispareunia foi analisada em apenas um estudo e apresentou maior proporção em mulheres com episiotomia, porém, sem diferença estatística. Conclusão: A realização da episiotomia pode retardar a retomada da atividade sexual no pós-parto. Os estudos com abordagem quantitativa não apresentaram evidências sobre o efeito da episiotomia na função sexual mensurada por meio do FSFI e na ocorrência de dispareunia. Sugere-se a realização de revisão de estudos qualitativos para se estudar a influência da episiotomia no pós-parto a partir das narrativas das mulheres. / The postpartum sex life is influenced by anatomical, hormonal, changes in family structure and the relationship with the partner. The reduction of desire, fear and the resumption of sexual activity are common. The episiotomy appears to provide negative consequence with sexual function of women in this period. Aim: The objective was to identify the existence of evidence on the effect of episiotomy on sexual function of women in the postpartum period. Method: This is a Systematic Review performed under Joanna Briggs Institute methodology (JBI). The question of this Systematic Review was: Does Episiotomy interferes with women sexual function in the 24 months after childbirth? The PICOs strategy for the review were as follows: P (participants): women up to 24 months after vaginal delivery of all parities. I (intervention): women who delivered vaginally with episiotomy; C (control): women who had normal delivery and did not receive episiotomy; O (results): Sexual Function assessed by Female Sexual Function Index, time to resumption of sexual activity and dyspareunia. S (studies): observational, cohort and cross-sectional studies. Descriptors and specific search strategy for each of the databases below have been applied: CINAHL, EMBASE, LILACS, Proquest, PubMed, ScienceDirect, Scopus and Web of Science. The selected articles according to Strategy PICOS were subjected to critical analysis criteria for quality and data were extracted with the aid of JBI Meta Analysis of Statistics Assessment and Review Instrument-MAStARI, for quantitative studies. Each article was assessed by two reviewers. After extracting data the outcomes were presented through narrative form due to all meta-analysys presente. Results: 784 articles were identified, 11 were subjected to critical evaluation, and these six studies were included in the systematic review. The studies did not present statistical significant difference regarding to sexual function at six weeks, three and six months between the groups, the time of resumption of sexual activity was lower for women who had vaginal delivery without episiotomy compared with those who had episiotomy in three studies. Dyspareunia was analyzed in only one study and had high proportion among women with episiotomy, however, with no statistical difference. Conclusion: The use of episiotomy may delay the resumption of sexual activity postpartum. Studies with quantitative approach presented no evidence on the effect of episiotomy in sexual function assessed by the FSFI and the occurrence of dyspareunia. We suggest including a review of qualitative studies to study the influence of postpartum episiotomy from the narratives of women.
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Implementação de evidências científicas na prevenção e reparo do trauma perineal no parto / Implementation of evidence-based practice to prevent and repair perineal trauma on childbirth

Rafael Cleison Silva dos Santos 17 November 2016 (has links)
Introdução: As taxas de episiotomia e lacerações perineais espontâneas no parto normal apresentam grande variação entre os diferentes serviços. Esses traumas perineais e as morbidades relacionadas podem ser prevenidos ou reduzidos com a adoção de práticas baseadas em evidências científicas na assistência ao parto e no reparo perineal. Embora existam evidências científicas bem estabelecidas sobre prevenção e reparo do trauma perineal no parto, em nosso meio faltam estudos sobre a implementação destas evidências na prática. Objetivo geral: Promover as melhores práticas baseadas em evidências científicas para prevenção e reparo do trauma perineal no parto normal. Objetivos específicos: 1) Avaliar a prática corrente na prevenção e reparo do trauma perineal no parto normal; 2) Implementar as melhores práticas baseadas em evidências científicas para prevenção e reparo do trauma perineal no parto normal; 3) Avaliar o impacto da implementação dessas práticas nos desfechos maternos. Método: Estudo de intervenção quase experimental, tipo antes e depois, segundo a metodologia de implementação de evidências na prática clínica do Instituto Joanna Briggs. Foi conduzido no Hospital da Mulher Mãe Luzia, em Macapá, AP. Foram realizadas 74 entrevistas com enfermeiros e médicos obstetras e residentes de ambas as categorias e 70 entrevistas com mulheres que deram à luz nesse local. Foram também analisados dados de prontuários (n=555). Foi realizada uma intervenção educativa, por meio de um seminário para os profissionais, com a finalidade de apresentar e discutir as evidências científicas disponíveis e as melhores práticas em relação ao cuidado perineal no parto. O estudo foi realizado em três fases: pré-auditoria e auditoria de base (fase 1); implementação de boas práticas (fase 2, que corresponde à intervenção educativa); auditoria pósimplementação (fase 3). Os dados foram analisados mediante a comparação entre os resultados das fases 1 e 3, com nível de significância de 5%. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. Resultados: Em relação aos profissionais, a comparação entre as fases 1 e 3 mostrou que houve aumento da proporção de profissionais que raramente ou nunca incentivam o puxo dirigido (55,0% versus 81,2%; p=0,009), restringem a realização da episiotomia (83,3% versus 96,9%; p=0,021) e deixam as lacerações de primeiro grau sem reparo (61,9% versus 81,2%; p=0,011). Em relação às puérperas entrevistadas, além da posição litotômica no parto ter sido apontada pela maioria das mulheres na fase 1 (77,1%), foi também a mais frequente na fase 3 (97,1%), com diferença estatística significante (p=0,028). Quanto à dor perineal após o parto (períodos de 1-2 dias, 10-12 dias e 30 dias), a frequência diminuiu no decorrer do pós-parto (94,0%, 66,7% e 63,6%, respectivamente, em cada período, na fase 1, e 79,0%, 57,1% e 38,5%, respectivamente, em cada período, na fase 3), com diferença estatisticamente para os diferentes períodos (p=0,019), mas sem diferença entre as fases 1 e 3. Os dados de prontuário das puérperas mostraram que menos mulheres tiveram a laceração perineal suturada (92,0%, na fase 1, e 82,1%, na fase 3; p=0,039) e mais profissionais utilizaram o fio ácido poliglicólico ou poliglactina 910 na mucosa (4,8%, na fase 1, e 28,1%, na fase 3; p=0,006) e na pele (10,2%, na fase 1, e 25,0%, na fase 3; p=0,033). Em relação às demais práticas e desfechos analisados, não houve diferença estatisticamente significante antes e após a intervenção educativa. Conclusão: A metodologia de implementação de práticas baseadas em evidências científicas melhorou os cuidados e os desfechos perineais, incluindo menos profissionais enfermeiros e médicos que realizam puxos dirigidos e episiotomia de rotina e mais registros nos prontuários do uso do fio de sutura ácido poliglicólico ou poliglactina 910 na mucosa e na pele. Por outro lado, a pesquisa identificou lacunas na implementação de evidências e algumas inadequações no manejo do cuidado perineal, tais como, relatos de puérperas submetidas à posição de litotomia e falta de registros nos prontuários em relação à sutura das lacerações perineais. A continuidade das auditorias e novas intervenções educativas sobre a prática baseada em evidências podem melhorar o cuidado e os resultados de saúde materna. / Introduction: Episiotomy rates and spontaneous perineal trauma in normal birth have considerable variation among different health care services. These perineal traumas and related morbidity may be prevented or restricted adopting evidence-based practices during childbirth and perineal repair. Although the well established evidence on perineal trauma prevention and repair, in Brazil there are few studies on the implementation of this evidence in practice. Objectives: Promote the best evidence-based practices for perineal trauma prevention and repair in normal birth; Assess the current practice in perineal trauma prevention and repair in normal birth; Implement the best evidence-based practices on perineal trauma prevention and repair in normal birth; Assess the impact of these implementation on maternal outcomes. Methods: Quasi-experimental intervention study before and after, according to Institute Joanna Briggs methodology implementation of evidence in clinical practice. It was conducted 74 interviews with nurses, obstetricians, residents of both categories and 70 with post-partum women who have had birth at Hospital da Mulher Mãe Luzia, in Macapá, AP, Brazil. It was also analyzed 555 patient data records. The educational intervention was a seminar for professionals, to present and discuss the best evidence-based practice available in relation to perineal care during labour and birth. The study was conducted in three stages: pre-audit and base audit (phase 1); implementation of best practices (phase 2: educational intervention); post-implementation audit (phase 3). Data were analysed comparing the results of phases 1 and 3, with significance level of 5%. The Research Ethics Committee of the School of Nursing of the University of São Paulo approved the study. Results: Concerning professionals, the comparison between phases 1 and 3 showed an increased proportion of professionals who rarely or never encourage direct pushing (55.0% versus 81.2%; p=0.009), perform episiotomy (83.3% versus 96.9%; p=0.021) and leave first-degree lacerations without repairing (61.9% versus 81.3%; p=0.011). Concerning post-partum women, besides the lithotomy position have been most frequent referred by women in the phase 1 (77.1%), it was also the most frequent position in phase 3 (97.1%), with statistical difference (p=0.028). Related to perineal pain 1-2 days, 10-12 days and 30 days after childbirth, the frequency decreased (94.0%, 66.7% and 63.6%, respectively, in each period, in phase 1, and 79.0%, 57.1% and 38.5%, respectively, in each period in phase 3), with statistical difference considering all periods (p=0.019), but no difference between phases 1 and 3. Concerning patient data records, less women had perineal lacerations sutured (92.0%, in phase 1, and 82.1%, in phase 3; p=0.039) and more women had perineal mucosa (4.8%, in phase 1, and 28.1%, in phase 3; p=0.006) and perineal skin (10.2%, in phase 1, and 25.0%, in phase 3; p=0.033) sutured by polyglycolic acid and polyglactin 910. Concerning other analyzed practices and outcomes, no one had statistical significant difference before and after the educational intervention. Conclusion: The evidence-based practice implementation methodology improved the childbirth care and perineal outcomes, such as less nurses and obstetricians performing directed pushes and routine episiotomies, and more records about the use of polyglycolic acid and polyglactin 910 to suture perineal mucosa and skin. On the other hand, it was identified gaps in evidence implementation and some inappropriate perineal care management, such as women submitted to lithotomy position during birth and lack of records in suturing perineal tears. On-going audits and educational interventions on evidence-based practice can improve the childbirth care and maternal outcomes.
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Repensando a tesoura: compreendendo o posicionamento dos obstetras diante da episiotomia / Rethinking scissors: understanding obstetricians positioning facing episiotomy

Priscila Cavalcanti de Albuquerque Carvalho 20 September 2016 (has links)
Introdução: A episiotomia é intervenção instituída rotineiramente no Brasil, a partir da hospitalização do parto, em meados do século XX. Tida como facilitadora do parto no período expulsivo, vem sendo questionada pelas evidências científicas. Comprovou-se que a intervenção não impede lacerações importantes, incontinência urinária, dispareunia ou disfunções sexuais, e é associada a mais dor pós-parto e a complicações da episiorrafia. No Brasil, há médicos que fazem o procedimento rotineiramente, enquanto outros a praticam de modo seletivo ou, mais raramente, nunca o fazem. Este estudo buscou compreender o processo por meio do qual tais profissionais aprenderam e iniciaram sua prática, se esta foi revista, e as razões do posicionamento técnico e ético quanto ao procedimento, na atualidade. Objetivos: descrever e analisar o processo vivenciado pelos médicos obstetras, e que os levou ao posicionamento com relação à prática da episiotomia, tendo em vista sua formação, sua prática, o posicionamento de seus pares e o ambiente institucional. Método: Trata-se de estudo qualitativo, com análise temática a partir do referencial de gênero. A população de estudo foi composta por 12 médicos(as) obstetras que atendiam partos pela via vaginal, obedecendo ao método snowball. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas norteadas por questões semiestruturadas. Resultados: A educação médica, no recorte da episiotomia, dá-se em escalonamento hierárquico, sem que o aluno aprenda por meio de professor, mas entre alunos, do mais graduado para o menos graduado. Transmite-se a insegurança técnica e o impedimento de questionar as indicações, a segurança do procedimento ou lesões decorrentes. Não se discute a autonomia da paciente, os direitos reprodutivos, o direito à integridade corporal ou a real informação para o consentimento. Vários entrevistados relatam dificuldades para deixar de praticar a episiotomia, o que resulta de pressão exercida pelos pares, pela corporação e pela instituição em que atende. Conclusões: É imprescindível a reforma na educação médica, para que professores, atualizados com as evidências científicas, transmitam as técnicas de modo adequado às taxas preconizadas internacionalmente. Sugerese alterar a didática e conteúdo de disciplina que discuta bioética, tornando-a mais conectada com a prática e a ética médica, além de contextualizar a lei vigente. Conclui-se, enfim, pela necessidade de exigir a justificativa em prontuário para a intervenção, a anotação de toda episiotomia realizada e de toda lesão espontânea, além da aplicação de ferramentas de segurança da paciente, adotando uma assistência que promova a integridade genital no parto. / Introduction: Episiotomy is an intervention routinely established in Brazil, from birth hospitalization, in mid-twentieth. Considered as a facilitative intervention in the expulsive stage of birth, it has been questioned by scientific evidences. It was concluded that the intervention does not prevent main lacerations, urinary incontinence, either dyspareunia or sexual dysfunction, and is related to after-birth pain and complications developed from episiorrhaphy. In Brazil, there are physicians that perform it routinely, while some perform it selectively or never use it. This ressearch aimed to understand the way those professionals learned and started their practice, if it has been reviewed, and the reasons for their technical and ethic positioning about the intervention, nowadays. Objective: Describe and analyze the process experienced by obstetricians, and what took them to their positioning regarding to episiotomy practice, in terms of their professional education, their practice, their peers positioning and institutional environment. Method: This is a qualitative study, with thematic analysis, based on gender references. The study population was composed by 12 obstetricians, who attended vaginal births, following snowball method. Data were obtained by interviews guided by semi-structured questions. Results: The medical education, on episiotomy, occurs in a hierarchical scheduling, and the student doesnt learn through a teacher, but through a more graduate student, resulting on technical uncertainty and the impossibility to question indications, the procedure safety or resulting injuries. Patient autonomy, reproductive rights, body integrity or information to the consent are not questioned. Many physician finds it difficult to stop practicing episiotomy, because of intense pressure from peers, corporative and institution. Conclusions: Some changes are essential in medical education, so that teachers, updated on scientific evidences, transmit the techniques adequately to the internationally recommended rates. It is suggested to change teaching and disciplines that discuss bioethics, making it more connected with the practice and medical ethics, and contextualize it to the current law. It follows, finally, the need to require physicians to justify interventions in medical charts, the annotation of all performed episiotomy and all spontaneous lacerations, as well as applying patient safety tools, adopting an assistance that promotes genital integrity at birth.
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Impacto nas taxas de lacerações obstétricas do esfíncter anal com o uso restrito da episiotomia em um hospital escola

Schneider, Samanta January 2017 (has links)
Introdução: A laceração obstétrica do esfíncter anal (LOEA) está associado com incontinência anal. A episiotomia foi proposta como uma forma de proteção do esfíncter anal no parto, especialmente a episiotomia mediolateral; entretanto, diversos estudos mostraram que o uso de rotina da episiotomia não reduz o risco de LOEA. Objetivo: Este estudo tem por objetivo analisar se a redução na taxa de episiotomia em hospital escola no Brasil foi associada a um aumento na incidência de lacerações obstétricas do esfíncter anal, além de fatores associados a elas. Métodos: Estudo observacional, transversal e retrospectivo, realizado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Foram incluídos todos os partos vaginais de gestações únicas, apresentação cefálica, a partir de 34 semanas de idade gestacional, realizados em 2011-2012 (uso liberal da episiotomia) e 2015-2016 (uso restrito da episiotomia), e comparados em relação a taxa de episiotomia mediolateral e de LOEA. Resultados: foram analisados 4268 partos (2043 no período de 2011-2012, 2225 de 2015-2016), foram analisados 2043 partos. A taxa de episiotomia reduziu de 59.4% para 44.2% (p≤0.0001). No período 2011-2012, ocorreram 10 lacerações obstétricas do esfíncter anal em 2043 partos (0.48%), enquanto que no período 2015-2016, ocorreram 31 lacerações em 2225 partos (1.39%). Houve interação quando comparado os dois períodos em relação a realização de episiotomia e a ocorrência de LOEA (p≤0.0001). A episiotomia foi fortemente associada a não ocorrência de LOEA em 2011-2012 (59.5%), enquanto que não ter episiotomia foi associado ao grupo com (67.7%) e sem LOEA (55.7%) em 2015-2016. Fatores associados a LOEA foram indução do parto e distócia de ombro. Conclusão: Houve um aumento na taxa de lacerações do esfíncter anal com a diminuição da taxa de episiotomia. A episiotomia de rotina foi prote / Introduction: Obstetric anal sphincter tear (OAST) is associated with anal incontinence. Episiotomy was proposed as a form of protection of the anal sphincter at delivery, especially mediolateral episiotomy; however, several studies have shown that routine use of episiotomy does not reduce the risk of OAST. Objective: This study aims to analyse whether the reduction in the rate of episiotomy in a school hospital in Brazil was associated with an increase in the incidence of obstetric lacerations of the anal sphincter, in addition to associated factors. Methods: Observational, cross-sectional and retrospective study, conducted at Hospital de Clínicas, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil. We included all vaginal deliveries of single pregnancies, cephalic presentation, from 34 weeks of gestational age, performed in 2011-2012 (liberal episiotomy) and 2015- 2016 (restricted episiotomy), and compared in relation to the rate of mediolateral episiotomy and OAST. Results: 4268 births were analysed (2043 in 2011-2012 and 2225 in 2015-2016). The episiotomy rate decreased from 59.4% to 44.2% (p≤0.0001). In 2011-2012, there were 10 obstetric anal sphincter lacerations in 2043 births (0.48%), while in the period 2015-2016 there were 31 lacerations in 2225 births (1.39%). There was interaction when comparing the two periods in relation to the episiotomy and the occurrence of OAST (p≤0.0001). Episiotomy was strongly related to 2011-2012 group with no OAST (59.5%), while not having an episiotomy was related to both OAST (67.7%) and no OAST (55.7%) group in 2015-2016. Factors associated with OAST were labor induction and shoulder dystocia. Conclusion: There was an increase in the rate of lacerations of the anal sphincter with a decrease in the rate of episiotomy. Routine episiotomy was protective.
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Repensando a tesoura: compreendendo o posicionamento dos obstetras diante da episiotomia / Rethinking scissors: understanding obstetricians positioning facing episiotomy

Carvalho, Priscila Cavalcanti de Albuquerque 20 September 2016 (has links)
Introdução: A episiotomia é intervenção instituída rotineiramente no Brasil, a partir da hospitalização do parto, em meados do século XX. Tida como facilitadora do parto no período expulsivo, vem sendo questionada pelas evidências científicas. Comprovou-se que a intervenção não impede lacerações importantes, incontinência urinária, dispareunia ou disfunções sexuais, e é associada a mais dor pós-parto e a complicações da episiorrafia. No Brasil, há médicos que fazem o procedimento rotineiramente, enquanto outros a praticam de modo seletivo ou, mais raramente, nunca o fazem. Este estudo buscou compreender o processo por meio do qual tais profissionais aprenderam e iniciaram sua prática, se esta foi revista, e as razões do posicionamento técnico e ético quanto ao procedimento, na atualidade. Objetivos: descrever e analisar o processo vivenciado pelos médicos obstetras, e que os levou ao posicionamento com relação à prática da episiotomia, tendo em vista sua formação, sua prática, o posicionamento de seus pares e o ambiente institucional. Método: Trata-se de estudo qualitativo, com análise temática a partir do referencial de gênero. A população de estudo foi composta por 12 médicos(as) obstetras que atendiam partos pela via vaginal, obedecendo ao método snowball. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas norteadas por questões semiestruturadas. Resultados: A educação médica, no recorte da episiotomia, dá-se em escalonamento hierárquico, sem que o aluno aprenda por meio de professor, mas entre alunos, do mais graduado para o menos graduado. Transmite-se a insegurança técnica e o impedimento de questionar as indicações, a segurança do procedimento ou lesões decorrentes. Não se discute a autonomia da paciente, os direitos reprodutivos, o direito à integridade corporal ou a real informação para o consentimento. Vários entrevistados relatam dificuldades para deixar de praticar a episiotomia, o que resulta de pressão exercida pelos pares, pela corporação e pela instituição em que atende. Conclusões: É imprescindível a reforma na educação médica, para que professores, atualizados com as evidências científicas, transmitam as técnicas de modo adequado às taxas preconizadas internacionalmente. Sugerese alterar a didática e conteúdo de disciplina que discuta bioética, tornando-a mais conectada com a prática e a ética médica, além de contextualizar a lei vigente. Conclui-se, enfim, pela necessidade de exigir a justificativa em prontuário para a intervenção, a anotação de toda episiotomia realizada e de toda lesão espontânea, além da aplicação de ferramentas de segurança da paciente, adotando uma assistência que promova a integridade genital no parto. / Introduction: Episiotomy is an intervention routinely established in Brazil, from birth hospitalization, in mid-twentieth. Considered as a facilitative intervention in the expulsive stage of birth, it has been questioned by scientific evidences. It was concluded that the intervention does not prevent main lacerations, urinary incontinence, either dyspareunia or sexual dysfunction, and is related to after-birth pain and complications developed from episiorrhaphy. In Brazil, there are physicians that perform it routinely, while some perform it selectively or never use it. This ressearch aimed to understand the way those professionals learned and started their practice, if it has been reviewed, and the reasons for their technical and ethic positioning about the intervention, nowadays. Objective: Describe and analyze the process experienced by obstetricians, and what took them to their positioning regarding to episiotomy practice, in terms of their professional education, their practice, their peers positioning and institutional environment. Method: This is a qualitative study, with thematic analysis, based on gender references. The study population was composed by 12 obstetricians, who attended vaginal births, following snowball method. Data were obtained by interviews guided by semi-structured questions. Results: The medical education, on episiotomy, occurs in a hierarchical scheduling, and the student doesnt learn through a teacher, but through a more graduate student, resulting on technical uncertainty and the impossibility to question indications, the procedure safety or resulting injuries. Patient autonomy, reproductive rights, body integrity or information to the consent are not questioned. Many physician finds it difficult to stop practicing episiotomy, because of intense pressure from peers, corporative and institution. Conclusions: Some changes are essential in medical education, so that teachers, updated on scientific evidences, transmit the techniques adequately to the internationally recommended rates. It is suggested to change teaching and disciplines that discuss bioethics, making it more connected with the practice and medical ethics, and contextualize it to the current law. It follows, finally, the need to require physicians to justify interventions in medical charts, the annotation of all performed episiotomy and all spontaneous lacerations, as well as applying patient safety tools, adopting an assistance that promotes genital integrity at birth.
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Impacto nas taxas de lacerações obstétricas do esfíncter anal com o uso restrito da episiotomia em um hospital escola

Schneider, Samanta January 2017 (has links)
Introdução: A laceração obstétrica do esfíncter anal (LOEA) está associado com incontinência anal. A episiotomia foi proposta como uma forma de proteção do esfíncter anal no parto, especialmente a episiotomia mediolateral; entretanto, diversos estudos mostraram que o uso de rotina da episiotomia não reduz o risco de LOEA. Objetivo: Este estudo tem por objetivo analisar se a redução na taxa de episiotomia em hospital escola no Brasil foi associada a um aumento na incidência de lacerações obstétricas do esfíncter anal, além de fatores associados a elas. Métodos: Estudo observacional, transversal e retrospectivo, realizado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Foram incluídos todos os partos vaginais de gestações únicas, apresentação cefálica, a partir de 34 semanas de idade gestacional, realizados em 2011-2012 (uso liberal da episiotomia) e 2015-2016 (uso restrito da episiotomia), e comparados em relação a taxa de episiotomia mediolateral e de LOEA. Resultados: foram analisados 4268 partos (2043 no período de 2011-2012, 2225 de 2015-2016), foram analisados 2043 partos. A taxa de episiotomia reduziu de 59.4% para 44.2% (p≤0.0001). No período 2011-2012, ocorreram 10 lacerações obstétricas do esfíncter anal em 2043 partos (0.48%), enquanto que no período 2015-2016, ocorreram 31 lacerações em 2225 partos (1.39%). Houve interação quando comparado os dois períodos em relação a realização de episiotomia e a ocorrência de LOEA (p≤0.0001). A episiotomia foi fortemente associada a não ocorrência de LOEA em 2011-2012 (59.5%), enquanto que não ter episiotomia foi associado ao grupo com (67.7%) e sem LOEA (55.7%) em 2015-2016. Fatores associados a LOEA foram indução do parto e distócia de ombro. Conclusão: Houve um aumento na taxa de lacerações do esfíncter anal com a diminuição da taxa de episiotomia. A episiotomia de rotina foi prote / Introduction: Obstetric anal sphincter tear (OAST) is associated with anal incontinence. Episiotomy was proposed as a form of protection of the anal sphincter at delivery, especially mediolateral episiotomy; however, several studies have shown that routine use of episiotomy does not reduce the risk of OAST. Objective: This study aims to analyse whether the reduction in the rate of episiotomy in a school hospital in Brazil was associated with an increase in the incidence of obstetric lacerations of the anal sphincter, in addition to associated factors. Methods: Observational, cross-sectional and retrospective study, conducted at Hospital de Clínicas, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil. We included all vaginal deliveries of single pregnancies, cephalic presentation, from 34 weeks of gestational age, performed in 2011-2012 (liberal episiotomy) and 2015- 2016 (restricted episiotomy), and compared in relation to the rate of mediolateral episiotomy and OAST. Results: 4268 births were analysed (2043 in 2011-2012 and 2225 in 2015-2016). The episiotomy rate decreased from 59.4% to 44.2% (p≤0.0001). In 2011-2012, there were 10 obstetric anal sphincter lacerations in 2043 births (0.48%), while in the period 2015-2016 there were 31 lacerations in 2225 births (1.39%). There was interaction when comparing the two periods in relation to the episiotomy and the occurrence of OAST (p≤0.0001). Episiotomy was strongly related to 2011-2012 group with no OAST (59.5%), while not having an episiotomy was related to both OAST (67.7%) and no OAST (55.7%) group in 2015-2016. Factors associated with OAST were labor induction and shoulder dystocia. Conclusion: There was an increase in the rate of lacerations of the anal sphincter with a decrease in the rate of episiotomy. Routine episiotomy was protective.
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Impacto nas taxas de lacerações obstétricas do esfíncter anal com o uso restrito da episiotomia em um hospital escola

Schneider, Samanta January 2017 (has links)
Introdução: A laceração obstétrica do esfíncter anal (LOEA) está associado com incontinência anal. A episiotomia foi proposta como uma forma de proteção do esfíncter anal no parto, especialmente a episiotomia mediolateral; entretanto, diversos estudos mostraram que o uso de rotina da episiotomia não reduz o risco de LOEA. Objetivo: Este estudo tem por objetivo analisar se a redução na taxa de episiotomia em hospital escola no Brasil foi associada a um aumento na incidência de lacerações obstétricas do esfíncter anal, além de fatores associados a elas. Métodos: Estudo observacional, transversal e retrospectivo, realizado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Foram incluídos todos os partos vaginais de gestações únicas, apresentação cefálica, a partir de 34 semanas de idade gestacional, realizados em 2011-2012 (uso liberal da episiotomia) e 2015-2016 (uso restrito da episiotomia), e comparados em relação a taxa de episiotomia mediolateral e de LOEA. Resultados: foram analisados 4268 partos (2043 no período de 2011-2012, 2225 de 2015-2016), foram analisados 2043 partos. A taxa de episiotomia reduziu de 59.4% para 44.2% (p≤0.0001). No período 2011-2012, ocorreram 10 lacerações obstétricas do esfíncter anal em 2043 partos (0.48%), enquanto que no período 2015-2016, ocorreram 31 lacerações em 2225 partos (1.39%). Houve interação quando comparado os dois períodos em relação a realização de episiotomia e a ocorrência de LOEA (p≤0.0001). A episiotomia foi fortemente associada a não ocorrência de LOEA em 2011-2012 (59.5%), enquanto que não ter episiotomia foi associado ao grupo com (67.7%) e sem LOEA (55.7%) em 2015-2016. Fatores associados a LOEA foram indução do parto e distócia de ombro. Conclusão: Houve um aumento na taxa de lacerações do esfíncter anal com a diminuição da taxa de episiotomia. A episiotomia de rotina foi prote / Introduction: Obstetric anal sphincter tear (OAST) is associated with anal incontinence. Episiotomy was proposed as a form of protection of the anal sphincter at delivery, especially mediolateral episiotomy; however, several studies have shown that routine use of episiotomy does not reduce the risk of OAST. Objective: This study aims to analyse whether the reduction in the rate of episiotomy in a school hospital in Brazil was associated with an increase in the incidence of obstetric lacerations of the anal sphincter, in addition to associated factors. Methods: Observational, cross-sectional and retrospective study, conducted at Hospital de Clínicas, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil. We included all vaginal deliveries of single pregnancies, cephalic presentation, from 34 weeks of gestational age, performed in 2011-2012 (liberal episiotomy) and 2015- 2016 (restricted episiotomy), and compared in relation to the rate of mediolateral episiotomy and OAST. Results: 4268 births were analysed (2043 in 2011-2012 and 2225 in 2015-2016). The episiotomy rate decreased from 59.4% to 44.2% (p≤0.0001). In 2011-2012, there were 10 obstetric anal sphincter lacerations in 2043 births (0.48%), while in the period 2015-2016 there were 31 lacerations in 2225 births (1.39%). There was interaction when comparing the two periods in relation to the episiotomy and the occurrence of OAST (p≤0.0001). Episiotomy was strongly related to 2011-2012 group with no OAST (59.5%), while not having an episiotomy was related to both OAST (67.7%) and no OAST (55.7%) group in 2015-2016. Factors associated with OAST were labor induction and shoulder dystocia. Conclusion: There was an increase in the rate of lacerations of the anal sphincter with a decrease in the rate of episiotomy. Routine episiotomy was protective.
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Práticas obstétricas e influência do tipo de parto em resultados neonatais e maternos em Sergipe / Obstetric practices and the influence of mode of delivery on neonatal and maternal outcomes in Sergipe

Prado, Daniela Siqueira 13 April 2018 (has links)
Background: Brazil has high frequency of inappropriate obstetric practices and cesarean sections. This procedure may be associated with increased maternal and perinatal morbidity. Objective: to describe practices and interventions used during labor and childbirth and factors associated with such practices and to evaluate the impact of mode of delivery in breastfeeding incentive practices and in neonatal and maternal complications. Methods: A Cohort study was conducted, between june 2015 and april 2017, at the 11 maternity hospitals in Sergipe with 768 puerperal women, interviewed in the first 24 hours after delivery, 45-60 days and 6-8 months after delivery. The associations between good practices and interventions used during labor and delivery with exposure variables were described by simple frequencies, percentages, crude and adjusted odds ratios (ORA) with the confidence interval and the association between breastfeeding incentive practices, neonatal and maternal, both short term and late complications and the exposure variables were evaluated by the relative risk (95% IC) and the Fisher exact test. Results: were fed 10.6% of women and 27.8% moved during labor; non-pharmacological measures for pain relief were performed in 26.1%; the partograph was filled in 39.4% of the charts and the companion was present in 40.6% of deliveries. Oxytocin, amniotomy and analgesia occurred in 59.1%, 49.3% and 4.2% of women, respectively. The delivery occurred in the lithotomy position in 95.2% of the cases, there was episiotomy in 43.9% and Kristeller's maneuver in 31.7%. The factors most associated with cesarean section were the private health sector (ORA = 4.27,95% CI: 2.44-7.47), had higher education (ORA = 4.54,95%CI 2.56 -8.3) and high obstetric risk (ORA = 1.9,95%CI: 1.31-2.74). Private-sector users had a greater presence of the companion (ORA = 2.12,95% CI:1.18-3.79) and analgesia (ORA = 4.96,95% CI:1.7-14.5). The C-section delivery resulted in less skin-to-skin contact immediately after delivery (intrapartum c-section: RR=0.18;95%CI:0.1-0.31 and elective c-section: RR=0.36;95%CI:0.27-0.47) and less breastfeeding within one hour of birth (intrapartum C-section: RR=0.43;95%CI:0.29-0.63 and elective C-section: RR=0.44;95%CI:0.33-0.59). Newborns from elective c-section were less frequently breastfed in the delivery room (RR=0.42;95%CI:0.2-0.88) and stayed less in rooming- in (RR=0.85;95%CI:0.77-0.95). Women who were submitted to intrapartum c-section had greater risk of early complications (RR=1.3;95%CI:1.04-1.64; p=0.037) and sexual dysfunction (RR=1.68;95%CI:1.14-2.48; p=0.027). There was no difference in the frequency of neonatal complications, urinary incontinence and depression according to the mode of delivery. Conclusions: good obstetric practices are poorly performed and unnecessary interventions are frequent, and the factors most associated with cesarean delivery have been the private health sector, higher schooling and high obstetric risk. C-section was negatively associated to breastfeeding incentive practices. C-section after labor increased the risk of early maternal complications and sexual dysfunction, six to eight months after delivery. / Introdução: No Brasil, verifica-se elevada frequência de práticas obstétricas inadequadas e de cesáreas. Este procedimento pode associar-se a aumento de risco de morbidade materna e neonatal. Objetivo: descrever as práticas utilizadas durante o trabalho de parto e parto e fatores associados e avaliar práticas de incentivo à amamentação, complicações neonatais e maternas precoces e tardias segundo tipo de parto. Pacientes e Métodos: estudo tipo coorte, no período de junho de 2015 a abril e 2016, nas 11 maternidades de Sergipe, com 768 puérperas entrevistadas após 6h do parto, 45 a 60 dias e 6 a 8 meses após o parto e análise de dados do prontuário das puérperas e dos recém-nascidos. As associações entre as boas práticas e intervenções utilizadas durante o trabalho de parto e parto com as variáveis de exposição foram descritas em frequências simples, percentuais, razões de chances brutas (OR) e ajustadas (ORA) com o intervalo de confiança e as associações entre as práticas de incentivo à amamentação, as complicações neonatais e maternas precoces e tardias e as variáveis de exposição foram descrias por risco relativo (IC=95%) e pelo teste exato de Fisher. Resultados: alimentaram-se 10,6% das mulheres e 27,8% movimentaram-se durante o trabalho de parto; medidas não farmacológicas para alívio da dor foram realizadas em 26,1%; o partograma estava preenchido em 39,4% dos prontuários e o acompanhante esteve presente em 40,6% dos partos. Ocitocina, amniotomia e analgesia ocorreram em 59,1%, 49,3% e 4,2% das mulheres, respectivamente. O parto ocorreu na posição de litotomia em 95,2% dos casos, houve episiotomia em 43,9% e manobra de Kristeller em 31,7%. Os fatores mais associados à cesárea foram ser do setor privado de saúde (ORA=4,27;95%CI:2,44-7,47), ter maior escolaridade (ORA=4,54;95%CI:2,56-8,3) e alto risco obstétrico (ORA=1,9;95%CI:1,31-2,74). Usuárias do setor privado tiveram maior presença do acompanhante (ORA=2,12;95%CI:1,18-3,79) e analgesia (ORA=4,96;95%CI: 1,7-14,5). Os recém-nascidos de puérperas que se submeteram a cesárea tiveram menor frequência de contato pele a pele com suas mães imediatamente após o parto (cesárea intraparto: RR=0,18;95%CI:0,1-0,31 e cesárea eletiva: RR=0,36;95%CI:0,27-0,47) e mamaram menos na primeira hora de vida (cesárea intraparto: RR=0,43;95%CI:0,29-0,63 e cesárea eletiva: RR=0,44; 95%CI:0,33-0,59). Recém-nascidos de cesárea eletiva foram menos frequentemente colocados para mamar na sala de parto (RR=0,42;95%CI:0,2-0,88) e ficaram em menor frequência em alojamento conjunto (RR=0,85;95%CI:0,77-0,95). As mulheres submetidas a cesárea intraparto tiveram maior risco de complicações precoces (RR=1,3;95%CI:1,04-1,64; p=0,037) e de disfunção sexual (RR=1,68;95%CI:1,14-2,48; p=0,027). Não houve diferença nas frequências de complicações neonatais, incontinência urinária e de depressão segundo tipo de parto. Conclusões: boas práticas obstétricas são pouco utilizadas e intervenções desnecessárias são frequentes e os fatores mais associados à operação cesariana foram ser do setor privado de saúde, ter maior escolaridade e alto risco obstétrico. A cesárea associou-se negativamente às práticas de incentivo à amamentação. A cesárea após trabalho de parto associou-se a maior risco de complicações maternas precoces e a disfunção sexual seis a oito meses pós-parto. / São Cristóvão, SE

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